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Com as discussões políticas dominando a pauta do Congresso e do Planalto, a avaliação de especialistas em Nova York e em Londres é que qualquer possibilidade de avanço em medidas que melhorem as contas fiscais do Brasil e outras reformas econômicas se reduz consideravelmente. Por isso, se a expectativa da entrada de um presidente mais "amigável ao mercado" ajuda a valorizar o real e a reduzir os prêmios de risco dos bônus brasileiros, a avaliação é que os problemas de médio e longo prazo do País permanecem desafiadores.

Para Mario Robles, analista da Nomura em Nova York, o aumento da percepção da saída de Dilma após os eventos de ontem, com o ex-presidente Lula sendo levado para depor na Polícia Federal, ainda vão permitir melhora no curto prazo para os preços dos ativos brasileiros. Mas, após a euforia inicial, o tom é de preocupação.

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Em Londres, o diretor da gestora especializada em mercados emergentes EM Funding, Wilber Colmerauer, avalia que os recentes desdobramentos da operação Lava Jato aumentam a chance de um processo de impeachment de Dilma. O gestor reconhece que essa perspectiva é bem-recebida pelos investidores. Porém, lembra que eventual processo seria lento e provavelmente geraria ainda mais incerteza no mercado.

Por isso, acha que a recuperação dos ativos brasileiros é pontual. "Tínhamos uma base muito baixa e estamos observando um ajuste de preços. Mas, efetivamente, não estamos nos recuperando. Só voltamos um pouco da queda acumulada nos últimos anos. Isso porque os problemas não foram resolvidos."

Os analistas do banco de investimento Brow Brothers Harriman (BBH) em Nova York avaliam que o aumento da percepção de que, não só Dilma pode mesmo cair, mas que os planos de Luiz Inácio Lula da Silva para 2018 podem estar sepultados, provocou verdadeira euforia no mercado. Mas os analistas do banco alertam que o cenário no Brasil ainda permanece uma "bagunça".

Colmerauer lembra que o enfraquecimento do processo de impeachment visto no fim de 2015 levou boa parte do mercado a prever mudança no executivo apenas em 2018. "Mas, agora, esse horizonte pode ser mais curto." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

O Brasil deve apresentar ainda este ano à União Europeia uma proposta de acordo de reciprocidade para que investidores europeus possam adquirir até 100% de companhias áreas brasileiras, desde que grupos nacionais também possam adquirir empresas do setor nos 28 países membros do bloco.

A proposta deve ser colocada à mesa na próxima reunião de uma ampla negociação que trata da unificação de acordos do setor aéreo entre o País e a União Europeia.

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O processo vem sendo realizado desde 2011 pela Divisão de Negociações de Serviços do Ministério de Relações Exteriores. O objetivo inicial das tratativas é transformar os acordos que o Brasil já mantêm na área com países como França, Alemanha e Reino Unido em um tratado mais amplo, que abarque todo o bloco europeu.

Limite maior. A possibilidade de incluir no acordo uma cláusula de reciprocidade na compra de empresas aéreas surgiu nesta semana, com a publicação da Medida Provisória 714. O texto amplia de 20% para 49% o limite para o capital estrangeiro nas companhias de aviação brasileiras, mas traz uma brecha que eleva esse porcentual para até 100% justamente no caso de tratados que permitam o mesmo acesso do capital nacional a firmas do setor no exterior.

De acordo com o Itamaraty, a última reunião de negociação sobre o acordo aconteceu no mês passado, em Bruxelas, na Bélgica. E como a diplomacia brasileira só trabalha com base em dispositivos legais já aplicáveis, a possibilidade de reciprocidade na aquisição de aéreas não foi levada aos negociadores europeus na ocasião.

Os negociadores brasileiros começam a se preparar, então, para apresentar aos europeus a atualização da legislação no próximo encontro, que ainda não tem data marcada, mas que deve ocorrer no fim do ano. Normalmente, as reuniões sobre o acordo aéreo têm muitos meses de intervalo porque os negociadores europeus precisam percorrer os 28 países membros do bloco para referendar o andamento das propostas.

Na avaliação de diplomatas brasileiros, as chances de um acordo de reciprocidade com a União Europeia são maiores porque já existe uma negociação referente ao setor aéreo em andamento. Fora do bloco europeu, as demais tratativas sobre aviação em processo de consulta são com países asiáticos e africanos que ainda não têm voos regulares para o Brasil.

De qualquer maneira, o Brasil poderá firmar acordos dessa natureza com outros países ou blocos econômicos sem precisar do aval do Mercosul, já que o grupo sul-americano negocia em conjunto apenas o comércio de bens. Como o mercado de aviação está na categoria de serviços, o País tem total liberdade para firmar tratados bilaterais sem consultar seus vizinhos.

Perdas

A medida provisória chega em um momento crítico para o setor. O cenário de alta de custos e queda nas vendas deve levar o setor ao maior prejuízo de sua história no Brasil em 2015 (os balanços do período fechado ainda não foram divulgados). Até setembro, TAM, Gol, Azul e Avianca perderam, juntas, R$ 3,7 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

Após mais um dia de queda na cotação do dólar, as casas de câmbio comemoraram ontem o que consideram uma 'movimentação atípica' no segmento. Algumas empresas afirmam que a procura por pessoas físicas cresceu até três vezes no final da semana. O movimento, segundo as empresas, não era visto há pelo menos um ano.

O valor sempre é maior para turistas do que o divulgado no câmbio comercial. "Em um dia normal, a gente faz de 15 a 20 mil cotações por dia para nossos clientes. Hoje (ontem) batemos 45 mil cotações", analisou o CEO da Melhor Câmbio, Stéfano Assis.

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Na Treviso Câmbio Exchange, com 10 lojas na Grande São Paulo, o gerente de câmbio Reginaldo Galhardo disse que o movimento tanto nas operações comerciais (para empresas) quanto no varejo (para turistas) cresceu 50% ontem. "Foi uma procura, digamos, 'extrapoladamente' atípica", afirmou o executivo da Treviso. "O cliente estava com mais vontade. A gente vinha vendendo R$ 1 mil, R$ 1,5 mil por operação de turismo. Mas desde quinta-feira negociamos alguns lotes de R$ 10 mil, R$ 15 mil. Isso é difícil."

No Banco Daycoval, com 12 lojas em São Paulo, a movimentação e o resultado de ontem foram considerados com um dos principais desde que a instituição passou a comercializar dólar no varejo há sete anos. "Se não foi o principal, foi um dos principais dias de nossa história", comemora o gestor da rede de lojas Daycoval Câmbio, Maurício Lima. Ele conta que o resultado, se comparado ao dia 4 de fevereiro, portanto um mês atrás, foi três vezes superior. "Se consideramos as reservas para segunda-feira, tivemos 3,5 mil transações de dólar turismo". Afirma. "Nosso tíquete médio, no entanto, continua parecido com o histórico, cerca de R$ 2 mil."

Para semana que vem, apesar de ressaltarem a imprevisibilidade do câmbio, os executivos esperam, ao menos da segunda-feira, mais um dia de forte procura. "Segunda deve ser animada. Já na terça, não dá para saber", diz o gestor do Daycoval Câmbio Eduardo Campos.

Previsão

Para semana que vem, apesar de ressaltarem a imprevisibilidade do câmbio, os executivos esperam, ao menos da segunda-feira, mais um dia de forte procura. "Segunda deve ser animada. Já na terça, não dá para saber", diz o gestor do Daycoval Câmbio Eduardo Campos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

Enquanto o mercado reagia com euforia, desta sexta-feira (4), ao depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Polícia Federal, alguns dos principais empresários e executivos do País demonstraram preocupação com o agravamento da crise política, que tem refletido diretamente no, já complicado, cenário econômico brasileiro.

Para o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, "o que piora a situação das empresas é a falta de previsibilidade". Na opinião dele, "a volta da confiança de investidores e consumidores não pode ficar ao sabor do chamado mercado", já que a reação da Bolsa e do dólar podem ser apenas especulação. Só ontem, o dólar recuou 1,12%, para R$ 3,7675, e o Ibovespa teve alta de 4,01%.

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O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, afirma que ainda é muito prematuro falar em mudança de tendência na economia real por causa da alta da Bolsa e da queda do dólar registrada nos últimos dias. "Trata-se de um evento por um dia, não sabemos se isso vai continuar", diz ele. Castro ressalta que até agora não houve um fato de ordem econômica que sustente esse movimento.

De toda forma, o presidente da AEB observa que a alta da bolsa indica uma maior confiança dos investidores na economia real e a queda do câmbio cria insegurança no setor externo. "Os exportadores consideravam que o piso do câmbio seria R$ 4 e o recuo para R$ 3,70 gera insegurança no setor exportador de produtos manufaturados."

O discurso é muito parecido com o do presidente da Telefônica Vivo, Amos Genish. Segundo ele, a atual turbulência política pela qual o Brasil passa não vai afetar os investimentos da operadora no Brasil. "Seguimos confiantes no País e vamos manter nossos planos de expansão para os próximos anos."

Mais cautelosa, a empresária Luiza Trajano, agora presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, segunda maior rede varejista do País, preferiu ficar de fora da polêmica que envolveu ontem o depoimento do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à Polícia Federal. "Temos que respeitar a democracia. Vivemos uma democracia", disse, sem fazer juízo de valor sobre o caso. O varejo de eletromóveis, segmento no qual Luiza atua, é um dos mais prejudicados pela crise econômica brasileira.

Declaradamente um defensor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Flávio Rocha, o principal executivo da varejista Riachuelo encarou o episódio de ontem com Lula como indiferente para os rumos do País e da economia. "A questão não é o que fazem com o Lula, mas sim encerrar este triste capítulo da economia e começar um outro", disse. "O Lula estava sem discurso nenhum. Agora, ele se colocou na posição de vítima e quase me convenceu."

O agravamento da crise política, na avaliação de um dos maiores empresários do programa Minha Casa, Minha Vida traz à tona um outro problema: a falta de lideranças. "Estamos acéfalos", diz Rubens Menin, fundador da incorporadora MRV. "Não temos líderes para conduzir um pacto nacional e levar o País para um porto seguro. Isso é o que mais preocupa." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

O tenso processo de prévias do PSDB para definir o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo começa a ter efeitos diretos sobre outra administração, a do governo do Estado.

Braço direito de Geraldo Alckmin, o titular da Casa Civil, Edson Aparecido, responsável pela articulação política do Palácio dos Bandeirantes e ex-coordenador da campanha do tucano à reeleição em 2014, perdeu espaço no governo por não ter apoiado o empresário João Doria, que é apoiado pelo governador.

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Ele deve deixar o cargo na reforma do secretariado, que deve acontecer no primeiro semestre. O Palácio dos Bandeirantes nega a mudança e qualquer tipo de retaliação a tucanos que não estejam apoiando o pré-candidato favorito do governador. O titular da Casa Civil, no entanto, tem passado por um processo de isolamento político.

Na terça-feira, por exemplo, Aparecido não foi convidado para uma reunião de Alckmin sobre mudanças no secretariado. Como titular da Casa Civil e responsável pela campanha que reelegeu o governador em primeiro turno, o secretário sempre teve livre acesso ao chefe do Executivo paulista. A situação agora é diferente.

A gota d'água que azedou a relação entre Alckmin e Aparecido foi um discurso do secretário, em um ato de encerramento da pré-campanha de Doria, no qual ele pregou unidade ao PSDB, exaltou os quadros "históricos" do partido, mas não declarou voto no empresário. O governador não teria gostado da atitude do auxiliar.

Discurso

Dirigentes tucanos dizem de forma reservada que a disputa pela vaga de candidato à Prefeitura de São Paulo causou um racha irreversível no partido.

Até aliados de Alckmin acreditam que haverá mudanças no primeiro e no segundo escalão do governo. Entre os nomes que podem ser substituídos estão o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, que não apoiou Doria, e vários nomes do segundo escalão da secretaria de Cultura que seriam ligados ao vereador Andrea Matarazzo.

Colaborou para o desgaste de Aparecido a citação a uma compra de um imóvel em Moema, zona sul da capital: o tucano teria adquirido um apartamento que pertencia a um empresário cuja empresa presta serviços ao governo estadual.

O secretário nega irregularidades na negociação e contesta a reportagem publicada sobre o assunto pela imprensa. Outro episódio que incomodou o governador foi o surgimento do nome do ex-chefe de gabinete da Casa Civil, Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", nas investigações da Operação Alba Branca.

Ele seria beneficiário de propina no esquema de corrupção e superfaturamento na venda de produtos agrícolas para merenda de escolas de prefeituras e Estado.

O apoio de Alckmin a Doria, em oposição à adesão de tucanos históricos como Fernando Henrique Cardoso e José Serra a Matarazzo, antecipou para as prévias municipais um embate que se esperava apenas para 2018, quando o governador pretende disputar novamente a Presidência, cargo também almejado por Serra.

Alckmin foi candidato em 2006, quando não conseguiu evitar a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, e o hoje senador por São Paulo foi derrotado em 2002 e 2010. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

No começo da noite desta sexta-feira (4), cerca de 500 pessoas ocupavam o vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, esperando o início do ato contra o ex-presidente Lula e o governo da presidente Dilma Rousseff, segundo estimativa da Polícia Militar.

O protesto foi convocado pelo Movimento Brasil Livre. No trio elétrico levado pelos organizadores, foi colocado um boneco gigante de Lula com roupa de presidiário, conhecido como Pixuleco. Como o movimento de manifestantes não era grande até as 19 horas, apenas uma pista havia sido interditada. Um efetivo de cerca de 200 policiais militares foi deslocado para acompanhar o ato.

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Manifestantes favoráveis e contrários ao PT participaram dos primeiros atos de rua de ontem na frente do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, durante o depoimento do ex-presidente Lula à PF. Viaturas da Polícia Militar acompanharam o protesto e tentaram impedir que as vias de acesso ao aeroporto fossem fechadas, mas mesmo assim houve bloqueios temporários e confronto entre os grupos.

O número de detidos nos protestos não foi divulgado. Os atos se dividiram entre o saguão principal do aeroporto e o pavilhão de autoridades, com cerca de um quilômetro de distância. Às 10 horas um grupo de pelo menos 50 pessoas se concentrava na frente da sede da PF para protestar conta o ex-presidente. O aeroviário desempregado André Colosimo foi o primeiro a chegar. Ele levou bonecos infláveis de Lula e da presidente Dilma Rousseff e usava uma máscara do policial federal Newton Ishii. Lula foi chamado de "ladrão" em coro.

O confronto teve início com a chegada do grupo de favoráveis ao ex-presidente. Eles rasgaram cartazes e bonecos plásticos que representavam Lula. Insultos partiram dos dois lados.

Quando o depoimento foi encerrado, os grupos se dirigiram ao pavilhão de autoridades do aeroporto para tentar encontrar o ex-presidente. Um repórter da TV Globo foi hostilizado e impedido de gravar, sob gritos de "golpista". Com a briga, a maior parte dos opositores de Lula deixou o local.

O fluxo de veículos foi interrompido pela primeira vez na Avenida Washington Luís com uma mobilização para disparar fogos no canteiro central da via. Manifestantes carregavam bandeiras no canteiro e chamavam a atenção dos motoristas, que buzinavam. O protesto também causou lentidão na Avenida Rubem Berta, que chegou a ficar bloqueada por alguns minutos. As operações no aeroporto, no entanto, não foram prejudicado.

Ele e outras autoridades políticas apoiadoras de Lula, como o deputado petista Paulo Teixeira, proferiram discursos em que consideraram "absurda" a ação da Polícia Federal a mando da Justiça do Paraná. Atrás deles, manifestantes traziam cartazes como "Lembrei do Mandela", "Golpe nunca mais" e "Chega de antipetismo no Ministério Público e na PF".

Entre eles estava o cobrador de ônibus Antonio Pedro Souza, de 46 anos. "O que se está fazendo é uma conspiração, uma tentativa de golpe. Um ataque à democracia. O ex-presidente Lula mudou o Brasil para melhor, minha vida melhorou e agora temos acesso a emprego, a educação", disse.

Já no saguão principal do aeroporto, restaram ainda pelo menos dez manifestantes de diversos grupos antipetistas, como o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua. Eles faziam selfies e gravavam vídeos levantando bandeiras do Brasil.

A aposentada Carmen Lucci, de 65 anos, diz que chegou ao aeroporto às 8 horas. "Viemos para apoiar a ação da polícia. A Lava Jato só existe porque tem apoio da população", disse ela, que afirma não ser de nenhum movimento político específico, mas de "todos". "Sou uma cidadã independente indignada."

Em São Bernardo do Campo (SP), outro grupo de militantes - a maioria ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - permanecia na frente do edifício onde Lula mora à espera do ex-presidente - que chegou ao local depois de discursar no diretório do PT em São Paulo.

Vizinhos tinham visto Lula saindo do prédio por volta das 6 horas da manhã, acompanhado de dois carros descaracterizados. Cerca de uma hora depois, os primeiros manifestantes chegaram ao local, gritando palavras de ordem contra o ex-presidente e apoiando a operação da PF. As viaturas da Polícia Federal chegaram ao local por volta das 8h15.

O primeiro tumulto entre os grupos rivais ocorreu por volta das 7h30, quando um homem de camisa vermelha agrediu um fotógrafo que estava trabalhando no local. A biomédica Karina Alves de Oliveira, moradora próxima do apartamento e grávida de dois meses, que disse ter chegado ao local às 7 horas, afirmou também ter sido agredida. "Estava acompanhando as últimas notícias da operação, ouvi o helicóptero e vim para cá. O Brasil estava precisando disso, de chegar nele. O País precisa de uma reforma", declarou.

A confusão se intensificou por volta das 10 horas, quando os manifestantes passaram a se agredir com socos e pontapés. Pelo menos três pessoas foram detidas - duas por racismo e uma por tentativa de lesão.

No Recife, cerca de 100 militantes ligados ao PT, PCdoB e simpatizantes do ex-presidente Lula protestaram contra a ação da PF. "É um golpe contra Lula e as conquistas sociais e (contra) Dilma. A reação do PT, governo e da esquerda demorou muito. Precisamos dar um basta a esse golpe", avaliou o escritor Sidney Rocha, de 50 anos. (Colaboraram Suzana Inhesta e Anderson Bandeira)

A crise criou um efeito cascata nas operadoras de saúde. Empresas começaram a dispensar funcionários, que deixaram de ter o benefício do plano de saúde e, assim, as operadoras perderam 13,7 mil beneficiários por mês entre setembro de 2014 e setembro de 2015, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No período, o total de beneficiários caiu de 50,4 milhões para cerca de 50,3 milhões.

Durante oito anos, a assistente de relacionamento com o cliente Elieth Alves Nonaka, de 42 anos, trabalhou em uma operadora de saúde e teve direito ao plano. Mas, em setembro do ano passado, ela entrou na lista dos 3,2 mil funcionários da Unimed Paulistana atingidos em cheio pela crise na empresa. Elieth foi demitida e perdeu o benefício. "Tenho Lesão por Esforço Repetitivo e rosácea no rosto. Se eu não conseguir emprego, vou usar o SUS", conta. A Unimed Paulistana informou que, com a determinação da liquidação da operadora feita pela ANS, tanto usuários quanto funcionários tiveram como opção fazer a portabilidade para outros planos.

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Diretor da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Pedro Ramos diz que o setor vinha registrando alta nos últimos anos. "É a primeira vez que tem uma queda acentuada. Quando fecha uma vaga de emprego, perdemos de dois a quatro beneficiários." Consultado, o Ministério da Saúde informou que "os atendimentos realizados são crescentes, mas não é possível relacionar isso a desistência de usuários em possuir planos de saúde."

As operadoras, entretanto, estão reagindo. Segundo Luciana Silveira, diretora executiva da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios, os empreendimentos estão trabalhando para reduzir custos, com campanhas de prevenção de doenças, e coibindo fraudes. "Há um movimento para aquisição de planos mais básicos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff iniciou um processo de afastamento do PT em busca de conter as investidas da oposição e de parte do PMDB pela retirada dela do Palácio do Planalto. Como já era esperado, a presidente não compareceu ontem à festa de 36 anos de seu partido, no Rio de Janeiro. De acordo com um integrante do governo, Dilma está convencida de que é impossível preservar o mandato sem se descolar da legenda, alvejada pela Lava Jato e contrária à reforma da Previdência, considerada prioritária pela presidente para atrair o apoio do empresariado e recuperar credibilidade no mercado.

Os últimos dias expuseram os caminhos distintos que Dilma e seu partido defendem para a superação das crises política e econômica.

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A ala majoritária do PT já está decidida a manter uma distância regulamentar da presidente e de suas diretrizes para a economia. Petistas históricos abrigados na Esplanada dos Ministérios se articulam com movimentos sociais para pressionar Dilma, inclusive com manifestações nas ruas, a esquecer a reforma da Previdência e a rever sua nova estratégia política, que prevê também uma aproximação com a oposição, especialmente a tucana.

Alguns conselheiros da presidente avaliam não ser interesse de todos os setores do PSDB retirá-la do cargo antes do término do mandato, em 2018. Para eles, os grupos do governador Geraldo Alckmin e do senador José Serra não endossam para valer a tese de cassação do mandato da petista pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que poderia resultar na convocação de novas eleições, caminho defendido por Aécio Neves.

No entanto, em conversas reservadas na semana passada, aliados de Serra e de Alckmin avaliaram que o maior problema de Dilma não é o PSDB e a ação no TSE, mas a ala do PMDB contrária ao governo, que nos últimos dias, após a prisão do ex-marqueteiro da presidente João Santana, voltou se articular em torno do impeachment e passará a buscar apoios no setor empresarial.

Ontem, em Santiago, Dilma justificou a ausência no aniversário do PT com a alegação de que não chegaria a tempo de participar do evento. Questionada sobre as críticas do partido ao ajuste fiscal conduzido por sua administração, ela disse que não governa só para o partido, mas para toda a população. "Eu não governo só para o PT. Eu governo para os 204 milhões de brasileiros", afirmou.

A presidente procurou reduzir a tensão, um dia após o PT divulgar um documento no qual sugere novos impostos e o uso de reservas para que o País saia da crise. Dilma, porém, voltou a mencionar uma reforma previdenciária como essencial para o equilíbrio fiscal. Segundo ela, a mudança na aposentadoria poderá ser feita progressivamente. "É fundamental que trabalhemos um pouco mais. Mas não agora, não amanhã, não depois de amanhã. Eu acho que é o que pessoas temem", disse.

Ao falar sobre o distanciamento com o partido pelo qual foi eleita, Dilma disse não acreditar que as relações entre o governo e o PT devam se caracterizar pela adesão sem avaliação crítica. "Um partido é um partido, um governo é um governo", afirmou a presidente. "É preciso ajuda de todos os partidos da minha base e do PT, sobretudo, porque é o partido ao qual eu pertenço e pelo qual eu fui eleita."

Dilma chegou na manhã de sexta-feira a Santiago em uma visita oficial organizada às pressas pelo governo chileno à pedido do Brasil, com uma duração e uma agenda mais ampla que a usual. Ontem ela voltou a almoçar com a presidente chilena Michelle Bachelet, como no dia anterior, desta vez na sede da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e palestrou para economistas. Embora tenha lembrado o "problema de distância" e a falta de tempo para chegar à festa petista, Dilma não demonstrou pressa de deixar o Chile. Seu voo, que deveria decolar às 17 horas, atrasou.

A festa para comemorar os 36 anos do PT, na noite de ontem, foi marcada por um desagravo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até mesmo nas paredes de tijolo aparente do Armazém da Utopia, forradas de homenagens a ele. Mas a presidente não foi poupada. "Dilma, chega de ajuste fiscal e superávit!", dizia uma das faixas seguradas por militantes na plateia. A presidente enviou uma carta à direção do partido que foi lida durante o ato pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão. Ela apontou a legenda, o governo e Lula como alvos de "ataques sistemáticos" e ressaltou a importância da relação com movimentos sociais, insatisfeitos com a política econômica do segundo mandato. Apesar das divergências com o partido na área econômica, ela reafirma na carta o compromisso com a "estratégia de desenvolvimento" adotada desde o governo Lula.

Apelo

Em seu discurso, o ex-presidente fez um apelo aos presentes: "A companheira Dilma sozinha não terá forças para resolver este problema e nós, por mais que tenhamos divergência com qualquer pessoa do governo, este governo é nosso e temos responsabilidade de fazer dar certo".

Para ele, um militante petista "não pode num momento de crise virar as costas e dizer que 'o problema não é meu'". "O problema é nosso, é meu, é seu e da Dilma." Lula, contudo, destacou que antes de atender aos anseios do mercado, Dilma precisa governar para "o povo". "A Dilma tem que ter certeza que, por mais que tenha divergência, o lado dela é este." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Impulsionada pela prisão do ex-marqueteiro do PT João Santana, a retomada das discussões do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo PMDB vai se dar com uma nova estratégia. O grupo do vice-presidente Michel Temer avalia como vital um entendimento com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Além disso, acredita que é preciso atuar de forma discreta - quase silenciosa - ao contrário do que ocorreu no semestre passado.

Para um interlocutor do grupo de Temer, "ninguém quer queimar largada de novo". A avaliação é que o maior de todos os erros foi apostar todas as fichas no presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Apesar do poder do cargo, a imagem que se consolidou é a de que ele usou o pedido de impeachment para desviar a atenção dos processos que ele enfrenta no Conselho de Ética e no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa da Operação Lava Jato.

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O primeiro passo de reaproximação de Temer e Renan foi dado na quinta-feira, quando os dois almoçaram no Palácio do Jaburu. Segundo aliados de ambos, a conversa teve como principal pauta a formação da chapa única que será apresentada na Convenção do PMDB. Na oportunidade, Temer deve ser reconduzido como presidente da sigla - ele está no posto desde 2001. Desta vez, porém, terá de abrir mais espaço para o PMDB do Senado.

Para um senador que é próximo tanto de Renan quanto de Temer, antes de qualquer ação em torno do impeachment, é preciso garantir o máximo de unidade possível dentro do partido. Segundo ele, houve uma precipitação de Temer no semestre passado. "Ele não vai cometer os mesmos erros agora", concluiu.

Em novembro do ano passado, houve estardalhaço no lançamento de um conjunto de propostas econômicas do chamado "Plano Temer". O documento foi elaborado pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, que chegou na oportunidade a usar hastag #impeachment ao tratar do assunto nas redes sociais. Neste ano, Moreira já adotou um tom mais moderado.

"O impeachment não é obra de uma pessoa de um partido e tampouco do Congresso Nacional. O impeachment é consequência de um ambiente na sociedade de repulsa majoritária consolidada a uma situação posta dentro das regras a Constituição", disse Moreira em entrevista ao Estado na semana passada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A General Motors pode rever seu plano de investimento no Brasil de R$ 6,5 bilhões, anunciado em julho passado, e com previsão de cobrir gastos até 2019. O presidente mundial da empresa, Dan Ammann, teme que o País continue com a economia paralisada, o que impedirá a reação do mercado automobilístico nos próximos anos.

"Tenho esperança de ver sinais de avanços políticos e econômicos nos próximos 6 a 12 meses, o que vai nos permitir seguir o curso do investimento planejado." Do contrário, afirma ele, "vamos reavaliar".Número dois no comando da GM global - ele se reporta à executiva Mary Barra -, Ammann esteve no País na terça-feira e na quarta-feira para ver o andamento de novos projetos. Em entrevista ao Estadão, mostrou-se bastante preocupado com a situação local.

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"Estamos aqui há 91 anos e estamos acostumados com ciclos de altas e baixas no Brasil e na América do Sul, mas o que mais nos preocupa agora é que pode não haver solução nos próximos três anos." Em julho de 2015, Ammann esteve com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, e anunciou o aporte de R$ 6,5 bilhões, boa parte para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias.

Na época, o mercado automobilístico como um todo já registrava queda de vendas na casa dos 20%. Mas, de lá para cá, o cenário piorou. Os negócios caíram 26,6% em relação a 2014. Fábricas suspenderam a produção várias vezes e reduziram o quadro de pessoal em 14,7 mil trabalhadores. Este ano, o mercado começou com nova queda de quase 40% nas vendas anualizadas em janeiro.

Ammann ressalta que o novo pacote de investimento só começará a ser efetivamente aplicado em 2017, o que dá tempo para avaliar seu cancelamento. "Dividimos nossas responsabilidades com os acionistas e qualquer investimento tem de ser avaliado à luz de um retorno", reforça Barry Engle, presidente da GM para a América do Sul.

Para ficar mais acessível ao bolso do consumidor, até o ovo de Páscoa neste ano encolheu. Pressão de custos entre 7% e 15%, atrelados ao dólar, como o preço do cacau e do açúcar, entre outras matérias-primas, fizeram as empresas reduzir o tamanho do ovo.

A Chocolates Munik, por exemplo, diminuiu o tamanho dos ovos de chocolate da linha saúde. O ovo diet da marca e o de cacau 50%, que na Páscoa do ano passado pesavam 200 gramas, foram reduzidos para 130 gramas, conta a gerente comercial e de marketing da empresa, Leila Detício. Com isso, o desembolso do consumidor diminuiu.

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No ano passado, o consumidor gastava R$ 39,80 pelo ovo diet e R$ 34,90 pelo de cacau 50%. Neste ano, os preços são de R$ 26 e R$ 23, respectivamente. Ocorre que, o preço por grama foi mantido de um ano para outro, em R$ 0,19 no caso do ovo diet e em R$ 0,17 no ovo de cacau 50%. "Não estamos repassando 15% de aumento de custo de produção por causa da alta do dólar", explica a gerente comercial.

Além de reduzir os tamanhos das versões do ano passado, Leila conta que os três lançamentos da linha saúde deste ano também são menores, variam entre 100 gramas e 130 gramas. "Reduzimos o tamanho dos ovos da linha saúde porque o consumidor desse tipo de produto não é de comer muito chocolate", justifica. Mas também o fato de essa ser uma linha mais cara, feita com chocolate ao leite, também pesou.

No caso do ovo crocante da marca, que é top de linha, o tamanho também encolheu. Ele pesava 470 gramas na Páscoa do ano passado e hoje está sendo fabricado na versão de 410 gramas.

A TopCau é outra fabricante de ovos de Páscoa que trabalha com ovos de menor tamanho, até 250 gramas, porque 60% dos volumes fabricados são de produtos licenciados de personagens infantis, diz a gerente de marketing, Alais Valentini Fonseca. Neste ano, a empresa está produzindo miniovos, de 96 gramas, que representam um desembolso menor para o consumidor. A marca reajustou os ovos em 10%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O superávit comercial deverá dobrar no ano que vem. Embora o aumento pareça positivo, ele esconde uma realidade perversa: o saldo tende a ser construído mais pela queda intensa das importações do que pelo aumento expressivo das exportações. Nas previsões dos analistas consultados pelo relatório Focus, organizado pelo Banco Central, o superávit do comércio brasileiro deverá aumentar de US$ 15 bilhões para US$ 31 bilhões entre 2015 e 2016.

O quadro, portanto, deverá repetir o cenário deste ano. As importações estão diminuindo e deverão continuar nessa trajetória por causa da recessão brasileira, a mais intensa desde 1990. Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá recuar quase 4% e, no ano que vem, a queda estimada é de 3%. Com o recuo na atividade, a demanda por produtos importados, sobretudo os manufaturados, diminui.

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"A recessão vai continuar, a inadimplência e o desemprego vão subir", afirma José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). "Com todo esse cenário, a demanda deve cair", diz. Entre janeiro e novembro, as importações recuaram 23,1%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

As exportações brasileiras também estão em queda, e não deverão se recuperar com força no ano que vem - neste ano, o recuo será de 14,9%. O País tem sofrido com a menor cotação das commodities - 46% da pauta de exportação brasileira é de produtos básicos.

"No ano que vem, os preços das exportações ainda devem estar em baixa. Se houver uma recuperação não será nada substancial", afirma Gabriela Szini, economista da Tendências Consultoria Integrada. "O que deve conduzir a melhora no resultado da balança de 2016 é fundamentalmente o desempenho das importações e o aumento do quantum (quantidade) de exportação", diz.

Na projeção da Tendências, o saldo comercial será positivo em US$ 16 bilhões em 2015 e chegará a US$ 33 bilhões no ano que vem.

O quadro da exportação é crítico porque os três principais produtos básicos brasileiros comercializados - minério, soja e óleo bruto de petróleo - estão com forte queda nos preços. Um levantamento da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) mostra que, entre janeiro e novembro de 2014, o montante obtido com esses produtos foi de R$ 61,9 bilhões. Neste ano, ela é de R$ 44,4 bilhões.

Em 2015, a maior retração no valor dos produtos foi apurada no óleo bruto de petróleo (48,5%), seguido pelo minério de ferro (23,4%) e soja (23,4%). "O Brasil fica atrelado a um preço de mercado, negociado em Bolsa", diz Daiane Santos, economista da Funcex. "O total exportado está caindo muito porque a queda dos preços desses três produtos foi muito acima da média", afirma Daiane.

A redução no preço dos produtos básicos pode ser explicada pela desaceleração da China, grande demandante de commodities. O crescimento da economia chinesa deverá ficar em 7% neste ano, abaixo do resultado apurado em anos passados. O gigante asiático também enfrenta um processo de transição: o modelo de crescimento deixou de ter como base a construção civil e a indústria e passou para o setor de serviços.

No caso do minério de ferro e do petróleo, o novo patamar dos preços também reflete o aumento da oferta em relação à demanda global.

As exportações brasileira de manufaturados também não reagiram como se esperava com a valorização do dólar ante o real - neste ano, o avanço da moeda americana é de 45,91%.

Entre janeiro e novembro, as exportações de manufaturados recuou 9,8% na comparação com o mesmo período de 2014. "Em 2016, deve ocorrer alguma recuperação da exportação de manufaturados, mas nada excepcional", diz Castro, da AEB. "Será uma surpresa se ocorrer uma mudança excepcional." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Numa "guerra fria" em que o rompimento se mostra iminente, a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, definiram estratégias distintas para enfrentar o processo de impeachment. No roteiro do vice - que assumirá a Presidência num eventual afastamento de Dilma - o ponto principal é a unificação da bancada do PMDB da Câmara, dividida ao meio pelos vaivéns sobre a escolha do seu líder.

No campo oposto, o Palácio do Planalto aumenta a pressão sobre os deputados da bancada peemedebista que detêm cargos do governo federal, sobretudo nos Estados. As ameaças lado a lado serão cada vez mais frequentes.

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Na conversa que tiveram na noite de quarta-feira, Temer e Dilma afirmaram que buscariam uma convivência "profícua". No entanto, o vice deixou claro que vai se dedicar ao comando do PMDB. Segundo aliados do vice, se Dilma buscar fustigá-lo dentro da sigla, Temer vai promover uma convenção do partido para consolidar o rompimento com o governo.

Antes, porém, o vice almeja unificar a bancada do partido em torno do seu nome.

Depois, pretende atrair para sua órbita outros partidos da base do governo, como PSD, PR, PTB e PP. O arremate da tática é forçar a saída dos ministros peemedebistas remanescentes na Esplanada.

Segundo relatou ao Estado um auxiliar do vice-presidente, a estratégia inicial é "consolidar" a força de Temer na Câmara. "Esse é o primeiro passo, pois temos certeza de que, se houvesse uma convenção nacional do partido agora, a tese do rompimento venceria de lavada", disse. Hoje, no entanto, o Planalto ainda exerce muita influência na bancada. "A caneta ainda está com a Dilma", afirma um deputado peemedebista da ala governista.

O mesmo se reproduz em outros partidos da base aliada. "É por isso que está todo mundo de olho no PMDB. Se de fato o partido se unir e romper em favor do impeachment, os demais partidos da base vão fazer o mesmo", conta um dirigente do PP que tem participado das conversas com o grupo de Temer. "Podemos ir até o velório, mas ninguém vai querer ser enterrado com o governo."

A divulgação da carta a Dilma em que reclama de falta de confiança foi o primeiro passo de Temer em favor do rompimento. Depois, os aliados mais próximos do vice articularam a troca do líder do PMDB na Câmara. Tachado como "demasiadamente governista", Leonardo Picciani (RJ) foi trocado por Leonardo Quintão (MG). Agora, Picciani quer dar o troco em Quintão com alterações na bancada.

A decisão foi tomada após apresentação de uma lista à Mesa Diretora da Câmara com o apoio de 35 dos 66 deputados em favor de Quintão. O Palácio do Planalto vai tentar reverter essa decisão. Alguns deputados, que detêm cargos federais em seus Estados, começaram a ser pressionados a voltar atrás e assinar uma nova lista para Picciani reconquistar a liderança.

"Se fizerem isso, vamos reagir com a convocação da convenção nacional e promover o rompimento definitivo com o governo", diz o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). "Não será tolerada nenhuma ação agressiva do Planalto sobre a bancada. Temos capacidade de pensar o que é melhor para o Brasil."

Após garantir a união dentro do PMDB, o próximo passo do grupo de Temer é pressionar a demissão dos ministros ligados à bancada do PMDB. Indicados por Picciani, Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) já adiantaram que vão tentar resistir. Castro chegou a dizer que se fosse preciso voltaria ao cargo de deputado para ajudar Picciani voltar à liderança.

Com origem na Câmara, mas garantido no cargo graças a Temer, o ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) tem dito publicamente que vai trabalhar para que não haja rompimento com Dilma. Contudo, a interlocutor próximo, já disse que fica no cargo "só até a hora que o Michel quiser". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os três grandes setores da economia (agropecuária, indústria e serviços) desaceleraram ainda mais entre junho e julho, o que provocou queda maior no Produto Interno Bruto (PIB). Nos três meses até julho, o recuo foi de 2,9% em relação a igual período de 2014, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB.

O resultado é pior do que a redução de 2,6% observada no segundo trimestre deste ano, no mesmo tipo de confronto, como divulgado pelo IBGE no fim de agosto. A FGV tem procurado antecipar os resultados por meio de estimativas que utilizam as mesmas fontes de dados e a mesma metodologia empregada pelo IBGE, responsável pelo cálculo oficial.

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Em 12 meses, o PIB brasileiro já encolhe 1,5% até julho, segundo os dados obtidos com exclusividade pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Esse indicador é o que tem tido maior aderência aos dados efetivamente anunciados pelo IBGE.

Nos serviços, responsáveis por mais de dois terços da economia brasileira, a queda do PIB ficou em 1,7% no trimestre encerrado em julho ante igual período do ano passado. A piora é mais sensível nos outros serviços e nos transportes, enquanto o comércio mantém o desempenho negativo.

Segundo o economista Claudio Considera, que já chefiou a Coordenação de Contas Nacionais do IBGE e hoje é responsável pelo Monitor do PIB, os indicadores têm se deteriorado à medida que o consumo das famílias encolhe. No trimestre até julho, o consumo das famílias brasileiras diminuiu 3,0% na comparação com igual período do ano passado, estima o Ibre/FGV.

"Isso ocorre por conta do desemprego, da queda na renda e da paralisação no crédito. As famílias estão consumindo menos daqueles bens que podem prescindir", afirmou Considera. "O consumo continua se deteriorando, e isso chegou aos bens não duráveis, tidos como mais essenciais."

O IBGE não costuma divulgar dados desagregados para o consumo das famílias, mas o Ibre/FGV estima que o consumo de produtos não duráveis caiu 1,5% no trimestre até julho ante igual período de 2015. Com isso, essa categoria entra para a mesma zona negativa em que já estavam há mais tempo os bens semiduráveis e os duráveis.

Com as famílias cada vez mais seletivas, a indústria não tem demanda para produzir. O PIB da atividade encolheu 5,6% no trimestre até julho em relação a igual período do ano passado, segundo o Monitor do PIB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A empresa gaúcha Marcopolo, a maior fabricante brasileira de carroceria para ônibus, decidiu colocar o pé no freio em meio ao cenário adverso da economia. A companhia informou ao mercado que decidiu cancelar o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) de R$ 0,0243 por ação, num total de R$ 21 milhões, referente ao terceiro trimestre.

A empresa justificou a medida com o atual ambiente de recessão no País. Nessa sexta-feira (18), após o anúncio, os papéis da Marcopolo fecharam em baixa de 3,83% a R$ 1,76.

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Ao Estado, o diretor de relações com o mercado, José Antônio Valiati, disse que o ano de 2015 está bem difícil para o setor e a perspectiva para 2016 também não será diferente. O anúncio de cancelamento do pagamento de juros sobre capital próprio pela Marcopolo é "muito negativo", na opinião de analistas do Brasil Plural. O banco lembrou que, em conversa recente com outros fabricantes de ônibus, ficou nítido que atrasos do governo na liquidação de pagamentos e a falta de encomendas de ônibus estão afetando severamente a indústria.

"Há rumores sobre fechamento de fábricas e endividamento excessivo das empresas. No entanto, não poderíamos imaginar que a crise afetaria a maior empresa do setor e a mais bem capitalizada", destacam os analistas. Segundo Valiati, o atraso no recebimento de cerca de R$ 130 milhões referentes a micro-ônibus produzidos para o programa Caminhos da Escola, que é repassado pelo governo federal, também pesou na decisão da empresa de cancelar o pagamento de juros sobre capital próprio. "Com a crise, estamos postergando investimentos não estratégicos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Festival de rock ou parque de diversões? Parque de diversões, responde o empresário Roberto Medina quando diz que os shows, gradativamente, são, cada vez mais, o que menos importa. É um movimento de risco. Tentar amenizar a relação das massas com o rock desviando o curso das expectativas para seu complexo de entretenimento busca identidade, mas também absolvição para o drama dos novos tempos: a falta de mais nomes para grandes espetáculos. O Rock in Rio começou nesta sexta-feira (18), seu teste de fogo.

E de fogos. Faltando cinco minutos para às 19h, uma bateria de fogos de artifício foi acionada e o espetáculo das cores, mais cores do que barulho, chamou um grande número de pessoas para a frente do Palco Mundo com certo suspense. Muita gente sabia que o tema desta edição seria de nostalgia, dos trinta anos que se passaram desde as primeiras noites de um projeto que nasceu no deserto de credibilidades de 1985.

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No Mundo, Frejat, ainda com o palco escuro, fez o primeiro acorde de Pro Dia Nascer Feliz e aquilo funcionou como uma explosão. A massa de som, bem equilibrada, fez a plateia levantar como num gesto automático, e ficou difícil não pensar em 1985 mesmo para quem não era nascido em 1985.

Depois dele, Ney Matogrosso veio sem avisar, de preto, olhos pintados, cantando com o Barão Vermelho Por que a Gente É Assim? Ney foi espetacular. Tinha uma música e a usou como se fizesse um show inteiro. Depois, ainda, cantou com o peso das guitarras que lhe havia nas costas Rua da Passagem, de Lenine.

O Palco Mundo viveu instantes de Palco Sunset. Samuel Rosa, saltitante e quase descontrolado em sua empolgação, cantou com o Skank Vou Deixar para receber logo depois Erasmo Carlos, que chamou de o homem que criou o rock brasileiro. No ritmo sem pausas, Erasmo fez Pode Vir Quente Que Estou Fervendo e, depois, É Proibido Fumar.

Ivan Lins, Blitz, Paralamas do Sucesso, a temática dos 30 anos funcionava como uma bênção dos céus em um ano de vacas magras. De repente, tudo parecia permitido em nome da saudade.

Depois do abre com emoção, a banda irlandesa Script fez uma apresentação que dividiu o público entre adolescentes fanáticos e pais pacientes que esperavam pelo Queen. Já era meia hora de sábado, 19, quando o Queen + Adam Lambert entrou no Palco Mundo. Correria daqueles que estavam longe para chegar o mais perto possível da banda. É assim, de supetão e ao som de One Vision, que teve início o último show do primeiro dia de Rock in Rio.

Antes deles, se apresentaram o OneRepublic, com uma performance e liderança contagiantes de seu líder Ryan Tedder. Seria uma boy band se não fosse um acabamento pop tão competente.

Mas o Rock in Rio não é só música e diversão. O impacto regional de um festival que atrai 600 mil pessoas em sete dias foge aos esquadros de Medina porque envolve também a complexa cidade do Rio de Janeiro. E o transporte, depois de uma edição de 2013 tranquila e operacionalmente competente, deu dois passos para trás ao substituir os ônibus comuns pelas serpentes chamadas no Rio de BRTs. Fez certo ao adotar a aposta da cidade para tentar amenizar os problemas de um trânsito caótico, mas deve levar ainda mais duas ou três edições para reaprender a fazer o que já havia feito, pelo menos uma vez, muito bem.

O dia começou sem informação suficiente no terminal Alvorada e prosseguiu mal, até uma superlotação que o transformou em barril de pólvora. Usuários que tentaram embarcar no BRT no Terminal Alvorada - único transporte regular para a Cidade do Rock - tiveram de esperar mais de uma hora numa fila longa. E quem saiu da zona sul no ônibus especial, executivo, chamado de primeira classe e que custa R$ 70, pegou mais de uma hora de engarrafamento até a Barra da Tijuca. O trajeto já é demorado normalmente, e as obras da Olimpíada de 2016 agravaram o problema.

Há um outro quesito para Medina se preocupar. Esta é a terceira edição em que a Cidade do Rock é reaberta, salvo poucas alterações de logística nos brinquedos, da mesma forma, com os mesmos brinquedos. Se boa parte do público do Rock in Rio tem se fidelizado, comprando na própria Cidade do Rock reservas para terem ingressos para 2017, é importante surpreendê-lo também no entretenimento.

Há uma explosão no número de tendas e barracas de patrocinadores por todos os lados, de grandes marcas de cerveja e carros, mas o parque segue o mesmo. Se a tirolesa é um sucesso, com filas que chegaram a ter seis horas de espera na edição de 2013, por que não se criar uma segunda estação? Se a montanha-russa é um sucesso sendo pequena como é, não assombrando nem uma criança, porque não tornar sua experiência mais radical? Se a roda gigante atrai fãs mesmo nas horas dos grandes shows, que venham outros desafios nas alturas. Haveria um risco de se esvaziar os palcos enchendo filas? Sim, mas apenas se Medina permitir o sucateamento de sua curadoria, algo que parece em curso.

Diante da necessidade de forte contenção de despesas, para fazer frente ao agravamento da sua situação financeira, a diretoria executiva da Petrobras aprovou nesta semana o corte de cerca de 5 mil funcionários terceirizados. As demissões, já iniciadas há duas semanas, decorrem de rescisões ou não renovações de contratos com fornecedores e prestadores de serviços. Mesmo com os cortes já definidos, a estatal não descarta ampliar o número de demissões para reduzir ainda mais seus custos, conforme apurou o Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado.

O comando da empresa decidiu intensificar as ações de redução de custo e reestruturação da empresa, com extinção de gerências, após a forte depreciação cambial do último mês e a perda do grau do investimento, na semana passada. Ontem, rumores no mercado de capitais de um novo rebaixamento da nota de crédito do País por uma segunda agência de classificação de risco provocou nova queda acima de 3% nas ações da petroleira negociadas na Bovespa.

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A Petrobras levará ao conselho de administração no próximo dia 30 mais detalhes do seu plano de reestruturação organizacional, que deverá enxugar ainda mais o quadro da empresa. Também serão discutidos novos cortes no volume de investimento neste ano e até 2019. Em junho, a companhia já havia anunciado redução de 41% em seu plano de negócio, mas as premissas econômicas, como taxa de câmbio e cotação internacional do óleo, ficaram desatualizadas com o acirramento da crise.

Segundo Lucas Ferreira, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), o esperado é que o plano de reestruturação seja anunciado no dia 31 e inclua perdas de cargos de confiança, o que repercutiria em reduções salariais de empregados concursados. Ele conta que o clima nos escritórios da petroleira é tenso. Ontem, 18, a empresa anunciou proposta de reajuste salarial abaixo da inflação em 2015, além do congelamento de valores de alguns benefícios trabalhistas.

Em nota, a empresa informou que a reestruturação ainda está em elaboração, mas que já houve retração de 3,2% em cargos de gerência. A maior parte dos cortes teria sido na área de abastecimento, segundo fontes. A previsão é que as atuais divisões de áreas de negócio sejam remodeladas. A estatal também negocia revisão de contratos com fornecedores, como sondas e outros equipamentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff disse a ministros do PT que vai manter o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, apesar da pressão de petistas e do PMDB. Com essa garantia, Mercadante pediu um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os dois tiveram uma conversa reservada nessa sexta-feira (18), em Brasília.

Lula pregava mudanças na Casa Civil por considerar que Mercadante está desgastado, com problemas de relacionamento na base aliada e atritos com o vice-presidente Michel Temer. Amiga de Dilma, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, chegou a ter o nome cogitado para o cargo. Ela não teve, porém, apoio integral do PMDB. Além disso, Dilma avaliou que Mercadante terá papel importante para a aprovação do pacote fiscal.

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Mercadante e o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo - outro alvo das críticas de Lula por não "controlar" a Polícia Federal -, não participaram do jantar entre o ex-presidente e ministros do PT, na quinta-feira.

O último desenho da reforma ministerial ainda prevê que Ricardo Berzoini (Comunicações) fique responsável pela articulação política, em dobradinha com o assessor especial da Presidência, Giles Azevedo. Dilma ainda avalia se Berzoini assumirá a Secretaria-Geral ou se vai repaginar a Secretaria de Relações Institucionais. A ideia é que a Casa Civil tenha perfil mais técnico.

O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, deve permanecer no cargo. O jornalista Rodrigo de Almeida, hoje assessor da Fazenda, será secretário de Imprensa do Planalto. Dilma planeja reunir as secretarias de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos em uma pasta que pode ser batizada de Ministério da Cidadania. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Levantamento no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) sobre mortes por atropelamento na cidade de São Paulo mostra que, nos últimos dez anos, 29 pessoas foram mortas por ciclistas em acidentes de trânsito. É o tipo de transporte menos letal entre todos os listados no Datasus. Os trens mataram, por exemplo seis vezes mais no período: 183 pessoas.

A listagem do Datasus é feita pelo Ministério da Saúde a partir de informações hospitalares passadas pela Prefeitura e pelo governo do Estado. No caso dos trens, a listagem não detalha se as mortes foram causadas por trens do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ou das empresas de transporte de carga, que compartilham as linhas férreas usadas por passageiros.

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No caso da CPTM, só em 2010 é que foi concluída uma política voltara para isolar completamente as seis linhas do sistema de pedestres, com muros e grades. Já no caso do Metrô, também em 2010, o Estado tentou executar um programa de instalação de portas de plataforma. A Estação Vila Matilde, na zona leste, chegou a receber esses equipamentos - mas o programa não foi para frente, segundo o Metrô informou na época, por dificuldades da empresa contratada para o serviço. Por outro lado, as estações inauguradas após aquele ano, nas Linhas 2-Verde e 4-Amarela, já foram concebidas com essas portas de proteção.

O governo do Estado foi questionado sobre o número de mortes. mas limitou-se a informar, em nota, que "que tanto o Metrô quanto a CPTM não dispõem desses números", sem fazer mais comentários.

Em São Paulo, o veículo mais letal para o pedestre, segundo as informações do Datasus, é também a de maior frota. Entre 2005 e 2014, intervalo do levantamento, 2.468 pessoas foram atropeladas e mortas por automóveis, picapes e caminhonetes. Ou seja: os carros matam 85 vezes mais do que as magrelas que deslizam pela capital - na ciclovia ou fora dela.

Em números absolutos, os ônibus aparecem em segundo lugar no ranking de letalidade, sendo os veículos responsáveis por 1.549 atropelamentos na última década, seguidos de motocicletas e triciclos, que mataram 1.040 pedestres.

Ao todo, no período levantado, houve 6.804 mortes de pedestres na cidade. A capital vinha em uma tendência de franca redução no total de mortes por esse motivo. Houve 823 ocorrências em 2005, número que caiu até atingir 530 registros em 2013. No ano passado, a tendência se inverteu: o número aumentou para 585 casos.

O zelador aposentado Florisvaldo Rocha, de 78 anos, morto na segunda-feira por um ciclista na Avenida General Olímpio da Silveira, no centro, sob o Minhocão, encaixa-se no perfil, que ainda segundo o Datasus, concentra o maior número de pedestres. Dos 29 mortos, 20, como ele, eram homens. 12 tinham mais de 65 anos de idade (faixa etária com mais casos) e oito também foram atropelados na segunda-feira, dia mais letal da semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um casal de idosos morreu em um acidente envolvendo sete veículos, na madrugada deste sábado (1º), na rodovia Presidente Dutra, em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. O carro em que viajavam as vítimas, de 67 e 72 anos, respectivamente, ficou prensado entre dois caminhões, no km 88 da rodovia. Outras três pessoas sofreram ferimentos sem gravidade.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, os veículos seguiam pela pista sentido Rio de Janeiro, quando o motorista de um caminhão perdeu o controle da direção. Ele freou bruscamente e foi atingido por outros seis veículos, entre eles dois caminhões e uma van. O 'engavetamento' causou a interdição total da pista durante cerca de duas horas, mas o tráfego era pouco intenso.

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Os corpos das vítimas foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Pindamonhangaba. O casal seguia de São José dos Campos para Lorena, cidade onde residia. As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil.

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