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O Portal LeiaJá inicia nesta sexta-feira (19) uma série que apresentará as dez principais propostas dos candidatos à Presidência da República. O primeiro programa de governo a ser abordado é o de Eduardo Jorge (PV), que defende um modelo de economia baseada no desenvolvimento sustentável, o enxugamento da administração pública e uma reformulação na política de segurança pública.

Desenvolvimento sustentável
Tema tradicional do PV, o desenvolvimento sustentável é defendido como uma necessidade mesmo que, num primeiro momento, não haja crescimento da economia. O candidato também acredita que o Brasil precisa incentivar a adoção de combustíveis mais limpos para os automóveis e mudar a matriz energética. Se eleito, ele pretende orientar as políticas públicas sempre sob a premissa de equacionar social, ambiental e econômico; além de abrir 50% dos 67 parques nacionais ao uso público até 2018, priorizando a criação de um marco regulatório para essas concessões, e proteger a Amazônia e a Mata Atlântica, reduzindo o desmatamento a zero.

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Reforma política
A proposta prevê a diminuição do número de parlamentares, a junção da Câmara e do Senado, a priorização de votação para as leis de iniciativa popular, o voto facultativo, a eleição distrital mista, além da realização de um plebiscito para a implantação do parlamentarismo no Brasil. "Precisamos mudar a política brasileira para que ela não seja tão perversa e não destrua os partidos de ideais diferentes, que estão sendo destruídos por esse sistema político", salienta o candidato.

Gestão
O PV também quer reduzir o número de ministérios para 14, integrando as ações, diminuindo pelo menos em 50% o número de cargos comissionados e valorizando os funcionários de carreira e concursados. O programa de governo visa ampliar a carga de recursos para os municípios, atingindo a divisão em 33% para União, 33% aos estados e 34% aos municípios. Eduardo Jorge defende ainda a criação de uma nova esfera entre estado e município, para dar suporte especial às pequenas cidades.

Economia
Não aumentar a carga tributária e uma das principais propostas do candidato, que também defende a simplificação do sistema por meio do Imposto Único Arrecadatório Federal. Eduardo também pretende equilibrar a economia mantendo o superávit primário, câmbio flutuante e cumprindo as metas da inflação com diminuição das taxas de juros.

Energia
Para Eduardo Jorge, o Brasil deveria priorizar investimentos em fontes renováveis como a solar e a eólica. “A energia solar vai ser competitiva agora, do jeito que está caindo o preço e está subindo a tecnologia e a produção”, avalia. Segundo ele, o foco em biocombustíveis como o etanol também é uma possibilidade, desde que não haja prejuízos à produção de alimentos. “Sou ardorosamente favorável que nas grandes cidades brasileiras haja o pedágio urbano, porque o poluidor tem que ser pagador, ele tem que ajudar a transição dessa matriz. Tem que ter investimento em transporte público e limpo”, diz Eduardo Jorge, enfatizando que é necessário encontrar medidas para financiar a transição para um transporte menos poluidor, com incentivos a transportes sobre trilhos. Ele propõe ainda a substituição do programa de acordo nuclear que o Brasil tem com a Alemanha por um programa de cooperação em energia solar.

Previdência
No programa de governo apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele defende a criação de um regime básico único de previdência nacional usando o atual regime de INSS como ponto de partida. Dessa forma, seria estabelecido novas regras para os novos contratados dos setores públicos e privados, ficando mantidos os direitos adquiridos pelos trabalhadores que já estão no mercado. Para o presidenciável, uma das opções é estabelecer um teto para as aposentadorias que poderiam ser de até dez vezes o salário mínimo. Acima disso, o cidadão teria que recorrer à previdência privada. O partido admite ainda ajustes em relação ao tempo de contribuição e idades mínimas, mas não detalhou quais seriam os novos patamares.

Educação
Entre as propostas está a consolidação e a correção de distorções do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica como mecanismo para melhorar o salário dos professores. Inclusive, o partido defende implantação da carreira nacional para docentes do ensino fundamental. Também está previsto o fortalecimento das universidades como centros de extensão e pesquisa e intercâmbio mais amplo de brasileiros em universidades internacionais.

Saúde
Para o partido, as medidas imediatas precisam ser a melhoria no atendimento e a adequação da formação de acordo com a necessidade do SUS. “Precisamos da formação de médicos generalistas e de uma carreira nacional que priorize os médicos de saúde da família”, destaca. Caso seja eleito, o candidato pretende absolver os profissionais do programa Mais Médicos na rede pública de saúde, desde que os diplomas sejam validados e eles desejem permanecer no país, inclusive os médicos cubanos. O médico sanitarista também tem enfatizado a necessidade da legalização do aborto, não para incentivar a prática, mas para evitar o tratamento em clínicas clandestinas.

Segurança pública
“Uma refundação da polícia brasileira, com uma fusão cuidadosamente programada das polícias militar e civil, uma revisão na política penitenciária que garanta uma segurança rigorosa nos casos mais perigosos e, ao mesmo tempo, uma expansão das opções de regimes abertos, semiabertos e penas alternativas”, cita. A legenda também defende a regulamentação da maconha para fins medicinais e recreativos. Eduardo Jorge acredita que esta é uma forma de frear o crescimento do tráfico de drogas, já que o modelo repressor, na opinião dele, está em falência.  A proposta do PV é que o consumo da maconha seja permitido e fiscalizado assim como o comércio de bebidas alcoólicas e cigarro.

Desigualdade e miséria
Nesse eixo, o candidato defende a continuidade do programa Bolsa Família, mas com ampliações mais eficazes na questão da empregabilidade. O partido propõe ainda a regulamentação de impostos sobre grandes fortunas previsto na Constituição de 1988.

O candidato do PV à Presidência da República, Eduardo Jorge, criticou o programa Mais Médicos, do governo federal, e defendeu a reformulação do Sistema Único de Saúde (SUS). Para ele, o país precisa concentrar esforços na formação de médicos especializados na saúde da família.

O presidenciável admite que a população foi beneficiada com a melhoria do atendimento, mas ele considera a ação paliativa. "Nós encaramos essa importação de médicos como uma medida emergencial e de fôlego curto", ressaltou no programa de governo.

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Para o partido, a ação medida imediata precisa ser a adequação da formação de acordo com a necessidade do SUS. “Precisamos da formação de médicos generalistas e de uma carreira nacional que priorize os médicos de saúde da família”, destacou Eduardo Jorge.

Caso seja eleito, o candidato pretende absolver os profissionais do programa na rede pública de saúde, desde que os diplomas sejam validados e eles desejem permanecer no país, inclusive os médicos cubanos. “Vamos tratá-los com o mesmo respeito e gratidão que devemos aos médicos brasileiros e de outras nacionalidades. E vamos, é claro, pagar os mesmos salários. O que eles irão fazer com o dinheiro é decisão deles. O que não podemos é ser coniventes com um tipo moderno de escravidão”, disparou.

Na campanha pelo país, o candidato do PV à Presidência da República, Eduardo Jorge, tem defendido a reforma na Previdência para garantir que o Estado tenha condições de manter o sistema e evitar "o problema social e econômico que podemos vivenciar no futuro".

O partido chama a atenção para o aumento da expectativa de vida e a diminuição do número de contribuintes. “Com esse cenário, a Previdência Social será insustentável se não fizermos reformas agora”, salientou Eduardo Jorge.

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No programa de governo apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele defende a criação de um regime básico único de previdência nacional usando o atual regime de INSS como ponto de partida. Dessa forma, seria estabelecido novas regras para os novos contratados dos setores públicos e privados, ficando mantidos os direitos adquiridos pelos trabalhadores que já estão no mercado.

Para o presidenciável, uma das opções é estabelecer um teto para as aposentadorias que poderiam ser de até dez vezes o salário mínimo. Acima disso, o cidadão teria que recorrer à previdência privada. O partido admite ainda ajustes em relação ao tempo de contribuição e idades mínimas, mas não adiantou quais seriam os novos patamares.

O candidato do PV à Presidência da República, Eduardo Jorge, protocolou nesta quinta-feira (4), no Palácio do Planalto e na Embaixada da Alemanha, em Brasília, um pedido de audiência com a presidenta Dilma Rousseff e o novo embaixador alemão, Dirk Brengelmann, que assumiu o posto em agosto, para propor que não se renove o acordo de cooperação entre os dois países na área de energia nuclear.

Assinado em 1975, o acordo é renovado automaticamente a cada cinco anos, caso nenhuma das partes se posicione contrariamente no máximo um ano antes da renovação. Para que não seja renovado em 2015, essa posição deve ser evidenciada até 18 de novembro, explicou Eduardo Jorge, que defendeu um outro acordo, na área de energia solar.

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O pedido também foi assinado por representantes da organização não governamental (ONG) Greenpeace Brasil e da Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares.

De acordo com Eduardo Jorge, representantes dessas entidades vão participar da futura audiência com a presidenta e o embaixador. Além da não renovação do acordo nuclear, que, segundo ele, teve “resultados pífios e perigosos” em quase 40 anos, serão discutidos no encontro os protocolos de segurança das usinas nucleares.  “As informações que temos indicam que eles são muito antigos e superados, o que causa preocupação em relação à segurança necessária nas usinas Angra 1 e 2, por exemplo”, disse o candidato à Agência Brasil.

Por último, o candidato pretende propor um novo acordo entre Brasil e Alemanha, prevendo investimentos em pesquisas sobre energia solar. “A Alemanha está na vanguarda nas pesquisas e investimentos em energia solar. Essa associação seria boa para nós e para eles, que teriam como parceiro um país poderoso em energia solar, como o nosso”, disse. O candidato destacou que apenas 0,01% da matriz energética brasileira tem como fonte a energia solar. Na Alemanha, a representatividade já chega a 5% e tem elevadíssima taxa de crescimento. Em 2011, após o desastre ocorrido na usina japonesa de Fukushima. o governo alemão anunciou o fechamento de todas as usinas atômicas até 2022.

Eduardo Jorge disse que o PV acredita que, em dez anos, a energia solar será a principal energia renovável, a mais limpa e mais eficiente. “A eficiência cresce e os preços caem de forma acelerada”, afirmou o candidato, que cobra pressa nos investimentos na área. Ele citou um estudo do Greenpeace, segundo o qual a produção de energia solar é viável em 80% do território brasileiro.O estudo diz também que o Brasil tem potencial para se tornar  “campeão mundial” no setor.

Eduardo Jorge ressalta que o grande diferencial da Alemanha em termos de energia solar é a “democratização de sua produção energética”. “Até hoje, produzir energia sempre foi coisa de empresas muito grandes. A energia solar pode ter fazendas solares grandes também, mas você, na sua casa, eu, na minha casa, ela, na pequena fábrica dela, podemos, captando a energia fotovoltaica no telhado e em áreas livres no campo, produzir energia descentralizada. Além de ser a mais limpa de todas, e inesgotável, ela tem a vantagem de democratizar a produção e quebrar os monopólios de energia, o que nenhuma outra tem.”

O próximo compromisso de campanha do candidato do PV será amanhã (5), em Alagoas, no município União dos Palmares, próximo à capital, Maceió, onde visitará o Parque Memorial Quilombo dos Palmares e discutirá políticas sociais e de ação afirmativa para a população negra.

A condução da economia brasileira foi novamente alvo de ataques do candidato à presidência pelo PSDB, Aécio Neves, em debate na TV, realizado no final da tarde desta segunda-feira (1°). No momento em que os candidatos puderam fazer perguntas entre si, o tucano fez questão de questionar ao postulante do PV, se ele acredita “que o atual governo fracassou na continuação da política do país depois de doze anos?”. 

Eduardo Jorge disse acreditar que será deixado ao próximo presidente do país, o legado do baixo desempenho na economia. Porém, o candidato verde não disparou apenas contra a presidente Dilma Rousseff (PT), ele estendeu suas críticas a próprio Aécio e a Marina Silva (PSB). “No nosso ponto de vista do PV, ao contrário da maioria dos candidatos aqui, os três do G 3, nós não concordamos que esse controle da inflação tenha que ser feito pela bolsa Selic”, cravou.  Ele ainda fez um paralelo do desempenho da seleção brasileira na última Copa do Mundo. “Nós perdemos a copa, mas essa copa de campeão mundial de juros que os bancos nos cobram, se eu vou comprar bicicleta eu pago duas, porque eles estão confortavelmente sustentados pela Selic. Com esse dinheiro que vai fluir para a indústria, para o órgãos, agricultura e trabalhadores, vamos ter crescimento, com o crescimento você vai ter condições de ter mais recursos para fazer as políticas públicas e vai fazer uma política de controle da inflação dirigida para a inflação dos pobres, que é alimento e transporte”, disse. 

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Ao fazer sua réplica, Aécio concordou em parte com a resposta de Eduardo Jorge e citou números para reforçar que a país cresceu negativamente, “menos 0,6%, no segundo trimestre. Significa que os tão alardeados empregos estão indo embora. Esta é a realidade, país que não cresce não gera empregos, apenas nos últimos três meses na indústria de São Paulo, apenas de São Paulo, foram quinze mil postos de trabalho a menos. Os dados de julho e de junho desse ano foram os piores da série histórica dos últimos dez anos. Infelizmente esta é a herança perversa desse governo, que fracassou na condução da economia, na gestão do Estado, e na melhoria dos nossos indicadores sociais. O Brasil precisa de um novo ciclo de governo, caro candidato, que faça o Brasil voltar a crescer, controlando a inflação e a partir daí gerando empregos de melhor qualidade, é o que nós vamos fazer”, assegurou. 

Ao ter a palavra para fazer a tréplica, o verde disse estar surpreso que o tucano concorde com a ofensiva proposta pelo PV na bolsa Selic, “porque não foi esse o comportamento do PSDB como também não foi do PT, que foram bastante generosos com esses dez bancos que hoje controlam a economia do Brasil, mantendo-os muito bem cevados e deixando a míngua a indústria brasileira, o agronegócio brasileiro, aqueles comerciantes que querem trabalhar e principalmente a família trabalhadora, que quer e precisa melhorar renda”.

São Paulo, 30/08/2014 - O candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge, divulgou nota na qual critica o que chamou de "recuo" no programa de governo da concorrente Marina Silva (PSB) no que se refere à causa LGBT. O PSB divulgou neste sábado (30) errata a respeito do tema no plano de governo anunciado ontem, com uma nova versão mais genérica do que a original. Foi pelo PV que Marina disputou a Presidência da República em 2010.

Segue abaixo a íntegra da nota de Eduardo Jorge:

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ESTADO LAICO?

Divulgado ontem solenemente o Programa do PSB, registramos o avanço que havia em relação aos direitos das pessoas que querem ver respeitada sua livre orientação sexual. Durou pouco.

Bastou um influente pastor reclamar e ameaçar uma guerra santa e a campanha do PSB recuou em dois pontos essenciais: o reconhecimento do direito ao casamento para estas pessoas e na gravidade dos crimes de homofobia.

Outro aspecto pouco edificante, atribuir aos redatores do Programa algo que foi apresentado por um dos mais preparados quadros dirigentes do PSB, Maurício Rands.

Quanto à interrupção da gravidez, o PSB em nada muda a atual legislação que considera criminosas as milhares de mulheres que por algum motivo o fazem. O atendimento das exceções previstas na lei já é feito desde 1989. Mais uma vez, nada novo.

Fica nossa preocupação/constatação: será para valer mesmo a promessa do PSB de adotar uma política laica se por acaso conseguir vencer esta eleição presidencial?

Depois de ser chamada de "magrinha" na última terça-feira (26) pelo candidato do PV, Eduardo Jorge, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, postou nesta quarta-feira, 27, um vídeo de resposta em sua página no Facebook. A frase de Eduardo Jorge foi dita em tom de brincadeira, mas o post mostra um discurso inflamado de Marina em que ela se dirige "a quem diz que sou magrinha e fraquinha".

"Sou magrinha, mas eu venho da Amazônia. Tem uma árvore chamada biorana, tem a biorana branca e a biorana preta. A biorana preta não fica tão grossa, mas experimenta bater com o machado: sai faísca e ela não verga", diz Marina, em tom firme.

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Em encontro com representantes do Greenpeace e do Departamento Nacional de Aquecimento Solar (DASOL) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), o candidato do PV à Presidência da República, Eduardo Jorge, defendeu a ampliação da energia solar na matriz energética brasileira.

O presidenciável propõe um novo acordo de cooperação com a Alemanha relativo à energia solar, pondo fim em todos os projetos relacionados à energia nuclear no país. “O PV defende a energia solar como a mais importante fonte de energia para o futuro. Queremos estabelecer metas para sua utilização em todo o país. Em dez anos a energia solar vai ser competitiva em 80% do território”, explicou.

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Eduardo recebeu o documento do Greenpeace com propostas para o Brasil e se comprometeu com a meta de “prover aquecimento solar de água em um milhão de residências nos próximos quatro anos”. Durante o encontro, o candidato também aderiu ao abaixo assinado pela lei de iniciativa popular do desmatamento zero e manifestou apoio à campanha internacional Eu assino pelo Ártico, de defesa àquela região que se vê ameaçada pela exploração iminente de petróleo.

Propostas - Para Eduardo Jorge, ao longo dos debates, o eleitor perceberá o distanciamento do PV com a candidata do PSB, Marina Silva, que já foi filiada à legenda. Ele evitou críticas diretas a ela, mas afirmou que ele representa propostas mais radicais. “Em relação ao desenvolvimento sustentável ainda precisamos saber qual é a proposta do PSB, porque o programa do partido não apareceu até agora. Já o nosso programa é bastante radical. Em termos de sustentabilidade, o PV é uma referência e o porto seguro há 30 anos. Se a Marina convergir para a gente, fico feliz”, disse.

 

 

 

O candidato à Presidência da República pelo PV, Eduardo Jorge, afirmou nesta segunda-feira que mantém a sua proposta de fusão das duas casas parlamentares do Brasil, o Senado e a Câmara. De acordo com ele, essa seria uma das medidas para mudar a forma de fazer política no País, assim como o fortalecimento dos municípios no foco das políticas públicas. Eduardo Jorge também reafirmou, como está no seu programa de governo, reduzir de 39 para 14 os ministérios do governo federal, caso seja eleito.

O candidato criticou as regalias que os políticos têm atualmente. "Cada vez mais o político se afasta do povo com suas mordomias. Isso tem que acabar, porque atrapalha", afirmou, durante entrevista da série Entrevistas Estadão. "Para que deputado precisa de tantos assessores como hoje? Ele precisa é estudar, porque a maioria não estuda, não sabe quais são os projetos mais importantes", disse.

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Eduardo Jorge ainda reclamou da situação dos homens públicos atualmente, que, segundo ele, fizeram da política uma espécie de carreira. "Política não é profissão", afirmou. "Política no Brasil virou negócio."

Ele também disse que existe a necessidade de reforma no Partido Verde. "É verdade que o PV foi enferrujado pela política brasileira. O PV também sofreu esse processo de corrosão da política de representação. Ele precisa ser democratizado e seguir a reforma que eu estou propondo ao Estado Brasileiro e a política representativa do País", disse, durante entrevista da série Entrevistas Estadão. "O PV precisa ser reformado e se depender de mim essa campanha serve para isso", completou.

Jorge afirmou que esse processo de corrosão na política acontece em todos os partidos e defendeu uma forma nova de governo. "É necessário se adaptar a um novo tipo de política no Brasil, que aproxime a política de representatividade com uma maior participação da população. Mas não substituir pela política participativa direta, e sim uma contribuição", afirma.

Programa

O candidato disse ser natural que seu programa de governo tenha algum distanciamento de algumas posições do Partido Verde, mas minimizou essas diferenças. "Eu sou novo no PV, ainda aprendiz no ambientalismo. E tudo que está no programa, desde março deste ano, foi pesquisado nos programas de fundação do PV, nos congressos internacionais, apenas com alguma atualização minha", disse.

Ainda nesta semana serão entrevistados os candidatos do PSC, Pastor Everaldo, na quarta-feira, 20, e do PSOL, Luciana Genro, na sexta, 22. Os outros candidatos serão entrevistados nas semanas seguintes.

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Continua intensa a chegada ao Recife de políticos que almejam prestar as últimas homenagens a Eduardo Campos. No início da madrugada deste domingo (17), enquanto o público e o Palácio do Campo das Princesas esperam os restos mortais do ex-governador e seus assessores, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) e o presidenciável Eduardo Jorge (PV) destacaram o respeito que eles têm por Campos.

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Para Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara Federal, o partido precisa honrar os ideais de Campos. “Eduardo Campos sempre foi um homem de boa política. O partido precisa honrá-lo. Vim aqui deixar o último abraço a Campos”, disse Albuquerque.

De acordo com o presidenciável Eduardo Jorge, desde que foi confirmada a morte de Campos, o PV suspendeu sua campanha. “Suspendemos a campanha em respeito a Eduardo Campos, sua família e o estado de Pernambuco”, falou.

Centenas de pessoas aguardam a chegada dos restos mortais em frente ao Palácio. Até o fechamento desta matéria, o cortejo estava na Rua Visconde de Albuquerque, no bairro da Madalena, no Recife.

Com informações de Richard Wagner

O candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge, participou no último sábado (9) de debate no Fórum Social Temático sobre Energia. Os organizadores do evento, intitulado Energia: Para Que, Para Quem e Como?, convidaram os presidenciáveis deste ano para discutir a política energética. Ao citar elementos que considera importantes para a transição da matriz energética do país, o candidato defendeu o fortalecimento das fontes de energias renováveis e o abandono gradual das não renováveis.

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Para Eduardo Jorge, o Brasil deveria priorizar investimentos em fontes renováveis como a solar e a eólica. “A energia solar vai ser competitiva agora, do jeito que está caindo o preço e está subindo a tecnologia e a produção. Daqui a uns dez anos, ela vai ser competitiva com qualquer outro tipo de energia, talvez seja uma das mais limpas de todas”, avaliou. Segundo ele, o foco em biocombustíveis como o etanol também é uma possibilidade, desde que não haja prejuízos à produção de alimentos.

O debate ocorreu na Universidade de Brasília, onde os candidatos foram perguntados sobre os compromissos de seus programas de governo com a política energética, suas intenções de utilizar fontes de energia renováveis ou de continuar com alguns modelos energéticos atuais. De acordo com a organização do evento, oito candidatos à Presidência foram convidados. Dois compareceram (além de Eduardo Jorge, Zé Maria do PSTU esteve presente), e dois enviaram seus representantes (Eduardo Campos do PSB e Luciana Genro do PSOL).

“Sou ardorosamente favorável que nas grandes cidades brasileiras haja o pedágio urbano, porque o poluidor tem que ser pagador, ele tem que ajudar a transição dessa matriz. Tem que ter investimento em transporte público e limpo”, disse Eduardo Jorge, enfatizando que é necessário encontrar medidas para financiar a transição para um transporte menos poluidor, com incentivos a transportes sobre trilhos. “Não gastamos de forma eficiente a energia. Isso vale para tudo: a geladeira, a iluminação, o gasto com combustível”, disse.

Além de criticar a forma como o governo brasileiro vem lidando com o petróleo encontrado na camada do pré-sal, Eduardo Jorge propôs a substituição do programa de acordo nuclear que o Brasil tem com a Alemanha por um programa de cooperação em energia solar. “A Petrobras deveria transitar de uma petrolífera, datada para ser penalizada e cada vez mais taxada, para uma empresa de energia predominantemente renovável”, defendeu o candidato.

No Rio de Janeiro, o candidato participou do encerramento do Encontro Republica, que reuniu jovens de diversas partes do país. O candidato falou das propostas de governo do partido e respondeu perguntas dos participantes. Os pontos mais destacados por Eduardo Jorge foram o desenvolvimento  pautado na sustentabilidade, mesmo que alguns setores parem de crescer, e uma reforma política no país. "Precisamos mudar a política brasileira para que ela não seja tão perversa e não destrua os partidos de ideais diferentes, que estão sendo destruídos por esse sistema político", declarou. Ele disse que, se eleito,  a agricultura familiar, limpa e orgânica, com incorporação de tecnologia, será uma das prioridades do seu governo.

O candidato à Presidência da República pelo Partido Verde (PV), Eduardo Jorge, fez nesta sexta-feira sua primeira agenda de campanha na capital mineira. À imprensa, apresentou suas principais propostas e comentou a relação com a candidata a vice-presidente pelo PSB, Marina Silva. "Estar junto com Marina seria muito importante", disse o candidato.

Segundo ele, quando Marina se lançou candidata à Presidência pelo PV, em 2010, o partido "achou maravilhoso", mas houve dois tropeços. O primeiro, quando ela e o partido se declararam "neutros" no segundo turno. "Eu discordei. A questão não é apoiar A ou B, é analisar quem se aproxima das ideias do partido e indicar um voto para o seu eleitor", disse.

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O segundo tropeço, para o médico sanitarista, foi a briga com a direção do PV. "Foi uma disputa pelo pequeno poder e aí ela montou um partido com a cara dela. De um lado não é bom, porque um partido tem de ser heterogêneo. Mas foi uma pena não ter conseguido registro a tempo", afirmou. "Só que a coligação com o PSB causou estranheza a muita gente, porque não existe lugar mais tradicional que o PSB ante mesmo o próprio PT". Apesar das críticas, Eduardo Jorge desejou "boa sorte" à candidata a vice na chapa de Eduardo Campos (PSB). "Fazer aliança é melhor do que ficar de fora das eleições. Mas essa nova relação (Marina e PSB) não será fácil", ressaltou.

Jorge foi recepcionado pelo ambientalista Apolo Heringer e almoçou com ele no restaurante Reciclo, espaço cultural da Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável do Estado (Asmare), no bairro Lourdes. Depois, seguiu para a sede do PV estadual para conversar com jornalistas e militantes. Iria então ao Café Nice, no centro, para tomar o tradicional café de início de campanha, mas cancelou devido ao horário apertado para seu voo de volta a São Paulo.

Cortes no Estado

O candidato defendeu a redução dos atuais 39 Ministérios para 14, e propôs o corte do Ministério dos Direitos Humanos, Gênero, Nações Indígenas e Reparação das Sequelas da Escravidão. "Eles (os outros candidatos à Presidência) levaram a questão porque leram aqui", brincou, mostrando uma cópia das "Diretrizes programáticas para o PV 2014". Segundo ele, o documento está no site desde março e detalha a proposta da redução das atuais pastas.

Eduardo Jorge também defende o parlamentarismo e o voto facultativo e distrital misto. "Quero reduzir radicalmente os gastos da Câmara e do Senado. Para que um senador precisa de 40 assessores? Um meio é fundir os dois órgãos. Economizará recursos e tempo e os recursos podem ser aplicados na saúde e educação", explicou, dizendo que o modelo pode ser replicado na esfera estadual. "Sugerimos também que os vereadores não ganhem salário, como é feito na Suíça", disse.

Temas "órfãos"

Eduardo Jorge afirmou que os atuais candidatos não querem se posicionar sobre aborto, união homossexual e drogas - chamados por de temas "órfãos" - porque "falam o que os marqueteiros mandam". "Isso é liderança política? Não vejo essa coragem de falar sobre os assuntos em pessoas bem ilustradas como essas. Não acho que essas pessoas pensam diferente do que pensamos", declarou. "O que me atrapalha em falar sobre os temas? Nada. O comportamento deles (adversários) é preconceito, discriminação e dogmatismo. O Estado é laico", completou.

O candidato reiterou que o PV defende a legalização com moderação do uso de drogas psicoativas ilegais; a ampliação da oferta do planejamento familiar com a descriminalização do aborto, mas com a meta de reduzir a prática, e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. "Reconhecemos o que foi feito nos outros governos. O PV não é um partido destrutivo, mas queremos fazer diferente", declarou. "Quero ajudar o Brasil a decidir as eleições em segundo turno. Se não estivermos na segunda parte do pleito, pelo menos levaremos a influência e a consciência na decisão do eleitor", completou.

O ambientalista Apolo Heringer anunciou oficialmente nesta sexta-feira o seu apoio à candidatura de Eduardo Jorge (PV) à Presidência, após a visita do presidenciável à capital mineira. Enfatizou, porém, que não se filiará ao partido. "Eduardo Jorge me convenceu que é o melhor candidato que temos, não foge de temas, tem boas propostas. Fiquei bem impressionado. Mas não vou me filiar ao PV. Não gosto de partido", declarou.

Heringer chegou a se filiar ao PSB na tentativa de ser candidato da legenda ao governo de Minas Gerais. Um pouco antes da convenção estadual que definiria a posição do PSB no pleito deste ano - Júlio Delgado, deputado federal e presidente do PSB-MG também estava no páreo - Heringer renunciou à pré-candidatura. Seu nome foi substituído por Tarcísio Delgado, ex-peemedebista filiado ao PSB no ano passado.

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Questionado se ficou decepcionado com Marina Silva, que esteve em Belo Horizonte para defender a tese de candidatura própria do PSB em Minas, mas não defendeu enfaticamente o nome de Apolo, o ambientalista minimizou. "O preço da ilusão é a desilusão. Não teve ilusão com Marina e Rede. Apenas apostas de que a aliança teria forças para ser a terceira via, a alternativa ao PT e ao PSDB. Mas no fim essa aliança não emplacou uma candidatura diferente. Rede e PSB perderam essa oportunidade. E não falo só em Minas, mas em São Paulo também", declarou.

Após as recentes conversas com Eduardo Jorge, Apolo disse que o médico sanitarista "merece respeito". "Ele, sim, representa a terceira via. Só que o PV é um partido frágil, demorou a sair a sua candidatura. Mas o Brasil precisa de um movimento extrapartidário e extra período eleitoral para ter a sua transformação. Eu propus isso a ele", informou.

O candidato à Presidência da República, Eduardo Jorge (PV), participa, nesta terça-feira (5), do debate Maconha e eleições: a ousadia que faz a diferença, promovido pela Associação Cultural Cannábica de São Paulo, na Faculdade de Direito da USP. O tema está no programa de governo do partido, que defende a descriminalização do uso da maconha no Brasil.

Para o presidenciável, a regulamentação do uso é uma estratégia para combater a economia do crime. “Nossa proposta não é incentivar o consumo da maconha, mas descriminalizá-lo, por meio da regulamentação do acesso, da quantidade e da qualidade feita pelo Estado. É fazer o que hoje é feito com cigarro e bebida, se educar para não usar, não criminalizar e oferecer tratamento. É um grande golpe no mercado do crime”, frisou.

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Eduardo Jorge também disse que o Brasil deve avaliar as políticas desenvolvidas no exterior e trazer o que tem dado certo para o país. "Várias experiências pelo mundo vão neste sentido e demonstram que é preciso ir nesta direção com políticas mais humanas e inteligentes, que reduzam os danos causados pelo uso abusivo de qualquer droga psicoativa legal ou ainda considerada ilegal”, disse.

A proposta do PV é que o consumo da maconha seja permitido e fiscalizado assim como o comércio de bebidas alcoólicas e cigarro.

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A presidente Dilma Rousseff (PT) recuperou a preferência do eleitorado em Pernambuco. De acordo com um levantamento divulgado, nesta segunda-feira (4), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, a petista teria 40% dos votos pernambucanos na disputa pela reeleição. Já o ex-governador Eduardo Campos (PSB), apresenta uma queda na preferência estadual, 30% dos entrevistados apontaram que votariam nele para presidente.   

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O tucano Aécio Neves receberia 4% dos votos e o Pastor Everaldo (PSC) 1%. Zé Maria (PSTU), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Rui Costa Pimenta (PCO), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) não contabilizaram um ponto percentual. Os indecisos somam 26%.

“O dado deixa claro que ela tem condições de vencer a eleição em Pernambuco”, avalia o cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira. “O desenvolvimento da presidente Dilma certamente vem acompanhado de uma recuperação eleitoral, mas prefiro aguardar o guia eleitoral para saber se esta recuperação em Pernambuco também será nacional ou será apenas local”, observa. 

Para o estudioso, a estratégia saída de Campos do estado para tentar angariar votos em outras regiões do país, principalmente em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, pode causar perda de votos no reduto eleitoral dele. 

“No momento em que Eduardo Campos sai do estado, deixa um vazio. Parece até um paradoxo, eu saio do meu estado para tentar ganhar a eleição para presidente, mas aí eu termino perdendo o capital eleitoral no meu estado. Correndo o risco de perder no próprio estado dele”, pontua Oliveira. 

Campos também aparece com o percentual menor do que o da presidente Dilma, quando a análise dos votos é por regiões. Na capital pernambucana, ela seria votada por 32% dos eleitores, enquanto o ex-governador é preferido por 31%. Aécio teria 3%, Pastor Everaldo 1% e Zé Maria 1%. No Agreste a petista receberia 44% dos votos, Eduardo Campos 26% e Aécio Neves 4%. 

A diferença entre Dilma e Campos fica mais acentuada no Sertão e no São Francisco. A presidente teria 57% no Sertão, Eduardo 20%, Aécio 3% e Pastor Everaldo 1%. No São Francisco, a petista receberia 52% dos votos, o socialista 21%, o tucano 4%, Pastor Everaldo 2% e Levi Fidelix 1%. 

A situação é revertida pelo pernambucano entre os eleitores da Região Metropolitana do Recife (RMR) e da Zona da Mata. Na RMR, Campos configura 34% dos votos, a presidente é preferida por 33%, Aécio Neves por 3% e Pastor Everaldo por 1%. Já na Mata o percentual é ainda maior, o ex-governador aparece com 37%, Dilma teria 35%, Aécio Neves 4% e Pastor Everaldo 1%. 

Quando as intenções de voto são aferidas a partir do nível de escolaridade, para os que concluíram até o ensino fundamental a presidente Dilma configura 41% da preferência contra 30% de Eduardo. Aécio receberia 3% dos votos e Pastor Everaldo 1%. Aos que concluíram o ensino superior 40% votariam em Dilma, 28% escolheriam Campos para presidir o país, 7% prefeririam Aécio Neves e 1% Zé Maria. Os candidatos não citados nas regiões e por nível de escolaridade não atingiram 1% das intenções de votos.

O Instituto ouviu 2.482 pernambucanos, entre os dias 28 e 29 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 2,0 pontos percentuais e a confiança é de 95%. O levantamento foi registrad junto a Justiça Eleitoral, sob os números PE-00010/2014 e BR-00260/2014, no dia 25 de julho de 2014. 

Dados espontâneos

Ao serem provocados para indicar espontaneamente em quem votaria, Dilma permanece na liderança, com 36%, e Campos receberia 24%. Mesmo sem estar na disputa, o ex-presidente Lula (PT) também é apontado pelos entrevistados, 3% votaria nele. Aécio Neves aparece como o preferido de 3% e 2% indicaria outros candidatos não nominados. Os indecisos, neste caso, somam 32%. 

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O candidato à Presidência da República pelo PV, Eduardo Jorge, assinou nesta quinta-feira (31) um termo de compromisso que estabelece metas para o atendimento aos direitos das crianças e adolescentes em seu governo, caso seja eleito. Criado pela Fundação Abrinq, o projeto convida todos os candidatos a se tornarem Amigos da Criança.

O candidato do PV foi o primeiro entre os 11 presidenciáveis a assinar o termo. “Eu assino com segurança, pois são prioridades ligadas à criança, mas que, de certa forma, se espalham por várias políticas públicas. Educação, saúde, superação da pobreza, proteção ao meio ambiente e agricultura. Essas metas estão ligadas a todas essas áreas, que são prioridades do nosso programa”, disse Eduardo Jorge.

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A Abrinq, organização sem fins lucrativos voltada à defesa dos direitos da criança, tem o projeto Presidente Amigo da Criança desde 2002, que está na quarta edição. “O Brasil tem muitos desafios ainda na implementação de políticas voltadas a crianças e adolescentes. Um dos desafios é a questão do acesso às creches, o que é uma demanda especialmente das famílias mais vulneráveis. O Brasil alcançou somente em torno de 20% de inserção das crianças que precisam desse serviço. O desafio é o governo implementar essa política junto com os municípios, é lá que o prefeito tem que dar conta dessa política. O gestor precisa desse apoio federal”, disse a gerente executiva da Abrinq, Denise Cesário.

Eduardo Jorge disse que, se eleito, uma de suas metas é disponibilizar mais recursos para o cumprimento das metas da Abrinq. “Nenhum candidato vai deixar de achar que a criança brasileira é uma prioridade. Mas o que o nosso programa do PV coloca é como nós vamos ter os recursos a mais para investir nessas políticas na área da saúde, educação, defesa do meio ambiente, cultura de paz e agricultura limpa”, disse.

“Nós vamos cortar o que for necessário para poder ter mais recursos nessas áreas. No nosso programa, dizemos como vamos fazer isso, na reforma política, na reforma do pacto federativo, na diminuição de algumas estruturas que eu acho excessivas em Brasília, para que se tenha mais saúde e educação nos municípios”, declarou.

O Portal LeiaJá dá sequência, nesta quinta-feira (31), aos perfis dos candidatos à Presidência da República. Eduardo Jorge, do Partido Verde, defende um modelo de economia baseada no desenvolvimento sustentável, o enxugamento da administração pública e uma reformulação na política de segurança pública.

O candidato nasceu na Bahia, mas foi criado na Paraíba, onde deu os primeiros passos na política. Em 1980, ele integrou o grupo que fundou o Partido dos Trabalhadores. Em 2003, depois de desentendimentos com os petistas, ele se filiou ao PV. No Legislativo, ele exerceu um mandato de deputado estadual e dois na Câmara dos Deputados. Já no Executivo, Eduardo soma experiência no período em que esteve à frente das secretarias municipais de Saúde e do Meio Ambiente de São Paulo.

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Essa é a primeira vez que Eduardo se candidata à Presidência da República.  A atual vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, também do PV, completa a chapa com vice. O limite de gastos previstos para a campanha é de R$ 90 milhões.

Aos 64 anos, o médico sanitarista chega a essa corrida eleitoral disposto a discutir temas polêmicos. As ideias da legenda para a segurança pública do país preveem severas mudanças. “Uma refundação da polícia brasileira, com uma fusão cuidadosamente programada das polícias militar e civil, uma revisão na política penitenciária que garanta uma segurança rigorosa nos casos mais perigosos e, ao mesmo tempo, uma expansão das opções de regimes abertos, semiabertos e penas alternativas”, explicou.

Eduardo também defende a regulamentação da maconha para fins medicinais e recreativos. “Vários países estão se adiantando nesse sentido. O Brasil precisa rever a sua adesão incondicional à guerra militar contra as drogas para diminuir o sofrimento que essa política trouxe para o país”, frisou. A legalização do aborto também está na pauta.

Tema tradicional do PV, o desenvolvimento sustentável é defendido como uma necessidade mesmo que, num primeiro momento, não haja crescimento da economia. O candidato também acredita que o Brasil precisa incentivar a adoção de combustíveis mais limpos para os automóveis e mudar a matriz energética. Outro ponto de destaque é a reforma política, com a diminuição do número de parlamentares, extinção do Senado, priorização de votação para as leis de iniciativa popular, voto facultativo, eleição distrital mista, além da realização de um plebiscito para a implantação do parlamentarismo no Brasil. O PV também quer reduzir o número de ministérios para 14.

Mais informações no programa de governo e no site do PV.

Em reunião na sede do Instituto Sou da Paz, em São Paulo, nessa quinta-feira (24), o candidato do PV à Presidência da República, Eduardo Jorge, recebeu o documento “Agenda Prioritária de Segurança Pública”, formulado em conjunto com especialistas em segurança pública de todo o país, e que traz uma síntese dos pontos considerados fundamentais na agenda do próximo presidente.

Para o candidato, as propostas convergem com as ideias do partido para o país. “Uma refundação da polícia brasileira, com uma fusão cuidadosamente programada das polícias militar e civil, uma revisão na política penitenciária que garanta uma segurança rigorosa nos casos mais perigosos e, ao mesmo tempo, uma expansão das opções de regimes abertos, semiabertos e penas alternativas”, citou ele.

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A legenda também defende a regulamentação da maconha para fins medicinais e recreativos. Eduardo Jorge acredita que esta é uma forma de frear o crescimento do tráfico de drogas, já que o modelo repressor, na opinião dele, está em falência. “Vários países estão se adiantando nesse sentido. O Brasil precisa rever a sua adesão incondicional à guerra militar contra as drogas para diminuir o sofrimento que essa política trouxe para o país”, frisou.

Meio ambiente

O candidato do PV também recebeu sugestões do Greenpeace, com as demandas pensadas para diferentes frentes como Amazônia (incluindo a exploração sustentável de madeira), agronegócio, clima, energia, mobilidade urbana e desmatamento zero.

 

Para encarar a disputa eleitoral, o PV quer distanciar a imagem da sigla da atual candidata a vice pelo PSB, Marina Silva. Para o presidenciável Eduardo Jorge, a aliança representou um avanço por dar mais espaço para a sustentabilidade no discurso político e agora a legenda segue com propostas que abrangem inclusive uma reforma no sistema político do país.

“O PV é um partido de vanguarda, o que temos de patrimônio não é apoio de construtoras, aparelhos de Estado e sindicatos. O patrimônio do PV são as ideias”, frisou o candidato, que tem na chapa Célia Sacramento como candidata a vice-presidente. Uma das propostas para o setor de energia é o uso de energia solar. “As grandes petroleiras estão se transformando em empresas de energia. Quando o Brasil atrela todas as esperanças na matriz petrolífera, ele condena a Petrobras a ficar vinculada a uma energia superada. A ignorância do Brasil em relação à energia solar é inacreditável. Daqui a 15 anos, será viável, competitiva e mais limpa”, defendeu.

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A legenda também propõe a redistribuição dos recursos entre União, estados e municípios, o voto facultativo e a reformulação do Legislativo, com a extinção do Senado. “Hoje, tudo o que se vota na Câmara tem de votar tudo de novo no Senado. É um sistema ineficiente e caro. Também queremos diminuir o número de deputados e seus assessores. Deputado com muitos assessores é uma microempresa de clientelismo. Fui deputado por 20 anos, sei que dois assessores em Brasília e um no Estado resolvem”, disparou. Se eleito, Eduardo Jorge também promete diminuir o número de ministérios de 39 para 14, além de cortar 50% dos cargos de indicação.

Durante o debate, o candidato do PV afirmou que não irá evitar temas polêmicos. “Não fugimos de nada”, salientou ele, dizendo que considera a flexibilização do aborto. “O PV não estimula a interrupção da gravidez pelo aborto, é o partido do planejamento familiar. Só que não podemos abandonar milhares de mulheres à própria sorte e tratá-las como criminosas. Tem de legalizar com critério, indicando a fase da gestação e dando atendimento”.

Eduardo também vê vantagens na legalização da maconha. “Drogas como álcool e tabaco também trazem prejuízos e ninguém pensa em colocá-las na ilegalidade. Cerca de 10% dos usuários de Cannabis desenvolvem dependência. O Brasil precisa de coragem para, em vez de investir em polícia ou cadeia, usar essa dinheirama para diminuir o prejuízo que a maconha traz”, salientou. “Ao legalizar, descriminalizar e regular o consumo, o governo vai dizer três coisas: se possível, não use essa droga psicoativa. Se você usar, use o menos possível, como faz com tabaco e álcool. Terceiro, se você e sua família perceberem sinais de dependência, vamos te ajudar”, explicou.

O candidato do PV à Presidência da República, Eduardo Jorge, registrou a candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tarde desta quinta-feira, dia 3. Acompanhado da militância do partido, Jorge apresentou o plano de governo do partido e a previsão de gastos. São dez as diretrizes nas quais se baseia o programa o também protocolado no TSE hoje: desenvolvimento sustentável, reforma política, descentralização, economia, energia, previdência social, saúde e educação, cultura, combate à desigualdade, e internacionalismo.

Segundo o candidato verde, a intenção é "mostrar que o partido também trata de outros temas além do desenvolvimento sustentável". "O PV é o porto seguro da questão da sustentabilidade, mas quer influenciar todas as demais políticas públicas", justificou. A candidatura verde espera gastar R$ 20 milhões na campanha. Apesar de ser um dos menores orçamentos entre os presidenciáveis, Jorge diz esperar gastar ainda menos que isso. "Vou contar com a militância e com o patrimônio das ideias, que é o maior legado do PV", afirmou.

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Eduardo Jorge está na lanterna da corrida presidencial, com 1% da preferência, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira. Apesar disso e de contar com cerca de um minuto de tempo de programa de rádio e televisão, ele minimiza a pesquisa e até comemora o resultado. "É um resultado maravilhoso. Uma pessoa como eu ter cerca de 1 milhão de intenções de voto, antes mesmo do início da campanha, já é muito bom".

O presidenciável também sinalizou que não espera, com sua estrutura, conseguir passar do primeiro turno. Contudo, afirmou a necessidade de uma candidatura que se coloque como alternativa àqueles que não concordam com as ideias dos partidos tradicionais, referindo-se ao PT e ao PSDB.

Ao ser questionado sobre Marina Silva, que em 2010 teve mais de 20 milhões de votos no primeiro turno pelo PV e hoje ocupa a vaga de vice na chapa do PSB de Eduardo Campos, Jorge disse não esperar que sua sigla tenha o "monopólio" da ideia de sustentabilidade, mas disse que "os três principais partidos colocados hoje não têm tradição de que se manterão firmes no propósito da defesa do meio ambiente como forma de evolução dos demais quesitos".

Embora não tenha feito críticas diretas à Marina, o candidato do PV aproveitou para alfinetar a ex-correligionária. "Vice é uma coisa. Não é ela que carrega as ideias da chapa. Não que não seja importante. Estou muito feliz com minha candidata à vice. Não brigamos durante o período de pré-campanha", em referência às divergências internas na chapa pessebista. Marina e Campos divergiram em alguns pontos, como alianças regionais.

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