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Um programa de engenharia para preservar o aumento do nível das águas subterrâneas em uma série de catacumbas de 2.000 anos foi lançado neste domingo (3), em Alexandria, pelas autoridades.

O projeto, realizado com a ajuda da Agência americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), havia começado em novembro de 2017 para equipar o local com seis bombas de drenagem.

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Usadas entre os séculos I e IV da Era Cristã, as catacumbas de Kom el-Shuqafa foram descobertas em 1900 e são consideradas as mais famosas e importantes de Alexandria.

A mistura dos estilos egípcio, grego e romano compõem um conjunto de três tumbas subterrâneas esculpidas em calcário, onde eram sepultados os membros das famílias ricas da época.

"Este é um programa único, que combina arqueologia e engenharia", explicou Thomas Nichols, engenheiro consultor envolvido no projeto.

Em 1985, as autoridades egípcias lançaram um programa de drenagem das águas subterrâneas através de um sistema permanente de bombeamento.

Em 2015, a USAID concordou em financiar o programa de modernização. "Em seguida, pedimos o lançamento de um novo projeto em Kom el-Shuqafa para acabar com o problema das águas subterrâneas que ameaçam a zona há mais de 100 anos", disse o ministro da área de arqueologia egípcia, Khaled el-Anani.

Vários sítios arqueológicos egípcios estão ameaçados pelo aumento das águas subterrâneas, que debilitam a sua fundação, incluindo o Templo de Karnak, em Luxor, e a Esfinge de Gizé.

O aumento no nível de água subterrânea está ligado a vários fatores, incluindo um ambicioso sistema de irrigação, urbanização, vazamentos de esgoto, o aumento do nível do mar devido às alterações climáticas ou barragens artificiais.

Este projeto é "um exemplo do apoio dos Estados Unidos ao governo egípcio para preservar seu patrimônio cultural", disse Tom Goldberger, encarregado de negócios da embaixada americana no Cairo.

Segundo ele, Washington dedicou "mais de 100 milhões de dólares" a essa área "nas últimas décadas". O Egito intensificou recentemente a sua comunicação em torno das novas descobertas arqueológicas e projetos de restauração de locais antigos, em especial para reativar o setor do turismo, em dificuldade desde os protestos populares de 2011.

A justiça egípcia condenou à morte dois monges coptas ortodoxos acusados pelo assassinato de um bispo, um caso que estremeceu esta importante comunidade cristã do Egito em 2018.

O bispo Epifanius, 68 anos, dirigia o mosteiro de San Macario, em Wadi Al Natrun, ao noroeste do Cairo. Seu corpo foi encontrado no fim de julho em um corredor do mosteiro com ferimentos na cabeça, segundo a Igreja.

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A Promotoria acusou os monges Isaías Al Makari e Filotheos al Makari pela morte do bispo, por divergências não explicadas.

"Os relatórios sobre os dois acusados pelo assassinato do bispo Epifanius foram enviados ao mufti para obter sua opinião sobre sua execução", indicou uma fonte judicial.

A lei egípcia impõe aos juízes ouvir a opinião não vinculante do grande mufti do Egito, uma autoridade religiosa que confirma quase sistematicamente as condenações à morte.

Os juízes devem anunciar a decisão final em 24 de abril, depois de ouvir a opinião do mufti. Os dois acusados poderão apresentar recursos de apelação.

Os coptas representam 10% dos 100 milhões de egípcios. São alvos da violência de extremistas, especialmente do grupo Estado Islâmico.

O Museu Metropolitano de Arte (Met) devolverá ao Egito um antigo sarcófago banhado em ouro após a Justiça de Nova York determinar que tinha sido roubado deste país, informou a instituição. O museu tinha comprado o valioso caixão, que data do século I a. C., em julho de 2017 de um vendedor de arte de Paris por quase 4 milhões de dólares.

Contudo, o gabinete do procurador do distrito de Manhattan determinou que o ataúde dourado em forma de múmia tinha sido vendido com documentação falsa, inclusive uma licença de exportação falsificada emitida no Egito em 1971. Não está claro o motivo que originou a investigação da Procuradoria do distrito.

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Uma declaração desta sexta-feira citou o diretor-geral do Met, Daniel Weiss, expressando suas desculpas ao povo egípcio e especificamente ao ministro de Antiguidades do país, Khaled El-Enany. "Depois de nos inteirarmos de que o Museu foi vítima de uma fraude e, sem saber, participou do comércio ilegal de antiguidades, trabalhamos com o gabinete do procurador do distrito para sua devolução ao Egito", declarou Weiss.

O museu garantiu que "considerará todos os recursos disponíveis para recuperar o preço de compra pego pelo ataúde" e se comprometerá "a identificar como é possível fazer justiça" e como "ajudar a evitar delitos futuros contra bens culturais".

O sarcófago, decorado de forma refinada e já visto por quase meio milhão de visitantes desde que se tornou a peça central de uma grande exposição em julho, é banhado em ouro. Está inscrito na peça o nome de Nedjemankh, um sacerdote de alto escalão do deus Heryshef de Herakleopólis, que é representado por uma cabeça de carneiro.

O Parlamento egípcio aprovou tem de forma preliminar as emendas à Constituição propostas pelo principal bloco de apoio ao presidente Abdel Fatah al-Sissi, de 64 anos, que abrem a possibilidade da sua permanência no poder.

A reforma ampliaria o mandato de quatro para seis anos e, segundo a imprensa local, uma cláusula a ser adicionada permitiria mais dois mandatos. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Múmias que datam da dinastia ptolomaica de origem grega (323 a 30 a.C.) foram exibidas neste sábado (2) pelo ministro egípcio de Antiguidade no sítio arqueológico de Tuna al-Jabal, no centro do país.

Várias múmias de cor marrom, colocadas sobre o chão ou em caixões de argila, foram apresentados nas câmaras funerárias pelo ministro Khaled al-Enani.

"Até agora, temos mais de 40 múmias", disse o funcionário em um breve discurso à imprensa e especialistas egípcios e estrangeiros.

Desse total de múmias, "12 pertencem a crianças, seis são de animais e o restante são homens e mulheres adultos", assinalou à AFP Rami Rasmi, membro da missão arqueológica que começou no local em fevereiro de 2018.

De acordo com um comunicado do ministério, as múmias pertencem "provavelmente a uma família da pequena burguesia" e datam da era ptolomaica.

A dinastia ptolomaica, de origem grega, foi a última dinastia faraônica antes que o Egito passasse para o controle do Império Romano. Cleópatra fez parte dessa dinastia.

Fragmentos de argila e de papiros encontrados no local permitiram determinar que as múmias são desse período, disse o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Mostafa Waziri.

O período helenístico do Egito durou cerca de três séculos após as conquistas de Alexandre, o Grande e seus sucessores. Depois veio a hegemonia romana no Mar Mediterrâneo.

Após um século do seu descobrimento, a tumba do Faraó Tutancâmon, mumificado há mais de três mil anos, foi revitalizada e reaberta. O local onde o corpo do 'rei-menino' estava sepultado estava deteriorado pela ação do tempo, da poeira, umidade e danos provocados por visitantes. Além de restauração dos complexos afrescos que decoram as paredes, o teto também foi reformado.

Conforme matéria publicada pelo Extra Online, o processo de restauração de 10 anos teve que ser adiado devido à instabilidade política que o Egito passou em 2011, conhecido como “Revolução do Nilo”. Período no qual protestos derrubaram Hosni Mubarak do poder. Nesse período, pisos de madeira, iluminação e rampas internas da tumba foram substituídos, o que culminou na remoção temporária do próprio Tutancâmon. “É uma peça incrivelmente preciosa, então era um momento muito estressante para mover a múmia com segurança", declarou o diretor de comunicações do Instituto de Conservação Getty Neville Agnew, responsável pelo trabalho.

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A Região do Vale dos Reis, localizada na margem oeste do Rio Nilo, é o espaço onde foram construídas diversas tumbas aos faraós e nobres da época. O local já havia sido revitalizado algumas vezes, mas nunca com tamanho rigor. Conservacionistas, arquitetos, especialistas ambientais e cientistas iniciaram a revitalização com cerca de cinco anos de análise, e descobriram impactos ambientais, assim como danos causados por visitantes como pichações, arranhões e itens perdidos. Sobre o translado da múmia em um sarcófago de 250 kg, o diretor revelou que “foi aterrorizante”.

A passagem na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, na cidade de Rafah, foi reaberta na terça-feira (29) de maneira temporária para permitir a saída e entrada de pessoas ao território palestino sob bloqueio israelense.

Desde o dia 6, a passagem só estava aberta para entradas no território. Gaza está sob bloqueio israelense desde que o Hamas tomou o poder e expulsou as forças do Fatah, leais ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em 2007, após vencer as eleições gerais palestinas. (Com agências)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça egípcia condenou uma mulher a três anos de prisão por "assediar sexualmente" um macaco em uma loja de venda de animais, informou o jornal estatal Al-Ahram nesta sexta-feira (28).

Um tribunal da cidade de El-Mansura, no norte do Egito, declarou culpada Basma Ahmed, de 25 anos, de "incitação à libertinagem" e de ter "cometido um ato público obsceno", segundo uma fonte judicial citada pelo jornal.

Um vídeo do incidente mostra a mulher rindo quando toca as partes íntimas do macaco em uma loja de animais em El-Mansura, fazendo alusões de caráter sexual, enquanto outras pessoas ao seu redor gargalham.

Ahmed foi detida em outubro e "confessou (...) o incidente, mas disse que não tinha a intenção de cometer um ato indecente e que ela só queria fazer cócegas no macaco", segundo indicou o jornal.

O vídeo, que se tornou viral nas redes sociais, provocou uma enxurrada de comentários críticos à jovem.

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As autoridades egípcias abriram uma investigação após a publicação de um vídeo em que um casal nu aparece fazendo sexo no topo da Grande Pirâmide de Gizé, também chamada de Quéops, o que causou um grande escândalo no país.

O vídeo mostra um homem e uma mulher que sobem à noite até o alto da pirâmide e depois aparecem nus, fazendo sexo. A gravação, com mais de 2,5 milhões de visualizações, foi postada no YouTube pelo fotógrafo dinamarquês Andreas Hvid.

As imagens provocaram controvérsia no Egito porque muitos consideram uma falta de respeito pela herança egípcia. "Uma civilização de 7.000 anos foi transformada em cenário para uma cena sexual", escreveu um internauta egípcio no Twitter.

"Querem atacar a dignidade e o orgulho dos egípcios porque a pirâmide reflete a glória e a grandeza do povo egípcio", disse outro internauta. No entanto, as autoridades questionaram a veracidade das imagens e solicitaram uma investigação.

"O escritório do promotor egípcio abriu uma investigação sobre o ato do fotógrafo dinamarquês e a veracidade do vídeo e das fotos no topo da pirâmide de Quéops", declarou à AFP Mustafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo das Antiguidades do Egito.

"Se essas imagens foram realmente filmadas no topo da pirâmide, então se tratará de crime extremamente sério", acrescentou. No Egito, é proibido subir as pirâmides, embora todos os anos várias pessoas tentem fazer isso.

Em 2016, um turista alemão que tirou fotos e vídeos no topo da pirâmide de Quéops foi expulso do país por toda a vida.

Advogados afirmaram nesta quarta-feira (5) ter retirado várias denúncias contra uma atriz egípcia, acusada de "incitação à libertinagem" por ter usado um vestido transparente na semana passada, durante a cerimônia de encerramento do Festival Internacional de Cinema do Cairo.

A imprensa egípcia, estrangeira e as redes sociais divulgaram este caso envolvendo a atriz Rania Yuossef, de 45 anos.

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"Retiramos esta manhã (quarta-feira) a denúncia que apresentamos contra Rania Yussef", declarou à AFP o advogado Amr Abdel Salam, que destacou a anulação do comparecimento judicial, previsto para 12 de janeiro.

O advogado Samir sabri, conhecido por suas ações contra famosos, também confirmou à AFP que tinha retirado sua denúncia.

Perguntados sobre os motivos, os dois advogados mencionaram o fato de que a atriz pediu desculpas.

No entanto, Yussef assegurou na quarta-feira em um tuíte que a investigação continuava em curso, sem dar maiores detalhes.

A atriz reconheceu no Twitter que "não pensava que (o vestido) provocaria tanta indignação".

No Egito, são comuns este tipo de escândalo sobre os costumes, nos quais costumam ser envolvidas atrizes e cantoras.

As mais famosas, como Rania Yussef, costumam sair ilesas, mas outras menos conhecidas, como Shyma e Leila Amer, foram condenadas no começo do ano a um e dois anos de prisão, respectivamente, após terem postado videoclipes considerados provocadores demais de um ponto de vista sexual.

 A Uber lançou um novo serviço de micro-ônibus nesta terça-feira (4), no Cairo, capital do Egito. Em seu site, a empresa diz que a nova modalidade de transporte - chamada Uber Bus - usa a tecnologia para que o usuário reserve um assento num coletivo limpo, com ar condicionado e de alta qualidade.

Os passageiros só poderão solicitar o Uber Bus se seus locais de embarque e desembarque estiverem dentro das vizinhanças listadas nos mapas. O passageiro então deve digitar seu destino e o aplicativo informará exatamente quanto custa a viagem. Após isso, basta esperar pelo ônibus.

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O aplicativo exibirá informações como dados sobre o motorista e ponto de embarque. Neste momento, o assento em um veículo limpo e com ar condicionado já foi reservado. Segundo o Uber, é importante que o passageiro chegue ao ponto de partida antes do ônibus, pois o coletivo só vai esperar pelo usuário por dois minutos antes de seguir viagem.

No momento em que subir no ônibus, o passageiro só precisa digitalizar um código de barras enviado para seu smartphone e pagar a viagem com dinheiro ou pelo aplicativo.

Em uma coletiva de imprensa com as famosas pirâmides de Gizé ao fundo, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, disse que a empresa quer aumentar seu número global de usuários de 100 milhões para 1 bilhão, e que o novo serviço Uber Bus faz parte desse plano.

"Este é um produto que construímos para o Cairo. Agora será a maneira mais acessível de usar a tecnologia Uber para percorrer a cidade", disse ele. "Estou especialmente orgulhoso de acrescentar que o Cairo é a primeira cidade global a lançar o Uber Bus, complementou.

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A atriz egípcia Rania Youssef, de 45 anos, está dando o que falar, mas não por conta do seu trabalho com o entretenimento. Após marcar presença no Festival de Cinema do Cairo, na última quinta-feira (29), Rania foi duramente criticada por ter ido ao evento com um vestido transparente.

Segundo informações do jornal online estatal Al-Ahram Gate, neste sábado (1º), a atriz será julgada em janeiro de 2019 por incitar a imoralidade e promoção ao vício. Se for condenada, Rania Youssef poderá pegar até cinco anos de prisão por ter ido à cerimônia com o look.

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O ministério de Antiguidades do Egito anunciou nesta quarta-feira (28) a descoberta de oito sarcófagos contendo cada um uma múmia em uma pirâmide da necrópole de Dahshur, ao sul do Cairo.

Escavações que começaram em agosto permitiram descobrir "sepulturas que contêm oito sarcófagos de pedra carcária com múmias em seu interior", informou em um comunicado o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Mostafa Waziri.

Os oito sarcófagos se encontravam na pirâmide do rei Amenemhat II e datam do Período Tardio (entre 700 e 300 a. C.), segundo o ministério.

"As múmias estão recobertas por uma camada de cartonagem pintado em forma humana", explicou Waziri. "Três delas se encontram em bom estado de conservação", acrescentou.

A cartonagem é um material usado no rito funerário do Egito Antigo para cobrir as múmias.

Segundo o ministério, essas múmias serão expostas em breve nos futuros museus de Hurgada e Sharm el Sheikh, duas localidades turísticas às margens do mar Vermelho, no leste do país.

As autoridades revelaram em outubro de 2015 um ambicioso projeto denominado "Scan Pyramids", destinado a descobrir câmaras secretas no coração das pirâmides de Gizé e Dahshur e a esclarecer por fim o mistério que ronda sua construção.

Em abril de 2017, escavações na necrópole de Dahshur permitiram aos arqueólogos descobrir as ruínas de uma pirâmide de 3.700 anos de antiguidade.

Sete tumbas, quatro das quais datam de mais de 6.000 anos, foram descobertas em Saqqara, perto do Cairo, em uma missão arqueológica egípcia que descobriu, especialmente, besouros e gatos mumificados, informaram autoridades no sábado.

A descoberta ocorreu "em torno de uma área rochosa em torno do complexo funerário de Userkaf na necrópole (real) de Saqqara", que era a capital do Reino Antigo, disse o ministro de Antiguidades, Khaled El Enany.

Três dessas tumbas "datam do tempo do Novo Império e foram usados como uma necrópole para gatos", acrescentou ele em um comunicado.

As outras quatro tumbas remontam ao tempo do Antigo Império (4.300 anos aC), "dos quais o mais importante é o de Jufu-Imhat, guardião dos edifícios pertencentes ao palácio real, datando do final da Quinta Dinastia e do início do VI ", segundo o ministro.

Saqqara é uma vasta necrópole da região da antiga Memphis, onde incontáveis tumbas e os primeiros faraós foram encontrados.

O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Mostafa Waziri, disse que a missão egípcia, que funciona no local desde abril, também encontrou os primeiros besouros mumificados descobertos na necrópole de Memphis.

Dois grandes besouros mumificados foram descobertos dentro de uma tumba retangular em pedra calcária, disse ele.

Outra coleção de besouros foi descoberta dentro de um túmulo quadrado, em calcário com um besouro pintado de preto.

Além disso, dezenas de gatos mumificados foram descobertos, bem como 100 estátuas de gatos em madeira dourada e uma estátua de bronze, dedicada à deusa gata, Bastet.

Eles também encontraram uma coleção de estátuas em madeira dourada representando um leão, uma vaca e um falcão, de acordo com Waziri.

Os operários em andaimes devolvem a vida às muralhas do século XIII da mesquita de Baybars, uma renovação bem-vinda no bairro islâmico do Cairo, afetado por uma degradação que vem crescendo desde 2011.

Interrompidas pela Primavera Árabe e pelos distúrbios políticos e econômicos que a seguiram, as obras de restauração estão sendo retomadas, finalmente, nesta mesquita mameluca, em estado penoso há décadas.

Do outro lado deste bairro, considerado centro histórico, um novo projeto de restauração em torno à mesquita Al Maridani (século XIV) acaba de começar.

Mas a tarefa se anuncia imensa nesta área da capital egípcia, de 32 km2, registrada no patrimônio mundial da Unesco desde 1979, com cerca de 600 monumentos inscritos.

Mesquitas, mausoléus e centenas de residências antigas formam um tecido urbano único no mundo árabe, em torno a uma rede de ruas de terra estreitas, com barracas, cafés e edifícios baixos.

Construções ilegais

O Cairo histórico "é como a pintura de um porta-aviões: quando você acaba um lado, tem que começar tudo de novo no outro", disse Luis Monreal, diretor-geral da Fundação Aga Khan para a Cultura (AKTC), que trabalhou na reabilitação de vários locais do Cairo histórico desde o início dos anos 2000.

No entanto, após 2011, cresceram as destruições das residências antigas, que foram substituídas rapidamente por edifícios de seis a oito andares. Também aumentaram os roubos de objetos históricos nas mesquitas.

E embora os saques e construções ilegais tenham diminuído recentemente, segundo as autoridades, a cidade histórica, no coração de uma metrópole de 20 milhões de habitantes, continua afetada pela poluição atmosférica, cujas partículas ácidas atacam a pedra. Além disso, o lixo das casas se acumula na via pública.

Ante esta situação, a Unesco fez um alerta. Um informe do Comitê do Patrimônio mundial de 2017 urgiu que as autoridades egípcias "tomem todas as medidas necessárias para pôr fim à rápida deterioração" do bairro histórico do Cairo.

O ministro de Antiguidades, Khaled El Enany, visitou as novas obras de restauração em agosto e constatou o mau estado das antiguidades islâmicas. "É um fato", disse, e mencionou o saneamento deficiente.

No Egito, este ministério se beneficia dos rendimentos gerados pelos monumentos. Mas o turbilhão político que se seguiu à queda de Hosni Mubarak em 2011 e ao atentado do grupo jihadista Estado Islâmico contra um avião no Sinai em 2015 afetaram o fluxo de turistas.

Recentemente, o Egito começou a registrar um certo aumento do turismo, tendo registrado 8,2 milhões de visitantes em 2017, segundo dados oficiais. Uma quantidade ainda distante dos 14,7 milhões de turistas de 2010.

A renovação da mesquita de Baybars é paga pelo Cazaquistão (4,8 milhões de euros), e a de Al Maridani, pela União Europeia (1,2 milhão de euros) e pela Fundação Aga Khan (133.000 euros).

A cidade egípcia Sharm el-Sheikh ganhou uma estátua em homenagem ao atacante Mohamed Salah. A escultura, no entanto, chamou a atenção na internet pelos seus traços um tanto quanto diferentes do jogador. Os internautas chegaram a comparar a obra com o busto de Cristiano Ronaldo, que também foi alvo de brincadeiras na web. 

Os internautas também compararam a escultura a personagens do cinema como Dobby, de 'Harry Potter' e o ladrão do filme 'Esqueceram de Mim'. Confira alguns dos posts: 

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O Ministério do Interior do Egito afirmou neste domingo que foram mortos 19 suspeitos de envolvimento em um ataque letal a cristãos coptas há dois dias.

O ataque a tiros contra ônibus que levavam fiéis coptas saídos de uma visita a um mosteiro matou sete pessoas na sexta-feira. Foi o ataque mais mortal a cristãos egípcios no ano.

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O atentado, que teve autoria assumida pelo Estado Islâmico, encerra um período de quase um ano em que não havia registro de ataques em território egípcio. A calmaria vinha sendo considerada um sinal de sucesso pelo governo do presidente Abdel Fattah Al Sisi, que prometeu resgatar a segurança no país depois de anos tumultuados no cenário político.

Ex-chefe militar que assumiu o poder após um golpe em 2013, Sisi tem comandado uma batalha contra os militantes do Estado Islâmico concentrados na Península do Sinai, onde eles continuam a promover contínuos ataques contra forças de segurança.

O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por uma série de ataques contra a comunidade copta no Egito, incluindo bombardeios a uma igreja que deixaram dezenas de mortos.

O Ministério do Interior afirmou que as forças de segurança monitoraram suspeitos de participarem do tiroteio até um esconderijo no deserto na província de Minya. Ali foram mortos os 19 suspeitos. A declaração do Ministério não mencionava se houve sobreviventes ou se algum suspeito se rendeu.

Imagens mostrando os corpos ensanguentados e homens deitados na areia do deserto foram divulgadas pelo Ministério egípcio. Armas aparecem ao lado dos corpos. As fotos mostram ainda cabanas rudimentares contendo artigos básicos de alimentação e o que parecem ser bandeiras do Estado Islâmico impressas em papel.

A declaração e as imagens seguem um padrão que o Ministério do Interior do Egito tipicamente usa para anunciar mortes de supostos militantes em combate com policiais. Já houve vários anúncios do tipo este ano.

Um funeral para os fiéis coptas vítimas do ataque ocorreu numa igreja em Minya no sábado, com centenas de pessoas carregando os caixões brancos de seis dos mortos. A sétima vítima foi enterrada separadamente. Fonte: Dow Jones Newswires.

Sete cristãos coptas morreram nesta sexta-feira (2) no Egito quando homens armados abriram fogo contra um ônibus no qual viajavam, em um atentado reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

As vítimas estavam em um ônibus que passava pela província de Minya, a 200 quilômetros ao sul do Cairo, onde faziam uma peregrinação ao monastério de São Samuel.

Nesta sexta-feira, "um ônibus transportando coptas foi atacado perto do monastério de de São Samuel (...) deixando sete mortos e sete feridos", declarou uma fonte dos serviços de segurança.

"Dispararam contra um ônibus que transportava um grupo de coptas quando voltava do monastério de São Samuel", detalhou a Procuradoria-Geral, que anunciou a abertura de uma investigação e o envio de uma equipe ao local.

O bispo Makarios, da província de Minya, indicou em uma conversa por telefone que o ataque aconteceu "na estrada do monastério de São Samuel", e detalhou que o veículo se dirigia a Sohag, 500 km ao sul da capital egípcia.

O EI reivindicou este atentado por meio de órgão de propaganda Amaq.

"Os autores da emboscada aos visitantes (cristãos) no caminho do 'monastério de São Samuel', em Minya, são combatentes do Estado Islâmico", indicou o Amaq em comunicado publicado no aplicativo de mensagens Telegram.

Em maio de 2017, homens armados mataram 28 peregrinos coptas, incluindo muitas crianças, enquanto viajavam em um ônibus. O Egito respondeu a esse ataque, reivindicado pelo EI, com bombardeios aéreos contra campos extremistas na vizinha Líbia.

"Meus pêsames, com profunda tristeza, aos mártires que morreram hoje pelas mãos de traidores (...)", escreveu o presidente egípcio, Abdel Fatah Al-Sisi, no Twitter depois do ataque desta sexta.

"Desejo que os feridos se recuperem rapidamente e confirmo a nossa determinação de continuar lutando contra o terrorismo e perseguir os autores", continuou.

Um braço egípcio do EI está ativo no norte da península do Sinai, de onde ataca as forças de segurança, especialmente desde que o Exército derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi, em 2013.

Também ataca os cristãos coptas, forçando dezenas de famílias a fugir da região.

Em fevereiro de 2018, o Exército realizou uma ofensiva contra os extremistas no Sinai e afirma ter matado mais de 450.

Os coptas representam a comunidade cristã mais antiga do Oriente Médio e a mais numerosa, com cerca de 10% dos 100 milhões de egípcios.

A seleção brasileira masculina de vôlei oscilou acima do esperado nesta quarta-feira, em sua estreia no Mundial, mas conseguiu vencer o Egito sem maiores sustos, pelo placar de 3 a 0, com parciais de 25/17, 25/22 e 25/20. A primeira partida do Brasil foi disputada na cidade de Ruse, na Bulgária - o grande evento é realizado também na Itália.

Em sua estreia em Mundiais como treinador da seleção, Renan Dal Zotto escalou a equipe brasileira com Douglas, Wallace, Isac, Lucão, Kadu, Bruninho e o líbero Thales. Esta formação iniciou as três parciais do jogo. Ao longo dos sets, o treinador colocou em quadra Maurício Souza, William Arjona e Evandro

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Favorito, o Brasil dominou o primeiro set, como era esperado. Mas, na segunda parcial, a equipe nacional sofreu forte queda de rendimento. Seguia controlando a partida, mas permitia surpresas do rival. O Egito chegou a virar o placar na segunda parcial ao fazer 8/7.

Sofrendo mais do que o esperado, os brasileiros reagiram prontamente, viraram novamente o marcador e fecharam o set. Na sequência, começaram mais atentos a terceira e última parcial. Mas o roteiro do set anterior foi repetido. Novamente, a seleção oscilou em quadra e permitiu o crescimento egípcio, contido a tempo de o Brasil fechar o set e a partida.

"Hoje em dia os jogos estão muito iguais. Mas, no final dos sets, a gente conseguia fazer uma boa sequência de saques e fechávamos os sets", comentou Lucão, em entrevista ao Sportv, logo após a partida. O jogador admitiu os vacilos da equipe. "O importante contra um time como o Egito é não dar uma sequência de erros, e isso não conseguimos fazer tão bem no terceiro set."

Wallace e Douglas foram os principais destaques da seleção. Ambos marcaram 12 pontos. Só não foram tão bem quanto Ahmed Abdelhay, maior pontuador da partida, com 13 acertos, em favor do time egípcio.

Com a vitória, o Brasil somou três pontos e divide a ponta do Grupo B com Canadá e França, que também venceram em suas estreias, nesta quarta. Os franceses derrotaram a China, também por 3 sets a 0 (25/20, 25/21 e 25/17), porém com mais facilidade.

Atual vice-campeã da Liga das Nações (antiga Liga Mundial), a França será justamente a próxima adversária do Brasil. O jogo será disputado nesta quinta-feira, às 14h30 (horário de Brasília). "Este confronto com a França está virando um clássico. Acredito que vai ser a uma boa partida de vôlei para todo mundo", projeta Lucão.

OUTROS RESULTADOS - Ainda pelo grupo do Brasil, o Canadá derrotou a Holanda por 3 a 0, com parciais de 25/15, 25/23 e 25/18. Pelas demais chaves, Camarões derrotou a Tunísia por 3 a 0 (25/20, 28/26 e 25/21), o Irã bateu Porto Rico também por 3 a 0 (25/19, 25/14 e 25/18), a Eslovênia superou a República Dominicana por 3 a 1 (22/25, 25/13, 25/13 e 25/17).

Atuais campeões da Liga das Nações, os russos venceram a Austrália por 3 sets a 0, com parciais de 25/21, 25/20 e 25/16). E a Polônia ganhou de Cuba por 3 a 1, com parciais de 25/18, 25/19, 21/25 e 25/14.

O atacante Mohamed Salah foi o principal destaque na goleada do Egito sobre Níger por 6 a 0 neste sábado, em casa, em duelo válido pelo Grupo J das Eliminatórias da Copa Africana de Nações. O jogador do Liverpool marcou dois gols, deu duas assistências e ainda perdeu dois pênaltis.

A primeira das penalidades desperdiçadas foi logo aos três minutos. No entanto, o atacante se recuperou logo depois e, aos 11, deu assistência para Marwan Mohsen abrir o marcador. Ayman Ashraf ampliou. Salah voltou a perder um pênalti aos 29, mas pegou o rebote e marcou o terceiro do Egito. No segundo tempo, os anfitriões mantiveram o domínio da partida. Mohsen aproveitou passe do jogador do Liverpool para fazer o quarto. Salah fez o quinto e Elneny garantiu os 6 a 0.

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A seleção egípcia havia perdido na estreia das Eliminatórias para a Tunísia por 1 a 0. Agora, o time de Salah se prepara para enfrentar a Suazilândia em 9 de outubro, fora de casa. A Tunísia recebe a Suazilândia neste domingo no complemento da segunda rodada desta chave.

Ainda neste sábado, Marrocos bateu Malawi por 3 a 0 pelo Grupo B, a África do Sul empatou sem gols, em casa, com a Líbia pelo Grupo E e Moçambique e Guiné Bissau ficaram no 2 a 2 pelo Grupo K.

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