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Manifestantes pró-Bolsonaro interditam parcial ou completamente diversas rodovias federais e estaduais em São Paulo nesta segunda-feira (31). Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contestam o resultado das eleições que concederam vitória ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No total, o tráfego de ao menos 14 estradas foi prejudicado pelas manifestações.

Dados da Polícia Rodoviária Federal de São Paulo (PRF-SP) mostram que até as 18h15 sete estradas estavam em bloqueio total, com tráfego impedido por pneus, tratores, caminhões ou outras iniciativas dos manifestantes. Segundo notificações emitidas pelo perfil oficial do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP) no Twitter, também aconteceram ao menos sete interdições parciais ou totais nas rodovias estaduais de São Paulo.

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Na BR-116, nos trechos próximos a Pindamonhangaba, a situação começou a ser controlada por volta das 19h40, liberando fluxo nas pistas norte e sul pela faixa da esquerda, sem retenção nos dois sentidos. O trecho de Juquitiba, próximo ao Embu das Artes, foi totalmente liberado pela polícia rodoviária após manifestantes interromperem o tráfego ateando fogo em pneus.

Uma interdição no Trevo de Lupércio da BR-153, próximo a Ocauçu, também ateou fogo em pneus. Às 19h24, a PRF ainda tentava negociar liberação da via. No trecho da BR-153 próximo a São José do Rio Preto, cerca de 80 pessoas interditaram ambos os sentidos, permitindo apenas veículos perecíveis de urgência e emergência. O bloqueio não envolveu incêndio, mas até às 19h20 permanecia no mesmo estado e com aumento no número de manifestantes.

Na Rodovia Hélio Smidt (BR-610), o acesso à Avenida Monteiro Lobato, em Guarulhos, também foi parcialmente interditado, com a presença de aproximadamente 50 manifestantes.

Em Osasco, no sentido São Paulo, manifestantes interferiram parcialmente no trânsito da rodovia Raposo Tavares (SP-070), permitindo tráfego apenas de carros de passeio e bicicletas.

A rodovia Feliciano Tavares da Cunha (SP-310) foi completamente bloqueada por queima de pneus na altura de Monte Aprazível. O mesmo aconteceu nas rodovias: Brigadeiro Eduardo Gomes (SP-457), em Bastos; Engenheiro Lauri Simões de Barros (SP-189), em Buri; Euclides da Cunha (SP-320), em Votuporanga; Assis Chateaubriand (SP-425), em Parapuã; Cândido Portinari (SP-334), em Rifaina.

O Estadão/Broadcastentrou em contato com o departamento de Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo, coordenado pela Polícia Militar estadual, para confirmação dos dados obtidos e informações sobre os procedimentos tomados para controlar e normalizar o tráfego. Até o momento da publicação, a reportagem não recebeu retorno.

Um grupo de manifestantes pró-Bolsonaro interditou a Marginal Tietê no sentido Ayrton Senna nesta segunda-feira, 31. Apoiadores do presidente estenderam uma faixa contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a Companhia de Engenharia de Trafego (CET), a ação teve início por volta das 15h30. Neste momento, uma das faixas está liberada. Outras duas seguem ocupadas. A Polícia Militar acompanha o protesto.

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Após a vitória de Lula, caminhoneiros organizaram bloqueios em diferentes estradas pelo País em protesto contra os resultados das urnas neste domingo, 30. A Polícia Rodoviária Federal informou nesta segunda-feira, 31, que até às 18h43 havia 236 pontos de interdições, bloqueios ou manifestações em estradas em 20 Estados do País.

Em São Paulo, há registros de protestos em três pontos de duas rodovias federais, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

Na BR-116, nos trechos próximos a Pindamonhangaba e Embu das Artes, o tráfego está bloqueado nos dois sentidos, com registros de pneus incendiados. Já no trecho próximo ao município de Jacareí cerca de 30 manifestantes interromperam a pista sentido norte. A PRF negocia a liberação de uma das faixas.

Na BR-153, na região de São José do Rio Preto, 30 manifestantes se concentram à margem da rodovia. Outros pontos já foram liberados pela PRF.

"Desde ontem, quando surgiram as primeiras interdições, a PRF adotou todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo, direcionando equipes para os locais e iniciando o processo de negociação para liberação das rodovias priorizando o diálogo, para garantir, além do trânsito livre e seguro, o direito de manifestação dos cidadãos, como aconteceu em outros protestos", disse a PRF.

Manifestantes que protestam contra a derrota de Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de domingo, 30, realizam atos em 15 trechos de rodovias no Estado do Rio de Janeiro, segundo balanço divulgado pela assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal no Rio às 18h54 desta segunda-feira, 31.

Um dos protestos começou às 17h20 em um acesso à ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro, sentido Niterói. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de dez manifestantes interditam parcialmente o trânsito. Agentes da PRF estão no local tentando liberar o tráfego.

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Outros pontos ocorrem em rodovias. Na Presidente Dutra (como se chama a BR-116 no trecho entre os municípios do Rio e de São Paulo), no km 197, em Queimados (município da Baixada Fluminense), cerca de 20 pessoas interditam totalmente a pista no sentido São Paulo. Segundo a PRF, o trânsito está sendo desviado por dentro de um posto de combustíveis. Agentes da polícia negociam a liberação do trânsito.

Na mesma rodovia, no km 184, em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), cerca de 300 manifestantes interditaram uma faixa no sentido São Paulo às 14h15 desta segunda-feira e totalmente, em ambos os sentidos, às 14h50. Houve um princípio de incêndio, debelado pelo Corpo de Bombeiros. Agentes da PRF estão no local, segundo a assessoria de imprensa.

Também na Dutra, no km 276, em Barra Mansa, cerca de 100 manifestantes interditaram totalmente o trânsito de caminhões e alguns outros veículos - carros de passeio e ônibus com idosos, crianças e portadores de necessidades especiais estão sendo autorizados a trafegar. O ato começou às 23h30 do domingo, e agentes da PRF estão no local.

Na mesma rodovia, no km 264, também em Barra Mansa, os dois sentidos foram totalmente fechados às 12h35 por dois veículos de carga que estacionaram atravessados na pista. A PRF foi ao local e o trânsito foi liberado às 15h.

Ainda na Dutra, no km 263, em Volta Redonda, cerca de 20 manifestantes interditaram totalmente a via, por volta das 15h40. Às 18h30 não havia informações atualizadas.

Em outra parte da BR-116, na rodovia Rio-Teresópolis, no km 76, em Teresópolis, cerca de 50 manifestantes interditaram parcialmente a via nos dois sentidos, a partir das 10h46. Caminhões foram barrados, mas veículos de passeio e ônibus tiveram autorização para seguir viagem. Objetos foram incendiados na pista.

Na BR-101, no trecho identificado como rodovia Rio-Santos, no km 392, em Itaguaí, ativistas interditaram os dois sentidos a partir das 14h57. Às 18h30, a PRF não tinha informações atualizadas.

Também na BR-101, no km 415, em Mangaratiba, cerca de 50 manifestantes interditaram totalmente a via nos dois sentidos, às 18h.

Na mesma rodovia, no km 486, em Angra dos Reis, cerca de 50 manifestantes interditaram parcialmente os dois sentidos às 9h44. Às 18h30 a interdição continuava e havia congestionamento de 3,5 quilômetros.

Também na BR-101, no km 530, em Paraty, cerca de 50 manifestantes interditaram totalmente a via às 18h, causando um quilômetro de congestionamento.

Em outro trecho da BR 101, no km 70, em Campos dos Goytacazes, aproximadamente 60 manifestantes interditaram a via totalmente nos dois sentidos, às 16h20. Pneus foram espalhados na pista.

Na BR-040, no km 119, em Duque de Caxias, 40 manifestantes interditam parcialmente a via e causam congestionamento de 1 quilômetro, desde as 16h50.

Na mesma rodovia, no km 61,5, em Petrópolis, desde as 14h20 há concentração de manifestantes no posto de combustíveis Capivari, sem impacto ao trânsito.

Na rodovia BR-356, na altura do km 50, em Itaperuna, dez manifestantes interditaram parcialmente os dois sentidos, a partir das 15h50. Às 18h30 a PRF não tinha informações atualizadas.

Na rodovia BR-465, no km 14, em Seropédica, sete motoristas de caminhão se concentraram a partir das 14h15, sem impacto ao trânsito.

O agente da Polícia Rodoviária Federal Ricardo Torres aparece em vídeo dialogando com caminhoneiros que estão obstruindo as estradas em protesto iniciado após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) e questiona a medida que o PRF deve adotar sobre a manifestação. O questionamento occore ao Torres relatar ter recebido ordens para desobistruir as estradas. "O que eu faço da vida?", inicia sua fala o agente no vídeo publicado pelo site Metrópoles.

"O que vocês me orientam para a gente interagir e encontrar a melhor solução. Para que a gente consiga não sair daqui com ninguém machucado, ninguém preso  ou que prejudique o meu trabalho qualquer que seja a parte interessada, certo!", afirmou em trato cordial com a categoria.

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Ele também frisou assumir o compromisso de não haver enfrentamento entre a PRF e os caminhoneiros. "A manifestação vai continuar com vocês e nós os dois servidores que estamos aqui vamos monitorar e infirmar as nossas chefias que é a nossa missão. Mas, em em nenhum momento, eu já assumi o compromisso aqui e já reitero para vocês, nós chegarem para atentar ou enfrentar os senhores que são nossos patrões, patrões dos servidores", finalizou sob aplausos.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu na tarde desta segunda-feira, 31, que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informe as medidas adotadas para desmobilizar os bloqueios de caminhoneiros nas estradas após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O órgão questiona o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, sobre as providências para "garantir a manutenção do fluxo nas rodovias federais". Também pede a relação completa dos trechos onde há interdições e as ações em curso em cada caso. O prazo para resposta é de 24 horas.

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Os ofícios são assinados pela subprocuradora-geral da República Elizeta de Paiva Ramos, coordenadora da Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional do Ministério Público Federal (7CCR).

A Câmara também disparou ofícios aos procuradores-chefes do MPF. O objetivo é mapear As medidas tomadas para coibir eventual omissão da Polícia Rodoviária Federal.

Mais cedo, a PRF informou que atendeu 136 ocorrências em rodovias federais desde este domingo, 30. A corporação disse que, desde que encontrou os primeiros bloqueios, "adotou todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo". O comunicado afirma ainda que as equipes estão negociando a liberação das estradas, "priorizando o diálogo", e observando o "direito de manifestação dos cidadãos".

A PRF também informou que acionou a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa na Justiça os interesses de órgãos do governo, para conseguir respaldo judicial "como forma de garantir pacificamente a manutenção da fluidez nas rodovias brasileiras". A AGU confirmou que vai entrar com as ações, mas disse que a PRF "pode atuar sem demandar autorização".

A Polícia Rodoviária Federal informou nesta segunda, 31, que há 211 pontos de interdições, bloqueios ou manifestações em rodovias do País, em resposta ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Há ocorrências em pelo menos 16 Estados. São eles: Alagoas, Amazonas, Acre, Rio Grande do Norte, Roraima, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Paraná.

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O maior número de bloqueios é registrado em Santa Catarina, com 37, e o de interdições em Mato Grosso do Sul, com 22. Hoje mais cedo, a PRF informou que adota providências para o retorno da normalidade do fluxo desde o início das interdições.

Desde a noite deste domingo, 30, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidência, manifestantes interditam rodovias pelo País. Eles pedem a intervenção do Exército. Há registro de envolvimento de caminhoneiros e produtores rurais nos atos.

Ao menos três líderes dos caminhoneiros disseram que os protestos em rodovias do País reúnem alguns motoristas apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) descontentes com o resultado das eleições, mas não refletem demandas da maior parte da categoria. Os protestos incluem manifestantes que não são caminhoneiros, segundo os líderes.

"Eu não vejo 100% da categoria. São pessoas que estão descontentes com o resultado das eleições. A gente está tentando levantar de onde está saindo o movimento", disse o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido com Chorão. Em relação às imagens que circulam em grupos de WhatsApp e redes sociais, que falam em intervenção militar para reverter o resultado do pleito, Chorão foi categórico: "Fico muito triste de muitas pessoas usarem o nome dos caminhoneiros. Não luto e nunca vou lutar contra a democracia do País. Minha linha é mais de pacificação, conversar, dialogar e unificar o País".

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O representante disse não acreditar na persistência dos protestos. "Os caminhoneiros têm que lutar pelo nosso segmento, pelo transporte. A diferença do presidente eleito em relação a Bolsonaro foi de 1 milhão e poucos votos. Não tem como falar que vai parar o País por política." Segundo Chorão, a categoria entregou as pautas do setor aos presidenciáveis e seguirá interlocução com o novo governo.

Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, também vê os protestos como pontuais. "Eu acredito que tenham o direito de protestar, só que eles têm que aceitar a democracia e não ficar travando a pista, porque está atrapalhando a vida de todo mundo. Assim como aceitamos a vitória do Bolsonaro em 2018, agora eles têm de aceitar a vitória do Lula".

"Se for uma paralisação para reivindicar algum direito da classe, a classe terá meu apoio. Se for uma paralisação política, para atrapalhar o governo do Lula, não terá o meu apoio. Acho que autoridades têm de tomar providências porque não pode cercear o direito de ir e vir das pessoas que estão na via. É assim que os bolsonaristas falavam quando a gente ia reivindicar alguma coisa contra o governo Bolsonaro.", ressalta Alves.

Plínio Dias, diretor-presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), disse que não há indício de paralisação ampla de caminhoneiros autônomos. "Vi alguns vídeos e são pessoas desconhecidas e acho que também nem são caminhoneiros", apontou.

Motoristas de carga autônomos e de táxi de todo o país recebem nesta terça-feira (18) a parcela de outubro dos auxílios Caminhoneiro e Taxista. Cada parcela equivale a R$ 1 mil. O pagamento inicialmente estava previsto para ocorrer no dia 22, mas foi antecipado quatro dias.

Os caminhoneiros que fizeram a autodeclaração até 7 de outubro podem receber a quarta, quinta e sexta parcelas. Em relação aos taxistas, coube aos municípios enviar, até o início de agosto, o cadastro dos permissionários ativos até 31 de maio.

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O dinheiro é depositado nas contas poupança sociais digitais e pode ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite a compra em lojas virtuais cadastradas, o pagamento de contas domésticas e a transferência para qualquer conta bancária.

Criados pela emenda constitucional que estabeleceu estado de emergência por causa da alta do preço dos combustíveis, os auxílios Caminhoneiro e Taxista serão pagos até dezembro. A emenda elevou benefícios sociais e instituiu auxílios emergenciais até o fim do ano.

Autodeclaração

No Auxílio Taxista, o cadastro dos profissionais autônomos cabe unicamente aos municípios, que enviam os dados ao Ministério do Trabalho e Previdência. Bastava ao permissionário estar com o cadastro regularizado na prefeitura (ou no governo do Distrito Federal, no caso da capital federal) até 31 de maio.

No Auxílio Caminhoneiro, o governo preparou um portal para o motorista pedir o benefício. Desde 15 de agosto, os transportadores autônomos de carga (TAC) podem fazer a Autodeclaração do Termo de Registro para receber o BEm Caminhoneiro-TAC.

Por causa da antecipação do benefício, o Ministério do Trabalho e Previdência antecipou o prazo de entrega da autodeclaração até 7 de outubro. Quem perdeu o prazo pode enviar os dados até 7 de novembro para ter direito ao benefício, mas só receberá a quinta e a sexta parcela.

A autodeclaração pode ser feita pelo Portal Emprega Brasil ou pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. Após esse prazo, os caminhoneiros somente terão direito a receber o benefício a partir do mês do envio dos dados, desde que atendidos os demais requisitos legais.

Quem tem direito

Terão direito ao benefício os transportadores de carga autônomos, cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTR-C) da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) até 31 de maio deste ano. Os profissionais deverão estar com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o CPF válidos, entre outras exigências.

Também chamado de Benefício Emergencial Caminhoneiro (BEm-Caminhoneiro), o auxílio será pago a cada transportador autônomo, independentemente da quantidade de veículos que tiver O pagamento do BEm-Caminhoneiro vai ser revisado mensalmente. Para os próximos lotes de pagamento, a ANTT vai encaminhar ao Ministério do Trabalho e Previdência a relação dos transportadores autônomos de cargas que estiverem na situação “ativo” no RNTR-C.

Auxílio Taxista

Têm direito ao benefício os motoristas de táxi registrados nas prefeituras, titulares de concessões ou alvarás expedido até 31 de maio. Não será necessária qualquer ação por parte dos taxistas. Em caso de dúvidas, o motorista deve entrar em contato com a prefeitura para verificar o cadastro municipal. A prestação das informações caberá inteiramente às prefeituras ou ao governo do Distrito Federal.

Calendário do Auxílio Caminhoneiro 2022

Calendário do Auxílio Taxista 2022

Fonte: Caixa Econômica Federal

O prazo para que transportadores autônomos de carga (TAC) façam a Autodeclaração do Termo de Registro, documento necessário para o receber as parcelas referentes a julho e agosto do Benefício Caminhoneiro foi prorrogado até o dia 12 de setembro.

Devem fazer a autodeclaração os profissionais com cadastro ativo no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTR-C), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas que não tiveram registro de operação de transporte rodoviário de carga neste ano.

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“Todos os profissionais nessa situação estão com uma notificação nos sistemas do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP). E poderão utilizar esses mesmos canais para fazer a autodeclaração. O acesso pode ser feito pelo Portal Emprega Brasil, utilizando o login do Gov.br, no link serviços, ou pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O documento dará mais segurança e transparência à utilização dos recursos públicos”, explica o ministério.

O recebimento deverá ocorrer junto com o pagamento da terceira parcela do benefício (referente a setembro), no dia 24 de setembro. “Assim, aqueles que preencherem a autodeclaração após 18h30 do dia 29 de agosto até 12 de setembro poderão receber as parcelas 1, 2 e 3 no próximo dia 24 de setembro”, informou o Ministério do Trabalho e Previdência.

Até as 18h do dia 29 de agosto, 129.788 transportadores já tinham feito a autodeclaração: “esses motoristas devem receber as duas primeiras parcelas no dia 6 de setembro e a terceira, no dia 24 do mesmo mês - se atendidos todos os critérios”.

Na autodeclaração, o caminhoneiro autônomo deverá afirmar que atende aos requisitos legais exigidos para recebimento do benefício e que está apto a realizar, de forma regular, transporte rodoviário de carga. Também será necessário informar o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) dos veículos cadastrados junto à ANTT.

Os motoristas de carga autônomos recebem nesta terça-feira (9) as duas primeiras parcelas do Auxílio Caminhoneiro, benefício emergencial para repor os efeitos do aumento do diesel neste ano. Como cada parcela equivale a R$ 1 mil, cada caminhoneiro receberá R$ 2 mil neste mês.

O dinheiro será depositado nas contas poupança sociais digitais e poderá ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite a compra em lojas virtuais cadastradas, o pagamento de contas domésticas e a transferência para qualquer conta bancária.

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Criado pela emenda constitucional que estabeleceu estado de emergência por causa da alta do preço dos combustíveis, o Auxílio Caminhoneiro será pago até dezembro. A emenda elevou benefícios sociais e instituiu auxílios emergenciais até o fim do ano.

Quem tem direito

Terão direito ao benefício os transportadores de carga autônomos cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTR-C), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), até 31 de maio deste ano. Os profissionais deverão estar com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o CPF válidos, entre outras exigências.

Também chamado de Benefício Emergencial Caminhoneiro (BEm-Caminhoneiro), o auxílio será pago a cada transportador autônomo, independentemente da quantidade de veículos que tiver. O pagamento do BEm-Caminhoneiro vai ser revisado mensalmente. Para os próximos lotes de pagamento, a ANTT vai encaminhar ao Ministério do Trabalho e Previdência a relação dos transportadores autônomos de cargas que estiverem na situação “ativo” no RNTR-C.

Quem estiver com situação cadastral pendente ou suspensa poderá regularizar o registro na ANTT e receber as parcelas a partir da data da regularização. No entanto, o governo esclarece que não terá direito a parcelas que tenham sido pagas.

Auxílio Taxista

No próximo dia 16, será a vez de os taxistas receberem o benefício emergencial para a categoria. Eles também ganharão duas parcelas do benefício (julho e agosto), de até R$ 1 mil cada uma. O valor final dependerá da quantidade de taxistas que demandarem o benefício. Caso haja mais taxistas que o previsto, o valor para cada um ficará menor. A terceira parcela será paga em 30 de agosto.

Terão direito ao benefício os motoristas de táxi registrados nas prefeituras, titulares de concessões ou alvarás expedidos até 31 de maio. Não será necessária qualquer ação por parte dos taxistas. Em caso de dúvidas, o motorista deve entrar em contato com a prefeitura para verificar o cadastro municipal. A prestação das informações caberá inteiramente às prefeituras (ou ao governo do Distrito Federal, no caso da capital federal).

Calendário do Auxílio Caminhoneiro 2022
Parcela                   Data de pagamento        Cadastro ativo no Ministério da Infraestrutura

Julho e agosto        9/8 (valor em dobro)        até 22/7
Setembro                24/9                                 até 11/9
Outubro                  22/10                               até 9/10
Novembro              26/11                                até 13/11
Dezembro              17/12                                até 4/12

Calendário do Auxílio Taxista 2022
Parcela                 Data de pagamento

1ª e 2ª parcelas            16/8
3ª parcela                      30/8
4ª parcela                      22/10
5ª parcela                      26/11
6ª parcela                      17/12

Fonte: Caixa Econômica Federal

Os caminhoneiros com CPF válido e cadastrado no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTR-C) até 31 de maio de 2022, na modalidade “Ativo”, começam a receber as primeiras parcelas do benefício emergencial aos transportadores autônomos de carga a partir de 9 de agosto.

O Benefício Caminhoneiro-TAC tem validade até 31 de dezembro de 2022 e será pago em seis parcelas mensais, no valor de R$ 1 mil. No dia 9 de agosto, os caminhoneiros vão receber duas parcelas, a primeira e a segunda, referentes aos meses de julho e agosto. Por isso, o primeiro pagamento vai totalizar R$ 2 mil, como explicou o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, no programa Brasil em Pauta, da TV Brasil. 

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“Todos os caminhoneiros com registro ativo até 31 de maio de 2002 serão contemplados com pagamento do benefício”, afirmou. Os lotes seguintes, de R$ 1 mil (cada), estarão disponíveis para pagamento no dia 24 de setembro, 22 de outubro, 26 de novembro e 17 de dezembro.

Benefício Taxista

Já os taxistas, de acordo com Oliveira, vão receber as parcelas de julho e agosto no dia 16 de agosto. O valor é o mesmo dos caminhoneiros, R$ 1 mil, totalizando R$ 2 mil no dia 16. “Nós recorremos às prefeituras para identificarmos os possíveis beneficiados e já temos mais de 300 mil taxistas cadastrados”, disse. O ministro lembrou também, durante a entrevista, que ainda não estão definidas quantas parcelas serão pagas aos taxistas.

Os benefícios serão pagos aos caminhoneiros e taxistas para enfrentar o estado de emergência decorrente da elevação do preço do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes.

Atestado médico online

O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, lembrou, durante a entrevista ao Brasil em Pauta, que os segurados da Previdência Social que precisam passar por perícia médica poderão cadastrar a documentação médica por meio do aplicativo Meu INSS. Desta forma, a avaliação do atestado poderá ser feita remotamente por perito médico federal.

A novidade passou a valer em 29 de julho deste ano. “Com os atestados que o cidadão colocou no sistema do INSS, o médico, a distância, vai fazer a análise e vai poder fazer a concessão do benefício”, explicou. A medida vale para benefícios com validade de até 3 meses. Acima disso, a perícia precisa ser presencial.

INSS Libras

Outra novidade destacada pelo ministro é a possibilidade de a pessoa surda ou com deficiência auditiva ser acompanhada pelo seu intérprete ou tradutor da Língua Brasileira de Sinais (Libras), durante os atendimentos no INSS. A iniciativa passou a valer a partir de 29 de julho deste ano. 

“Lá em São Paulo, por exemplo, nós fizemos uma parceria com a prefeitura e, nas agências da Previdência, estão sendo colocados aparelhos, o segurado acessa este aparelho e a distância tem um intérprete de Libras que vai permitir um melhor atendimento. E, além disso, nós deflagramos um processo de capacitação em todas as agências do INSS do Brasil para que os nossos servidores estejam preparados para recepcionar as pessoas que portam a deficiência auditiva”, explicou.

Geração de emprego

Ainda na entrevista, o ministro do Trabalho e Previdência falou sobre a geração de emprego com carteira assinada em 2002. Segundo o ministro, a previsão é fechar ano com mais pessoas com carteira assinada do que em 2021, quando o Brasil gerou 2,7 milhões de novos empregos formais. 

“Não sei se todo mundo sabe, mas o Brasil foi o país do G20 que mais gerou emprego e com a menor taxa de desemprego no momento”, ressaltou.

Na tentativa de recuperar a confiança dos caminhoneiros, Bolsonaro prometeu um auxílio de R$ 1.000 para ajudar a reduzir a cascata de prejuízos diante da alta no preço dos combustíveis. No entanto, afetada pelo aumento no valor do diesel, que hoje custa R$ 7,20 o litro, a categoria vê como esmola o “voucher” de Bolsonaro.

Em nota, o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim (Chorão), criticou a medida, que em sua visão, eleva o dólar e contribui para novos aumentos.

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“Caminhoneiro não é burro, não fizeram nada em três anos e meio de governo e agora vem com uma esmola que não resolve o problema", disparou, em nota enviada à imprensa.

Chorão diz que o Brasil tem estoque de diesel para apenas 40 dias, e que com a redução da alíquota de ICMS nos Estados baixou o preço da gasolina, mas não do diesel.

Confira a nota, na íntegra, da Abrava:

NOTA À IMPRENSA

Assunto: PEC da Esmola

Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores – ABRAVA, vem se manifestar sobre a PEC da esmola.

Mil reais não resolve o problema dos caminhoneiros, é uma tentativa clara de comprar o direito mais digno de um cidadão que é o seu voto.

É importante ressaltar que esse dinheiro não vai conseguir comprar os caminhoneiros, os únicos que ainda acreditam nesse governo mentiroso é uma pequena parcela de motoristas que sofrem da Síndrome de Estocolmo.

Caminhoneiro não é burro, não fizeram nada em três anos e meio de governo e agora vem com uma esmola que não resolve o problema.

A inflação está dizimando os mais pobres e consumindo toda a renda dos brasileiros.

Tivemos conhecimento que o Brasil tem estoque de diesel para 40 dias, com a redução da alíquota de ICMS nos Estados baixou o preço da gasolina, mas do Diesel não, a gasolina está baixando porque não está vendendo, a classe média não tem dinheiro para encher o tanque, com o Diesel não tem jeito se não abastecer o produto não chega nas casas das pessoas, e pode esperar o diesel vai continuar subindo porque o governo não muda a política de preços da Petrobras.

E para completar, essa PEC eleitoreira fez o dólar subir, e como somos dependentes de diesel importado vai aumentar nas bombas.

Esse governo é uma mistura de Trapalhões com Zorra Total, e o povo assistindo esse filme de terror.

Uma solução para o problema do Diesel dos caminhoneiros é o PL 1.205/22 de autoria do senador Lucas Barreto, que retira o custo do diesel da composição do frete.

Lembrando que a greve é um direito resguardado na constituição a todos os trabalhadores, e os caminhoneiros já não aguentam mais.

Essa luta não é só dos caminhoneiros, mas de todo povo Brasileiro.

São Paulo 13 de julho, de 2022.

Wallace Landim – Chorão Caminhoneiro

Presidente Licenciado da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores – ABRAVA

Alinhada a Jair Bolsonaro na eleição de 2018, uma parte dos representantes dos caminhoneiros abriu diálogo com adversários do atual presidente na disputa deste ano pelo Palácio do Planalto. Porta-vozes dos trabalhadores que há quatro anos pararam o País durante uma greve têm agora conversado com articuladores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante).

A categoria, que ganhou protagonismo eleitoral, se estrutura de forma difusa e usa o WhatsApp como instrumento de mobilização. Dessa forma, possui lideranças pulverizadas e com representações regionais.

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A relação do presidente com os caminhoneiros se deteriorou após sucessivos aumentos do diesel. Alguns líderes chegaram a acusar Bolsonaro de traição. Há queixas em relação à política de preços da Petrobras, que hoje segue a cotação internacional do petróleo, e cobranças por fiscalização pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) da tabela do frete, instituída na gestão Michel Temer (MDB) para pôr fim ao movimento de 2018.

O governo tenta aplacar a insatisfação com uma "bolsa-caminhoneiro" de R$ 1 mil. Para a próxima terça-feira (12), está prevista a votação na Câmara da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que eleva gastos com benefícios às vésperas do pleito. O auxílio de R$ 1 mil, porém, já foi chamado de "esmola" por representante dos caminhoneiros.

Em meio ao desgaste de Bolsonaro, líderes da categoria promoveram encontros com outros pré-candidatos. Na semana passada, se reuniram com Ciro. Em nota, o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, classificou o encontro como "produtivo".

"Ciro se comprometeu com 100% das nossas pautas e nos passou a certeza de que nossas demandas estarão incluídas no plano de governo", afirmou Dahmer. Também em nota, o pré-candidato disse que há um "encarecimento criminoso do combustível" e afirmou ter "uma proposta detalhada de como recuperar a Petrobras para os brasileiros e mudar sua política de preços".

Articulação

Pré-candidata do MDB, em coligação com o Cidadania e o PSDB, Simone Tebet também tem conversado com parte dos líderes da categoria. Ela se reuniu com o deputado Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, para tratar de pautas e agendará um novo encontro para aprofundar as discussões.

A senadora, no entanto, já se posicionou contra a ideia de intervir na Petrobras. "A gente tem de respeitar a Petrobras como ela é: uma sociedade de economia mista com uma função social estratégica para o Brasil", disse a pré-candidata, em entrevista ao Estadão.

Projetado nacionalmente durante a greve dos caminhoneiros, quando se apresentou como um dos representantes da categoria, Janones mantém interlocução com os motoristas. Assim como Ciro, Bolsonaro e Lula, o deputado ataca os custos dos combustíveis. Em uma rede social, ele afirmou que o governo "não tem coragem para atuar na política de preços, vende nosso petróleo cru sem impostos, não gera interesse para investimento em refinarias no País e praticamente doa o nosso etanol".

Frustração

Parte dos líderes tem criticado abertamente o presidente e suas propostas. "Bolsonaro apareceu com a categoria em 2018, foi eleito com a promessa de fazer o que precisava e agora está acabando com empresas e tudo", afirmou o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Goiás (Sinditac), Vantuir Rodrigues.

Um dos líderes dos caminhoneiros na greve de 2018, o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o "Chorão", manifestou frustração. "Ganhamos, mas não levamos", disse. Ele ajudou a articular o apoio a Bolsonaro na época e hoje é pré-candidato a deputado federal pelo PSD em São Paulo.

Segundo Chorão, a categoria está "mais esperta" e, para ele, a pauta dos caminhoneiros tem de ser apresentada a todos que se colocam na disputa. "Nem entro nessa questão de apoio a candidato A ou B. A categoria não vai cair em falsas promessas. Estamos buscando conversar com todos os presidenciáveis, levando as pautas da categoria, vamos ver se eles colocam no programa de governo", disse.

Polarização

De acordo com líderes ouvidos pelo Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), por ora, a categoria reflete a polarização do País, com mais motoristas apoiando Lula ou Bolsonaro. O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Guarulhos (Sinditac), Luís Fernando Ribeiro, disse que Lula tem avançado entre os caminhoneiros.

"Estamos migrando para o PT na esperança de que mude alguma coisa", afirmou. Os discursos do petista contra a política de preços da Petrobras animam parcela da categoria, disseram líderes ouvidos pela reportagem. "A briga vai ser entre Bolsonaro e Lula, então os caminhoneiros já querem apoiar alguém com maior chance", afirmou Ribeiro.

A interlocução entre o PT e parte dos líderes dos caminhoneiros tem sido feita pela Frente Única dos Petroleiros (FUP) e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, bases de Lula. Uma agenda com petroleiros e o petista está em planejamento, mas ainda não há uma data definida.

O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, avalia que o voucher que pode ser criado pelo governo federal para auxílio aos caminhoneiros é um "desaforo" à categoria.

"Essa tentativa do governo de criar um vale combustível, um abono para os combustíveis, é um desaforo para a categoria. Esses R$ 400 ao preço do diesel, que é o grande vilão dos caminhoneiros hoje, significa na média 58 litros de diesel. O que fará o caminhoneiro com 58 litros de diesel quando seu consumo mensal é muito maior?", disse Litti, em vídeo divulgado à imprensa.

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O voucher para os caminhoneiros foi cogitado nesta semana pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

A CNTTL defende, assim como outras entidades que representam a categoria, o fim da Política de Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobras, que vincula o preço interno dos combustíveis ao preço internacional do barril de petróleo e ao dólar.

"O presidente (Jair Bolsonaro) precisa criar coragem para enfrentar o problema central e não vir com desabonos que são migalhas para os caminhoneiros. O problema do diesel pode ser resolvido pela sua caneta Bic (do presidente) quando terminar com o fim do preço da paridade internacional da Petrobras", argumentou Litti. "Não são R$ 400 que resolve, o problema. O problema é o presidente Bolsonaro com a sua caneta Bic assinar o fim da PPI. Essa é a solução", concluiu.

Conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, depois da reação negativa recente dos caminhoneiros com a proposta do governo Jair Bolsonaro de criar um "auxílio-caminheiro" de R$ 400 por mês, até o fim deste ano, a cúpula do Palácio do Planalto articula com o Congresso a possibilidade de aumentar esse valor.

A pressão é para que o repasse seja expandido para até R$ 1 mil por mês, mas o valor não está definido até o momento.

Depois da reação negativa dos caminhoneiros com a proposta do governo Jair Bolsonaro (PL) de criar um "auxílio-caminheiro" de R$ 400 por mês, até o fim deste ano, a cúpula do Palácio do Planalto articula com o Congresso a possibilidade de aumentar esse valor. A pressão é para que o repasse seja expandido para até R$ 1 mil por mês, mas o valor não está definido até o momento.

A informação é do deputado Altineu Côrtes (RJ), líder do PL na Câmara. "Tem de ser R$ 1 mil", disse ao confirmar as negociações em torno de um novo valor. Na terça-feira (21), governo e parlamentares sinalizaram com a possibilidade de incluir a criação da bolsa-caminhoneiro e o aumento do vale-gás na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) em tramitação no Congresso para compensar Estados pela redução do ICMS dos combustíveis. As primeiras sugestões eram de um benefício de R$ 400 para compensar a categoria pelos aumentos recentes no diesel. A referência é o valor pago no Auxílio Brasil.

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'Esmola'

A reação contrária dos caminhoneiros, porém, foi imediata. O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, afirmou que a decisão do governo é uma afronta e que a categoria não quer receber esmola, mas sim uma solução estrutural.

"Isso é uma grande piada. O caminhoneiro não precisa de esmola, precisa de dignidade para poder trabalhar. O governo tem de parar de dar chilique e tomar atitude de verdade", afirmou Landim ao Estadão.

Não está claro ainda de onde sairia o dinheiro, mas o fato é que, com a PEC, o governo poderia utilizar o atalho de decretar um "estado de calamidade" no País e, dessa forma, driblar os limites impostos pelo teto de gastos, trava que limita aquilo que o governo pode gastar.

Técnicos fazem as contas agora para estimar o impacto da medida. Além da criação do auxílio, a equipe econômica sugeriu um reajuste sobre o vale-gás para a população de baixa renda. O valor para os gastos estaria limitado e definido na PEC.

O custo das medidas em estudo, considerando o valor inicial de R$ 400 por mês, era de R$ 6 bilhões (R$ 2 bilhões para o vale-gás e R$ 4 bilhões para o bolsa-caminhoneiro). As medidas valeriam até 31 de dezembro e foram pensadas como uma forma de atenuar o impacto da inflação que ameaça a reeleição de Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A decisão do governo de apoiar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a Petrobras não convenceu a classe dos caminhoneiros, que continua a ver nos gestos do presidente Jair Bolsonaro apenas novas formas de jogar o assunto para frente, devido ao calendário eleitoral.

Em carta emitida nesta terça-feira, 21, o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, voltou a criticar as ações do governo.

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"A grande falha e incompetência do governo Bolsonaro foi não ter reestruturado a Petrobras e suas operações no início do governo, de não ter dado início a mudanças estruturantes na empresa, e o principal de não ter cumprido suas palavras com os caminhoneiros", diz Landim. "Bolsonaro mentiu e agora quer colocar a categoria e o povo brasileiro contra a Petrobras."

Paralelamente à tentativa de instalar uma CPI contra a empresa, o governo Bolsonaro prepara uma medida provisória (MP) para alterar as regras da Lei das Estatais, que foi criada em 2016 para estabelecer uma série de compromissos e responsabilidades na atuação das empresas públicas. No alvo central da proposta está a Petrobras e o modo de definição de preços de combustíveis praticado pela companhia.

Ex-aliado do Bolsonaro, o deputado Nereu Crispim (PSD-RS) afirma que a intenção do governo, com a proposta da CPI da Petrobras, é de apenas "fazer uma cortina de fumaça" sobre o assunto, porque, em sua análise, não haveria real motivação de mudar as regras de comercialização da empresa.

Crispim, que é coordenador da frente parlamentar mista do caminhoneiro, apresentou, em setembro de 2021, um pedido para criação de uma CPI na Petrobras, mas não conseguiu avançar. Em março deste ano, uma nova solicitação de constituição da CPI foi protocolada pelo deputado, para investigar a cadeia de formação dos preços dos combustíveis no Brasil, não só a Petrobras. A proposta também não teve êxito.

"Por favor, presidente, não duvide de nossa inteligência, estamos do lado da verdade, e não da mentira", afirma a Abrava, em sua nota.

A associação critica ainda a tentativa do caminhoneiro Zé Trovão, que é apoiador de Bolsonaro, de tentar atrair os trabalhadores do transporte. Zé Trovão teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, antes das manifestações de 7 de Setembro do ano passado. ele foi acusado de incentivar atos antidemocráticos e chegou a ficar foragido no México. A prisão de Zé Trovão foi revogada e hoje ele usa tornozeleira eletrônica.

Voucher caminhoneiro

Sobre a possibilidade de um voucher para caminhoneiros, citada ontem pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Wallace Landim afirmou que a medida não atende à demanda da categoria.

"O Lira está tentando transferir a responsabilidade. Ele sabe que não tem espaço para aprovar voucher, que ainda assim seria paliativo. É uma medida eleitoreira e, assim como o teto do ICMS para combustíveis, é medida 'tabajara' para tentar resolver um problema complexo", disse Chorão, ao Estadão/Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Na segunda, Lira disse que há a possibilidade de se incluir na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis um 'voucher' para caminhoneiros, sugerindo que o governo conceda esse benefício por meio de medida provisória (MP). "O Lira está tentando transferir a responsabilidade agora que caiu na graça do Bolsonaro. Existe um pano de fundo atrás disso para usar emenda para reeleição", criticou Chorão.

O presidente da Abrava afirmou também que não há "espaço" no governo para implementação de um eventual voucher. "Ontem abasteci no posto a R$ 8,70 por litro e o governo falando em voucher de R$ 400 de diesel. Já falamos, na outra vez, que caminhoneiro não quer esmola. O governo tem de ter coragem de bater de frente com acionista e retirar a Política de Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobras", afirmou Chorão.

A PPI, adotada pela Petrobras, vincula o preço interno dos combustíveis ao preço internacional do barril de petróleo e ao dólar.

Sobre o teto de 17% para ICMS nos combustíveis, Chorão afirmou que o novo reajuste de 14% do óleo diesel já superou a redução que seria alcançada pelo teto do tributo estadual. "Ainda há uma defasagem de 9% no preço do diesel praticado pela Petrobras. Então, somente a retirada da PPI é que se resolve a questão dos combustíveis. O fim da PPI, junto do teto do ICMS, seria uma ação completa para resolver o problema", disse.

 A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) indicou a possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros diante dos descontentamentos da categoria com o aumento dos preços dos combustíveis. 

Por meio de nota, que é assinada por Wallace Landim, conhecido como "Chorão", presidente da Abrava, a política de paridade internacional adotada no governo de Michel Temer (MDB) e mantida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) foi duramente criticada pela entidade. “Estamos alertando há muito tempo das consequências dessa política de preços da Petrobras e o caos econômico que ela está causando na sociedade”, declarou a Abrava.

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Bolsonaro foi culpado por não ter "reestruturado" a Petrobras. “A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é a mais provável”, declarou.

A Abrava destaca ainda que a fixação do preço do ICMS não deve gerar o impacto necessário para o consumidor final e a culpa disso seria do Ministro da Economia Paulo Guedes. "Muitos especialistas afirmam que esse problema tem soluções viáveis, mas está claro que essa não é a prioridade, o que vemos é um governo desesperado”, pontua a associação.

Com o baixo nível dos estoques mundiais e a defasagem de preços em relação ao mercado internacional, o risco de falta de diesel entrou no radar da cadeia do produto, que já tem registro de problemas pontuais. Na terça-feira (24), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) emitiu nota alertando para o risco de desabastecimento no início do segundo semestre. Enquanto isso, o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, afirmou que o Brasil não vai passar imune à escassez global do produto, principalmente se a Petrobras não alinhar seus preços aos do exterior. A defasagem ontem estava baixa (2%), mas é sensível à variação do dólar e oscila, tanto que em 8 de março, por exemplo, chegou a 28%.

Os caminhoneiros, que já reclamavam do preço, agora têm mais um fator de estresse. "Exigimos transparência com relação ao estoque de diesel para o mercado interno", afirmou em nota nesta semana o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão. "Até o momento, não está faltando (em larga escala), mas estou preocupado", disse ele ontem ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Recém-saído do cargo, o ex-presidente da Fecombustíveis Paulo Miranda disse que já houve problemas pontuais em postos com bandeira branca (sem marca das distribuidoras). "Não tenho relato de falta sistêmica, mas já tivemos problema de posto do interior do Ceará ficar até três dias sem combustível; é igual uma padaria ficar três dias sem pão para vender", comparou.

Ele explicou que as grandes bandeiras - Ipiranga, Shell (Raízen) e Vibra - ficam com 70% do diesel vendido pela Petrobras e importam o restante, diluindo a diferença de preços entre os mercados interno e externo. Já os postos sem bandeira compram pouco da Petrobras e dependem de importadores regionais, ficando em desvantagem.

O risco de falta de diesel no segundo semestre pode ser agravado pelo consumo extra por questões sazonais (férias no Hemisfério Norte e safra) e circunstanciais. Além de ter havido a retomada da economia com o fim do isolamento social, a guerra entre Rússia e Ucrânia deslocou o fluxo de venda de diesel para a Europa a fim de compensar os cortes de fornecimento de petróleo e gás russo. Com estoques baixos, os Estados Unidos também estão com demanda acima do normal, o que reduz ainda mais a oferta para outros países.

'Falta de previsibilidade'

"No Brasil, o que preocupa é a defasagem de preço e a falta de previsibilidade. Os grandes importadores (Petrobras, Ipiranga, Raízen e Vibra) têm feito importações elevadas, mas os outros 300 importadores do mercado não estão conseguindo", disse o presidente da Abicom.

Na Raízen, o presidente Ricardo Mussa disse que, por enquanto, a situação ainda está "dentro do controlável". A empresa continua a importar o produto e a pagar mais para honrar os contratos com seus clientes. "O problema ainda não passou, a tempestade continua, e estamos no meio dela. Mas temos conseguido navegar bem. Conseguimos passar por momentos difíceis até agora", disse Mussa durante o Raízen Day, na quarta-feira, em São Paulo.

Conforme o presidente da Abicom, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) estão monitorando os estoques. "Todos nós temos de informar o nível de estoques e a expectativa de importação para a ANP e o MME", afirmou.

Questionada, a ANP se limitou a dizer que "monitora o abastecimento nacional de combustíveis líquidos de forma sistemática por meio do acompanhamento dos fluxos logísticos em todo o território brasileiro" e que, "na presente data, o abastecimento com diesel aos consumidores se mantém regular".

Araújo confirmou faltas pontuais relatadas à Abicom. "A dificuldade mesmo será no segundo semestre em função da incerteza. Não podemos fazer contratos sem previsibilidade de preço. Pode até mesmo não haver o produto e, se houver, vai estar muito caro. É difícil tomar uma decisão agora, ainda mais com a declarada intervenção do governo na Petrobras", disse, referindo-se à indicação de um integrante do Ministério da Economia para presidir a estatal.

Produtores pressionam por mais uso do biodiesel

O risco de um desabastecimento de diesel no segundo semestre no País levou o setor de biodiesel a defender o aumento da mistura do produto ao diesel, de 10% para 14%. Segundo o presidente do conselho de administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), Francisco Turra, essa seria uma opção para amenizar eventual impacto nas bombas de combustíveis.

O Brasil gastou só em abril US$ 1,4 bilhão com a importação de diesel fóssil, maior dispêndio mensal com importação de diesel desde novembro de 2012. No ano, as importações já somam US$ 3,4 bilhões, e a tendência é de que a conta fique ainda mais salgada no segundo semestre, se a já apertada comercialização de diesel no mercado internacional ficar mais estressada, como preveem especialistas.

"Uma avaliação indicou que cada ponto porcentual de aumento no teor de biodiesel resulta em um ganho para a sociedade de R$ 30 bilhões por ano, contabilizando os aspectos sociais, ambientais, de saúde pública e econômica, a redução de custos, aumento de produção, abertura de novos postos de trabalho e melhoria da qualidade de vida com a redução da poluição ambiental", disse Turra.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os caminhoneiros voltaram a discutir uma paralisação nacional por causa de mais um reajuste no preço do diesel anunciado pela Petrobras, além da decisão do governo Bolsonaro de agora afirmar que pretende privatizar a companhia.

Vídeos de caminhoneiros viralizam na rede social TikTok. Neles, os trabalhadores aparecem em postos, abastecendo seus tanques. Em um desses vídeos, o caminhoneiro registra que o valor total na bomba ultrapassa R$ 5.500, para armazenar pouco mais de 600 litros do combustível. O litro, na região de Barreiras, na Bahia, é vendido por R$ 8,24.

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"Não tem condições, vou ter que fazer outro abastecimento ainda, para chegar a Mato Grosso. O frete foi R$ 11 mil. Não tem condições, os caminhões vão parar. É pane seca nas rodovias", diz o caminhoneiro.

Em países como Canadá e Estados Unidos, o TikTok se transformou na principal ferramenta de mobilização dos caminhoneiros, que organizaram paralisações em diversas cidades.

Na segunda-feira, a Petrobras anunciou um aumento de 8,87% no preço do diesel em suas refinarias. O preço do combustível nos postos já acumula alta de 96% no governo Bolsonaro, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, pretende reunir representantes da classe no próximo domingo, para discutir uma paralisação nacional da categoria. "A situação passou de todos os limites e o diesel ainda está com o preço 10% defasado com base no preço internacional, ou seja, tem mais aumento nas bombas em breve", afirmou a associação, em carta. "O cenário é de pré-caos."

A associação também diz ser contra a privatização da Petrobras. "O Brasil precisa de uma estratégia de curto prazo para frear essa voracidade da Petrobras em saquear o bolso dos brasileiros, e não vender a PPSA e a Petrobras", afirma a Abrava.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça Federal negou o pedido de suspensão da política de preços da Petrobras para combustíveis, requerido pelos caminhoneiros. Na decisão, a magistrada Maria Cristina de Brito Lima, da 6ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, afirmou que o pedido "fere" o princípio da livre iniciativa, intervenção que é vedada ao Judiciário.

"O Estado não pode pretender que a empresa privada, em lugar de buscar o lucro, oriente sua atividade para a consecução dos princípios fins da ordem econômica como um todo, com sacrifício da livre iniciativa. Assim a ocorrer, haveria dirigismo, que representa, sem devaneios, uma opção por um modelo historicamente superado no País", escreveu a juíza na decisão.

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Os caminhoneiros pediam na ação a suspensão da Política de Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobras, que vincula o preço interno dos combustíveis ao preço internacional do barril de petróleo e ao dólar, e a aplicação pela Petrobras aos preços do valor da produção nacional do barril de petróleo baseado em custos locais. A ação civil pública foi aberta em 12 de março pela Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), que alega que a PPI causa reajustes constantes e elevados nos preços dos combustíveis e que, por meio dela, a Petrobras comete infração contra a ordem econômica.

A juíza afirmou também que a política questionada não é de consumo, porque a Petrobras não vende diretamente ao consumidor final. "Entre o preço que ela pratica no mercado de insumos e aquele final cobrado ao consumidor incidem acréscimos que não podem ser a ela atribuídos, tais como impostos e encargos", disse a magistrada. Durante o processo, a estatal e a União foram ouvidas pela Justiça.

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