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As bolsas europeias fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 9, com algumas registrando forte alta após perdas significativas, à medida que os investidores digeriam a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Trump declarou vitória no começo desta quarta-feira e afirmou que agora é o momento do país "se unir como um povo só". As bolsas começaram a reverter as perdas após o discurso do Republicano. Os investidores puxaram para cima ações que podem se beneficiar na administração de Trump quando ele se tornar presidente dos EUA.

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Durante o pronunciamento, Trump falou sobre lançar projetos de infraestrutura. Dessa maneira, papéis da fornecedora de materiais de construção CRH avançaram 8,1%, já que o mercado norte-americano constitui 51% de sua receita.

As ações de defesa também avançaram, como os da BAE Systems (+6,75%) e da Rolls-Royce Holdings (+5,8%). O setor de assistência médica na Europa avançou mais de 4% com analistas afirmando que a vitória de Trump dá apoio ao setor farmacêutico, visto que as reformas nos preços dos remédios, propostas por Hillary Clinton, não devem ocorrer.

O índice FTSE 100 de Londres fechou em alta de 0,85%, levado por ganhos em materiais básicos, saúde e papéis industriais. O CAC 40 de Paris ganhou 1,32% e Frankfurt subiu 1,46% - mesmo o índice DAX tendo despencado quase 3% na abertura. Já a Bolsa de Madri fechou em queda de 0,40%; Milão caiu 0,24% e Lisboa perdeu 1,52%. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,49% após se recuperar de forte queda na abertura.

Além disso, a Comissão Europeia divulgou suas mais recentes estimativas econômicas. O crescimento da zona do euro deve diminuir em 2017 para 1,5%, de 1,7% em 2016. O Produto Interno Bruto da União Europeia (UE) também deve recuar entre esse ano e o próximo, de 1,8% em 2016 para 1,6% em 2017. Fonte: Dow Jones Newswires.

Com quatro jornalistas mortos este ano, o Brasil é o segundo país do mundo que mais matou esses profissionais em 2016, ficando atrás apenas do México, que contabiliza 12 mortes, e empatado com o Iraque (4 mortes).

Até o dia de hoje (13), a organização Repórteres Sem Fronteiras (Reporters Sans Frontieres - RSF) mapeou 47 mortes de jornalistas no mundo em 2016. A Síria contabiliza 7 mortes este ano; o Iêmen, cinco; a Líbia, três; e o Afeganistão e a Somália, duas. Países como Ucrânia, Turquia, Sudão do Sul e outros registraram uma morte.

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A violência contra os jornalistas, a independência da mídia, o meio ambiente e a autocensura, o enquadramento legal, a transparência, a infraestrutura e a extorsão são critérios usados pela organização independente RSF para determinar o Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa. O Brasil ocupa a 104ª posição entre 180 países avaliados.

Publicado anualmente desde 2002, o ranking leva em conta o grau de liberdade de que gozam os jornalistas, através de uma série de indicadores.

Segundo a RSF, a ausência de mecanismos de proteção nacional para jornalistas em perigo, somada à corrupção desenfreada no país, tornam a tarefa dos jornalistas ainda mais difícil. “O panorama da mídia continua altamente concentrado, especialmente em torno de grandes famílias industriais, muitas vezes perto da classe política”, avalia a organização.

Mortos 22 jornalistas no Brasil desde 2012

O Brasil já soma pelo menos 22 jornalistas assassinados por razões diretamente relacionadas com o seu trabalho, desde os últimos Jogos Olímpicos em 2012. Na maioria dos casos registrados pela RSF, os jornalistas, radialistas, blogueiros e outros profissionais da mídia que foram assassinados trabalhavam cobrindo e investigando temas relacionados à corrupção, à ordem pública e ao crime organizado, em especial nas pequenas e médias cidades do país.

“Este aumento do número de assassinatos, perceptível a partir de 2010, infelizmente não é a única ameaça iminente contra a integridade física dos jornalistas. Os principais eventos de 2013 foram marcados por um clima de violência generalizada. Repórteres que cobriam os protestos tornaram-se alvos de rotina das forças de segurança, fisicamente atacados ou arbitrariamente colocados sob custódia. Essa tendência continuou durante as manifestações que acompanharam a Copa do Mundo realizada no país [Brasil] em 2014”, afirma a RSF.

De acordo com dados da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), entre maio de 2013 e setembro de 2016 foram contabilizados 300 casos de agressões a jornalistas durante a cobertura das manifestações. Policiais, guardas municipais, guardas legislativos e seguranças privados foram responsáveis por 224 violações.

Além de agressões com cassetete, foram registrados casos de ataques com bombas de gás, bombas de efeito moral, balas de borracha, spray de pimenta e atropelamentos com viaturas e motocicletas. Também houve registros de ameaças, destruição de equipamento e detenção. Além dos 224 ataques à imprensa protagonizados por agentes de segurança, houve 75 ocasiões em que os agressores foram manifestantes.

Polarização política reforça insegurança

Segundo a RSF, a forte polarização política do país também tem contribuído para reforçar a insegurança dos jornalistas durante os protestos nas ruas de grandes cidades, pois os profissionais são insultados por manifestantes, que os associam diretamente às linhas editoriais dos principais meios de comunicação que eles representam.

O Brasil, entre 2015 e 2016, caiu 5 posições no Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa, ficando na 104ª posição. A melhor colocação obtida na série histórica aconteceu em 2002, quando o Brasil ficou em 54º colocado entre 134 países. Apesar da queda, o Brasil ficou melhor colocado que países como o México (149ª), a Venezuela (139ª), a Colômbia (134ª) e o Paraguai (111ª).

A Finlândia foi o país melhor colocado do ranking, seguido por Países Baixos, Noruega, Dinamarca e Nova Zelândia. Nos últimos lugares, estão a Síria, na 177ª posição; seguida por Turcomenistão (178ª); Coreia do Norte (179ª); e Eritreia (180ª).

A tendência apresentada pelo mapa este ano mostra um clima generalizado de medo e tensão. Tendo em conta os índices regionais, a Europa continua a ser a área onde a mídia é a mais livre. O Norte da África e o Oriente Médio continuam a ser as regiões onde os jornalistas estão mais sujeitos à violência.

A taxa de desemprego no Chile recuou de 7,1% no período entre maio e julho para 6,9% no trimestre entre junho e agosto, de acordo com o instituto nacional de estatísticas do país. A melhora ocorreu após meses de deterioração nesses números no país.

O Goldman Sachs avaliou que, mesmo com a melhora nos dados mais recentes, o mercado de trabalho chileno tem piorado gradualmente, o que pode levar a um enfraquecimento do consumo privado nos próximos trimestres. Por outro lado, isso reduz as pressões do salário e de custos relacionados sobre a inflação, o que facilita a convergência da inflação para a meta do banco central.

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A produção industrial do Chile subiu 2,8% em agosto, na comparação anual. A série com ajuste sazonal, porém, mostrou queda de 0,6% na comparação com o mês anterior.

No caso das vendas no varejo, o país registrou um crescimento de 0,2% na comparação anual em agosto. Ante julho, por outro lado, as vendas caíram 0,6%, após ajustes. Com informações da Dow Jones Newswires.

Os roubos de rua tiveram aumento de 68% no Rio em agosto, quando se realizaram os Jogos Olímpicos, em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram registrados 11.032 roubos a pedestres, em coletivos e roubos de telefones celulares, ante 6.562 casos em agosto de 2015. Mesmo com todo o esquema de segurança, com 85 mil agentes nas ruas, os roubos foram maiores do que em julho, quando houve 10.701 roubos de rua. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Segurança Pública.

O aumento da criminalidade vem sendo sentido ao longo de todo o ano. O número de assaltos nas ruas entre janeiro e agosto (80.731) se aproxima de todos os registros feitos no ano passado(85.280).

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A auxiliar de publicidade Camila Rodrigues, de 26 anos, vai engrossar essa estatística. Ela foi assaltada por dois homens armados quando chegava à estação de trem de Anchieta, na zona norte, às 6h30, desta sexta-feira, 23. "Quando eu vi a moto, tentei correr. Porque se você mora em um bairro perigoso, você tem medo quando vê uma moto. Mas eles aceleraram e me cercaram", contou.

Ela entregou a bolsa e ainda assim foi revistada, porque os assaltantes queriam se certificar de que ela havia entregado também o celular. "Perdi carteira, documentos, tudo. Com a greve dos bancos, não consigo nem sacar o salário. A polícia sabe que ali tem muito assalto, mas não tem nenhum carro fazendo patrulha pela manhã."

Os homicídios também tiveram aumento de 15% em relação a agosto do ano passado. Foram registrados 386 casos, ante 336 no mesmo mês de 2015. No acumulado de janeiro a agosto, o aumento foi de 17,4% (2.747 em 2015; 3.224 em 2016). As mortes em decorrência de ação policial tiveram aumento de 19,2% (de 459 em 2015 para 547 em 2016). A Anistia Internacional já havia divulgado relatório que apontava para o crescimento das mortes nas operações policiais ocorridas às vésperas da Olimpíada.

Também houve mais policiais civis e militares mortos em serviço - foram 19 em 2015, e 25 este ano.

O ex-chefe do Instituto de Estatísticas chinês, acusado de ser um "viciado insaciável em sexo", foi excluído do Partido Comunista chinês, e seu caso será examinado pela justiça.

Wang Baoan dirigiu até janeiro o organismo encarregado de calcular e anunciar os indicadores econômicos do país.

As estatísticas econômicas chinesas são alvo de controvérsia, e alguns denunciam que são manipuladas por motivos políticos.

"Wang Baoan participava ativamente de atividades supersticiosas, violava gravemente as regras e a disciplina política e expressou opiniões contrária às do comitê central em temas de grande importância", explicou a Comissão Central para a Inspeção da Disciplina, o órgão anticorrupção do PCC encarregada do caso.

Wang se dedicava a ir a hotéis de luxo, utilizava o cargo para obter favores sexuais e aceitou presentes e dinheiro para favorecer familiares, acrescentou.

As investigações internas do PCC geralmente resultam em exclusão do PCC e depois passam para a justiça penal.

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa, anunciou mudanças na metodologia das estatísticas criminais do Estado. A partir de sexta-feira, 26, todos os casos de morte suspeita retificados posteriormente para homicídio serão contabilizados nos dados oficiais. A divulgação será feita sempre no mês de março, quando a pasta passará a divulgar as estatísticas anuais.

Segundo o secretário, a medida será publicada em uma resolução no Diário Oficial e busca dar mais clareza às estatísticas. "São Paulo sempre esteve à frente na divulgação dos dados e sempre vai priorizar a transparência. Essa medida visa a deixar as coisas mais claras e simples de entender", afirmou.

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A medida foi anunciada na quinta-feira, 25, após o jornal O Estado de S. Paulo revelar que a secretaria não conta nas estatísticas criminais os casos retificados de homicídios. O órgão sabe que o número real é maior do que o divulgado. A revelação foi feita pelo delegado Denis Almeida Chiuratto e pela capitã Marta das Graças de Souza e Sousa em depoimento ao Ministério Público. Os dois responderam aos promotores em nome da Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP), que controla os dados criminais.

Os promotores do Patrimônio Público abriram investigação para apurar suposta maquiagem das estatísticas após o jornal O Estado de S. Paulo mostrar, em março, que 21 casos com histórico de homicídio haviam sido registrados como morte suspeita e não haviam sido contados nas estatísticas. Os representantes da CAP afirmaram que cerca de 20 a 30 casos de morte são retificados por mês. Porém, os dados não são divulgados. Ficam "sob controle da secretaria".

O promotor José Carlos Blat, que participa da investigação, disse que a medida pode ser vista como positiva. "Toda iniciativa que visa a melhorar a questão da transparência é bem-vinda." O promotor fez uma série de recomendações à pasta para melhorar a qualidade dos registros dos dados. E pediu que, em 90 dias, a secretaria entregue todos os boletins de ocorrência retificados para homicídio registrados nos últimos três anos.

Alves negou que a medida tenha relação com as investigações da promotoria. "Os promotores fazem questionamentos porque a imprensa traz questionamentos. Acreditamos que tudo vai ficar mais claro a partir de agora." Segundo o secretário, em março de 2017, serão divulgados os dados consolidados de todos os homicídios registrados e retificados em 2016.

Frequência

Para o sociólogo Guaracy Mingardi, a atualização deveria ser mais frequente. "Pelo menos vão pôr em números o que eles descobrem que é homicídio. Eu penso que a atualização deveria ser a cada três meses."

Roubos e homicídios aumentam em julho

O número de homicídios e roubos em geral aumentou no mês passado tanto na capital paulista quanto no Estado, após três meses em queda, conforme as estatísticas oficiais divulgadas na quinta-feira. Ocorreu ainda o sexto aumento consecutivo dos roubos no Estado.

Na comparação de julho deste ano com o mesmo mês de 2015, os registros de mortes passaram de 275 para 290 no total paulista (avanço de 5,45%) e de 69 para 72 (4,34%) no Município. Ainda considerando os assassinatos, aumentaram latrocínios (roubos seguidos de morte). Esses passaram de 25, em julho de 2015, para 35 registros no mês passado - acréscimo de 40%. Na capital, o aumento foi menor: de 7 para 9 casos (28,5%). Para o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa, a alteração na curva de homicídios ainda não indica mudança no padrão criminal. "Nem de elevação nem de queda. O sinal é de estabilidade."

O governo destacou os números globais: no ano, os homicídios dolosos diminuíram 8,6% entre janeiro e julho. O total baixou de 2.209 para 2.019, chegando ao menor número da série histórica para o período.

Crise

Quando se consideram os roubos, o acréscimo foi de 2,65% na capital (de 12.679 para 13.016 casos) e de 3,23% no Estado (de 25.488para 25.932). Ainda chama a atenção nos números estaduais o avanço de 36,2% nos registros de roubos de carga (de 594 para 809). "O aumento está ligado ao avanço da crise", justificou Mágino.

No entanto, essa análise não é consenso entre especialistas. "O início de uma crise não aumenta determinados crimes, principalmente o roubo", diz o sociólogo especialista em segurança Guaracy Mingardi. "No ano passado, não falavam que o aumento era pela crise, mas por causa de roubo de celular. Ora, ou é uma coisa ou outra. São Paulo conseguiu, por uma série de razões, diminuir os homicídios, porém, nunca conseguiu ter esse efeito com os crimes contra o patrimônio, que uma hora sobem e na outra, descem. É uma gangorra."

No semestre passado, o secretário foi criticado ao relacionar o aumento pontual nos casos de estupro ao avanço da crise econômica, sobretudo quando se consideram os indicadores de desemprego. No mês passado, porém, as estatísticas apontam queda desse tipo de crime: de 189 para 159 casos (15,87%) na capital e de 739 para 728 (1,48%) no Estado.

Crime com bicicleta pode ser registrado

Mágino anunciou que as estatísticas oficiais passarão a ter novos indicadores criminais. Serão os crimes de lesão corporal seguida de morte e estupro de vulnerável, que não eram contabilizados. O secretário também anunciou que a pasta está elaborando resolução para cadastrar as bicicletas no sistema de dados, de forma a poder registrar roubos e furtos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil perdeu 94.724 vagas formais de emprego em julho deste ano, informou nesta quinta-feira, 25, o Ministério do Trabalho. O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é fruto de 1.168.011 contratações e 1.262.735 demissões no período.

O saldo divulgado nesta quinta ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam em julho fechamento de 147,2 mil a 81,4 mil vagas. Com isso, a mediana ficou negativa em 90,2 mil postos.

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O número de postos fechados em julho deste ano foi menos intenso do que em igual mês do ano passado, quando foram extintas 157.905 vagas. Porém, superou o fechamento de 91.032 vagas formais de emprego em junho de 2016.

No acumulado do ano, o saldo de postos fechados é de 623.520 pela série com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. Este é o pior resultado para o período desde o início da série, em 2002.

No acumulado dos últimos 12 meses, o País encerrou julho com 1.706.459 vagas formais a menos, também considerando dados com ajuste.

Serviços

O setor de serviços foi o maior responsável pelo fechamento de vagas formais no mês de julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ao todo, foram extintos 40.140 postos na atividade só no mês passado, informou o Ministério do Trabalho.

Na sequência figurou a construção civil, com o encerramento de 27.718 vagas com carteira assinada em julho. Também foram responsáveis pelas demissões líquidas o comércio (-16.286 postos), a indústria de transformação (-13.298 vagas), a indústria extrativa mineral (-1.181 postos) e os serviços industriais de utilidade pública (-591 postos).

O resultado do Caged em julho só não foi pior porque a agricultura abriu 4.253 vagas, enquanto a administração pública criou 237 novos postos.

Ao todo, o mês de julho foi caracterizado pela extinção de 94.724 vagas. Em nota à imprensa, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou que a desaceleração no ritmo de fechamento de postos reflete uma "recuperação gradual da economia". Em julho do ano passado, o Caged apontou demissão líquida de 157.905.

"Estamos perdendo menos vagas e a tendência para os próximos meses é que essa desaceleração continue e possamos gerar vagas no segundo semestre", avaliou o ministro.

Confirmando todas as expectativas do primeiro turno da Série B, o Vasco não vem decepcionando e parece já ter o caminho de volta para Série A bem traçado para o a segunda parte da competição. Superior aos demais adversários, com 39 pontos, os cariocas já abriram quatro de diferença em relação ao segundo e nove em relação ao quinto colocado. Na parte de baixo da tabela o turno foi encerrado com pelo menos três equipes já com a corda no pescoço: Sampaio Correia (12 pts), Joinville (17 pts) e Tupi (18 pts).

Nas estatísticas gerais da competição, o equilíbrio é visto principalmente entre as equipes que brigam pelo G4. Vasco, Ceará, CRB e Náutico integram boa parte dos números positivos do primeiro turno. Destes apenas os alvirrubros pernambucanos não finalizaram a primeira parte dentro do grupo de acesso, ficando com a 6ª posição. Dentro dos números negativos, sem nenhuma surpresa, prevalência do Sampaio Correia. 

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Dentro dos destaques individuais da competição, o maior fica por conta do atacante Gustavo, do Criciúma, que terminou o turno com a artilharia da disputa, com 11 gols, desbancando o experiente meia Nenê, do Vasco. Ele também é um dos atletas que mais finalizou nas partidas em que esteve em campo. Porém, em meio aos números positivos, ele também tem um dado negativo, é o atacante que mais vezes fica em impedimento. 

Confira abaixo alguns dados sobre o primeiro turno da Série B com números baseados em cálculos do Footstats e do Departamento de Matemática da UFMG: 

Raio X Série B

Melhores Mandantes

Uma das grandes surpresas da competição está no mando de campo. Duas das melhores mandantes da competição não terminaram o turno entre o G4. A única exceção nesse quesito é o Ceará. Quem lidera a competição por meio de vitórias conquistadas como mandante é o Brasil de Pelotas. Dos 30 pontos feitos pelo time, que atualmente é o 5º colocado, 24 foram conquistados jogando em casa, com sete vitórias, três empates e nenhuma derrota. Em seguida vem os cearenses, vice-líderes, com 23 pontos em 10 jogos, sendo sete vitórias, dois empates e uma derrota. Já o Náutico aparece como terceiro melhor mandante ao fim do primeiro turno da Série B, 22 dos 28 pontos alvirrubros foram feitos na Arena Pernambuco, foram nove jogos, sete vitórias, um empate e uma derrota.

Piores Mandantes 

Entre as piores campanhas em casa, todas as três são de times que integram o temido Z4: Sampaio Correia, Joinville e Goiás. Jogando no Castelão, os maranhenses fizeram 10 pontos dos 12 conquistados ao término do turno. Foram nove jogos com duas vitórias, quatro empates e três derrotas. Em seguida aparecem os catarinenses, com os mesmos 10 pontos conquistados em nove jogos. E a terceira pior campanha pertence ao Goiás com apenas 12 pontos feitos no Serra Dourada e abrindo a zona de reabaixamento da Série B.

Melhores visitantes

Como visitantes indigestos, nenhuma surpresa. Todas as equipes que mantiveram uma boa campanha jogando fora de seus domínios integram o G4 da segunda divisão. O Vasco com 18 pontos somados em 10 jogos, foram cinco vitórias, três empates e duas derrotas. A segunda melhor campanha é do CRB, foram 17 pontos feitos por meio de cinco vitórias, dois empates e três derrotas. Fechando o trio está o Ceará com 12 pontos em nove jogos, três vitórias, três empates e três derrotas.

Piores visitantes

Mais uma vez com times da zona de rebaixamento encabeçando a lista, o único que se salva é o Avaí, que, no entanto está ali próximo da zona da degola. A pior campanha fora é do Tupi, com apenas um ponto somado em nove partidas. Em seguida, aparece novamente o Sampaio Correia com apenas dois pontos conquistados, também em nove jogos. E por último os catarinenses com saldo de três pontos em dez jogos, todos obtidos através de empates.

Melhores ataques/Finalizações certas

O primeiro turno da Série B provou que quem arrisca mais chutes a gol tem mais chances de acertar. Dois dos times que mais finalizaram em gol são os que tem o melhor ataque da competição até aqui Vasco (31 gols) e Náutico (30 gols). Os cariocas tem um total de 105 finalizações certas, enquanto os alvirrubros têm 101. O único que não se encaixa nesse quesito é o CRB, terceiro melhor ataque da competição, mas apenas o 7º que mais finaliza. No quesito pior ataque, mais uma vez o Sampaio Correia é dono dos números negativos, com 11 gols marcados.

Melhores defesas

Das melhores defesas da competição, apenas o Atlético-GO integra o G4. Os goianos sofreram 14 tentos no primeiro turno. As demais são a do Londrina (15) e Bahia (17), ambos os times ocupam o meio da tabela. O Sampaio Correia mais uma vez da conta dos números negativos com a pior defesa tendo sofrido 29 gols em 19 partidas.

Mais faltosas/Mais cartões amarelos

Dentre os números de equipes mais faltosas e mais punidas com amarelo da competição, o Londrina é o único a integrar o topo de ambas as listas. Os paranaenses são o segundo time mais faltoso da Série B, com 351 cometidas, porém são os mais punidos com cartões amarelos tendo recebido 64 até o momento. O time mais faltoso da Série B é o Paysandu, com 336 cometidas, completa a lista o Brasil de Pelotas com 334. O jogador que mais comete faltas é Washington, do Brasil de Pelotas.  Nas estatísticas dos times mais punidos, completam a lista o Avaí, com 58 amarelos e o Vasco, com 56. Os atletas que mais receberam cartões até aqui foram o uruguaio Gastón Filgueira, do Náutico; o zagueiro Rodrigo, do Vasco; e o volante Victor Bolt, do Vila Nova; todos já somam oito amarelos.

Mais cartões vermelhos

Vila Nova e CRB são as equipes que mais tiveram atletas expulsos na Série B durante o primeiro turno. Ambas tiveram seis atletas mandados para fora de campo mais cedo. No entanto, a estatística que mais impressiona é o do Vila Nova, onde três dessas expulsões foram do mesmo jogador, o volante Victor Bolt, o atleta com mais vermelhos da segunda divisão até aqui.

Desarmes certos

Quem mais acerta nos desarmes na competição é o Náutico, foram 348 efetuados, liderando as estatísticas. Em seguida aparece o Joinville, com 324 desarmes, e o Brasil de Pelotas, com 321. O líder em roubadas de bola é o volante Richardson do Ceará, com 61.

Impedimentos

O Criciúma é o líder em estatísticas de impedimento e com o jogador que mais vezes foi parado pela arbitragem por posição irregular. Os catarinenses acumulam 57 impedimentos na competição, sendo 27 destes apenas do atacante Gustavo. Em seguida aparecem Londrina e Luverdense, ambos os times com 49 impedimentos.

Mais perda de bola

Os times que mais perdem a bola na Série B não tem um denominador comum, enquanto alguns brigam contra o rebaixamento, outros brigam pela parte de cima da tabela. Oeste é o time que mais perdeu a posse de bola no primeiro turno, foram 786 vezes. Após os paulistas aparecem Joinville (771), Paraná (763) e Náutico (681). O atleta que tem maior índice de perda de bola é o meia Robson Fernandes, do Paraná, com 130 vezes.

Maiores sequências invictas

A maior sequência invicta da Série B, vem de um time que curiosamente trocou de técnico recentemente saiu Dal Pozzo e voltou Dado Cavalcanti, o Paysandu. Os paraenses conquistaram 12 jogos de invencibilidade, durante as 19 rodadas, porém como boa parte desses resultados foi construída por meio de empates, o Papão não figura entre os primeiros colocados, ocupando a 12ª posição. As demais sequências de invencibilidade pertencem ao Vasco, com cinco jogos e ao Oeste, com quatro jogos.

Maiores sequências sem vitórias

Os times que mais passaram tempo sem vitória na Série B até o momento foram o Luverdense, com sete jogos sem conquistar os três pontos, seguido por Sampaio Correia e Paraná, ambos com uma sequência de cinco partidas sem vencer.

O primeiro turno da Série A teve fim na última segunda-feira (8). A competição foi marcada, em números de pontuação, pelo equilíbrio. Campeão virtual do primeiro turno, o Palmeiras terminou a primeira parte da competição com apenas três pontos de vantagem em relação ao quinto colocado, o Santos. Enquanto a distância do primeiro time na zona de rebaixamento, o Botafogo para o 11º colocado, a Chapecoense, é de apenas quatro pontos.

Porém, analisando no âmbito geral, algumas diferenças entre as equipes podem ser notadas e analisadas por meio das estatísticas alcançadas na competição. A liderança do Palmeiras, por exemplo, é fruto da boa campanha que o time vem desempenhando em casa com 25 pontos em 10 jogos, a melhor entre os 20 times. Além do bom momento do setor ofensivo comandado por Gabriel Jesus, Dudu, Roger Guedes. O primeiro, inclusive, ainda é o artilheiro da Série A, com 10 gols, mesmo jogando as olimpíadas e já tendo sido vendido ao Manchester City. Ele é autor de quase um terço dos tentos alviverdes. 

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Por outro lado, as más campanhas de Cruzeiro e América-MG são tidas por meio dos péssimos números que as equipes tiveram na primeira etapa da competição. A maior surpresa fica por conta dos celestes que têm em casa o seu maior adversário. A equipe comandada por Mano Menezes é a pior mandante da Série A tendo somente duas vitórias em casa em nove partidas disputadas. Já seus conterrâneos comandados por Enderson Moreira ainda não venceram nenhuma partida longe de Minas. São somente dois pontos somados como visitante. Além disso, o time ainda tem a segunda pior campanha em casa. Fatores que resultam na lanterna do brasileiro.

Outro exemplo de queda de rendimento é visto no Santa Cruz ,que teve fases bem distintas no início do Brasileiro da Série A e no fim dele. Chegando a liderar a competição nas três primeiras rodadas, a equipe viu o rendimento cair, somando a segunda pior sequência sem vitórias da Série A, quatro jogos sem vencer, e agora ocupa a 19ª posição na tabela. Uma das explicações para isso é o atacante Grafite, que atravessa uma má fase é hoje e é detentor do maior número de impedimentos da competição e também é o jogador que mais perde a bola, seja desarmado ou com passes errados. 

Confira abaixo alguns dados sobre o primeiro turno da Série A com números baseados em cálculos do Footstats e do Departamento de Matemática da UFMG: 

Raio X da Série A

Melhores mandantes

Fazendo o dever de casa: assim pode ser definida a liderança do Palmeiras no Brasileiro. Dos 36 pontos que garantiram a equipe na primeira colocação do turno, 25 foram feitos jogando na Allianz Arena. Ao todo, os alviverdes já disputaram 10 jogos na capital paulista e somaram oito vitórias, um empate e uma derrota. Em seguida, vem o Atlético-PR como segundo melhor mandante da Série A, pois na Arena da Baixada foram somados 23 dos 30 pontos conquistados no primeiro turno pelo Furacão. O time de Paulo Autuori mantém uma sequência invicta atuando no Paraná com sete vitórias, dois empates e nenhuma derrota, fechando o turno na 7ª colocação. Para fechar os três melhores mandantes ainda tem o Santos, 5º colocado com 33 pontos, sendo 22 foram feitos jogando na Vila Belmiro.

Piores mandantes

Em contraponto aos líderes, que se mantém na parte de cima da tabela graças a boa campanha em casa, a parte de baixo da tabela é permeada por quem até o momento não vem tendo grande auxílio do mando de campo. E, nesse quesito, Minas Gerais não tem sido um bom lugar para os times mineiros atuarem. A pior campanha é a do Cruzeiro, porque são apenas nove pontos somados em nove jogos, sendo duas vitórias, três empates e quatro derrotas. Já o América-MG, lanterna do Brasileiro, soma 11 pontos jogando no Independência, com 10 jogos, três vitórias, dois empates e cinco derrotas. 

Melhores visitantes

A boa campanha fora de casa também tem sido índice de G4. Até o momento, três dos quatro primeiros colocados na tabela são os que mais somaram pontos como visitantes: Flamengo, Atlético-MG e Corinthians. Os cariocas, na 4ª posição, somam 14 pontos conquistados com nove jogos como visitante com quatro vitórias, dois empates e três derrotas. Já o Galo, vice-líder, tem 13 pontos em nove jogos, com três vitórias, quatro empates e duas derrotas. Fechando a lista aparece o Timão com 12 pontos também em nove jogos, somando, ao todo, quatro vitórias, nenhum empate e cinco derrotas.

Piores visitantes

As piores campanhas como visitante na Série A vêm de América-MG e Figueirense. Os mineiros ainda não venceram nenhuma partida longe de Minas, pois são apenas dois pontos somados com dois empates e sete derrotas em nove jogos. O catarinenses somaram um ponto a mais, com oito jogos, três empates e cinco derrotas

Melhores ataques

Líderes do brasileiro no primeiro turno também foram sinônimo de melhor ataque. Palmeiras (35 gols), Atlético-MG (33 gols) e Santos (32 gols) têm os setores ofensivos que mais dão trabalhos aos adversários. O único que destoa desta característica é o Sport (29 gols), que tem o quarto melhor ataque, mas está na segunda parte da tabela, na 12ª colocação. O pior setor ofensivo do primeiro turno ficou com o América-MG, foram apenas 12 gols marcados.

Melhores defesas

Para contrapor os melhores ataques, os times que tiveram as melhores defesas da competição no primeiro turno foram Corinthians, com 15 gols sofridos; Santos, com 17; e Fluminense, com 18. A defesa mais vazada da competição no primeiro turno é a da Chapecoense, com 33 gols sofridos. O América-MG, que lidera quase todos os dados negativos da competição, neste caso, fica com a quarta pior defesa, com 30 gols sofridos, a frente ainda de Cruzeiro e Ponte Preta.

Mais cartões vermelhos

Os times que mais viram o cartão vermelho ser levantado pelos árbitros foram Cruzeiro (5), Grêmio (5) e São Paulo (4). Os atletas que lideram essas lista de expulsões são Lucas (Cruzeiro), Lucas Romero (Cruzeiro), Ramiro (Grêmio) e Thiego (Chapecoense), cada um com duas até o momento. 

Mais faltosas / Mais cartões amarelos

Não coincidentemente, duas das equipes mais faltosas do campeonato foram as que mais receberam cartão amarelo. Internacional e Vitória lideram esses dois quesitos. Os gaúchos cometeram 342 faltas no primeiro turno e receberam 58 cartões amarelos, já o Vitória fez 328 faltas e recebeu 55 amarelos. Os baianos, inclusive, possuem o recordista em cartões, o zagueiro Victor Ramos, com oito. No entanto, o atleta mais faltoso da Série A é um atacante, Kléber, do Coritiba, cometendo 51 infrações. 

Desarmes certos

Mesmo cometendo muitas faltas, o Internacional também é o time que mais desarma no Brasileiro. São 371 desarmes certos, liderando as estatísticas. Em seguida, estão o Corinthians com 361 desarmes feitos, e o Flamengo, com 344. O atleta que tem sido o maior ladrão de bolas é o volante Bruno Henrique, do Corinthians. 

Maior número de passes certos/ Maior número de passes errados

Santos, Corinthians e Grêmio são as equipes que menos erram no toque de bola. Quem lidera o quesito é o alvinegro praiano com 8241 passes certos, seguido do Timão com 8039 acertos e em terceiro os gaúchos, com 6955. O atleta que mais acertou passes até o momento pertence ao Santos, o lateral Victor Ferraz.

Contradizendo a liderança do brasileiro, o Palmeiras é a equipe que mais erra passes na Série A. Foram 907 erros no toque de bola durante o primeiro turno. Os alviverdes são seguidos por Sport (875) e Ponte Preta (869). O atleta que mais erra passe também vem da lateral, o atleta Reinaldo, da Ponte Preta. 

Mais pênaltis recebidos

Sabe aquela história de que Flamengo e Corinthians sempre são beneficiados pela arbitragem com a marcação de pênaltis? Então, nenhum dos dois liderou a estatística de pênaltis recebidos durante o primeiro turno. As equipes que mais tiveram penalidades ao seu favor foram Botafogo (5), Chapecoense (5), Palmeiras (4) e Santa Cruz (4).

Impedimentos

As equipes que mais tiveram a frustração de ver um atacante saindo na cara do gol, mas tendo o lance anulado graças a uma posição irregular foram Botafogo, com 50 impedimentos; Atlético-MG, com 49; e Vitória, também com 49. Porém, o atleta que mais esteve em impedimento não veio de nenhuma dessas equipes, pois trata-se do experiente atacante Grafite, com 17 impedimentos.

Maior perda de bola

Assim como a estatística de impedimentos, Grafite e o Santa Cruz também aparecem entre os líderes de perda de posse de bola. São 779 de toda a equipe, sendo 133 dessas somente do atacante. O tricolor pernambucano só perde para o São Paulo na perda de posse de bola, porque os paulistas têm, ao todo, 790. Na terceira colocação aparece o Internacional com 763.

Maior sequência invicta

Flamengo, Sport e Atlético-MG foram as equipes que mais passaram tempo sem perder no Brasileiro. Os cariocas conseguiram seis jogos sem derrota, o Leão pernambucano, nas últimas rodadas do primeiro turno, emplacou uma sequência de cinco jogos de invencibilidade. O Atlético-MG também lidera o quesito com cinco jogos invicto.

Maior sequência sem vitórias

Ao contrário da sequência invicta, Internacional, Santa Cruz e Chapecoense têm os maiores períodos sem vitória na Série A. Os gaúchos possuem a impressionante sequência de 11 jogos sem vitória em 19 rodadas realizadas . Em seguida, os pernambucanos têm quatro jogos sem vencer e os catarinenses tem três.

Nesta segunda (25), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou dados estatísticos oficiais referentes às eleições 2016. Segundo as informações, o Brasil possui 144.088.912 eleitores aptos a eleger prefeitos e vereadores no próximo dia 2 de outubro. Em Pernambuco, são 6.509.982 eleitores para o próximo pleito.

Ainda de acordo com o TSE, dos 184 municípios pernambucanos, 73 terão identificação biométrica, o que significa 3.730.581 eleitores cadastrados. A maioria dos eleitores votam no Recife: são 1.119.271, sendo o menor número em Ingazeira: 3.714.

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A maioria dos eleitores do estado é do sexo feminino (53%), da faixa etária de 25 a 39 anos (33,78%) e com ensino fundamental incompleto (27.38%). Saiba mais no site do TSE, por meio do link www.tre-pe.jus.br, no menu Eleições > Estatísticas Eleitorais 2016.

Além da exigência de maior respeito aos árbitros, uma outra "cruzada" poderá contribuir no curto prazo para o aumento do tempo de bola rolando no Campeonato Brasileiro: é a "cruzada contra a praga da simulação", como define o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa. Os árbitros estão sendo instruídos, de acordo com o dirigentes, a não tolerar a simulação. São lembrados constantemente que, quando induzidos ao erro, viram alvo de críticas pesadas, enquanto o simulador passa incólume.

"A simulação é nociva e faz parte dessa condição de respeito. É contabilizada contra o árbitro", afirmou Sérgio Corrêa. "Quando ele erra, tem de ser cobrado, mas também é preciso cobrar do jogador que simula. Se um atleta não quer que sua equipe seja prejudicada por simulação, tem de agir de forma correta".

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Há quem esteja do outro lado e concorde. É o caso do técnico do Fluminense, Levir Culpi, que também diz condenar as ações deliberadas para enganar o juiz. "A simulação sempre deixa o árbitro em situação muito difícil. A gente já nasce querendo enganar o árbitro".

O responsável pela comissão de arbitragem diz que essa cruzada está em fase inicial, mas destaca que a exigência de maior respeito também já resultou em outro fator positivo: a redução do número de faltas e de cartões.

No ano passado, o Campeonato Brasileiro já apresentou índice compatíveis com os principais campeonatos europeus, com exceção do Inglês, em que normalmente só as faltas mais violentas são marcadas. "A média de cartões amarelos pelo mundo é próxima da brasileira. A de vermelhos, em seis países, também. Depois de comparar anos e anos, vimos que o Brasil está no mesmo patamar dos outros", disse Sérgio Corrêa.

O ex-árbitro gaúcho Leonardo Gaciba enfatiza, porém, que essa melhora é recente e está bastante ligada à "cruzada pelo respeito". "O futebol brasileiro era mais faltoso, mas em 2015 veio para o bolo (está dentro da média dos principais campeonatos)", observou.

SEM REPRESSÃO - Reservadamente, alguns árbitros têm reclamado de que se sente pressionados a deixar o jogo correr, visando redução no número de faltas. Sérgio Corrêa vê a reclamação como descabida. "A média de faltas caiu e as pessoas acharam que demos ordem aos árbitros para não marcarem. Isso é absurdo. O árbitro pode marcar 100 faltas numa partida, se elas existirem. Mas se ocorrerem 100 contatos físicos que não são falta, não devem marcar".

Intolerante mesmo os árbitros devem ser com os treinadores que azucrinam suas vidas à beira do campo. A orientação é para punir com expulsão. Gaciba defende a medida. "Tem técnico que é especialista em incendiar o público, joga para a torcida", disse o ex-árbitro. "Em 1999, a área técnica foi concedida ao treinador para que falasse com a equipe dele. Mas o sentido foi deturpado. Tem treinador que está ali (na área técnica) mais para cobrar do árbitro do que para falar com seus atletas".

Nas primeiras rodadas do Brasileirão, muitos técnicos foram tirados das partidas, mas o número de expulsões têm diminuído. Recém-chegado ao futebol brasileiro, o português Paulo Bento já teve problemas com a arbitragem, mas afirma que uma das funções do treinador é orientar os jogadores a ter disciplina em campo.

"Acho que o futebol deve ser valorizado pelo positivo, ou seja, que meus jogadores joguem de uma forma leal e que tentem fazer um jogo com maior tempo útil possível", definiu.

O Ministério da Saúde divulgou hoje (29) que um em cada quatro brasileiros é diagnosticado com hipertensão. Apesar de ser considerado alto, o índice tem se mantido estável, de acordo com dados da pesquisa Vigitel 2015. No ano passado, a doença afetava 24,9% da população, sendo que, em 2014, esse percentual foi de 24,8%. A doença atinge mais as mulheres e o número de casos cresce conforme aumenta a idade da população.

A Vigitel é uma pesquisa feita nas capitais brasileiras por telefone; em 2015, 54 mil pessoas maiores de 18 anos foram entrevistadas. Entre as cidades pesquisadas, o Rio de Janeiro apresenta o maior número de hipertensos, com 30,6% da população, e Palmas (TO) tem o menor índice, com 15,7%.

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De acordo com a pesquisa, grande parte dos brasileiros não acredita que consome muito sal. Apenas 14,9% da população consideram seu consumo de sal alto ou muito alto, entretanto mais de 70% consomem sódio em excesso. Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sódio todos os dias. O valor é quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de menos de 5 gramas por dia.

Os dados do Vigitel foram apresentados hoje, durante a divulgação dos resultados do acordo de redução de sódio em alimentos processados, firmado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. Desde 2011, foram retiradas 14.893 toneladas de sódio dos produtos alimentícios. A meta é que as indústrias promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal das prateleiras até 2020.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou, entretanto, que 75% do consumo de sódio no país estão associados à quantidade de sal adicionado pelos consumidores na preparação e no consumo dos alimentos. “Alguns países já proibiram saleiro na mesa dos restaurantes. Precisamos alertar para que as pessoas cooperem com a redução do consumo de sal”, disse.

Apesar de o índice de pessoas com hipertensão ter se mantido estável, houve redução de 33% na taxa de internações pela doença, passando de 61 para 41 internações por 100 mil habitantes. “Isso aconteceu em função de uma ação conjunta da saúde, acesso a medicamentos, redução de sódio e cuidado das próprias pessoas em fazer exercícios físicos. Tudo isso faz parte dos resultados e há comprovada relação entre consumo de sódio e hipertensão”, afirmou.

Segundo o ministério, o consumo excessivo de sódio é fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, que atualmente respondem por 72% das mortes no Brasil, como hipertensão, obesidade, osteoporose e problemas renais.

A Copa América e a Eurocopa são realizadas durante junho. A primeira - em comemoração ao centenário -, que começou na última sexta-feira (3) é sediada nos Estados Unidos. Já a segunda ocorrerá na França, com início no dia 10 deste mês e a final em 10 de julho. As dois competições têm poucas semelhanças, como apresenta o infográfico abaixo.  

Infographic: How The Copa America And Euro 2016 Measure Up  | Statista
You will find more statistics at Statista AQUI

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TÍTULOS
Dentre as principais diferenças nos dois torneios está o predomínio de títulos. Campeão recordista da Copa América, o Uruguai já levantou a taça 15 vezes, Enquanto a competição no Velho Continente tem como principais vencedores Espanha e Alemanha, cada um com três conquistas. A principal diferença é porque o torneio americano tem quase três vezes mais edições: 44, sendo 14 no modelo de copa. Durante esse segundo período, a seleção brasileira levou cinco campeonatos e é a maior vencedora.

PARTICIPANTES E MODELO
A Eurocopa conta com 24 seleções, enquanto a Copa América tem 16. Então, o modelo do campeonato se torna diferente. Ainda assim, o torneio europeu tem o mesmo número de cidades-sede (10), mesmo com 20 jogos a mais.

VALORIZAÇÃO DE JOGADORES E ELENCO
Outro fator curioso entre os dois torneios diz respeito à valorização dos atletas e de cada seleção. A média de valor financeiro de um jogador da Eurocopa é de 10.09 milhões de dólares (R$ 35 milhões de reais), enquanto na Copa América é US$ 5.8 (R$ 20.54). O atual melhor - e mais caro - jogador do mundo, entretanto, se encontra no torneio americano: é o argentino Lionel Messi (US$ 134 milhões). O mais caro no campeonato europeu é o português Cristiano Ronaldo. Porém, é a Alemanha - atual campeã mundial - que une os jogadores mais caros e soma US$ 629 milhões.

BRASIL DISTANTE
A Argentina é a seleção da Copa América com os jogadores mais valorizados (US$ 591.5 milhões). O Brasil, por outro lado, nem está entre os três jogadores mais caros. Além de Messi, que é o primeiro colocado, a lista aponta: o uruguaio Luis Suárez (US$ 101 milhões) e o colombiano James Rodríguez (US$ 78 milhões). Neymar não está participando desta edição da Copa América porque foi poupado já que a CBF preferiu a liberação para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que ocorrerá de 5 a 21 de agosto.

O número de homicídios dolosos no Estado do Rio aumentou 15,4% de janeiro a abril deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Houve 1.715 assassinatos no período, contra 1.486 nos primeiros quatro meses de 2015. Os dados foram revelados na manhã desta quinta-feira, 19, pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), vinculado à Secretaria Estadual de Segurança.

Há quatro meses a quantidade de homicídios vem crescendo no Rio de Janeiro na comparação mês a mês. Em abril, foram registrados 471 casos. Em março, 441. Em fevereiro, 402. Em janeiro, 401.

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Outros índices da violência, como roubos de rua, também aumentaram. Os casos de roubo a pedestres, de celulares e em transportes públicos saltaram 23,7% de janeiro a abril (31.083 casos em 2015 contra 38.461 em 2016).

Já os casos de letalidade violenta, que incluem os homicídios dolosos, latrocínios, lesão corporal seguida de morte e homicídios em confronto com a polícia, aumentaram 12%. Nos quatro primeiros meses deste ano houve 2.036 casos registrados, contra 1.818 no mesmo período de 2015.

Os roubos de veículos aumentaram 19,7% no período (10.919 em 2015; 13.074 em 2016). Em entrevista na manhã desta quinta-feira, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, mostrou preocupação com os dados e afirmou que aumentará o policiamento no Estado, com policiais em motocicletas.

As vendas da semana do Dia das Mães (2 a 8 de maio) caíram 8,4% com relação ao ano passado e tiveram o pior desempenho desde o início da série do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, em 2003. De acordo com balanço divulgado hoje (9), na comparação com o mesmo fim de semana de 2015, o fim de semana da data (6 a 8 de maio) registrou queda de 9,5% em todo o país.

Na cidade de São Paulo, as vendas da semana do Dia das Mães caíram 8,2% ante a mesma semana do ano passado. No fim de semana da data, as vendas tiveram queda de 10,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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De acordo com os economistas da Serasa Experian, “a queda do poder de compra dos brasileiros, tendo em vista a escalada do desemprego, e a inflação ainda em patamar elevado, afetaram negativamente o movimento varejista do Dia das Mães deste ano”. Além disso, eles destacam o crédito mais caro e escasso.

O Brasil chegou a 168 milhões de smartphones em uso, um crescimento de 9% em relação a 2015, quando a base instalada era de 152 milhões de celulares inteligentes. Os dados são da 27ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e divulgada na quinta-feira (14).

De acordo com o estudo, a expectativa é de que, nos próximos dois anos, o País tenha 236 milhões de aparelhos desse tipo nas mãos dos consumidores, em um crescimento de 40% em relação ao momento atual. Para Fernando Meirelles, professor da FGV-SP responsável pelo estudo, os usuários jovens têm sido os principais motivadores desse mercado.

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"Se o usuário tiver R$ 2 mil e puder comprar hoje um computador ou um smartphone, a chance dele optar pelo celular é maior se ele for jovem", afirma. "O smartphone virou a principal forma de acesso à internet para o usuário doméstico", diz. A pesquisa da FGV-SP mede apenas o número de smartphones em uso no País, não fazendo considerações sobre as vendas desse tipo de dispositivo.

No entanto, segundo dados da consultoria IDC, houve queda de 13,4% no número de smartphones vendidos no Brasil em 2015. Ao todo, foram pouco mais de 47 milhões de aparelhos, contra 54,5 milhões de unidades em 2014.

Computadores

Atualmente, de acordo com a pesquisa, o Brasil tem também 160 milhões de computadores (entre notebooks, tablets e desktops) em funcionamento, um crescimento de 7% na base instalada com relação ao levantamento de 2015. Até o fim do ano serão 166 milhões de computadores em uso - o número inclui 30 milhões de tablets.

Caso a previsão se confirme, no final do ano o País teria quatro computadores para cada cinco habitantes. Sem a contagem dos tablets, são dois dispositivos para cada três brasileiros. Os dados mantêm o Brasil à frente da média mundial de 78 dispositivos para cada cem habitantes. No mundo, são 60 computadores para cada cem habitantes, enquanto nos Estados Unidos a proporção é consideravelmente mais alta - 144 aparelhos para cada cem pessoas.

Para Meirelles, a previsão é de que o País atinja a marca de um computador por brasileiro entre os anos de 2019 e 2020, quando chegar ao número de 210 milhões de computadores na base instalada. "Faz três anos que nós adiamos essa previsão, mas acreditamos que o País vai se recuperar economicamente e atingir essa meta nas próximas temporadas", disse o professor durante o evento de divulgação dos resultados da pesquisa.

Além de considerar dados do mercado, a pesquisa também levantou dados com 8 mil médias e grandes empresas nacionais, recebendo 2,5 mil respostas consideradas válidas. Segundo a FGV-SP, 66% das 500 maiores empresas do País participaram do levantamento.

Vendas

Além de divulgar dados sobre a base instalada de dispositivos no País, o levantamento realizado pela FGV-SP também mensurou as vendas de computadores e tablets no País em 2015. Pela primeira vez desde o início da pesquisa, houve queda no número de unidades comercializadas da categoria por dois anos seguidos.

Ao todo, foram vendidos 14,2 milhões de aparelhos em 2015, recuo de 30% com relação a 2014. Apesar da queda, o preço médio do computador se manteve estável em US$ 400 - marca que se mantém desde 2008. No entanto, por causa da flutuação do câmbio, as máquinas chegam mais caras por aqui.

Para Meirelles, a queda se deve também a uma mudança de comportamento no usuário doméstico, que tem optado por smartphones, da mesma forma como fez com tablets há alguns anos. "O tablet teve um voo de galinha. Ainda é um produto que vende bastante, mas não como se esperava há alguns anos", diz o pesquisador.

Segundo dados da consultoria IDC, houve queda nas vendas de tablets pela primeira vez no País em 2015. No ano passado, as fabricantes venderam pouco mais de 5,8 milhões de unidades, recuo de 38% na comparação com 2014.

No entanto, a previsão da FGV-SP para o ano de 2016 é otimista, com comercialização de 15,2 milhões de unidades, em crescimento de 7% na comparação com o ano passado.

"As vendas de computadores devem crescer em 2016 porque caíram demais nos últimos anos. As empresas e os usuários domésticos seguraram suas compras, mas agora não há mais como deixar isso de lado", avalia Meirelles. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os roubos de rua, de celulares e assaltos à ônibus aumentaram 27,9% em relação a fevereiro de 2015 (de 7.826 em 2015 para 10.013 em 2016). Os registros de ocorrência sobre roubos de veículos tiveram alta de 22,6% (de 2.494 em 2015 para 3.058 em 2016). O número de homicídios subiu 23,3% (de 326 em 2015 para 402 em 2016). Já a letalidade violenta - que inclui casos de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e de mortes causadas em intervenção policial - aumentou 11,7% (de 427 em 2015 para 477 em 2016).

As apreensões de adolescentes em fevereiro deste ano tiveram aumento de 28,8% em relação a fevereiro de 2015 (de 945 em 2015 para 1.217 em 2016). Nesta terça-feira, 15, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, anunciou que intensificará o policiamento ostensivo nas ruas do Rio a partir dos próximos dias. A medida foi tomada após o secretário ter tido acesso a uma prévia dos índices de criminalidade do mês de fevereiro.

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Para Beltrame, "os dados não são bons". O patrulhamento contará com o reforço de policiais militares de três batalhões: dos Estádios, Choque e de Grandes Eventos. Policiais que estão no setor administrativo também vão ajudar, em esquema intercalado às terças e quintas e às segundas e quartas-feiras. Eles também terão de cumprir uma "cota de policiamento de rua".

"Estamos tomando medidas extremas, pois a polícia está praticamente no seu limite. Não temos mais condições de chamar policiais pra cobrirem as ruas do Rio de Janeiro. Mas também são necessárias outras medidas de outras instituições no sentido de trazer o controle da violência", declarou.

Beltrame afirmou que só prender e punir não adianta. "Uma coisa para nós está muito clara: prender e punir não está fazendo com que as pessoas desistam, se desvirtuem do caminho criminal para um outro caminho. Isso, associado a todos os problemas que estamos vivendo, faz com que a gente tome medidas de prospecção, tanto para esse resto de mês, como daqui pra frente. A polícia tem de fazer o seu trabalho, ser criticada, monitorada. As pessoas têm de cobrar policiamento, mas a polícia não pode ficar sozinha nessa história."

O Conselho Estatal da China, o gabinete do país, anunciou que o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) passará a ser chefiado por Ning Jizhe, segundo a agência de notícias estatal Xinhua.

Ning, que também é vice presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, pela sigla em inglês), substituirá Wang Baoan, que está sendo investigado por "severas violações disciplinares", expressão comumente usada na China para descrever corrupção.

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A saída de Wang veio em meio a crescentes questionamentos sobre a veracidade dos dados econômicos chineses. Com informações da Dow Jones Newswires.

Dados divulgados nesta terça-feira (23) pelo governo de São Paulo apontaram crescimento na quantidade de acidentes com vítimas no Estado entre 2014 e 2015. Os números mostraram elevação de 2% nos registros nesse período: foram 239.508 casos com vítima no ano passado, ante 234.078 em 2014.

Já o número de óbitos caiu no período: de abril a dezembro - o governo alega que uma mudança no sistema de dados impossibilitou verificar os dados de janeiro a março em 2014 - foram 4.583 mortes em 2015, ante 5.170 no ano anterior. Já em todo o ano de 2015, foram 6.066 mortes.

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As informações estão disponíveis em uma nova plataforma criada pelo governo estadual para centralizar os dados de acidentes de trânsito de todos os municípios paulistas (www.segurancanotransito.sp.gov.br). O site divulgará estatísticas como número de acidentes com vítima, óbitos e perfil das vítimas.

Informações sobre acidentes de trânsito já eram divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). A novidade, explica o coordenador do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, Evandro Vale, é que as estatísticas consideram também as vítimas que morreram depois do acidente, no hospital, não apenas os óbitos constatados no local.

"A SSP divulga os homicídios culposos e dolosos. O novo sistema engloba todos os óbitos, que eventualmente foram levados ao hospital", explica.

Cerca de 20.000 civis que fogem da ofensiva do regime de Bashar al-Assad na província síria de Aleppo (norte) estavam bloqueados nesta sexta-feira na fronteira com a Turquia, agravando a tragédia humanitária provocada pelo conflito que deve ser alvo de novas discussões na ONU.

"Estima-se que um total de até 20.000 pessoas estejam reunidas na passagem de fronteira de Bab al-Salama e entre 5.000 e 10.000 tenham ido para a cidade (mais próxima) de Azaz", também na província síria de Aleppo, informou Linda Tom, porta-voz do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).

Sob cobertura de ataques aéreos russos - quase mil desde o início desta ofensiva na segunda-feira -, o exército sírio recuperou o controle de duas novas localidades rebeldes, Rityan e Mayer, apertando o cerco em torno da cidade de Aleppo. Mais de 120 rebeldes e membros das forças pró-regime teriam morrido na localidade de Ratyan, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

No sul do país, ainda com o apoio dos ataques ​​russos e de combatentes do Hezbollah libanês, as forças de Assad tomaram uma cidade estratégica, Atmane, na província de Deraa. Com as vitórias recentes do regime, os rebeldes estão no que poderia ser o seu pior momento desde o início do conflito em 2011. A província de Aleppo é um dos principais redutos da rebelião em um país fragmentado entre regime, rebeldes e jihadistas do grupo Estado islâmico (EI).

"Os rebeldes estão batendo em retirada em todos os lugares, não há uma frente significativa onde não recuaram", declarou Emile Hokayem, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos. Enquanto isso, a situação humanitária, já catastrófica, piorou, com 40.000 habitantes da província de Aleppo em fuga em direção à fronteira turca.

Um vídeo postado por ativistas na internet mostra centenas de pessoas, incluindo muitas crianças, caminhando em direção à fronteira com a Turquia. Alguns carregavam nas costas sacos de plástico, enquanto outros parecem ter partido sem nada. "Onde estão vocês, Turquia, Arábia Saudita, Catar? Onde estão os muçulmanos para nos ajudar?", exclamou um homem irritado, referindo-se aos países que apoiam a rebelião.

"O que frustra a maioria dos rebeldes são esses países que afirmam ser amigos da Síria, mas que se contentam com belas palavras", afirmou à AFP Mamoun al-Khatib, diretor da agência de notícias local Shahba. Nesta sexta-feira, a fronteira entre a Turquia e a Síria foi fechada ao sul da cidade turca de Kilis (sul), enquanto milhares de pessoas aguardavam do lado sírio. De acordo com um jornalista da AFP, a situação era calma no posto de fronteira turco de Oncupinar (chamado Bab al-Salama do lado sírio).

'O mundo se cala'

A Turquia, que já abriga cerca de 2,5 milhões de sírios, acusou os ​​"cúmplices" russos de Damasco de "crimes de guerra". "Os russos bombardeiam implacavelmente, o regime bombardeia implacavelmente. Mas o mundo se cala", lamentou na quinta-feira o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

Com a progressão do regime, os rebeldes e várias centenas de civis de Aleppo poderiam ficar rapidamente sem saída, uma vez que sua principal rota de abastecimento para a Turquia foi cortada na quarta-feira. O regime controla os distritos oeste da cidade e os rebeldes, a parte leste desde 2012.

No plano político, as conversações de paz indiretas em Genebra, que nem sequer foram iniciadas entre regime e oposição, foram adiadas pelo mediador da ONU Staffan de Mistura para 25 de fevereiro. Ele deverá prestar contas ainda nesta sexta ao Conselho de Segurança sobre sua decisão de adiar essas discussões que deveriam buscar uma solução para o conflito.

Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, De Mistura indicou que a ONU iria "verificar" em 12 de fevereiro em Munique, por ocasião de uma conferência sobre segurança, a disposição dos países envolvidos no conflito para alcançar paz.

No entanto, os Estados Unidos, França, Turquia e a Otan têm acusado Moscou de minar os esforços para uma solução política do conflito, que já deixou mais de 260.000 mortos e que forçou mais de metade da população a deixar suas casas.

Ancara também considerou de "ridículas" as acusações feitas no dia anterior por Moscou sobre um projeto de intervenção militar turca na Síria.

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