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Forças da Coreia do Norte e da Coreia do Sul trocaram disparos de artilharia na fortificada fronteira entre os dois países, na tarde desta quinta-feira (hora local). Não há, porém, registros de feridos no incidente.

Os militares sul-coreanos disseram que os vizinhos atacaram primeiro, disparando em uma área pouco povoada, sem causar danos. A Coreia do Sul reagiu com vários disparos na direção da fonte do ataque, disse um porta-voz.

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Neste mês, dois soldados sul-coreanos foram feridos por minas terrestres, no território da Coreia do Sul. Pyongyang negou a responsabilidade nesse incidente. Em resposta, a Coreia do Sul retomou as emissões de propaganda para a Coreia do Norte com grandes sistemas de alto-falantes na fronteira. A Coreia do Norte ameaçou atacar esses aparelhos. Não está claro, porém, se os disparos de artilharia desta sexta-feira tinham como alvo o sistema de alto-falantes.

As tropas dos EUA e da Coreia do Sul começaram nesta semana grandes exercícios militares anuais, que em geral atraem a fúria de Pyongyang. Em outubro, houve uma troca de tiros na fronteira, após a Coreia do Norte atacar balões lançados por ativistas com mensagens contrárias ao governo norte-coreano. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Coreia do Norte estabelecerá seu próprio fuso horário na próxima semana, recuando em 30 minutos sua hora padrão, que é um legado do domínio colonial japonês. O novo fuso horário passa a valer em 15 de agosto, aniversário de 70 anos da libertação coreana do domínio japonês, no fim da Segunda Guerra, informou nesta sexta-feira a Agência de Notícias Central do país. O estabelecimento da "hora de Pyongyang" acabará com esse legado, disse a agência oficial.

A hora local na Coreia do Norte, na Coreia do Sul e no Japão é a mesma - nove horas à frente do GMT. Foi estabelecida durante o domínio japonês sobre a Coreia unificada, domínio que durou entre 1910 e 1945. "Os perversos imperialistas japoneses cometeram tais crimes imperdoáveis, como tirar da Coreia até sua hora padrão, enquanto destruíam sem piedade sua terra com 5 mil anos de história e cultura e mantinham uma inédita política de eliminar a nação coreana", disse a agência.

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A medida aparentemente busca fortalecer a liderança do jovem líder Kim Jong Un, recorrendo a sentimentos nacionalistas e anti-imperialistas, disse Yang Moo-jin, professor da Universidade de Estudos da Coreia do Norte em Seul. Kim assumiu após a morte de seu pai, Kim Jong Il, no fim de 2011.

Muitos coreanos, especialmente os mais velhos, dos dois lados da fronteira ainda guardam muito ressentimento em relação à ocupação colonial japonesa. Centenas foram forçados a lutar e a trabalhar em condições de escravidão. Além disso, coreanas eram forçadas a se prostituir em bordéis operados pelos militares japoneses durante a guerra.

A Coreia do Sul diz que usa o mesmo fuso horário que o Japão porque é mais prático e está de acordo com a prática internacional. O governo sul-coreano disse que o novo fuso horário no país vizinho pode atrapalhar um pouco uma zona industrial comum na fronteira e também os esforços para reduzir as diferenças entre as nações, separadas em 1945. Fonte: Associated Press.

Um instituto de pesquisa dos Estados Unidos e da Coreia do Sul afirmaram que a reforma do principal local de lançamento de foguetes na Coreia do Norte foi completada, em meio à expectativa na Coreia do Sul que um foguete possa ser lançado em outubro, aniversário do partido comunista norte-coreano.

De acordo com oficiais da Coreia do Sul, os vizinhos do norte devem celebrar os 70 anos do Partido Comunista no poder com uma "provocação estratégica", provavelmente um lançamento de foguete da costa oeste de Sohae.

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O instituto afirma que imagens de satélite mostram que a Coreia do Norte trabalhou rápido para construir um novo prédio na plataforma de lançamento aonde os foguetes serão preparados. Os norte-coreanos também construíram uma estrutura em trilhos, de uma altura elevada, que será usada para levar os foguetes para a plataforma de lançamento.

O instituto, entretanto, afirmou que não há evidências de que a preparação de um lançamento está ocorrendo. Fonte: Associated Press.

A Coreia do Norte recordou nesta quarta-feira (15) o aniversário de nascimento de Kim Il-Sung, o avô do atual dirigente Kim Jong-Un, que visitou o mausoléu onde o corpo do fundador do país está embalsamado. À meia-noite, Kim Jong-Un, cercado por militares, visitou o Palácio do Sol de Kumsusan, onde está o corpo do fundador do regime norte-coreano, a única dinastia comunista da história.

O mesmo palácio também abriga o corpo embalsamado de Kim Jong-Il, pai do atual dirigente, falecido em 2011, que foi o sucessor de Kim Il-Sung. Os aniversários de nascimento e morte de Kim Jong-Il e Kim Il-Sung são dias de festividade oficial na Coreia do Norte.

"Kim Jong-Un, assim como os demais visitantes, prestaram homenagem a Kim Il-Sung com a mais humilde das reverências", afirma a agência oficial KCNA. Kim Il-Sung morreu vítima de um ataque cardíaco em 1994. O aniversário de seu nascimento é conhecido no país como o Dia do Sol.

A organização Human Rights Watch aproveitou a data para descrever Kim Il-Sung como um ditador que "aniquilou" a liberdade no país. "Kim Il-Sung fundou um reino baseado na violação impiedosa dos direitos humanos, na repressão das vozes independentes, no controle da economia e da sociedade, que a longo prazo leva às privações e a uma fome generalizada", disse Phil Robertson, o subdiretor para a Ásia da ONG.

Autoridades de Bangladesh informaram que um enviado da Coreia do Norte foi detido no país ao tentar desembarcar no aeroporto de Daca carregando US$ 1,4 milhões em ouro na sua bagagem de mão. Liberado mais tarde, o homem foi identificado como o diplomata norte-coreano Son Young Nam, primeiro secretário da embaixada do país na capital de Bangladesh

A venda de ouro tem sido há tempos uma importante fonte de recursos para o regime norte-coreano. O país está fora do sistema financeiro global como resultado das sanções impostas como forma de combater o programa nuclear do país.

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Kim Kwang-Jin, um ex-banqueiro no regime de Pyongyang, disse que a Coreia do Norte poderia estar levando o metal precioso para outro país na tentativa de encontrar compradores.

Oficiais de polícia de Bangladesh disseram que também investigam se Son agia em favor de contrabandistas. O país se tornou ponto de envio ilegal de ouro para a Índia, que aumentou impostos sobre o metal. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Coreia do Norte testou cinco mísseis de curto alcance no mar neste domingo (8), no segundo teste de armas deste ano, disseram autoridades da Defesa da Coreia do Sul, em meio a perspectivas ainda vagas de retomada das negociações entre os países rivais.

Os mísseis, lançados de uma cidade costeira da Coreia do Norte, voaram por cerca de 200 quilômetros antes de atingir as águas da costa leste do país, disse um oficial do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, na condição de anonimato.

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A Coreia do Norte rotineiramente testa mísseis e foguetes, mas os últimos lançamentos acontecem em meio a discussões entre as duas Coreias sobre os termos para uma possível reunião de cúpula entre seus líderes. Os dois países lançaram no mês passado a ideia da cúpula, que seria o terceiro encontro desde que eles foram divididos, há 70 anos.

No mês passado, a Coreia do Norte disse aos EUA que estava disposta a impor uma moratória temporária sobre seus testes nucleares caso Washington cancele exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul. Mas os EUA rejeitaram a proposta, chamando-a de "ameaça implícita".

Neste sábado, a Coreia do Norte informou que havia testado um novo míssil anti-navio, com o líder do país, Kim Jong Un, observando o disparo. O oficial sul-coreano disse que o lançamento ocorreu na sexta-feira. De acordo com ele, ainda não se sabe se os mísseis disparados neste domingo eram do mesmo tipo do lançado dois dias antes.

Fonte: Associated Press

A Coreia do Norte anunciou neste sábado que realizou testes com um novo míssil de cruzeiro para atacar navios, em movimento que foi visto por Seul como uma tentativa de elevar as tensões em relação aos exercícios militares realizados pela Coreia do Sul e os Estados Unidos.

O líder norte-coreano Kim Jong Un acompanhou presencialmente o teste de "ultraprecisão", que foi conduzido pela Marinha do país, segundo a agência de notícias oficial do país. O jornal estatal Rodong Sinmun publicou uma foto do ditador assistindo ao lançamento do míssil de uma embarcação, embora a mídia não tenha informado quando ou onde o exercício ocorreu.

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O especialista em segurança e conselheiro da Marinha sul-coreana Yang Uk disse que o míssil do país vizinho é similar ao KH-35 da Rússia, que é capaz de viajar até 140 quilômetros em alta velocidade, mantendo-se próximo à superfície do mar. A Coreia do Norte passou a importar o armamento em meados da década passada e o teste sugere que o país foi capaz de produzir mísseis de design similar.

O professor da Universidade de Estudos da Coreia do Norte, que fica em Seul, Yang Moo-jin, afirmou que o país está exibindo suas capacidades militares antes dos exercícios navais anuais entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos. De acordo com Pyongyang, a parceria naval entre as nações é um ensaio para uma possível invasão do país. Os aliados, por outro lado, afirmam que os exercícios são de defesa e que não têm intenção de atacar.

No mês passado, a Coreia do Norte disse ao governo norte-americano que está disposta a impor uma pausa em seus testes nucleares, se Washington descartar os exercícios com a Coreia do Sul este ano, mas os aliados negaram o pedido. Fonte: Associated Press.

A Coreia do Norte afirma estar disposta em suspender temporariamente um teste nuclear se os Estados Unidos deixarem de realizar exercícios militares com a Coreia do Sul em 2015.

De acordo com a agência estatal de notícias Korean Central (KCNA, na sigla em inglês), Pyongyang apresentou a proposta a Washington na sexta-feira. A KCNA afirma que é "hora para os Estados Unidos tomarem uma decisão firme pela paz e estabilidade na península da Coreia" e na região do entorno.

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Pyongyang considera os exercícios militares realizados pelos dois países como ensaios para uma possível invasão, embora aliados tenham por repetidas vezes afirmado que não têm intenção de atacar a Coreia do Norte.

A realização de um quarto teste no país tem por um dos objetivos dar mais uma resposta desafiadora à pressão internacional liderada pelos Estados Unidos para que Pyongyang abandone o seu programa nuclear. Fonte: Associated Press.

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul declarou nesta terça-feira que a Coreia do Norte parece ter atingido um nível significativo de tecnologia para miniaturizar um dispositivo nuclear para que ele seja instalado na ponta de um míssil.

O ministério fez o alerta em um Livro Branco da defesa que deverá ser divulgado mais tarde nesta terça-feira, mas autoridades da Defesa lembraram que o Norte ainda não demonstrou sua capacidade de miniaturização.

"As capacidades de miniaturização de armas nucleares da Coreia do Norte parecem ter atingido um nível significativo", disse o ministério em um comunicado.

Pyongyang realizou três testes nucleares, o mais recente deles em fevereiro de 2013.

O Ministério da Defesa disse que o Norte provavelmente acumulou cerca de 40 quilos de plutônio para armas através do reprocessamento de barras de combustível nuclear, e que está trabalhando em um programa de urânio altamente enriquecido.

Pyongyang desativou o reator de cinco megawatts de seu complexo nuclear de Yongbyon em 2007, no âmbito de um acordo de ajuda para o desarmamento, mas começou a reativá-lo em meados de 2013. A instalação é a principal fonte de plutônio de armas do país.

O presidente da Sony, Kazuo Hirai, agradeceu nessa segunda-feira (5) aos sócios que apoiaram seu grupo e permitiram a estreia do filme "A Entrevista", abalado por um ciberataque no fim de novembro contra os estúdios Sony Pictures.

"A liberdade de palavra, a liberdade de expressão, a liberdade de associação são bases importantes da Sony e da nossa indústria de entretenimento", disse em uma coletiva de imprensa na véspera do início da mostra internacional de eletrônica (CES-2015). "Estamos orgulhosos dos sócios que se uniram contra os esforços de extorsão dos criminosos que atacaram a Sony", acrescentou Hirai, que se manifestava pela primeira vez em público desde o ocorrido.

Depois de um importante ataque informático no fim de novembro, a Sony Pictures cancelou em um primeiro momento a estreia do filme "A Entrevista", que conta uma tentativa de assassinato do líder norte-coreano Kim Jong-Un por parte da CIA. Os hackers ameaçaram na época realizar atentados nas salas de cinema.

O filme agora é projetado em 580 salas independentes dos Estados Unidos e está disponível em várias plataformas de vídeo sob demanda, segundo Hirai. "Quero agradecer a todos os sócios que permitiram que isso fosse possível; aos meios que apoiaram a estreia, e aos que foram ver o filme", disse.

Os Estados Unidos, que acusam a Coreia do Norte de estar por trás do ciberataque, reforçaram na sexta-feira as sanções contra o país. A Casa Branca advertiu que se tratava da primeira parte de sua resposta à pirataria informática.

A Coreia do Norte, que desmente estar na origem da ação, denunciou com veemência estas medidas e criticou a negativa de Washington de iniciar uma investigação conjunta.

A Coreia do Norte rejeitou as sanções impostas pelos Estados Unidos e acusou Washington de ter poucas evidências que ligam o País ao recente ataque hacker à Sony. Fonte do governo alegou ainda, em comunicado, que as medidas expõem a hostilidade norte-americana e são ineficazes.

Em sua primeira resposta ao ataque, a Casa Branca anunciou ontem sanções contra empresas e pessoas ligadas a indústria de armas norte-coreana. "A ação persistente e unilateral tomada pela Casa Branca para impor 'sanções' contra a RPDC (Coreia do Norte) prova que ela ainda não está longe da repugnância inveterada e hostilidade em relação a Coreia do Norte", informou a Coreia do Norte, em comunicado divulgado pela agência de notícias local e assinado por um porta-voz não identificado do ministério das Relações Exteriores.

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O porta-voz voltou a negar a responsabilidade pelo ataque à Sony e criticou os Estados Unidos por recusarem uma oferta de busca conjunta pelos responsáveis pelo incidente.

No sábado, o presidente Barack Obama assinou uma ordem para ampliar a autoridade do governo contra indivíduos e entidades do governo de Pyongyang, como congelamento de ativos e proibição de uso do sistema financeiro norte-americano. As novas medidas afetam 10 autoridades norte-coreanas que trabalham nos principais mercados de armas mundiais, além de sua própria agência de inteligência. O comércio de armas é uma importante fonte de receita para a Coreia do Norte.

A Sony lançaria a comédia "A entrevista" sobre um plano de assassinato contra o ditador norte-coreano Kim Jong Un. O País condenou o filme e alegou que seria parte de um complô orquestrado pelo governo dos EUA. No comunicado divulgado neste domingo, o porta-voz do ministério das relações exteriores criticou novamente a história, chamando-a de "nojento filme que abertamente provoca o terrorismo contra o estado soberano". Fonte: Dow Jones Newswires

Hackers estão utilizando o polêmico filme “A Entrevista” como isca para infectar aparelhos com o sistema operacional Android. Um aplicativo falso circula na internet prometendo aos usuários desavisados uma cópia do longa. A ameaça, na verdade, é vírus destinado a roubar dados bancários das vítimas.

Segundo a empresa especializada em segurança digital MacAfee, cerca de 20 mil dispositivos já foram afetados pela ameaça. O principal alvo do falso aplicativo são clientes de bancos coreanos e do Citibank, instituição bancária internacional.

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Leia mais: Filme “A Entrevista” bate recorde de vendas online

“A Entrevista” é uma comédia que satiriza o assassinato do líder norte coreano Kim Jong-um. O longa já arrecadou US$ 15 milhões em distribuição online. A opção por lançar o filme na internet e não nos cinemas aconteceu após a Sony sofrer ameaças de atentados terroristas às salas de cinemas que exibissem o filme.

A Coreia do Norte comparou neste sábado (27) o presidente norte-americano, Barack Obama, a um macaco e acusou os EUA de terem derrubado a internet do país asiático, em meio à polêmica criada pelo filme "A Entrevista".

Pyogyang nega envolvimento em um recente ataque cibernético aos computadores da Sony Pictures, mas demonstrou forte insatisfação com o filme, uma comédia sobre um complô para o assassinato do presidente norte-coreano, Kim Jong-un. A princípio, a Sony Pictures cancelou o lançamento do filme, alegando que cinemas dos EUA haviam sofrido ameaças de ataque terrorista. A empresa reverteu a decisão e promoveu a estreia da comédia após ter sido criticada por Obama.

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Neste sábado, a Comissão de Defesa Nacional, que é liderada por Kim e é o principal órgão governamental norte-coreano, afirmou que Obama está por trás do lançamento de "A Entrevista". O filme foi classificado pela comissão como ilegal, desonesto e reacionário.

"Obama é descuidado nas palavras e gestos, como um macaco numa floresta tropical", afirmou um porta-voz não identificado do Departamento de Polícia da comissão, em comunicado divulgado pela agência oficial de notícias norte-coreana.

Não é a primeira vez que a Coreia do Norte lança insultos a Obama e outras autoridades de alto escalão dos EUA e Coreia do Sul. Meses atrás, Pyongyang chamou o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, de "lobo" com uma "horrenda mandíbula protuberante" e a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, de "prostituta".

Em maio, a agência oficial de notícias norte-coreana publicou que Obama tinha a "silhueta de um macaco".

A comissão também culpou Washington por quedas intermitentes de sites norte-coreanos no começo da semana, ocorridas após os EUA prometerem responder aos ataques à Sony. O FBI atribui a invasão do sistema da Sony a Pyongyang. O governo norte-americano se recusou a confirmar se está por trás dos problemas que afetaram a internet na Coreia do Norte. Fonte: Associated Press.

A polêmica paródia da Sony "A Entrevista", sobre um complô fictício para matar o líder norte-coreano Kim Jong-un, arrecadou um milhão de dólares em sua estreia limitada nos Estados Unidos no Dia de Natal, informou nesta sexta-feira (26) a empresa cinematográfica.

"A estreia limitada (do filme), em menos de 10% dos cinemas onde originalmente seria exibido, conseguiu esgotar os ingressos (em várias salas) e arrecadar cerca de um milhão de dólares", disse, em um comunicado, o presidente da distribuição internacional da companhia, Rory Bruer.

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Mais de 200 salas colocaram o longa em cartaz, contra as 2.000 e 3.000 inicialmente previstas.

"O público reagiu de forma fantástica", acrescentou Bruer.

"Considerando que as circunstâncias foram um desafio incrível, estamos extremamente agradecidos às pessoas de todo o país que foram ver 'A Entrevista' em sua estreia pouco convencional", prosseguiu.

O resultado alcançado pelo filme é sólido, disse à AFP Jeff Bock, analista da empresa especializada em arrecadação, Exhibitor Relations.

"É preciso levar em conta que a maioria dos cinemas são de tela pequena, com menos capacidade que as redes que decidiram não exibir o filme", afirmou Bock, em alusão aos cinemas que se recusaram a exibir o filme devido a ameaças de hackers.

A Sony não informou quanto o filme arrecadou no YouTube, Google Play, no console Xbox e no site www.seetheinterview.com, que a disponibilizaram para locação ou compra um dia antes da estreia oficial.

Estas cifras serão "as mais interessantes", antecipou o especialista da Exhibitor Relations.

Os serviços online do console PlayStation, da Sony, e do Xbox, da Microsoft, pararam de funcionar devido a um ataque reivindicado por hackers, embora por enquanto não haja informações que possam vincular a falha à estreia de "A Entrevista".

Um grupo de "hackers" pirateou a base de dados da Sony Pictures no fim de novembro e reivindicou aos estúdios Sony Pictures que cancelasse a exibição da paródia.

A Rússia afirmou compreender a revolta da Coreia do Norte contra o filme americano "A Entrevista" e classificou a comédia de agressiva e escandalosa ao mostrar um complô da CIA para matar o líder norte-coreano Kim Jong-Un. "A ideia do filme é tão agressiva e escandalosa que a reação norte-coreana é totalmente compreensível", declarou o porta-voz da chancelaria russa, Alexander Lukachevich.

Pyongyang ameaçou com represálias caso o filme fosse lançado, como de fato foi em vários cinemas americanos no dia 25 de dezembro. Washington acusou a Coreia do Norte de estar por trás de um ciberataque no final de novembro contra a Sony Pictures, produtora do filme.

Pyongyang, por sua vez, sofreu esta semana a interrupção de várias horas em sua internet. Os Estados Unidos não confirmaram ou desmentiram sua responsabilidade neste incidente. "A Rússia está preocupada com uma nova escalada de tensões entre os Estados Unidos e a Coreia Norte" indicou Lukachevich.

"As ameaças americanas de vingança e os pedidos a outros países para condenar a Coreia do Norte nos parecem contraproducentes e perigosos e não fazem mais que elevar as tensões", concluiu.

A Sony Pictures advertiu que poderá abrir um processo contra o Twitter se esta plataforma social continuar permitindo a difusão do material roubado no ciberataque aos computadores da empresa em novembro.

O estúdio de cinema e televisão pediu que o Twitter suspenda ao menos uma conta (@bikinirobot), que reproduz o material roubado, segundo uma carta do advogado da Sony David Boies.

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"Pedimos que suspendam esta conta tão logo seja possível", assinala Boies, alertando que, se não fizer isso, o Twitter "arcará com toda responsabilidade dos danos causados" pela difusão de dados roubados.

O ataque foi reivindicado por um grupo autodenominado Guardiões da Paz, que utiliza em inglês a sigla GOP, curiosamente também usada nos Estados Unidos para se referir ao opositor partido Republicano.

Entre as informações roubadas, estão roteiros de filmes, documentos financeiros, contratos de trabalho, dados pessoais de empregados e comunicados internos.

Os Estados Unidos acusam a Coreia do Norte pelo ataque cibernético, dirigido a obrigar a Sony a cancelar o lançamento do filme "A entrevista", que faz uma sátira ao líder norte-coreano Kim Jong-un.

A Sony optou por cancelar a estreia do filme.

Importantes site norte-coreanos voltaram ao ar nesta terça-feira (23), após uma queda que durou horas e aconteceu depois de os Estados Unidos prometerem responder ao ataque cibernético contra a Sony Pictures. Washington culpa Pyongyang pela ação dos hackers que, além de divulgarem documentos e filmes do estúdio, fizeram ameaças que levaram ao cancelamento da estreia do filme "A Entrevista".

A Casa Branca e o Departamento de Estado recusaram-se a dizer se o governo norte-americano foi responsável pela queda da internet na Coreia do Norte, um dos países mais pobres e menos interligados pela rede mundial de computadores em todo o mundo.

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Embora o país seja equipado com internet de banda larga, apenas um pequeno segmento da população tem acesso à rede. Poucos norte-coreanos usam computadores e, nesse grupo, os que conseguem algum acesso conectam-se apenas com uma rede de intranet doméstica.

Embora negue responsabilidade pela invasão do sistema da Sony, Pyongyang chamou a ação de "fato justo" e deixou clara sua raiva a respeito de "A Entrevista", comédia que mostra o assassinato do atual líder norte-coreano, Kim Jong Un.

Funcionários do governo sul-coreano, que falaram em condição de anonimato, disseram que a Agência de Notícias Central e o jornal Rodong Sinmun, os principais canais oficiais de informação da Coreia do Norte, haviam saído do ar, mas os sites voltaram a funcionar posteriormente nesta terça-feira. Dentre as postagens glorificando o governo da família Kim havia um sobre uma visita de Kim Jong Un a uma fazenda da produção de bagres.

Especialistas norte-americanos em computadores descreveram as falhas na internet norte-coreana como amplas e progressivamente piores. Jim Cowie, cientista chefe da Dyn Research, uma empresa que monitora a performance da rede, afirmou em post on-line que a internet do país voltou após ficar fora do ar por nove horas.

As possíveis causas da queda incluem um ataque externo à frágil rede ou mesmo problemas de fornecimento de energia, escreveu Cowie, acrescentando que "podemos apenas especular".

No ano passado, a Coreia do Norte sofreu quedas semelhantes de sua internet durante tensões nucleares com os Estados Unidos, a Coreia do Sul e outros países. Pyongyang culpou Seul e Washington pelos problemas.

O presidente Barack Obama disse que o governo norte-americano espera responder ao ataque à Sony, que ele descreveu como um caro ato de "vandalismo cibernético" da Coreia do Norte.

Mais de um milhão de pessoas usa telefones celulares na Coreia do Norte. A rede cobre principalmente as maiores cidades, mas os usuários não podem fazer ou receber ligações dos exterior. A intranet do país dá acesso a sites aprovados pelo governo e trabalha com seus próprios navegadores, ferramentas de busca e programas de e-mail, segundo o Ministério de Unificação sul-coreano. Fonte: Associated Press.

A Coreia do Norte pediu neste sábado (20) uma investigação conjunta com os Estados Unidos sobre o ataque cibernético contra a Sony Pictures, ao mesmo tempo que repetiu não ter qualquer relação com a ação dos hackers, ao contrário do que afirma o FBI.

Pyongyang fez a proposta um dia depois do presidente americano, Barack Obama, ter ameaçado com represálias em resposta ao ataque, que teria sido motivado por um filme que satiriza o dirigente norte-coreano Kim Jong-un.

"Diante das afirmações sem fundamento e difamatórias que os Estados Unidos estão propagando, propomos uma investigação conjunta sobre este incidente", afirma um comunicado do ministério norte-coreano das Relações Exteriores.

"Sem necessidade de recorrer às torturas utilizadas pela CIA, podemos demonstrar que este incidente não tem nada a ver conosco", afirma a nota, citada pela agência oficial norte-coreana KCNA.

Após o ataque cibernético, a Sony Pictures cancelou a estreia, prevista para 25 de dezembro, de "A Entrevista", uma comédia sobre um plano da CIA para matar Kim Jong-un, o terceiro membro da dinastia Kim a assumir o poder no país comunista.

Na sexta-feira, Obama afirmou que os Estados Unidos não vão ceder diante de um "ditador" e considerou que a Sony "cometeu um erro" ao cancelar a estreia do filme.

A missão norte-coreana na ONU negou na sexta-feira (19) qualquer envolvimento no ataque contra a Sony, que divulgou centenas de e-mails internos, informações sobre salários, números de previdência social de funcionários e até rascunhos de roteiros.

No comunicado deste sábado, Pyongyang ameaça com "graves consequências", caso Washington rejeite a proposta de uma investigação conjunta. "Os Estados Unidos devem levar em consideração as graves consequências, caso rejeitem nossa proposta e continuem falando sobre as supostas represálias contra nós", completa a nota.

A pergunta inicial parece lógica: será que Kim Jong-un não tem humor? A opinião geral é de que o líder norte-coreano não se destaca pela espontaneidade, mas, depois de se assistir ao filme "A Entrevista", fica difícil entender tantas queixas.

Os atores americanos Seth Rogen e James Franco protagonizam o filme, que conta a história de uma operação fictícia da CIA para assassinar Kim, repleta de piadas escatológicas e sexuais.

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Em poucas palavras, o filme é uma mistura entre um James Bond de araque e um longa-metragem ao estilo "Se Beber Não Case", dirigido principalmente ao público masculino que vai ao cinema em busca de diversão.

Mas o regime da Coreia do Norte prometeu "represálias cruéis" para um filme que considera um "ato de terror sem sentido", apesar de ter negado estar por trás dos ataques cibernéticos que afetaram a Sony Pictures, estúdio que financiou o longa-metragem.

O que Pyongyang parece não entender é que a irritação do regime praticamente vai garantir o primeiro lugar na bilheteria para "A Entrevista", que estreia nos cinemas dos Estados Unidos em 25 de dezembro (e 29 de janeiro no Brasil).

Protestos que geram dinheiro

"Sem dúvida, a Sony não fica incomodada que um paíse denuncie publicamente o filme", afirma à AFP Jeff Bock, da empresa especializada em bilheteria Exhibitor Relations.

"Os boatos e as especulações aumentarão definitivamente o interesse do público. As pessoas querem entender o alvoroço", completa.

O filme conta a história do apresentador de um programa de TV, Dave Skylark (Franco), e seu produtor (Rogen), que têm a possibilidade de entrevistar o ditador do país mais fechado do mundo, que no filme é um grande fã do programa sensacionalista do jornalista.

Mas a CIA, por meio de uma agente sexy, Lacy (interpretada por Lizzy Caplan), convence a dupla a assassinar Kim Kong-un com uma dose de ricina, aproveitando o acesso ao líder norte-coreano.

Tudo vai bem até que a dupla chega a Pyongyang e Skylark sai para uma noite de farra com Kim, durante a qual conversam sobre basquete e fazem piadas sobre gays e as canções de Katy Perry.

O personagem de Franco decide que não pode matar o novo amigo, o que provocará muitas dores de cabeça e terminará com Kim irritado.

Dennis Rodman e uma amizade estranha

A reação da Coreia do Norte antes da estreia lembra o que aconteceu com o governo do Cazaquistão em 2006 e o filme "Borat", no qual o humorista Sacha Baron Cohen faz piadas com o suposto atraso desta república da Ásia central.

Ao criticar o filme, as autoridades do Cazaquistão ajudaram o filme na bilheteria. Depois, perceberam o "erro" e "aceitaram" o resultado.

Mas nada leva a crer que a Coreia do Norte vai lidar de maneira leve com as críticas do filme.

O regime comunista se mostra implacável quando alguém ousa fazer piadas com qualquer integrante da dinastia Kim.

Em abril, dois funcionários da embaixada norte-coreana em Londres reclamaram com o dono de uma barbearia que usou um pôster de Kim Jong-un e a pergunta "Dia ruim com o cabelo?".

Em julho, Pyongyang pediu a Pequim a retirada de um vídeo, que se tornou viral, que satirizava o líder norte-coreano.

"A Coreia do Norte não se caracteriza por ter o melhor senso del humor do mundo. Assim, nunca aceitará este filme", afirma Peter Beck, especializado em Pyongyang que trabalha para o Instituto Novo Paradigma de Seul.

"A Entrevista" também aborda a estranha, mas verídica, amizade de Kim Jong-un com o ex-jogador da NBA Dennis Rodman, que visitou Pyongyang algumas vezes.

O longa-metragem conta ainda com participações de outras estrelas, como o rapper Eminem, que afirma no filme ser homossexual, o ator Rob Lowe usando uma peruca, além de Nicki Minaj, Joseph Gordon-Levitt, Seth Meyers e Bill Maher.

O grupo 'Guardians of Peace' (Guardiões da Paz), ou GOP, que afirma ter hackeado o sistema da Sony Pictures pediu na semana passada que o filme não estreie.

Mas a Sony, que adiou a estreia de outubro para dezembro, não parece ter planos neste sentido.

Novas ameaças hackers

O presidente da Sony, Michael Lynton, realizou na segunda-feira uma reunião com seus funcionários da sede da Califórnia para abordar as consequências do ciberataque sofrido nas últimas semanas, que tornou públicos e-mails comprometedores entre os diretores da empresa.

A Sony foi vítima de um ataque a seus servidores no dia 24 de novembro, realizado pelo GOP, que gradualmente foi vazando mensagens dos diretores dos estúdios e outros dados confidenciais.

Os funcionários receberam no final de semana um e-mail do GOP anunciando que ganhariam "um presente de Natal", com a publicação de "um grande número de informações".

"Este presente os fará muito felizes e colocará a Sony em uma má situação", diz a mensagem.

A presidente da companhia, Amy Pascal, foi uma das mais prejudicadas pelo vazamento dos e-mails, tendo que pedir desculpas, na semana passada, ao presidente americano, Barack Obama.

Em uma troca de mensagens com o produtor Scott Rudin, Pascal escreve se deve perguntar a Obama sobre os filmes "Django Livre", "12 anos de escravidão" e "O mordomo da Casa Branca", todos eles sobre a questão racial nos Estados Unidos.

Rudin também fez ataques à atriz Angelina Jolie por sua possível participação na produção de "Cleópatra", chamando-a de uma "menina mal educada com talento mínimo", "infantil, irresponsável e caprichosa".

A imprensa americana informou que os hackers conseguiram roubar o roteiro do próximo filme de James Bond, protagonizado por Daniel Craig e dirigido por Sam Mendes, cuja filmagem terá início em breve.

De acordo com diversas fontes, todos os ataques estariam relacionados à estreia de "A Entrevista".

A Coreia do Norte - país que a ONU acusa de violar os direitos humanos - enviou nesta segunda-feira uma carta ao Conselho de Segurança na qual pede o exame das denúncias de tortura contra a agência americana de Inteligência - CIA.

As práticas de tortura cometidas contra dezenas de detidos ligados à Al-Qaeda e detalhadas em um recente relatório do Senado americano "são as violações dos direitos humanos mais graves já cometidas no mundo", afirma a missão da Coreia do Norte nas Nações Unidas.

Este tema "deve ser examinado com urgência pelo Conselho, já que pode ter um impacto iminente e desestabilizador na paz e na segurança internacionais", disse o diplomata norte-coreano Ja Song Nam.

O diplomata pediu ainda a criação de uma "comissão de investigação (...) para atribuir responsabilidades" sobre as torturas da CIA.

A carta afirma ainda que "o suposto problema dos direitos humanos na Coreia do Norte não é nada além que uma invenção política e, portanto, não tem qualquer impacto na paz e na segurança da região e do mundo".

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