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A procissão noturna da Trasladação. A Motorromaria. O tradicional Auto do Círio, programa de extensão da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA). O arrastão do Arraial do Pavulagem. Fé, devoção à Nossa Senhora e manifestações culturais são definidores do Círio de Nazaré. 

O Círio está nas ruas. A grande procissão do segundo domingo de outubro é precedida de cortejos, romarias e festas que movimentam a cidade de Belém e renovam as esperanças do povo paraense. 

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As imagens registradas pelos fotógrafo Fernando Sette, da TV UNAMA, e Bruno Carachesti, professor universitário e coordenador do projeto Fotocom, da UNAMA - Universidade da Amazônia, são reveladoras do sentimento de confraternização que se espalha pela capital paraense. Veja na galeria de fotos.

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Círio Fluvial

No sábado, o Círio Fluvial – a quarta romaria oficial – saiu do Trapiche do Distrito de Icoaraci com destino à Escadinha da Estação das Docas. A Imagem Peregrina foi levada no navio Garnier Sampaio, da Marinha do Brasil, responsável por também fazer a organização e controle de toda a Romaria Fluvial, que teve duração de duas horas. 

Motorromaria

Após receber as honrarias na Escadinha do Cais do Porto, a Imagem Peregrina foi conduzida para a terceira romaria do sábado, a Motorromaria. A procissão dos motociclistas se encerrou em frente ao Colégio Gentil Bittencourt.

No fim da tarde, saiu do Gentil Bittencourt a Trasladação, a grande romaria noturna. O destino foi a Igreja da Sé, de onde saiu, na manhã de domingo, a grande procissão do Círio.

Da Redação do LeiaJá Pará.

Nascido no Ceará, o jornalista, escritor e comentarista Francisco Reginaldo de Sá Menezes, ou mais conhecido como Xico Sá, completa 60 anos nesta qunta (6). Ele já participou de vários programas como apresentador como Saia Justa (GNT), Amor & Sexo (TV Globo) e Papo de Segunda (GNT), além de ganhar importantes prêmios do Jornalismo, como o Esso, Folha, Abril e Comunique-se. O Leia Já separou três livros do autor, confira:

A falta: Memórias de um goleiro (2022) - O livro narra um jogo de futebol de acordo com a perspectiva do goleiro, misturado com fragmentos de memória e inquietações do personagem central do time. O romance também traz um conjunto de referências históricas e futebolísticas com as quais Xico Sá trabalhou como jornalista esportivo. Além disso, também trata de temas como: pressão sobre atleta, aproximação da aposentadoria, paternidade, relacionamentos e frustrações acumulados ao longo da vida e o amor.

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Big Jato (2012) - No início da década de 1970, um garoto acompanha seu pai em um caminhão apelidado de Big Jato e destinado a esvaziar as fossas das casas sem encanamento do município de Crato. No livro, o cronista retrata sua juventude passada no Cariri, onde obteve os primeiros encontros com o amor e o rock, além das paisagens e as pessoas que ele encontrou, como também as mudanças nas relações familiares. É considerado um mosaico de descobertas do garoto sobre as dificuldades que ele enfrenta na entrada da vida adulta.

A Pátria em Sandálias da Humildade (2017) - Os textos de futebol do jornalista são reunidos em uma obra. O livro também traz um capítulo inédito dedicado ao grande amigo do autor, o jogador Sócrates (1954-2011).

Palavras-chave: Xico Sá, Livros, Literatura brasileira, Listas, Cultura

Relembre três livros de Xico Sá

Cronista cearense faz 60 anos nesta quinta (6)

Nascido no Ceará, o jornalista, escritor e comentarista Francisco Reginaldo de Sá Menezes, ou mais conhecido como Xico Sá, completa 60 anos (hoje). Ele já ganhou importantes prêmios do Jornalismo, como Esso, Folha, Abril e Comunique-se. O Leia Já separou três livros do autor, confira:

A falta: Memórias de um goleiro (2022) - O livro narra um jogo de futebol de acordo com a perspectiva do goleiro, misturado com fragmentos de memória e inquietações do personagem central do time. O romance também traz um conjunto de referências históricas e futebolísticas com as quais Xico Sá trabalhou como jornalista esportivo. Além disso, também trata de temas como: pressão sobre atleta, aproximação da aposentadoria, paternidade, relacionamentos e frustrações acumulados ao longo da vida, e o amor.

Big Jato (2012) - No início da década de 1970, um garoto acompanha seu pai num caminhão apelidado de Big Jato e destinado a esvaziar as fossas das casas sem encanamento do município de Crato. No livro, o cronista retrata sua juventude passada no Cariri, onde obteve os primeiros encontros com o amor e o rock. Além das paisagens e as pessoas que ele encontrou, como também as mudanças nas relações familiares. É considerado um mosaico de descobertas do garoto sobre as dificuldades que ele enfrenta na entrada na vida adulta.

A Pátria em Sandálias da Humildade (2017) - Os textos de futebol do jornalista são reunidos em uma obra. O livro também traz um capítulo inédito dedicado ao grande amigo do autor, o jogador Dr. Sócrates (1954-2011).

Em sua segunda edição neste ano, será realizado em bairros centrais do Recife, a 15ª Mostra Pernambucana de Danças Urbanas Ginga B.Boys e B.Girls, que tem como proposta fortalecer a cultura do Hip Hop em Pernambuco desde de 1983. Os interessados em participar das mostras e oficinas podem se inscrever por meio do perfil no Instagram, até o dia 30 de setembro.

A edição terá início durante o mês de outubro, com oficinas de Dancehall, Popping e competições de breaking até o mês de novembro. Em Santo Amaro, haverá oficinas de danças urbanas no Estúdio de Dança Alê Carvalho, enquanto a principal parte do evento será a mostra dos resultados das oficinas nos dias 5 e 6 de novembro no Compaz Miguel Arraes, no Bairro da Madalena, no Recife.

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A iniciativa busca promover o empoderamento sociocultural e produtivo de grupos da sociedade que são vulneráveis socioeconomicamente, como membros das classes C, D e E, sobretudo dos adolescentes dentro dessa realidade social. Com essas atividades artísticas é fortalecido as políticas públicas de juventude, educação e promoção da cidadania.

O investimento em danças urbanas foi escolhido pelo fato da cultura hip hop ser uma das expressões culturais mais presentes em Pernambuco, através de grupos e indivíduos, principalmente de origens afrodescendentes que se organizam para realizar campeonatos, shows, oficinas e outras atividades. Essas manifestações também servem como instrumento pedagógico para conscientização da juventude. 

Entre as oficinas, os participantes das batalhas de breaking poderão concorrer a premiações que variam de R$ 500,00, a R$ 3.000,00, além de troféus e brindes. 

Confira o cronograma:

Oficinas de Danças Urbanas:

Local: Carvalho Studio de Dança

Rua Princesa Isabel - 142 - Santo Amaro - Recife/PE - CEP 50050-450.  

Inscrições até 30 de setembro no Instagram

Informações: (81) 988286958

Data: durante os meses de outubro e novembro de 202

Oficina de Popping

Mediador: Anderson Dimas

Horário: 13h às 15h – Terças e Quintas durante o mês de Outubro de 2022.

Observação: Serão oito (08) encontros no Espaço Carvalho Estúdio de Dança – cada encontro terá duas horas (2h) de trabalho, sendo que o último encontro será reservado para sua respectiva apresentação como resultado e culminância dos trabalhos desenvolvidos. Tudo isso no COMPAZ Miguel Arraes no dia 05 de novembro às 15h, durante a programação das batalhas de breaking que acontecerão no equipamento.

Vagas: 15 vagas

Dancehall

Mediador: Victor Vicente

Horário: 13h às 15h nas terças e 16h às 17h30min nas quintas durante o mês de outubro, e dia 05 de novembro de 2022.

Observação: serão oito (08) encontros no Espaço Carvalho Estúdio de Dança durante o mês de outubro. Cada encontro terá 2h na terça e  1h30 na quinta feira  (1h30min) de trabalho, sendo que o último encontro será  reservado às 11h no COMPAZ Miguel Arraes no dia 05 de novembro de 2022, durante a programação das batalhas de breaking.

Vagas: 15 vagas.

Oficina de Breaking

Mediador: Bboy Star

Horário: 08h às 10h – terças e quintas durante o mês de outubro de 2022.

Observação: Serão 8 encontros no Espaço Carvalho Estúdio de Dança – sendo que cada encontro terá 2h de trabalho, sendo o último encontro reservado às 14h no COMPAZ Miguel Arraes no dia 06 de novembro, durante a programação das batalhas de breaking.

Vagas: 15 vagas.

Batalhas de Breaking 1vs1 e 3vs3

Data: 05/11/2022

Local: COMPAZ Miguel Arraes, Av. Caxangá, 653 - Madalena, Recife - PE, 52171-011.

Batalha individual de Breaking  para BBoys e BGirls (Seven To Smoken)

Horário: 10h às 12h.

Júri: Hancock Reptil (PE)

DJ: King Zulu Nattydread (ES)

MC: BBoy Foguinho (PE) 

Premiação:

R$ 500,00 + Troféus e brindes

R$ 300,00 +Troféus e brindes

R$ 200,00 +Troféus e brindes

Batalha individual feminina de Breaking (Seven to smoken)

Horário: 14h às 18h.

Júri: Bebéia (SP)

DJ: King Zulu Nattydread (ES)

MC: BGirl Vênus (PE) 

Data: 06/11/2022

Batalha de Breaking por equipe 3X3

Horário: 10h às 12h e das 14h às 18h.

Corpo de jurados:

BBoy Jessé Batista (AL)

BGirl Bebéia (SP) 

Bboy Star (PE)

DJ: BETO (PE) – Contato: 99699-8996

MC: Lula Dias (PE) – Contato: 98790-73

Premiação:

R$ 3.000,00 + Troféus e brindes

R$ 2.000,00 + Troféus e brindes

R$ 1.000,00 + Troféus e brindes

Até o dia 30 de outubro, os visitantes podem conferir a nova edição do “Museu Mais Doce do Mundo” no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo.

A exposição retorna à capital paulista após três anos, incluindo novas salas imersivas, ativações e inovações digitais, como realidade aumentada; além de degustação de doces.

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O museu é composto por vários espaços instagramáveis, inspirados em alimentos doces. O preço dos ingressos vai de R$38 até R$80. As entradas podem ser retiradas no site da https://www.eventim.com.br/ ou na bilheteria do shopping. 

Em novembro, a exibição vai para a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

SERVIÇO

Museu Mais Doce do Mundo no Shopping Vila Olímpia

Quando: Até 30 de outubro de 2022

Onde: Shopping Vila Olímpia

Endereço: Rua Olimpíadas, número 360 - 2º piso - Vila Olímpia, São Paulo - SP

Horários: terças às sextas-feiras: 12h às 21h; sábados: 10h às 22h e domingos e feriados das 11h às 21h

Ingressos:https://www.eventim.com.br/event/o-museu-mais-doce-do-mundo-2022-shopping-vila-olimpia-15782168/

 

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A celebração da arte literária tomou conta do Centro Cultural Tancredo Neves (Centur), na tarde de sexta-feira (16), com a abertura da I Festa Literária de Belém (Flibe), promovida pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec). O festival faz parte da I Bienal de Artes de Belém e segue até o dia 23 de setembro.

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Para o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, é uma honra prestigiar a primeira Flibe que dará incentivo à leitura da população e passará a fazer parte da agenda cultural da cidade.

“É um encontro, é uma festa, aqui é um lugar de paixão pelo futuro socialmente justo de respeito a natureza, democrático. É isso que a literatura, poesia e a ciência fazem”, diz.

A professora e historiadora Larissa Rayanne Oliveira, 27 anos, acredita que a iniciativa de criação da festa literária é importante para popularizar e incentivar o acesso da população à literatura.

“A literatura é um evento que deve ser repassado e quando tem um evento como esse, um evento grande, o povo fica conhecedor da cultura, da arte e da literatura. Esse tipo de evento agrega dessa forma, as pessoas têm mais acesso porque às vezes o conhecimento não vai para o povo e quando um evento desse chega, as pessoas começam a ouvir e conhecer mais da literatura”, afirma.

A programação da I Festa Literária conta com oficinais de formação em artes e educação, bate-papos sobre a literatura (LGBTQIA+, indígenas, afro-brasileiras, feministas, dentre outras palestras), apresentações artísticas de escolas infantis, feiras de artesanatos, apresentações teatrais e conta com espaço lúdico infantil.

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Programação

Centro Cultural Tancredo Neves – CENTUR (Av. Gentil Bitencourt, 650 - Nazaré, Belém - PA, 66035-340).

•        20/09 (terça-feira) - Cia. do Nosso Jeito e Delcley Machado.

•        21/09 (quarta-feira) - Inesita e Dayse Addario.

•        22/09 (quinta-feira) - Eduardo Du Norte e os Tambores.

 Espetáculo Encantados

•        23/09 (sexta-feira) - Gigi Furtado.

 

Bienal das Artes – Aldeia Cabano (Av. Pedro Miranda, 2060 - Pedreira, Belém - PA, 66085-026).

•        20/09 (terça-feira) - Cortejo das manifestações culturais, performance chegada do cortejo, Para Sempre Ruy e Simone.

•        21/09(quarta-feira)- Coral infanto-juvenil (Semec), Dona Onete, Gretchen, Fruto Sensual e a parelhagem Crocodilo.

•        22/09 (quinta-feira) - Escola Municipal de Dança - Silvio Leandro, Nilson Chaves, bando Mastodontes, Hamilton Holanda e Zeca Baleiro.

•        23/09 (sexta-feira) - Coral Projeto Histórias Cantadas "Pirão de Açaí", Festival de Música Brasileira, Sabah Moraes e Johnny Hooker.

•        24/09 (sábado)- Professores Semec, Choro do Pará, Marco André, Felipe Cordeiro e Vozes d'África.

•        25/09 (domingo) - Xaxá e Banda, grupo Tem Mulheres na Roda de Samba, Bião e Banda e Teresa Cristina.

Por Amanda Martins, Gabrielle Nogueira e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 Hoje (20) completa 62 anos que a rede de televisão pública brasileira TV Cultura, foi fundada e inaugurada em São Paulo. Ela é conhecida por marcar gerações por meio de seus desenhos e séries. Se a sua infância foi entre os anos 90 e 2000, essa matéria pode trazer lembranças da época.

É bom lembrar que nem todos da lista foram exatamente lançados nos anos 2000, alguns antes e outros depois, mas todos eram destaque na programação nessa época. Confira alguns desenhos e séries que marcaram a infância de quem hoje está na casa dos 20 anos:

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 Arthur – De 1996. Arthur tem oito anos e faz parte de uma família de porquinhos-da-índia. No desenho vemos sua vida, sua relação com a família e amigos, em casa, na escola e nas situações do dia-a-dia. Todos os personagens são animais. O desenho teve 23 temporadas. 

Caillou – De 1997. Caillou é um desenho animado que mostra a infância do menino Caillou, com apenas quatro anos, que vive sua aventura e descoberta do mundo. Os episódios sempre tinham algum ensinamento ou lição de moral, o que tornava o desenho bem bacana. Há teorias de que o menino tinha câncer e a história é narrada pela sua irmã Rose. 

Castelo Rá-Tim-Bum – De 1994. A série contava a história de Nino: um menino bruxo de 300 anos que morava com os tios em um castelo. Seus amigos fiéis Pedro, Biba e Zequinha sempre iam visitá-lo, e o vilão Dr. Abobrinha (ou Pompeu Pompilho Pomposo, como ele gostava de ser chamado) sempre se disfarçava para tentar comprar o castelo. Em um castelo cheio de magia, os telespectadores aprendem sobre música, fatos históricos, a lavar a mão e outros aprendizados.

 Cyberchase – De 2002. Cyberchase contava a história de três crianças: Inez, Matt e Jackie, e um pássaro chamado Dígito, que usavam a matemática para impedir que o vilão Hacker dominasse o mundo. O desenho era educativo por ter várias referências tecnológicas e pelo fato de as crianças utilizarem a matemática para resolver seus problemas. O desenho teve 12 temporadas.  

Jakers! As Aventuras de Piggley Winks – De 2006. A série infantil contava sobre o porquinho Piggley Winks, de oito anos, que vive aventuras com muita diversão junto dos amigos Danann O’Mallard e Fernando Toro, mais conhecido como Ferny. Todas as aventuras ocorrem na Fazenda Raloo, na Irlanda. Em momentos emocionantes eles sempre falam “Jakers!”, que é uma expressão irlandesa para alegria. Os episódios são construídos em torno de histórias contadas por Piggley, já avô, para seus três netos. 

 Os Flintstones – De 1960. Os Flintstones são uma família que vivem na Pré-História. O desenho rendeu outras séries animadas derivadas do mesmo, alguns filmes, e ganhou dois live-actions intitulados de “Os Flintstones” (1994) e “Os Flintstones em Viva Rock Vegas” (2000). Com 166 episódios, foi a primeira série animada de comédia a ser exibida no horário nobre da TV norte-americana.  

Os Sete Monstrinhos – De 2000. O desenho mostrava o cotidiano de uma família composta por sete irmãos que têm feições monstruosas e sua mãe. Algo engraçado no desenho é que os nomes dos personagens são números, de acordo com a ordem de nascença: um, dois, três, quatro, cinco, seis e sete. Eles são enormes e sua mãe é super pequena. O desenho teve 40 episódios. 

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Cercada das mais variadas expressões artísticas desde a infância, no bairro da Sacramenta, periferia de Belém, a artista Fran Farias, de 23 anos, entrou no mundo da colagem em 2016. Atualmente, a jovem é dona de uma loja on-line, a Sagita Collage, e faz sucesso na internet com as postagens e a crescente venda de suas criações. Além de ter o trabalho reconhecido e requisitado em outros Estados do Brasil, a artista também oferece oficinas e participa de exposições com a temática de seu trabalho.

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Artistas do movimento surrealista, criado na década de 1920, como Salvador Dalí, Frida Kahlo e René Magritte, são as inspirações para a produção das colagens da empreendedora. “Eu a acho incrível [Frida], porque ela é uma artista-mulher que conseguiu muito reconhecimento em um tempo que a arte era dominada por artistas homens”, explica.

A ideia de criar a marca Sagita Collage surgiu em 2016, ainda como um hobby. De acordo com a artista, o projeto surgiu por meio de artes criadas no paint, software para desenhos e edições em imagens. A ideia inicial de Fran era apenas criar seus projetos artísticos e compartilhar no Instagram, sem o intuito de vendê-los.

Aos poucos, a conta teve um grande alcance e os clientes começaram a aparecer. “Logo no início vendi somente uma camisa e não tive mais retorno. Depois de um tempo, comecei a produzir algumas com estampas paraenses e, de um dia para o outro, eu comecei a vender muitas camisas”, explica.

A cultura paraense, ainda hoje, é a mais procurada pelos clientes, principalmente com a presença dos locais da cidade de Belém. Para além de camisas, a vendedora expandiu os produtos da sua loja e agora também vende ecobags, canecas e quadros com criações apresentando outras temáticas.

“Muitas pessoas me mandam mensagens querendo a arte com praias daqui, com a Estação das Docas. As minhas artes envolvem música, o que eu sinto, o que eu sou, mas envolve também política e milhões de outras coisas”, complementa.

A empreendedora demorou para compreender que o seu talento estava tornando-se uma forma de gerar renda. A jovem relata que somente após sair da casa da mãe para morar sozinha, vivendo unicamente das vendas de sua loja, é que teve a noção da proporção do seu trabalho.

No mês de abril, Fran Farias participou do evento ExpoFavela, uma feira de negócios em São Paulo, onde empreendedores artistas da periferia do Brasil tiveram a oportunidade de vender e ampliar a visibilidade do seu trabalho para apreciadores das artes no país.

“Venho de uma família que nunca teve condições financeiras e, hoje em dia, eu tenho, graças à minha arte. Ver que o Sagita cada vez mais se expande para tantos outros lugares me dá mais certeza de que eu estou no caminho certo e, claro, que tudo isso foi construído com muito trabalho, fé e sorte”, explica.

A artista já participou de várias exposições em Belém e teve a oportunidade de dar oficinas locais e em Santa Catarina, no Paraná. Para Fran Fariaz, esse momento significou bastante, pois ela pôde conversar e conhecer pessoas que admiravam seu trabalho.

“Para mim é incrível. Para quem vem da periferia, é muito mais complicado conseguir essa visibilidade, o que, basicamente, todo artista precisa. Sempre penso que o meu trabalho nunca chegaria em ninguém se não fosse pela internet. Imaginar que pessoas de outro Estado e, até mesmo do Pará, mas que jamais me conheceriam se não fosse pela internet, hoje me têm como referência, assim como eu tenho tantos outros artistas, é incrível”, ressalta.

Por Juliana Maia (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A candidata a governadora, Raquel Lyra (PSDB), e sua vice Priscila Krause (Cidadania) se reuniram, na noite dessa segunda (12), com artistas e produtores culturais, no Bairro da Boa Vista, no Recife, onde apresentaram propostas para valorizar a cultura e a economia criativa em Pernambuco.

Raquel garantiu um diálogo permanente com o setor e a estruturação de uma política estadual de cultura em um eventual governo. “Queremos fazer de Pernambuco um estado que respire cultura. Dá para fazer muito mais se a gente entender que a nossa cultura e turismo podem andar juntos, para além da realização dos eventos”, afirmou Raquel.

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“Vou tratar a cultura com respeito, com zelo, enxergando ela como um grande processo estratégico de desenvolvimento econômico do nosso estado, aliado com o turismo, sabendo ainda que podemos acessar diversos tipos de recursos”, acrescentou a candidata. 

A postulante também falou sobre as entregas que realizou quando foi prefeita de Caruaru, como a requalificação da antiga Estação Ferroviária, que se tornou uma Estação Criativa, a criação do Mercado Cultural Casa Rosa e o novo Polo Gastronômico da Feira de Artesanato.

“A cultura é uma área estruturadora para a economia e para formação da nossa sociedade. Precisamos falar de todas as expressões e o nosso patrimônio histórico faz parte dessa formação”, defendeu Priscila Krause.

Candidato a deputado estadual e liderança da cultura, Léo Salazar (Cidadania), disse que “o fomento à cultura deve ser uma política pública de estado e as decisões devem passar pelo diálogo com o setor”, frisou. 

Estão entre as propostas de Raquel e Priscila a promoção do empreendedorismo e a qualificação profissional na cultura e na economia criativa, a reestruturação do Fundo de Cultura do Estado (Funcultura) e o fortalecimento da atuação da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

*Da assessoria

Nesta terça-feira (6) foi dada a largada para a 10ª edição do Festival Internacional das Artes Pão e Tinta. Até o próximo domingo (11), o evento promete agitar o público com uma programação especial. Workshops, palestras, oficinas, graffiti, atrações infantis e musicais são alguns dos elementos que celebram o sucesso do coletivo. Abordando o tema Organize Sua Indignação, o festival tem entrada gratuita.

"É uma satisfação a gente fazer dez anos dessa forma, juntando tanta gente massa e com grande espetáculo, um grande evento, um grande Festival, porque o Coletivo Pãe Tinta é um movimento de rua, um movimento de resistência e nós estamos há dez anos usando isso como ferramenta de transformação social. Nós temos visto mudanças significativas na nossa comunidade e em outras periferias que a gente acelera", declarou Pedro Stilo, um dos co-fundadores do Coletivo Pão e Tinta.

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Durante os seis dias de programação, o festival reforçará atividades voltadas para crianças e adultos que vivenciam a cena Hip Hop. "É um impacto bem positivo aqui dentro da comunidade, pois é um evento grandioso como esse dentro da quebrada e que movimenta não só a cena do Hip Hop. Vim a primeira vez para acompanhar o evento e no ano seguinte decidi que iria construir com a galera, porque é o que o é o poder do evento, né? E a galera fica na curiosidade de querer saber como a gente faz de achar tão incrível ao ponto de querer fazer em suas quebradas também e é uma iniciativa que se espalha", contou Thays Medusa, fotógrafa e Coordenadora de Comunicação do evento.

No dia 26 de agosto, a organização do projeto promoveu uma festa para arrecadar fundos. A ação contou com a participação de Luiz Lins, Vixtor, Breggae, Vyvona, Afroh, Nagô MC, Arthur LXS, Malli e Travessal Sul, além da DJ Rosinha, DJ Delira e DJ Floopy. Depois da repercussão positiva da prévia, a direção convocou para o line-up, no Burburinho Recifebar, o som de MC Marechal. Os ingressos estão à venda no Sympla por R$ 60 (inteira), R$ 30 (meia-entrada) e R$ 40 (entrada social), este último é válido com a doação de 1kg de alimento não perecível.

Além disso, as arrecadações de fundos para a realização da festividade estão sendo captadas pelas vendas das camisas oficiais do 10º Festival Internacional de Artes Pão e Tinta, no valor de R$ 70. As compras devem ser feitas através do WhatsApp. Também há possibilidade de fazer doações ao coletivo, basta enviar o PIX, a partir de R$ 5, para a chave paoetinta@gmail.com; quem recebe o valor é a Maria Eduarda Solano, apoio jurídico do coletivo.

"Quanto mais mulher no fronte melhor as construções acontecem. Acredito muito que a visão de uma mulher, ainda mais a que é mãe, é completamente diferente e, inclusive, foi com essa visão mais sensível e de outras manas que são mães sabe no Pão e Tinta, que produzimos programação infantil todos os dias. É incrível pra mim", explicou Maria Helena, produtora do Recital Boca no Trombone e responsável pela coordenação da Comissão Artística e Musical do Festival.

Serviço

10º Festival Internacional de Artes Pão e Tinta

6 a 11 de setembro

Comunidade do Bode, Pina

Entrada gratuita

Bailão no Burburinho

10 de setembro | 21h

Burburinho Recifebar - Rua Vigário Tenório, nº 185, Bairro do Recife

Ingressos:  R$ 60 (inteira), R$ 30 (meia-entrada) e R$ 40 (entrada social)

Pix Day

Doações a partir de R$ 5

Chave: paoetinta@gmail.com

Titular: Maria Eduarda Solano (setor jurídico)

Para derrotar a criatura da noite, ele vai contar com a ajuda de Peter Vincent (Roddy McDowall), apresentador do programa de TV "A Hora do Espanto", mas também caçador de vampiros nas horas vagas.

Nesse episódio do Castanha Pop, Matheus Mascarenhas, Jackson Tavares e Márcio Monteiro analisam a obra e discutem quais motivos transformaram essa produção em um clássico do cinema de horror. Clique no ícone abaixo e ouça.

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Por Matheus Mascarenhas (da Rádio Unama FM).

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Com a proposta de democratizar o teatro e ampliar o acesso da comunidade às artes, o Espaço Cultural Casinha de Brincantes realiza a Mostra Teatral “Tem gente na Casinha”, no bairro do Guamá, periferia de Belém, durante os fins de semana do mês de setembro. O primeiro espetáculo, "Desculpe a obra, estamos em transtorno!", do grupo Nós, os pernaltasfoi apresentado no último sábado (3).

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Com abertura e encerramento na praça Benedito Monteiro, no Guamá, a programação tem classificação para toda a família, e conta com espetáculos interativos que possuem temas que abordam a comicidade, palhaçaria e mágica. Além disso, o Espaço oferecerá oficinas de iniciação teatral para os estudantes da Escola Estadual Zacarias de Assunção. 

O evento terá seis espetáculos de teatro com artistas locais que atuam em diversas linguagens - do teatro de animação à palhaçaria, da contação de histórias ao teatro de rua. Abertura, já realizada, e encerramento, no dia 17, são de graça, como forma de ampliar o acesso do público e chegar a cada vez mais pessoas.

A Casinha de Brincantes tem capacidade para até 30 pessoas, com ingresso no preço de uma passagem de ônibus. Estudantes, professores da rede pública e privada e jovens de baixa renda pagam meia. "O bairro do Guamá foi escolhido porque é o bairro onde a gente mora, onde a gente trabalha e onde o espaço cultural nasce. Nós somos um coletivo de teatro que é a Trupe Teia e a gente atua no bairro há alguns anos, já desde 2019 com ações de teatro, palhaçaria e leitura. E sempre voltado para as ruas e para o bairro”, explicou a diretora de produção da Mostra, Alana Lima.

No sábado (3/9), na noite de abertura, dois espetáculos gratuitos foram apresentados na Praça Benedito Monteiro, no bairro do Guamá: além do espetáculo “Desculpe a obra, estamos em transtorno!", também se apresentou o Grupo Folhas de Papel, que mescla a arte da palhaçaria com apresentações de mágica, no espetáculo “Magya e Mystério”. 

O Espaço Cultural Casinha de Brincantes é um espaço independente, sem fins lucrativos, voltado para a linguagem do teatro e suas possibilidades e nasce com o objetivo de democratizar o acesso ao teatro nas periferias. Localizado no bairro do Guamá, foi inaugurado em fevereiro de 2022 e é sede do grupo idealizador Trupe Teia, coletivo de teatro de rua e palhaçaria atuante desde 2019 e que desenvolve suas pesquisas e ações culturais no Guamá.

Serviço

MOSTRA TEATRAL "TEM GENTE NA CASINHA".

Dias: 03, 09, 10, 16, 17 de setembro.

Sextas e sábados às 19h30.

Local: 03 e 17/09 - Praça Benedito Monteiro -  Tv. Ezeriel Mônico de Matos, 469-591 - Guamá, Belém. Gratuito.

09, 10, 16 - Espaço Cultural Casinha de Brincantes (Pss. São Miguel, número

50-Altos. Guamá). Ingressos a R$ 4,00 Com meia entrada para estudantes, professores da rede pública e privada, jovens baixa renda (mediante apresentação do id jovem).

Programação

09/09

19H30 - ESPETÁCULO "BORBÔ" - Projeto Camapu.

10/09 

19H30 - ESPETÁCULO "LÉRYGOU: Princesa do Pitiú" - Assucena Pereira.

16/09.

19h30 - ESPETÁCULO "POEMAS DE FERNANDO PESSOA PARA CRIANÇAS" - Vandiléia Foro.

17/09

19h30 - ESPETÁCULO "QUEM VAI PAGAR O PATO?" - GEMTE.

Da assessoria do evento.

Dissolvendo barreiras e fazendo transbordar as relações entre território e cultura, começou nessa quinta-feira, 1° de setembro, mais uma edição do festival Transborda - As Linguagens da Cena, realizado nas unidades Santo Amaro e Casa Amarela do Sesc Pernambuco, com ampla programação gratuita e a preços populares.

Partindo dos encontros entre cultura e empreendedorismo, sempre presentes no Transborda, a edição deste ano integra o Hub Criativo PE, iniciativa do Sistema Fecomércio, através do Sesc Pernambuco, e o Sebrae, com o objetivo de promover o desenvolvimento social e econômico de regiões do estado tendo a cultura como fio condutor.

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Parte da programação, a partir do dia 8, também entrará no calendário da Cena Expandida, articulação que objetiva fortalecer o circuito local reunindo festivais de artes cênicas que tradicionalmente ocorrem no segundo semestre.

Em Santo Amaro, a programação tem início já no dia 1° de setembro, com o espetáculo de dança gratuito ‘Cavalo’, às 20h, no Teatro Marco Camarotti. As atividades seguem até o dia 17 deste mês, trabalhando o mote ancestralidade, corpo, território, promovendo uma conversa com a história e os corpos que constroem o bairro de Santo Amaro, onde está situada a unidade.

Já em Casa Amarela, as atividades vão de 5 a 11 de setembro em torno da temática Territórios - Altos e Baixos, conectando o morro e o asfalto com ações que se espraiam pelo Morro da Conceição, na Zona Norte da capital, Praça do Sebo, na região central do Recife, dentre outras localidades.

A programação da unidade se inicia às 15h do dia 5, com a performance pública Água Dura e Concreta, que fará de palco a Praça do Diário e a Rua Nova, ambas situadas no bairro de Santo Antônio, área central do Recife.

Serviço

Transborda - As Linguagens da Cena

Unidade Santo Amaro

Até 17 de setembro

Praça do Campo Santo, s/nº - Santo Amaro, Recife

Entradas: Gratuita | R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada para comerciários e dependentes, estudantes e idosos)

Unidade Casa Amarela

5 a 11 de setembro

Entradas: Gratuita | R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada para comerciários e dependentes, estudantes e idosos)

Av. Norte Miguel Arraes de Alencar, 4490 - Mangabeira, Recife

*Da assessoria

O Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF) está com uma campanha de financiamento para a reforma do Casarão, local que sedia o Centro, no Carmo, em Olinda, há 50 dos 100 anos de fundação. É possível doar valores simbólicos de R$5 ou R$10. As doações podem ser feitas por Pix, cartão de crédito e boleto através deste link

O CCLF surgiu em 1972, na época, com o objetivo da redemocratização do País, como ambiente de luta e resistência para florescer novos tempos em que a diversidade, o respeito aos direitos humanos e as garantias fundamentais fossem garantidos. 

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Atualmente, o Centro atua nas áreas de educação, comunicação, cultura e democratização da gestão pública. Já transformou realidades e colocou no mundo projetos como a incidência no orçamento público, o espaço Criar em Peixinhos, a defesa pelos direitos das meninas quilombolas pelo Fundo Malala, a participação ativa no Fórum Pernambucano e Nacional pelo Direito à Comunicação, além de tantas outras iniciativas. 

O Centro, como patrimônio vivo da história que abriga um movimento político relevante para o País, também vem oferecendo o Casarão para que organizações, coletivos e projetos continuem produzindo cultura, arte e transformação.

Objetivo da arrecadação

O objetivo da arrecadação é “mil reais para cada ano de atuação do CCLF”, sede física composta por três imóveis interligados com oito salas, uma recepção e uma sala multiuso, que comporta cerca de 60 pessoas sentadas. A casa precisa de alguns reparos, e as chuvas vêm contribuindo para isto.

Pela janela do avião, tentei ver Doha de cima e ter uma primeira impressão da cidade que concentra quatro dos oito estádios da Copa do Mundo deste ano (os outros quatro ficam em municípios vizinhos). Imaginei que, conforme nos aproximássemos da aterrissagem, veria o azul claro do mar do Golfo Pérsico e prédios envidraçados modernos, mas não enxerguei nada. Uma espécie de nuvem de poeira e areia cobria totalmente a cidade, e logo o monitor que informava a velocidade e a altitude do avião se tornou mais interessante que tentar ver algo do lado de fora pela janela.

Se a vista rapidamente se tornou desinteressante do alto, o Catar foi, aos poucos, ficando cada vez mais atraente. Viajei pensando se tratar apenas de um país muito rico, graças às abundantes reservas de petróleo, mas que viola os direitos humanos, seja da população LGBT+, das mulheres ou dos trabalhadores imigrantes.

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Tinha também o preconceito de que era um país que tentava ser os Emirados Árabes Unidos, copiando as construções modernas de Dubai e tentando fazer com que o turista que vai do Ocidente para o Oriente (ou o contrário) permaneça ali por um pouco mais de tempo do que algumas horas de conexão no aeroporto, motivado por atrações artificiais. Voltei, entretanto, com vontade de ter passado mais tempo lá, tirado uns dias de folga e ido até o deserto. Se você pretende viajar para assistir a Copa do Mundo em novembro e dezembro, portanto, a primeira dica é ficar mais tempo para conhecer melhor o país.

O Catar despertou minha curiosidade pela sua cultura, tão diferente para uma ocidental, e por misturar 183 nacionalidades em um território um pouco maior que metade de Sergipe, o menor Estado do Brasil. São 2,7 milhões de habitantes. Cataris mesmo são 300 mil. Assim, apesar de o árabe ser o idioma oficial, o inglês é falado por quase todos nas ruas. Uma das vitrines dessa mistura de povos é o supermercado: em alguns, há bandeirinhas de diferentes países para indicar onde encontrar os alimentos típicos para cada nacionalidade.

Me contaram que, para os estrangeiros que vivem ali, é difícil fazer parte da vida social dos locais. Também disseram que seria improvável esbarrar em um deles. Conheci três mulheres cataris que foram muito amáveis. Duas delas, mais velhas, não pararam de conversar comigo e sugerir pratos típicos para eu provar.

Doha me chamou atenção por mesclar o antigo e o tradicional com o contemporâneo e o moderno. O centro da cidade, com o Souq Waqif - um grande labirinto onde se vende desde as roupas típicas até passarinhos e galinhas -, contrasta com a luxuosa ilha artificial The Pearl, com prédios modernos que você possivelmente já viu em fotografias. Em qualquer uma dessas regiões, porém, é certo que você vai ouvir, algumas vezes por dia, o bonito som das mesquitas convocando os fiéis para a reza, o chamado "azam".

O islamismo, como era de se esperar, está por toda a parte. Na gaveta do hotel, por exemplo, há uma edição guardada não só do Alcorão, mas também um tapete para o visitante se ajoelhar a fim de rezar. No teto, uma marcação indica o lado em que fica Meca, para onde o fiel deve se curvar. No café da manhã, a linguiça é de frango ou carne bovina, jamais de porco. E aonde você for, seja na estação de metrô, em um shopping ou em um estádio de futebol, você vai encontrar uma sala para orações.

Shoppings são um dos grandes atrativos do país, e passeios neles, atividades frequentes dos cataris, sobretudo quando a temperatura na rua se aproxima dos 50ºC. Por isso também que a Copa foi mudada de data: por causa do calor do meio do ano. Praticamente todas as marcas europeias e americanas (de luxo ou não) estão nesses centros de compras. As francesas Galeries Lafayettes (loja de departamentos) e Ladurée (que vende doces), por exemplo, estão lá.

Nos shoppings, você também verá um grande número de pessoas vestidas com trajes típicos de países árabes: mulheres com abaya (vestido preto longo) e niqab (espécie de lenço que só deixa os olhos de fora) e homens com kandura (veste branca e longa). Nos restaurantes, mulheres levantam o niqab para levar o talher à boca, causando estranhamento aos ocidentais.

O cumprimento entre homens, que encostam os narizes ou apertam as mãos com força, um olhando no olho do outro e as soltam de um jeito rápido e brusco, também chama a atenção. Homens andando de mãos dadas, aliás, é algo comum e um sinal de respeito e amizade entre eles.

As vestes tradicionais também são vistas nas praias. Apesar de os homens usarem bermudas, as mulheres vestem burkinis, shorts até o joelho e camisetas sem decotes, cobrindo pelo menos os ombros, ou a própria abaya. Para nós, ocidentais, a impressão é de total repressão às mulheres. Mas tentei sempre me lembrar que parte delas usa as vestes tradicionais por opção própria, como me falaram as cataris com quem conversei.

As praias, aliás, mesmo as públicas, cobram ingresso (ao redor de R$ 15 em Catara, por exemplo, um vilarejo de Doha). Nas privadas, que ficam em hotéis internacionais opulentos, a entrada se aproxima de R$ 500 por dia. Ali, porém, é possível usar biquíni e sunga e, o mais importante, se refrescar nas piscinas. Isso porque, ao menos no verão, a água do mar é tão quente que chega a ser bastante desagradável. Não é de se estranhar que as piscinas recebam um número muito maior de pessoas.

Em novembro e dezembro, quando o país será sede do Mundial, é provável que o mar esteja mais refrescante, refletindo as temperaturas do inverno catari. No verão, no entanto, os termômetros marcam um número que eu não acreditava ser possível ver. Quando a reportagem esteve em Doha, em julho, houve um dia em que a máxima prevista era de 50ºC - chegou a 48ºC. Já no fim do ano, durante o dia, a temperatura deve ficar ao redor dos 25ºC, podendo cair para 15ºC à noite.

Foram as altas temperaturas do verão - 42ºC podem ser registrados às 8h da manhã - que empurraram a Copa para o fim do ano (começa dia 20 de novembro). Apesar de quase todos os estádios terem sistema de refrigeração e poderem receber jogos mesmo no verão, a vida no Catar fica mais restrita nos meses quentes. As ruas se esvaziam de dia, quando todos estão em locais com ar condicionado. E sair do hotel depois das 10h significa ficar com a boca seca, sentir o calor do asfalto queimando o pé se a sandália tiver um solado mais fino e desistir de caminhar após percorrer duas quadras.

Em uma das noites mais quentes em que o Estadão esteve no país da Copa, até as ruas de um bairro repleto de restaurantes luxuosos estavam com baixo movimento. Um garçom disse que isso se devia ao calor extremo.

Além das altas temperaturas, nuvens de pó e areia, como a vista quando, no avião, ainda me aproximava de Doha, também marcam o verão no Catar. Assim, é sempre difícil enxergar prédios no horizonte, por exemplo. É como se as vistas fossem cobertas por um filtro sépia usado em fotografias, aquele que as fazem parecer mais envelhecidas.

Se, com todos esses poréns do verão catari, ainda assim gostei de conhecer Doha, o torcedor que viajar no fim do ano provavelmente terá uma experiência melhor nesse país tão diferente para os ocidentais, sobretudo se for alguém que se interessa por culturas distantes da nossa.

Com certeza, ficará impressionado com a infraestrutura do país, boa parte dela montada exclusivamente para o Mundial. Os estádios, com uma exceção, foram todos construídos para o evento. São luxuosos, confortáveis e bonitos. Os hotéis, os shoppings, o metrô e regiões como Msheireb, The Pearl, Catara e West Bay são suntuosos e refletem a riqueza do Catar, que, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), tem o quinto maior PIB per capita do mundo. O campeonato deve ainda ser único, com todos os estádios uns próximos dos outros.

"Será um grande evento para os fãs de futebol. As pessoas não terão de viajar para ver os jogos. E o país está diante de uma oportunidade de se construir como nação. Muita gente não sabe onde o Catar fica e essa é a oportunidade de eles trazerem o foco para eles", me disse um ex-dirigente da Fifa.

De fato, o país não quer perder essa chance. Em dez anos, foram investidos ao redor de US$ 200 bilhões em projetos de infraestrutura para o Catar realizar a Copa, segundo a consultoria Deloitte. O montante inclui aeroporto, metrô, bairros e cidades inteiras. Em 2014 no Brasil, foram R$ 25,5 bilhões aplicados em obras de mobilidade, estádios e aeroportos, de acordo com o Tribunal de Contas da União.

Taylor Jenkins Reid, aos 38 anos de idade, se tornou um fenômeno na cultura pop. A escritora norte-americana não sai das listas de best-sellers. Dos oito livros que publicou, quatro irão ganhar adaptações para a televisão e para o cinema - este já em produção. E o romance mais recente é “Carrie Soto Está De Volta”, lançado nesta terça-feira (30), nos Estados Unidos. 

O livro chega às lojas brasileiras no dia 6 de setembro. A história retrata a trajetória da tenista Carrie Soto,  que se aposentou no auge com a tranquilidade de ter atingido um recorde imbatível: foram 20 títulos Grand Slam conquistados ao longo de sua carreira. Entre os principais livros da autora estão “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo”, “Daisy Jones & The Six” e “Malibu Renasce”.

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Além do sucesso de vendas, a escritora conquistou as redes sociais.  Os livros são constantemente recomendados no Tik Tok e fãs criam vídeos e conteúdos inspirados nas personagens das histórias. A hashtag # SevenHusBandsOfEvelynHugo, sobre em “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo”, soma mais de 50 milhões de visualizações na rede social. Este é um dos romances mais populares da autora e será adaptado para um filme pela Netflix. 

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Com influências indígena, africana e europeia, o carimbó é uma dança típica do nordeste paraense, originada no século XVII com agricultores locais. A mesa de conversa “Das águas doces às salgadas: ancestralidades de carimbós”, presente na 25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, abordará os diversos assuntos envolvendo a dança, contando com a presença de grandes nomes do meio: Chico Malta, mestre Griô de tradição oral e do carimbó do Oeste do Pará; Mestre Damasceno, criador do búfalo-bumbá, cantador de carimbó e mestre da cultura popular do Marajó; e Mestra Bigica, fundadora e vocalista do primeiro grupo de carimbó paraense protagonizado por mulheres, o Sereias do Mar.

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O nome do carimbó tem uma variante, o curimbó, e é de origem tupi; “curi” significa pau e “m’bó”, furado. No português, a união dos termos quer dizer “pau que produz som”, referindo-se ao instrumento musical indígena (curimbó). A herança africana está presente no rebolado da dança e no batuque do banjo, enquanto a europeia encontra-se na formação de casais (referência portuguesa) e na presença de flauta, saxofone e clarinete.

Na dança, as mulheres utilizam acessórios no cabelo – flores, especialmente –, pescoço e pulsos, além de saias coloridas e volumosas; já os homens, responsáveis por iniciar a coreografia e convidar as mulheres, vestem-se com calças brancas que, geralmente, estão com a bainha enrolada – costume deixado pelos ancestrais africanos.

Devido à grande popularização, em 2014 a dança foi declarada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Em 2015, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN concedeu ao carimbó o título de Patrimônio Cultural do Brasil; 3 de novembro é declarado como o Dia Estadual do Carimbó.

O mestre em Antropologia Social e técnico em Antropologia na Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Pará (IPHAN-PA) Cyro Lins, mediador da mesa, afirma que o reconhecimento dessa expressão cultural pelo Estado brasileiro é importante para o símbolo e para a formação identitária. Junto com esse reconhecimento, diz, vem, também, a obrigação de apoiá-la e fomentá-la.

“O carimbó é uma referência cultural paraense e nacional, em diversos aspectos. É uma referência para os grupos e comunidades que o produzem (compõem, dançam, cantam, tocam), é uma referência da identidade paraense: pede pra um/uma paraense falar de sua cultura, muito dificilmente o carimbó vai ficar de fora”, declara.

Cyro destaca que se sente muito à vontade no universo do carimbó, considerando sua história com o coco de roda – dança de roda e ritmo nordestino – e que é incrível perceber o trabalho realizado para manter as tradições culturais.

Quanto à mesa que estará mediando na Feira do Livro, Cyro ressalta a honra que é a oportunidade de dialogar com mestres e mestras referências da cultura popular paraense. “É realmente muito emocionante estar junto dessas pessoas. Durante muito tempo, nós tomávamos conhecimento dessas pessoas através de terceiros – pesquisadores, folcloristas (que também cumpriram um papel importante) –, mas nada como poder beber diretamente na fonte”, conclui.

Mestre Damasceno, figura importante do carimbó, diz que desde a infância a música esteve presente na sua vida e que, ouvindo outros, se sentiu incentivado. O mestre relembra que sua descendência afro-indígena teve influência na paixão pela dança e que seu pai já cantava o ritmo.

“O carimbó é um ritmo gostoso e que fala na nossa cultura popular. A cultura vem da plantas, das lendas, da nossa alimentação e é o que nós cantamos no carimbó. Estamos cantando o quê? A nossa região, a nossa cultura popular”, afirma.

O cantador de carimbó acredita que o momento na Feira do Livro será de muito sucesso e enriquecedor para a cultura e para os que estarão presentes.

Serviço

25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes.

Mesa de conversa “Das águas doces às salgadas: ancestralidades de carimbós”.

31 de agosto (quinta-feira), às 17h30.

Hangar Centro de Convenções & Feiras da Amazônia (Av. Doutor Freitas, s/n - Marco, Belém /PA).

Por Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A 25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes será aberta neste sábado (27), a partir das 9 horas, com uma programação diversa, gratuita e para todos os públicos. A programação vai até o dia 4 de setembro. De volta ao Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, a edição deste ano homenageia o escritor e jornalista Edyr Augusto Proença e a cantora e compositora Dona Onete.

Além dos homenageados, dos livros e literatos, a Feira contempla todas as vozes de pessoas que contribuem de alguma forma para a cultura paraense e que têm conhecimentos a serem compartilhados, como explica o artista e secretário adjunto da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) Júnior Soares. Ele destaca a importância da Feira para a política pública do Estado, por ela movimentar a cadeia produtiva do livro e da leitura e realizar a circulação de recursos públicos em meios culturais.

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Para Júnior Soares, as homenagens dessa edição são a clara representação do que é o evento atualmente: um escritor de literatura vasta e uma mulher que está no campo das multivozes levando o Pará para o resto do mundo. A Feira foi dividida por vozes temáticas para cada dia da programação, como vozes da inclusão, cultura popular, infância, urbanas, da Amazônia, entre outros, trazendo pessoas que colaboram para cada área.

Júnior Soares ressalta que vão ter apresentações musicais durante a programação, na Arena Externa. Fafá de Belém, Viviane Batidão, Amazônia Jazz Band e convidados e  Banda Sayonara estão entre os artistas convidados. Há também a Arena das Artes, onde serão feitas apresentações de teatro e dança.

Em quase todos os dias do evento, há o Projeto Escola – Seduc. Júnior Soares explica que nesses momentos são mostrados os resultados dos processos vividos pelos alunos nas escolas. “Nada mais é do que um projeto dos professores das escolas que fazem produtos culturais para apresentar na Feira”, diz.

O Hangar foi revitalizado e todos os espaços serão ocupados para a realização dessa edição. No Hangar 1, haverá estandes voltados para a literatura universal e mais adulta; já no Hangar 2, perto da praça de alimentação, vão ter estandes para a literatura infantojuvenil, onde também se concentra o atendimento a crianças.

Júnior Soares afirma que tudo está sendo bem pensado e organizado. Ele reforça que a Feira é inclusiva, tendo uma programação com intercessão de libras, audiodescrição, e acesso a todas as pessoas com dificuldade de locomoção.

Uma entrada, pela avenida Doutor Freitas, leva ao estande de acessibilidade e pessoas com deficiência poderão ser auxiliadas em uma visita guiada. Júnior Soares conclui: “Vale a pena conhecer para quem não conhece, vale a pena visitar e ir viver esse novo momento da nossa existência como humanos e da cultura da nossa terra”.

Veja a programação completa no site:

https://feiradolivroedasmultivozes.com.br/programacao

Por Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Na próxima sexta-feira (26), no Recife, o Circo do Terror promete deixar os apaixonados por histórias assustadoras para lá de agitados. O espetáculo de estreia vai reunir personagens apavorantes em momentos de interação com o público. A produção mexicana da empresa Suarez Entreteniment conta com uma megaestrutura de 5 mil metros quadrados, instalada no estacionamento do Centro Universo, na Imbiribeira.

"Queremos fazer uma viagem pelo subconsciente do público relembrando velhos filmes de terror que marcaram a história do cinema como O Exorcista, O Chamado, Jogos Mortais, O Massacre da Serra Elétrica, entre outros", detalha o diretor Ivan Suarez.

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Além de toda arte cênica, o projeto também oferece um after party com DJs em uma tenda eletrônica, com drinks e chopp. Os ingressos estão à venda no site Sympla e na bilheteria do circo.

Serviço

Circo do Terror

De terça a sexta-feira, às 20h30; sábados, domingos e feriados, às 18h e 20h30

Estacionamento do Centro Universo Recife -  Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 2169, Imbiribeira

Ingressos: Setor Cova R$ 50 / Setor Cemitério R$ 70 / Setor Crematório R$ 90 / Setor Velório R$ 120,00

Como celebração dos seus 125 anos de existência, o Caboclinho Carijós do Recife, promoverá, entre os dias 23 e 26 de agosto, uma grande circulação por escolas da Rede Estadual de Ensino das quatro macrorregiões do estado (Metropolitana, Mata, Agreste e Sertão).

Intitulado de Passos do Caboclinho Carijós, a aula-espetáculo objetiva promover ao público um contato direto com uma das riquezas da diversidade cultural de Pernambuco. Em cada aula-espetáculo, o grupo irá promover explanações dos elementos que compõem a manifestação cultural, a exemplo dos principais personagens, trajes, dança e musicalidade, além da interação com o público. Trata-se de uma verdadeira salvaguarda dessa manifestação cultural, que conta com cerca de 150 integrantes.

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Nas das cidades visitadas, o projeto irá promover ainda um intercâmbio artístico com a participação de um grupo da cultura popular da região. Nesta circulação, a integração vai acontecer com o Maracatu de Baque Virado Nação Encanto da Alegria, no Recife; o Clube de Bichos Pirilampos Produções e Entretenimentos, em Vitória de Santo Antão; os Caiporas, em Pesqueira; e, o Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, em Serra Talhada.

O projeto Passos do Caboclinho Carijós acontece por meio de incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco, com produção geral da Usina Produções.

Confira a programação

Casa da Cultura Luiz Gonzaga / Recife

Com alunos da Escola Estadual Cônego Rochael de Medeiros

Intercâmbio: Maracatu de Baque Virado Nação Encanto da Alegria

Terça, 23 de agosto de 2022 - 16h

EREM Professora Amélia Coelho / Vitória de Santo Antão

Intercâmbio: Clube de Bichos - Pirilampos Produções e Entretenimentos

Quarta, 24 de agosto de 2022 - 10h

EREM José de Almeida Maciel / Pesqueira

Intercâmbio: Bloco Carnavalesco e Cultural Caiporas de Pesqueira

Quinta, 25 de agosto de 2022 – 10h

EREM Methódio Godoy Lima / Serra Talhada

Intercâmbio: Grupo de Xaxado Cabras de Lampião

sexta, 26 de agosto de 2022 - 10h

*Da assessoria

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e Fundarpe, divulga o resultado da seleção do concurso anual de Registro de Patrimônios Vivos de Pernambuco (RPV-PE). Foram escolhidos mais dez mestres, mestras e grupos. Assim, o Estado passa a ter 85 Patrimônios Vivos registrados, de diferentes regiões do estado.

A eleição ocorreu na manhã desta sexta-feira (12), em reunião presencial do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC-PE), na Academia Pernambucana de Letras. Os dez novos eleitos participaram do certame que contou com 81 candidaturas inscritas.

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Os novos Patrimônios Vivos de Pernambuco são: Mãe Dora (parteira e liderança religiosa, de Tacaratu); Samba de Véio da Ilha de Massangano (segmento de cultura popular, coco de roda, de Petrolina); Tata Raminho de Oxossi (mestre de cultura popular e tradicional, babalorixá, de Olinda); Banda de Pífano Folclore Verde (segmento de cultura Popular, banda de pífanos, de Garanhuns); Cavalo Marinho Boi Pintado (segmento de cultura popular, de Aliança); Mestre Calú (segmento de cultura popular e tradicional, mamulengueiro, de Vicência); Mágico Alakazan (segmento de circo, de Palmares), Associação Grupo Cultural Heroínas de Tejucupapo (teatro ao ar livre e apresentações culturais, artes cênicas, de Goiana); Cambinda Velha (espetáculo performático musical de matriz afroindígena, religião de matriz afro-brasileiras); e Leonardo Dantas Silva (jornalista e escritor, do Recife).

Na reunião, na qual foram eleitos os dez novos Patrimônios Vivos, o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural fez a leitura dos critérios e diretrizes que foram norteadores para a difícil missão da avaliação das candidaturas e escolha dos contemplados.

Entre os pontos construídos pelo próprio CEPPC-PE, foi orientado que se percebesse: o risco de desaparecimento de determinadas linguagens; os segmentos que não tenham sido contemplados; a priorização das interseccionalidades (gênero, risco social, etnia/raça); os que têm pouca visibilidade e acessam menos os editais; a vulnerabilidade social; a relevância do grupo ou pessoa; a regionalização através da representatividade dos municípios; a oportunidade para que pessoas e grupos que não acessam editais de fomento e têm dificuldade na manutenção de suas prática; a relevância do trabalho em prol da cultura, a idade do candidato ou antiguidade do grupo, a avaliação da situação de carência social do candidato, entre outras.

"Pernambuco tem muita história, representantes de tradições, de etnias e grupos étnicos diversos, fazedores e fazedoras de saberes ancestrais, ligados às matrizes africanas e indígenas sobretudo, e nós aqui portanto ficamos diante de um desafio imenso de reconhecê-los e salvaguardá-los", pontuou o secretário de Cultura de Pernambuco, Oscar Barreto.

Oscar completou: "É com muito respeito que participamos desse processo democrático de avaliação e de validação do voto de cada conselheiro que hoje aqui fez suas escolhas. Ficamos muito satisfeitos com o resultado que tivemos".

"Este ano o processo de deliberação de registro do Patrimônio Vivo pelo Conselho de Preservação acontece de forma ainda mais democrática, transparente e aberta, de modo que toda a sociedade tenha acesso aos votos dos conselheiros e conselheiras", disse Cássio Raniere, vice-presidente da Conselho de Preservação.

Da assessoria

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