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Portugal sucedeu nesta sexta-feira a Alemanha na presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE), uma tarefa difícil, em um semestre que será marcado pela resposta à crise de saúde.

Com o desbloqueio do plano de recuperação pós-Covid-19 e a conclusão do acordo pós-Brexit com o Reino Unido, a presidência alemã terminou com sucesso em assuntos que ofuscam os projetos da presidência portuguesa. "A etapa seguinte não é menos exigente", assinalou o premier português, Antonio Costa. "É hora de passar para a ação, de colocar em campo as ferramentas que temos: o plano de vacinação em escala europeia e os planos de recuperação nacionais", declarou, em coluna publicada hoje pelo semanário "Expresso".

Juntamente com a Comissão Europeia, dirigida pela alemã Ursula von der Leyen, Lisboa deverá continuar coordenando as medidas sanitárias dos 27. Superado o veto de Polônia e Hungria na última reunião de cúpula da presidência alemã, Portugal abordará a colocação em prática de um plano de 750 bilhões de euros, financiado com um empréstimo comum sem precedentes.

Prioridade do semestre português, esse objetivo passará, primeiramente, pela adoção dos diferentes planos nacionais de saída da crise, que, segundo Lisboa, deverão promover "uma recuperação econômica e social impulsionada pelas transições climática e digital".

Um tiroteio deixou diversos feridos neste sábado (26) em Berlim, na Alemanha, informa a mídia local. Segundo as primeiras notícias, ao menos quatro pessoas precisaram de atendimento médico, sendo que três estão em estado grave.

Dezenas de agentes foram destacados para a Stresemannstrasse que, conforme a agência Deutsche Welle, fica em uma área próxima aos escritórios do Partido Social-Democrata (SPD).

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Ainda não se sabe as motivações do ataque, nem quantos participaram do tiroteio. A polícia ainda procura pelo autor ou autores do crime.

Já a agência DPA diz que um dos homens ficou ferido ao pular no canal de Landwehr para, provavelmente, escapar dos tiros. Ele teria machucado a perna. Os policiais ainda mantém uma grande área isolada para investigação. 

Da Ansa

O novo aeroporto internacional de Berlim entrou em operação neste sábado (31), com nove anos de atraso e em um contexto em que o setor aéreo atravessa a pior crise de sua história por conta da pandemia do novo coronavírus. Dois aviões, respectivamente, das companhias aéreas Lufthansa e Easyjet pousaram por volta das 14h00, hora local (10h00), marcando assim simbolicamente o batismo do Aeroporto Brandenburg Willy-Brandt (BER), no sudeste da capital da Alemanha.

O primeiro voo comercial, entre Berlim e Londres, está marcado para domingo. Não houve grande pompa na inauguração das instalações, devido à crise sanitária, mas também por todos os contratempos que abalaram este grande projeto criado após a reunificação (fracassos, negligências, suspeitas de corrupção, demissões ...).

Além disso, cem manifestantes de várias associações ambientais se reuniram no local, em meio a fortes medidas de segurança, para protestar contra a sua inauguração, segundo jornalistas da AFP.

"O avião representa um grande fardo para o clima. Não precisamos de um novo grande aeroporto", disse Ludwig Bräutigam, 50, membro do coletivo ambiental "Extinction Rebellion".

A construção do “BER”, com uma área de 360.000 m2 e cujo terminal 1 pode receber 27 milhões de pessoas por ano segundo os operadores, teve início em 2006, e deveria ter sido concluída em 2011.

Seu custo inicial, estimado em 1,7 bilhão de euros (2 bilhões de dólares), aumentou para 6,5 bilhões (7,65 bilhões de dólares). Em 2012, as obras foram interrompidas repentinamente porque os dispositivos de segurança contra incêndio não funcionavam.

A inauguração, prevista para algumas semanas depois, na presença de Angela Merkel e 10 mil espectadores, teve que ser cancelada às pressas. A crise de saúde, que praticamente paralisou o tráfego aéreo nos últimos meses, agravou ainda mais as preocupações dos administradores aeroportuários.

Centenas de pessoas participaram de uma manifestação violenta nesta sexta-feira (9) à noite, no centro de Berlim, contra a evacuação de um imóvel da cidade, um dos últimos vestígios libertários da capital alemã.

Os manifestantes, muitos deles vestidos de preto e usando máscaras, marcharam debaixo de chuva no bairro central de Mitte com uma faixa que dizia "Defenda os espaços livres, fique na ofensiva".

Vitrines de lojas e carros foram incendiados, segundo a polícia, contra quem garrafas foram jogadas. Bombinhas e fogos de artifício também foram lançados nas ruas do centro, tomadas por uma densa fumaça. Um ponto de ônibus foi destruído.

A polícia de Berlim anunciou o envio de 1.900 policiais da tropa de choque para conter o protesto, que contesta a evacuação na manhã de sexta-feira do edifício "Liebig34", um espaço de ativistas localizado na zona leste da cidade.

Os quarenta moradores, que haviam bloqueado a entrada do prédio, deixaram o local com relativa calma, distante dos tumultos temidos pelas autoridades, como nos tempestuosos despejos da década de 1990.

Cerca de 1.500 policiais foram mobilizados desde a madrugada, alguns encapuzados e posicionados na cobertura do imóvel e arredores, apoiados por veículos lançadores de água. O bairro de Friedrichshain, onde está localizado o edifício "Liebig34", foi isolado por vários dias.

As forças de segurança removeram os ativistas um a um, sob vaias de centenas de manifestantes. Eles foram mostrar seu apoio ao lugar e seus ocupantes, um símbolo de Berlim, "pobre, mas sexy", um slogan dos anos 2000 cunhado para a capital europeia da cultura alternativa.

"Deixem as casas para quem precisa!", "Todos juntos contra a evacuação" e "Não é porque é legal que é legítimo" eram alguns dos gritos ouvidos na multidão.

Este espaço "anarco-queer-feminista", com sua fachada coberta por grafites e faixas, já abrigou cerca de quarenta mulheres, pessoas trans e intersexo desde 1999. Um bar e centro cultural autogerido permitiu que o grupo arrecadasse parte dos fundos necessários para pagar o aluguel da antiga ocupação.

Após a queda do muro em 1989, quarteirões inteiros que haviam sido abandonados no leste da capital foram ocupados por estudantes, jovens criativos, artistas ou ativistas de Berlim Ocidental. Em alguns edifícios ocupados a situação foi mais tarde legalizada.

No entanto, sob a pressão imobiliária, muitos desses locais alternativos têm desaparecido nos últimos anos, privando Berlim de sua identidade boêmia e moderna.

Os aluguéis dobraram em dez anos em Berlim, uma metrópole de quatro milhões de habitantes onde, apesar de sua grande área e do frenesi das construções, a falta de moradias populares é clara.

O julgamento de um russo pelo assassinato de um opositor checheno em Berlim, supostamente por ordem de Moscou, começou nesta quarta-feira (7) na capital alemã, um caso que pode piorar as já tensas relações entre Alemanha e Rússia.

Vadim Krasikov, também conhecido como Vadim Sokolov, é acusado de ter matado a tiros no verão de 2019 um georgiano da minoria chechena do país, de 40 anos e identificado como Tornike Kavtarashvili.

Ele pode ser condenado à prisão perpétua. O assassinato ocorreu em plena luz do dia no parque de Tiergarten, no centro de Berlim.

Segundo a Promotoria federal encarregada dos casos de terrorismo e espionagem, o acusado de 55 anos foi encomendado para "liquidar" o georgiano por causa de "organizações vinculadas ao governo central da Federação russa".

A Rússia nega estar envolvida e o suposto autor mantém silêncio sobre o ocorrido, deixando sua defesa nas mãos de seu advogado.

O caso aumenta as tenções nas relações entre Alemanha e Rússia há mais de um ano. Os atritos aumentaram após a denúncia de envenenamento do opositor russo Alexei Navalny, que está sendo tratado em Berlim.

Um tribunal especializado em assuntos que afetam a segurança do Estado do tribunal de Berlim está encarregado do julgamento, que durará pelo menos até o final de janeiro de 2021.

A polícia de Berlim ordenou, neste sábado (29), a dispersão da manifestação dos opositores do uso de máscaras e das medidas para conter a disseminação do coronavírus, alegando que os cerca de 18 mil participantes reunidos não cumpriram os padrões mínimos de segurança.

"A maior parte deles não cumpriu a distância mínima (de segurança entre as pessoas), apesar das repetidas exigências" das forças da ordem, relatou a polícia, afirmando que "não há outra possibilidade a não ser dissolver a manifestação".

O protesto foi interrompido logo após seu início, às 9h GMT (6h no horário de Brasília), no mítico Portão de Brandemburgo.

Após o anúncio policial, muitos manifestantes permaneceram no local, sentados no chão, no meio da rua, gritando "resistência", ou "nós somos o povo", slogan da extrema direita, enquanto outros cantavam o hino nacional.

"Pensadores livres", ativistas antivacinas, partidários de teorias conspiratórias e simpatizantes da extrema direita se reuniram neste ato, o qual apelidaram de "festival de liberdade e paz".

Desde cedo, pessoas de todas as idades tomaram as ruas, incluindo famílias com crianças.

"Merkel deve sair", eram um dos frequentes gritos ouvidos na multidão.

"Não sou um simpatizante da extrema direita, estou aqui para defender nossas liberdades fundamentais", disse Stefan, um berlinense de 43 anos, de cabeça raspada, vestindo uma camiseta cinza com a mensagem "pensar ajuda!".

Uma manifestação semelhante reuniu cerca de 20.000 pessoas em Berlim, em 1º de agosto, a maioria delas simpatizante da extrema direita. Nesse caso, o ato também foi dispersado pela polícia pelos mesmos motivos.

- Insatisfação -

"Estamos aqui para dizer: precisamos ter cuidado! Com, ou sem, a crise do coronavírus, devemos defender nossas liberdades", disse à AFP Christina Holz, uma estudante de 22 anos, vestindo uma camiseta, na qual pedia a libertação de Julien Assange, o fundador do WikiLeaks, preso no Reino Unido.

Em um primeiro momento, a prefeitura da capital alemã proibiu a manifestação deste sábado por "questões de saúde pública": a impossibilidade de se respeitar a distância de pelo menos 1,5 metro entre os manifestantes.

O tribunal administrativo concordou com os organizadores, decidindo que "a existência de um perigo imediato para a segurança pública" não era um motivo válido, mas estabeleceu condições para a realização da passeata.

Este protesto se dá em um contexto de crescente preocupação da opinião pública alemã, devido às restrições decretadas contra a pandemia, apesar de não terem sido tão draconianas como na Espanha, ou na Itália. Ambos os países foram muito mais afetados pela covid-19.

O promotor da manifestação, Michael Ballweg, empresário de informática que se diz sem um rótulo político e está à frente do movimento "Pensadores não conformistas-711", surgido em Stuttgart, descreveu a tentativa de proibição como um "ataque à Constituição alemã". Ele argumenta que a Carta Magna do país defende o direito de expressão.

- "Ditadura" -

Seus partidários protestam contra a "ditadura" das medidas contra o novo coronavírus, alegando que são um obstáculo à sua liberdade. Exigem a queda do governo da chanceler Angela Merkel e a realização de novas eleições, em outubro de 2020, ou seja, um ano antes do previsto.

Várias figuras da extrema direita convocaram o apoio aos protestos e comemoraram que pudesse ser celebrado.

Um deputado da sigla Alternativa para a Alemanha (AfD), Leif-Erik Holm, falou no Twitter sobre a "vitória pela liberdade".

Outra líder deste partido de extrema direita anti-Islã e anti-Merkel, Beatrix von Storch, celebrou o fato de "o Estado de Direito proteger a liberdade de reunião contra a arbitrariedade" da prefeitura de Berlim, de esquerda.

Várias organizações de esquerda convocaram contramanifestações.

Neste sábado, "será importante demonstrarmos que não pode haver tolerância para os racistas, antissemitas, extremistas de direita e nazistas", convocou Anne Helm, líder da seção berlinense do partido de esquerda radical Die Linke.

Assim como muitos países europeus, a Alemanha enfrenta um aumento nas infecções há semanas, com uma média de cerca de 1.500 novos casos de contágios notificados diariamente. No sábado, o instituto de monitoramento RKI relatou 1.479 novas infecções nas últimas 24 horas.

Na sexta-feira, a chanceler Angela Merkel disse que prevê uma evolução "ainda mais difícil" da pandemia nos próximos meses.

Essa recente deterioração do quadro alemão, atribuída em parte ao retorno das férias, tem levado as autoridades a adotarem novas medidas restritivas, como limitar reuniões privadas, ou impor multas a quem não usa máscara no locais onde é obrigatório.

A cidade de Berlim decidiu, nesta quarta-feira (26), proibir uma manifestação de opositores ao uso de máscaras e às medidas restritivas contra a pandemia de COVID-19, o que gerou indignação na extrema direita.

As autoridades da capital alemã justificaram sua decisão de proibir esta manifestação, prevista para sábado, devido à impossibilidade de se respeitar a distância de pelo menos 1,5 metro entre os manifestantes, em um contexto de ressurgimento da pandemia no país.

Os organizadores da manifestação ainda podem apresentar um recurso de apelação à proibição.

Uma manifestação anterior de opositores às medidas contra a epidemia reuniu cerca de 20.000 pessoas em 1o de agosto, em uma marcha heterogênea, que reuniu ativistas antivacinas, adeptos das teorias da conspiração e simpatizantes da extrema direita.

O ato foi interrompido pela polícia, já que os manifestantes, após vários pedidos de ordem, não respeitaram os gestos de barreira.

"Esta não é uma decisão contra a liberdade de reunião, e sim a favor da proteção contra infecções", justificou Andreas Geisel, responsável do Interior na prefeitura de Berlim.

A decisão gerou, porém, um escândalo entre a extrema direita.

"Será que vocês teriam tomado a mesma decisão se esta manifestação fosse 'CONTRA A DIREITA'?", tuitou indignada Alice Weidel, líder da bancada do Alternativa para a Alemanha (AfD) no Bundestag, o Parlamento alemão.

Nas redes sociais, circulam convocações para "resistir" e comparecer à manifestação no sábado, apesar da proibição.

Assim como muitos países europeus, a Alemanha tem enfrentado nas últimas semanas um novo surto da pandemia de COVID-19, com mais de 1.000 novos casos diários e 9.280 mortes desde o início da epidemia.

Os bordéis de Berlim, que estão fechados há cinco meses devido ao coronavírus, o que deixou os estabelecimentos em uma situação financeira insustentável, reabriram as portas, mas as relações sexuais estão proibidas até setembro.

Jana, 49 anos, profissional do sexo há 20 anos, faz apenas massagens desde a reabertura oficial do local em que trabalha em 8 de agosto, o único serviço autorizado no momento.

"Prefiro o serviço sexual, meus clientes também (...) Já tenho muitas demandas para setembro", revela.

A possibilidade de os estabelecimentos voltarem a receber clientes em agosto representou uma injeção de oxigênio para os bordéis, que enfrentam graves dificuldades financeiras após meses de fechamento, assim como as quase 40.000 profissionais do sexo registradas na Alemanha.

Em um país onde a prostituição é regulamentada por lei, os bordéis e todos os profissionais do setor foram privados da receita quando a Alemanha adotou medidas drásticas para tentar conter a propagação do vírus, que deixou 9.200 mortos no país.

O gerente da rede Candy Store, Aurel Johannes Marx, afirma que registrou perdas de seis dígitos, valor ao qual precisa somar os investimentos para cumprir as novas normas de higiene.

Os clientes devem preencher formulários de contato, mantidos em envelopes lacrados. A data e o nome da prostituta também são registrados. Os clientes cumprem a regra do formulário, mas alguns se recusam a usar máscara.

"O que? Tenho que usar máscara aqui?, Sim, você tem que usar aqui, como no supermercado, posto de gasolina ou metrô", explica Marx a várias pessoas. Ele admite que muitos clientes ficam decepcionados quando entendem que apenas as massagens estão permitidas.

O período de confinamento teve consequências econômicas para o setor, que organizou muitas manifestações nos últimos meses na Alemanha.

"Abram os bordéis agora! O Estado nos f.... mas não paga!", "Nosso sector está obrigado a atuar na ilegalidade", afirmavam alguns cartazes exibidos em 3 de julho por manifestantes diante do Bundesrat, que representa as regiões, que têm competência para tomar decisões na área da saúde.

"Quase todos os estabelecimentos comerciais estão abrindo na Alemanha: salões beleza, locais de massagem tântrica, estúdios de tatuagem, academias de ginástica, restaurantes, hotéis, saunas", recordou a Federação de Serviços Sexuais BSD.

A situação levou as prostitutas que trabalham na Alemanha a exercer a profissão em países vizinhos como Suíça, Bélgica, Áustria, República Tcheca ou Holanda

Várias regiões ou grandes cidades alemãs, como Hamburgo, pretendem, assim como Berlim, autorizar as relações sexuais a partir de 1 de setembro.

No momento em que a Alemanha registra um novo aumento de casos, como muitos países europeus, as profissionais do sexo temem ser infectadas?

"Não tenho medo, pois quando você trabalha nesta área há 20 anos adquire certos hábitos. Você pode escolher quem vai receber", explica Jana. "Simplesmente estou feliz. Finalmente!".

Mas a situação continuará perigosa para as prostitutas não registradas que trabalham nas ruas, alertam as autoridades.

Ao menos sete escolas de Berlim, capital da Alemanha, registraram casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) com menos de uma semana de retomada do ano escolar, informam os jornais "Tagesspiegel" e "Berliner Zeitung" nesta quinta-feira (13).

    As aulas na cidade foram reiniciadas na segunda-feira (10), mas uma das escolas já optou por fechar as portas temporariamente pelo avanço da Covid-19. Segundo o jornal da capital, alguns institutos reagiram colocando grupos de estudos ou classes inteiras em quarentena para evitar uma maior disseminação.

    Ainda conforme as duas publicações, a quantidade de infectados ainda é pequena, mas preocupa as autoridades que já vem enfrentando uma alta na quantidade de contaminações desde o fim do mês de julho.

    Segundo dados do Instituto Robert Koch, foram 1.445 novos casos nas últimas 24 horas, o maior número desde maio deste ano.

    O ministro da Saúde, Jens Spahn, pediu que a população se atente às regras sanitárias para evitar maiores problemas. Mesmo que o sistema de saúde esteja conseguindo dar atendimento aos infectados, Spahn alertou que a "situação pode mudar rapidamente" se a população não se cuidar.

    O número ainda deve ser maior de contaminações por causa de um problema registrado na Baviera - o segundo na quantidade de casos no país. Segundo o "Süddeutsche Zeitung", 44 mil testes estão parados, sendo que 900 deles deram positivos, por uma falha no sistema de testagem da localidade.

Da Ansa

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Cinco meses depois, a Fórmula E retorna nesta quarta-feira com "maratonas" dentro e fora da pista. No asfalto, pilotos e carros elétricos enfrentarão situação incomum no automobilismo: disputar seis corridas em apenas nove dias. Fora do traçado, os atletas vão manter a rotina de testes e de preocupação com a Covid-19. Dois casos já foram confirmados na competição. Um resultado positivo pode acabar com o campeonato de qualquer piloto do grid.

Pelas definições da F-E em meio à pandemia do novo coronavírus, um piloto com teste positivo perderá toda a série de corridas agendadas para os próximos dias, em Berlim. São seis provas, mais do que as cinco já disputadas no início da temporada, antes da paralisação da competição. No total, 1.421 pessoas já foram testadas no circo da F-E.

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"Fiz mais um teste ontem (segunda-feira), com medo. Foram diversos testes nas últimas quatro semanas. A preocupação de perder seis corridas seguidas atingiu todos os pilotos", admite Felipe Massa. "Já fiz o teste cinco vezes, sempre antes de viajar. Sempre dá aquele medinho", diz Lucas Di Grassi.

Preocupados com a saúde e também com o risco de perder o restante do campeonato, os dois brasileiros voltam à pista nesta quarta, às 14 horas (Fox Sports), para a primeira de seis corridas na pista do Aeroporto Tempelhof, em Berlim. A capital alemã vai receber provas também na quinta, e nos dias 8, 9, 12 e 13 deste mês.

"Eu não lembro de ter entrado numa 'maratona' como essa. Pelo menos não lembro de ter passado por uma situação como essa. Será super importante a preparação mental para corridas como essas", projeta o experiente Massa, vice-campeão mundial de Fórmula 1, em 2008. "Esses seis dias não serão fáceis para nós. Teremos que ficar bem concentrados."

Como se tornou frequente em diversas competições, a F-E montou uma "bolha" em Berlim para finalizar a temporada. E uma nova rotina foi criada para pilotos e equipes. "Por enquanto está uma situação bem estranha. Você fica naquela rotina de pista-hotel, pista-hotel, não pode fazer muita coisa, apesar de Berlim estar tudo aberto. Tem gente na rua e até manifestação pró-covid aqui. O que está muito fechado e restrito é o ambiente da F-E", comenta Di Grassi.

Vencedor da etapa de Berlim na temporada passada, o brasileiro diz que a torcida fará falta nesta reta final da competição. "Será estranho porque geralmente conseguimos ouvir o barulho do público, diferentemente do que acontece em outros campeonatos de automobilismo. Esse barulho vai fazer falta."

A ausência dos fãs não será a única mudança estrutural nas provas. Haverá menor número de pessoas na organização, como vem fazendo a Fórmula 1, por exemplo. Geralmente, a etapa disputada no aeroporto de Berlim suporta até 5 mil pessoas. Agora serão apenas 1.000. Cada time precisou reduzir seu estafe de 40 para 21 integrantes. Além disso, novos exames serão realizados durante os nove dias de disputa.

Além disso, ao longo da "maratona" o traçado em Berlim passará por mudanças. As duas primeiras corridas serão disputadas no sentido horário, ao contrário do que geralmente acontece nesta pista. No sábado e no domingo, o sentido mudará para anti-horário. E, nos dias 12 e 13, haverá alteração no próprio desenho do circuito, para aumentar a dificuldade para os pilotos.

Neste retorno, Massa e Di Grassi terão a companhia de Sergio Sette Câmara. O piloto brasileiro, contratado como reserva da equipe GEOX Dragon, será titular nesta série final de corridas da temporada. "Estou animado para começar este novo capítulo da minha carreira em Berlim com a GEOX Dragon. Estou confiante de que poderemos sair dessas duas primeiras corridas na zona de pontuação", diz Sette Câmara, que é reserva também na Fórmula 1.

Dono de um título na F-E, Di Grassi é o brasileiro com mais chances de faturar o troféu da temporada. O piloto da Audi ocupa o quinto lugar, com 38 pontos. Massa, da Venturi, é apenas o 19º. A liderança pertence ao português António Félix da Costa, da equipe DS Techeetah, com 67 pontos.

Milhares de pessoas protestaram neste sábado (1º), em Berlim, contra as medidas de prevenção do coronavírus. Os manifestantes, cerca de 17 mil de acordo com a polícia, são menos do que os 500 mil anunciados pelos organizadores da marcha, chamada "O fim da pandemia - dia da liberdade".

O ato reuniu os que se denominavam "pensadores livres", ativistas antivacinas e simpatizantes da extrema direita. Alegando que as medidas limitam as liberdades individuais, alguns gritaram "Somos a segunda onda", "Resistência" ou denunciaram o coronavírus como "uma grande teoria da conspiração".

Poucos usavam máscara, constatou um jornalista da AFP no local, e a distância física de um metro e meio também não foi respeitada. A polícia apelou aos manifestantes por meio de alto-falantes para respeitarem as medidas de segurança e anunciou no Twitter que registrou uma queixa contra os organizadores por "não respeitarem as regras de higiene".

Para os manifestantes essas medidas devem desaparecer, já que a crise da saúde foi superada. "É uma tática de medo: não vejo perigo com o vírus. Não conheço outras pessoas doentes. Conheci muitas pessoas doentes em março, esquiadores, turistas, algo realmente aconteceu em fevereiro, mas agora não há mais pessoas doentes", disse Iris Birzenmeier à AFP.

Anna-Maria Wetzel, que já participou de vários encontros semelhantes, tem a mesma opinião. "Aqueles que não se informam, diferentemente de nós, são ignorantes e acreditam no que o governo diz. Eles têm o medo que o governo coloca em nossas cabeças".

Críticos da manifestação chamaram os participantes de "nazistas". O lema da manifestação, "Dia da Liberdade", coincide com o título de um filme do diretor Leni Riefenstahl sobre a conferência do partido de Adolf Hitler no NSDAP em 1935.

Até agora, a Alemanha registrou 9.200 mortes por coronavírus, um número relativamente baixo, mas as autoridades estão preocupadas com um lento aumento de casos.

Após ter seu lançamento adiado por conta da pandemia do novo coronavírus, o quarto filme da franquia Matrix tem suas gravações retomadas em Berlim, na Alemanha. Fotos publicadas pelo TMZ, mostram os atores Keanu Reeves, Neil Patrick Harris e Anne Moss no set de gravação do longa.

Nas imagens, alguns membros da equipe de produção aparecem usando máscaras, no entanto os atores estão sem a proteção facial. A Alemanha tem sido eficiente no combate ao coronavírus. 

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O filme ainda passará por diversas gravações na Europa, nos países que já estão relaxando as medidas de isolamento social. A estreia de Matrix 4 está prevista para 1º de abril de 2022.

A maratona de Nova York e a de Berlim foram canceladas nesta quarta-feira(24) devido à pandemia de coronavírus.

A corrida pela Big Apple completa 50 anos neste ano e esta será a segunda vez que não será realizada. A maior maratona do mundo estava marcada para 1º de novembro com mais de 50.000 atletas.

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Desde a sua criação em 1970, ela só foi suspensa em 2012 devido ao impacto causado pelo furacão Sandy.

"Cancelar a maratona deste ano é uma grande decepção para todos os que estão associados a ela", lamentou Michael Capiraso, CEO da New York Road Runners (NYRR), organizador da prova, citado em um comunicado. "Mas esse era, claramente, o caminho a seguir, em vista da segurança sanitária", completou.

Nova York foi o epicentro da pandemia nos Estados Unidos e ainda é a cidade com mais mortes pelo vírus, cerca de 22.000 das mais de 121.000 mortes no país.

A situação vem melhorando nas últimas semanas na cidade. As autoridades reportaram os números mais baixos desde o início do surto e a economia está sendo reativada.

Ainda assim, autoridades e organizadores concluíram que seria difícil manter distâncias seguras entre corredores de muitas partes do mundo e o risco seria muito alto.

"Aplaudo a decisão da New York Road Runners de priorizar a saúde e a segurança dos espectadores e dos corredores", disse o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, em nota.

Na semana passada, o governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, autorizou o Aberto de Tênis dos Estados Unidos a ser realizado no final de agosto em Flushing Meadows, mas sem a presença de espectadores.

Os organizadores da maratona vão oferecer aos inscritos o reembolso da taxa de inscrição, ou a possibilidade de garantir antecipadamente sua participação em 2021, 2022, ou 2023.

Procurado pela AFP, o vice-presidente de mídia da NYRR, Chris Weiller, afirmou que, antes do cancelamento, a organização esperava "mais de 53.000" corredores este ano, incluindo cerca de 25.000 do exterior.

Berlim, palco de recordes

Minutos após o anúncio em Nova York, os organizadores da maratona de Berlim também anunciaram o cancelamento da edição 2020 desse prestigioso evento, cenário dos últimos sete recordes mundiais masculinos.

A corrida, marcada para 27 de setembro, tem uma rota plana e especialmente favorável para grandes marcas.

Todos os recordes mundiais batidos desde 2003 foram na capital alemã, onde dezenas de milhares de pessoas também participam todos os anos.

O recorde atual pertence ao queniano Eliud Kipchoge, com 2 horas, um minuto e 39 segundos, alcançado em setembro de 2018.

Último vencedor em Berlim, em 2019, o etíope Kenenisa Bekele ficou a dois segundos do recorde mundial, após um final antológico.

Levando em conta a proibição de todas as multidões de mais de 5.000 pessoas em Berlim até 24 de outubro, a organização estudou opções para adiar o evento, mas a tentativa de fixar um protocolo falhou.

"Trabalhamos muito duro, mas, hoje, não é possível organizar a maratona. O prazer, o bom humor, a saúde e o sucesso são elementos que a caracterizam", declarou a organização.

"Não estamos em condições de garantir tudo isso neste momento", completa.

A pandemia de coronavírus convulsionou o calendário esportivo de 2020, causando o cancelamento de outras maratonas tradicionais.

No final de maio, a Maratona de Boston, a mais antiga realizada anualmente no mundo, foi cancelada pela primeira vez em seus 124 anos de história e a maratona de Londres foi adiada para outubro.

A maratona de Chicago ainda está programada para 11 de outubro e a de Paris para 18 de outubro, enquanto a de Tóquio foi realizada em 1º de maio com apenas um pequeno grupo de corredores de elite .

A presença de tropas americanas na Alemanha é "importante" para a segurança americana e europeia - afirmou o ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, nesta terça-feira (16), após o anúncio de Donald Trump de que quer reduzir significativamente essa presença.

"Acreditamos que a presença americana na Alemanha é importante para a segurança não apenas da Alemanha, mas também para a segurança dos Estados Unidos e, especialmente, para a segurança da Europa", disse Maas durante uma visita à Polônia.

O presidente americano assegurou na segunda-feira (15) que a presença de 52.000 soldados americanos atualmente na Alemanha, principal âncora das forças americanas da Otan, representava "um custo enorme para os Estados Unidos".

"Então, reduziremos o número, para 25.000", afirmou. Trump justificou sua decisão pelo fato de a Alemanha não contribuir o suficiente para o orçamento da Otan.

"A Alemanha é devedora, eles são devedores há anos e devem bilhões de dólares à Otan e precisam pagar. Então, estamos protegendo a Alemanha e eles são devedores. Isso não faz sentido", afirmou.

Heiko Maas disse que Berlim não havia recebido detalhes sobre a data e os termos dessa redução de contingente.

"Nem o Departamento de Estado nem o Pentágono foram capazes de fornecer informações sobre isso", declarou, acrescentando que qualquer alteração na arquitetura da segurança europeia "deve ser absolutamente discutida".

O assunto será debatido na quarta-feira durante uma reunião por videoconferência dos ministros da Defesa da Otan.

"Este é um acordo bilateral entre a Alemanha e os Estados Unidos, mas a questão é importante para a Aliança", comentou nesta terça o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, na sede do organismo em Bruxelas.

Sem comentar as acusações de Donald Trump, Jens Stoltenberg defendeu sua demanda por uma melhor partilha do ônus dos gastos com defesa. "Há um longo caminho a percorrer antes de atingir 2% do PIB" que cada país se comprometeu a dedicar aos seus gastos militares em 2024, disse ele.

O anúncio de Donald Trump e seus ataques a Berlim aumentaram as tensões entre Washington e seus aliados europeus na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

"A Alemanha foi descrita cinco vezes como delinquente", protestou um diplomata europeu, indignado com essas acusações.

As tropas americanas estão estacionadas na Alemanha desde o final da Segunda Guerra Mundial, mas as ambições militares da Rússia de Vladimir Putin lhes deram uma nova importância.

Durante uma coletiva de imprensa conjunta com Heiko Maas, o chanceler polonês, Jacek Czaputowicz, manifestou seu apoio: "Do nosso ponto de vista, as forças americanas na Alemanha também são úteis para nossa segurança. Gostaríamos que essa presença na Alemanha fosse mantida".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai viajar na próxima semana para cumprir agendas em Paris, Genebra e Berlim. Na capital da França, o petista vai receber o título de cidadão honorário parisiense, concedido enquanto ele ainda estava preso em Curitiba, cumprindo a condenação na Lava Jato pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

Na terça-feira (3), o ex-presidente participa do Festival Lula Livre em Paris, no Teatro do Sol, às 19h30. O evento também vai contar com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff e de Fernando Haddad, ambos do PT. 

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Já no dia 6, o ex-presidente estará na Genebra, onde vai encontrar representantes do Conselho Mundial das Igrejas (CMI), que congrega mais de 340 igrejas em mais de 120 países. Na pauta, o ex-presidente deve abordar a desigualdade social, tema  central do encontro com o papa Francisco no Vaticano. Ainda na Suíça, o ex-presidente participa de encontro com representantes de sindicatos globais.

Já em Berlim, Lula vai se reunir com lideranças políticas e com representantes do movimento sindical alemão. No dia 9, o ex-presidente participa de Encontro em Defesa da Democracia no Brasil, ato público em que deve encontrar representantes dos comitês internacionais Lula Livre.

*Com informações do Instituto Lula

A polícia alemã informou neste domingo (26) que técnicos em explosivos desativaram sete bombas da Segunda Guerra Mundial encontradas em um terreno onde funcionará a fábrica da montadora americana Tesla, nas proximidades de Berlim.

Segundo fontes, as bombas eram de pequeno porte e tinham sido lançadas pela aviação americana durante a última grande guerra.

Quase 75 anos depois, a Alemanha está repleta de bombas que não explodiram e que acabaram sendo enterradas durante obras posteriores à guerra.

Pioneira em carros elétricos, a Tesla decidiu na última semana comprar 300 hectares de terreno em Gruenheide, no leste de Berlim, por € 40,9 milhões.

Essa será a primeira fábrica gigante da empresa americana na Europa.

Para 2021, a Tesla espera produzir 500 mil unidades por ano.

Ainda que autoridades locais e os moradores tenham se mostrado favoráveis à construção da fábrica por causa da criação de milhares de empregos na região, o projeto gerou polêmica por sua instalação em uma zona arborizada.

Os críticos alegam que o desmatamento previsto afetará a fauna e a flora local e poderia representar um perigo ao abastecimento de água potável na região.

Dezenas de pessoas manifestaram-se nas últimas semanas contra a chegada da Tesla.

O presidente da empresa, Elon Musk, respondeu às críticas no último sábado em seu Twitter: "Parece que temos que explicar algumas coisas!", tuitou o bilionário.

Sobre o consumo de água, que segundo os críticos à construção da fábrica chegará a 300 metros cúbicos por hora, Musk respondeu que será algo pontual e "não todo esse tempo".

O empresário acrescentou que o bosque não é natural, mas sim uma área de reflorestada.

"Plantaram árvores para fazer carvão e só utilizaremos uma pequena parte", para a fábrica, ressaltou.

Na próxima semana, a cidade de Berlim, na Alemanha, será o palco do principal evento sobre Internet no mundo: o Fórum de Governança da Internet. O evento reúne autoridades governamentais, reguladores, pesquisadores, empresas do setor e ativistas para discutir a situação e os desafios do ambiente online em todo o planeta.

De segunda (25) a sexta-feira (29), programação inclui debates e atividades propostas por órgãos públicos, empresas e associações privadas da sociedade civil. Também serão promovidas reuniões de redes internacionais e regionais sobre diferentes assuntos relacionados ao tema.

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O foco é na chamada "governança da internet", processo para definir princípios, regras, padrões e coordenação do funcionamento da rede. Dado ao caráter mundial e à ausência de um órgão regulador central, os mecanismos complexos implicam na construção de parcerias e acordos entre os agentes do setor.

Multissetorial

Segundo o secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br), Hartmut Glaser, o encontro nasceu da compreensão de que é preciso envolver todos os atores, e não apenas os governos. Assim, o evento é multissetorial, abarcando Poder Público, empresas, pesquisadores e entidades defensoras de direitos digitais.

Glaser disse que o trabalho engloba a troca de conhecimentos e que não de decisões vinculantes relativas aos agentes. "O fórum não é uma reunião de decisão, mas de discussão. Procura-se colocar em contato pessoas com perfis diferentes, como advogados, técnicos, ativistas, governos e especialistas em assuntos. Não se fala a mesma linguagem, quando se fala da internet. Cada um entende de uma forma, e precisamos trabalhar com uma forma comum", disse o secretário-executivo, quer também vai participar do evento.

A integrante do Conselho Diretor do Coletivo Intervozes, Bia Barbosa, acrescentou que, ao contrário dos espaços multilaterais da Organização das Nações Unidas (ONU), que contam com a representação dos países, este não é um fórum deliberativo, o que reduz seu potencial de impacto. "Mas é no fóum que a comunidade internacional se encontra para debater desafios que estão na ordem do dia, do futuro da rede, desde conectar a parcela da população global, que segue sem acesso à internet, até preocupações advindas do avanço da inteligência artificial”, acrescentou.

Temáticas

O principal debate abordará o relatório da comissão da Organização das Nações Unidas, criada para apontar tecnologias voltadas para o desenvolvimento econômico e para a promoção de direitos humanos, o que foi chamado pelo entidade internacional de “cooperação digital”.

O emprego de inteligência artificial estará no centro das atenções, com foco em aspectos como governança de dados, princípios e diretrizes éticas no uso das aplicações e respeito à promoção de direitos humanos, para impedir discriminações e outras consequências prejudiciais.

O representante do CGI destaca, como objeto de atenção, o papel das plataformas digitais. “Google e Facebook estão usando todo o seu poderio para, cada vez que você usa a internet, acompanhar sua navegação, o que você está vendo, suas preferências e sua vida social. Tudo isso está criando um novo problema dentro da internet como um todo. É importante ter regras ou princípios de uso”, ressaltou Hartmut Glaser.

Participação brasileira

O Comitê Gestor promoverá uma série de debates no Fórum de Governança da Internet. Entre os temas, estão a proteção das crianças no ambiente online, a construção de sistemas de inteligência artificial centrados em pessoas, a transição dos endereços IP do modelo IPv4 para IPv6 e o papel dos algoritmos nos processos eleitorais.

De acordo com Bia Barbosa, diversas organizações da sociedade civil vão participar do encontro, apresentando reflexões sobre os desafios da internet, formulados sob a ótica brasileira e trocando experiências com entidades de outros países. Ela afirmou que esse intercâmbio vem contribuindo bastante para os debates, inclusive os que se traduziram em leis.

“É um espaço para se entrar em contato com autoridades, pesquisadores, empresários e ativistas de outros países e trocar experiências no desenvolvimento de políticas públicas para este setor. Muito do que o Brasil conseguiu implementar, enquanto política, por meio de leis como o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, por exemplo, foi debatido antes, em outros fóruns, pelas delegações brasileiras”, ressaltou.

BERLIM - Governadores dos estados nordestinos desembarcaram em Berlim nesta quinta-feira (21), como parte da articulação internacional do Consórcio Nordeste para atrair investidores e ampliar o fluxo de negócios na região. Em evento na sede da Associação das Câmaras Alemãs de Comércio e Indústria (DIHK), eles apresentaram a empresários do país o mapa de oportunidades no Nordeste.

Os alemães também tiraram dúvidas com os gestores brasileiros sobre diversas questões, como participação de empresas estrangeiras em licitações.

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“A formação desse consórcio oferece muitas vantagens, como a participação em licitações internacionais e a atração de investimentos estrangeiros. A condição mais importante para os alemães continuarem investindo no Brasil é a recuperação da confiança no país”, comentou Mark Heinzel, diretor de Relações Econômicas da DIHK.

"O Nordeste tem oportunidades para se investir no longo prazo. Isso tem feito um diferencial muito grande dado a nossa capacidade de discutir projetos e de fazer pactuações. Em todos as nossas reuniões na nossa missão, esses elementos estão sendo destacados pelos empresários europeus, que demonstram muito interesse em aprofundar a discussão para a consolidação de novos investimentos", frisou Paulo Câmara.   

Exportações e importações - A Alemanha é o quarto maior parceiro comercial do Brasil, atrás da China, Estados Unidos e Argentina. Durante a apresentação, o Consórcio Nordeste deu destaque principalmente a áreas integradoras, como sustentabilidade, infraestrutura, turismo, saúde, segurança pública, saneamento e energias limpas, inclusive com a perspectiva de abertura de parcerias público-privadas (PPP).

A participação europeia na corrente de comércio do Brasil em 2018 foi de 3,75%. Mais de 54% dos produtos brasileiros exportados para a Alemanha são industrializados, a exemplo de máquinas mecânicas, automóveis, máquinas elétricas e produtos farmacêuticos. Em relação às importações, 99% das mercadorias que o Brasil compra do país europeu são bens industriais.

O evento foi organizado pela DIHK juntamente com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK). A DIHK é a entidade que congrega associações e grupos relacionados ao setor industrial alemão, sendo responsável pela representação de 100 mil empresas privadas, que geram mais de oito milhões de empregos no país.

A AHK reúne as empresas mais importantes da indústria alemã no Brasil e tem como papel incentivar as relações econômicas entre empresas brasileiras e alemãs.

A missão do Consórcio Nordeste na Europa será encerrada nesta sexta (22). Participam da viagem também os governadores Rui Costa (Bahia), Renan Filho (Alagoas), Camilo Santana (Ceará), João Azevêdo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), assim como o vice-governador Carlos Brandão (Maranhão).

*Da assessoria

 

O filho do ex-presidente alemão Richard von Weizsaecker foi assassinado na tarde dessa terça-feira  (19), em uma clínica em Berlim.

Fritz von Weizsaecker, de 59 anos, foi esfaqueado enquanto dava uma palestra sobre doenças hepáticas para uma plateia de 20 pessoas. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu. O episódio ocorreu no Hospital Schlosspark, em Charlottenburg.

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O filho do ex-presidente era um médico renomado na Alemanha, com atuação também na Suíça e nos Estados Unidos. O agressor foi detido pela polícia e seria um homem de 57 anos.

Ainda não se sabe o motivo do ataque nem detalhes do principal suspeito. Richard von Weizsaecker foi o primeiro presidente da Alemanha reunificada, entre 1984 a 1994.

Da Ansa

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi recebido nesta segunda-feira (30) com protesto de ambientalistas em Berlim, na Alemanha, a favor da proteção da Amazônia. O ato foi organizado pelo grupo Gira, braço alemão do Greenpeace, em frente à sede da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK), no centro da capital do país. A visita do brasileiro foi alvo de pelo menos 50 manifestantes.

O grupo, que levava bandeiras do Brasil e da Alemanha, montou um cordão de isolamento em frente ao edifício para tentar impedir a entrada de Salles no local. Entre os cartazes carregados, o que mais chamou a atenção foi uma faixa fazendo referência ao acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, com a seguinte frase: "Sem acordo com criminosos do clima".

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Os manifestantes ainda exibiram um tronco de árvore em chamas pedindo para que a Amazônia não seja destruída. "A agenda do governo Bolsonaro em relação ao clima tem sido a favor do lobby do agronegócio, mas a destruição da Amazônia é algo que coloca todos no planeta em perigo", disse o representante do Greenpeace, Jannes Stoppel, à DW.

O ministro do Meio Ambiente iniciou uma turnê pela Europa na tentativa de "esclarecer" as atitudes do governo, duramente criticado pelo desmatamento acelerado na Amazônia e o aumento no número de queimadas na floresta.

Depois de participar na Assembleia Geral da ONU em Nova York, Salles chegou a Berlim no último domingo (29). No entanto, em sua agenda no site do ministério, não há informações sobre seus compromissos pelos próximos três dias. O ministro deve deixar a Alemanha na quarta-feira (2) e seguir para o Reino Unido.

Da Ansa

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