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O ex-primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, negou nesta sexta-feira (24) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tenha proposto um acordo para que as duas nações invadisse a Ucrânia e dividissem o território do país entre si. A alegação havia sido feita pelo ex-ministro de Relações Exteriores polonês, Radek Sikorski, em uma entrevista publicada no último domingo (19).

"Em nenhuma das reuniões com o presidente Putin tal proposta foi feita", assegurou Tusk em entrevista à rádio TOK-FM. Ele afirmou que Sikorski deve ter ficado com essa impressão devido aos comentários feitos por Putin em um encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em 2008. Na ocasião, o líder russo disse que a Ucrânia era um país artificial e que tinha interesse na região.

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A acusação repercutiu negativamente no país e levou o próprio Sikorski a voltar atrás, dizendo que sua memória havia falhado. Segundo observadores na Polônia, o episódio feriu a credibilidade do país no cenário internacional, principalmente em seus negócios com a Rússia.

Sikorski agora enfrenta forte pressão política como presidente do Parlamento e adversários afirmam que ele precisa renunciar ao cargo. O ex-ministro deixou sua pasta em setembro, quando mudanças no governo o fizeram assumir o novo cargo.

Tusk, por sua vez, deixou o cargo de primeiro-ministro na mesma época, após ter sido escolhido para liderar o Conselho Europeu, trabalho que assumirá em dezembro. Durante a entrevista, Tusk também afirmou que Sikorski é um dos políticos mais talentosos dos últimos 20 anos e espera que uma "entrevista infeliz" não encerre sua carreira. Fonte: Associated Press.

O anúncio feito pelo presidente do PSB, Roberto Amaral, de realizar a escolha dos novos dirigentes antes do primeiro turno das eleições gerais, causou reações contrárias de setores da legenda e pode levar a um racha na reta final da campanha presidencial, encabeçada pela candidata Marina Silva.

No próximo dia 29, integrantes da cúpula do partido devem se reunir em São Paulo para escolher o novo presidente e membros da Executiva Nacional que comandarão o PSB nos próximos três anos. A convocação, publicada no Diário Oficial da União ontem, é contestada por dirigentes da legenda em Pernambuco, berço eleitoral do ex-presidente do PSB e candidato à Presidência Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no dia 13 de agosto.

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"Agora está todo mundo agarrado na eleição, como a gente vai fazer uma escolha da uma nova Executiva não aguardando a abertura das urnas para poder saber qual é cara do partido? Para saber como o partido ficará com a sua representação no Congresso e nos Estados?", questionou ao Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, o vice-presidente nacional do PSB e ex-ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho. Ele afirmou ter sido comunicado da data para a escolha da nova Executiva ontem.

"Não participamos da construção dessa data. Ela foi definida com doutor Roberto, que deve ter ouvido outros companheiros, mas não me ouviu, sou vice-presidente e não sabia", ressaltou o dirigente. "Tudo recomenda que a escolha dos dirigentes partidários seja feita após a manifestação das urnas. Esse é o meu pensamento, mas vou me reunir com os companheiros aqui de Pernambuco para firmar uma posição", acrescentou.

Segundo ele, não está descartada a possibilidade de o grupo lançar um nome para disputar o comando da legenda no próximo dia 29. Entre os nomes lembrados está o do prefeito de Recife, Geraldo Júlio. De acordo com o edital de convocação, a inscrição das chapas deverá ocorrer junto à primeira secretaria nacional do PSB até 48h antes do início da reunião do dia 29.

Integrante da Executiva Nacional do PSB e presidente da legenda em São Paulo, Márcio França afirmou que é contra o adiamento e que a data para a escolha da nova Executiva foi acertada antes das eleições. "Esse cronograma foi deixado pelo Eduardo antes de ele falecer e o Roberto Amaral está seguindo o roteiro". Sobre um possível racha, afirmou: "Se houver votação, tem 125 pessoas aptas a votar e cada um vai se posicionar. Mas vamos brigar até o final para ter unidade. Não pode ser uma coisa feita por decreto de ninguém".

O dirigente ressaltou ainda que o diretório, que contaria com o maior número de votos internos, apoia a permanência de Amaral no comando de legenda. "Criou-se uma expectativa e é normal que cada um ache que possa ser o melhor. Mas São Paulo tem 32% dos delegados, se fosse para reivindicar algo, São Paulo deveria estar à frente de todo mundo. Mas eu acho que, quando você está brigando por uma unidade, cada um tem que abrir um pouco mão de suas pretensões".

A avaliação do governo de Dilma Rousseff (PT) tem dividido o eleitorado pernambucano. De acordo com um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado nesta quinta-feira (11), 48% dos entrevistados desaprovam a gestão petista e 46% aprova. Neste quesito, apenas 6% não soube responder.

Aferindo por região, para os que residem no Agreste e no Sertão a gestão dela é mais aprovada. No primeiro por 50%, já no segundo 65%. Na capital e na Zona da Mata, a petista é mais reprovada. Dos recifenses, 63% não gostam da gestão da presidente, na Mata 54% da população também a desaprova.   

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Verificando a forma como Dilma administra o país, o IPMN identificou que 37% dos pernambucanos pontuaram como boa, já 34% afirmou ser ruim e 28% regular.  Os maiores percentuais de bom estão na região sertaneja, 61%. Já a Zona da Mata tem o maior índice dos que acreditam que a administração da petista é ruim, 35%. E na Região Metropolitana do Recife (RMR) o destaque é para os que pontuam ela como regular 33%. 

A queda na avaliação da petista tem sido constante de acordo com o analista e coordenador do levantamento, Maurício Romão. “Os governos que não mudaram em termos de conceito junto à população começaram a ser desaprovados. O que era bem avaliado apresentou queda. Houve um despertar da população, estávamos vivendo uma vida irreal”, observou, citando os protestos que aconteceram em junho de 2013.

 

 

O governo conta com R$ 18 bilhões de receitas do programa de parcelamento de débitos tributários (Refis), mas a obrigação da União de repartir o dinheiro com Estados e municípios deve atrapalhar os planos do Tesouro Nacional de usar todo esse dinheiro para cumprir o superávit primário em 2014.

O prazo da primeira parcela ou parcela única do Refis venceu na última segunda-feira, 25, e, segundo fontes da área técnica, será muito difícil empurrar para 2015 o pagamento da divisão do dinheiro com os governos regionais. Pela legislação, a União tem de transferir 47% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os demais entes federativos.

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Demora

Com a reabertura do programa no ano passado, o governo arrecadou R$ 20,3 bilhões em novembro de 2013. Mas o dinheiro só foi repassado aos cofres de prefeitos e governadores no início de 2014.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse na época que os prefeitos e governadores nunca haviam recebido o repasse de recursos de programas de parcelamento com tanta rapidez. Apesar disso, os prefeitos criticaram a demora do governo.

Com o Refis deste ano, a Receita terá quatro meses para fazer a classificação, tempo suficiente segundo a área técnica. Se o governo deixar o repasse do Refis para o ano que vem, para não perder receita este ano, será uma pressão adicional nas contas públicas para 2015, segundo o economista-chefe da Tullett Prebon, Fernando Montero, especialista em contas públicas.

"É muito tempo até lá. Vai ter chiadeira se o governo não passar o dinheiro até o final do ano", disse Montero.

O dado sobre a repartição é importante nas análises sobre o plano do governo para cumprir a meta de superávit primário de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. O governo botou na conta uma estimativa de R$ 18 bilhões com o Refis e não levou em consideração a obrigação de compartilhar o dinheiro com prefeitos e governadores.

Previsão elevada

O governo decidiu ampliar o programa e permitiu o parcelamento de dívidas vencidas até 31 de dezembro do ano passado. A equipe econômica contava inicialmente com R$ 12 bilhões da reabertura do Refis, mas a previsão foi elevada para R$ 18 bilhões. Desse total, a Receita Federal prevê o recolhimento de um valor entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões, apenas em agosto.

O governo espera esse montante porque, além da exigência do pagamento de uma entrada, quem paga à vista tem benefícios maiores, como redução de juros e multa. Por isso, a equipe econômica espera um pico de arrecadação até o fim do mês, cujo resultado será divulgado em setembro. O governo conta também com o Refis para fechar a meta quadrimestral (até agosto) de R$ 39 bilhões.

Procurado, o Tesouro Nacional informou que a distribuição de recursos do Refis depende da classificação da receita, que é feita pelo Fisco. O Tesouro não forneceu detalhes sobre o prazo para o repasse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Enquanto nos bastidores a informação é a de que o PDT pode deixar a Frente Popular, algumas das principais lideranças do partido no Estado seguem dando mostras de que, independente do que o diretório nacional decidir, devem seguir com Paulo Câmara (PSB) para governador, Raul Henry (PMDB) para vice e Fernando Bezerra Coelho (PSB) para o Senado. O apoio foi expresso nessa sexta-feira (13), durante o aniversário do deputado federal Wolney Queiroz (PDT), em Caruaru. 

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Convidada pelo deputado, a chapa da Frente Popular participou do evento, que reuniu diversos quadros do PDT, a exemplo dos presidentes da sigla no Estado, José Queiroz, que também é prefeito de Caruaru, e no Recife, Wellington Batista, e do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa, entre outras lideranças. Passaram por lá o governador João Lyra Neto (PSB), que já militou no PDT, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).

Já neste sábado (14), antes da inauguração do Hospital Mestre Vitalino, Queiroz afirmou que ainda estava esperando um contato do presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, para bater o martelo final sobre o alinhamento do PDT. "Vamos ter uma conversa para definir essa situação. Vou ter uma conversa com o presidente Lupi em breve", soltou desconversando.

*Com informações de Monicky Mel Araújo

Poucos dias depois da primeira rodada de conversações entre as maiores potências mundiais e o Irã em Genebra, começam a aparecer divisões entre Israel e seu principal aliado, os Estados Unidos. Neste domingo (20), o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, exortou os EUA a aumentarem sua pressão sobre o Irã, enquanto altos funcionários norte-americanos sinalizaram com a possibilidade de reduzir as sanções econômicas contra Teerã.

O jornal israelense Haaretz, por sua vez, publicou o que seriam as linhas gerais da proposta iraniana no processo de negociação, cuja próxima rodada está marcada para começar em 7 de novembro.

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Em entrevista à rede NBC, o secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew, disse que é "prematuro" falar em relaxamento das sanções econômicas impostas ao Irã; ele sugeriu que os EUA vão adotar um ponto de vista mais gradualista ao responder a gestos iranianos e não endossou a linha dura defendida por Israel, que acusa o Irã de estar desenvolvendo um programa nuclear com fins militares.

Outros altos funcionários norte-americanos disseram que a Casa Branca está debatendo a possibilidade de oferecer ao Irã uma oportunidade para receber de volta bilhões de dólares em ativos congelados nos EUA, caso Teerã aceite reduzir seu programa nuclear. As sanções econômicas seriam mantidas, mas o descongelamento dos ativos tomados pelos EUA ajudariam a aliviar as dificuldades econômicas enfrentadas pelo Irã.

Também entrevistado pela NBC, Netanyahu afirmou ser contra um "acordo parcial". "Acho que nesta situação, enquanto não virmos ações, ao invés de palavras, a pressão internacional precisa continuar a ser aplicada, e mesmo aumentada. Quanto mais pressão, maior a chance de que haverá um genuíno desmantelamento do programa nuclear militar iraniano", disse o primeiro-ministro mais tarde, durante uma reunião com seu gabinete.

O Irã afirma que seu programa nuclear é estritamente civil, para gerar energia e produzir isótopos para uso médico. Como signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, o país se submete a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Israel, por sua vez, é considerado o único país do Oriente Médio a ter armas nucleares; por não ter assinado o Tratado de Não Proliferação, o país não permite a inspeção de suas instalações nucleares, existentes desde o começo dos anos 1970, por agências internacionais.

Netanyahu disse que a pressão sobre o Irã precisa ser mantida até que o governo de Teerã suspenda todo o enriquecimento de urânio, remova do país todo o seu estoque de urânio enriquecido e feche todas as instalações de enriquecimento de urânio, entre elas uma que poderia, segundo Israel, ser usada para produzir plutônio. O Irã tem tecnologia suficiente para produzir urânio enriquecido a um grau de pureza de 20%; para uma arma nuclear seria necessário chegar aos 90%, meta que a maioria dos especialistas acredita que os iranianos só teriam condições de atingir dentro de vários anos.

Os detalhes das conversas da semana passada em Genebra não foram revelados, mas neste domingo, o jornal israelense Haaretz publicou o que diz serem as principais propostas apresentadas pelos representantes iranianos. Citando um alto funcionário israelense não identificado, que teria sido informado pelos norte-americanos, o Jornal diz que o Irã estaria disposto a suspender todo o enriquecimento de urânio a 20%, limitar o enriquecimento a 5% e reduzir o número de ultracentrífugas usadas para o enriquecimento, além de abrir suas instalações nucleares a inspeções sem aviso prévio. O escritório de Netanyahu se recusou a comentar essas informações, mas confirmou que os EUA o têm mantido informado sobre as conversações com o Irã.

Outro jornal israelense, o Yediot Ahronot, disse que parece inevitável uma "explosão" entre Netanyahu e o presidente dos EUA, Barack Obama. Segundo o jornal, altos funcionários do círculo mais próximo de Netanyahu "mantêm uma preocupação profunda de que o presidente norte-americano esteja preparado para reduzir as sanções contra o Irã mesmo antes de as conversações serem concluídas".

Ephraim Asculai, ex-funcionário da Comissão de Energia Atômica de Israel e atualmente pesquisador do Instituto de Estudos para a Segurança Nacional, disse que é cedo demais para falar em uma divisão entre Israel e os EUA, porque a posição norte-americana ainda não está clara. Para ele, o mais importante é "impedir que o Irã ganhe tempo enquanto avança com seu programa de armas".

Yoel Guzansky, especialista em Irã do mesmo instituto e ex-assessor de segurança nacional do escritório do primeiro-ministro israelense, disse que sempre haverá uma diferença entre as posições de Israel e dos EUA, por causa da diferença entre a capacidade militar dos dois países e do nível de ameaça que eles enfrentam.

Segundo Guzansly, o governo israelense sabe que não vai conseguir tudo o que quer nas conversações internacionais sobre o programa nuclear iraniano e está pressionando para obter do Irã o máximo possível em termos de concessões. "Parece que os norte-americanos estão interessados em uma perspectiva gradualista. Israel está muito preocupado com isso, e tem boas razões para estar", afirmou. Ele ressalvou que Israel tem poucas opções além de depender dos EUA e que se houver um acordo, ele praticamente vai afastar a possibilidade de uma ação militar unilateral israelense contra o Irã.

"Israel na verdade só tem uma opção. A chance de o país agir sozinho, depois de os EUA fazerem um acordo, é mínima", disse Guzansky. Em 1981, Israel destruiu com um ataque aéreo a única instalação nuclear do que era na época o mais industrializado dos países árabes, o Iraque.

Em um modelo que não chega a ser o de um torneio independente, a Superliga passará a ser gerida também pelos clubes após 20 anos de existência. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pela Confederação Brasileira (CBV), ao divulgar a criação de um Conselho Gestor.

Renato D'Ávila, superintendente da CBV, afirmou que o processo ainda é embrionário - a entidade foi criada em abril - e o Conselho será formato ao longo da temporada. Seu principal objetivo é evitar as recorrentes crises enfrentadas pelos clubes brasileiros, especialmente no que diz respeito ao fim de patrocínios.

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"O desafio é achar a forma de sustentabilidade dos clubes, por isso vamos trabalhar a quatro mãos (clubes e CBV) para tentar achar uma fórmula. A ideia é que os clubes se mantenham com mais tranquilidade de uma temporada para outra", afirmou D'Ávila.

A temporada 2013/14 da Superliga (que começa dia 7, para os homens, e dia 27 para as mulheres) terá 14 times femininos e 12 masculinos. Enquanto novos times foram integrados, como Brasília, Maranhão, Uniara, Moda Maringá e Taubaté, outros passaram por problemas.

Os casos mais graves foram a da equipe feminina de Jacareí, em que as jogadores levaram um calote e acabaram "adotadas" pela cidade de Barueri, e do time masculino de Volta Redonda, em que havia atraso de pagamento no salário dos atletas. A equipe masculina de Campinas mudou de patrocinador e o atual campeã RJX sofreu com corte de investimento, por causa da crise financeira das empresas de Eike Batista.

Após duas décadas, os clubes começaram a ter maior poder decisório nos assuntos relacionados ao principal campeonato de equipes do Brasil. Definiram o prolongamento da disputa da Superliga e a criação de um novo campeonato nacional.

O Santos revelou, no início da madrugada desta quarta-feira (19), logo depois de reunião do seu Conselho Fiscal realizada no final da noite de terça na Vila Belmiro, os valores oriundos da venda de Neymar para o Barcelona. O clube confirmou ter ficado com apenas 9 milhões de euros (cerca de R$ 26 milhões) do total de 17 milhões de euros pagos pelo clube espanhol, segundo números oficiais passados pelo próprio Santos.

Dos 17 milhões pelo negócio, o Santos precisou repassar 40% à DIS (grupo de investidores) e 5% à Teisa (grupo de empresários ligados ao clube). Com isso, só restauram ao Santos 9 milhões de euros. Deste valor, o Santos ainda teria de pagar 10% ao ex-presidente Marcelo Teixeira, dentro do acordo que foi feito com o dirigente, pelo dinheiro que colocou no clube durante sua gestão por meio de empréstimos bancários que ele fez e precisou honrar - o clube havia acordado anteriormente o pagamento de valores pendentes ao dirigente em caso da negociação de um jogador de destaque no futuro.

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Os valores anunciado pelo Santos, porém, não bateram com os que foram comunicados pelo Barcelona quando oficializou a contratação de Neymar. Segundo o clube espanhol, ele custou 57 milhões de euros aos seus cofres, incluindo um suposto sinal de 10 milhões de euros feito com a anuência do time brasileiro em 2011.

O presidente em exercício do Santos, Odílio Rodrigues, falou com a imprensa após a reunião desta terça, quando também minimizou a importância da diferença entre os valores anunciados pelo clube e pelo Barça.

"Quando se faz um negócio, tem que goste e tem quem não goste, mas a maioria (dos conselheiros) achou que o negócio foi bem conduzido. A divergência de valores entre o que o Santos e o Barcelona anunciaram acontece porque o Santos está falando só do valor que veio para o Santos. O Barcelona pode estar fazendo referência ao total do que foi gasto, incluindo comissões etc", disse Odílio, para depois admitir que não havia mais como o clube segurar o craque no Brasil.

"A gente tem que analisar tudo dentro de um contexto. O Neymar vinha caindo de rendimento e vinha convivendo mal com as vaias e notícias publicadas a todo momento que estava sendo vendido e indo embora. Segundo lugar, ele já tinha decidido a sair. Terceiro, o Neymar já tinha atingido a elite do futebol e não está no Brasil, e sim na Europa. Infelizmente, ainda não temos estruturas para segurar jogadores deste nível", justificou.

AMISTOSOS COM O BARÇA - Embora admita ter direito a apenas 9 dos 17 milhões de euros pagos por Neymar, o Santos revelou também nesta madrugada de quarta que firmou um acordo com o Barcelona, que prevê a realização de dois amistosos com os espanhóis. Pelo compromisso colocado no contrato que celebrou a venda do atleta, o Santos receberia a receita oriunda dos dois confrontos, assim como os valores obtidos por meio de patrocínios e publicidade estática.

A realização destes confrontos dependeriam do aval da CBF, que teria que adequar o seu calendário de competições ao do Santos. Entretanto, mesmo que os amistosos não aconteçam por razões de agenda, o Barcelona se comprometeu a pagar mais 4,5 milhões de euros ao clube como parte da negociação que acertou a ida de Neymar para a Espanha.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), entregou hoje duas cartas ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), defendendo a distribuição equânime entre todos os Estados dos royalties da exploração do petróleo. Os documentos, um deles assinado pelos governadores do Codesul - RS, SC, PR, além de MS -, também serão entregues ainda hoje ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Sem citar números, a proposta dos governadores defende que os Estados produtores recebam uma parcela maior do dinheiro dos royalties que "compense os impactos ambientais gerados". O documento propõe ainda a "definição de uma compensação transitória para evitar que os Estados e os municípios confrontantes tenham perdas de sua atual receita proveniente dos royalties, inclusive reconsiderando critérios de isenções e incidência de outros tributos".

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Marco Maia se reúne hoje à tarde com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), líderes partidários da Câmara e do Senado e governadores de Estado para tentar chegar a um consenso em torno da proposta que trata dos royalties do petróleo e do pré-sal. Maia sinalizou o adiamento da votação do veto presidencial de redistribuição dos royalties do petróleo de forma igualitária a todos os Estados e municípios brasileiros.

O veto está previsto para ser votado amanhã, em sessão do Congresso. "Se para se chegar a um entendimento for necessário mais uma semana para votar o veto, não vejo prejuízo em adiar a votação. Se for necessário não votar, não votaremos", concluiu o presidente da Câmara.

O governo cedeu à pressão dos Estados e municípios não produtores de petróleo e deve abrir mão de 4% a 5% da participação especial sobre a exploração de petróleo. A informação foi divulgada hoje pelo líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Ele ponderou, no entanto, que é impossível fechar um acordo para a questão sem que os Estados e municípios produtores abram mão de parte da arrecadação dos recursos provenientes de royalties a partir de 2012.

"A reunião hoje vai pegar fogo. O Rio de Janeiro não quer abrir mão (de receitas de royalties)", disse, referindo-se a uma nova reunião que irá discutir o assunto, a ser realizada hoje, às 14h30, no ministério de Minas e Energia. O encontro vai reunir o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, e líderes da base do governo no Congresso.

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O governo não descarta nenhuma proposta sobre a nova divisão dos royalties do petróleo. A informação foi dada hoje pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, referindo-se à sugestão apresentada ontem pelo governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, para que sejam elevadas em 30% as três faixas de alíquotas das Participações Especiais (PE) pagas pelas empresas exploradoras de petróleo.

"O governo não admite nada, nem deixa de admitir tudo por enquanto. Todas as propostas significam uma tentativa de resolver o impasse. Nós temos agora que examiná-las", disse. Segundo Lobão, o Ministério de Minas e Energia está finalizando uma "proposta firme" que será apresentada no dia 14, conforme acordado com os parlamentares, na tentativa de evitar a derrubada do veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à chamada emenda Ibsen, que prevê a distribuição igualitária dos royalties do petróleo entre todos os Estados.

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Sobre a proposta de desoneração para aumento da produção de etanol, Lobão disse que está sendo finalizada pelo Ministério da Fazenda e evitou falar detalhes sobre qual imposto seria reduzido ou teria a alíquota zerada. "A Fazenda é que sabe", disse. Ele ressaltou, porém, que "o importante é saber da decisão do governo de incentivar o setor".

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