Tópicos | doença

Após comer um peixe e parar na UTI do Hospital de Servidores do Estado, no Recife, no dia 24 de abril, o homem de 58 anos diagnosticado com Síndrome de Haff teve uma melhora no quadro e já respira sem aparelhos. A síndrome é conhecida popularmente como doença da urina preta.

Ainda acompanhado pela equipe da unidade, ele está consciente e ainda passa por processo de hemodiálise. O paciente é morador da Madalena, na Zona Oeste da cidade. O homem sofre de hipertensão e outros fatores de risco.

##RECOMENDA##

LeiaJá também: O que é doença de Haff ou 'da urina preta'?

Quatro horas após comer um peixe bodião frito, o homem começou a apresentar os sintomas característicos da doença, como: urina escura, inchaço e dormência nas pernas, aumento de vermelhidão, rigidez muscular e alta da enzima CPK, com contração dos músculos.

Os portugueses vão poder obter, a partir desta segunda-feira (1), uma licença de trabalho de até três dias simplesmente após "autodeclarar" uma doença pela internet ou por telefone - uma medida que visa a aliviar a carga no sistema público de saúde, informou o governo.

Esta medida não representará custos para o Estado ou para as empresas, pois a duração desta licença corresponde ao período durante o qual o trabalhador não é remunerado pela Previdência Social enquanto estiver afastado, explicou, em nota, o Ministério da Saúde.

Esta disposição faz parte de um conjunto de medidas aprovadas pelo Parlamento, em fevereiro, para "um trabalho digno", que inclui a ampliação das situações para autorizar o trabalho remoto ou o aumento das indenizações por demissão.

Para conseguir uma licença de curta duração por doença, que será limitada a duas por ano, os trabalhadores vão poder enviar ao empregador uma justificativa feita a partir de uma declaração juramentada na página do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Um dos objetivos desta medida é aliviar a carga dos médicos de família nos centros públicos de saúde, os únicos autorizados a emitir uma licença médica no país.

Com a chegada do outono, é importante estar atento aos cuidados com a saúde para prevenir doenças respiratórias, alergias típicas da estação. Médicos da Secretaria Municipal da Saúde de Guarulhos alertam que as temperaturas mais baixas e o ar seco podem agravar alguns problemas, o que torna essencial adotar medidas de prevenção. 

As infecções no sistema respiratório, bem como as crises alérgicas de asma e rinite, são comuns na estação. O ressecamento das vias respiratórias faz com que elas se tornem mais vulneráveis à proliferação de vírus e bactérias. A variação de temperatura entre o ambiente externo e interno pode sobrecarregar o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções.

##RECOMENDA##

Para prevenir essas condições, é importante manter o corpo hidratado e evitar ambientes muito secos. Também é recomendado cuidar da higiene pessoal, o que significa lavar as mãos com frequência e evitar compartilhar objetos pessoais, além de manter a casa limpa e arejada. 

A Secretaria da Saúde recomenda ainda que, se possível, o munícipe evite locais fechados e com aglomeração, pois a baixa ventilação favorece a transmissão de vírus respiratórios, o que inclui o coronavírus. A boa alimentação, rica em vitaminas, aliada à prática de exercícios físicos, também pode colaborar com a prevenção.

Esses cuidados ajudam a prevenir as chamadas doenças do outono e a manter a saúde em dia. Caso apresente sintomas como dificuldade para respirar, tosse, febre ou dor de garganta, procure um dos serviços de pronto atendimento do município, os endereços podem ser encontrados em https://www.guarulhos.sp.gov.br/servicos-de-pronto-atendimento-e-upas, para a avaliação e tratamento adequados.

“Meu estilo de vida mudou completamente. Tenho plena consciência de que meus hábitos alimentares não eram os mais saudáveis.” A declaração dada pela cantora Preta Gil em ilustra muito bem a realidade brasileira. Preta está fazendo tratamento contra câncer de intestino, que tem relação direta com má alimentação.

O câncer de intestino (colorretal) é o 3º tipo de maior incidência no Brasil, superando o câncer de colo de útero, que ocupava essa posição até o ano passado. São mais de 45 mil novos casos diagnosticados e mais de 20 mil mortes por ano. E a expectativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer) é de que o número de pessoas atingidas pelo câncer colorretal continue crescendo, o que torna o problema ainda mais preocupante.

##RECOMENDA##

A medicina garante que esse é um tipo de câncer é evitável. “Dieta rica em alimentos processados ou ultraprocessados, em carne vermelha, gordura e preparações instantâneas está diretamente relacionada a esse tipo ao câncer colorretal. Obesidade, sedentarismo e tabagismo completam a lista de fatores de risco que podemos evitar. Atividade física regular, sozinha, já reduz o risco de desenvolver a doença em 26%. Uma dieta rica em frutas, legumes e verduras é fundamental. O consumo de 10 gramas de fibras ao dia reduz o risco de câncer de intestino em 10%”, enumera a médica oncologista Paula Sampaio, do Hospital Barros Barreto, referência no Pará. “Não tem jeito. Se queremos qualidade de vida e longevidade, temos que ter um estilo de vida saudável”, completa a médica.

Datas como o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer (8 de abril) são um convite para que as pessoas e organizações se esforcem para reduzir o impacto da doença. De acordo com as estimativas da OMS (Organização Mundial de Saúde), até 2030 o câncer vai superar as doenças cardiovasculares e se tornar a campeã em mortalidade no mundo todo.

“Nós não podemos deixar de bater nessa tecla, mas a mudança depende de cada um fazer a sua parte. As pessoas precisam se esforçar para adotar hábitos saudáveis. Temos que estimular a vacinação contra o HPV para crianças e adolescentes, por exemplo. Essa é uma medida de prevenção primária. Um tipo de medida que pode evitar que a pessoa tenha câncer, como é o caso de não fumar, não ser sedentário e controlar o peso”, explica a médica.

A bancária Léa Paysano, de 60 anos, passou pelo tratamento de um câncer de intestino e agora está em acompanhamento médico. O diagnóstico saiu em maio de 2020, início da pandemia da covid-19. Léa lembra que percebeu sangue nas fezes, mas acreditou ser pelo nervoso com a pandemia. “Tinha muito medo de sair de casa, de precisar ir ao médico ou fazer exames por causa da covid-19. Por isso, fiquei um tempo com os sangramentos sem falar para ninguém”, diz ela. Só quando comentou com uma irmã e um sobrinho que é médico decidiu procurar um gastro para investigar o problema.

O exame foi confirmado no exame de colonoscopia. A cirurgia para a retirada do tumor ocorreu um mês depois, em 11 de agosto. O tratamento com quimioterapia durou até março de 2021.

De acordo com as estimativas do Inca, o Brasil terá 704 mil novos casos de câncer diagnosticados por ano, no triênio 2023 a 2025. Isso representa um crescimento de 12,64% dos casos de câncer no Brasil, comparando com estimativa anterior (2020-2022). A incidência do câncer no Brasil é alarmante porque reafirma o câncer como a segunda causa de mortes por doença no mundo.

O tipo de câncer mais incidente no Brasil continua sendo o de pele não melanoma, com 220 mil novos diagnósticos (31,3% do total de casos). Mas apesar da quantidade, ele apresenta altos percentuais de cura e menor mortalidade, se tratado adequadamente. Por isso, não é considerado tão preocupante quanto os outros tipos de câncer.

O câncer de mama continua sendo o segundo tipo com maior incidência no Brasil, com 10,5% do total de diagnósticos. De 2023 a 2025, são estimados 73.610 novos casos a cada ano, contra 66 mil na estimativa anterior.

Entre os homens, o câncer de próstata é o segundo mais comum (depois do câncer de pele não melanoma), com 71.730 casos, representando 10,2% do total. Em seguida, o destaque é para os tumores de intestino e de pulmão.

Da Redação do LeiaJá Pará.

 

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma tecnologia para detectar a doença de Parkinson em diferentes estágios nesta semana. Trata-se de um sensor eletroquímico, manufaturado em impressora 3D, que pode antecipar o diagnóstico, permitindo o tratamento precoce e que funciona como modelo para a identificação de outras doenças.  

O estudo conduzido por pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal de São Carlos (UFSCar) foi publicado na revista científica Sensors and Actuators B: Chemical. A pós-doutoranda no Instituto de Química da Unicamp (IQ-Unicamp), Cristiane Kalinke, pesquisadora visitante da Universidade Metropolitana de Manchester (Reino Unido) e a primeira autora do artigo explicou como o dispositivo pode auxiliar na detecção da doença. “O sensor indica rapidamente a concentração da proteína PARK7/DJ-1 no plasma sanguíneo humano e em fluido cerebrospinal sintético. A molécula está relacionada à doença de Parkinson em níveis abaixo de 40 microgramas por litro”.

##RECOMENDA##

A pesquisadora reitera que a tecnologia tem a vantagem de poder ser impressa em diversos formatos e tamanhos, inclusive em miniatura, criando dispositivos realmente portáveis, que demandem uma quantidade muito pequena de amostra.   

Para construir o sensor, os pesquisadores utilizaram um filamento comercial composto basicamente associado a um material condutor e outros aditivos. Três eletrodos foram impressos em plástico com tecnologia 3D e passaram por um tratamento químico que os tornaram ainda mais condutores e estimularam em suas superfícies a formação de grupos funcionais que se ligam com anticorpos, segundo explicação dos pesquisadores à Agência Fapesp.

Os passos seguintes do trabalho, que contou com apoio da Fapesp, foram imobilizar anticorpos específicos e aplicar o sensor na detecção da proteína em níveis de concentração. Os autores acreditam que a plataforma possa abrir portas para o reconhecimento de outros diagnósticos de outras doenças como diabetes tipo 2, infertilidade, câncer, entre outros.  

“Dificilmente um paciente vai a uma consulta médica em busca de um exame de rotina para detectar Parkinson em estágio inicial”, ponderou Juliano Alves Bonacin, professor do Departamento de Química Inorgânica do Instituto de Química na Unicamp (IQ-Unicamp) e supervisor do estudo. Segundo ele, a ideia foi construir um dispositivo que permitisse o monitoramento ao longo do tempo e alertasse médicos e pacientes no caso de alterações nos níveis na proteína.

No último domingo, dia 2, aconteceu mais uma rodada de apresentações do Dança dos Famosos. Como você viu, Priscila Fantin sofreu bastante durante os ensaios por conta de uma doença que tem no intestino. A artista revelou sofrer de uma condição rara chamada paniculite mesentérica, que consiste numa inflamação crônica no tecido do intestino delgado.

Durante a última exibição do programa, a famosa desabafou sobre a rotina de preparação para decorar as coreografias.

##RECOMENDA##

- A gente tem pouco tempo para fazer nosso corpo entender cada ritmo, cada coreografia. [...] Entre um programa e outro tiveram ensaios, então esse período foi muito complicado para mim, me abalou bastante. Eu me forçava a comer, mas tudo o que eu comia doía. Ficar sem comer doía, beber água doía. Parece que tinha uma perfuração no meu estômago. Era uma dor muito louca que eu nunca tinha experimentado. Aquilo estava me consumindo emocionalmente.

Por conta dos sintomas da doença, Priscila teve dificuldade em se conectar à energia necessária e progredir nos ensaios:

- Isso me deixava muito triste. [...] Quando a gente passou a coreografia no palco eu fiquei bem emocionada por ter conseguido cumprir a coreografia inteira com energia. Porque, até então, eu não tinha conseguido imprimir nenhuma energia, eu só estava entendendo quais eram os passos.

A artista teve que passar dez dias em cuidados especiais para retomar a disposição.

- Estou cem por cento recuperada.

O presidente Lula (PT) começou a semana de volta ao Palácio do Planalto. Após uma pneumonia leve, ele volta a despachar da sede do Executivo federal nesta segunda-feira (3) e, pela manhã, se reúne com ministros das áreas do setor produtivo e institucional. 

Sem condições de ir à China para participar dos compromissos voltados à agenda econômica, Lula cancelou a viagem e suspendeu as atividades no Brasil para cuidar da saúde. Em seu retorno após a recuperação, ele prometeu muito trabalho e estudos para apresentar os resultados dos primeiros 100 dias do seu governo. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Hoje (30) é o Dia Mundial do Transtorno Bipolar. A data tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre os estigmas associados ao transtorno. A doença é caracterizada pela oscilação de humor – com momentos depressivos e outros de mania ou hipomania, ou seja, de extrema felicidade e agitação.  

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), essa doença atinge atualmente cerca de 140 milhões de pessoas no mundo. A bipolaridade é um transtorno psiquiátrico que pode causar grande sofrimento a quem é acometido por ele e a familiares, amigos e cuidadores que convivem de modo constante com esse indivíduo.

##RECOMENDA##

De acordo com psicólogos do Grupo Said – empresa de cuidadores de idosos – o diagnóstico ocorre com maior frequência na adolescência e fase adulta, e em menor escala, em crianças e idosos. Entre este último público, o percentual de incidência do transtorno varia entre 10% a 25% dos pacientes.   

Existem dois tipos de transtorno bipolar: o tipo I e o tipo II. No primeiro, a pessoa passa por momentos de depressão e de mania e, no segundo, há momentos de hipomania e depressão. Nos episódios de depressão, o idoso tende a se isolar, procura ficar mais tempo na cama, muitas vezes há perda de apetite e alterações no sono. Nos momentos de hipomania, o paciente costuma ficar mais alegre, um tanto eufórico, com mais energia que o habitual.

No estágio da mania, a euforia é mais intensa, com risco de ter condutas que o colocam em risco. Para que sejam classificados dentro do quadro da bipolaridade, é necessário que os sintomas persistam por, no mínimo, quatro dias seguidos. 

Com o objetivo de auxíliar idosos que passam pelo transtorno, o Grupo Said sugere que a família e os cuidadores compreendam que neste processo eles também são afetados pelos sintomas, uma vez que participam da rotina e acompanham o decorrer dos episódios. Contudo, é essencial seguir os cuidados médicos indicados e, em casos de medicação, se atentar para que seja tomada de forma correta.  

O Purple Day (Dia Roxo) é o Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia – uma alteração neurológica que causa crises de convulsões. A data é comemorada anualmente no dia 26 de março e tem como objetivo conscientizar a população sobre a doença. A campanha foi criada pela criança canadense, na época, Cassidy Morgan com a ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Escócia (EANS). 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epilepsia acomete 2% da população no Brasil e afeta em torno de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Ela é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causado por febre, drogas ou distúrbios metabólicos.

##RECOMENDA##

Esses episódios ocorrem quando um grupo de neurônios do cérebro, que apresentam uma propensão a disparar descargas elétricas de forma desordenada, entram em atividade. O tipo de crise de maior conhecimento é o da convulsão. As pessoas podem ter uma vida normal se seguirem o tratamento adequado com medicação de uso contínuo prescritas por neurologistas. 

Segundo especialistas, ao depender da região do cérebro em que houver a ativação, o paciente pode ou não perder a consciência. Ao final da crise o paciente pode se sentir confuso, com pensamento lentificado e demorar para voltar à normalidade.

Alguns dos sinais que podem ocorrer são: movimentos de apenas um dos braços ou pernas, espasmos em um dos lados do rosto ou a pessoa fica “aérea” por um tempo. O tratamento da doença é um dos mais intensos em termos de medicamentos que agem nos neurônios. Assim, eles evitam os disparos elétricos desordenados. 

Durante uma crise convulsiva, que costuma ser curta, o paciente pode se debater, morder a língua, se urinar e até mesmo vir a cair e se machucar. Isso porque a pessoa perde o tônus muscular, ou seja, a firmeza. Para os neurologistas, o primeiro passo é se manter calmo para poder ajudar e tirar qualquer objeto que possa machucar caso ela caia e dar suporte a cabeça e o que não se pode fazer durante uma crise: jamais segurar a pessoas, apenas ampará-la; nunca jogar nada no rosto, como água ou álcool, o que não irá ajudá-la a voltar à realidade e colocar o dedo ou objeto na boca da pessoa para evitar que ambos se machuquem. 

Cientistas encontraram uma cepa de gonorreia (causada por uma bactéria) extremamente resistente a antibióticos na Áustria. E agora, em novo comunicado, o Department of Public Health anunciou uma descoberta semelhante nos Estados Unidos: uma cepa mais resistente da bactéria, que vem causando o que chamam de “supergonorreia”. Dois casos foram relatados.  

De acordo com o comunicado, a bactéria adquiriu uma potente resistência a medicamentos e mostrou respostas reduzidas a cinco antibióticos diferentes, mas ambos os casos foram finalmente tratados com sucesso com uma injeção de alta dose do principal antibiótico atualmente recomendado para tratar a gonorreia – ceftriaxona.

##RECOMENDA##

USO DE PRESERVATIVO

A recomendação do Departament of Public Health é que as pessoas sexualmente ativas sejam regularmente testadas para infecções sexualmente transmissíveis e considerem a redução do número de parceiros sexuais e o uso de preservativo. O alerta da instituição é de que não haja nenhuma conexão direta entre dois indivíduos, o que sugere a existência de mais casos, ainda não detectados. Considerando que esse aumento de casos também já foi notado em outros países, os especialistas estão preocupados.  

Essa infecção é tratada com dois antibióticos, mas os médicos estão encontrando um número crescente de casos em que a bactéria desenvolveu algum nível de resistência a essas drogas. Um estudo publicado na revista científica Nature Communication apontou uma das causas da resistência: uma espécie de “armadura” feita de proteínas. Ela conta com aberturas muito estreitas que impedem a entrada de antibióticos na célula. Segundo o Centers for Disease Control and Prevention, a gonorreia pode infectar órgãos genitais, reto e garganta, e é mais comum entre jovens de 15 a 24 anos.

Para diminuir as chances de contrair, é importante estar atento aos sintomas como sensação de dor ou queimação ao urinar, aumento do corrimento vaginal, testículos doloridos ou inchados.

 

 [@#galeria#@]

O último dia do mês de fevereiro foi escolhido para marcar o Dia Mundial das Doenças Raras, desde 2008, pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis). A data tem como maior objetivo dar visibilidade às doenças raras, além de chamar a atenção dos governantes, profissionais de saúde e da população sobre a existência dessas doenças. Também é a oportunidade para conscientizar as pessoas sobre a importância de políticas públicas, das dificuldades que os pacientes enfrentam no seu dia a dia e buscar incentivo para pesquisas e tratamentos.

##RECOMENDA##

            Neste ano, durante o Mês Mundial das Doenças Raras, uma campanha realizada pelo Unidos Pela Vida - Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística, em parceria com o Instituto Vidas Raras, tem o tema "Ilumine com Solidariedade", com o objetivo de chamar a população a espalhar solidariedade, atenção e empatia às pessoas que vivem com uma doença rara no mundo, compartilhando informações para o conhecimento de todos. A campanha ganhou força nas redes sociais com as hastags #Iluminecomsolidariedade #DiaMundialdasDoençasRaras #RarediseaseDay2023.

 Doença rara, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é aquela que afeta até 65 indivíduos em um grupo de 100 mil pessoas. O número exato de doenças raras existentes é incerto, mas estima-se que são de 6 a 8 mil tipos em todo o mundo, o que corresponde a cerca de 300 milhões de pessoas, em um universo de 7,88 bilhões de habitantes, uma média de 5% da população mundial. Mais de 70% das Doenças Raras se manifestam na infância e o diagnóstico precoce, logo no nascimento, pode ser realizado por meio da triagem neonatal, conhecida popularmente como o teste do pezinho, ou em exames do pré-natal.

 O diagnóstico das doenças geralmente é complicado, demorado e muitos pacientes relatam passar por inúmeros profissionais de saúde, até conseguir ter um laudo conclusivo. Isso pode ocorrer pelo fato de os sintomas variarem de paciente para paciente, de doença para doença e se confundirem com outras doenças mais comuns, levando esses pacientes a um sofrimento na busca pelo diagnóstico, não só clínico, como psicossocial. 

        Esse é o caso da estudante de Odontologia Lia Leão Góes, de 21 anos, que possui o diagnóstico de uma doença rara, a Miastenia Gravis, e relata a dificuldade que foi chegar a ele. “O meu diagnóstico foi muito difícil, porque foram dois anos buscando vários profissionais, para ter um laudo e entender o que estava acontecendo, meus sintomas, até que encontrei um profissional que conseguiu me diagnosticar”, disse Lia. A estudante relata que chegou a passar por cerca de 10 profissionais em Belém e a realizar até mesmo uma viagem a São Paulo em busca do diagnóstico. 

        A Miastenia Gravis é uma doença autoimune que afeta as conexões entre os nervos e os músculos do corpo, levando o paciente a apresentar sintomas como fraqueza muscular e cansaços extremos. Pode afetar os músculos da face e respiratórios e a visão, causando queda de pálpebras e visão dupla, dificuldades para deglutição, fala, com comprometimento até mesmo dos movimentos de braços e pernas.

A doença se manifesta, na maioria das vezes, em mulheres entre as idades de 20 e 40 anos. No caso dos homens, menos frequentemente, entre 50 e 80 anos. Raramente é manifestada na infância. A Mistenia Gravios não tem cura, apenas tratamentos que melhoram o quadro do paciente para ter uma vida mais confortável.

 O tratamento para a Miastenia Gravis é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, e também nos planos de saúde. Mas essa não é a realidade para todas as doenças raras: cerca de 95% delas não possuem tratamentos, apenas cuidados paliativos para os sintomas, é o que destaca o neurologista Antônio de Matos. “O paciente com doença rara em geral tem um cunho genético associado, não é comum nós mudarmos o gene do paciente, visando ao tratamento dele. Porém, com os avanços das pesquisas, nós já temos medicamentos hoje que conseguem realizar esse tratamento. Fazendo um acompanhamento multidisciplinar, o paciente com doença rara consegue melhorar o dia a dia, dessa família, fazendo com que ele receba uma inclusão social. O tratamento vai muito além de um remédio, o tratamento é abraçar o paciente na causa e nas demandas dele como indivíduo complexo”, observou o médico.

            Atualmente tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei aprovado no Senado, e enviado para revisão na Câmara, o PL 4691/2019, da senadora Leila Barros (PDT-DF), que inclui uma ementa à Lei nº 6.259, de 10 de outubro de 1975, que “Dispõe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências”, para tornar obrigatória a notificação de doenças raras, visando assim ter um número correto de casos no Brasil e oferecer políticas públicas aos pacientes. O projeto está parado desde novembro de 2021. 

Uma vida com ressignificação

Lia Leão relata que no início a falta de informações, o não entendimento dos sintomas e a falta de um diagnóstico chegaram a lhe provocar vergonha de se socializar com amigos e familiares. Para ela, o diagnóstico, além do tratamento adequado, permitiu o entendimento sobre sua condição e melhora no bem-estar psicológico. “Agora que eu tenho mais acesso à informação e sei muito mais sobre a minha doença, me sinto melhor pra falar com as pessoas, minha família, meus amigos, sair, socializar e perdi a vergonha sobre o assunto”, assinalou.

O médico Antônio de Matos explica também que pacientes com doenças raras costumam ter uma vida com dificuldades principalmente relacionadas ao desconhecimento da sociedade, ocasionando a não inclusão do paciente em tarefas do dia a dia. “Falar sobre as doenças raras faz com que esses pacientes sejam mais incluídos na sociedade, recebam adaptações no seu dia a dia para que eles possam ter o mais próximo do habitual de independência, qualidade de vida. O Dia das Doenças Raras vem nos trazendo mais informações sobre isso", destacou. 

           A vida de um paciente com doença rara requer cuidados de uma equipe multiprofissional que busca o bem-estar, qualidade de vida e equidade dos pacientes para um convívio em sociedade. A estudante de Odontologia, que há menos de um mês passou por internação devido a uma crise miastênica, quadro agudo da doença, em um hospital particular, pelo plano de saúde, relata que a maioria dos profissionais que a acompanham são particulares. “Faço pilates para melhorar a minha força muscular, faço acompanhamento também com fonoaudiólogo, uma vez por semana, que me ajuda nos sintomas da disfagia, e também terapia com psicólogo e neurologista. Quando fiquei internada, no hospital eles realizaram um tratamento com a imunoglobulina, que é um tratamento que regula os anticorpos da doença que atacam meu corpo, é um tratamento que tem tanto particular como no SUS, caríssimo, difícil de conseguir e que eu não teria condições de pagar, só é realizado em hospitais”, disse Lia.

A estudante conta que há dois anos passou por mudanças e adaptações em sua rotina diária. “Eu vejo o que consigo fazer, dentro dos meus limites em relação ao esforço físico. Quando tô com uma maior dificuldade de me alimentar, por exemplo, procuro alimentos mais pastosos, líquidos, mais fáceis de mastigar, deglutir, a proteína que seja mais fácil de ter, utilizo também suplementos alimentares”, afirmou.

Ela relata que, além da dificuldade para se alimentar, já apresentou momentos com visão dupla em períodos quando precisou estudar mais, como semanas de prova da universidade, e tem dificuldade na fala, nos membros superiores em atividades como levantar peso. Há dias, informa, em que até mesmo para tomar banho e escovar o cabelo ela sente dificuldade. Como também para realizar tarefas corriqueiras do dia a dia e até para sorrir. 

A dentista Helen Damasceno, 40 anos, enfrenta situação complexa. Portadora de Lúpus e da Síndrome Rara de Anticorpo Fosfolípide, que causa distúrbios na coagulação, trombose e em casos mais extremos acidentes vasculares cerebrais, com diagnóstico há 20 anos, ela disse que saber o que estava tratando foi fundamental para buscar uma qualidade de vida e a diminuição das crises de dores na cabeça, anteriormente só tratadas como crises de enxaqueca. 

Hoje, consciente do seu quadro, Helen conseguiu um carro adaptado às suas necessidades, uma vez que desenvolveu uma diminuição das forças nos membros superiores e inferiores, alterando também a sua forma de dirigir. "Hoje eu preciso dirigir um carro adaptado, eu sou considerada uma pessoa com deficiência (PCD)", disse. 

         A dentista deixa um recado para a sociedade nessa data: "Eu acho importante frisar um alerta para as pessoas estarem sempre atentas aos seus sintomas, procurarem médicos quando apresentarem sintomas de algum problema, porque nunca se sabe se pode chegar a um diagnóstico de doença rara. Algumas são mais complicadas, mas possíveis de serem controladas. Isso que é importante, a gente ter a consciência de realizar o tratamento adequado para ter qualidade de vida. Assim como a importância do diagnóstico precoce. Se você tiver o diagnóstico precoce de qualquer doença é mais fácil de realizar o controle e não sofrer as formas mais graves delas", orienta.

Diagnóstico e tratamento 

         Pacientes com doenças raras podem procurar atendimento, diagnóstico e acompanhamento nas Unidades Básicas de Saúde ( UBSs) ou em hospitais ou serviço de média e alta complexidades, como ambulatórios especializados e serviços de reabilitação. As Universidades federais e estaduais, com seus hospitais universitários, também oferecem serviços voltados para pacientes com erros inatos do metabolismo. Além disso, existem 21 estabelecimentos de saúde habilitados como Serviços Especializados e Centros de Referência no País. 

Para maiores informações sobre a campanha nacional e global acesse https://vidasraras.org.br/sitewp/ , https://diamundialdoencasraras.unidospelavida.org.br/, http://www.rarediseaseday.org/ .

Por Monique Leão (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Um estudo brasileiro revelou que pessoas que tiveram um quadro leve da Covid-19 e desenvolveram ansiedade e depressão após a doença podem ter alterações cerebrais que afetam diretamente a estrutura e a função do cérebro, o que também compromete a memória.

A pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) será apresentada na 75ª Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia, em Boston. 

##RECOMENDA##

A PhD da Unicamp Clarissa Yasuda salientou que ainda há “muito o que aprender” sobre a Covid longa, e que uma gama de problemas de saúde estão incluídos na doença, como a ansiedade e depressão meses após a infecção. “Nossas descobertas são preocupantes. Mesmo pessoas com um caso leve de Covid-19 apresentam mudanças em seu cérebro meses depois”, disse. 

O estudo reuniu 254 pessoas com idade média de 41 anos e tiveram uma infecção leve da Covid pelo menos três meses antes. Os cientistas avaliaram os sintomas de depressão e ansiedade em cada participante. 

Dos 254, 102 voluntários apresentaram sinais das condições e 152, não. Varreduras cerebrais em todos os participantes foram realizadas após a avaliação e, nessa fase, eles analisaram se havia danos à massa cinzenta do cérebro para determinar se aconteceu um encolhimento da região. 

Os participantes que tiveram ansiedade e depressão depois da Covid-19, apresentaram um encolhimento na área límbica do cérebro, conhecida como a área emocional. No entanto, os voluntários sem sintomas e diagnóstico não tiveram encolhimento cerebral. 

O estudo também usou software especial para avaliar a função cerebral e as mudanças na forma como as áreas do cérebro se comunicavam. Ao total, foram analisadas 84 pessoas sem sintomas de ansiedade e depressão, 70 com sinais das condições e 90 sem diagnóstico recente de Covid-19. 

Os pesquisadores descobriram que as pessoas que apresentavam sintomas de ansiedade e depressão tinham alterações funcionais generalizadas em todas as 12 redes cerebrais testadas. Por sua vez, o grupo sem sintomas teve mudanças em apenas cinco. 

“Os nossos resultados sugerem um padrão severo de mudanças em como o cérebro se comunica, bem como em sua estrutura, principalmente em pessoas com ansiedade e depressão com síndrome de Covid longa, que afeta tantas pessoas”, detalhou Yasuda. 

“A magnitude dessas mudanças sugere que elas podem levar a problemas de memória e habilidades de pensamento. Por isso, precisamos explorar tratamentos holísticos, mesmo para pessoas levemente afetadas pela Covid”, complementou. 

 

Nem é preciso falar sobre o lado bom do Carnaval, ainda mais em 2023, depois de dois anos afastados do reinado de momo. Contudo, nem tudo é folia em meio ao agito dos blocos, troças e camarotes. Por isso, é importante ficar atento à saúde. Com sintomas parecidos, doenças como a gripe, o resfriado e o coronavírus podem confundir nos primeiros sinais. 

É importante lembrar que a automedicação deve ser evitada e que a pessoa doente precisa ser diagnosticada após atendimento médico especializado. Uma das principais características do Carnaval é a própria troca de calor humano, mas essa aproximação facilita a transmissão de microorganismos. Além de levar a alegria e a paz para vivenciar esse momento tão esperado, também é fundamental seguir as orientações de prevenção contra as doenças virais. 

##RECOMENDA##

Em relação aos primeiros sintomas, o resfriado se apresenta de forma mais branda. Ele geralmente causa tosse leve, espirros, coriza, dor de garganta e, as vezes, dores de cabeça e no corpo. Com um quadro parecido, mas menos persistente, ele pode ser confundido com uma crise alérgica, que também acompanha espirros, tosse, coriza, mas se diferencia por deixar os olhos irritados. 

Diferente da virose e do resfriado, a infecção pelo vírus da Influenza - popularmente conhecida como gripe - é um pouco mais intensa. Nem sempre com espirros, seu quadro resulta em febre, tosse, dores de cabeça, no corpo e garganta, cansaço e coriza. No início da pandemia, a gripe chegou a ser confundida com a Covid-19, mas há distinções.

A doença causada pelo coronavírus também se apresenta com febre, tosse seca e pode vir junto com cansaço, fadiga e até mesmo diarreia. No entanto, o Covid-19 pode levar o paciente à dificuldade de respirar, podendo chegar à falta de ar. 

Prevenção- A primeira barreira para essas doenças é cumprir o calendário de vacinação. O Ministério da Saúde recomenda formas de prevenção que, no geral, são voltadas à higiene. As principais são: 

- Lavar as mãos com frequência e evitar tocar nos olhos, nariz e boca;

- Usar lenço descartável para limpar o nariz, da mesma forma que a boca deve ser limpa com guardanapo descartável;

- Não compartilhar copos e outros objetos pessoais;

- Cobrir a boca e o nariz na hora de tossir ou espirrar;

- Tentar permanecer em ambientes mais arejados.

Apesar dos tratamentos existentes, a hanseníase continua infectando milhares de pessoas a cada ano, em particular nos países pobres, e embora pesquisas existam pesquisas, poucos laboratórios dedicam recursos à doença.

A hanseníase, uma patologia considerada vergonhosa por muitos, tem o triste privilégio de ser uma das 20 enfermidades tropicais que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera negligenciadas.

Causada pelo bacilo 'Mycobacterium leprae', esta doença transmissível ataca a pele e os nervos periféricos, com sequelas potencialmente graves.

Em 2022 foram detectados quase 216.000 casos em todo o mundo, em particular no Brasil e Índia, segundo a OMS.

A hanseníase persiste como "um problema grave" em 14 países da África, Ásia e América Latina.

Os dados podem ser apenas a ponta do iceberg, afirma o médico Bertrand Cauchoix, especialista na enfermidade da Fundação Raoul Follereau, que tem sede na França.

"Temos conhecimento do número de rastreados, mas não contabilizamos os esquecidos, os não detectados, que podem representar um número muito maior", explica.

A doença, favorecida pela promiscuidade e as condições de vida precárias, tem como particularidade um período de incubação muito prolongado, que pode chegar a duas décadas. E a demora no diagnóstico permite que continue infectando as pessoas próximas.

Há décadas existe um tratamento médico com três antibióticos.

Mas o tratamento pode chegar a 12 meses, o que dificulta o acompanhamento em países sem um sistema de saúde adequado.

"É necessária uma infraestrutura com cuidadores para dispensar os medicamentos, o que exige recursos", afirma Alexandra Aubry, professora de Biologia e especialista na doença do Centro de Imunologia e Doenças Infecciosas (CIMI) de Paris.

Os antibióticos existentes são doados pela fundação do laboratório suíço Novartis, que fabrica os remédios, por meio da OMS.

Bertrand Cauchoix, porém, aponta "um risco de tensões muito grandes" em caso de problemas na linha de produção dos antibióticos.

Em termos gerais, os laboratórios farmacêuticos não se esforçam para produzir novos medicamentos que seriam mais fáceis de administrar.

"Não há doações para a lepra, apenas doações de caridade", lamenta Cauchoix.

A doença é quase inexistente nos países ocidentais e se propaga em um número limitado de pacientes em países que não poderiam pagar caro por novos medicamentos.

Em seu laboratório de pesquisas em Paris, um dos poucos no mundo com capacidade para examinar esta bactéria, Alexandra Aubry avalia a eficácia de cada novo antibiótico que chega ao mercado para tratar outras doenças.

"Tentamos identificar as associações de antibióticos", explica Aubry. "Testamos todas as formas possíveis de simplificar para obter tratamentos mais curtos, como por exemplo uma vez por mês durante seis meses".

Também há projetos de vacinas, cada vez mais raros porque também faltam recursos. "É muito complicado ter financiamento para isto. Para avaliar a eficácia de uma vacina é necessário acompanhar a população vacinada durante 10 ou 15 anos", lembra Aubry.

O serviço de mototáxi ficou ainda mais popular com a chegada dos aplicativos de transporte no mercado. Com apenas um capacete e dezenas de passageiros ao dia, uma viagem de poucos minutos pode causar um problema grave à saúde. 

Os usuários são unânimes quanto à praticidade do serviço, mas alguns começaram a se queixar do uso compartilhado do equipamento obrigatório de segurança. Umidade, mau cheiro e suor são as principais queixas de quem utiliza as plataformas.

##RECOMENDA##

O biomédico especialista em Medicina Tropical Jailton Lobo explicou que o calor e a umidade dentro do capacete favorecem a disseminação de diversos tipos de microrganismos. Esse ambiente deixa os passageiros expostos à transmissão de piolhos ou até mesmo a doenças respiratórias graves, como a tuberculose.

"O usuário que tá com Covid, gripe ou qualquer vírus que cause infecção respiratória, e não tá fazendo uso de máscara, pode tá eliminando vírus que pode tá ali na viseira", apontou.

A lei diz que a viseira deve permanecer fechada ao longo do percurso, e essa condição também acaba facilitando a proliferação de fungos que podem causar micoses superficiais na pele e no couro cabeludo.

Boas práticas para controlar o risco de doenças

Para diminuir a transmissibilidade de parasitas, vírus e bactérias, o médico explica que é importante que o condutor mantenha uma higienização periódica. A limpeza vai depender do modelo de capacete. "O importante é se conscientizar que, pelo menos uma vez por semana, deve ser realizada a higienização desses capacetes, e sempre focar em evitar o acúmulo de umidade", observou.

Os modelos com forro removível podem ser lavados - até mesmo na máquina - e deixados para secar de forma completa para evitar a umidade. Nos modelos sem opção de remover o forro, a higienização também pode ser feita com água e sabão - em um pano úmido - e até mesmo álcool 70%.

Aos passageiros, o biomédico recomenda utilizar touca na cabeça e máscara como forma de prevenção. "O ideal é que cada indivíduo tivesse seu capacete para evitar o risco de contaminação, mas na prática isso não funciona. Então, o correto mesmo seria que as empresas de aplicativo forneçam toucas para proteger a cabeça dos usuários, como também, e de forma muito mais importante, máscaras para evitar o risco de alguma propagação de um microrganismo por via respiratória", orientou Lobo.

Diabetes é uma doença causada pela falta ou insuficiência na absorção de insulina, hormônio importante para transformar a glicose em energia para o corpo. Segundo dados da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), cerca de 13 milhões de brasileiros vivem com a doença. O número de casos no Brasil aumentou 26,61% em dez anos, de acordo com o Atlas do Diabetes. Para combater, é necessário que a pessoa mude a alimentação. Assim, para melhorar a dieta e ajudar a rotina, aplicativos de saúde podem ser úteis e por isso a equipe do LeiaJá selecionou três plataformas para ajudar a combater a diabetes através da alimentação. Confira a seguir:  

MySugr - Disponível em Android e iOS, o aplicativo registra dados e permite coletar informações terapêuticas todos os dias, além de mostrar refeições, dietas, consumo de carboidratos, nível de glicemia e insulina. A plataforma digital também tem uma versão mySugr PRO que possibilita relatórios em PDF e Excel. Lembretes de glicemia, possibilidades de registrar as refeições são algumas das opções para quem deseja ter a versão paga.  

##RECOMENDA##

Controle de glicose - Disponível em Android e iOS, o aplicativo gratuito e com anúncios funciona como uma ferramenta para ajudar pessoas que sofrem com a desregulação da glicose acima de dez anos de idade. Nesta plataforma, é possível ter dados do nível de glicose, configuração de alarmes, informações de alimentos permitidos e não permitidos, tabela informativa de valores de glicose e outras opções. Gratuito.

 One Drop - Disponível apenas para Android, o aplicativo gratuito é destinado para pessoas com pré-diabetes, diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e pressão alta. Além disso, é possível ter a versão PRO que possibilita um treinamento individual, aprendizagem interativa e indicação de glicose. Gratuito. 

Mais 924 casos de Covid-19 foram confirmados em Pernambuco nesta sexta-feira (30). Conforme a Secretaria de Saúde (SES), o estado totaliza 1.122.936 casos confirmados da doença.

Seis novos diagnósticos foram de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e os outros 918 considerados leves. Em relação ao total de casos, 60.599 foram graves e 1.062.337 leves, informou a SES.

##RECOMENDA##

Também foram confirmadas mais três mortes decorrentes do vírus, sendo uma mulher e dois homens. As vítimas de 66, 73 e 76 anos, moravam em Olinda, Recife e Santa Cruz do Capibaribe.

A pasta explicou que os novos óbitos ocorreram entre os dias 16/04/2021 e 28/12/2022. Com isso, o Estado acumula 22.579 vítimas fatais.

Luísa Sonza usou seu Twitter para desabafar sobre depressão. A cantora já falou abertamente sobre a doença e também já se afastou das redes sociais para se recuperar mentalmente.

Luísa abriu o coração e revelou que tem vezes em que fica mal:

##RECOMENDA##

Tem dias que é simplesmente insuportável viver.

Continuando com seu desabafo a cantora explicou que não tinha acontecido algo específico, como perguntaram para ela:

"Não, gente. Não precisa algo ter acontecido para um depressivo odiar viver ou sofrer por estar vivo. A vida dele, inclusive, em teoria, até pode estar perfeita".

Sonza recebeu vários conselhos e palavras de consolo de seus fãs e amigos, como Xamã.

Há três anos, a Covid-19 abalou o planeta. A pandemia não acabou, e pesquisadores alertam que devemos aprender com essa crise para lidar melhor com as próximas.

- A pandemia de covid vai acabar logo?

"Ainda não chegamos a esse ponto", alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) no início de dezembro.

Embora pelo menos 90% da população mundial tenha algum tipo de imunidade, "lacunas na vigilância, nos testes, no sequenciamento e na vacinação continuam criando as condições ideais para o surgimento de uma nova variante preocupante que pode causar uma mortalidade significativa", alertou seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A OMS é encarregada de declarar o fim das pandemias, "um momento extremamente importante" e polêmico, para o qual provavelmente ainda não está preparada, afirmou o microbiologista Philippe Sansonetti, na quarta-feira (7), no Instituto Pasteur.

Os especialistas esperam que a pandemia se torne progressivamente um vírus endêmico, que circulará e terá um ressurgimento regular, como o sarampo, ou a gripe sazonal.

- Podemos erradicar esta doença algum dia?

É muito pouco provável.

A epidemia de Sars (síndrome respiratória aguda grave) que eclodiu em todo mundo em 2003 e deixou quase 800 mortos, foi contida graças a medidas de isolamento e quarentena.

O vírus da varíola já foi declarado "erradicado" em 1980, graças a uma campanha de vacinação da OMS.

Mas esse cenário é extremamente incomum, e "a covid-19 preenche todos os requisitos errados" para erradicar um vírus, disse Sansonetti.

Para começar, parte dos portadores de covid é assintomática, o que dificulta o isolamento. O vírus é transmitido aos animais, que podem circulá-lo e reinfectar os humanos.

Além disso, as vacinas protegem bem contra as formas graves da doença, mas pouco contra as reinfecções, e não é vitalícia, o que torna necessárias as doses de reforço.

- Quais são os principais riscos a seguir?

Para o diretor da unidade genômica evolutiva de vírus RNA do Instituto Pasteur, Etienne Simon-Lorière, "hoje deixamos o vírus circular demais". Cada vez que alguém é infectado, podem aparecer mutações que podem fazer com que evolua para formas mais ou menos graves.

"Embora gostemos de acreditar, não há razão para pensar que ficará melhor", diz ele.

De fato, outros vírus respiratórios podem surgir. Desde o aparecimento da Sars, Mers e Sars-Cov2, "encontramos uma dúzia de coronavírus em morcegos que podem potencialmente infectar humanos", revelou Arnaud Fontanet, especialista em doenças emergentes do Instituto Pasteur.

Aproximadamente de 60% a 70% das doenças emergentes são de origem zoonótica, ou seja, são transmitidas naturalmente de animais vertebrados para humanos e vice-versa.

Os humanos intensificam suas interações com os animais e contribuem para perturbar o ecossistema, favorecendo a transmissão.

- Como se preparar?

Para Arnaud Fontanet, "muito pode e deve ser feito no início de uma epidemia". Em 2020, a Dinamarca impôs um confinamento muito cedo, graças ao qual saiu mais rápido, explica.

Também é importante desenvolver testes cedo, para isolar os doentes o mais rápido possível.

"Infelizmente, hoje ainda estamos na reação, e não na expectativa”, lamenta o pesquisador.

No nível internacional, volta a ser relevante o conceito "Uma só saúde", surgido no início dos anos 2000, que promove uma abordagem global para os desafios da saúde, associando a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente.

Um projeto de acordo global sobre gestão da pandemia foi debatido em Genebra na semana passada, na esperança de evitar os erros que marcaram a luta contra a Covid-19.

Cientistas comemoraram nesta quarta-feira (30) os resultados de um ensaio clínico confirmando que uma nova droga retarda o declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer, mas também apontaram alguns efeitos colaterais importantes.

Os resultados completos do ensaio clínico avançado (fase III) realizado com cerca de 1.800 pessoas durante 18 meses confirmaram uma redução de 27% no comprometimento cognitivo em pacientes que receberam lecanemab, um medicamento desenvolvido pelo grupo farmacêutico japonês Eisai e pela americana Biogen.

No entanto, os resultados, publicados nesta quarta-feira no New England Journal of Medicine, também apontam para efeitos colaterais, às vezes graves.

No total, 17,3% dos pacientes que receberam lecanemab sofreram hemorragias cerebrais, em comparação com 9% dos pacientes do grupo placebo.

Além disso, 12,6% dos pacientes tratados com lecanemab sofreram edema cerebral e apenas 1,7% no grupo placebo.

A taxa geral de mortalidade é quase a mesma nos dois grupos (0,7% nas pessoas que receberam lecanemab, 0,8% nas que receberam placebo).

"É o primeiro medicamento que oferece uma opção real de tratamento para pessoas com Alzheimer", disse Bart De Strooper, diretor do Instituto Britânico de Pesquisa em Demência.

"Embora os benefícios clínicos pareçam um tanto limitados, espera-se que eles se tornem mais evidentes se o medicamento for administrado por um período maior de tempo, disse ele.

Na doença de Alzheimer, duas proteínas-chave - tau e outra chamada beta-amiloide - acumulam-se gradualmente de forma anormal no cérebro, causando a morte das células cerebrais e o encolhimento do cérebro.

Isso causa perda de memória e uma crescente incapacidade de realizar tarefas diárias.

Essa doença afeta mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo.

O lecanemab tem como alvo os depósitos de proteína beta-amiloide, mas apenas nos estágios iniciais da doença, o que pode limitar seu uso, já que o Alzheimer costuma ser diagnosticado tardiamente.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando