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O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018, no Rio de Janeiro, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. A informação foi publicada neste domingo (21) pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Ainda de acordo com a coluna, a delação ainda precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Após a delação premiada de Élcio Queiroz, novas peças que desvendam o planejamento e o desdobramento dos assassinatos foram obtidas pelos investigadores. Porém, outras perguntas ainda precisam ser respondidas para solucionar o crime ocorrido há cinco anos.

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No dia 14 de março de 2018, Marielle foi morta a tiros no bairro do Estácio, na região central da capital carioca. A vereadora, que estava saindo de um evento com mulheres negras, foi morta com quatro disparos na cabeça. Anderson Gomes, motorista do carro que a transportava pela cidade, foi atingido por três projéteis nas costas e também faleceu.

Em dezembro do ano passado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, reafirmou que a Polícia Federal (PF) esclarecerá o assassinato da vereadora carioca e do motorista Anderson Gomes. “Até onde esta fase chegará, eu realmente não sei, mas chegará ao final, qualquer que seja ele”, comentou Dino, na época.

 

 

 

 

O ex-policial militar Elcio Queiroz confessou que participou da execução da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do motorista da parlamentar, Anderson Gomes, em março de 2018, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Queiroz está preso desde 2019 e sempre manteve a versão de que dirigia o carro envolvido no crime, mas que não tinha ligação com o assassinato em si.

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Em um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF), ele fez a confissão e reiterou a participação de Ronnie Lessa, já preso e acusado pelo crime. 

As informações são do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), divulgadas em uma entrevista ao lado do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Segundo o governista, a delação embasou a operação desta segunda-feira (24), que prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, na capital carioca. Maxwell, conhecido como “Suel”, também foi citado na delação de Elcio Queiroz. 

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Na delação que já foi homologada, Élcio confessou ter dirigido o carro usado no dia 14 de março de 2018 para o ataque contra a vereadora, relatou que Ronnie Lessa foi quem fez os disparos e apontou o ex-bombeiro, preso nesta segunda-feira, como a pessoa que vigiou a vereadora.

Suel já tinha sido condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, e cumpria a pena em regime aberto. No entanto, segundo as apurações, ele também participou do planejamento dos assassinatos. 

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) requereu à Justiça que o sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-policial Élcio Queiróz, acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, sejam levados a júri popular.

A Promotoria também solicitou que Lessa e Queiróz sejam separados em presídios federais distintos. Eles estão presos na penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia.

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“O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) confirma que pediu a pronúncia – decisão que remete os autos ao tribunal do júri por considerar presentes todos os requisitos que tornam admissível a acusação – dos denunciados Ronnie Lessa e Élcio Queiróz. O pedido foi feito nas alegações finais do processo que os aponta como executores de Marielle Franco e de Anderson Gomes. No documento, o Gaeco/MPRJ também "requer que os réus sejam separados em presídios federais distintos até o julgamento”, diz a nota do MPRJ.

Em março do ano passado, segundo a promotoria, os dois foram denunciados depois de análises de diversas provas. Lessa teria sido o autor dos disparos de arma de fogo e Queiróz, o condutor do veículo usado na execução. De acordo com o MPRJ, o crime foi planejado nos três meses que antecederam os assassinatos.

A vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados em 14 de março de 2018, quando o carro em que estavam foi atingido por tiros na região central do Rio de Janeiro.

Defesa

O advogado Fernando Santana, da defesa de Ronnie Lessa, disse que as provas nos autos não são convincentes para que haja a continuidade da ação penal. “Vamos nos manifestar contrariamente. Em razão de todas as divergências ocorridas no processo, a gente entende que ele [Lessa] tem que ser impronunciado”.

Sobre o pedido de separação de Lessa e Queiróz em presídios federais distintos, o advogado disse que a medida é desnecessária. “Eles já estão presos juntos desde o primeiro dia. Acho que isso não vai influenciar em absolutamente nada”.

O advogado Henrique Telles, que defende Élcio Queiróz, negou a participação de seu cliente no crime. “As investigações não lograram comprovar os executores do duplo homicídio. As investigações são eivadas de erros”.

Telles também criticou o pedido de separação dos réus. “A manutenção em presídio federal é uma medida que a gente já não concorda, tendo em vista que os afastou da família. Outra medida que entendemos ser equivocada. Estamos refutando tudo isso”.

 

 

 

 

Um tuíte realizado no mesmo dia da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrida no dia 14 de março de 2018, põe em dúvida a negativa de Jair Bolsonaro sobre a liberação da entrada de um dos acusados em seu condomínio. Em depoimento, o porteiro garantiu que ouviu a voz de "Seu Jair" no interfone, enquanto o presidente o contrapõe ao relatar que cumpria agenda em Brasília.

De acordo com a jornalista Thais Bilenky, a assessoria do então deputado Bolsonaro informou que ele sofreu uma intoxicação alimentar e precisou retornar ao Rio de Janeiro no mesmo dia em que, supostamente, liberou a entrada de ex-policial militar Élcio Queiroz em seu condomínio.

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O porteiro do Vivendas da Barra relatou que, no dia do crime, interfonou para a casa de "Seu Jair" e ouviu a liberação dele. O presidente esbravejou em uma live e negou o contato, alegando que cumpria agenda na Câmara dos Deputados, em Brasília. Élcio é um dos acusados de assassinar Marielle. Ao entrar no condomínio, segundo relato do porteiro, o ex-policial seguiu para a casa do outro acusado, Ronnie Lessa. Os dois estão presos.

O presidente ainda não se pronunciou sobre a informação resgatada do Twitter da jornalista do dia 14 de março de 2018.

A Polícia Civil do Rio apreendeu nessa quinta-feira (7) o sistema de comunicação da portaria do condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), onde morava e foi preso em março passado Ronnie Lessa, um dos acusados pelas mortes da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) também tem casas nesse condomínio. Ele residia em uma, antes de tomar posse como presidente, e seu filho Carlos mora em outra.

Consultada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Polícia Civil afirmou que a investigação sobre o caso transcorre sob sigilo e, por isso, não iria se pronunciar.

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A intenção da Polícia é fazer uma perícia para tentar esclarecer a entrada, no condomínio, no dia da morte de Marielle, de Élcio Queiroz, outro acusado de participar do duplo assassinato. Em depoimento, um porteiro do condomínio afirmou que, ao entrar no Vivendas na tarde daquele dia 14 de março de 2018, Élcio teria informado que iria à casa 58 - onde morava Bolsonaro. O porteiro teria conversado, por um sistema de comunicação, com alguém no imóvel do atual presidente, naquela ocasião. Segundo ele, "seu Jair" liberou a entrada.

Essa versão baseia-se em anotações em um livro da portaria e em dois depoimentos do empregado. Neles, o porteiro teria dito à Polícia que, ao verificar, pelas câmeras de vigilância, que o visitante não ia para a casa de Bolsonaro, mas para o imóvel de Ronnie Lessa, teria ligado novamente para a casa do então deputado federal. "Seu Jair" teria dito que sabia para onde Élcio se dirigia.

Nesse dia, porém, Bolsonaro estava em Brasília, onde gravou vídeos e registrou presença em de votações na Câmara. O conteúdo do depoimento do porteiro foi revelado pelo "Jornal Nacional", da Rede Globo, na semana passada.

Na ocasião, o advogado Frederick Wassef, que representa Bolsonaro, negou a versão do porteiro. Afirmou que se tratava de uma "tentativa de atingir o presidente".

No dia seguinte, o Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) convocou entrevista coletiva para afirmar que a informação fornecida pelo porteiro era falsa. Baseou-se em um exame realizado naquele dia, em menos de três horas, como mostrou a reportagem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acusado pelo Ministério Público de mentir sobre quem permitiu a entrada de Élcio Queiroz no condomínio Vivendas da Barra no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), o porteiro do local pode ser convocado pelas promotoras a prestar novo depoimento. Em duas oportunidades, ele teria dito às promotoras que, em 14 de março de 2018, Queiroz teve sua entrada no condomínio liberada pela casa 58, que pertence ao presidente Jair Bolsonaro.

A informação foi revelada semana passada pela TV Globo. A liberação teria sido anotada no livro da portaria, segundo a reportagem. O porteiro teria declarado ainda que, o acesso foi liberado por "seu Jair". Na época deputado, Bolsonaro estava na Câmara dos Deputados, em Brasília, naquele dia.

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O MP apresentou um áudio do sistema de comunicação interno do condomínio, em que Ronnie Lessa, da casa 65/66, autoriza a entrada de Queiroz. Com base nele, promotoras disseram que o porteiro mentiu. Peritos criminais questionaram a validade do áudio como prova porque ele foi analisado apenas por técnicos do MP e em menos de 2h30. "O material está à disposição do juízo", informou o MP. "Caso queira, a defesa pode requerer nova perícia."

Em depoimento dado em 4 de outubro, a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, Queiroz confirmou que esteve na casa do amigo naquela noite. Lessa, que também foi interrogado, contou que os dois ficaram bebendo em sua casa, foram a um bar próximo ver um jogo de futebol e beberam até "três, quatro da manhã". As promotoras não questionaram quem liberou a entrada de Queiroz. Élcio e Lessa negaram ter matado a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes.

Quando lhe perguntaram se conhecia alguém no condomínio além de Lessa, Queiroz respondeu, após pensar por um instante: "Não, só conheço ele (Lessa)". Em seguida, interrompeu a promotora e acrescentou, em tom de brincadeira: "E o presidente da República, né?" Quando Queiroz esteve no condomínio, já era público que o então presidenciável morava ali.

Foi a primeira vez em que os dois suspeitos confirmaram que estiveram juntos em 14 de março. Isso se deu, porém, após o MP descobrir que Lessa havia recebido de sua mulher, em janeiro deste ano, pelo celular, uma foto da planilha que comprova que Élcio foi à casa do amigo por volta das 17h. Os dois estavam soltos, e Elaine, hoje também presa, pedia ao marido que falasse com o Élcio sobre o registro. Só após o interrogatório o MP apreendeu a planilha e os áudios de comunicação interna no condomínio.

Pesquisas

"A gente se vê muito, mas não temos uma rotina. Naquele dia (14 de março), com certeza nos encontramos, ele foi na minha casa. Chegou umas cinco. Ficamos bebendo e depois saímos porque tinha jogo do Flamengo", disse Lessa.

O MP perguntou a Queiróz por que ele fez pesquisas sobre parlamentares do PSOL na internet, como o ex-deputado Jean Wyllys e o deputado Marcelo Freixo, amigo e padrinho político de Marielle.

"Primeiro porque o Jean é deputado pelo Rio, né…", respondeu. Ao ser questionado sobre outros parlamentares do Estado, Queiroz respondeu que havia feito várias buscas, mas não lembrava os nomes. Quanto a Freixo, disse que despertava interesse por ter sido candidato a prefeito. Ele afirmou que concorda com pautas da esquerda e que é contra a reforma da Previdência.

Queiroz comentou que trabalhou na Prefeitura de Nova Iguaçu, durante a gestão de Lindbergh Farias (PT). "O melhor patrão que tive."

Lessa, por sua vez, alegou que buscou na internet informações sobre lideranças de movimentos de direitos humanos, ONGs, e endereços que seriam frequentados por Marielle por causa de matérias jornalísticas. O rastreamento das movimentações online de Lessa também revelou a busca por um rastreador, uma placa antirradar e uma caixa para enterrar armas. O acusado alegou que comprou o rastreador para a bicicleta do filho. Afirmou ainda que comprou a placa por curiosidade e explicou que a caixa teria sido usada para guardar uma arma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou em Brasília neste sábado (1°) que pegou as gravações de seu condomínio para evitar possíveis adulterações.

O Condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, voltou a frequentar o noticiário após a Rede Globo divulgar que um dos acusados do assassinato da vereadora Marielle Franco esteve no local e afirmou na portaria que iria visitar a casa de Bolsonaro horas antes do crime, em 14 de março de 2018. A informação consta no processo que apura a morte da vereadora.

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No dia da visita de Élcio de Queiroz ao condomínio, Bolsonaro, que então era deputado federal, estava em Brasília, conforme mostram registros da Câmara dos Deputados. 

No dia seguinte à divulgação, o Ministério Público do Rio de Janeiro convocou coletiva de imprensa e afirmou que o porteiro mentiu. O vereador Carlos Bolsonaro também se manifestou e publicou vídeo das gravações do interfone da portaria do Condomínio Vivendas da Barra que mostram que, na verdade, o acusado Élcio visitou outro suspeito do crime, Ronnie Lessa.

"Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é minha", disse Bolsonaro, segundo o site G1.

Da Sputnik Brasil

O pastor e presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, utilizou seu perfil oficial no Twitter para defender o presidente Jair bolsonaro (PSL) diante da citação do nome do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na investigação do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e do motorista Anderson Gomes, mortos em março de 2018. 

O líder religioso disse que Bolsonaro precisa confiar em Deus e chamou a suspeita de envolvimento dele no crime de “safadeza”. 

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“Presidente Bolsonaro! Fique Tranquilo! Deus é especialista em transformar caos em bênção. Essa safadeza de tentar levantar suspeita contra você, vai lhe fortalecer mais ainda. Vamos assistir seus inimigos derrotados e envergonhados. Vai dar tudo certo! Deus está no controle”, escreveu Malafaia.

Uma reportagem exibida pelo Jornal Nacional na noite dessa terça-feira (29), apontou que um dos suspeitos do assassinato, Élcio Queiroz, esteve no Condomínio Vivendas da Barra na noite do crime dizendo que iria para a casa do presidente, que na época era deputado federal. Bolsonaro tem duas casas no local, mas segundo a matéria Élcio foi direto para a casa de Ronie Lessa, também preso e suspeito de envolvimento na morte da vereadora.

Jair Bolsonaro negou qualquer envolvimento no assassinato da psolista. No dia da morte de Marielle Franco, ainda segundo o Jornal Nacional, o presidente estava na Câmara dos Deputados. 

O motorista Anderson Gomes, que foi assassinado juntamente com a vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), teve seus passos monitorados por dois meses antes do atentado que ceifou a vida deles. A informação foi confirmada pelo site UOL com fontes ligadas à investigação dos homicídios.

De acordo com a reportagem, quando Anderson começou a ser monitorado, em janeiro de 2018, ele só trabalhava uma vez por semana com Marielle. O Ministério Público do Rio de Janeiro, segundo a matéria, chegou, inclusive, a cogitar um aparelho de rastreamento no carro de Anderson, mas uma nova perícia não foi realizada porque o veículo já havia sido destinado para um leilão em São Paulo.

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Anderson se tornou motorista diário de Marielle em fevereiro. Os investigadores chegaram ao registro do monitoramento a partir do cruzamento de dados a partir de registros feitos nos smartphones do policial militar Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, apontados pelo MP do Rio como atirador e motorista do carro, respectivamente. 

A Polícia Civil do Rio e o MP não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto, uma vez que processo segue em segredo de justiça. As defesas de Lessa e Queiroz disseram que desconheciam a informação. 

Após a conclusão da segunda parte da audiência de instrução na qual a Justiça ouviu testemunhas do caso Marielle Franco, a viúva da vereadora, a arquiteta Mônica Benício, disse estar “relativamente otimista” com os rumos da investigação. O processo corre em segredo de justiça e a imprensa não pôde acompanhar os depoimentos.

Marielle foi assassinada no dia 14 de março do ano passado, junto com o motorista Anderson Gomes. Respondem pelos homicídios os ex-policiais Ronnie Lessa (reformado) e Élcio Queiroz (expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro), presos no dia 12 de março deste ano.

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“Estou com confiança de que o processo está caminhando, pra gente fazer a busca por Marielle e Anderson. Obviamente que, no campo pessoal, é muito difícil. Não é uma situação confortável. Enfim, enquanto testemunha, vítima, eu tenho muito pouco a contribuir de fato para isso [as investigações], a não ser os relatos do que era a agenda, o dia a dia da Marielle e de como está esse processo”, disse.

Também foi ouvido nesta sexta-feira (2) o delegado responsável pela primeira fase da investigação, Giniton Lages.

Homenagem

No último sábado (27), dia em que Marielle completaria 40 anos e marco dos 500 dias desde os assassinatos, uma homenagem com ato e shows foi realizada no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro.

A Secretaria Municipal de Urbanismo confirmou que uma comissão analisa a viabilidade de renomear parte da Praça Cardeal Câmara, que liga a Rua dos Arcos e a Avenida Mem de Sá, como Rua Marielle Franco. A rua, onde ficam as casas de show Fundição Progresso e Circo Voador, também será revitalizada.

A justiça adiou para o dia 2 de agosto a segunda parte da audiência de instrução e julgamento do sargento reformado da Polícia Militar, Ronnie Lessa, e do ex-policial Élcio Vieira de Queiroz.

A dupla é réu no homicídio da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, mortos na noite do dia 14 de março de 2018 no centro do Rio de Janeiro após uma emboscada.

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Ainda assim, a defesa de Ronnie e Élcio apresentou um requerimento solicitando mais tempo, sob alegação de que não está tendo acesso aos acusados e, logo, não está conseguindo efetuar o trabalho como deveria.

Ronnie e Élcio foram transferidos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, no último dia 3 de julho. 

A primeira parte da audiência de instrução e julgamento do processo sobre a morte de Marielle e Anderson ocorreu no dia 7 de junho deste ano. Por causa da grande quantidade de testemunhas de acusação e de defesa, além da ausência de algumas delas, o juiz decidiu dividir a instrução em duas sessões. 

Os suspeitos de assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL), Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, foram transferidos para uma prisão federal em Porto Velho, na capital de Rondônia. A operação, de cunho secreto, aconteceu no último dia 26 de junho.

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Lessa é sargento reformado da Polícia Militar e Queiroz, ex-Policial Militar. Além de Marielle, eles também são suspeitos do assassinato de Anderson Gomes, que era motorista da vereadora e estava com ela no momento do crime.

Lessa morava no mesmo condomínio do presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, e Élcio já havia postado no Facebook uma foto ao lado do atual mandatário. Na foto, o rosto de Bolsonaro está cortado. 

Os dois suspeitos estavam detidos em uma prisão federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Foi a segunda vez que os dois foram transferidos de prisão. Eles tinham sido presos, inicialmente, na capital fluminense. 

Lessa e Queiroz respondem, ainda, pela posse de 117 fuzis incompletos apreendidos na casa de um amigo de Lessa. Marielle Franco foi assassinada na noite do dia 14 de março de 2018, em uma emboscada no centro do Rio de Janeiro.

 

Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, suspeitos de terem matado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, foram transferidos para um presídio federal no Rio Grande do Norte. A transferência ocorreu na quinta-feira (28), mas só foi divulgada nesta sexta-feira (29), por motivos de segurança.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Eles foram presos no último dia 12 e atualmente estavam detidos em presídio de segurança máxima no Complexo Prisional de Bangu. Ronnie foi preso ainda de madrugada, se preparando para sair de casa, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, mesma situação de Queiroz, que mora no bairro Engenho de Dentro, na zona norte.

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As investigações continuam, com objetivo de se descobrir quem teriam sido os mandantes dos assassinatos, embora o Ministério Público não descarte a possibilidade de ter sido um crime motivado por ódio de Ronnie contra a vereadora.

Em reunião da executiva nacional do DEM, o partido referendou por unanimidade a expulsão de Elcio Queiroz, preso sob a acusação dirigir o Cobalt usado na morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle. Elcio já havia sido expulso do partido oficialmente na terça-feira. Nesta quarta-feira (13), no entanto, a decisão foi referendada pelos membros que participam da reunião.

O encontro está sendo realizado no Senado com a participação do presidente da legenda, o prefeito de Salvador (BA), ACM Neto, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (AP), o da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (MS), entre outros.

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Além da expulsão do acusado, eles também estão debatendo questões sobre dívida de campanha, regras para convenções e o calendário da legenda.

Durante a reunião, o governador de Goiás, Caiado, pediu para que o partido declare seu apoio ao governo de Jair Bolsonaro.

Preso na manhã desta terça-feira, 12, acusado de dirigir o carro onde estavam os assassinos da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz é filiado ao DEM no Rio de Janeiro. Com inscrição registrada em julho de 2011 e ainda ativa, Élcio Queiroz vota na zona eleitoral 214, no Meier, zona norte da cidade, próximo ao local onde mora e foi preso.

O presidente do partido no Estado é o vereador e ex-prefeito Cesar Maia, uma das figuras mais importantes da política fluminense nas últimas décadas. Ele é pai do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também do DEM-RJ. A reportagem entrou em contato com a legenda e aguarda o retorno.

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Já o preso acusado de disparar contra a vereadora, Ronnie Lessa, foi filiado ao MDB de 1999 até 2010. Sua filiação se deu menos de um ano depois de ter sido homenageado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) pelo falecido deputado estadual emedebista Pedro Fernandes Filho, quadro histórico do partido no Estado.

A homenagem, protocolada em 23 de novembro de 1998, foi justificada por Fernandes pelo modo como Lessa e outros 17 policiais do 9º Batalhão de Polícia Militar, em Irajá, haviam conduzido uma operação.

"Sem nenhum constrangimento posso afirmar que o referido militar é digno desta homenagem por honrar, permanentemente, com suas posturas, atitudes e desempenho profissional, a sua condição humana e de militar discreto mas eficaz. Constituindo-se, deste modo, em brilhante exemplo àqueles com quem convive e com àqueles que passam a conhecê-lo", diz a homenagem.

Entenda o caso

Ronie Lessa, policial militar reformado, e Elcio Vieira de Queiroz, expulso da Polícia Militar, foram denunciados por homicídio qualificado da vereadora e do motorista e por tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, uma das assessoras de Marielle que também estava no carro emboscado.

Lessa mora no mesmo condomínio em que o presidente Jair Bolsonaro tem uma casa, na Barra da Tijuca, Zon oeste no Rio. Nas redes sociais, Queiroz é simpatizante do presidente Bolsonaro. Ele curte as páginas oficiais do PSL Carioca, de Flávio Bolsonaro e de Eduardo Bolsonaro.

A prisão é resultado de uma operação conjunta do Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Os dois homens presos nesta terça-feira (12) por suspeita de executar a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes começaram a prestar depoimento por volta das 8h50 na Delegacia de Homicídios da capital (DH). O PM aposentado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz foram presos na madrugada de hoje depois de terem sido denunciados à Justiça. Os 34 mandados de busca e apreensão nos endereços dos suspeitos estão sendo concluídos.

Ronnie Lessa foi apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como o autor dos 13 disparos que atingiram o carro onde estava a vereadora Marielle. Já Élcio Queiroz teria atuado como motorista do veículo onde estava Ronnie.

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A execução ocorreu na noite de 14 de março de 2018, quando o carro onde estavam Marielle, Anderson e uma assessora da parlamentar, que sobreviveu ao atentado, parou em um sinal no cruzamento das ruas Joaquim Palhares, Estácio de Sá e João Paulo I.

Às 11h, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, o secretário da Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, e os delegados responsáveis pelo caso darão detalhes à imprensa, no Palácio Guanabara.

Perfil

Ronnie Lessa foi aposentado depois de um atentado a bomba contra ele, que resultou na amputação de uma de suas pernas e que teria sido provocado por uma briga entre facções criminosas.

Já Élcio Queiroz foi expulso da corporação. Ele chegou a ser preso em 2011 na Operação Guilhotina, da Polícia Federal, que apurou o envolvimento de policiais militares com traficantes de drogas e com grupos milicianos. Na época, Queiroz era lotado no Batalhão de Olaria (16º BPM).

Usuários do Twitter compartilham nas redes sociais uma foto postada por um perfil atribuído ao ex-PM Elcio de Vieira Queiroz, um dos presos nesta terça-feira (12), pela polícia por supostamente ter participado do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), abraçado ao presidente Jair Bolsonaro.

Queiroz, de 46 anos, teria postado a imagem em que aparece lado a lado com o Bolsonaro no último dia 4 de outubro, às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial. A  imagem, contudo, corta parte do rosto do presidente. Dias antes, em 25 de setembro, o mesmo perfil postou uma gravação de um show de Paulo Ricardo com a legenda "Homenagem de Paulo Ricardo (RPM) ao Capitão Bolsonaro!"

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Na foto que serve de mural ao perfil atribuído a Queiroz no Facebook está um texto que critica a atuação de "especialistas em segurança pública". "Devemos desmascarar a impropriedade desses comentaristas autodeclarados" especialistas em segurança pública", sempre à espreita de escândalos e crises, como urubus a procura de coisa pútrida", diz um trecho do comentário inscrito na foto.

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