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De saída do cargo para o presidente Lula dar assento na Esplanada a um parlamentar do PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira, a ministra do Esporte, Ana Moser, não esconde a frustração em ser demitida com ainda muito a fazer. A ex-atleta entende que conseguiu avanços na pauta do esporte ao longo de seus nove meses à frente da pasta, e vê a marca do machismo no processo político que resultou na sua substituição. "Quanto mais mulheres nas altas rodas de decisões políticas, mais equilibradas essas decisões serão. Faltam mulheres nos momentos decisórios", afirmou em entrevista ao Estadão.

Ana Moser revela que a primeira-dama Janja da Silva disse a ela, após a demissão, "sentir muito pelo processo". A partir da semana que vem, o Ministério do Esporte será ocupado pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA), que foi vice-líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara e votou no ex-presidente na última eleição.

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A ministra demissionária, contudo, evita criticar o presidente Lula e diz que sua saída do cargo não pode ser atribuída apenas ao presidente porque é resultado de um contexto político. "A articulação política não é desejo, é o que é dado". E afirma que não se arrependeu de ter trabalhado pela eleição do petista. "Pelo amor de Deus. Isso não existe."

A seguir, os principais trechos da entrevista:

Como foi a reunião com o presidente Lula na quarta-feira, dia 6, no Palácio da Alvorada? A sra. pode detalhar um pouco? O que Lula disse exatamente?

Foi uma reunião em dois dias, na terça e na quarta. E o que o presidente (Lula) falou (na terça) foi o que se falou ‘para fora’, que a gente sabe. Que já vinham há meses fazendo a negociação para a entrada destes dois novos partidos; que foram tentadas várias soluções, e que no fim teve que fazer essa escolha pela troca no Ministério do Esporte. Falei para ele sobre todas as nossas realizações e toda a nossa construção; falei da preocupação de interromper este trabalho; que o tempo tinha sido curto para apresentar resultados; e ele ficou de pensar. Deu mais 24 horas a esse processo de escolha; e na quarta-feira então ele deu a posição final.

E como foi quando ele fez esse anúncio para a senhora?

Foi normal, né? Uma reunião normal. Eu estava sentada, ele estava sentado, numa mesa. Não teve um roteiro dramático. Foi o que era sabido.

A senhora considera que o processo de demissão conduzido pelo governo foi respeitoso? A senhora e sua equipe se sentiram expostas?

O comando da política é feito pelo Palácio do Planalto. É um tempo das conversas deles. Não tenho como entender quais são os processos, ou acompanhar qual é o ritmo das negociações que são feitas pelo Planalto. A articulação política não é a nossa função. Enquanto isso tudo vinha acontecendo, (e nós ficávamos sabendo pelo que) saía na imprensa, porque essas conversas não chegavam até nós, nós continuamos trabalhando, porque era o que se tinha para fazer. É lógico, eu entrei para fazer um trabalho e para concluir o trabalho, não entrei para sair. Então há uma frustração que faz parte de todo o investimento feito e da visão que se tem, ou se tinha. Não só minha, mas de toda a equipe do ministério, de onde a gente queria chegar. Então, lógico, se é um processo de quebra, isso gera um sentimento. Mas é da política, é o tempo da política. Que não é dado por nós, é dado por quem faz essa gestão da política. E com certeza com as melhores intenções, dentro deste governo que tem muita coisa para entregar (...).

Mas a senhora esperava que fosse conduzido de uma outra forma, ou isso não é uma questão? A senhora não está pessoalmente magoada?

Acho que isso não é uma questão, né? Mais uma vez, a política está sendo feita, e nós estamos no ministério fazendo política pública de esporte. Acho que é assim que deve ser mesmo.

Toda a equipe da senhora saiu junto do Ministério? A pasta vai ser entregue "de porteira fechada", como dizem? Como fica agora a gestão da política pública do esporte?

Essa estruturação vai ser feita nos próximos dias. Na semana que vem, por causa desse feriado (da Independência, em 7 de setembro). O processo de transição normalmente é da equipe, né? Isso já está encaminhado, mas ainda não começou.

A senhora acredita que é um bom movimento colocar a regulação das casas de apostas online, as chamadas "bets" no Ministério do Esporte? A eventual arrecadação pode ajudar a impulsionar o esporte brasileiro?

A regulamentação das "bets" e dos sites de apostas é algo que vem sendo discutido desde o começo do ano, e o debate que vem sendo feito dentro do governo (envolve) especialmente Fazenda, Justiça e Esporte, além da Controladoria-Geral da União (CGU). Esta medida provisória que está no Congresso é resultado dessa construção. É uma conquista desta equipe, exatamente porque se defendeu que parte do recurso desta tributação deve ser direcionado ao esporte, para a construção das políticas públicas de esporte. O que está acontecendo agora é resultado do trabalho desta gestão.

Mas a sra. acha que a Secretaria Nacional das Apostas (a ser criada) deveria ficar com a Fazenda ou com o Esporte?

Acho que cabe ao governo decidir isso.

O que a senhora pensa para o seu futuro profissional? Há relatos de que a senhora poderia assumir um novo cargo no governo, como a Autoridade Olímpica, a ser criada.

Não existe Autoridade Olímpica. Essa gestão é feita pelo Comitê Olímpico Internacional. Em primeiro lugar, eu não tenho interesse, o convite foi para ser ministra do Esporte. A partir do momento em que houve essa mudança, qualquer coisa é uma outra coisa. A questão dessa proposta, que nem foi proposta, que na verdade eu ouvi pela imprensa, não tem muito fundamento. O meu interesse nunca foi o esporte olímpico. Tenho mais de 20 anos de trabalho na área social com o esporte para todos. Qualquer outra coisa não está colocada agora.

A primeira-dama Janja disse que "não estava feliz" com a sua saída do governo. A sra. chegou a falar com ela? Sentiu que houve sororidade, isto é, solidariedade, das colegas mulheres do governo?

Conversei com a Janja, com ministras e ministros. Publicamente, algumas ministras se pronunciaram, como Cida (Gonçalves, das Mulheres), Anielle (Franco, da Igualdade Racial), Esther (Dweck, da Gestão). A ministra Marina (Silva, do Meio Ambiente) me ligou várias vezes nesse processo. Existe essa sororidade. Todo esse jogo de poder é mais complicado para as mulheres, a dinâmica do poder é masculina. As decisões, mesmo com a participação de mulheres, ainda são tomadas por homens. Mesmo com número recorde que se colocou no início do governo, não é algo simplesmente posto, é construído.

Como foi a conversa com Janja?

Da mesma forma que as outras, (disse) sentir muito pelo processo. Entramos para entrar e concluir esse processo. Política é uma negociação, se entende os porquês e quais os fins, os objetivos. Mas não se deixa de lamentar os processos e os meios. Então, isso tudo faz parte.

Na campanha, Lula chegou a dizer que o Esporte não seria "moeda de troca". Ele quebrou uma promessa?

Eu acho que não tem como isolar a questão no presidente Lula. O contexto político se coloca de uma maneira que aquilo que se visualizava no início do ano não continuou. Agora, o momento é outro. Tenho certeza que a vontade do presidente Lula era dar continuidade a este trabalho. Vai ter que dar continuidade de outra maneira, porque a política impõe. A política é feita de avanços em maior ou menos velocidade, mas sempre buscando avançar.

Como a senhora avalia o trabalho feito nestes nove meses? Que iniciativas te deram mais orgulho, qual foi a sua marca no ministério?

A marca foi trazer a dimensão do esporte para todos, buscar caminhos para ampliar o esporte para além do alto rendimento, que trabalha com menos de 5% da população. A marca foi trazer o conceito de que esporte e atividade física têm que ser amplos, democráticos, intersetoriais, e também buscar meios de alcançar escala e chegar aos municípios. Foi uma prioridade. Houve a inserção da mulher dentro do futebol feminino, com visibilidade. Fizemos a Bolsa Atleta para gestantes. Colocamos percentual de participação de mulheres em projetos financiados pelo ministério. Em poucos meses, conseguimos muito.

Se fosse dar nota de 0 a 10 para sua gestão, qual daria?

Não vou dar 10, porque eu não sou 10. Mas com certeza um 8 alto ou 9.

No programa de governo de Lula, consta a necessidade de "democratização e descentralização do acesso ao esporte". Isso é compatível com trocar o ministério por governabilidade?

A articulação política não é desejo, é o que é dado. Claro, tem um desejo de mundo ideal. Especialmente eu tenho a característica de buscar a utopia, com resiliência e com firmeza. Esse é o mundo que estamos, e vamos buscar construir mais. Olhando de fora e com perspectiva de minha posição de mulher, tenho a impressão que, quanto mais mulheres estiverem participando de momentos de decisão, dessas altas rodas de decisões políticas, mais equilibradas essas decisões serão. Falta mais participação de mulheres nesses momentos de decisão. Não é só ocupar os espaços, é estar nos momentos decisórios. Isso pode ser um avanço para a situação atual que vivemos. E não é algo fácil de ser alcançado, e com certeza é a intenção deste governo. Mas o caminho é esse: buscar equilíbrio, ampliação de valores e de maneiras de fazer política.

A senhora se arrepende de ter apoiado o presidente Lula na campanha?

Claro que não. Imagina. Pelo amor de Deus. Isso não existe.

A sra. pensa em entrar para a política eleitoral?

Foi anunciada a minha saída do ministério anteontem. Não tem decisão de nada de futuro. Por enquanto, estamos fechando esse processo. Depois, vou pensar.

Quase dez dias depois de ter sido agredida em um condomínio no bairro de Ponta Negra, em Manaus (AM), a babá Cláudia Gonzaga afirma que se sente humilhada. "Eu só senti quando ela me empurrou. Ela já foi me batendo. Não tive chance de defesa. Eu me sinto humilhada", disse ao programa Fantástico, da TV Globo, do domingo (27).

Os agressores - a professora de Educação Física Jussana Machado e seu marido, Raimundo Machado, que é policial civil - estão presos.

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O tema ganhou repercussão por conta da divulgação das imagens de câmeras de segurança do condomínio. Cláudia é agredida com socos por Jussana enquanto é observada pelo marido. No chão, ela consegue se levantar em determinado momento e pede ajuda. Pouco depois, Ygor chega e já é agredido por Raimundo. Na briga, Jussana dispara contra o advogado, mas acerta o chão onde Ygor estava caído - ele é ferido pelos estilhaços.

Cláudia é baba do filho do advogado Ygor Colares, morador do condomínio onde tudo aconteceu. Os desentendimentos começaram em julho, de acordo com o advogado. "Eles me procuraram que a Claudia fazia fofoca sobre eles no condomínio. Eles ficaram irritados, esperando que eu fosse demiti-la."

Imagens obtidas pelo programa da TV Globo mostraram um episódio em que Machado impede a babá de entrar no mesmo elevador do casal. No segundo episódio, Jussana é flagrada apontando o dedo para a babá em uma área comum do condomínio.

Após o segundo episódio, Ygor foi à polícia com Cláudia e registrou queixa por ameaça, injúria e ofensas contra a babá. Ao saber pelo advogado disso, Jussana também registrou um B.O, alegando que teria sido ameaçada de morte por Ygor.

Defesa afirma que tiro não foi proposital

A defesa dos agressores nega que a motivação tenha sido por preconceito e afirma que o tiro não foi proposital.

"O motivo dos fatos não tem nada a ver com discriminação. Foi a respeito dessa confusão que já havia entre as duas. A violência, nesse caso, ela é injustificável, não tem justificativa para a forma como eles agiram. Mas o disparo foi acidental", afirma Arthur da Costa Ponte, advogado de Raimundo e Jussana.

Depois de ser apresentado ao seu nome time de futebol na Arábia Saudita, o nome de Neymar Jr. continua na boca do povo, dessa vez, no entanto, pela fofura de seu filho mais velho, Davi Lucca.

O jovem de apenas 11 anos de idade chama a atenção por onde passa por sua fofura e educação, mas agora, foi pelo talento em frente às câmeras e detalhe: em outro idioma.

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Davi foi filmado dando entrevista para uma emissora saudita e, o que chamou a atenção foi a desenvoltura do filho de Carol Dantas ao desenrolar o bate-papo em inglês.

[@#video#@]

E é claro que os fãs do jogador de futebol se derreteram pelo herdeiro, né? Na sessão de comentários, eles publicaram:

"Davi sempre lindo, educado, carismático... Poderia citar mil adjetivos!".

"Muito fofo! Orgulho!".

"Ele é a mistura perfeita da Carol e Neymar".

"Coisa mais linda o Davi falando inglês".

"Muito lindo. Já está um homenzinho".

"Todo o jeito do pai!".

"A cara da mãe e o jeito do pai! Parabéns pela educação".

Vale lembrar que Davi Lucca completa 12 anos de idade na próxima quinta-feira (24) 24. Neymar ainda está esperando o nascimento da caçula, Mavie, com a noiva, Bruna Biancardi.

Como você vem acompanhando, Larissa Manoela não anda vivendo bons dias familiares com sua mãe e seu pai, tudo porque a atriz fez diversas revelações durante uma entrevista para o Fantástico.

Mas parece que isso tudo não acabou até porque foi anunciado, durante o último sábado (19), que existe uma segunda parte da entrevista reveladora de Larissa Manoela sobre a vida financeira da família que vai ao ar neste domingo (20).

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Neste novo relato de rompimento da parceria com os pais, a artista vai contar que chegou a ficar sem plano de saúde enquanto reestabelecia todas as suas finanças. Em um trecho divulgado pelo programa nas redes sociais, a advogada de Larissa Manoela chega a dar mais detalhes nas movimentações feitas pelos pais dela nas empresas da filha enquanto ainda possuíam autorização.

Varias transferências feitas da conta dela para a conta dos pais. É uma soma superior a cinco milhões de reais.

Logo depois de se tornar um dos assuntos mais comentados da web por expor a briga que vem tendo com os pais por conta de seu próprio patrimônio, Larissa Manoela decidiu se pronunciar pela primeira vez desde a polêmica entrevista no Fantástico.

Na última segunda-feira (14), a atriz usou as redes sociais para agradecer o carinho e afirmar que está bem.

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"Oi, pessoal! Quero usar esse meu espaço para agradecer todo o apoio que venho recebendo desde a minha entrevista concedida ao Fantástico. Quero que saibam que estou bem, seguindo a vida com foco no futuro e alinhada ao meu propósito. Recebi todo o amor que me mandaram em forma de mensagens e homenagens. Sem dúvidas, passar por toda essa situação delicada sem essa grande rede de apoio que se formou aqui seria bem mais difícil. Agradeço profundamente àqueles que se sensibilizaram com a minha história. Tenho muito orgulho de ter chegado até aqui. Beijo carinhoso de quem ama vocês! Lari", escreveu nos Stories.

De acordo com o jornal Extra, Larissa está recebendo apoio psicológico para lidar com a situação delicada.

"Não está fácil para Larissa viver esse rompimento familiar. Mas ela conta com acompanhamento psicológico para lidar com essa situação. Foram muitas tentativas de resolver isso para que não chegasse a esse ponto, mas não deu. A carta dos pais dela no Fofocalizando, do SBT, teria sido a gota d'água", disse uma fonte próxima da artista.

A tal carta que o insider se refere é um documento em que os pais da atriz, Silvana e Gilberto, negam ter vendido a mansão da filha em Orlando, nos Estados Unidos, sem que ela soubesse.

Vale lembrar que Larissa chocou o Brasil ao expor que os pais não a deixavam ter controle das finanças, apesar de ser a provedora da casa e maior de idade. Inclusive, ela tinha apenas dois por cento do total de seu patrimônio, enquanto Silvana e Gilberto usufruíam de 98 por cento da fortuna da filha, acumulada em R$ 18 milhões.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse em entrevista divulgada neste domingo de Dia dos Pais, 13, que as prisões de seus ex-auxiliares tiveram o objetivo de forçar delações premiadas e atingi-lo. As declarações foram dadas durante uma entrevista que ele concedeu ao canal Te Atualizei. Sorridente e descontraído, o ex-presidente não mencionou a operação da Polícia Federal desta sexta-feira, 11, que investiga venda de joias que recebeu enquanto ocupava a Presidência.

A corporação vasculhou quatro endereços ligados a seus aliados em busca de provas de um suposto esquema internacional de venda de joias e bens de alto valor com que Bolsonaro foi presentado em agendas oficiais. Para a PF, o ex-presidente estaria diretamente envolvido no esquema e teria recebido dividendos das transações em dinheiro vivo.

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Sem falar na operação desta sexta, Bolsonaro mencionou as prisões de pessoas de seu entorno, nomeando os ex-ajudantes de ordens, Mauro Cesar Barbosa Cid e Luis Marcos dos Reis. Os dois foram presos no dia 3 de maio no bojo da operação Venire, que investiga fraudes nos cartões de vacinação do ex-presidente e sua filha. "Eu tenho dois auxiliares diretos meus presos há 90 dias. Tenho dois que não eram diretos meus que estão presos ainda, são da ativa, que são o Cid (Mauro Cesar Barbosa Cid), mais o sargento Reis (Luis Marcos dos Reis)."

Em seguida, Bolsonaro disse que o objetivo das prisões seria forçar delações premiadas. "O objetivo é sempre uma delação premiada. Vai delatar o quê? E o outro (objetivo), é me atingir." Na entrevista, ele não deu detalhes sobre quem seriam os outros dois auxiliares diretos. Além de Mauro Cid e Reis, a Polícia Federal prendeu Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal na última sexta, e Ailton Barros, militar expulso do Exército, que na campanha passada se identificava como o "01" de Bolsonaro no Rio.

Antes de mencionar os aliados presos, Bolsonaro disse que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro "está indo muito bem" e falou dos manifestantes que também estão encarcerados. "Logicamente não esqueço o sofrimento das 200 e poucas pessoas. São seis meses presos."

Vaquinha de R$ 17 milhões, isenções fiscais e inelegibilidade

Bolsonaro lembrou o episódio da vaquinha feita por seus apoiadores, que lhe rendeu mais de R$ 17 milhões em doações. A entrevistadora disse "o senhor é um fenômeno, é quase pop" e o ex-presidente interrompeu "até o Pix revelou isso aí. Eu não pedi, mas agradeço. Foi uma iniciativa de muita gente".

Por quase trinta minutos, o tema da conversa foram as medidas fiscais e as isenções tributárias concedidas na sua gestão. O ex-presidente reforçou que continuará atuando nos bastidores da política e nas próximas eleições. "O grande jogo vai ser em 2026. Vamos ter pelo menos um nome em cada estado. Uns 222", disse, em referência ao número do Partido Liberal, ao qual é filiado. "Eu inelegível acho que posso trabalhar muito mais do que elegível."

A entrevista encerrou com comentários sobre a indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal e a suposta pretensão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por uma vaga na Corte. Bolsonaro relembrou a "medalha dos três 'is'" - imbrochável, incomível e imorrível, que usou para se referir a si mesmo - e disse "tira um e deixa infalível para Deus".

Para assistir à entrevista completa, basta clicar aqui.

As vendas de carros seguiram aquecidas após o fim dos descontos patrocinados pelo governo, segundo a Anfavea, entidade que representa as montadoras. Conforme números levados nesta segunda-feira, 7, pela entidade à apresentação mensal de resultados, as vendas de veículos leves mostraram na primeira semana de agosto crescimento de 23% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Na avaliação de Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, o programa do governo, que liberou R$ 800 milhões em créditos tributários para que carros que custam até R$ 120 mil pudessem ser vendidos com descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil, despertou o interesse pela troca do automóvel.

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Um gráfico levado pela associação à apresentação dos resultados de julho mostra que o mercado de carros não perdeu ritmo na última semana do mês, quando as entregas praticamente não tinham mais os bônus do governo.

Se daqui para frente, as vendas repetirem o volume de igual período de 2022, os emplacamentos de veículos leves vão terminar o ano com crescimento entre 5% e 7%.

A Anfavea, porém, prefere não mudar por ora a projeção de aumento de 4,1% das vendas no segmento em 2023. "É cedo para fazermos qualquer revisão, o mercado tem oscilado bastante", explicou Leite.

O presidente da Anfavea abriu a coletiva de resultados destacando o ambiente de maior previsibilidade da indústria, dado o fim da crise aguda na oferta de componentes eletrônicos, combinado à melhora de indicadores macroeconômicos, como a redução do desemprego e o crescimento de atividade acima do previsto tanto no Brasil como no restante do mundo, assim como a elevação na nota de crédito do País pela Fitch.

Conforme Leite, o início, na semana passada, da redução dos juros de referência, a Selic, tem efeito imediato no mercado de automóveis. "O crédito é fundamental. Essa redução tem efeito imediato, e o efeito no médio prazo é mais benéfico ainda", comentou o executivo.

Os estoques de veículos, que chegaram a 251,7 mil unidades em maio, quando a indústria se preparou para a corrida de consumidores às concessionárias, caíram para 223,6 mil no fim de junho e agora estão em 198,8 mil veículos. É o menor volume nos estoques de fábricas e revendas dos últimos cinco meses, sendo suficiente para 26 dias de venda.

Cenário das exportações

O balanço dos resultados da indústria automotiva referentes a julho expôs as dificuldades das exportações do setor frente à retração de mercados vizinhos da América do Sul, onde a indústria também sofre com o avanço de concorrentes asiáticos, e à tributação de produtos brasileiros na Argentina.

Os embarques para o Chile e a Colômbia, que se tornaram destinos importantes para as montadoras nos últimos anos, recuaram 61% e 42%, respectivamente, desde janeiro. Já as exportações para a Argentina recuaram 2,6%, apesar do crescimento de 12% do mercado vizinho no período.

O México, na contramão dos demais mercados da região, aumentou em 89% as compras de veículos brasileiros, tornando-se assim o principal destino das montadoras brasileiras ao superar neste ano a Argentina, país que historicamente ocupa esta posição.

"Não fosse o México as exportações teriam caído consideravelmente", disse Márcio de Lima Leite, ao comentar a redução de 10,6% das exportações totais, para 257,6 mil veículos entre janeiro e julho.

Imposto argentino

Segundo explicou a direção da entidade, enquanto as exportações ao México se beneficiaram da redução do imposto de importação no comércio de veículos entre os países, zerado no mês passado, a Argentina criou um imposto de 7,5% sobre os produtos brasileiros.

Leite disse que a tributação fez com que a indústria brasileira não conseguisse aproveitar o crescimento do mercado argentino e é "flagrantemente" contra o acordo automotivo bilateral, que prevê o comércio de veículos e peças livre de imposto de importação.

"É um custo a mais para o exportador brasileiro colocar seu produto na Argentina", disse o presidente da Anfavea.

O tema, informou, está sendo tratado com o ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

"O governo da Argentina, num primeiro momento, criou um imposto sobre carro de luxo, de até US$ 25 mil, e agora ampliou esse imposto para todas as importações ... Temos que garantir que o acordo seja cumprido e que haja competitividade dos produtos", acrescentou Leite.

Após se despedir do seu programa na Band, Fausto Silva embarcou para os EUA e marcou presença em um evento de MMA ao lado do filho caçula, Rodrigo.

No local, o apresentador concedeu uma entrevista ao programa esportivo UFC Fight Pass e falou pela primeira vez sobre a sua aposentadoria.

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- Depois de aposentado, é a minha primeira e única entrevista! Tinha que ser onde? Em Las Vegas, fazendo a alegria do meu filho. Mas conhecendo e reverenciando, repito, fazendo homenagem à Evelyn, que faz um trabalho extraordinário, disse ele sobre a jornalista que o entrevistou.

Além disso, Fausto Silva também falou sobre as artes marciais como bom apreciador do esporte:

- A vantagem de ser velho é que já vi muita coisa. O brazilian jiu jitsu veio com a família Gracie, mostrando que principalmente com disciplina existem adversários e não inimigos.

Homeopatia, acupuntura e psicanálise já foram extintas de sistemas públicos de saúde de outros países e carecem de evidências científicas sobre sua eficácia, mas ainda são populares no Brasil, inclusive com algumas delas sendo ofertadas no SUS e regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A tolerância de órgãos de classe e governos brasileiros com essas e outras práticas controversas fez a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), e o jornalista Carlos Orsi, diretor da entidade, se debruçarem sobre estudos que testaram esses métodos. A conclusão foi que essas terapias não funcionam melhor do que um placebo e ainda causam danos. Os resultados estão em um novo livro, lançado nesta semana, sobre 12 práticas classificadas pela maioria da comunidade científica como pseudociências ou crenças sem fundamento.

Por que vocês decidiram escrever um livro sobre esse tema e por que acreditam que tantas pessoas ainda se deixam levar por terapias sem comprovação científica?

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As pseudociências, em geral, têm uma ligação emocional, histórica, familiar com a pessoa, então não é algo que passa toda vez por um crivo de racionalidade e de compreensão do processo científico. Muitas vezes as pessoas gostam daquela pseudociência porque tem uma ligação afetiva com ela, e daí se incomodam quando alguém expõe que aquilo não passou pelo crivo da ciência. O que a gente espera é que as pessoas leiam o livro antes de criticar, o que já não está acontecendo porque o livro nem tinha sido lançado ainda e já tinha nota de repúdio (o livro recebeu notas de repúdio de associações de homeopatia e do Conselho Regional de Medicina de Goiás).

Você acha que isso indica dificuldade de diálogo?

Acho que realmente mostra uma falta de abertura para aceitar novas evidências, dentro também do que a gente explica na introdução do livro, do que seria uma atitude científica, definida pelo filósofo Lee McIntyre, que é um filósofo da ciência. Ele define uma atitude científica como a capacidade de mudar de ideia diante de novas evidências ou da crítica dos nossos pares. E as pseudociências não apresentam uma atitude científica, elas não estão dispostas a mudar de ideia diante das evidências ou da crítica dos pares ou elas já teriam feito isso porque a gente tem evidências científicas mais do que de sobra de que, por exemplo, os princípios da homeopatia são contrários aos princípios da química e da física. A homeopatia foi testada exaustivamente e falhou miseravelmente em todo teste bem conduzido, sem mostrar um efeito maior do que o placebo.

Sobre a homeopatia e acupuntura, elas são reconhecidas como especialidades médicas pelo CFM e são oferecidas no SUS. O que a gente tem de evidência hoje sobre elas?

As evidências que a gente tem, no caso da homeopatia, são bastante contundentes dentro de um consenso científico internacional. A gente traz várias referências de revisões sistemáticas, de meta-análises, que mostram que se você juntar os melhores trabalhos feitos com a melhor metodologia sobre homeopatia, você vê que a homeopatia não passa de um placebo. Outra coisa que você vê, e isso vale para homeopatia e acupuntura, é que quanto melhor a metodologia, menor o efeito. Os trabalhos que mostram algum efeito carecem de rigor metodológico. Para a homeopatia, isso está muito bem documentado. E reunimos também as evidências de todos os países que já tomaram providências de políticas públicas em relação à homeopatia justamente por causa desse grande repositório de referências que mostra que a homeopatia não funciona além do placebo. Então a gente traz também no capítulo as declarações de diversos países quando eles tiraram a homeopatia de seus serviços públicos. A gente mostra também, para homeopatia e medicina tradicional chinesa, que nenhuma dessas práticas é inofensiva, essas práticas são perigosas. Elas podem mascarar sintomas, atrasar diagnósticos, afastar pessoas de tratamentos que realmente funcionam, então efetivamente muitas vezes elas matam gente. Essa é uma das razões pelas quais a gente escreveu o livro. Existe no imaginário popular um folclore muito forte de que, 'se não funciona, também não faz mal, então deixa'. E isso não é verdade. Pode fazer muito mal. E muitas pessoas que usam isso nem sabem o que são. A gente mostra uma pesquisa feita nos Estados Unidos que perguntava para as pessoas o que elas acham que era homeopatia, e elas diziam que era remédio natural, remédio de plantas. Muitas pessoas ficaram muito indignadas quando foi explicado o que realmente era. As pessoas têm o direito de saber o que elas estão escolhendo. Em relação à acupuntura, é a mesma coisa que a homeopatia: quanto melhor a metodologia dos trabalhos, mais fica claro que ela não funciona. A plausibilidade biológica também é extremamente questionável porque requer que existam coisas como meridianos e energia, que é algo que nunca foi comprovado e que provavelmente não existe. Você precisaria que essas coisas existissem para que a acupuntura fizesse sentido.

Foto: Pixabay

O livro traz capítulos sobre curas naturais, energéticas, dietas da moda. Como você vê o fenômeno crescente de algumas pseudociências se apropriarem das recomendações de adotarmos um estilo de vida mais saudável e utilizarem isso para vender essas terapias e produtos naturais sem eficácia comprovada ou até para negar medicamentos ou vacinas?

No capítulo de curas naturais, a gente explica bem o conceito que é conhecido como falácia do natural, que seria 'tudo que é natural é bom, tudo que é sintético é ruim'. Essa falácia do natural tem sido apropriada por muitos grupos de interesse para vender produtos e serviços que seriam ditos naturais. E o mais perigoso é quando ela entra nesse esquema de rejeitar tudo que é sintético - medicamentos, vacinas - e você passa a achar que, se seguir um estilo de vida natural, próximo da natureza, comendo alimentos orgânicos, fazendo exercícios físicos, você não precisa de vacinas e medicamentos. E isso é falso. É claro que ser saudável e se alimentar bem é algo bom para a saúde, mas a pessoa pode ser acometida por uma doença infecciosa grave da mesma maneira que outras pessoas, então esse estilo garante saúde, mas não garante vida eterna.

A respeito da psicanálise, que é uma prática também muito aceita ainda, o que vocês acharam nessa revisão de literatura que fizeram para o livro?

A psicanálise já foi completamente desbancada em países como Estados Unidos, onde nenhuma escola de psicologia vai ensinar psicanálise, a não ser como uma curiosidade histórica, enquanto que no Brasil, Argentina e França, a psicanálise ainda é levada muito a sério, inclusive por classes intelectualmente muito fortes, que têm uma erudição. Talvez porque a psicanálise tenha, historicamente, uma influência grande nas artes e na literatura. Agora, nada impede que a psicanálise continue presente na literatura, mas seja devidamente explicada, dentro da ciência, como uma prática que não tem respaldo científico para o tratamento psicológico de pessoas. Então é isso que a gente mostra no livro, que, dentro da ciência da psicologia, a psicanálise não é aceita como prática científica com comprovação de que funciona. E demonstra que os pais da psicanálise, principalmente (Sigmund) Freud, têm um histórico muito grave de fraudes e de conduta antiética que muita gente não sabe. Muita gente acha que ele simplesmente era um gênio. Isso é algo bastante comum no livro como um todo. Ele mostra como, infelizmente, as pessoas têm uma tendência muito forte de eleger grandes gênios que jamais poderiam estar errados. Por isso talvez seja difícil demonstrar como se constrói uma evidência científica e por que tal prática não tem evidência, porque as pessoas não querem olhar as evidências científicas, elas simplesmente não querem que falem mal do gênio que elas escolheram. Então acaba sendo uma postura um pouco mais pessoal e quase religiosa em relação a pseudociências que são muito queridas, que a gente fala que são as pseudociências de estimação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Novo ministro do Turismo, Celso Sabino defende turbinar o número de emendas parlamentares destinadas a atividades do setor para compensar o baixo orçamento da pasta. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o deputado disse que fará um "trabalho de sensibilização" dos parlamentares para que destinem mais verba a obras turísticas em seus redutos.

"Pretendemos trabalhar para ter celeridade na execução das emendas e, o mais breve possível, ter essas obras entregues, parlamentar feliz, o povo da sua região feliz e o Brasil e o turismo sendo desenvolvidos", afirmou Sabino, alçado ao cargo por um acordo entre o Planalto e seu partido, o União Brasil, para melhorar a governabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O novo ministro disse ainda que estuda oferecer diárias de hotel mais baratas para os beneficiários do Voa Brasil, programa de passagens a R$ 200 que deve abranger aposentados e pensionistas que não voaram nos últimos 12 meses.

Há expectativa de algum incentivo sobre o preço de passagens aéreas?

Sim. O ministro Márcio França (Portos e Aeroportos) já anunciou que está fazendo um programa para que as pessoas que ainda não viajaram por um período recente de tempo possam adquirir passagens a até R$ 200. Estamos inaugurando um diálogo com o Ministério de Portos e Aeroportos para que, além da passagem, nós possamos dar a oportunidade que essas mesmas pessoas tenham também outro benefício, com diárias de hotéis mais baratas, por exemplo.

O ministério vai se engajar na votação da reforma tributária no Senado para conseguir tratamento diferenciado para o setor?

Vamos trabalhar para que os serviços relacionados ao turismo tenham alíquota reduzida.

O Turismo tem orçamento considerado baixo. A ideia é destinar mais emendas parlamentares à pasta para turbinar o ministério?

Vamos trabalhar para sensibilizar os ministros e o próprio presidente Lula sobre a importância de fazermos ajustes para recompor o orçamento do Turismo. Vamos trabalhar no sentido de atrair emendas parlamentares. Estou preparando um cardápio de projetos. Temos parlamentares em cidades que possuem características turísticas. Essas cidades podem receber um centro de convenções, um anfiteatro, uma melhoria no aeroporto ou no porto, um pórtico. É uma forma de dar mais eficiência turística às emendas.

O prestígio do sr. na bancada do União Brasil vai fazer diferença para que o Ministério do Turismo tenha mais protagonismo?

Pretendemos trabalhar para ter celeridade na execução das emendas e, o mais breve possível, ter essas obras entregues, parlamentar feliz, o povo da sua região feliz e o Brasil e o turismo sendo desenvolvidos. O que um deputado ou um senador quer ver com a destinação de sua emenda é um benefício real para a sociedade. Há um descontentamento quando você coloca a emenda e ela demora para ser executada, a obra demora para ser concluída por atraso de pagamento.

Com a nomeação do sr., o União Brasil vai entregar mais votos ao governo?

O partido tem acompanhado as votações importantes para o País. Foi o que mais votou a favor - só ficou atrás do PT - de matérias como arcabouço fiscal, reforma tributária, reorganização dos ministérios. Há, sim, uma disposição muito grande dos deputados de ampliar esse diálogo, de poder participar da construção de políticas públicas importantes, projetos de lei. Vamos trabalhar para que isso aconteça da forma mais eficiente.

Acredita que a governabilidade do presidente vai melhorar com uma reforma ministerial?

O presidente tem um entendimento muito claro de que ele foi eleito pela maioria do povo e o Parlamento brasileiro também. Há interesses, ideias, pensamentos que convergem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conseguiu derrubar, na Justiça, a entrevista de sua ex-mulher, Julyenne Lins Rocha, que o acusa de violência doméstica e sexual, ao site Congresso em Foco. Uma decisão liminar do juiz Jayder Ramos de Araújo, da 10ª Vara Cível de Brasília, determinou que a matéria, publicada no último dia 25, fosse retirada do ar.

O parlamentar cobra indenização de R$ 100 mil por danos morais do UOL, provedor do portal, e de Julyenne. Antes da publicação, foi procurado, mas preferiu não se manifestar. Ele afirma que as alegações da ex-mulher já foram consideradas inverídicas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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Lira também tentou tirar do ar uma reportagem feita pela Agência Pública em que ela faz as acusações, mas teve a liminar negada pelo juiz Luiz Carlos de Miranda, da 14ª Vara Cível de Brasília.

O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), disse que defenderá a manutenção dos espaços do partido no Poder Executivo. A declaração vem em meio a negociações para PP e Republicanos entrarem na aliança de governo, possivelmente em cargos ocupados por petistas. Veja a seguir os principais trechos da entrevista:

Chegou a hora de o Centrão entrar no governo?

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A decisão de fazer um governo muito amplo foi tomada em dezembro pelo presidente Lula. Sou a favor de que a gente tenha uma base parlamentar de partidos dentro do governo o maior possível. Obviamente, como líder do PT, é minha obrigação defender que os espaços que são de direito do PT sejam mantidos e preservados.

Quais são os espaços de direito do PT?

Todos (os ocupados hoje). Não há como eu, como líder do PT, ser a favor de que alguém deixe de ocupar um espaço importante. Esse é o papel de quem quer entrar. Agora, não acho que as coisas são contraditórias.

A relação melhorou por causa do espaço que o Centrão ganhará no governo?

Há outros fatores que melhoraram. Sempre teve uma queixa muito grande de os ministros tomarem iniciativa e não comunicarem o Congresso e a gente ser pego aqui de surpresa. Isso mudou muito. Tinha uma queixa muito grande de os ministros irem aos Estados e não avisarem, muitas vezes desconsiderarem a participação dos deputados. Isso não resolveu 100%, mas já melhorou muito. Tinha uma queixa, que também não resolveu 100%, mas já melhorou muito, da execução orçamentária, com previsibilidade, com ritmo, com clareza do que vai ser feito e do que não vai ser feito.

O presidente da Câmara sempre diz que o Congresso é de centro-direita e que o governo precisa entender isso. Nesse contexto, há espaço para pautas do PT?

Acredito que sim. Para nós, do ponto de vista social, o Desenrola acaba tendo um papel importante. Não tenho dúvida de que o Congresso vai aprovar. Vencida a reforma tributária no Senado, vamos insistir para que outros aspectos tributários e de justiça social sejam tratados no segundo semestre. Taxar mega-herança, megafortuna, tributação de lucros e dividendos. É bandeira nossa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que mantém uma relação também de amizade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que extrapola o caminho estritamente técnico da pasta. Ele disse, ainda, que "dá a real" para Lula, em entrevista ao podcast O Assunto.

"Dou a real, sempre. As audiências mais difíceis são as que têm decisões difíceis a serem tomadas com repercussões não desejáveis. Meu papel é me valer da experiência política do Lula. E ele tem um painel maior que o meu, que envolve todos os ministérios e partidos", disse.

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O ministro relatou que no período entre dezembro e fevereiro houve muitas discussões intensas no Ministério da Fazenda sobre qual caminho seguir, e destacou que há muitas divergências internas no próprio PT. "O PT não é partido amorfo, está cheio de gente de opinião", disse, lembrando que mantém diálogo com os correligionários.

No posto de Ministro da Fazenda, Haddad reconheceu que é alvo de pressões e ataques mais frequentes pela projeção da função. "O fogo amigo e inimigo diminuiu, estou me sentindo menos na frigideira", disse.

Ele disse que, para além da pressão política, também sentiu a pressão do mercado, com comentários de que ele não estava preparado para a função. "Muita gente na Faria Lima dizia que eu não poderia ser ministro da Fazenda", pontuou, acrescentando que são pessoas que desconheciam seu trabalho.

Por isso, o ministro defendeu que o segredo para um bom governo é cometer menos erros. "Vamos cometer erros, mas têm que ser pequenos", disse.

Déficit primário

Na entrevista, Haddad voltou a afirmar que é possível zerar o déficit primário do governo central em 2024. "Eu acredito que é possível zerar. Vamos mandar a peça orçamentária com um conjunto de leis disciplinando vitórias que tivemos em tribunais e outras que nunca foram disciplinadas. Vamos mandar orçamento com leis e ajustes fiscais", disse o ministro.

Segundo Haddad, o Executivo fará sua parte enviando um Orçamento com projetos de cortes de gastos tributários, não criando despesas, cortando gastos e defendendo Tesouro nos tribunais. Ele reiterou, no entanto, que esse é um trabalho conjunto, e que depende do Congresso e também do Judiciário para alcançar a meta de zerar o déficit. "O papel de articulação do Executivo é fundamental, por isso não saio do Congresso e dos tribunais", disse.

Primeiro tucano a defender o apoio a Luiz Inácio Lula da Silva na eleição, o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira diz ver com tristeza a "agonia" do PSDB, que governou o País duas vezes, com Fernando Henrique Cardoso, e completou 35 anos no mês passado. O ex-chanceler acha que o presidente cometeu "grave erro político" ao afagar o venezuelano Nicolás Maduro. "Na Venezuela, a imprensa não é livre, as eleições não são livres, a oposição é reprimida, o Judiciário é controlado. Se isso não é ditadura, o que é?", questionou. leia a seguir os principais trechos da entrevista.

O PSDB completou 35 anos, em sua maior crise. Perdeu o governo de São Paulo, tem sua menor representação no Congresso e enfrenta debandada de prefeitos. Por que o PSDB faliu?

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Essa crise não aconteceu de repente: foi preparada por quatro anos de ausência absoluta de oposição que um partido social democrata teria o dever de fazer a um governo que foi autoritário, reacionário e regressivo do ponto de vista social e ambiental. O PSDB não só não fez oposição como em muitos momentos apoiou algumas das medidas mais nefastas do governo Bolsonaro.

Como o sr. define o PSDB hoje: é um partido de centro ou de direita?

É um partido de direita. Está na mesma confusão entre vazio político, clientelismo e distanciamento da base social, assim como outros partidos que povoam esse campo da direita. Com um agravante: o que os líderes do PSDB falam não é ouvido.

Qual é o impacto da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre o cenário político?

Bolsonaro vai continuar sendo um abscesso de fixação do que há de mais reacionário na política brasileira. Seu afastamento do processo eleitoral poderá dar margem ao surgimento de uma direita republicana, um partido que possa representar o pensamento conservador, mas respeitoso da Constituição. Na esquerda, já temos o PT, o PDT, o PSB... Temos até o que na França se chama "La Gauche Mignone", a esquerda bonitinha, que é o PSOL. Quem sabe reapareça no horizonte o PFL. Era um partido conservador, mas que tinha uma formulação programática e líderes respeitados.

Virou hoje o União Brasil, que é a fusão do DEM, antigo PFL, com o PSD.

Dá um banho de loja no União Brasil que pode ser (risos). Infelizmente, o PFL se fragmentou e também foi tragado pela extrema-direita.

Qual é a sua avaliação sobre os primeiros seis meses do governo Lula?

Começou um pouco confuso, enfrentou uma tentativa de golpe em 8 de janeiro, mas agora encontrou seu caminho. Retomou programas sociais importantes, como o Minha Casa, Minha Vida, e também a política externa, sobretudo em matérias nas quais somos valorizados, como meio ambiente e direitos humanos. Além disso, está reconstruindo o Ministério da Saúde, que havia sido destruído, e a área da cultura.

Mas o governo é refém do Centrão, que quer controlar o Ministério da Saúde. Como sair dessa armadilha de distribuição de emendas e cargos em troca de apoio?

A saída é o convencimento político: recorrer à opinião pública, propor com clareza os passos a seguir. Eu fui um dos poucos parlamentares a votar contra a obrigatoriedade de execução das emendas individuais. (A proposta) foi aprovada porque, à época, o governo Dilma era fraco. Depois, num governo mais fraco ainda, o do Bolsonaro, o Congresso prosseguiu tomando o freio entre os dentes. Agora, houve um início de reequilíbrio, com a atenuação do orçamento secreto.

O problema é que essas emendas foram desvirtuadas. Há envio de dinheiro para parentes, sócios, laranjas, obras superfaturadas...

Virou, muitas vezes, um mensalão disfarçado. Mas a maioria dos deputados não está atrás de mensalão. Deputado quer é ser reeleito, ter uma boa imagem e, para isso, o atendimento de suas bases é fundamental. Pode chamar de paroquialismo, mas é realidade não só do Brasil, mas do mundo.

Quando era chanceler, o sr. definiu a Venezuela como uma ditadura. Como vê agora os afagos do presidente Lula a Nicolás Maduro?

Eu lamento. É um grave erro político porque afasta muita gente que tem sincero apreço à democracia e pode ficar desconfiada de que esse apreço não seja compartilhado pelo Lula. Contraria, inclusive, os compromissos afirmados e reafirmados por ele, na prática, nos seus governos. A cassação da candidatura de María Corina Machado, à frente nas pesquisas eleitorais, por um Judiciário submisso a Maduro é prova incontestável de que não há democracia na Venezuela.

O presidente Lula disse que o conceito de democracia é relativo.

Democracia tem de ser um valor absoluto. Na Venezuela, a imprensa não é livre, as eleições não são livres, a oposição é reprimida, o Judiciário é controlado. Se isso não é ditadura, o que é? A situação se degradou depois de Hugo Chávez, inclusive. Chávez falava frequentemente com o presidente Fernando Henrique ao telefone. Chegou até a recomendar a ele o livro A Democracia na América, de Tocqueville. Lula faz bem em ter relações diplomáticas com a Venezuela. Agora, dar a Maduro um destaque especial, quando havia outros dez chefes de Estado sul-americanos aqui, foi um erro político. E foi um erro de avaliação classificar as críticas à situação política da Venezuela como "narrativa".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

*Para preservar o anonimato, foram utilizados nomes fictícios. 

“A bebida começou a interferir no meu relacionamento e na minha vida como um todo. A decadência foi tão rápida que eu comecei a perder espaço na empresa onde trabalhava, a perder espaço em casa, comecei a ser negligente e a ter um comportamento bastante distorcido, mas não admitia. Eu carregava as características de uma pessoa com problemas de alcoolismo e negava a realidade, não associava a minha forma de agir e o problema à bebida. Para mim, o problema sempre estava nos outros”. 

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Luiz* é um voluntário na irmandade dos Alcoólicos Anônimos do Brasil e responsável pela equipe de divulgação do grupo em Pernambuco. Aos 60 anos de idade, celebra, junto à comunidade que o acolheu, quase 33 anos de sobriedade, que fecham o ciclo exato no próximo mês de julho. O depoimento dele, apesar de suas particularidades, é similar a muitos outros ouvidos pelas pessoas que enfrentam o alcoolismo. 

O lema de “beber com moderação” se perde especialmente entre os homens. De acordo com a Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2019), do Ministério da Saúde, o padrão de consumo de 18,8% da população brasileira é de bebedor abusivo. Entre os homens, esse percentual é de 25,4%. Em 2010, esse número era de 27%. 

A ingestão de bebida alcoólica entre as mulheres, no entanto, aumentou nesse período. Em 2010, 10,5% delas tinham um consumo abusivo. Em 2019, esse percentual subiu para 13,3%. O levantamento também mostrou que subiu o consumo abusivo entre pessoas com mais de 55 anos. Em 2010, o percentual era de 8,9. Já em 2019, de 10,3%. 

Em confronto às tendências de consumo do álcool no país, surge a irmandade dos Alcoólicos Anônimos (AA), que completou, neste mês, 88 anos de vida. O AA, que opera a nível mundial, surgiu em 1935, nos Estados Unidos. Após 12 anos, em 1947, chegou ao Paraná, no Sul do Brasil. Em Pernambuco, o primeiro escritório foi montado apenas em 1964, durante a ditadura militar. O escritório de Luiz, que funciona no Centro do Recife, existe há 51 anos, desde 1972.  

A experiência  

Luiz tinha 27 anos quando conheceu um grupo do AA na capital pernambucana. Ele foi convencido por um tio, que tinha conhecidos passando pelo processo de adaptação, bem como outros que já se encontravam em estado de sobriedade, mas seguiam participando das reuniões. Esse comportamento, segundo o voluntário, é bem comum entre os membros. Todos se consideram uma grande família, costumam ser participativos nas vidas pessoais uns dos outros, e mantém contato ainda que a sobriedade esteja sólida há muito tempo. 

O integrante acredita que motivos pessoais o empurraram para o álcool, como uma forma que ele encontrou de sair da própria realidade. O contato com a bebida começou cedo, aos 14 anos, e o surgimento da paternidade de duas crianças, aos 21 e 23 anos, acabou por torná-lo imerso em suas responsabilidades. “Comecei a trabalhar cedo, isso me deu autonomia para beber mais. Eu tinha como pagar, saía com gente mais velha, vivia fora de casa”, relata Luiz. 

O primeiro relato de Luiz exibido aqui conta que ele percebeu ter perdido espaço na empresa onde trabalhava. Agora, 33 anos depois, ele celebra a oportunidade de ter passado mais 12 anos trabalhando no mesmo local, de onde saiu para experiências ainda melhores, isso também depois de ter recuperado a boa relação com sua esposa. Tudo graças ao AA, de acordo com o voluntário. 

“As pessoas notavam um comportamento de irresponsabilidade. O alcoólico tem um comportamento de muita intolerância. Grosseria, truculência, falta de paciência, a coisa da negação, a defesa. Tinha muito orgulho e vivia fora da realidade. As coisas aconteciam e eu não via. Todo mundo via, menos eu. Comecei a mentir muito, a dar muita desculpa. Aí ele [o tio] contou a história dele e como conseguiu resolver entrando no AA. Fui para uma reunião pela primeira vez e não entendi bem, mas percebi muita coisa. Senti de forma muito positiva o AA porque tive a sensação de acolhimento, porque fui recebido pelos companheiros. Me deu prazer e satisfação estar ali”, completa Luiz. 

[@#video#@] 

André*, de 74 anos, é um companheiro de AA de Luiz. Os dois se conheceram através da irmandade, há mais de duas décadas, e hoje dividem as responsabilidades do voluntariado no grupo recifense. André está sóbrio, de forma contínua, há 39 anos. Ele explica que no AA não há contratações, todos são voluntários e funcionam, de fato, como uma irmandade independente e autossuficiente.  

“O voluntário se coloca à disposição para servir. Independente de qualquer cargo, por si só, um membro de AA já é um voluntário. Há só um propósito: o de acolher o alcoólico que ainda sofre. O companheiro sem cargo nenhum tá lá e ajuda. Se ele se levanta e vai entender, ele é um voluntário. A irmandade não pode contratar ninguém”, explica André. 

Para os irmãos, as reuniões são trocas de experiências, forças e esperanças. “Eu estou há 42 anos participando do AA e não tenho nenhuma dúvida de que sobrevivi à morte. O comportamento com relação às emoções que me levaram a beber foram todos trabalhados no AA. O primeiro ponto do programa de AA é a sobriedade. Evitar o primeiro gole. A gente passa a gostar do novo modo de vida. O mais importante pra mim é o controle das minhas emoções. Eu procurava medidas fáceis, álcool, droga”, conta. 

A irmandade dos Alcoólicos Anônimos tem 355 grupos funcionando presencialmente em Pernambuco e quem cuida de cada reunião são os servidores do local. No Brasil, são quatro mil grupos. Durante a pandemia, eles passaram a fazer encontros on-line para manter o ritmo e o formato continua existindo mesmo após o retorno do presencial. Uma das conquistas do AA Brasil foi a condição de ter reuniões virtuais mais extensas e com links pro Brasil todo, sem custo adicional na plataforma do Google Meet. 

Onde encontrar ajuda em Pernambuco? 

O escritório matriz da irmandade dos Alcoólicos Anônimos em Pernambuco fica no Empresarial Pessoa de Melo, no endereço Avenida Conde da Boa Vista, número 50. O funcionamento do escritório acontece entre às 8h e 17h, de segunda a sexta-feira. Lá, interessados podem buscar informações e ser realocados para grupos de atendimento que pertencem às suas regiões ou bairros. Só no Recife, há 88 grupos disponíveis, com reuniões semanais. 

A listagem completa você confere aqui.

Alguns dos grupos

Grupo Espinheiro (Recife) 

R. Conselheiro Portela, s/n, Aflitos 

Igreja Matriz do Espinheiro 

Anexo da Igreja Matriz do Espinheiro 

Reuniões: terças-feiras, das 19h30⁠ às ⁠21h30 

Grupo Caminho Certo (Recife) 

R. São Miguel, 87, Afogados 

Escola Estadual Amaury de Medeiros 

Reuniões: sábados, das 16h às 18h / domingos, das 10h⁠ às 12h 

Grupo Derepente (Recife) 

R. Severino Bernardino Pereira, 289, Alto José do Pinho 

Sede Própria 

Reuniões: terças, das 19h30⁠ às ⁠21h30 / quintas, das 19h30⁠ às ⁠21h30 

Grupo Só Por Hoje (Recife) 

R. Cassiterita, 91, Brejo da Guabiraba 

Sede Propria 

Reuniões: segundas, das 19h às ⁠21h / quartas, das 19h às 21h / domingos, das 16h às 18h 

Grupo Barra de Jangada (Jaboatão dos Guararapes) 

R. Rio Pardo, 148, Barra de Jangada 

Capela de Santo Antônio 

Reuniões: segundas, das 19h às ⁠21h 

Grupo 13 de Maio (Jaboatão dos Guararapes)  

Av. Leonardo da Vinci, S/N, Curado 2 

Escola Municipal Simon Boliva 

Reuniões: quartas, das 19h30⁠ às ⁠21h30 

Grupo Abraham Lincoln (Cabo de Santo Agostinho) 

R. Dr. Antônio de Souza Leão, 115, Centro 

Igreja do Livramento 

Reuniões: terças, quintas e domingos, das 19h às 21h⁠  

 

Um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar a defender a ditadura da Venezuela e relativizar o conceito de democracia, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, contradisse o chefe do Executivo na manhã desta sexta-feira (30), e afirmou que "governo que impede direitos fundamentais não é democrático". Em entrevista à Globonews, Tebet disse que "cada um tem a sua interpretação", mas que "ninguém pode atentar contra a democracia e sair impune".

Questionada se concorda com o presidente de que democracia é um conceito relativo, Simone disse que ela e Lula entendem o regime democrático da mesma forma, sem entrar no mérito da declaração do chefe: "democracia é um direito fundamental, absoluto e irrevogável do povo brasileiro".

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"Eu tenho uma visão particular sobre o governo da Venezuela. É um governo que não respeita os direitos fundamentais, o direito de liberdade de expressão, o direito do cidadão ir e vir e fazer as suas críticas, ainda que construtivas, ao governo. Pra mim, quando você tem um governo que impede esse tipo de direito que é previsto e que é absoluto para uma democracia, você não tem um governo democrático", afirmou.

A ministra voltou a defender que "ninguém pode atentar contra a democracia e sair impune". "Democracia é o direito de ir e vir, de ir às urnas e poder votar, direito do povo brasileiro de se expressar. Poucas são as limitações em uma democracia. A única, basicamente mais importante, ninguém pode atentar contra a democracia e sair impune", disse.

Postura de Lula

Na noite desta quinta-feira (29), Lula elogiou os ditadores Fidel Castro e Hugo Chávez e disse "se orgulhar" do rótulo de comunista durante o primeiro dia primeiro dia do 26º Foro de São de Paulo em Brasília.

Também na quinta-feira, em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente voltou a defender a Venezuela, dizendo que o país vizinho "tem mais eleições do que o Brasil". "O conceito de democracia é relativo para você e para mim", disse o petista ao entrevistador.

Em maio, Lula recebeu presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto. Sem citar violações de direitos humanos e políticos reconhecidos pelas Nações Unidas, o petista isentou Maduro de responsabilidades sobre a crise econômica que atinge o país e condenou as sanções que recaem sobre o regime chavista.

Ao lado de Maduro, Lula afirmou, na época, que a Venezuela precisava divulgar sua "narrativa" sobre a situação política e econômica do país.

Luana Piovani não tem medo usar as redes sociais para falar o que pensa. A atriz vive usando o Instagram para mandar alfinetadas aos famosos, como Neymar Jr. e até mesmo para o ex-marido Pedro Scooby. Entretanto, não é só através das redes que a famosa abre o jogo.

Durante o podcast Desculpa Alguma Coisa, de Tati Bernardes, Luana falou sobre diversos assuntos polêmicos de sua vida pessoal, sexual e amorosa. E é claro que o papo também contou com algumas indiretas para os internautas, em especial os de 20 anos de idade.

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"Sexo bom é sem pudor, ter intimidade e estar à vontade com aquela pessoa. Tem que ter calma, curiosidade. Ninguém transa bem com 20 anos. A juventude quer mostrar performance".

Polêmicas com Pedro Scooby

Em seguida, Piovani contou como está a relação com o pai de seus três filhos, Dom, Bem e Liz. Segundo ela, após as alfinetadas trocadas na web e os processos judiciais, o clima acalmou.

"Estou tentando uma mediação. Agora, entendi que tem um negócio chamado processo, um chamado acordo e outro chamado mediação. Estou cortando na carne. Quando vi aquele clima da gente não se falando em um aniversário do Dom, falei: Olha só, cara, não vou conseguir ver e viver isso aqui porque já vivi estando no outro lugar".

Machismo em Portugal

Ainda sobre Pedro Scooby, a atriz fez um desabafo sobre as leis de Portugal, onde ela mora. De acordo com Luana, o país ainda é muito machista e não protege as mulheres.

"Sou proibida de falar do meu ex-marido na internet em Portugal. Aqui posso, lá não. Os direitos das mulheres em Portugal são pouquíssimos respeitados. Se você não paga pensão, não vai preso, se agride mulher, não vai preso".

Vida sexual

Por fim, Luana Piovani não deixou de falar sobre sua vida sexual. Ela deixou bem claro que não liga para críticas sobre seu corpo, já que, durante as relações sexuais, isso não importa.

"Quando a gente fica madura, fica mais segura, se entende mais, começa a dar menos importância ao que o outro acha. Tenho celulite? F***-se! Trepo como ninguém, tenho um papo maravilhoso".

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) é a entrevistada do programa Roda Viva desta segunda-feira (26). Raquel é uma das duas únicas mulheres que lideram poderes executivos nos estados e está entre os 10 melhores governadores do país, segundo levantamento atual do Paraná Pesquisas. Mas a tucana tem enfrentado alguns problemas internos: Pernambuco decretou situação de emergência em função da superlotação de UTIs neonatais e pediátricas; os professores estaduais pedem melhores salários e condições de trabalho; e a governadora foi vaiada em um evento ao lado do presidente Lula.

Como está a relação do PSDB com o PT? Como a governadora de Pernambuco está gerenciando os problemas do estado? Esses e outros assuntos estarão em debate no Roda Viva.

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O programa conta com uma bancada de entrevistadores formada por Guilherme Caetano, repórter do jornal O Globo; Laurindo Ferreira, diretor de redação do Jornal do Commercio; Priscila Camazano, repórter da Folha de S.Paulo; Roseann Kennedy, colunista do Estadão; e Thais Bilenky, repórter na Revista Piauí e apresentadora do podcast Foro de Teresina. Além das ilustrações serão de Custódio Rosa. Com apresentação da jornalista Vera Magalhães, o Roda Viva será exibido a partir das 22h, na TV Cultura.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta quarta-feira, 21, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, a posição do Brasil na guerra da Ucrânia e disse que o conflito não pode ser vencido nem por Kiev nem pela Rússia.

A entrevista também abordou as relações do Brasil e da Itália, com o encontro do presidente brasileiro com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o relacionamento com a China, a Amazônia e a cúpula do Brics. Abaixo, leia os principais trechos da entrevista:

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Guerra na Ucrânia e encontro com o papa

"Em 2020, quando encontrei (o papa), conversamos sobre a desigualdade no mundo, a busca de uma economia mais solidária. Logo depois veio a pandemia e a campanha eleitoral no Brasil. Agora encontro o Papa com esse conflito na Europa. Mandei um enviado especial, Celso Amorim, para Moscou e Kiev. Os dois países acreditam que podem vencer o conflito militarmente: eu discordo disso. Acho que tem pouca gente falando de paz. A minha angústia é que com tanta gente passando fome no mundo, com tantas crianças sem ter o que comer, ao invés de cuidar de resolver as desigualdades, estamos cuidando de guerra. É urgente que a Rússia e a Ucrânia encontrem o caminho da paz."

Relações com a China

"O Brasil é um país que não tem contencioso com nenhum país do mundo e temos uma excelente relação com a China, que nas últimas décadas tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza e contribuiu muito para a economia mundial. Meu diálogo com a China tem sido sempre muito positivo e na direção de uma maior paz, harmonia, crescimento do comércio e da cooperação no mundo. A China é tão importante que até a Itália já aderiu à Iniciativa da nova Rota da Seda, à qual o Brasil não aderiu ainda."

Cúpula do Brics e mundo multipolar

"A cúpula do Brics é importante para todos. Essa coalizão de economias emergentes mostrou a importância de acrescentar vozes diversas à discussão das questões globais. Acreditamos que um mundo multipolar seja melhor do que uma supremacia unipolar ou uma disputa bipolar. A criação de diferentes redes, diferentes arranjos de países, pode ajudar a equilibrar e contrabalançar as tendências e as tensões conflitantes. Por exemplo, o Conselho de Segurança da ONU é uma estrutura a reformar. Ele representa o equilíbrio de poder do mundo em 1945. Quase 80 anos depois, muita coisa mudou e precisamos de um Conselho mais amplo, mais representativo, com vozes da América Latina e da África, para que realmente contribua para a paz e a segurança no mundo."

Amazônia

"Retomamos o combate ao desmatamento, com a meta de zerá-lo até 2030 e estamos também enfrentando o garimpo ilegal e outras atividades criminosas que destroem o meio ambiente na região. Expulsamos mais de 20 mil garimpeiros ilegais das terras indígenas Yanomami. Ao mesmo tempo, queremos falar de uma nova visão de desenvolvimento sustentável para a região, que abriga 25 milhões de brasileiros. Investimos em pesquisa científica, indústrias limpas, turismo, para fazer a floresta valer mais para quem mora lá, pelo seu papel ambiental, e por seus produtos. As pessoas que vivem na região precisam de renda, trabalho, proteção social, saúde e educação, justamente para serem os maiores protetores da Amazônia."

Encontro com Giorgia Meloni

"Espero conhece-la melhor hoje e que os encontros que faremos reforcem a relação entre nossos países, que sempre foi tão forte. Somos o segundo país com mais italianos e descendentes do mundo, atrás apenas da própria Itália. Temos 30 milhões de descendentes italianos no país. Eu tenho uma relação excelente com o movimento sindical daqui, com os intelectuais, as empresas. E certamente teremos uma relação muito produtiva com as autoridades italianas, porque a relação econômica entre os dois países está aquém do seu potencial e precisamos trabalhar muito para ter uma relação bilateral à altura do tamanho das nossas economias."

Daniel Alves concedeu a primeira entrevista desde que foi preso sob a acusação de estuprar uma mulher de 23 anos em uma casa noturna de Barcelona. O brasileiro, que está há cinco meses atrás das grades, disse ao jornal catalão La Vanguardia que "perdoa" a jovem que o denunciou por agressão sexual e diz que ainda tem esperança de reatar com a modelo Joana Sanz, com quem está em processo de divórcio.

"Eu a perdoo. Ainda não sei porque ela (denunciante) fez tudo isso, mas a perdoo. E queria pedir desculpa à única pessoa a quem tenho que pedir desculpa, que é a minha mulher, Joana Sanz. A mulher com quem me casei há oito anos, ainda sou casado e espero viver com ela por toda a minha vida", disse Daniel Alves, que já pediu três vezes à Justiça para responder o processo em liberdade e teve todos os pedidos negados.

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Convocado por Tite para a Copa do Mundo do Catar, Daniel Alves deu sua versão da noite em que esteve com a denunciante, em 30 de dezembro do ano passado. Ele nega o crime de agressão sexual. O jogador está preso desde o dia 20 de janeiro, quando fez seu primeiro depoimento sobre o caso, em Barcelona.

"Quando a mulher com quem tenho um problema sai do banheiro atrás de mim, fico um pouco na minha mesa. Ao sair, soube pelas imagens que passei perto de onde a mulher estava chorando. Eu não a vi. Se a tivesse visto chorar, eu teria parado para perguntar o que estava acontecendo. Naquele momento, se algum responsável pela discoteca me pedisse para esperar porque a jovem alegava que eu a teria agredido sexualmente, não iria para casa. Na mesma noite apareceria em uma delegacia para esclarecer", afirmou o jogador brasileiro.

Segundo a imprensa espanhola, Daniel Alves será julgado entre outubro e novembro deste ano. O brasileiro já entrou com três recursos para responder em liberdade à suspeita de estupro. A Justiça espanhola negou todas as solicitações entendendo que ele poderia deixar o país e voltar ao Brasil, como aconteceu com Robinho na Itália, pelo mesmo motivo.

Durante o período preso, Daniel já ofereceu diversas versões sobre o que teria acontecido naquela noite. Já comentou que não conhecia a mulher, depois disse que não havia tido ato sexual e, agora, por fim, alega que tudo foi consensual. As divergências em seu depoimento, segundo ele, foram para proteger seu casamento. Mas foram essas diferentes versões que fizeram com que sua prisão preventiva fosse efetuada.

"Que conheçam a história que vivi naquela manhã naquele banheiro. Até agora, uma história muito assustadora de medo e terror foi contada, que não tem nada a ver com o que aconteceu nem com o que eu fiz. Tudo o que aconteceu e não aconteceu lá dentro só ela e eu sabemos", disse o jogador. A Justiça caminha para encerrar sua investigação e assim marcar a data do julgamento. A ex-mulher do atleta e os dois filhos estão morando em Barcelona para apoiá-lo.

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