Tópicos | denúncia

Denúncias mostram que as réplicas dos mascotes oficiais das Olimpíadas de Londres, eram produzidas através do trabalho escravo em fábricas na China.  Segundo informações do jornal ingês The Guardian, os operários trabalhavam acima das horas permitidas e ganhavam muito pouco.

Os bonecos, de 25cm, são produzidos para o Comitê Organizador de Londres (Locog). Os trabalhadores recebiam cerca de R$ 19 por dia de trabalho, e davam horas extras três vezes acima do permitido pela legislação local. Todos os dados estavam no relatório do grupo ativista chinês que luta pelos direitos humanos, o Students and Scholars Against Corporate Misbehaviour (Sacom).

##RECOMENDA##

Além das excessivas horas de trabalho e da má remuneração, em uma das fábricas investigadas, a Xinda, os funcionários afirmaram ter que comprar os próprios equipamentos de segurança. Já na fabrica Shiwei, que fica na cidade de Shenzhen, cinco minutos de atraso equivale ao desconto de metade do pagamento do dia.

No final do relatório, o grupo pediu que o Comitê Olímpico Internacional (COI) observasse melhor o processo de produção do material de publicidade produzido para eventos como os Jogos Olímpicos, que incluem os mascotes. Acrescentou ainda que o conceito de sustentabilidade adotado pelo órgão era descompromissado e precisava ser revisto.

O comitê divulgou um comunicado em que dizia que “prioriza o respeito às questões ambientais, sociais e éticas para proteger bens e serviços, e que as condições de ambas as fábricas citadas no relatório foram revistas, por meio de uma auditoria independente”. A entidade informou ainda que as questões levantadas pelo relatório não foram confirmadas na fábrica Xinda. Sobre a Shiwei, o COI informou que foi feita uma revisão completa no sistema de gestão ético comercial da empresa, que está totalmente empenhada em implantar todas as recomendações de revisão em suas fábricas.

Dois médicos do município de Jales, no interior de São Paulo, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) após cobrarem por consultas e cirurgias custeadas pelo Serviço Único de Saúde (SUS). A denúncia está tramitando na 1ª Vara de Jales desde 6 de julho, data da acusação, e até esta quarta-feira não houve nenhuma decisão do caso.

Segundo investigações do MPF de Jales, os médicos Emerson Algério de Toledo e Dalton Melo Andrade devem responder pelos crimes de concussão, estelionato, falsidade ideológica e aborto provocado por terceiro, sem consentimento da gestante. Segundo o órgão, ao menos dois bebês nasceram mortos porque os profissionais cobraram pelo serviço de parto custeado pelo SUS e as pacientes, sem condições de pagar pela cirurgia, tiveram os partos atrasados e sofreram os danos da atitude ilícita.

##RECOMENDA##

Em 2005, informa o ministério, Andrade exigiu o pagamento de R$ 600 para realizar um parto cesariano na Santa Casa de Urânia. Sem condições de pagar o valor cobrado, a gestante seguiu o conselho de Andrade de que deveria aguardar pelo parto natural. Após uma semana de espera, seguida da omissão de atendimento tanto de Andrade quanto de Toledo, os dois médicos denunciados, o bebê nasceu morto, informou o Ministério.

Um segundo caso, ocorrido em 2009, foi registrado pelo MPF. Desta vez, após acompanhar todo o pré-natal de uma paciente, Emerson Algério de Toledo exigiu o pagamento de R$1 mil para a realização da cesariana na Santa Casa de Misericórdia de Estrela D'Oeste. Como também não tinha recursos para o pagamento, a gestante ouviu do médico que deveria "esperar a hora da criança nascer".

O ministério pediu à Justiça Federal, no último dia 6 de julho, a prisão preventiva dos dois acusados e, caso isso seja negado, o afastamento de suas funções públicas.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou hoje um grupo senadores paraguaios de terem pedido propina para aprovar a entrada da Venezuela no Mercosul.

"Um grupo desses senadores do Paraguai, desses que deram o golpe, estavam nos pedindo dinheiro (...) para permitir nossa entrada no Mercosul", denunciou o líder venezuelano em discurso na Assembleia Nacional transmitido em rede de rádio e televisão.

##RECOMENDA##

Chávez afirmou que seu governo recusou-se a pagar o suborno e qualificou os senadores paraguaios como "verdadeiros mafiosos". Ainda segundo ele, diplomatas brasileiros e argentinos foram testemunhas de tentativas de extorsão sofridas pela Venezuela.

Antes de ser suspenso, o Paraguai era o único membro pleno do Mercosul que ainda não havia aprovado a entrada da Venezuela no bloco. Após a suspensão do Paraguai, os governos de Brasil, Argentina e Uruguai informaram que a Venezuela seria formalmente integrada ao Mercosul no fim de julho.

No pronunciamento de hoje, Chávez anunciou a retirada dos adidos militares da Embaixada da Venezuela em Assunção e denunciou ainda que funcionários da missão diplomática de seu país receberam ameaças de morte.

Chávez aproveitou o discurso para defender seu ministro de Relações Exteriores, Nicolás Maduro, acusado pelo Paraguai de tentar interferir em "assuntos internos".

O presidente venezuelano negou que seu chanceler tenha buscado incitar o alto mando militar paraguaio a reverter a deposição de Fernando Lugo pelo Congresso e afirmou que a acusação foi feita "fora de contexto", uma vez que Maduro reuniu-se com generais paraguaios acompanhado de seus homólogos da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) "em cumprimento de uma missão" do bloco. As informações são da Associated Press.

A segunda fase do vestibular da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, que estava previsto para acontecer neste final de semana foi cancelada na manhã deste domingo (24). O motivo da anulação foi o vazamento de questões da primeira e segunda fases do vestibular. 

A denúncia ao Ministério Público (MP) foi feita por um colégio preparatório de Uberlândia, quando perceberam que um dos quesitos da prova já havia sido perguntado em sala por uma das alunas que tinha se matriculado no curso por apenas 45 dias. A Polícia Federal (PF) junto a UFU investigaram o caso e foi comprovado a fraude. As pessoas envolvidas estão sendo ouvidas pela PF e para não prejudicar as apurações, os nomes não podem ser divulgados.

##RECOMENDA##

A UFU divulgou uma nota informando que as novas datas vão ser definidas nos próximos dias. Os inscritos nesta etapa não precisam se preocupar porque o novo edital garante a inscrição deles, sem valores a mais.

O tradicional Colégio Liceu de Artes e Ofícios do Recife já não é mais o mesmo de épocas passadas. Considerado uma instituição de ensino de destaque em Pernambuco, que primava pela qualidade educacional, hoje o colégio possui alguns grandes problemas.

Alunos do ensino médio do estabelecimento, juntamente com uma mãe de um deles, denunciaram ao Portal LeiaJá que desde março deste ano os estudantes não têm aula de química. Hoje o Liceu funciona no antigo Colégio Nóbrega, na rua do Príncipe, no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

##RECOMENDA##

De acordo com Simone Cavalcanti, mãe da aluna Valeska Cavalcanti (foto à esquerda), do segundo ano do ensino médio, a troca de professores é frequente no Liceu, o que prejudica a adaptação dos alunos às aulas e aos educadores. “Era uma escola modelo e eu passei dois anos para colocar a minha filha lá. Agora, os alunos reclamam muito da troca de professores e algumas matérias passaram um bom tempo sem ter ninguém à frente. Até hoje a turma da minha filha não teve prova de química”, reclama a mãe.

Os alunos criticam que desde o mês de março deste ano eles estão sem aula dessa disciplina. “A direção falou que a professora estava com dengue. Já se passaram três meses e não colocaram ninguém na vaga”, conta Valeska.

Outra aluna que reclama da falta de aulas de química é Ana Luiza, também do segundo ano. “Eu não entendo nada de química e não sei como vou fazer o vestibular. Acho que vou ter que arriscar as respostas”, comenta a aluna. De acordo com outros estudantes, no início do ano, outras matérias também estavam sem professor e o problema só foi resolvido há pouco tempo.

A assessoria de comunicação da Secretaria de Educação de Pernambuco (SE) informou a nossa reportagem que já está ciente do assunto e que as providências já estão sendo tomadas. “A gestão da Escola Liceu de Artes e Ofícios informa ter solucionado a carência de professores de física e química que pediram afastamento por questões pessoais e desfalcavam a unidade. Hoje a unidade escolar tem o quadro de professores novamente completo. A única pendência é a disciplina de química, pois a professora contratada hospitalizou-se, mas retornará às atividades em alguns dias. Em relação às aulas perdidas, a gestão da escola informa que serão repostas seguindo um planejamento que deverá incluir alguns horários do contra-turno e finais de semana, para evitar prejuízos pedagógicos para os estudantes”, informou a assessoria.

De acordo com a assessoria da SE, no ano de 2011 o governo do estado ficou responsável pela administração do Liceu. Antes, a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) era que geria o colégio. Segundo Simone, a mãe de Valeska, essa mudança foi a causadora dos problemas. “Quando a Unicap cuidava do Liceu era tudo mais organizado”, pontua.

[@#video#@]

Ao comentar as denúncias feitas neste final de semana pelo ex-chefe do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que tem "ojeriza" a esse tipo de denuncismo. "Há um certo tempo eu tenho uma ojeriza a este denuncismo sem provas. Falam, falam e não provam nada", disse o ex-presidente nesta segunda-feira, em São Bernardo do Campo. Na sua avaliação, a entrevista que Pagot concedeu à revista IstoÉ, com denúncias contra petistas e também a tucanos "diz e ao mesmo tempo não diz nada".

O comentário de Lula segue a mesma linha de sua resposta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que o acusou de querer interferir no julgamento do processo do mensalão em troca de uma suposta blindagem a ele na CPI do Cachoeira. Na semana passada, em entrevista ao programa do Ratinho, no SBT, Lula disse que quem conta uma história deve prová-la. Nesta segunda-feira Lula voltou a dizer que ao denunciar um fato, o denunciante tem a obrigação de ter provas que confirmem sua tese. "Acho que essas coisas todas que se falam tem de provar", ressaltou.

##RECOMENDA##

Vacina - Lula esteve em São Bernardo do Campo para tomar vacina contra a gripe, ao lado da ex-primeira dama Marisa Letícia, e acompanhado do prefeito da cidade, Luiz Marinho. O ex-presidente fez um apelo para que gestantes e maiores de 60 anos participem da campanha de vacinação. "As pessoas que estão em casa coçando, por favor, levante do sofá e venha à UBS (Unidade Básica de Saúde) tomar a vacina", convocou, bem-humorado.

O ex-presidente afirmou que toma a vacina contra gripe todos os anos, há cinco anos, e nunca mais pegou a doença. "Nunca mais tive gripe", emendou o ex-presidente, que se recupera de um tratamento contra um câncer na laringe.

Após tomar a vacina, Lula conheceu a nova unidade do bairro de Rudge Ramos e aproveitou para visitar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) inaugurada recentemente pela prefeitura da cidade.

Os ex-policiais militares Ricardo Teixeira Cruz, conhecido como Batman, e José Carlos da Silva, e o ex-policial civil André Luiz da Silva Malvar foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por duplo homicídio.

Segundo denúncia, no dia 15 de maio de 2007, por volta das 16h, na Estrada do Mendanha, em Campo Grande, os denunciados, integrantes da milícia "Liga da Justiça", mataram a tiros Erick Rogério de Souza e Carlos Eduardo Ferreira. As vítimas estavam no interior de um carro quando foram surpreendidas pelos ex-policiais e executadas com dezenas de tiros de fuzil. Os três denunciados tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. O único foragido é José Carlos, segundo o MP.

##RECOMENDA##

Segundo o Gaeco, após confronto balístico realizado durante as investigações, pelo menos duas das armas utilizadas para a prática do duplo homicídio foram usadas pelos denunciados também no atentado contra Chico Bala e sua família, cerca de dois meses antes, no município de São Pedro da Aldeia (RJ). Os três denunciados foram condenados pelo Tribunal do Júri a penas superiores a 80 anos de prisão pela prática do atentado, segundo o MP.

A situação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, pode se complicar na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, em decorrência de uma nova denúncia contra ele, por ter viajado em jatinho cedido pelo empresário João Dória Júnior, em outubro do ano passado. Segundo informação do Portal Terra, Pimentel acompanhava a presidente Dilma Rousseff em viagem à Europa, e utilizou um avião fretado pelo empresário João Dória Júnior para ir da Bulgária, onde estava com a comitiva presidencial, até a Itália, para participar de um encontro com empresários brasileiros e italianos.

O artigo 7º, o Código de Conduta de Conduta da Alta Administração Federal diz que "a autoridade pública não poderá receber salário ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que possa gerar duvida sobre a sua probidade ou honorabilidade". Com base neste artigo, o PPS dá entrada nesta sexta-feira, na Comissão de Ética do Planalto, com uma nova representação contra o ministro Pimentel, que será analisada na próxima reunião do conselho, dia 11 de junho.

##RECOMENDA##

A assessoria de imprensa do MDIC confirma a informação de que Pimentel usou o avião do empresário. O ministro disse que o evento com os empresários foi decidido de última hora e que, por isso, o ministro usou o avião do João Dória. Ainda de acordo com a assessoria, Pimentel não teria como usar avião oficial porque a aeronave era a presidencial que estava sendo usada por Dilma e comitiva. Pimentel, segundo o MDIC, foi autorizado a deixar a comitiva presidencial para ir ao evento com os empresários. "Saí da comitiva da presidente e fui mesmo para Roma, mas não fui em avião oficial porque o compromisso não fazia parte da agenda da presidente. Não tinha como ir de avião oficial. Ele (João Dória Júnior) mandou um avião e eu usei a aeronave que ele colocou pra mim naquele momento", disse Pimentel, conforme a assessoria.

Ao Portal Terra, João Dória Júnior negou ter enviado avião para pegar Pimentel e disse não saber como o ministro chegou a Roma. O próprio Pimentel, no entanto, confirmou ter usado o jato oferecido pelo empresário.

Pimentel já devia explicações à Comissão de Ética, em relação às denúncias de suspeita de tráfico de influência porque a sua empresa, a P-21 Consultoria e Projetos, teria faturado mais de R$ 2 milhões com consultorias entre 2009 e 2010, que foram entregues ao órgão, com atraso, o que foi considerado "grave" pelo presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence. Mas a Comissão não tomou medidas contra isso de imediato e ia analisar as explicações apresentadas depois, decidindo que caminho tomar em relação a Pimentel.

O Greenpeace entregou, na tarde desta quarta-feira (16), uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) do Maranhão sobre as ilegalidades encontradas na cadeia de produção do ferro gusa no Estado. O documento também será encaminhado ao MMA (Ministério de Meio Ambiente), MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), além da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.

De acordo com o Greenpeace, foi realizada uma pesquisa de dois anos, em que foram identificadas uma série de irregularidades e desrespeito à legislação na cadeia produtiva do ferro gusa no Brasil, tais como trabalhadores em situação análoga à escravidão e extração de madeira dentro de Terras Indígenas e Unidades de Conservação. Tais denúncias foram compiladas no relatório “Carvoaria Amazônia”, publicado nesta semana pela organização.

##RECOMENDA##

“Algumas empresas da região onde se concentram as denúncias já respondem a uma ação civil pública, porque o carvão que utilizam não têm certificado de origem”, disse o procurador da República Alexandre Soares. “Esse trabalho (do Greenpeace) permite aprofundar a investigação, em que teremos de responder qual é a origem do carvão e o nome das pessoas envolvidas”, completou.

Segundo a representante da campanha Amazônia do Greenpeace, Taciana de Carvalho, o ferro gusa (que é derivado do minério de ferro) está deixando um “rastro de destruição e violência” na região. “Desmatamento ilegal, trabalho análogo à escravidão e invasão de territórios indígenas estão na ponta da cadeia desta matéria-prima”, disse Tatiana. “Nas vésperas da votação da PEC do trabalho escravo em Brasília, é preciso que o governo volte seus olhos a estes rincões do país”, alertou. Ainda de acordo com a instituição, o ferro gusa brasileiro é exportado, principalmente, para a indústria automobilística dos Estados Unidos.

 

Protesto - Desde segunda-feira (14), ativistas do Greenpeace bloqueiam, na baía de São Marcos, a 20 quilômetros  da costa de São Luís (MA), o navio Clipper Hope. O cargueiro se preparava para atracar no porto de Itaqui e receber mais de 30 mil toneladas de ferro gusa. Contratado pela Siderúrgica Viena, apontada no relatório do Greenpeace como uma das empresas envolvidas nas irregularidades da cadeia da matéria-prima do aço, o Clipper Hope levaria o carregamento para os Estados Unidos. Os ativistas estão escalando a âncora do cargueiro para evitar que o navio manobre até o porto.

Thor Batista, de 20 anos, filho do empresário Eike Batista, foi denunciado nesta quarta-feira pelo Ministério Público à Justiça por homicídio culposo (sem intenção de matar). Em 17 de março, o filho de Eike atropelou e matou o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, na rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias (RJ). Caso seja condenado, Thor pode receber pena de 2 a 4 anos de prisão. A promotoria também pediu que a Justiça suspenda imediatamente o direito de dirigir de Thor.

A denúncia foi encaminhada à 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias pelo promotor Marcus Edoardo Siqueira, da 6ª Promotoria da mesma cidade. Segundo laudo pericial da Polícia Civil, Thor dirigia sua Mercedes-Benz SLR McLaren a 135 km/h quando atingiu o ciclista, que foi arremessado. A velocidade máxima permitida na rodovia é de 110 km/h.

##RECOMENDA##

Para o promotor, Thor dirigia de forma imprudente. Ele ultrapassou um ônibus da empresa Única Fácil, da linha Petrópolis-Nova Iguaçu, pela faixa da direita. Depois repetiu a manobra irregular ao ultrapassar um Ford Fiesta. Em seguida atingiu o ciclista, que morreu na hora.

Para justificar o pedido de suspensão da carteira de motorista de Thor, o Ministério Público cita as 11 infrações cometidas pelo filho de Eike, segundo o Departamento de Trânsito do Rio (Detran/RJ), nove delas por excesso de velocidade. Thor é habilitado para dirigir desde 16 de dezembro de 2009.

O juiz da 1ª Vara de Vinhedo (SP), Fábio Marcelo Holanda, aceitou nesta segunda-feira a denúncia contra 12 pessoas, entre elas o presidente do parque de diversões Hopi Hari, Armando Pereira Filho, acusadas de serem responsáveis pela morte da adolescente Gabriella Nichimura, de 14 anos. Ela caiu do brinquedo La Tour Eiffel em 24 de fevereiro, após a trava de segurança do equipamento abrir.

Na denúncia, o Ministério Público considerou que "uma sucessão de erros, que começou com a instalação do brinquedo", provocou a morte da jovem. Os acusados foram denunciados por homicídio culposo (sem intenção de matar). Para o promotor Rogério Sanches, eles foram omissos ao deixar de tomar os cuidados que impediriam a utilização de uma cadeira do brinquedo que estava há dez anos desativada.

##RECOMENDA##

A Justiça agora vai citar os réus e avaliar a denúncia da Promotoria que pediu aumento de pena em um terço por "inobservância de regras técnicas". Com o pedido, a pena pode subir de 1 a 3 anos de prisão para 1 ano e quatro meses a 4 anos de reclusão.

A família de Gabiella, que informou ter ficado satisfeita com o conteúdo da denúncia, ainda vai buscar na área cível uma indenização do parque no valor de R$ 2 milhões por danos morais e materiais.

O advogado do presidente do parque, Alberto Toron, informou anteriormente que não há responsabilidade criminal por parte da direção do Hopi Hari, mas aguarda acesso ao teor da denúncia para se pronunciar. Os advogados dos demais denunciados não foram localizados para falar sobre a decisão da Justiça.

O Ministério Público denunciou nesta terça o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra e o delegado Dirceu Gravina, da Polícia Civil, pelo sequestro do bancário e sindicalista Aluízio Palhano Pedreira Ferreira, em 1971, durante a ditadura militar. Esta é a segunda tentativa dos procuradores de contornar a Lei da Anistia, ao argumentar que o desaparecimento de presos políticos durante o período configura sequestro qualificado, e portanto seria um crime permanente (ainda em execução).

Ao classificar o desaparecimento de Palhano como sequestro, o MP alega que o crime não prescreveu, pois "é de natureza permanente". Se forem condenados, Ustra e Gravina podem pegar de dois a oito anos de prisão.

##RECOMENDA##

Na denúncia, o MP afirma que, por duas vezes, o Supremo Tribunal Federal (STF) tratou o desaparecimento de presos políticos durante as ditaduras militares na América Latina como sequestro. Ao aceitar dois pedidos de extradição de militares do governo argentino, julgados em 2009 e 2010, o STF avaliou que as acusações contra eles podiam ser enquadradas no código penal brasileiro como sequestro qualificado.

O MP baseia-se no depoimento de duas testemunhas e em registros policiais para acusar Ustra e Gravina de ter torturado e sequestrado Palhano. De acordo com a denúncia, o sindicalista foi preso em 5 de maio daquele ano e levado ao Destacamento de Operações Internas de São Paulo (DOI-Codi) - um dos principais centros de repressão da ditadura. Em 13 de maio, ele teria sido movido para a Casa de Petrópolis, suposto centro clandestino de tortura na cidade serrana do Rio. Depois de dois dias, Palhano teria sido reconduzido a São Paulo e desaparecido.

À época, o DOI-Codi era comandado por Ustra. Gravina é acusado pelo MP de torturar o sindicalista. "No caso específico, a vítima Aluízio Palhano Pedreira Ferreira sofreu intensos e cruéis maus-tratos provocados pelo denunciado Dirceu Gravina, sob o comando e aquiescência do denunciado Carlos Alberto Brilhante Ustra. Em razão disso, padeceu de gravíssimo sofrimento físico e moral", afirmam os oito procuradores que assinam a denúncia.

Conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo em março, a ação é uma iniciativa do grupo de trabalho do Ministério Público Justiça de Transição, que investiga agentes do governo acusados de participar no desaparecimento de presos políticos. Outros 14 casos estão sendo analisados em São Paulo. Os procuradores também conduzem inquéritos no Rio, Pará e Rio Grande do Sul. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público do Paraná denunciou nesta segunda-feira à Justiça a confeiteira Margareth Aparecida Marcondes, de 45 anos, que enviou brigadeiros envenenados para uma adolescente em Curitiba. Outros quatro jovens ingeriram o alimento e passaram mal. A mulher foi denunciada por tentativa de homicídio duplamente qualificado.

A doceira teria recebido R$ 8 mil para preparar a comida, os convites e a decoração da festa de 15 anos de uma das vítimas. No entanto, a denunciada gastou o dinheiro e não poderia cumprir o prazo de entrega do material. Com o objetivo de adiar a comemoração, a confeiteira mandou entregar alguns doces envenenados para degustação.

##RECOMENDA##

A promotora de Justiça Marilu Schnaider Paraná de Sousa sustenta que, além de utilizar veneno, que por si só já é uma qualificadora para o crime, o fato da substância ter sido inserida nos doces também comprometeu a chance de defesa das vítimas, que não sabiam o que estavam ingerindo.

Segundo a denúncia, "a denunciada, ainda em Joinville (SC), preparou diversos brigadeiros, elaborados com pedaços de veneno de rato, fazendo parecer que se tratavam de doces para degustação", diz trecho da denúncia. Um taxista entregou os brigadeiros e os adolescentes passaram mal após ingerir os doces. A aniversariante ficou internada na UTI por mais de uma semana. Margareth Marcondes foi presa na madrugada do dia 31 de março, em Santa Catarina, e transferida para Curitiba, onde permanece detida.

A Mesa da Câmara dos Deputados decidiu encaminhar ao Conselho de Ética uma representação contra o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA). O parlamentar é acusado de nepotismo cruzado, de usar uma funcionária como laranja em uma rádio e de pagar com dinheiro da Casa sua empregada doméstica. Se for considerado culpado pelo Conselho e essa decisão for referendada pelo plenário, o deputado Bacelar pode perder o mandato ou sofrer alguma pena alternativa, como advertência ou suspensão.

A denúncia contra o parlamentar foi feita em uma reportagem da revista Veja em outubro de 2011. Bacelar empregava em seu gabinete dois parentes de um deputado estadual da Bahia, Nelson Leal (PSL). A mãe do deputado federal, Lígia, estava entre os servidores do gabinete de Leal na Assembleia Legislativa. Além disso, está lotada no gabinete de Bacelar a servidora Norma Suely da Silva, que seria laranja do parlamentar. Outra funcionária, Maria do Carmo Nascimento seria empregada doméstica do deputado federal.

##RECOMENDA##

Em sua defesa ao Conselho, o parlamentar negou a existência de nepotismo cruzado. Afirmou que sua família é tradicional na política baiana e atribuiu a isso a nomeação de sua mãe. Afirmou que as atividades políticas de seus familiares são "independentes entre si". Disse ainda que só tomou conhecimento que duas servidoras suas eram parentes de Leal quando foi procurado pela reportagem e que as exonerou no mesmo mês.

O corregedor da Câmara, Eduardo da Fonte (PP-PE), que investigou o caso após um pedido do PSOL, destacou que a defesa do parlamentar silenciou sob a acusação de desvio de função de servidores e não contestou o parentesco apontado na denúncia. Para o corregedor, há indícios de quebra de decoro e, por isso, é necessária a apuração no Conselho de Ética. "São suficientes os indícios de que o parlamentar agiu em desacordo com as normas do decoro", disse Eduardo da Fonte em seu parecer, que foi referendado pela Mesa.

Com o aumento de denúncias contra cooperativas de anestesistas, o Ministério da Justiça decidiu iniciar uma série de investigações para apurar a situação do mercado em alguns Estados. Nesta quinta-feira, o Diário Oficial da União trouxe a abertura de processo administrativo pelo Departamento de Proteção e Defesa Econômica (DPDE) para analisar possíveis concentrações de mercado na Paraíba e em Mato Grosso do Sul. Na última terça-feira, foram feitas ações semelhantes em outros Estados, como Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Amazonas.

Uma das denúncias foi feita pelo Comitê de Integração de Entidades Fechadas de Assistência à Saúde (Ciefas) contra a Cooperativa dos Anestesiologistas da Paraíba (Coopanest-PB). A cooperativa teria cerca de 70% dos médicos anestesiologistas do Estado, o que estaria fora da zona de segurança antitruste. Em Mato Grosso do Sul, a denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal contra o Serviço de Anestesiologia (Servan), que tem 100% dos médicos dessa especialidade em seus quadros.

##RECOMENDA##

A Coopanest-PB e a Servan terão 15 dias para se manifestar sobre uma lista de questionamentos feitos pelo DPDE: quais as barreiras à entrada e a rivalidade no mercado de anestesiologia em seus Estados, quais as eficiências decorrentes da constituição da cooperativa e se contrata ou se já fez contrações com o poder público. Caso não haja manifestação ou a apresentação de informações esteja errada, as representadas terão de pagar multa diária de R$ 5.320,50.

O juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas, Nelson Bernardes, aceitou nesta quarta-feira, 4, denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo contra outros 13 suspeitos de envolvimento em suposto esquema de corrupção e desvio de dinheiro público na Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) de Campinas.

Na sexta-feira, 30, Bernardes havia aceitado denúncia contra seis pessoas, entre funcionários do governo do ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) e empresários, que tornaram-se réus por supostos crimes de formação de quadrilha, desvio de recursos públicos e fraude em licitações.

##RECOMENDA##

A ex-primeira dama Rosely Nassim dos Santos, o ex-vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT), os ex-secretários Carlos Henrique Pinto (Segurança Pública) e Francisco de Lagos (Comunicação), o ex-diretor de Planejamento Ricardo Cândia e Luiz Augusto Castrilon de Aquino, ex-presidente da Sanasa têm até a próxima semana para apresentar defesa.

O ex-diretor da Sanasa Aurélio Cance Júnior, o ex-conselheiro da Sanasa Valdir Carlos Boscato, o promotor de eventos Ivan Goreti, os empresários Alfredo Antunes, Augusto Antunes, Dalton dos Santos Avancini, Gabriel Gutierrez, Gregório Wanderlei Cerveira, João Carlos Gutierrez, João Thomaz Pereira Junior, Pedro Luis Ibraim Hallack e os lobistas Emerson Geraldo de Oliveira e Mauricio de Paulo Manduca irão responder por crimes como corrupção ativa, corrupção passiva, fraudes em licitação ou formação de quatrilha, dependendo do réu. Eles têm até dez dias, a contar desta quarta, para apresentar defesa.

O juiz decidiu desmembrar o processo em duas partes. A decisão dividiu as opiniões dos advogados de defesa - parte considerou uma decisão inteligente e, outra, prejudicial a alguns réus. Os advogados podem questionar o desmembramento. Bernardes ainda vai avaliar se aceita denúncia contra outros três suspeitos. O esquema de corrupção na Sanasa foi deflagrado em operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em maio do ano passado, quando 11 pessoas chegaram a ser presas. A Promotoria denunciou 22 pessoas entre funcionários públicos, empresários e lobistas.

O juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas, no interior de São Paulo, Nelson Bernardes, aceitou nesta sexta-feira, 30, denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo contra seis funcionários do governo do ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) por supostos crimes de formação de quadrilha, desvio de recursos públicos e fraude em licitações.

A ex-primeira dama Rosely Nassim dos Santos, o ex-vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT), os ex-secretários Carlos Henrique Pinto (Segurança Pública) e Francisco de Lagos (Comunicação), o ex-diretor de Planejamento Ricardo Cândia e Luiz Augusto Castrilon de Aquino, ex-presidente da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A. (Sanasa) que entregou o esquema por delação premiada, tornaram-se réus e serão julgados pelos supostos crimes apontados pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) à Justiça. Os seis acusados terão prazo de dez dias para apresentarem defesa, após serem notificados, provavelmente no início da próxima semana.

##RECOMENDA##

O esquema de corrupção na Sanasa foi deflagrado em operação do Gaeco em maio do ano passado, quando 11 pessoas chegaram a ser presas. A Promotoria denunciou 22 pessoas entre funcionários públicos e empresários. O juiz decide na próxima semana se aceita denúncia contra os outros 16 suspeitos.

O ex-vice-prefeito Demétrio Vilagra, que também chegou a ser preso, assumiu a prefeitura no lugar do ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos, cassado em agosto do ano passado pela Câmara de Vereadores. Vilagra sofreu impeachment quatro meses depois.

A Polícia Civil de São Paulo indiciou quatro pessoas pela morte de Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, atropelada por uma moto aquática no sábado de carnaval, na Praia de Guaratuba, em Bertioga. Ao anunciar nesta quinta-feira a conclusão do inquérito, aberto logo após o acidente, o delegado seccional de Santos, Rony Silva Oliveira, que assumiu o inquérito no início do mês, informou que o resultado da perícia efetuada pelo Instituto de Criminalística foi fundamental para o indiciamento por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

São acusados o proprietário do equipamento e padrinho do adolescente de 13 anos que deu a partida na embarcação, José Augusto Cardoso Filho, além do caseiro da residência, Elivaldo Francisco de Moura, que teria ajudado o menino a levar a moto aquática até a praia.

##RECOMENDA##

O processo ainda cita o dono da marina onde a moto aquática estava abrigada, Thiago Veloso, e o mecânico Aílton Bispo de Oliveira, que não teria feito a manutenção adequada. O equipamento apresentava alto nível de oxidação de algumas peças, o que teria redundado na alta velocidade, mesmo sem estar sendo pilotado, quando atingiu Grazielly.

De acordo com o delegado, os dois adolescentes poderão ser submetidos a medidas socioeducativas, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, a critério do Ministério Público. "Os quatro indiciados contribuíram de maneira incisiva para o acidente", frisou Rony Oliveira, lembrando que a moto aquática passou por manutenção dois dias antes do acidente, na quinta-feira, a pedido do proprietário. Já o padrinho do adolescente foi indiciado porque permitiu que o rapaz pilotasse a embarcação, sendo menor de idade e sem habilitação. Já o caseiro, embora tivesse negado que ajudou a levar o equipamento até a água, caiu em contradição diante da declaração das testemunhas da morte.

O Ministério Público de Bertioga vai pedir à Justiça penas socioeducativas para os menores de 13 e 14 anos suspeitos de atropelar e matar a menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos. A informação é da promotora da Vara da Infância e Juventude de Bertioga, Rosana Colletta, responsável pelo caso. Os jovens teriam ligado a moto aquática que atingiu a menina.

Em depoimento à promotoria, o jovem de 13 anos não negou a autoria do atropelamento, segundo Rosana Colletta. O advogado que representa os adolescentes, Maurimar Chiasso, e o que representa a família da menina, José Beraldo, não foram localizados pela reportagem.

O registro pelo Disque-Denúncia de maus tratos contra animais cresceu cerca de 31% nos últimos 12 meses no Estado de São Paulo, segundo informações do Instituto São Paulo Contra a Violência (ISPCV), que mantém o 181. De novembro a fevereiro, o número de denúncias quase dobrou.

Segundo o Disque-Denúncia, foram 3.105 ligações informando algum tipo de violência contra animais entre março de 2011 e fevereiro deste ano, contra 2.368 casos no mesmo período entre 2010/2011. As denúncias só ficaram atrás de ligações com dados sobre tráfico de drogas, jogos de azar e maus tratos contra crianças, historicamente os três crimes com maior número de denúncias.

##RECOMENDA##

Para o gerente de projetos do ISPCV, Mário Vendrell Royo, o aumento ocorreu após os casos de violência contra animais que surgiram nas redes sociais no fim do ano, fazendo esse tipo de denúncia subir no 181 do 8º para o 4º lugar, onde permanece desde novembro.

Ao todo, o 181 recebeu 155.939 denúncias nos últimos 12 meses, alta de 1,4% no mesmo período do ano anterior (153.811). O serviço funciona desde outubro de 2000 initerruptamente e pode atender até 100 mil ligações por mês. O anonimato é garantido e qualquer tipo de denúncia pode ser feita.

O Ministério Público Federal vai denunciar na Justiça Federal em Marabá o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura pelo crime de sequestro qualificado de cinco pessoas na Guerrilha do Araguaia. Curió comandou as tropas que atuaram na região em 1974, época dos desaparecimentos de Maria Célia Corrêa (Rosinha), Hélio Luiz Navarro Magalhães (Edinho), Daniel Ribeiro Callado (Doca), Antônio de Pádua Costa (Piauí) e Telma Regina Corrêa (Lia).

Em entrevista concedida em Brasília, quatro procuradores da República envolvidos na investigação sustentaram que mesmo após 38 anos da guerrilha é possível responsabilizar Curió pelo sumiço dos militantes. De acordo com eles, o que ocorreu no caso foi um sequestro, crime que tem caráter permanente já que as vítimas continuam desaparecidas.

##RECOMENDA##

Por causa desse caráter permanente, segundo os procuradores, é possível denunciar Curió mesmo depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter reconhecido em 2010 a validade ampla, geral e irrestrita da Lei de Anistia. Promulgada em 1979, a lei anistiou pessoas punidas por ações contra a ditadura e, conforme a interpretação estabelecida na época, agentes do Estado acusados de violações a direitos humanos. A tese é polêmica e deverá chegar ao STF.

Os procuradores também afirmam que a lei anistiou os crimes praticados até 15 de agosto de 1979. No entanto, segundo eles, o crime de sequestro ainda persiste e, portanto, não a lei não beneficiou Curió. "O fato concreto e suficiente é que após a privação da liberdade das vítimas, ainda não se sabe o paradeiro de tais pessoas e tampouco foram encontrados seus restos mortais", argumentam os procuradores.

"Por se tratar de crimes permanentes, cuja consumação encontra-se em curso, algo precisava ser feito", afirmou o procurador Tiago Modesto Rabelo, um dos autores da denúncia. Os procuradores também citaram decisões recentes do STF que autorizaram a extradição de militares argentinos acusados do mesmo crime durante a ditadura naquele país.

A denúncia é baseada principalmente em provas testemunhais, como relatos de que as vítimas teriam sido capturadas, levadas para a base militar, colocadas em helicópteros e nunca mais vistas. Também foram descritos maus tratos que teriam sido praticados nas bases militares comandadas por Curió.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando