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A segurança da Presidência da República fechou os três acessos ao Palácio do Jaburu, residência oficial do presidente Michel Temer. Duas equipes de reportagem de empresas de comunicação que estavam próximas à portaria do Palácio, fazendo o trabalho jornalístico, foram retiradas pela segurança a manhã desta quarta-feira, 24. Nem mesmo a circulação de pedestres é permitida no local neste momento.

Está programada para esta quarta a Marcha das Centrais a Brasília, um protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência. A previsão da organização é reunir 100 mil manifestantes na capital e o movimento deve também pedir a saída do presidente Michel Temer, após as revelações da delação dos executivos da JBS. O trânsito na Esplanada dos Ministérios está bloqueado desde à 0h desta quarta-feira, assim como várias vias da região central de Brasília.

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A última fez que foi fechado o acesso ao Jaburu foi no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, quando Temer, então vice-presidente, fez a solicitação à segurança. Até a publicação desta matéria, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto não havia se pronunciado sobre o esquema de segurança e nem informado quem o presidente irá receber pela manhã.

As centrais sindicais que organizam o protesto desta quarta-feira, 24, em Brasília, na chamada Marcha das Centrais, prometem reunir 100 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Caravanas de trabalhadores de várias partes do País já estavam no início da manhã concentradas nas proximidades do Parque da Cidade e do Estádio Nacional Mané Garrincha, de onde sairão em caminhada para o Congresso.

A previsão é que a Marcha comece às 11h, mas os atos em frente ao Congresso devem se intensificar somente perto das 16h, segundo os organizadores. A Esplanada está bloqueada para trânsito de veículos desde a 0h desta quarta-feira. Equipes da Força Nacional fazem a segurança dos ministérios e grades de proteção foram instaladas na frente do Congresso.

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Entre as restrições impostas pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal aos manifestantes, está a proibição do uso de hastes de bandeiras, garrafas de vidros, madeiras e outros objetos cortantes ou perfurantes. Haverá ainda revista pessoal nos participantes. Para isso, serão organizados cordões de policiais militares próximos aos ministérios e à Catedral.

Embate.

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), fará um discurso neste protesto contra as medidas econômicas do Governo de Michel Temer. A renúncia do presidente Michel Temer também deverá ser uma das outras bandeiras do movimento.

A participação de Renan no protesto foi acertada na terça-feira, 23, durante mais uma reunião do alagoano com sindicalistas. Também participaram do encontro os senadores Kátia Abreu (PMDB-TO) e Eduardo Braga (PMDB-AM), além do deputado Paulinho da Força (SD-SP).

Em mais um embate com Temer, Renan defende a saída do presidente da República para a realização de eleições indiretas. Na terça, em sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Renan disse que "o "ideal seria conversar com o presidente para fazer uma transição rápida e negociada".

Ele também afirmou que teria demitido o titular da Fazenda, Henrique Meirelles, na segunda-feira, 22, após a declaração do ministro de que tocaria as reformas, "com Michel (Temer) ou sem Michel". "O grau de complexidade do Brasil não comporta essa ingênua declaração", afirmou Renan.

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Sindicalistas pernambucanos embarcam em três ônibus, na tarde desta segunda-feira (22), para Brasília onde vão participar, na próxima quarta (24), do ato "Ocupa Brasília" em protesto às reformas da Previdência e trabalhista. De acordo com informações repassadas pelos organizadores da chamada Marcha dos Cem Mil rumo à capital federal, durante uma coletiva na manhã de hoje na Praça do Derby, área central do Recife, são 150 pessoas de oito centrais sindicais diferentes. 

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O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco, Carlos Veras, explicou como será o ato em Brasília. Segundo ele, na quarta-feira (24) começam as manifestações no Mané Garrincha, onde cada uma das centrais sindicais vai ter uma tenda e a partir das 12h começa a marcha reunindo os trabalhadores. “É pelo fora Temer, não às reformas, revogação imediata de todos os atos cometidos por esse governo ilegítimo e golpista do Michel Temer”, explica Veras.

Ele esclarece, ainda, que além de pressionar o Congresso contra as reformas uma das pautas é o pedido por Diretas Já. "Através de eleições diretas seria feita uma constituinte exclusiva e soberana para a realização da reforma política", esclarece Veras.

Segundo o presidente da Força Sindical no estado e vereador do Recife, Rinaldo Júnior (PRB), Pernambuco tem forte participação no ato. Para ele, os trabalhadores precisam reivindicar seus direitos.

O movimento é unificado, lembram os representantes das centrais que estavam presentes. Participam a Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, Intersindical, CGTB, Conlutas e CTB.

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As centrais sindicais de Pernambuco iniciaram, nesta quarta-feira (17), a panfletagem da campanha “Se votar, não volta” nas estações de metrô no Recife. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE) e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que organizam a campanha, a iniciativa tem o objetivo de fazer uma “denúncia” à população pernambucana referente aos deputados federais que, segundo eles, estão “atacando” os direitos da classe trabalhadora. 

Ao todo, serão mais de 35 outdoors colocados no estado e 500 mil panfletos com a foto e o nome dos deputados federais que votaram a favor da reforma trabalhista. O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, em entrevista concedida hoje ao LeiaJá, afirmou que o número de peças produzidas podem aumentar muito se for necessário. “Não vai ser essa campanha e passar. Vamos fazer isso durante muito tempo. Vamos manter a população bem lembrada. Não vamos deixar que a aposta deles da memória curta da população pegue. Nós vamos estar o tempo todo alertando sobre quem está acabando com os nossos direitos. O povo será lembrado sobre os traidores”, cravou. 

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O dirigente disse que a campanha era necessária “para que cada um se lembre bem da cara de cada deputado que está traindo os trabalhadores. Já vínhamos alertando que iríamos fazer isso nas mais de 123 audiências que fizemos alertando o povo. Não ache que iria votar lá [o deputado], que a grande mídia iria esconder e que a gente não iria divulgar. Nós estamos cumprindo com aquilo que vínhamos falando”. 

Veras contou que os que “inventarem” de votar a favor da reforma da Previdência também serão alvos da campanha e que haverá atividades todos os meses. “Nós vamos tirar um dia de cada mês para continuar lembrando à população de quem está traindo e de quem traiu os trabalhadores. Vamos fazer material tanto para as redes sociais como material impresso. Vamos ficar lembrando a todo instante. Não vai ser por falta de esforço nem de material e de divulgação por parte das centrais sindicais, da Frente Brasil Popular e da Frente Povo sem Medo, que estão conosco nesta campanha, que a população vai deixar de ficar sabendo e esquecer”, advertiu. 

“Também vamos fazer a mesma coisa com os senadores que votarem a favor da reforma trabalhista, que está tramitando no Senado. Nós vamos fazer um outdoor e panfletos específicos para eles também. É fundamental para esclarecer a população e mantê-la alerta e lembrada de quem está retirando os direitos”, concluiu. 

“Estamos de olho na reforma da Previdência. Se votar, não volta”. É com 35 outdoors e 500 mil panfletos com essa frase que as centrais sindicais lançaram uma campanha, nesta segunda-feira (15), na tentativa de pressionar os deputados federais que foram a favor da reforma trabalhista a votarem contra a reforma da Previdência. 

Em nota, as centrais destacam que “a ação quer pressionar os deputados para não traírem novamente os eleitores durante a votação sobre a reforma da Previdência”. Outro objetivo é espalhar para a população “os responsáveis por já terem aprovado mudanças inaceitáveis na legislação trabalhista”.

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A frente da iniciativa estão a Central Única de Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central (NCST), Central da Classe Trabalhadora (Intersindical-PE), Frente Brasil Popular, Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), Frente Nacional de Mobilização Povo sem Medo e pela Pública-Central do Servidor.

Na greve geral do último dia 28 de abril, na Praça do Derby, área central do Recife, diversas placas com as fotos e nomes de deputados pernambucanos que votaram a favor da reforma Trabalhista foram destaques do protesto que parou o Brasil. As placas continham dizeres de "traidor"em referência aos parlamentares e "acabou com seus direitos".

Em movimento conjunto, as centrais sindicais do País divulgaram neste 1º de maio um documento unificado em que criticam as reformas organizadas pelo governo Temer e prometem "ocupar Brasília" para pressionar o Congresso.

Assinado pela CUT, CTB, CSB, UGT, Força Sindical e Nova Central, o documento chamado "A greve do 28 de abril continua" será lido em todos os eventos do Dia do Trabalhador.

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"O dia 28 de abril de 2017 entrará para a história do povo brasileiro como o dia em que a maioria esmagadora dos trabalhadores disse NÃO à PEC 287, que destrói o direito à aposentadoria, NÃO ao PL 6787, que rasga a CLT e NÃO à lei 4302, que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa", diz o início do documento.

As centrais sindicais voltarão a se reunir nesta semana para discutir as próximas ações, que podem ser desde dois dias seguidos de greve geral ou ainda uma "invasão de trabalhadores" em Brasília.

O documento unificado destaca ainda o apoio recebido de diversas entidades como CNBB, OAB e MPT e diz exigir "que as propostas nefastas que tramitam em Brasília sejam retiradas".

A aprovação do texto base da reforma trabalhista pode ampliar a adesão à greve geral marcada para acontecer nesta sexta-feira (28). Ao menos é o que acreditam representantes das centrais sindicais que se reuniram, na manhã desta quinta-feira (27), para dar esclarecimentos sobre as paralisações agendadas para amanhã. A mobilização, que será nacional, promete suspender serviços no país por até 24h. No Recife, além de atos em frente às empresas, bancos e escolas, também vai acontecer uma manifestação convocado pelas centrais. A concentração será às 14h e a passeata, que se deslocará até o final da Avenida Conde da Boa Vista, começa às 15h. 

Os presentes na coletiva, que estavam representando a Intersidical, NCST, CUT, Força Sindical, UGT, Conlutas, CTB, CGTB, Central dos Servidores Públicos, e a Frente Povo Sem Medo, chamaram a atenção para a questão da unificação da classe trabalhadora, tanto entre os sindicatos como dialogando com o restante da sociedade. "Na panfletagem, a gente sente a adesão da população. Não é brincadeira o que querem fazer com a classe", diz Israel Torres, presidente da Nova Central.   

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"A votação de ontem pode ampliar a mobilização, assim como aconteceu na pauta da terceirização", lembrou o vice-presidente da CUT em Pernambuco Paulo Rocha, a respeito da votação da reforma trabalhista que ocorreu na noite da quarta-feira (26). Para ele, "a greve geral já é vitoriosa. Toda a classe trabalhadora pernambucana está pulsando essa informação".

Rocha também explicou que irão ocorrer atos em mais de 30 municípios do estado e mais de 50% das cidades pernambucanas farão atividades públicas. "A greve se configura como uma grande greve no setor público federal, estadual e municipal", frisou.

Na capital, as linhas de ônibus e metrô estarão funcionando em esquema especial. O vice-presidente da CUT esclareceu, ainda, que o comércio deve parar, principalmente pela paralisação dos meios de transporte. "Só vai sobrar o transporte particular para o trabalhador que muitas vezes não tem carteira assinada e recebe por comissão", disse, adicionando que o movimento é político por questionar uma ação do Congresso Nacional.

Para enfrentar as resistências para a aprovação da reforma da Previdência, o Palácio do Planalto está disposto a negociar com as centrais sindicais mudanças na idade mínima de 65 anos para homens e mulheres incluída na proposta do governo enviada ao Congresso Nacional na segunda-feira, 5. Também poderão entrar na mesa de negociação o tempo que os trabalhadores com idade superior a 50 anos (homens) e 45 (mulheres) terão de trabalhar a mais para se aposentar e o "gatilho" que elevaria a idade mínima a 67 anos até o fim dos anos 2050.

No texto da proposta de emenda constitucional (PEC) encaminhada aos parlamentares, o governo estabeleceu uma regra de transição até a implementação completa da reforma, com um pedágio de 50% sobre o tempo de contribuição que falta para se aposentar - ou seja, para quem falta três anos, seria necessário trabalhar mais um ano e meio. O valor é maior dos que os 40% discutidos inicialmente durante a elaboração do texto pela área técnica. Segundo interlocutores do governo, a proposta foi desenhada com uma "gordura" para negociação por conta da complexidade da reforma e das resistências já encontradas antes mesmo do seu anúncio.

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O texto apresentado é considerado duro pelo governo, mas auxiliares do presidente Michel Temer avaliam que as negociações não podem desfigurar o objetivo principal da reforma, que é garantir a sustentabilidade das contas da Previdência. Uma das alternativas é a fixação de um escalonamento na idade mínima, até chegar aos 65 anos. Durante a reunião do presidente com as centrais sindicais para apresentar a reforma, o governo viu que a idade mínima de 65 anos terá muita dificuldade de ser aprovada. Foi o ponto mais atacado pelos sindicalistas.

O gatilho também é um ponto passível de negociação. Pela regra proposta pela área técnica, a idade mínima subiria um ano sempre que a média de sobrevida dos brasileiros aos 65 anos aumentasse em igual proporção. Hoje, essa sobrevida é de 18,4 anos. Pela regra, portanto, a idade mínima chegaria a 66 anos quando essa sobrevida atingisse 19,4 anos. Por outro lado, o governo não pretende mexer na proposta que veda o acúmulo de benefícios.

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, disse que a idade de 65 anos é inaceitável. Ele propõe uma alternativa: a fixação de uma idade mínima de 60 anos para homens e 58 anos para mulheres, com um pedágio de 30% sobre o tempo restante de contribuição para todos que estiverem no mercado de trabalho quando a emenda for promulgada. A proposta será discutida pelo comando da Força em reunião nesta sexta-feira, 9, para depois ser levada ao Palácio do Planalto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As centrais sindicais organizam nesta quinta-feira (22), por todo País, um dia de mobilização contra a retirada de direitos sociais e dos trabalhadores. Depois de manifestações pelas capitais nesta manhã, os protestos vão continuar à tarde. Em São Paulo, o ato acontece às 16h na Avenida Paulista, em frente ao Masp. A expectativa da CUT é de que 30 mil pessoas participem do protesto, entre bancários, professores, metalúrgicos e profissionais da saúde de todo o Estado.

Os atos que têm o tema "nenhum direito a menos" acontecem em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. Os sindicatos são críticos às reformas citadas pelo governo Temer, como a que muda a previdência e a trabalhista, pois acreditam que elas vão retirar direitos dos trabalhadores.

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"Somos contra a terceirização, a reforma na Previdência, as mudanças na CLT, que privilegiam o negociado sobre o legislado, a PEC do teto de gastos e a retirada dos recursos do pré-sal para educação. São mudanças que retiram direitos", afirmou o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.

Em nota, a Força Sindical afirmou que "as propostas anunciadas pelo governo, como as reformas da Previdência e da legislação trabalhista, mostram que mais uma vez querem jogar a conta da crise econômica nas costas dos trabalhadores, que não concordam em pagar mais uma dívida que não contraíram".

O presidente da Força Sindical, Paulinho da Força, ressaltou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que não é contrário às reformas, mas às mudanças que retiram direitos, como a indicação de uma idade mínima para a aposentadoria. "Somos contra a idade mínima para trabalhadores que já estão na ativa", disse. Segundo Paulinho, ele pediu a Temer para "adiar" a reforma trabalhista. "Conversei com o presidente para rearranjar a agenda de reformas, porque não dá para fazer tudo ao mesmo tempo."

Durante a manhã, algumas entidades fizeram um ato de entrega à pauta de reivindicações do setor químico-farmacêutico e do setor metalúrgico na Fiesp, endereçadas ao presidente da instituição, Paulo Skaf. Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, três mil pessoas estiveram presentes no ato, mas a Polícia Militar não fez estimativas.

Na região do ABC Paulista, trabalhadores de várias fábricas em campanha salarial, como o da Toyota, paralisaram a produção e se uniram a um ato em São Bernardo do Campo, segundo o secretário geral da CUT-SP, João Cayres. Participam das manifestações a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), além de outras entidades sindicais.

Centrais sindicais se concentram na manhã desta terça-feira, 16, na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Capital, em protestos contra as mudanças na Previdência e defendendo a manutenção da idade mínima para aposentadoria. A medida está sendo estudada pelo governo do presidente interino Michel Temer (PMDB). A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, coordenada pelo deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), são as principais organizações envolvidas.

De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, as entidades esperam ter sucesso nas negociações após a resolução do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). "O importante por enquanto é fazer mobilizações e adquirir força, a negociação só acontece com mobilização", afirmou ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado). O dirigente afirma que a instituição não está discutindo no momento se a efetivação de Michel Temer irá facilitar ou dificultar as negociações. "Estamos pautados na questão dos direitos. Se o governo chamar, iremos negociar", disse.

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As instituições que organizam o ato, batizado de "Dia Nacional de Luta Pelo Emprego e Direito", cobram a manutenção da idade mínima para aposentadoria e são contrárias à desvinculação dos benefícios previdenciários ao salário mínimo, além de serem contra o nivelamento de trabalhadores urbanos e rurais na legislação e a incorporação do Ministério da Previdência Social ao Ministério da Fazenda, executada por Michel Temer após assumir interinamente a Presidência.

A manutenção dos direitos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) sem flexibilizações, a redução da taxa básica de juros que viabiliza crescimento industrial, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução dos salários e a retomada dos investimento no setor de energia, em especial no pré-sal, são outras medidas defendidas pelas organizações.

A escolha do local da manifestação em São Paulo, segundo a Força Sindical, se deve ao fato de a Fiesp ser associada à Confederação Nacional da Indústria (CNI) e defender a jornada semanal de trabalho de oitenta horas. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, a Nova Central Sindical de Trabalhadores e a Central dos Sindicatos Brasileiros são outras instituições que coordenam protestos nesta terça.

Segundo a Força Sindical, ocorrem manifestações também em Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Maceió (AL) e Campo Grande (MS).

O presidente interino, Michel Temer (PMDB), convocou para segunda-feira (16), às 15h, em Brasília, reunião com centrais sindicais para discutir possíveis mudanças na Previdência Social, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força. Segundo ele, o encontro foi agendado após o mal estar gerado junto às centrais sindicais pelos comentários do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante entrevista coletiva na última sexta-feira.

Paulinho contou que a Força Sindical, entidade presidida por ele, quer ouvir as propostas de Temer e a ideia do encontro é "acertar procedimentos". Em conversas anteriores com representantes do atual governo, teria sido dito que nada mudaria sem ampla negociação com centrais sindicais, afirmou Paulinho da Força. "Queremos que seja o governo do diálogo, que não seja um governo que decida de cima para baixo", acrescentou.

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Entre os pontos defendidos, o político disse que não aceitará alterações na idade mínima para aposentadoria de quem já estiver trabalhando. "Se for para discutir para quem começa a trabalhar agora, até é possível. O jovem que começa a trabalhar agora vai viver 100 anos e é possível trabalhar um pouco mais", afirmou. Além da Força Sindical deverão estar presentes no encontro de amanhã representantes da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova Central Sindical dos Trabalhadores. "A CUT foi convidada, mas acho que eles não vão", acrescentou Paulinho.

Na entrevista, na sexta-feira, Meirelles defendeu a mudança nas regras da Previdência. "A reforma da Previdência é uma necessidade. A Previdência tem que ser autossustentável ao longo do tempo", disse. O ministro também defendeu uma idade mínima para as aposentadorias. No mesmo dia, Paulinho da Força chamou de "estapafúrdias" as ideias do ministro da Fazenda. "A Força Sindical repudia qualquer tentativa de se fazer uma reforma da Previdência que venha a retirar direitos dos trabalhadores", disse por meio de nota. "A estapafúrdia ideia defendida pelo atual ministro é inaceitável porque prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último governo já fez mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízos para os trabalhadores", acrescentou o dirigente.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Miguel Torres, disse que sindicalistas apresentaram ao vice-presidente Michel Temer uma série de propostas que foram "bem recebidas", apesar do peemedebista não dizer concretamente o que poderia ser adotado. Entre os pontos sugeridos em reunião nesta terça-feira, 26, no Palácio do Jaburu estão a taxação de grandes fortunas e de remessas enviadas ao exterior, além da tributação de bens de alto valor, como helicópteros e lanchas.

De forma conjunta, CNTM, UGT, Força Sindical, CSB e Nova Central propuseram uma série de medidas para a retomada da atividade econômica. Na conversa, participantes relataram que Temer ouviu mais do que falou e foi cuidadoso com as palavras. "(Temer) Sempre coloca no condicional, se o destino assim quiser", disse o presidente da CSB, Antônio Neto. O presidente da Força Sindical, Paulinho da Força (SD-SP), ressaltou que ele só vai falar de propostas concretas se assumir a Presidência. Apesar das sugestões de aumento de impostos, Paulinho disse que o vice-presidente afirmou que não é preciso aumentar imposto neste momento.

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As Centrais Sindicais de Pernambuco realizaram nesta quinta-feira (10) uma passeata no centro do Recife. O movimento teve o objetivo de alertar sobre os direitos e os problemas vividos pelo trabalhador pernambucano. Iniciando-se na Praça do Derby às 7h, o percurso avançou pela Avenida Conde da Boa Vista, com destino à Avenida Guararapes.

As centrais CTB-PE, CGTB- PE, Força Sindical-PE, NCST-PE e UGT-PE, juntamente com os seus sindicatos filiados, uniram-se com o intuito de defender os trabalhadores e a retomada do crescimento do país, em virtude do momento de crise vivido pelo Brasil. A passeata teve como algumas das bandeiras a luta contra as retiradas dos direitos dos trabalhadores, o fim do Fator Previdenciário e o fim da corrupção.

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Segundo Rinaldo Lima, Presidente da Força Sindical de Pernambuco, "O trabalhador não pode ficar à mercê desses políticos. O trabalhador não pode pagar esse preço". Rinaldo ainda reiterou sobre os altos juros que têm prejudicado os pernambucanos: "Quem está pagando a conta dessa crise somos nós. A taxação de juros está alta, o salário está cada vez mais defasado". Notando a quantidade de protestos da classe, Rinaldo ainda falou que a crise tem atingido mais os terceirizados.

Ao final da passeata, o Grito das Centrais irá até o Palácio do Campo das Princesas (sede do Governo do Estado).

A presidente Dilma Rousseff destacou, em seu pronunciamento sobre o dia 1º de maio, quando se comemora o Dia do Trabalho, a valorização do salário mínimo e a correção da tabela do imposto de renda. "Nos últimos 13 anos, o Dia do Trabalhador tem sido uma data para celebrar as vitórias da classe trabalhadora. A valorização do salário mínimo é uma das maiores conquistas deste período", enfatizou ela, em vídeo publicado nas redes sociais, na manhã desta sexta-feira.

Dilma lembrou que, em março último, encaminhou ao congresso nacional medida provisória que garante a política de valorização do salário mínimo até 2019. Citou ainda que, em 2001, foi aprovada lei semelhante que garantiu ao salário mínimo aumento de 14,8% acima da inflação durante o primeiro mandato. Essa política, segundo ela, beneficia 45 milhões de trabalhadores e aposentados.

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Além de enfatizar a valorização do salário mínimo, Dilma disse que, por meio da correção da tabela do imposto de renda, também enviada em março deste ano, o trabalhador terá seu "salário preservado e não irá pagar um imposto maior". "Tudo isso vem garantindo um Brasil mais justo", destacou a presidente.

Essa é a primeira vez que Dilma não recorre à rede nacional de rádio e televisão para celebrar o 1º de maio. A estratégia visou evitar um novo panelaço com hora marcada. O governo, porém, alegou que a presidente, ao preferir se manifestar pelas redes sociais, apenas privilegiou outro meio de comunicação. O Planalto estuda divulgar ao longo de hoje outros vídeos da presidente com diferentes temáticas envolvendo a data comemorativa. Confira AQUI o discurso.

O grupo técnico criado por líderes sindicais e coordenado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese) vai apresentar na reunião marcada para 25 de fevereiro com ministros e técnicos do governo, em Brasília, propostas para implantação de medidas mais estruturais para enfrentar a alta rotatividade no mercado de trabalho brasileiro e para o fortalecimento do Sistema Público de Emprego.

Segundo Clemente Ganz, um dos técnicos do Dieese designados para representar os trabalhadores, a ideia é mostrar que, com a melhoria dos sistemas já existentes, é possível reduzir os custos e o tempo dos trabalhadores que buscam o seguro-desemprego. "Muita coisa que vamos mostrar é de reorganização administrativa de gestão do próprio Ministério do Trabalho."

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Uma das propostas defendidas pelos sindicalistas é a de que haja uma integração de dados no momento das homologações, o que permitiria um cadastro único para aqueles que acessam o fundo de garantia e o seguro-desemprego. "Um sistema com mais transparência e controle, com cruzamento de dados, sem dúvida nenhuma, funcionaria melhor", diz Ganz. "O governo não está tirando o direito dos trabalhadores, mas está sim limitando o acesso ao seguro."

Tirar do papel

A ideia das centrais é pressionar para que "saiam do papel" propostas que já estão no Ministério do Trabalho. "O pressuposto do governo de que as alterações propostas são para coibir fraudes está equivocado. É claro que devem existir fraudes, mas com um sistema mais transparente e eficiente as chances de fraudes serão diminuídas."

Outra proposta das centrais é a integração do Sistema Nacional de Emprego (Sine), que hoje é executado por municípios, embora seja financiado em parte pela União. "Um sistema unificado ajudaria trabalhadores a se recolocarem de forma mais fácil e diminuiria o dispêndio com o seguro-desemprego."

Ganz contou ainda que os sindicalistas não devem fazer nenhum tipo de concessão nessa reunião bilateral com relação às Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram benefícios trabalhistas. "O governo e as centrais já acertaram que qualquer negociação será junto com o Congresso." No dia 3 de fevereiro, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, se reuniu com representantes das centrais sindicais.

Segundo o técnico do Dieese, a reunião do dia 25 servirá para que sejam apresentadas as propostas cujo objetivo é combater a alta rotatividade no emprego, como já tinha sido acertado nas reuniões anteriores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Três manifestações distintas e, até o fim da noite, pacíficas e com pouco público, marcaram o dia nacional de protesto na capital fluminense nesta sexta-feira (30). Centrais sindicais reuniram na estação ferroviária da Central do Brasil, entre 15 horas e 18 horas, pouco mais de 100 pessoas para atacar, principalmente, o projeto de lei 4330, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que libera as terceirizações.

Sindicatos de professores, com apoio do PSTU e do PCB, promoveram após as 18 horas uma passeata pela Avenida Rio Branco, com cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e seguiram até a Assembleia Legislativa (Alerj). Já cerca de 80 jovens mascarados - muitos aparentando menos de 20 anos - protagonizaram, a partir das 19 horas, uma longa e tensa caminhada, que, sob forte escolta policial, partiu da Cinelândia, foi até o Centro Administrativo São Sebastião da Prefeitura, no Estácio, e depois voltou ao Centro.

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Na Central do Brasil, o vice-presidente da Força Sindical no Rio, Marco Antônio Lagos, contou que o movimento sindical se prepara para ir a Brasília, no dia 3, para acompanhar a votação do projeto de lei na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. "Estamos focando a manifestação no PL 4330", disse Lagos, contando que a ideia é os sindicalistas acamparem em frente ao Congresso, para procurar cada um dos deputados e lhes entregar uma carta contrária à proposição.

Sob vigilância de PMs, a maioria dos oradores que foi ao trio elétrico centrou os discursos no projeto, que alguns classificaram de tentativa de revogar os direitos trabalhistas. Com ironia, o autor da proposta foi chamado de "deputado da rosquinha" - ele é um dos proprietários do grupo que fabrica as Rosquinhas Mabel.

Os professores concentrados na Candelária - docentes públicos do Estado e da capital estão em greve - tinham outros focos. Eles atacaram duramente o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), pedindo que renuncie, "deixe o País e vá para Paris". Havia cartazes de critica à presidente Dilma Rousseff.

Eles também foram seguidos por policiais militares. Caminharam até a Cinelândia, mas já a encontraram ocupada pelos jovens mascarados, alguns com equipamento contra gás, e dali desviaram para a Alerj, evitando o encontro. Em recente manifestação, professores grevistas protestaram contra a adesão de jovens com rostos cobertos e chegaram a bater boca com alguns deles.

Já os mascarados se concentraram a partir das 18 horas nas escadarias da Câmara dos Vereadores. Era o "Ato independente do ato das centrais pelegas", convocado pela internet por uma "Frente Independente Popular". Não houve, porém, discursos, nem faixas.

Às 19 horas, aos gritos de "uh, uh, uh" começaram a caminhar - alguns corriam - pelo centro. Seguiram pela contramão na Rio Branco e Avenida Presidente Vargas, às vezes se sentavam ou se deitavam nos cruzamentos ou se aglomeravam em torno de PMs que os revistavam. O forte esquema policial os seguiu de perto, mas não nitidamente evitou intervir com violência. Por volta de 22h, os manifestantes se dispersaram na Lapa, sem registro de protestos violentos.

Centrais sindicais realizam na manhã desta terça-feira, 6, um ato contra o Projeto de Lei (PL) 4330/04 que, de acordo com as entidades, amplia a terceirização e piora as condições de trabalho e renda. Em São Paulo, segundo a Polícia Militar, cerca de 200 pessoas protestam em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista. A maioria das centrais confirmou participação no ato que será realizado simultaneamente em diversas cidades do País na frente das federações industriais.

Na capital paulista, confirmaram a presença dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), CSP-Conlutas e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). De acordo com o presidente da UGT, Ricardo Pattah, o projeto, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), piora as condições de trabalho. "O projeto, se aprovado, vai reduzir a qualidade e o respeito ao trabalhador", diz o dirigente.

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O deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira dos Santos (PDT-SP), o Paulinho da Força, confirmou que irá ao evento e disse que se trata de um ato simbólico, em defesa do trabalhador frente ao empresário. "Por isso a escolha de fazer o protesto em frente à Fiesp", disse.

Temendo que o Dia Nacional de Lutas - protestos em todo o País marcados para esta quinta-feira, 11, organizados por centrais sindicais e organizações de classe -, se transformasse em um grande ato contra a presidente Dilma Rousseff, a CUT, que é ligada ao PT, convocou uma reunião de emergência na quarta, 10, para pressionar a Força Sindical a poupar o governo federal. Em troca, propôs que a defesa do plebiscito para a reforma política, uma bandeira do PT e do governo, também ficasse fora do palanque unificado, que vai reunir dirigentes das centrais na Avenida Paulista hoje.

O acordo foi fechado e chancelado por todas as centrais. Sem ele, a manifestação corria sério risco de se transformar em um cabo de guerra entre sindicalistas. O governo temia críticas ácidas a Dilma. "No carro de som, onde estarão os presidentes das centrais, e nas faixas conjuntas, não entrarão o ‘Fora, Dilma’, o ‘Fica, Dilma’ ou a reforma política. O centro da pauta é a questão trabalhista. Mas os militantes cutistas levarão cartazes em defesa da reforma política, da taxação das grandes fortunas e da reforma tributária", resumiu Vagner Freitas, presidente da CUT.

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Para preservar a presidente Dilma, a CUT vai focar as críticas no Congresso. A UNE, que é dirigida pelo governista PCdoB, também levantará bandeiras governistas e poupará a presidente. "Não é a CUT que está levando a pauta da Dilma, é a Dilma que está levando a pauta da CUT", diz Vagner Freitas."Não existe manifestação contra o governo. Ela é a favor dos trabalhadores", enfatizou Arthur Henrique, ex-presidente da CUT.

Apesar do acordo, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que os militantes da entidade protestarão contra a presidente nas ruas. "Nossas palavras serão duras contra o governo Dilma, por falta de atendimento às questões trabalhistas que até hoje ela não atendeu e não quis saber delas." Ainda segundo o dirigente, o foco da central também será a inflação e a política econômica, calcanhar de Aquiles do governo.

O Brasil tem hoje pouco mais de 10 mil sindicatos e 7,5 milhões de filiados, mas é um universo muito menor, de 2,6 mil entidades, que interessa às centrais sindicais. Estes são os sindicatos "independentes", isto é, que não são ligados a nenhuma das 12 centrais brasileiras. Os dados pertencem a levantamento do Ministério do Trabalho obtido pela reportagem, que serão divulgados nesta semana.

É com base nessas informações que o governo divide com as centrais o dinheiro arrecadado com a cobrança do imposto sindical, que representa um dia de trabalho de todos os 46 milhões de trabalhadores com carteira assinada do País. Para obter uma parte do bolo, que no ano passado superou R$ 2 bilhões, uma central precisa ter, no mínimo, 7% de representatividade.

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Apesar de existirem oficialmente 12 centrais no Brasil, apenas 5 recebem recursos provenientes do imposto sindical: CUT, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central. Por isso a briga por sindicatos é tão frenética.

"Há uma quantidade ainda muito grande de sindicatos independentes, e eles serão alvos da CUT a partir de agora. Queremos aumentar muito nossa base", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. A central é a maior do País - com 2,1 mil sindicatos e 2,7 milhões de associados, ou 35,6% do total. Assim, abocanha a maior parte do imposto. Ainda assim, a CUT é a única contrária ao repasse.

O Planalto quer fechar o cerco a sindicatos de fachada. Nos últimos anos, em busca de uma fatia maior do imposto sindical, as centrais buscaram todo tipo de entidade - até mesmo aquelas fantasmas. O governo aumentou o rigor sobre o registro sindical nesta semana, com medidas como reconhecimento em cartório de atas de fundação de entidades, e a exigência de assembleias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cinco centrais sindicais, entre elas Força Sindical, CUT e UGT, divulgaram nota conjunta ontem, domingo, na qual manifestam apoio formal à greve dos servidores federais e rechaçam o modo como o governo tem conduzido as negociações. "Repudiamos todas as formas de autoritarismo no trato com reivindicações legítimas dos trabalhadores e trabalhadoras do setor público."

O documento, subscrito também por CTB e Nova Central, compara a postura da atual gestão federal com a "adotada pelos governos passados" e afirma que a falta de negociação entre as partes "gerou o descontentamento generalizado dos servidores, há décadas submetidos à uma política de desvalorização da carreira de servidor e de arrocho salarial".

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"Cortar o ponto e substituir grevistas por outros trabalhadores servem apenas para acirrar os ânimos e por lenha na fogueira do descontentamento do funcionalismo público federal", diz a nota.

As manifestações já abrangem aproximadamente 30 categorias e cerca de 350 mil servidores, entre policiais federais, fiscais da receita, inspetores da vigilância sanitária, professores e outros. João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, acredita que se o governo não tem como dar o reajuste, tem que oferecer o que pode e dialogar: "Ameaças não acabam com a greve nem agora nem na época da ditadura", afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo.

Vagner Freitas, presidente da CUT, também pede a retomada das negociações: "Tem que fazer proposta e receber as entidades representativas que foram eleitas pelos servidores."

Setoriais - A estratégia ventilada no governo é isolar a CUT e outras centrais sindicais e negociar direto com os servidores. A presidente Dilma Rousseff estaria irritada particularmente com a CUT, braço sindical do PT, pela incompreensão num momento de crise econômica internacional e queda na arrecadação. "Não recebemos essa reclamação. A CUT é solidária aos sindicatos que ela representa", afirmou Freitas.

Já Ricardo Patah, presidente da UGT, afirma que o governo tem sido "muito inábil". "Neste momento, não ter nenhum canal e sempre vir da presidente sinais contrários a qualquer tipo de negociação... A maior parte dos servidores do Brasil trabalha muito e ganha muito pouco."

Procurado, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) - responsável por negociar com as centrais - não foi localizado.

Negociação - Na nota, o movimento sindical também endossou apoio a reivindicação dos grevistas quanto à regulamentação, em lei, da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata do direito de negociação coletiva para soluções de conflito. "Se tivesse a 151 regulamentada, pode ter certeza que não teríamos essa situação absurda em que todo mundo sai sofrendo. As regras seriam claras", afirmou Patah.

Assinam a nota os presidentes das cinco centrais sindicais. A decisão de elaborá-la foi costurada entre os dirigentes das entidades durante plenária da 1.ª Conferência Nacional do Trabalho Decente na última sexta-feira, em Brasília. Durante o fim de semana, eles discutiram os termos da nota e redigiram o documento. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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