Em 2013, 65% das pessoas com 18 anos ou mais de idade, ou 4,6 milhões de pernambucanos, avaliaram a sua saúde bucal como boa ou muito boa. O percentual é quase idêntico ao do Recife: 65,9%. Em Pernambuco, das 3,1 milhão de pessoas que procuraram por atendimento dentário ao longo de 2019, aproximadamente 2 milhões, ou 64,4%, frequentou consultório particular, clínica privada, hospital ou ambulatório privado. As Unidades Básicas de Saúde foram responsáveis por 26,4% dos atendimentos.
Entre os pernambucanos adultos, 9,5% haviam perdido todos os dentes, o que corresponde a 678 mil pessoas, sendo esse percentual maior entre as mulheres (11,4%) do que entre os homens (7,3%). A situação atinge um terço (33,4%) dos idosos do estado e 19,1% das pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto com mais de 18 anos. No Recife, a porcentagem de pessoas que perderam todos os dentes foi inferior, chegando a 4,5% da população, abaixo da média brasileira, de 8,9%. O uso de prótese dentária foi registrado por 27,7% da população masculina com 18 anos ou mais de idade, e por 38,8% das mulheres. Considerados os dois sexos, a média pernambucana é de 33,9%.
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O quarto volume da PNS também pesquisou os hábitos de higiene bucal dos pernambucanos, dos quais 91,7% escovam os dentes ao menos duas vezes ao dia. O percentual sobre para 94,3% no Recife. No entanto, a proporção de habitantes do estado que trocam de escova de dentes em até três meses, período recomendado pelos dentistas, cai a 49,9%. A taxa de pessoas que usavam, além da escova de dente, pasta de dente e fio dental é menor ainda: 47,5%.
Hipertensão e problemas de coluna são as doenças crônicas não-transmissíveis mais comuns em Pernambuco
Segundo a PNS, a doença crônica não-transmissível mais comum é a hipertensão arterial, que atinge 23,4% dos habitantes do estado, o que equivale a 1,6 milhão de pessoas. Mais mulheres (27,5%) sofrem com esse mal do que os homens (18,4%). Essa prevalência cresce com a idade, indo de 2,7% no grupo de 18 a 29 anos até 59,8% no grupo com 75 anos ou mais. No Recife, 25,7% dos adultos têm pressão alta.
Do total de hipertensos, 71% afirmaram ter recebido assistência médica nos 12 meses anteriores ao período de referência da pesquisa, com maior proporção entre as mulheres (73,5%) em comparação aos homens (66,3%). Das pessoas diagnosticadas com hipertensão em Pernambuco, 15,4% foram internadas por conta da hipertensão ou por alguma complicação decorrente da doença.
As doenças cardiovasculares são as que mais matam no Brasil e, em Pernambuco, 4,1% da população foi diagnosticada com alguma enfermidade no coração. O diagnóstico de AVC, por sua vez, foi recebido por 2% dos pernambucanos, mesmo número da média nacional. Já o colesterol alto foi detectado em 906 mil pernambucanos de 18 anos ou mais. A proporção entre as mulheres (16,6%) foi quase o dobro da registrada entre os homens (8,6%) e também foi mais alta nas faixas de maior idade: 31% das pessoas de 60 a 64 anos de idade e 29,7% entre as pessoas de 75 anos ou mais.
Cerca de 1,2 milhão dos pernambucanos de 18 anos ou mais de idade, o que equivale a 17,2% da população do estado, tinham problema crônico de coluna em Pernambuco, o segundo maior índice entre as doenças persistentes, atrás apenas da hipertensão arterial. Entre outros problemas nos ossos, ligamentos, nervos e articulações pesquisados pela PNS, 5,9% dos pernambucanos sofriam de artrite e 1,4% eram acometidos de Distúrbio Osteomolecular Relacionado ao Trabalho (DORT).
Em 2019, 500 mil pessoas com 18 anos ou mais, ou 7,1% dos adultos, receberam diagnóstico de diabetes, e a maior incidência era entre as mulheres, com 8,1% contra 5,7% dos homens. Nos grupos de idade, o percentual variou de 0,2% para aqueles de 18 a 29 anos até 22,3% para o grupo com 65 a 74 anos, no qual houve a maior proporção da doença. Entre os diabéticos, 76,7% receberam assistência médica para controlar esse problema de saúde.
A incidência de depressão e outras doenças mentais entre os pernambucanos também foi investigada pela PNS. Segundo a pesquisa, 6,8% dos habitantes adultos do estado foram diagnosticados com depressão, cuja prevalência foi mais de quatro vezes maior entre mulheres (10,2%) do que entre os homens (2,5%). A faixa etária de 60 a 64 anos é a mais atingida pelo mal, com índices que chegam a 9,9%. A doença também acomete 10,2% dos recifenses acima de 18 anos.
Entre as pessoas cuja depressão foi identificada por um profissional de saúde, 55,5% receberam assistência médica, 54,9% usavam medicamentos e 17,8% faziam psicoterapia. Por sua vez, 5,5% da população do estado foi diagnosticada com outra doença mental, como esquizofrenia, transtorno bipolar, psicose ou TOC.
Ainda de acordo com a PNS 2019, 333 mil pessoas, ou 4,7% da população de 18 anos ou mais de idade em Pernambuco, foram diagnosticadas com asma ou bronquite asmática. Do total de pessoas com esse diagnóstico, 42,8% tiveram alguma crise da doença nos 12 meses anteriores à pesquisa.
De acordo com a PNS, 1,6% dos pernambucanos, ou 111 mil pessoas, já teve algum diagnóstico médico de câncer na vida, com maior incidência entre as pessoas de 70 anos ou mais (9,1%) e quem tinha superior completo (2,9%). A porcentagem de pernambucanos com insuficiência renal crônica era a mesma da observada entre quem teve câncer (1,6%).
Pernambuco e Recife têm mais pessoas com sintomas de angina que a média nacional
A prevalência de pessoas com angina foi outro tema investigado pela PNS 2019. A angina pode ocorrer no grau 1 (dor ou desconforto no peito ao subir ladeiras, um lance de escadas ou ao caminhar rápido no plano) ou no grau 2 (dor ou desconforto no peito ao caminhar em lugar plano em velocidade normal).
Em Pernambuco, a incidência de angina no grau 1 foi de 11,3%, o quinto percentual mais baixo do país. A situação muda quando se considera o grau 2: o resultado do estado foi de 5%, o oitavo mais alto do país, empatado com Santa Catarina, e acima da média nacional, de 4,5%. O Recife registrou 11,2% da população maior de 18 anos com angina no grau 1; no grau 2, alcançou, com 4,9% o maior percentual entre as capitais nordestinas e o sexto maior índice do país.
*Do IBGE.