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O presidente da França, Emmanuel Macron, fez críticas ao desmatamento da Amazônia e citou especificamente a soja brasileira, relacionando-a ao problema ambiental. "Continuar a depender da soja brasileira seria ser conivente com o desmatamento da Amazônia", afirmou Macron, em sua conta oficial no Twitter.

A publicação dele é acompanhada de um vídeo, no qual comenta a questão a repórteres. "Nós somos coerentes com nossas ambições ecológicas, estamos lutando para produzir soja na Europa", afirma o presidente francês.

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A declaração é dada no momento em que a União Europeia e o Mercosul negociam um acordo comercial, mas o fracasso brasileiro na proteção ambiental, na opinião de algumas autoridades europeias, seria um entrave para avançar no tema.

No vídeo, Macron fala em "não depender mais" da soja brasileira, e produzi-la no continente.

O líder do partido ultranacionalista Liga e ex-ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, deu uma entrevista neste domingo (10) em que afirma que não copia outros líderes - populistas ou não - do mundo. Apesar das constantes comparações, e dos elogios feitos por ele aos políticos, Salvini afirma ter um modelo próprio.

"O meu modelo não é o chinês, aquilo é uma ditadura. Estamos na Itália e eu respeito os valores ocidentais, a liberdade. Nós temos boas relações com os Estados Unidos, mas estamos na Itália. E eu não copio [Donald] Trump, [Jair] Bolsonaro, [Emmanuel] Macron ou [Angela] Merkel", disse em entrevista à "RAI 3".

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Dizendo estar sempre do lado "da lei e da ordem", Salvini condenou a invasão de apoiadores de Trump ao Capitólio, mas criticou a "censura" por parte das redes sociais na conta oficial do presidente norte-americano.

"Twitter e Facebook são empresas privadas, mas eu me pergunto para onde estamos indo?. Se alguém decidir que Salvini deve ser bloqueado, quem decide isso? Há uma certa esquerda que se considera superior. Condeno a violência, mas a censura, eu não gosto disso", ressaltou ainda o ex-ministro.

Da Ansa

O presidente da França, Emmanuel Macron, comemorou pelo Twitter o início, previsto para este domingo (27), da vacinação contra o novo coronavírus tanto no país quanto na Europa.

Na primeira etapa da campanha serão imunizadas pessoas idosas e profissionais de saúde vulneráveis. Segundo afirmou Macron, a aplicação das doses será feita gratuitamente pelo sistema de saúde.

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"Eu já disse e repito: a vacina não será obrigatória. Tenhamos confiança nos nossos pesquisadores e médicos. Somos o país dos iluministas e de Pasteur. A razão e a ciência devem nos guiar", completou o presidente francês pela rede social.

O presidente francês, Emmanuel Macron, positivo para coronavírus, se encontra "estável" e seus exames médicos são "tranquilizadores", disse a Presidência neste sábado (19) em um comunicado.

O chefe de Estado, isolado em uma residência oficial em Versalhes, nos arredores de Paris, "continua apresentando os mesmos sintomas da doença (cansaço, tosse, dores musculares), que não o impedem de cumprir com suas funções", disse o comunicado, assinado pelo médico do presidente.

Na sexta-feira, Macron prometeu que informaria todos os dias sobre seu estado de saúde, em um vídeo de três minutos gravado com um celular e publicado nas redes sociais. O chefe de Estado, vestido informalmente e levemente abatido, disse que estava cansado e que sentia "dor de cabeça e tosse seca".

"Não há razões para isso vá mal, tenho um acompanhamento médico e os informarei de forma transparente sobre a evolução", disse.

Macron pediu a vigilância aos seus concidadãos, em um momento em que os casos voltaram a aumentar na França.

Na sexta-feira, a França superou os 60.000 mortos por coronavírus, de acordo com dados oficiais. As autoridades registraram mais de 15.600 novos casos nas últimas 24 horas.

O presidente francês Emmanuel Macron foi diagnosticado positivo para o novo coronavírus e permanecerá isolado por uma semana, anunciou nesta quinta-feira o Palácio do Eliseu, sede da presidência.

O chefe de Estado foi submetido ao teste PCR "quando surgiram os primeiros sintomas e permanecerá isolado por sete dias, mas continuará trabalhando e fazendo tarefas a distância", afirmou a presidência em um comunicado.

Ao mesmo tempo, o gabinete do primeiro-ministro, Jean Castex, anunciou que ele também permanecerá isolado porque teve contato com o chefe de Estado, embora "não apresente nenhum sintoma". O chefe de Governo também fez um teste de diagnóstico e o resultado será conhecido nas próximas horas.

Macron é o mais recente caso de governante a contrair o novo coronavírus, uma lista que inclui o presidente americano Donald Trump, o brasileiro Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson.

A França decidiu manter importantes restrições de movimento porque os números de contágios continuam elevados e podem piorar devido às celebrações de Natal e Ano Novo.

Na quarta-feira, por exemplo, o país registrou mais de 17.000 novos casos.

No momento, um toque de recolher está em vigor na França das 20H00 às 6H00. Restaurantes, bares, cinemas, museus e outros centros de lazer estão fechados desde o fim de outubro.

O país registra um balanço de quase 60.000 mortos por coronavírus até o momento.

Cerca de 70 atores do setor digital, incluindo os gigantes Google e Facebook, estão comprometidos, como parte do coletivo "Tech For Good" lançado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, a "assumir suas responsabilidades" por "uma contribuição justa para os impostos" nos países onde operam.

Esta promessa está incluída no "Tech For Good Call", tornado público nesta segunda-feira (30) pela Presidência francesa, que visa a "delinear os princípios e valores" para tornar a Internet "um espaço livre, aberto e seguro em nível global", segundo o Palácio do Eliseu.

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Este plano foi assinado por "mais de 75" líderes do setor digital, "representativos da diversidade" da área: grandes grupos (Google, Facebook, Microsoft, Twitter, Snapchat, Huawei...), unicórnios, start-ups, ONGs, fundações e grandes empresas francesas como Thales, Orange, ou Iliad.

Ficaram de fora, por enquanto, dois gigantes, Amazon e Apple, que expressou, porém, seu "desejo de assinar" o texto, segundo o Eliseu.

Neste apelo, o coletivo assume oito compromissos para regular conjuntamente a tecnologia digital, em particular com "medidas transparentes" para "prevenir a difusão de pornografia infantil, terrorismo, ou violência extrema", ou para garantir a "liberdade de escolha dos consumidores".

Estes grupos se comprometem também a assumir suas "responsabilidades econômicas e sociais, por meio de uma contribuição justa para os impostos dos países onde operam", um assunto particularmente delicado enquanto os "Gafa" (sigla que designa Google, Amazon, Facebook e Apple) são acusados de pagar o mínimo de impostos possível em muitos países, especialmente na Europa.

Esta promessa não é vinculativa, mas "a assinatura compromete" esses grupos que "podem, portanto, ser questionados pela mídia, ou pelas autoridades públicas, se agirem de forma contrária", ressaltou a Presidência francesa.

"Também dá" a líderes como Emmanuel Macron uma "base" nas discussões internacionais sobre regulamentação digital, em particular a "Lei de Serviços Digitais" da UE a ser apresentada em dezembro.

A França lidera uma ofensiva na luta contra a otimização tributária, ao decidir cobrar um "imposto Gafa" a partir deste ano, apesar do risco de represálias americanas.

O coletivo "Tech for Good" foi lançado em 2018 para debater como as novas tecnologias podem contribuir para o bem comum, como educação e saúde.

Depois de se reunir em 2018 e 2019, teve de cancelar sua reunião anual - marcada para junho e depois adiada para novembro - por causa da crise da covid-19. Sua próxima cúpula está marcada para junho de 2021.

O presidente francês, Emmanuel Macron, fará nesta segunda-feira (16) um exercício de equilibrismo ao receber o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, que ainda não reconhece a derrota de Donald Trump, embora já tenha os olhos postos na sua relação com o futuro presidente dos EUA, Joe Biden.

Macron receberá o secretário de Estado no Eliseu, mas a reunião será realizada em total discrição, sem microfones. Um encontro nos mesmos moldes será realizado com o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian.

Paris lembra que aceitou receber Mike Pompeo a seu pedido e "em total transparência com a equipe do presidente eleito, Joe Biden", com cuja administração o governo francês espera refundar a relação transatlântica.

O presidente Macron foi um dos primeiros a parabenizar o democrata por sua vitória na eleição nos Estados Unidos e a falar com ele por telefone.

E isso apesar de o presidente em final de mandato ainda não reconhecer sua derrota, mais de uma semana após o anúncio dos resultados. O próprio Pompeo se recusou a reconhecer a vitória de Biden antes de embarcar em uma viagem pela Europa e pelo Oriente Médio, que começa em Paris.

"Haverá uma transição suave para um segundo governo Trump", disse ele na semana passada, antes de criticar os líderes estrangeiros que já começaram a entrar em contato com o democrata.

Nesse contexto, o clima poderá ser tenso nas reuniões a portas fechadas nos palácios parisienses nesta primeira e, aparentemente, última visita de Pompeo a Paris.

- Sanções contra o Irã -

Jean-Yves Le Drian já anunciou que se oporá, na conversa com Pompeo, à aceleração da retirada das tropas americanas do Afeganistão e do Iraque, como Trump planeja fazer antes do fim oficial de seu mandato, em 20 de janeiro.

Para além de questões sensíveis, o Departamento de Estado afirmou que a pauta de discussões também inclui a "unidade transatlântica", muitas vezes maltratada na era Trump, assim como o combate ao terrorismo.

Depois de passar o fim de semana em privado com sua esposa, Susan Pompeo, em Paris, o chefe da diplomacia americana planeja, nesta segunda-feira, homenagear as vítimas dos recentes atentados cometidos na França.

Por esta razão, ele pretende voltar a denunciar a morte do professor francês Samuel Paty, decapitado em 16 de outubro por um islâmico na cidade de Conflans-Sainte-Honorine, perto de Paris, assim como o atentado que deixou três mortos em 29 de outubro, na Basílica de Nice, sudeste da França.

Depois, Mike Pompeo segue para a Turquia, onde deve se reunir com o patriarca Bartolomeu de Constantinopla, chefe espiritual da Igreja Ortodoxa, mas não com representantes turcos, apesar da agenda de contenciosos com Ancara.

A diplomacia turca se viu ofuscada pela vontade dos Estados Unidos de afirmarem sua "posição firme" sobre a liberdade religiosa, por ocasião da visita de Pompeo.

O secretário de Estado também visitará Geórgia, Jerusalém e o Golfo.

O presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou neste sábado (31) que suas declarações sobre as caricaturas de Maomé foram manipuladas, já que "líderes políticos e religiosos" deram a entender que esses desenhos são "uma manifestação do governo francês" contra o Islã.

"As reações do mundo muçulmano ocorreram devido a muitas mentiras e ao fato de que as pessoas entenderam que sou a favor dessas caricaturas", disse o jovem líder em entrevista à rede árabe Al-Jazeera.

"Sou a favor de podermos escrever, pensar e desenhar livremente no meu país pois considero isso importante, representa um direito e as nossas liberdades", acrescentou.

A campanha contra os produtos franceses gerada pela polêmica é "indigna" e "inadmissível", declarou ainda o presidente. A campanha "tem sido feita por alguns grupos privados porque não entenderam e se basearam em mentiras sobre as caricaturas, às vezes por parte de outros líderes. É inadmissível", completou.

A líder da oposição de Belarus, Svetlana Tikhanovskaya, pediu nesta segunda-feira (28) ao presidente francês Emmanuel Macron que atue como "mediador" para resolver a crise na ex-república soviética, com a esperança de que consiga unir o presidente russo Vladimir Putin ao diálogo, em uma entrevista à AFP.

Tikhanovskaya afirmou que a União Europeia (UE) deve ampliar as sanções previstas contra o presidente bielorrusso Alexander Lukashenko e incluir os empresários que apoiam o regime.

"Os protestos não vão parar", disse em uma entrevista à AFP em Vilnius, Lituânia, onde ela está exilada desde as eleições presidenciais bielorrussas de 9 de agosto, nas quais enfrentou Lukashenko, eleito com 80% dos votos, de acordo com os resultados oficiais, questionados pela oposição.

"O povo não aceitará o regime sob o qual viveu todos estes anos", completou.

A opositora bielorrussa afirmou que espera ter uma reunião com Emmanuel Macron durante a visita do presidente francês a Lituânia nesta segunda-feira e terça-feira.

"Macron é um dos líderes mais fortes da Europa e do mundo (...) Poderia ser o mediador e ter a capacidade de influenciar Putin, com quem tem boas relações", declarou Tikhanovskaya.

Caso aconteça, esta será a reunião mais importante para Tikhanovskaya desde as eleições e as semanas de protestos em Belarus.

Esta novata na política, de 38 anos, dona de casa e formada como professora de inglês, já se reuniu com os líderes da Polônia e da Lituânia, dois países vizinhos e membros da União Europeia, assim como com os ministros das Relações Exteriores da UE.

"Agora é o momento que Belarus precisa de ajuda para iniciar um diálogo", completou, em referência ao pedido a Macron.

A UE considera adotar sanções pessoais contra Lukashenko e outros funcionários do governo bielorrusso, que considera responsáveis pela violenta repressão contra os manifestantes, especialmente nas primeiras noites de protestos após as eleições.

Tikhanovskaya deseja que a UE vá mais longe e adote "sanções econômicas contras empresas e empresários que apoiam o regime de Lukashenko".

Neste sentido, ela enfatizou que as sanções não devem afetar a economia geral de Belarus porque "as pessoas comuns sofrerão mais".

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, "deve sair", afirmou o presidente da França, Emmanuel Macron, em entrevista ao Journal du Dimanche que será publicada neste domingo (27).

"O que acontece em Belarus é uma crise de poder, um poder autoritário que não consegue aceitar a lógica da democracia e que se mantém pela força. Está claro que Lukashenko tem que sair", declarou Macron, citado pelo jornal.

O presidente francês também se disse "impressionado pela valentia dos manifestantes" em Belarus. "Eles sabem os riscos que correm ao protestar todos os fins de semana, mesmo assim, continuam o movimento para manter viva a democracia no país, que foi privado dela durante tanto tempo", completou Macron.

Mais de 90 pessoas, a maioria mulheres, foram detidas neste sábado (26) durante várias manifestações da oposição, segundo uma ONG.

Em relação ao papel do presidente da Rússia, Vladimir Putin, na busca por uma solução para a crise política gerada pela reeleição de Lukashenko, em 9 de agosto, Macron acredita que ainda resta muito a fazer.

"Eu conversei com Putin em 14 de setembro, dia em que ele recebeu Lukashenko em Sochi. Eu disse que a Rússia tem um papel a desempenhar, e que esse papel pode ser positivo se incentivar Lukashenko a respeitar a verdade das urnas e libertar os presos políticos. Isso aconteceu há 15 dias e ainda não aconteceu", relatou Macron.

O presidente francês fará de segunda a quarta-feira sua primeira visita à Lituânia e Letônia, dois Estados bálticos que esperam pelo apoio da França para enfrentar a crise política em Belarus e as pressões da Rússia.

A União Europeia e os países bálticos não reconhecem a reeleição de Lukashenko. A Lituânia deu refúgio à líder da oposição bielorrussa, Svetlana Tijanovskaya.

O presidente francês, Emmanuel Macron, convocou seu homólogo russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (14), que "esclareça, sem demora", a "tentativa de assassinato" sofrida pelo oponente russo Alexei Navalny - informou a Presidência francesa em um comunicado.

Em uma conversa com Putin pela manhã, Macron "expressou sua profunda preocupação com o ato criminoso" cometido contra Navalny e "enfatizou a necessidade de esclarecê-lo sem demora", acrescentou a nota do Palácio Eliseu.

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O presidente francês acrescentou que a França, com base em suas próprias análises, "compartilhou as conclusões de seus sócios europeus" de que o adversário de Putin foi vítima de "envenenamento com a ajuda de um neurotóxico [do grupo] Novichok".

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (6) que deseja "organizar a ajuda internacional" para o Líbano, para onde viajou dois dias após as devastadoras explosões no porto de Beirute que deixaram pelo menos 137 mortos e destruíram muitos bairros da capital.

"Ajudaremos a organizar nos próximos dias apoio adicional no nível francês, no nível europeu", afirmou Macron.

"Quero organizar a cooperação europeia e, mais amplamente, a cooperação internacional", acrescentou o presidente, que foi recebido no aeroporto internacional de Beirute pelo presidente libanês Michel Aoun.

A França já enviou equipes de resgate, pessoal de primeiros socorros e medicamentos para a capital libanesa.

Macron, que se reunirá com os líderes libaneses em sua visita de um dia, pediu que eles implementassem imediatamente as reformas exigidas pela comunidade internacional.

O Líbano, afetado por uma grave crise política e econômica, "continuará afundando" se não houver reformas, alertou o presidente francês.

"A prioridade hoje é a ajuda, apoio incondicional à população. Mas há reformas indispensáveis em certos setores que a França exige há meses, anos", acrescentou o chefe de Estado francês.

Macron indicou que deseja "um diálogo sincero" com as autoridades libanesas "porque, além da explosão, sabemos que a crise aqui é grave e implica uma responsabilidade histórica dos dirigentes".

As explosões ocorridas na terça-feira, segundo as autoridades, por 2.750 toneladas de nitrato de amônio armazenadas em um depósito, devastaram quase completamente o porto de Beirute, causando danos significativos na capital.

Dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas, mas um coronel francês da Defesa Civil, envolvido nas buscas no porto de Beirute, disse nesta quinta-feira que havia "esperança de encontrar pessoas vivas".

A indignação dos libaneses é cada vez maior, já que o carregamento de nitrato de amônio, uma substância altamente inflamável, está no porto há seis anos "sem medidas de precaução", segundo admitiu o primeiro-ministro libanês.

O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, apresentou nesta sexta-feira (3) a demissão em bloco do governo ao presidente Emmanuel Macron, que aceitou o pedido, anunciou a presidência.

O governo atual permanecerá a cargo dos assuntos correntes até a nomeação do novo gabinete, destacou o Palácio do Eliseu em um comunicado.

De modo imediato, a presidência não anunciou os motivos da demissão, mas uma mudança de gabinete era esperada após a derrota sofrida pelo partido do governo nas eleições municipais.

A grande incógnita é se o presidente continuará com Edouard Philippe, conservador, à frente do governo ou se buscará uma guinada à esquerda para os últimos dois anos de mandato, já pensando nas eleições de 2022.

Angela Merkel recebe nesta segunda-feira (29) o presidente francês Emmanuel Macron, alguns dias antes da Alemanha assumir a presidência rotativa da União Europeia, confrontada, devido ao coronavírus, a uma crise sem precedentes que a chanceler quer enfrentar antes de deixar o poder.

O presidente francês, que prometeu "fortes respostas" no campo da ecologia, terá que superar o fracasso de seu partido nas eleições municipais do dia anterior, que foram vencidas pelos ambientalistas.

A partir de 1º de julho, Merkel terá muitos problemas pela frente: do "Green Deal" da Comissão Europeia ao Brexit, passando pela migração e as relações com a China e os Estados Unidos. 

Ela não assumia a presidência rotativa da UE desde 2007. A prioridade para os próximos seis meses será a pandemia de Covid-19 e a crise econômica.

"A pandemia de coronavírus alterou nosso mundo, assim como os planos da presidência alemã", resumiu a chanceler no final de maio.

"Queremos usar essa crise sem precedentes para avançar em mudanças sem precedentes na União Europeia", confirmou nesta segunda o chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, ao Conselho Europeu de Relações Exteriores.

"As primeiras reflexões, incluindo as nossas, foram bastante nacionais e nem sempre europeias", reconheceu Merkel, que agora pretende evitar "o perigo de que uma profunda lacuna continue a aumentar na Europa".

Ela deseja apostar na "solidariedade e ajuda mútua" entre os 27.

Uma mudança radical de postura, uma vez que a Alemanha foi intransigente com a Grécia quando este país esteve à beira da falência em 2011.

Merkel, até agora criticada por sua ortodoxia orçamentária e extrema prudência, poderia "usar essa presidência para moldar um legado", segundo um diplomata europeu. A chanceler, no poder há 15 anos, planeja deixar a chancelaria no final de 2021.

Frequentemente acusada de falta de coragem política, acaba de quebrar um tabu alemão sobre solidariedade financeira, propondo junto a Macron um pacote de estímulo europeu de € 500 bilhões.

Os dois líderes, que se reunirão no Castelo de Meseberg, norte de Berlim, propuseram que esse pacote fosse financiado pela emissão de dívida europeia mútua, para ser usado para subvenções aos países mais afetados pelo vírus.

Essa iniciativa franco-alemã abriu o caminho para o plano de 750 bilhões de euros da Comissão Europeia, ainda pendente de negociações na Europa. A presidência francesa quer um acordo orçamentário em julho.

"Um acordo sobre esse plano e o orçamento para os próximos sete anos será a prioridade absoluta de nossa presidência", confirmou Maas, convencido de que "a prosperidade da Europa nas próximas décadas depende disso".

Está em jogo o sucesso dessa presidência rotativa e até a evolução do bloco europeu.

E a UE tem outra questão pendente, as negociações pós-Brexit.

O Reino Unido deixou a UE em 31 de janeiro e agora está negociando com Bruxelas para tentar estabelecer uma relação comercial vantajosa com o bloco até o final do período de transição.

O partido do presidente da França, Emmanuel Macron, perdeu a maioria absoluta dentro da Assembleia Nacional nesta terça-feira (19) após sete parlamentares anunciarem que estavam deixando a sigla A República em Marcha (LREM).

Os dissidentes e outros 10 deputados formaram um novo grupo político dentro da Casa, chamado de "Ecologia, Democracia e Solidariedade", que se declarou "independente", não fechando questão "nem com a maioria, nem com a oposição".

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Macron tinha, desde 2017, a maioria na Assembleia e agora tem um parlamentar a menos do que o necessário para ter o posicionamento favorável - são 288 deputados pró-governo.

Entre os dissidentes, estão Matthieu Orphelin, Aurélien Taché e Cédric Villani. 

Da Ansa

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira o fechamento de escolas e universidades a partir da próxima semana por causa do novo coronavírus, enquanto as eleições municipais de domingo serão realizadas conforme o programado.

O fechamento das escolas a partir de segunda-feira será "até novo aviso", disse Macron em discurso ao país, no qual pediu às pessoas com mais de 70 anos que ficassem em casa como medida preventiva.

No entanto, o presidente anunciou que o primeiro turno das eleições municipais, programado para domingo, "será mantido", uma decisão tomada depois de consultar cientistas que estimam que "não há nada que impeça os franceses de ir às urnas".

"É importante neste momento, seguindo as recomendações dos cientistas, como estamos fazendo, continuar garantindo a continuidade de nossa vida democrática e de nossas instituições", disse o presidente francês.

A epidemia de coronavírus "que afeta todos os continentes e atinge todos os países europeus é a mais grave crise de saúde que a França passou em um século", disse o chefe de Estado francês.

A França, um dos principais países atingidos pelo coronavírus na Europa, registra quase 3.000 casos confirmados e 61 mortes, segundo um último relatório divulgado pouco antes do discurso de Macron pelo Ministério da Saúde.

"Estamos apenas no começo desta crise", disse Macron. "Apesar de todos os nossos esforços para detê-lo, esse vírus continua a se espalhar e acelerar", acrescentou ele solenemente.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta terça-feira (10) que receberá no próximo 17 de março, em Istambul, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, para tratar da situação dos migrantes e da crise na Síria.

"Vamos nos reunir em Istambul na semana que vem, terça-feira [17 de março]", disse Erdogan, segundo a agência pública de notícias Anadolu, acrescentando que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, também poderá participar do encontro.

Ainda conforme Erdogan, a ideia inicial era ter realizado a cúpula esta semana, o que não foi possível pelas eleições municipais na França.

Há duas semanas, a Turquia anunciou a abertura de suas fronteiras para permitir a passagem de milhares de migrantes que seguem para o Velho Continente. A medida faz as lideranças europeias temerem uma crise migratória como a de 2015.

"Estamos apenas no início desta epidemia do novo coronavírus na França", afirmou nesta terça-feira (10) o presidente francês Emmanuel Macron, no momento em que o país registra mais de 1.400 casos e 25 mortes.

"Estamos apenas no início desta epidemia. Temos que ser muito claros e lúcidos (...) Estamos organizados, em particular o SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), que enfrenta o começo desta crise", declarou Macron depois de visitar um hospital em Paris.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, tentará dissipar no sábado (15) "possíveis mal-entendidos" sobre sua política de defesa em uma conferência de segurança em Munique, diante de uma audiência alemã que suspeita de que Paris esteja promovendo a Europa para servir a seus interesses.

É a primeira vez que o atual chefe de Estado francês participa dessa reunião global anual sobre questões de segurança. O último presidente francês a participar foi Nicolas Sarkozy, em 2009.

Macron participará da conferência em um contexto complexo. A Europa atravessa uma crise sobre o Brexit e a saída de uma de suas duas potências militares junto com a França, o relançamento da corrida armamentista, assim como o desinteresse dos Estados Unidos pela Europa e por sua defesa.

Desde o início do ano, o presidente está envolvido em eliminar "mal-entendidos, esclarecer mensagens sobre questões de segurança europeia, defesa e política externa", afirmou a Presidência francesa.

Isso é particularmente importante após a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e suas declarações sobre uma "morte cerebral" da aliança militar.

Nesse contexto, Macron - cujo país agora se torna o único na União Europeia dotado de arma atômica - enviou um sinal tímido na direção da Alemanha, durante um discurso na Escola Militar de Paris.

- "Diálogo estratégico" -

Nesse discurso, Macron propôs a seus colegas europeus "um diálogo estratégico" sobre "o papel da dissuasão nuclear francesa" na segurança coletiva da Europa.

Isso pode incluir exercícios conjuntos de dissuasão, conforme sugerido, ou o uso de bases europeias pelas forças estratégicas francesas.

O gesto foi interpretado como uma mensagem endereçada especialmente à Alemanha, país que conta desde o final da Segunda Guerra Mundial com a proteção do "guarda-chuva nuclear" dos Estados Unidos.

Johann Wadepul, vice-presidente do grupo parlamentar da CDU, o partido conservador da chanceler Angela Merkel, agradeceu a Macron pela abertura e disse que "a Alemanha agora deve dar uma resposta". Também apontou, porém, que ainda há "áreas cinzentas" e "perguntas" em Berlim.

"Macron sempre nos convidou a pensar na Europa. Mas não podemos apenas europeizar o que é importante para os alemães", afirmou.

Como exemplo, citou o orçamento da zona do euro defendido pelo presidente francês. "Também devemos europeizar o que é importante para os franceses", afirmou.

"E este é o caso da força de ataque francesa", acrescentou Wadepul, que recentemente considerou que Paris deveria compartilhar seus mísseis atômicos com seus parceiros, colocando-os sob o controle da UE, ou da Otan.

Essa opção já foi descartada pela França.

Em contrapartida, a França não esconde sua decepção com o compromisso militar excessivamente tímido da Alemanha em conflitos como o do Sahel.

Embora o relacionamento entre Macron e Merkel pareça ter se degradado nos últimos meses, Paris conta com a atual ministra da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, a favor de um maior envolvimento militar de seu país.

Kramp-Karrenbauer, conhecida como "AKK", está politicamente fora da corrida, porém, já tendo anunciado seu desejo de deixar a presidência da CDU e de não ser a sucessora de Merkel.

O candidato do partido En Marche à Prefeitura de Paris, Benjamin Griveaux, anunciou nesta sexta-feira (14) sua retirada da campanha, após se tornar pivô de um escândalo sexual. O candidato supostamente aparece em um vídeo pornográfico, cuja autenticidade ainda não foi comprovada. As imagens foram publicadas nessa quinta-feira (13) em sites e redes sociais da França. Em uma breve declaração, Griveaux disse estar sendo vítima de "ataques infames". "Decidi retirar a minha candidatura às eleições municipais em Paris", informou o candidato.

"Não pretendo expor mais minha imagem nem a da minha família, em um momento em que todos os golpes são permitidos. É uma decisão dolorida, mas as minhas prioridades são claras: a minha família", ressaltou. "Em um ano, com a minha família, sofremos difamações, mentiras, fofocas, ataques anônimos, revelações de conversas e ameaças de morte. Isso faz mal a mim, mas, principalmente, a quem amo. Como se não bastasse, ontem [os ataques] ultrapassaram os limites. Um site e perfis nas redes sociais divulgaram ataques infames, colocando em discussão a minha vida privada", criticou. Griveaux é próximo ao presidente Emmanuel Macron e já foi porta-voz do governo. As eleições municipais estão agendadas para março, em dois turnos, a serem realizados nos dias 15 e 22.

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O ex-socialista de 42 anos, um dos primeiros apoiadores do movimento En Marche que levou Macron ao Palácio do Eliseu, tinha lançado sua candidatura à Prefeitura após outro nome do partido, Cédric Villani, também se retirar da disputa. De acordo com uma pesquisa dos institutos Odoxa-CGI e publicada pelo jornal "Le Figaro", Griveaux aparece em terceiro lugar nas preferências de voto, com 16% das intenções, atrás da atual prefeita, a socialista Anne Hidalgo (23%), e da candidata republicana Rachida Dati (20%).

Da Ansa

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