Tópicos | estatísticas

Sacudido por uma crescente onda de violência ligada ao tráfico de drogas, o México encerrou 2017 com 25.339 assassinatos, a cifra mais alta desde que o registro começou a ser feito, em 1997 - informa o governo.

O Secretariado Executivo de Segurança do Ministério de Governação (Interior) divulgou no sábado (20) as cifras de homicídios em dezembro de 2017 - 2.219 -, que elevam o total do ano para 25.339. Em novembro, o número de assassinatos já era de 23.101, superando os 22.409 de 2011, até então o ano mais violento desde 1997.

A taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes em 2017 foi de 20,51, contra 16,80 em 2016. As cifras não detalham quantas dessas mortes violentas estão ligadas à criminalidade. Especialistas afirmam, porém, que seria uma importante maioria, já que são registradas, sobretudo, em estados com presença de cartéis de drogas, como Guerrero (sul) e Veracruz (leste).

No último ano, estados que há algum tempo estavam alheios à violência, como Baja California Sur, Colima (noroeste) e Guanajuato (centro), começaram a ser afetados por diferentes ataques criminosos.

De 2013 a 2015, o número de homicídios baixou da faixa dos 20 mil, mas, em 2016, chegou a 20.545. Especialistas em tráfico de drogas atribuem este aumento ao surgimento de muitas células criminosas autônomas após a captura dos chefes dos cartéis.

As vendas de veículos novos subiram 9,23% no país em 2017, com a comercialização de 2.239.403 automóveis, comerciais leves (como picapes e furgões), caminhões e ônibus, acima do total de 2.050.240 unidades vendidas em 2016. Os números são do balanço divulgado hoje (4) pela Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave). Em 2016, a entidade registrou queda de 20,47% nas vendas de veículos.

O mês de dezembro também representou alta, de 4,13% com a marca de 212.629 unidades emplacadas. Em novembro, foram vendidos 204.196 veículos.

##RECOMENDA##

“A soma dos fatores positivos e a entrada dos recursos do décimo terceiro no orçamento das famílias fortaleceram o sentimento de confiança e a expectativa dos consumidores, que foram às concessionárias comprar seu automóvel 0 km”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

Expectativa

A expectativa da federação é de manutenção do clima favorável às vendas, registrando novo ciclo de crescimento, podendo alcançar 10,3% em relação ao ano passado, somados todos os segmentos.

Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa é de alta de 11,9% sobre os resultados de 2017. Já para caminhões e ônibus, a Fenabrave projeta crescimento de 8,6%, sendo 9,5% para caminhões, 5,4% para ônibus e 7,8% para implementos rodoviários.

O segmento de motocicletas, que vem sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008, poderá apresentar alta estimada em 6,5%. Para tratores, a previsão é de alta de 5,1% e para colheitadeiras, de 5,4%.

Argelinos e marroquinos reforçaram o fluxo migratório para a Espanha em 2017, aonde as chegadas pelo mar triplicaram, assim como aumentou o número de mortos rumo ao país. Com isso, a Espanha se torna a terceira rota de migrantes que arriscam suas vidas no Mediterrâneo para alcançar a Europa.

"No fim do ano, o balanço continua sendo desolador", adverte a ONG Comissão Espanhola de Ajuda ao Refugiado (Cear). Os dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM) são eloquentes.

De 1º de janeiro a 20 de dezembro, cerca de 21.500 pessoas chegaram à Espanha pelo mar, depois de terem posto sua vida em risco em precárias embarcações, mediante pagamento às máfias que facilitam a infraestrutura para essas travessias. Esse número é três vezes maior do que o do ano passado (6.046 em 2016), aumentando também o número de mortos e de desaparecidos desde o início do ano corrente. Foram 223 ao todo, 95 a mais do que em 2016.

"Sofremos uma pressão migratória em tudo que é a zona do Mediterrâneo", da Andaluzia (sul) às ilhas Baleares (leste), resumiu nesta quinta o ministro espanhol do Interior, Juan Ignacio Zoido, em declarações à rádio Cope. Ao todo, segundo a OIM, 3.116 pessoas morreram, ou desapareceram, na travessia do Mediterrâneo com destino à Espanha até 20 de dezembro. Em 2016, foram 4.967.

A Itália continua sendo a principal porta de entrada para a UE, com quase 119.000 chegadas e 2.832 mortos. Esses grupos são procedentes da Líbia, onde autoridades africanas e europeias se comprometeram a combater as redes de traficantes.

Atrás aparece a Grécia, com 28.800 chegadas e 61 mortos. Desde 2015, o fluxo nesse país vem caindo exponencialmente, devido a um acordo entre UE e Turquia para conter a vinda de refugiados sírios, afegãos e iraquianos.

Instabilidade política e econômica no Magreb

Nos últimos anos, boa parte dos imigrantes que desembarcou na Espanha procedia da África subsaariana. Em 2017, a novidade é a chegada em grandes proporções de imigrantes argelinos e marroquinos. "Este ano houve um aumento relevante de pessoas procedentes da Argélia", comenta Carlos Arce, responsável pela área de migrações na Associação Pró-Direitos Humanos da Andaluzia (APDHA).

Arce atribui essa mudança "à situação econômica que sofreu uma deterioração nos últimos três anos", decorrente da queda de preços do petróleo. Ele destaca ainda o aumento nas chegadas de marroquinos, um fenômeno corroborado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Em um informe publicado em novembro, essa agência da ONU destacava que os marroquinos estavam chegando a bordo de pranchas de windsurfe, botes infláveis e embarcações de madeira - "algumas com mais de 60 pessoas" a bordo. Também registravam-se chegadas significativas de marfinenses e guineanos.

Em novembro, houve uma forte polêmica quando cerca de 500 migrantes - em sua maioria argelinos recém-chegados em questão de poucas horas - foram presos em uma instituição na localidade andaluza de Archidona.

Segundo o diretor da associação Málaga Acoge, Alejandro Cortina, nas últimas duas semanas, "centenas de pessoas foram devolvidas para a Argélia". Entre elas, estão "vários menores".

Um em cada 11 adultos no mundo - ou seja, 425 milhões de pessoas - sofria de diabetes em 2016, segundo dados publicados nesta terça-feira (14) por ocasião do Dia Mundial consagrado a esta doença. A Federação Internacional de Diabetes (FID) destacou que a cifra supera a de 2015 em 10 milhões.

"A diabetes é uma das maiores urgências sanitárias mundiais. Serão necessárias mais ações (...) para reduzir a carga econômica e social" que ela representa, avaliou em um comunicado a FID, cujas cifras se referem a adultos com idades de 20 a 79 anos. A federação estima que a doença represente 12% dos gastos globais com saúde, ou seja, 727 bilhões de dólares.

A Federação calcula que em 2045 haverá 629 milhões de pessoas afetadas pela diabetes. Existem dois tipos de diabetes, uma disfunção que impede ao organismo assimilar corretamente os açúcares.

A de tipo 2, que responde por quase 90% dos casos, ocorre devido a uma alta prolongada do nível de açúcar no sangue, frequentemente associada à obesidade e a determinados estilos de vida que incluem sedentarismo e má alimentação.

A de tipo 1, que quase sempre se manifesta de forma brutal em crianças e jovens, caracteriza-se por uma produção insuficiente de insulina, hormônio secretado pelo pâncreas.

Segundo a FID, "mais de 350 milhões de adultos correm atualmente um risco elevado de desenvolver diabetes tipo 2", ou seja, 34 milhões a mais do que em 2015.

As mortes causadas por policiais em serviço e de folga subiram 25,8% em 2016 em relação ao ano anterior, segundo o Anuário Brasileiro da Segurança Pública divulgado hoje (30). De acordo com o levantamento, foram registrados 4,2 mil homicídios por policiais militares e civis no ano passado. Entre 2009 e 2016, chega a 21,9 mil o número de pessoas que perderam a vida por ação de agentes dessas corporações.

Quase a totalidade dos mortos por policiais em 2016 eram homens (99,3%), sendo a maioria negros (76,2%). A maior parte das vítimas (65,2%) tinha entre 18 e 29 anos. Os adolescentes, entre 12 e 17 anos, representam 16,6% dos mortos por agentes civis ou militares.

##RECOMENDA##

Em números absolutos, o Rio de Janeiro tem a maior quantidade de mortos por policiais, com 925 casos, 14,8% de todas as mortes violentas intencionais no estado (6,2 mil). Em São Paulo, foram registradas 856 vítimas de ações de policiais, o que significa 17% de todos os casos em que houve intenção de matar no estado (4,9 mil mortes violentas).

“Aqui em São Paulo a gente conseguiu reduzir os homicídios de forma bastante expressiva desde o início dos anos 2000, mas a letalidade da polícia permanece em uma tendência de crescimento”, destacou a presidente executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, responsável pelo estudo.

Violência naturalizada

De 2015 para 2016, o número total de mortes intencionais, que inclui latrocínios, assassinatos e lesões seguidas de morte, caiu de 5,2 mil para 4,9 mil em São Paulo. Por outro lado, as mortes causadas por policiais tiveram alta de 2,1%.

O descompasso está ligado, na avaliação de Samira, à forma como as mortes causadas por policiais são encaradas no Brasil. “Quando a gente fala de letalidade da polícia, essa é a grande questão: assumir isso enquanto um problema institucional. Isso não tem acontecido no Brasil. A gente não tem políticas com foco no controle do uso da força letal, porque isso não é encarado como um problema”, ressaltou.

“A gente está naturalizando a letalidade policial no Brasil”, acrescentou o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rafael Alcadipani. “A sociedade está pedindo para matar e os comandos das polícias estão aceitando esse pedido da sociedade”, destacou.

A opinião é semelhante à do presidente da Associação Nacional dos Praças, cabo Elisandro Lotin. “Para a sociedade hoje, qual é a lógica? Bandido bom é bandido morto. O policial somatiza isso e acaba externando. Na cabeça dele, ele está fazendo a coisa certa”, ressaltou.

Por isso, ele também defende que o primeiro passo é reconhecer que a letalidade policial está em um patamar preocupante. “Os comandos das instituições policiais militares, os comandos da Polícia Civil têm de reconhecer que nós temos um problema. E, a partir desse problema, buscar solução.”

Policiais mortos

O número de policiais assassinados também teve crescimento. De 2015 para 2016, o número de agentes civis e militares vítimas de homicídio passou de 372 para 437, uma alta de 17,5%. A maior parte dos mortos eram negros (56%) com idade entre 30 e 49 anos (63,6%).

O cabo Lotin acredita que essas pessoas acabam sendo vítimas de uma política de segurança pública com foco no combate entre os agentes da lei e os criminosos. “A segurança pública se faz hoje na perspectiva do enfrentamento, belicista”, ressaltou. Além disso, ele destacou a precarização das condições de trabalho dos policiais, que são submetidos a “jornadas de trabalho extenuantes”.

Uma pesquisa realizada pela consultoria de recursos humanos Crescimentum, divulgada hoje (24) na capital paulista, mostrou que de 2010 para 2017 o brasileiro tornou-se mais consciente da responsabilidade por seus problemas, menos ligado à lógica do paternalismo e com mais atitude para resolver as situações. Além disso, também está mais ciente das dificuldades do país e deseja que a sociedade mostre mais ética e compromisso.

Na pesquisa, que foi feita em todo o país e ouviu 2.422 pessoas acima de 16 anos, indicou também que o brasileiro continua a valorizar a amizade, a família, acredita ser feliz, humilde e se vê como um cidadão honesto, ao mesmo tempo que acredita que a corrupção é o principal obstáculo para o desenvolvimento, seguido pela violência, pobreza e degradação do meio ambiente. A Pesquisa Nacional de Valores 2017, executada pelo DataFolha, foi feita anteriormente em 2010.

De acordo com o diretor para Cultura Organizacional da Crescimentum, Guilherme Marback, o perfil descrito pela pesquisa pode ser reflexo dos valores pessoais que melhor descrevem os próprios entrevistados, a sociedade em que vivem e a sociedade por eles desejada futuramente. Segundo Marback, ao analisar o brasileiro de 2017 na comparação com o de 2010, se encontra o mesmo cidadão gregário, amigável, que se crê honesto e humilde.

##RECOMENDA##

“No entanto, o [brasileiro] de 2017 deixa para trás o desejo por justiça e a esperança, comumente expressado por pessoas que têm poucos meios de transformar a própria realidade. Ao contrário, o brasileiro de 2017 sente-se mais empoderado, confiante, e passou a valorizar a educação como meio de transformação pessoal, talvez até mais que o funcionamento das instituições do país onde vive. Em outras palavras, o brasileiro de 2017 tem um senso de protagonismo mais forte do que antes”, disse Marback.

Para Marback, a mudança no campo dos valores pessoais pode estar relacionada à melhora no atendimento das necessidades básicas dos brasileiros no período entre 2010 e 2017. Apesar dessa mudança, alguns valores continuam aparecendo na lista dos brasileiros, como a alegria, a valorização da família, dos amigos e a crença na honestidade individual. “A diferença é que passou a incorporar outros valores entre os que o definem, como a coragem e a confiança”.

A pesquisa mostra ainda que a forma como o brasileiro vê o Brasil e o país que deseja para si no futuro aparecem diferentes entre 2010 e 2017, quando se observa a saída de justiça social, redução da pobreza e moradia para entrar com maior importância o item oportunidades de emprego. “Aparecem também com grande importância as oportunidades educacionais, que começam a ser preocupação inclusive nas camadas mais pobres, um indicativo substancial de transformação”, avaliou Marback.

Quando avaliados os valores que o brasileiro considera nocivos, a corrupção foi destacada como o que mais atrapalha o desenvolvimento do país (1.754 votos), seguido da violência (1.504), da pobreza (1.292) e da degradação do meio ambiente (1.026). “Isso não significa necessariamente que o brasileiro se vê vivendo num país pior comparado ao Brasil de 2010, mas que está mais consciente dos problemas que enfrenta”, afirmou Marback.

A pesquisa mostrou também que entre as prioridades apontadas pelos entrevistados estão a saúde, a justiça e a segurança pública, expressa nos valores desejados de paz, justiça, cuidado com os idosos, além da ética, que está expressa em valores como compromisso, cidadania e honestidade. “A expressão do desejo por cidadania também indica que o brasileiro quer uma sociedade formada por pessoas que entendem a responsabilidade que devemos ter uns com os outros quando se vive em sociedade”, acrescentou.

O mercado brasileiro de ações não teve fôlego para dar continuidade ao movimento de alta e da véspera voltou a realizar lucros nesta quarta-feira, 11, pré-feriado. Apesar das agendas interna e externa relativamente intensas, não houve notícia com impacto suficiente para direcionar os negócios com clareza. Com isso, predominaram as correções, concentradas principalmente nas blue chips. O Índice Bovespa terminou o dia em baixa de 0,31%, 76.659,80 pontos, depois de oscilar entre +0,11% e -0,75%. Os negócios somaram R$ 9,5 bilhões, dentro da média diária das últimas semanas.

No cenário externo, a principal expectativa do dia girou em torno da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed). O mercado já esperava um documento sem grandes novidades, o que se confirmou. A sinalização de que os dirigentes do Fed se preocupam com a inflação baixa fez com que a ata fosse interpretada como "dovish".

##RECOMENDA##

Na agenda doméstica, o evento de maior relevância no dia é a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), para julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade que defende a necessidade de que medidas cautelares contra parlamentares sejam autorizadas pela Câmara ou pelo Senado. A questão envolve diretamente o senador Aécio Neves (PSDB-MG), afastado do mandato em setembro pela Primeira Turma da Corte. Apesar de ter sido monitorada de perto, a sessão de julgamento não teve influência visível nos negócios.

"Foi um dia de poucas notícias com potencial para animar o investidor. De tudo, um dos fatores de maior repercussão foi o aumento da tensão envolvendo Rodrigo Maia, que ameaçou não votar as medidas provisórias de interesse do governo", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora.

Com mais uma tentativa frustrada da votar a medida provisória 784, a MP da Leniência, o presidente da Câmara disse que não pretendia mais pautar a MP, que perde a validade no dia 19. Maia culpou o governo pela falta de quórum e disse que os esforços do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, foram "jogados no lixo". Ele anunciou ainda a intenção de não votar mais MPs. A ameaça de Maia coloca em risco medidas que teriam efeito fiscal positivo de R$ 17,3 bilhões.

Na cenário externo, a queda de 2% dos preços do minério de ferro no mercado à vista chinês e a instabilidade dos preços do petróleo favoreceram as baixas das ações da Vale, siderúrgicas e da Petrobras. Papéis do setor financeiro, que na terça-feira estiveram entre as altas mais significativas da bolsa, hoje devolveram parte dos ganhos da véspera. As units do Santander perderam 1,88%, depois de uma alta de 3,81% na terça-feira. Petrobras ON caiu 0,48% e Vale ON, 0,70%.

A cada 10 policiais mortos no Rio de Janeiro este ano, oito estavam fora de serviço - incluindo os agentes reformados. A relação está dentro da média brasileira (70%), segundo dados de 2015 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Neste sábado (26) foi assassinado o 100º policial no Rio em 2017.

Para a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, o número mostra que a exposição do policial à violência está além dos riscos naturais do próprio serviço.

##RECOMENDA##

"O policial no Brasil morre muito mais fora do serviço do que em serviço. Na maioria dos casos, o profissional de segurança está andando como um cidadão comum, vai ser assaltado e o criminoso percebe que ele é um policial, então mata. Matar um policial é algo valorizado dentro do crime", explica.

A diretora do Fórum defende a proteção do policial, por meio de políticas públicas e apoio do Estado, como uma das soluções para o combate à violência. "Esse policial está assustado e estressado, trabalhando sob pressão. Significa que ele vai errar mais em suas ações. Também vai acabar fazendo uso da força letal contra o agressor mais vezes porque sabe que também poderá ser morto. É uma espiral da violência", afirma Samira.

Mesmo assim, segundo ela, diante da crise econômica, política e institucional pela qual passa o Estado, a curto prazo "não há expectativa para o Rio senão o aumento da violência". "Os policiais estão com salários atrasados, estão perdendo os amigos e estão se estressando cada vez mais. O que esperar desse profissional de segurança? Com que motivação ele vai trabalhar?".

Dados mais recentes do Fórum apontam que o problema tem dimensão nacional: em 2015, foram assassinados no Brasil 358 policiais. "Infelizmente, é uma tragédia anunciada (a 100ª morte de policial no Rio). O Brasil como um todo vive com um número de policiais assassinados muito alto", afirma Samira.

Após a morte do 100º agente de segurança neste sábado, a Secretaria de Segurança Pública do Rio publicou uma nota em que "lamenta profundamente" o assassinato do 2º sargento Fabio Cavalcante e Sá, assassinado em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, quando visitava os pais. Ele reagiu a uma tentativa de assalto e foi baleado na cabeça.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Wolney Dias, também escreveu uma nota, intitulada "Não somos números. Somos cidadãos e heróis", em referência a uma mensagem enviada anteriormente à tropa.

A derrota para o Palmeiras por 2x0 não muda o fato de que o Sport vive um bom momento na Série A. No G6, o Leão segue na luta por uma vaga na Libertadores do próximo ano. Entretanto, há uma estatística que está preocupando o torcedor rubro-negro e ficou evidente na partida do domingo (23); os passes errados. Passadas 16 rodadas, a equipe de Luxemburgo já errou 805 toques que terminaram nos pés adversários ou fora do campo de jogo e, segundo o site Footstats, é quem mais peca nesse sentido entre todos os clubes da primeira divisão.

Considerando todas as atuações do Sport até o momento, a média de erros no Brasileiro é de 50 por partida, cinco a mais por exibição que o Cruzeiro, segundo no ranking negativo. Inclusive, foi assim que surgiram alguns contra-ataques do time alviverde. O Leão errou 64 passes contra os paulistas, sendo um deles decisivo, já que o segundo gol dos visitantes começou com um toque falho de Patrick e Bruno Henrique aproveitou para servir Keno. De acordo com Luxemburgo, a má atuação se deu em muito pela marcação adversária e o rubro-negro está ficando visado pelos rivais.

##RECOMENDA##

"O Palmeiras não deixou a gente jogar. Não era pra ser nós. Começamos a querer fugir da marcação de qualquer maneira. Ela (marcação) desequilibrou nossa equipe. Ninguém acreditava que o Sport fosse chegar onde chegou. As outras equipes estão mais preocupadas com o Sport. Mas se nós não crescermos mais um pouquinho vamos ficar por aqui", disse após a partida.

Vale destacar que no duelo com o Porco, o total de passes trocados foi de 419, o que mantém um aproveitamento de 85% no quesito. Entretanto, é esperado um aproveitamento melhor nas próximas rodadas para evitar futuras dores de cabeça ao torcedor leonino.

LeiaJá também

---> 'Aceitamos a marcação deles', diz Luxemburgo após derrota

---> Sport joga mal e perde para os reservas do Palmeiras

Um novo relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) revela uma queda de quase 50% no número de mortes pela doença desde 2005, quando 1,9 milhão de pessoas perderam a vida por causa da epidemia em todo o mundo. No ano passado, foram apenas 1 milhão de pessoas. A informação é da ONU News.

Além disso, o tratamento avançou: mais da metade dos 36,7 milhões de soropositivos estavam recebendo medicamentos contra o vírus em 2016. Isso representa 53% de pacientes tomando antiretrovirais e com uma "expectativa de vida quase normal".

##RECOMENDA##

O vice-diretor executivo do Unaids, Luiz Loures, em Nova York, alertou contudo que os progressos não devem servir como desculpa para baixar a guarda no combate ao vírus. "Com decisão política, com o envolvimento de comunidades e com os recursos necessários, cada vez mais nós estamos convencidos que podemos chegar ao fim da epidemia”, falou.

Segundo ele, a boa notícia hoje é em relação ao avanço espetacular no tratamento da doença. “O número de pessoas tratadas hoje no mundo é quase de 20 milhões, o que nos dá sem dúvida a esperança. Nós estamos no ritmo para se alcançar a meta  de ter 30 milhões de pessoas em tratamento em 2020, para a partir daí chegarmos a 2030 com essa epidemia sob controle."

África lidera

Os objetivos das Nações Unidas para o combate a Aids conhecidos pela sigla 90-90-90 pretendem que pelo menos 90% das pessoas com HIV sejam diagnosticadas, 90% destas recebam a terapia e que desse grupo 90% de pessoas tenham a infecção suprimida até 2020. Atualmente o desempenho alcançado é de 70-77-82 respectivamente.

O documento da Unaids indica que a África lidera o caminho na redução de novas infecções por HIV, ao baixar esse índice em cerca de 30% desde 2010. Desde esse período, Malauí, Moçambique, Uganda e Zimbábue reduziram as novas infecções em quase 40%. Contudo, de acordo com o relatório Fim da Aids: Avanços em direção às metas 90-90-90 o tratamento inadequado causou um aumento acentuado de mortes no norte da África, no Oriente Médio, na Ásia e na Europa Oriental.

Segundo o documento a expectativa de vida dos soropositivos aumentou em 10 anos na última década.  Luiz Loures destacou o exemplo do Brasil, que foi pioneiro nos sucessos de combate à epidemia.

"Em quase todos os países existe o desafio das novas infeções entre jovens. Mas essa é uma tendência mundial que tanto na África, no Brasil, na Europa ou nos Estados Unidos merece atenção especial. Se eu vejo hoje a epidemia da Aids entre jovens, eu diria que é mais global do que nunca. Nós estamos observando um risco acentuado em relação à epidemia entre jovens em todos os países, independente se eles estão no norte ou no sul."

O número de mortes vinculadas à aids na América Latina diminuiu em 12% entre os anos 2000 e 2016, apesar dos dados preocupantes em países como a Bolívia, Guatemala, Paraguai e Uruguai.

Da ONU News

De acordo com dados do Censo Escolar de 2016, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC), o Estado de Pernambuco tem o menor índice de abandono escolar de todo o país, seguido por São Paulo e pelo Espírito Santo. 

Nos últimos quatro anos, Pernambuco tem se mantido em primeiro lugar no Brasil. Em 2015, a taxa de abandono era de 2,5% e baixou, em 2016, para 1,7%. Nos anos finais do Ensino Fundamental a rede estadual de ensino ficou em primeiro lugar nacional com 1% de abandono, empatado com o Estado de Santa Catarina. 

##RECOMENDA##

Também houve crescimento na taxa de aprovação nos anos finais do Ensino Fundamental e também no Ensino Médio. Entre 2015 e 2016, segundo o Censo Escolar, o crescimento da taxa de aprovação em Pernambuco aumentou de 88,1% para 90,9%, no Ensino Médio. Na comparação com os anos finais do Ensino Fundamental, a taxa saiu de 85,9% para 89,6%.

O secretário de educação de Pernambuco, Fred Amâncio, comemorou o índice.  “É uma grande satisfação ter mantido o primeiro lugar no Ensino Médio e ter avançado no Ensino Fundamental. Isso demonstra que nossos estudantes veem a educação como o melhor caminho para conquistar seus sonhos e, para nós, que estamos no caminho certo nessa busca incessante da melhoria da educação em Pernambuco”, declarou.

LeiaJá Também 

--> Evasão no ensino médio foi de 11% em 2014 e 2015

--> SP: Lei autoriza propaganda em fardas escolares 

--> Crise dobra evasão de alunos na UERJ

A evasão escolar no ensino médio chegou a 11% do total de alunos no período de 2014 a 2015. Segundo dados inéditos do Censo Escolar, divulgados na terça-feira (20), na 1ª série do ensino médio 12,7% dos alunos deixaram a escola no período e na 2ª série a evasão foi de 12,1%.

O 9º ano do ensino fundamental teve 7,7% de evasão e na 3ª série do ensino médio a taxa foi de 6,7%. A evasão é maior nas escolas rurais, em todas as etapas de ensino. O Pará tem a mais alta taxa de evasão em todas as etapas de ensino, chegando a 16% no ensino médio.

##RECOMENDA##

Os indicadores de fluxo escolar na educação básica foram divulgados, pela primeira vez pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Ministério da Educação. O censo apontou também que a migração para a Educação de Jovens e Adultos é mais expressiva ao final do ensino fundamental, quando chega a 3,2% e 3,1%, no 7º e 8º ano, respectivamente.

Em relação à rede de ensino, a migração é maior na rede municipal nos anos finais do ensino fundamental, quando alcança uma taxa de 3,8%. Já no ensino médio, a migração é mais expressiva na rede estadual de ensino, com 2,2%.

LeiaJá também 

--> Crise dobra evasão de alunos na UERJ

--> MEC abre vagas para 572 escolas aderirem a ensino integral

Em todo o Brasil, a mão de obra de crianças e adolescentes ainda é explorada de forma indiscriminada. Seja nos semáforos, nos lixões, em feiras, restaurantes, no campo, em indústrias ou dentro de casa, os direitos à infância e à educação são negados para quase três milhões de crianças e adolescentes no país, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O mapeamento da situação do trabalho infantil mostra que o número de trabalhadores precoces corresponde a 5% da população que tem entre 5 e 17 anos no Brasil. A taxa de crianças economicamente ativas é 20% menor do que o registrado em anos anteriores, mas especialistas alertam que é possível que haja uma interrupção na tendência de queda.

##RECOMENDA##

Desde 2013, o país vem registrando aumento dos casos de trabalho infantil entre crianças de 5 a 9 anos. Em 2015, ano da última pesquisa do IBGE, quase 80 mil crianças nessa faixa etária estavam trabalhando e, nas próximas pesquisas, quando elas estiverem mais velhas, podem promover o aumento do número de adolescentes que trabalham. Cerca de 60% delas vivem na área rural das regiões Norte e Nordeste.

Representantes da rede de proteção à infância afirmam que o dado é preocupante e deve ser destacado nas campanhas realizadas para marcar o Dia Internacional contra o Trabalho Infantil, celebrado na última segunda-feira (12) em todo o mundo. A data foi instituída há 15 anos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para promover ações em todo o mundo e mobilizar diferentes atores no combate ao trabalho infantil.

“É inaceitável que crianças de 5 a 9 anos estejam trabalhando. A expressiva maioria delas trabalha com as próprias famílias no cultivo de hortaliças, cultivo de milho, criação de aves e pecuária. São recortes que conhecidos e analisados obrigatoriamente devem subsidiar decisões políticas ou implementação de ações e programas que deem uma resposta a essa grave situação.”, disse Isa Oliveira, socióloga e secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Fnpeti), um dos organizadores da campanha no Brasil.

Para o Fórum Nacional, outro ponto que deve ser lembrado durante a campanha é o não cumprimento pelo Brasil da meta firmada junto à Organização Internacional do Trabalho de eliminar todas as piores formas de trabalho infantil até 2016.

Entre as formas mais graves descritas na Convenção Internacional 182, da qual o Brasil é signatário, estão a escravidão, o tráfico de entorpecentes, o trabalho doméstico e o crime de exploração sexual, que, no caso dos dois últimos, vitimam principalmente meninas negras.

“A nossa proposta nesse 12 de junho é questionar o governo sobre o não cumprimento da meta e que essa avaliação do não cumprimento nos dê subsídios para uma tomada de decisão no sentido de reafirmar o compromisso pela prevenção e eliminação do trabalho infantil. O Brasil tem esse compromisso. A proibição do trabalho infantil está na legislação brasileira, em particular na Constituição Federal, disse declarou Isa Oliveira.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a meta de erradicação das piores formas foi reagendada para 2020 e a de todas as formas de trabalho infantil para 2025, em acordo firmado com a comunidade internacional na OIT, no âmbito dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. O ministério ressalta ainda que realizou, de 2006 a 2015, quase 47 mil ações de fiscalização que resultaram na retirada de 63.846 crianças e adolescentes do trabalho e na redução apontada pelo IBGE em 2015.

Legislação

A legislação internacional define o trabalho infantil como aquele em que as crianças ou adolescentes são obrigadas a efetuar qualquer tipo de atividade econômica, regular, remunerada ou não, que afete seu bem-estar e o desenvolvimento físico, psíquico, moral e social.

Segundo a Constituição Federal, é proibido para menores de 16 anos a execução de qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. No caso das atividades de aprendizagem, o trabalho não pode ser noturno, perigoso ou insalubre, mesmo para os maiores de 16 e menores de 18 anos. As atividades de aprendizagem também não devem prejudicar a frequência nem o rendimento escolar do adolescente.

A proibição é reforçada na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que restringe a possibilidade de trabalho a menores de 16 anos apenas a casos autorizados pela Justiça e estabelece os critérios para a contratação de aprendizes. O direito à profissionalização e proteção no trabalho para os aprendizes também está disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA )

Riscos

As crianças que trabalham de forma irregular têm o mundo de aprendizado, sonhos, brincadeiras e proteção substituído por uma rotina de responsabilidade, exposição a perigos e risco de traumas.

Segundo a OIT, em todo o mundo cerca de 168 milhões de crianças são obrigadas a trabalhar, sendo que 85 milhões delas estão envolvidas em trabalhos considerados perigosos.

No Brasil, de acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, desde 2007 quase 40 mil crianças e adolescentes sofreram algum tipo de acidente enquanto trabalhavam. Mais de 50% das ocorrências foram graves, o que inclui amputação de mãos e braços e até mortes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o trabalho infantil também é uma das formas de violência contra a infância e adolescência. Seguindo a classificação internacional de violações, o Ministério da Saúde obriga, desde 2011, a fazer a notificação de casos suspeitos ou confirmados desse tipo de violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) pelos profissionais de saúde.

As notificações de 2009 a 2011 apontaram que mais de 800 crianças foram identificadas no Sistema Único de Saúde (SUS) como vítimas de algum tipo de violência relacionada ao trabalho infantil. O número corresponde a 2,8% do total de atendimentos de violência do período. Como nem todos os casos chegam ao conhecimento do sistema de saúde, o índice de abuso contra as crianças trabalhadoras pode ser muito maior.

Desafio da prevenção

O Código Penal brasileiro ainda não tipifica a exploração de mão de obra infantil como crime. Algumas formas de trabalho infantil têm sanção prevista à parte, como a prostituição, considerada crime hediondo e inafiançável, com pena de 4 a 10 anos de prisão em regime fechado. Outras formas de exploração, como o trabalho doméstico, ainda carecem de regulamentação.

Um projeto de lei que criminaliza qualquer tipo de trabalho infantil - exceto os de natureza artística que tiver consentimento judicial - aguarda aprovação da Câmara dos Deputados. O projeto já foi aprovado pelo Senado no fim do ano passado.

Mas, o Fórum Nacional alerta que a maioria das propostas referentes ao assunto que tramitam no Congresso sugere mudanças consideradas como retrocesso pelas entidades civis e pelo Ministério Público do Trabalho, como a redução da idade mínima para permissão de trabalho regular para os 14 anos. A redução da idade, inclusive para o trabalho doméstico, é recomendada por seis Propostas de Emenda à Constituição que tramitam na Câmara.

Mesmo com o rigor conceitual e jurídico que envolve o tema, o país enfrenta dificuldades para colocar em prática medidas efetivas de combate. Segundo avaliação da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, o país executou até 2015 apenas metade do total de 133 ações previstas no plano nacional.

Os especialistas explicam que ainda se impõe no país uma tradição cultural que coloca a infância em condição de vulnerabilidade. “Predominam ainda valores culturais que defendem para as crianças pobres o trabalho precoce como uma solução. Quando os dados das estatísticas informam o contrário, quer dizer, trabalho infantil não foi, não é e não será a solução porque ele reproduz a pobreza, a exclusão social e a exclusão escolar”, alerta Isa Oliveira.

A baixa eficácia da política de educação no Brasil e os desafios para geração de renda das famílias mais pobres também são apontados entre as causas para o abandono dos estudos e os altos índices de trabalho infantil.

“A política de educação garante o acesso através da matrícula, mas a permanência e a conclusão na idade certa, no tempo certo, não vêm acontecendo há um tempo. Por outro lado, a política de assistência social - que tem por missão atender famílias em situação de vulnerabilidade e pobreza - também não tem sido eficaz para dar apoio às famílias, para que elas tenham uma renda que seja suficiente para o sustento de seus filhos e não recorram ao trabalho das crianças para complementar a renda”, afirmou a socióloga.

Educação

Uma das estratégias da mobilização internacional deste ano é ressaltar o papel da educação como uma das ferramentas mais eficazes de combate ao trabalho infantil. As ações também enfocarão o combate à pobreza e chamarão a atenção para a situação das crianças refugiadas que são forçadas a trabalhar.

A mobilização brasileira contará com a presença do Nobel da Paz, o indiano Kailash Satyarthi, que lidera a iniciativa global "100 milhões por 100 milhões". O objetivo da campanha é mobilizar 100 milhões de pessoas na luta pelos direitos de 100 milhões de crianças que vivem em situação de trabalho infantil no mundo.

Ao longo da semana, a campanha promoverá debates no Congresso Nacional, o lançamento de exposição sobre o tema no Ministério Público do Trabalho e apelo nas redes sociais. Entre as ações do governo federal, estão previstas operações de combate ao trabalho infantil pelos fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, além de palestras e audiências públicas nos estados.

LeiaJá também 

--> Infância sem cor

--> Ministério lança a campanha #ChegadeTrabalhoInfantil

--> MPT cobra que Toritama combata casos de trabalho infantil

Os indícios-chave das mudanças climáticas são mais alarmantes do que nunca, da concentração de CO2 à elevação do nível do mar ou ao degelo.

O planeta bateu em 2016 seu terceiro recorde anual consecutivo de calor, com uma temperatura cerca de 1,1ºC acima da média da era pré-industrial, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O século XXI já conta com 16 dos 17 anos mais quentes desde que se começou a registrar as temperaturas, em 1880.

No Ártico, a extensão do gelo marinho no verão em 2016 foi a segunda menor já registrada (4,14 milhões de km2, atrás da de 2012). Em algumas regiões da Rússia, a temperatura foi 6ºC ou 7°C acima do normal.

No outro extremo da Terra, na Antártica, o gelo marinho na primavera austral (novembro) perdeu quase 2 milhões de km2 em comparação com a média dos últimos 30 anos: a extensão foi de 14,5 milhões de km2 em 2016, e de 16,35 milhões entre 1981 e 2010.

O derretimento das geleiras nos maciços alpinos continuou pelo 36º ano consecutivo. As grandes cidades, devido ao efeito das "ilhas de calor", provocado pelo cimento e pelo asfalto, poderiam ficar 8°C mais quentes até 2100.

400 partes por milhão

A concentração dos três principais gases do efeito estufa - dióxido de carbono (CO2), metano e protóxido de nitrogênio - atingiu novos recordes em 2016. Pela primeira vez, em 2015, a concentração de CO2, o principal gás do efeito estufa, ultrapassou pela primeira vez 400 partes por milhão (ppm) em escala global, e a tendência continua.

Para tentar limitar o aumento das temperaturas a 2ºC e assim conter as graves consequências do aquecimento global, a concentração média de gases de efeito estufa em 2100 não deve ultrapassar 450 ppm de CO2eq (equivalente de CO2 em partes por milhão).

As emissões de gases de efeito estufa provenientes de energias fósseis se estabilizaram em 2016 pelo terceiro ano consecutivo, um avanço inédito ligado aos esforços da China, mais ainda assim insuficiente, segundo o balanço dos cientistas do Global Carbon Project.

Os pesquisadores alertaram, além disso, sobre um auge repentino e inexplicado de metano, que tem um efeito estufa maior que o do CO2.

+3,3 mm ao ano

O nível dos oceanos continua subindo. Segundo um estudo recente, o fenômeno parece se acelerar: o nível dos mares subiu entre 25% e 30% mais rápido de 2004 a 2015 do que durante o período 1993-2004.

Esta elevação poderia se intensificar à medida que as geleiras e calotas polares derreterem (Antártica, Groenlândia). O aumento é mais rápido em alguns lugares, especialmente no Pacífico e no Oceano Índico.

Extremos climáticos

O aquecimento favorece os episódios meteorológicos extremos, em particular as secas e as ondas de calor, aponta um estudo da OMM. Segundo alguns climatologistas, o volume de secas, incêndios florestais, inundações e furacões ligados às mudanças climáticas dobrou desde 1990.

A violência dos tufões na China, Taiwan, Japão e as duas Coreias deve aumentar, segundo um estudo que indica que "nos 37 últimos anos, os tufões que atingiram o leste e o sudeste asiáticos ganharam entre 12% e 15% de intensidade".

Ao mesmo tempo, a frequência das tempestades extremas triplicou no Sahel por culpa do aquecimento global, alertou outro estudo. Segundo o Banco Mundial, as perdas ligadas aos desastres naturais ascenderão a 520 bilhões de dólares e levarão 26 milhões de pessoas à pobreza por ano.

1.688 espécies afetadas

Das 8.688 espécies ameaçadas ou quase ameaçadas, 19% (1.688) são afetadas pelas mudanças climáticas, tanto pelas temperaturas como pelos fenômenos extremos.

A Grande Barreira de Coral, na Austrália, registrou seu pior episódio de branqueamento pelo segundo ano consecutivo. Os corais afetados por dois anos seguidos não poderão se recuperar, segundo cientistas do país.

Um aumento das temperaturas maior que 1,5ºC, um limite ambicioso incluído no Acordo de Paris, levaria, além disso, a uma alteração dos ecossistemas da bacia do Mediterrâneo inédita em 10.000 anos.

Veja alguns números da seleção oficial do Festival de Cannes 2017:

- 49 longas-metragens de 29 países foram selecionados de um total de 1.930 propostos para o maior festival de cinema do mundo, contando com os trabalhos apresentados fora de competição, em "sessões da meia-noite" ou "mostras especiais". O número de filmes inscritos foi de 1.869 em 2016.

##RECOMENDA##

- Deste total, 18 longas estão em competição e 16 serão exibidos na mostra paralela "Un certain regard".

- Entre os diretores que disputam a Palma de Ouro, apenas o austríaco Michael Haneke já foi premiado, e em duas ocasiões, por "A fita branca" em 2009 e "Amour" en 2012.

- Dos 18 filmes que concorrem à Palma de Ouro, quatro são assinados por cineastas franceses, quatro por americanos, dois por coreanos, um por um húngaro, um por um britânico, um por um austríaco, um por um russo, um por um ucraniano, um por um grego, um por um alemão e um por um japonês.

- 3 mulheres cineastas estão disputando a Palma de Ouro, o mesmo número que no ano passado: a americana Sofia Coppola, a japonesa Naomi Kawase e a britânica Lynne Ramsay.

Apesar da Operação Carne Fraca, ação da Polícia Federal que resultou no fechamento de frigoríficos e na suspensão das exportações da carne brasileira para alguns países, as vendas de carnes bovina, suína e de frango para o exterior cresceram em março.

Segundo dados divulgados hoje (3) pelo Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços, houve alta de 4,4% nas vendas ante março de 2016 segundo o critério da média diária, que leva em conta o valor negociado por dia útil. O valor total exportado subiu 9% no mesmo período.

##RECOMENDA##

Separadamente, as exportações da carne bovina foram as únicas a registrar queda no mês. Houve recuo de 6,1% em relação a março de 2016, segundo o critério da média diária.

Também houve queda de 1,7% na vendas de carne bovina levando-se em conta o valor total exportado em todo o mês de março, que ficou em US$ 404 milhões ante US$ 411 milhões em março do ano passado.

Já as vendas de carne suína e de frango cresceram levando-se em conta tanto a média diária (alta de 43,2% para a suína e 7% para a carne de frango) quanto o valor total exportado no mês de março, comparando-se com o mesmo mês do ano passado (alta de 39,4% nas vendas de carne suína e de 11,74% nas de frango).

Tendência

O diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do ministério, Herlon Brandão, disse que já havia uma “tendência” de queda nas exportações da carne bovina desde o início de 2017, antes de a operação da PF ser deflagrada.

Segundo Brandão, de janeiro a março, as vendas externas do produto caíram 5,1% pela média diária em relação ao primeiro trimestre de 2016 (de US$ 18,7 milhões para US$ 17,2 milhões). O valor total exportado caiu 1,99% no mesmo período (de US$ 1,104 bilhão para US$ 1,082 bilhão).

Impacto

Logo após a Operação Carne Fraca, o ministério chegou a detectar queda na média diária exportada de todas as carnes, mas segundo o diretor, a situação foi superada.

“Notamos uma menor média diária na quarta semana [de março], logo após a operação. A média exportada, que vinha se mantendo em US$ 60 milhões diários, ficou próxima de US$ 50 milhões. Essa média menor pode ter denotado alguma cautela do mercado, mas não impactou”, disse Brandão.

Para ele, os danos causados pela descoberta de fraudes na produção e comercialização de carnes foram revertidos. “O governo conseguiu reverter todos os principais mercados: União Europeia, Egito, Irã, Japão, Coreia do Sul. A análise é que o pior passou. Foi um susto, mas notamos que rapidamente os embarques se normalizaram e ainda encerrou o mês com crescimento na exportação de carnes”, declarou o diretor em entrevista para a divulgação dos dados da balança comercial de março.

Por ano, as doenças do coração e o câncer são responsáveis pela morte de 542 mil brasileiros, segundo o registro do Datasus. Os problemas cardiovasculares ainda lideram as causas de óbitos, mas se o Brasil não investir em mudanças substanciais nas políticas públicas de prevenção, detecção e tratamento do câncer, a doença se tornará a principal causa de mortes no País já em 2029.

O alerta é do Observatório da Oncologia, uma plataforma de análise de dados criada pelo movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC). No último estudo realizado pela instituição, foi feita uma projeção a partir dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre os anos 2000 e 2013 e projeções para o futuro (até 2040), comparando o número de óbitos e incidência do câncer com os de doenças cardiovasculares (como infarto e AVC). A conclusão é que, em 2029, a taxa de mortalidade de tumores chegará a 115 a cada 100 mil habitantes, enquanto o índice de óbitos por doenças cardiovasculares será de 113 por 100 mil.

##RECOMENDA##

Atualmente, O câncer é a segunda causa de morte por doenças, no Brasil. Segundo o INCA, são cerca de 180 mil mortes por ano. Ao contrário do que acontece em países desenvolvidos, os índices de mortalidade não caem no Brasil. O principal motivo é o diagnóstico tardio.

A oncologista Paula Sampaio ressalta que existem alguns tipos de câncer que são considerados evitáveis, pois possuem relação direta com o estilo de vida. A médica cita estatísticas oficiais, que comprovam os benefícios da chamada prevenção primária, que é aquela capaz de evitar o câncer. “De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 33% dos cânceres mais comuns podem ser evitados diminuindo-se o consumo de álcool e adotando dietas mais saudáveis. Evitar a exposição ao sol sem proteção e o sedentarismo também são fatores fundamentais. A OMS estima que somente o abandono do hábito de fumar aumenta a proteção contra a doença em cerca de 50%”, destaca Paula.

Quem se alimenta bem durante a vida toda dificilmente terá câncer de estômago. Para a prevenção do câncer de colo do útero, a vacinação contra o HPV e a prática de sexo seguro são recomendações extremamente importantes e os tumores de pulmão estão diretamente relacionados ao consumo de tabaco, que está na origem de 90% dos casos.

Mama - O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele não melanoma. Eles correspondem a cerca de 22% dos casos novos de câncer diagnosticados a cada ano. No Pará, é o segundo tipo de maior incidência entre as mulheres, atrás do câncer de colo de útero.

No caso do câncer de mama, a chamada prevenção secundária são as medidas que podem assegurar o diagnóstico precoce, o que significa chances de cura superiores a 90%. Se o câncer for descoberto em estágio avançado, as chances de cura podem ser deduzidas a 5%.

A mamografia é o principal meio de rastreamento do câncer de mama. O exame é fundamental para a descoberta da doença ainda no início, o que garante um aumento expressivo das chances de cura. O autoexame também é importante, mas não substitui a mamografia.

Segundo a SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), a partir dos 40 anos, todas as mulheres devem realizar a mamografia anualmente. Mulheres que têm histórico de câncer de mama na família, em parentes de primeiro grau (mãe, irmã e/ou filha), devem realizar o exame antes dos 40 anos, pois o risco de câncer de mama pode ser maior.

Mamógrafos - A Organização Mundial da Saúde indica que deve haver um mamógrafo para cada 240 mil habitantes. Como o Brasil tem 200 milhões de habitantes, cerca de 880 mamógrafos seriam suficientes para atender toda a população. E existem cerca de cinco mil mamógrafos no Brasil. O problema é que em muitas localidades as mulheres encontram dificuldade para ter acesso ao exame.

A questão não é a falta de aparelhos, é a concentração deles em determinadas áreas, principalmente no Sudeste, e a falta em outras regiões, como o Norte. Mais de 50% dos cerca de cinco mil municípios brasileiros com até 50 mil habitantes estão sem mamógrafos.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Estado tem 97 mamógrafos, entre privados e do serviço público. Existem 37 mamógrafos para atendimento a pacientes do SUS no Pará. 22 estão na Região Metropolitana de Belém, e os outros 15 estão em municípios- polo do interior do estado.

Rastreamento - Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a mamografia, que tem mais de 90% de precisão na hora de detectar tumores, ainda não faz parte da rotina de muitas mulheres. Quatro em cada dez mulheres no Brasil, entre 50 e 69 anos, nunca fizeram uma mamografia.

A região Norte é a que apresenta a pior situação. Apenas 38,7% das mulheres fizeram o exame. Em seguida vem o Nordeste (47,9%), Centro-Oeste (55,6%), Sul (64,5%) e Sudeste (67,9%), a região campeã no número de mamografias.

A Sociedade Brasileira de Mastologia aponta a dificuldade de acesso ao exame. Um levantamento feito em 2013 confirma que menos de 25% das brasileiras entre 50 e 60 anos de idade realizam mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por ano. No Pará, o levantamento da SBM indica que apenas 7,5% da população que tem indicação anual do exame teve acesso à mamografia.

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá.

Em 2016, 5.033 pessoas foram mortas intencionalmente no Estado do Rio, segundo estatística divulgada nesta quarta-feira, 1º, pelo Instituto de Segurança Pública, órgão da Secretaria de Segurança do Estado do Rio. Foram 833 casos a mais que em 2015, o que significa 2,2 assassinatos a mais por dia, em média.

Ao todo, em média, 13,75 pessoas foram mortas por dia - aumento de 19,8% em relação ao ano anterior. A taxa de homicídios dolosos (intencionais) em 2016 foi de 29,9 vítimas a cada 100 mil habitantes - quase três vezes o nível considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10 vítimas a cada 100 mil habitantes.

##RECOMENDA##

A região que registrou o maior aumento de homicídios dolosos (em números absolutos) foi aquela que engloba os municípios de Seropédica, Itaguaí, Paracambi, Queimados e Japeri, na Região Metropolitana: foram 119 casos a mais do que em 2015. Em 2015 foram 304 casos e em 2016 ocorreram 423, aumento de 28,1%.

Os dados sobre letalidade violenta, rubrica que reúne homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial, indicam aumento de 24,7% em 2016 em relação ao ano anterior. Foram 5.010 casos em 2015 e 6.248 no ano passado.

Os homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial aumentaram 42,6%, passando de 645 casos em 2015 para 920 no ano passado. O número de policiais civis e militares mortos em serviço também aumentou: foram 26 em 2015 e 40 em 2016.

Os casos de roubos de veículo cresceram 34,4% em 2016: foram 31.035 em 2015 e 41.704 em 2016.

Os bispos devem aplicar de forma clara a lei de tolerância zero frente a sacerdotes pedófilos, exigiu o papa Francisco em uma carta divulgada nesta segunda-feira pelo Vaticano.

"Tenhamos a coragem necessária para implementar todas as medidas necessárias para proteger em tudo a vida de nossas crianças, para que tais crimes não se repitam mais", pediu Francisco na carta enviada aos bispos por ocasião do "Dia dos Santos Inocentes", que é festejado em 28 de dezembro.

"Assumamos clara e lealmente a consigna da ‘tolerância zero’ neste assunto", enfatiza o papa argentino. No texto, Francisco pede em várias ocasiões "perdão" por um pecado que, reconhece, "o envergonha", que ele lamenta e chora, segundo escreve. "Nós nos unimos à dor das vítimas e choramos por esse pecado. O pecado do fato em si, o pecado da omissão de assistência, o pecado de ocultar e negar, o pecado do abuso de poder", enfatizou.

"A Igreja chora não apenas frente à dor causada em seus filhos menores, como também porque conhece o pecado de alguns de seus membros: a história, a dor dos menores que foram abusados sexualmente por sacerdotes".

Francisco também cobrou dos bispos coragem para para proteger as crianças do que cham de "os novos Herodes, que alimentam da inocência através do trabalho clandestino e esclavo, a prostituição, as guerras, a imigração forçada", insistiu. "Milhares de crianças caíram mãos de bandidos, de máfias, de mercadores da morte, que a única coisa que fazem é alimentar e explorar sua necessidade", advertiu.

O papa denunciou com cifras os abusos de que padecem as crianças em todo o mundo. Cerca de 75 milhões de crianças devido a emergências e crise prolongadas que interrompem sua educação. Em 2015, 68% das vítimas do tráfico sexual eram criancas. e la trata sexual eran niños.

Em 2016, calcula-se que 150 milhões de crianças foram forçadas ao trabalho infantil, muitas delas em condições de escravidão. O chefe da Igreja católica cita o último informe elaborado pela Unicef, e lança um grito de alerta.

"Se a situação mundial não se reverter, em 2030 serão 167 milhões de crianças vivendo na extrema pobreza, 69 milhões de menores de 5 anos morrerão entre 2016 e 2030, e 60 milhões de crianças não terão ensino básica primário", destacou.

As vendas do varejo de todo o País durante a semana passada (18 a 24 de dezembro) caíram 4% na comparação com o mesmo período de 2015, informou nesta segunda-feira, 26, a Serasa Experian em seu balanço sobre o movimento nas lojas durante os dias que antecederam o Natal deste ano.

Foi a segunda maior queda das vendas de Natal medida pelo indicador, criado em 2003 e que já vinha de duas quedas consecutivas: 6,4% em 2015 e 1,7% em 2014.

##RECOMENDA##

Só na cidade de São Paulo as vendas caíram 4,5% na semana passada, comparativamente a igual período de 2015. Para a Serasa Experian, o resultado reflete a alta do desemprego, o crédito caro e a baixa confiança do consumidor.

O indicador é medido com base nas consultas que os lojistas fazem ao banco de dados da Serasa antes de efetuar uma venda.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando