Tópicos | extradição

Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta terça-feira, 6, um pedido do governo turco para extraditar Ali Sipahi, empresário turco naturalizado brasileiro, acusado de pertencer a uma organização considerada terrorista pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. O entendimento do colegiado foi o de que não há garantias de que Sipahi seria submetido a um julgamento imparcial pelas autoridades turcas.

Antes do julgamento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já tinha se manifestado contra a extradição, depois de o Ministério Público Federal conduzir investigação que concluiu não haver indícios de que o Movimento Hizmet, do qual Sipahi participa, tenha como atividade principal, secundária ou eventual, a prática de crimes de terrorismo.

##RECOMENDA##

Oposição

Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo, opositores do presidente da Turquia denunciaram um aumento da perseguição aos turcos que vivem no Brasil e têm ligação com o movimento Hizmet, considerado terrorista pelo governo do país.

Segundo o grupo, pelo menos dez pedidos de extradição foram protocolados pelo Judiciário turco no Ministério da Justiça brasileiro, e ao menos seis pedidos transitam em sigilo no Supremo Tribunal Federal. Há cerca de 300 turcos ligados ao Hizmet residindo no Brasil.

"Entendo pelo não preenchimento dos requisitos legais do pedido de extradição. Pode ser considerado fato notório a instabilidade política e até mesmo demissões de juízes bem como prisões de opositores do governo. Em tais circunstâncias há, no mínimo, uma justificada dúvida quanto às garantias de que o extraditando será submetido a um tribunal independente imparcial", disse o relator do caso, ministro Edson Fachin.

Em junho, Fachin já havia acolhido pedido de Sapahi e revogado medidas cautelares, como o monitoramento eletrônico e o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga. Sipahi é sócio de três restaurantes na cidade de São Paulo. Com o julgamento desta terça-feira, os ministros também derrubaram as medidas cautelares que haviam sido colocadas por Fachin.

Direitos humanos

Acompanharam o entendimento de Fachin contra o pedido de extradição os outros quatro ministros que integram a Segunda Turma: Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cármen Lúcia.

Para Gilmar, "não há garantias de julgamento imparcial" do opositor pelas autoridades turcas. "Destaque-se que a prevalência dos direitos humanos constitui um dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil. Seguindo essa linha de raciocínio, a lei 13.445 de 2017 proíbe a concessão de extradição quando o requerido estiver respondendo no Estado requerente perante um tribunal ou juízo de exceção. Além disso, as hipóteses legalmente previstas que proíbem a extradição podem ser expandidas para atender ao respeito a outros direitos humanos", disse Gilmar.

Durante a sessão, a advogada Elaine Angel, defensora de Ali Sipahi, observou que o empresário reside no Brasil há 12 anos, fez faculdade de letras no Brasil e fala perfeitamente português. "A escolha de Ali Sipahi é aleatória e sem fundamento. Trata-se de um homem comum convertido em terrorista por força da máquina de propaganda do regime autoritário de Erdogan", disse.

Por outro lado, o advogado João Batista Lira Rodrigues, que atuou a favor do governo turco, alegou ter "absoluta convicção" de que a declaração unilateral da Turquia de que o Movimento Hizmet se trata de uma organização terrorista já seria suficiente para a extradição.

A defesa de Manoel Silva Rodrigues, militar preso com 39 kg de cocaína na Espanha, prepara um pedido ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para que o governo elabore um requerimento de extradição para julgamento do militar no Brasil. Também pediu acesso aos autos de inquérito administrativo e policial-militar sobre o caso.

O militar deu procuração para que o advogado Carlos Alexandre Klomfahs seja constituído como seu defensor no Brasil. "A defesa reitera que ainda não teve acesso a íntegra das acusações, mas que de pronto, refuta todas as acusações e afirma com convicção tratar-se de uma armação", afirmou, em nota à imprensa.

##RECOMENDA##

Segundo apurou o Estado, a defesa sustenta que ele deve ser extraditado e pretende refutar a acusação de que Rodrigues era responsável pela droga.

Rodrigues, que é comissário de bordo, fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanha a viagem de Bolsonaro ao Japão, onde participa da reunião do G-20. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial e, portanto, esta comitiva não fazia parte do mesmo voo que transportou o presidente. A droga foi encontrada em sua bagagem ao desembarcar em Sevilha, na Espanha, primeira etapa da viagem.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, acolheu pedido da defesa do cidadão turco Ali Spahi para retirar a tornozeleira eletrônica e revogar o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.

O cidadão turco, naturalizado brasileiro, foi acusado de pertencer a uma organização considerada terrorista pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que pedia sua extradição.

##RECOMENDA##

O julgamento sobre o pedido de extradição será realizado no dia 6 de agosto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A justiça britânica vai decidir sobre o pedido dos Estados Unidos para extraditar o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para julgá-lo por espionagem, em audiência marcada para o final de fevereiro de 2020, decidiu uma juíza de Londres.

Durante uma sessão processual em que Assange não participou, a juíza Emma Arbuthnot ordenou "uma audiência de cinco dias em fevereiro, provavelmente a partir de 24 de fevereiro", anunciou um porta-voz do Judiciário.

Mais de um milhão de pessoas foram às ruas neste domingo (9), em Hong Kong, contra o projeto que poderá permitir extradições para a China continental - disseram organizadores do ato.

"Há 1,03 milhão de pessoas na manifestação de hoje", disse um organizador em meio à multidão, no que seria a maior manifestação já vista desde que a ex-colônia britânica passou para a China.

Não se via um ato desta magnitude pelo menos desde 1989, ainda sob o governo colonial, quando uma multidão de 1,5 milhão de pessoas se reuniu para apoiar os manifestantes da praça de Tiananmen.

Os manifestantes marcharam sob um calor inclemente pelas estreitas ruas da ilha principal deste centro financeiro, em um barulhento e colorido protesto para pedir que o governo recua na decisão.

A polícia, que historicamente divulga estimativas muito mais baixas do que as dos organizadores, calculou que o número máximo foi de 240.000 pessoas. Ainda assim, é o segundo maior protesto desde que a ex-colônia foi transferida.

Em 2003, em outro protesto de peso, cerca de meio milhão de pessoas obrigaram o governo a deixar de lado uma lei de segurança nacional profundamente impopular.

"O governo não pode ignorar estes números", disse à AFP o manifestante Peter Chan, de 21 anos.

- Críticas de diferentes setores

Este projeto das autoridades de Hong Kong pró-Pequim deixará a população à mercê de um sistema judiciário chinês opaco e politizado, alegam seus críticos.

Não está claro, porém, que as autoridades estejam considerando uma mudança de postura. A líder da cidade, Carrie Lam, construiu sua carreira política sobre uma reputação de levar as legislações à frente.

Ignorar os protestos pode trazer à tona os eventos de 2014, quando manifestantes pró-democracia ocuparam durante dois meses cruzamentos de importantes vias da cidade.

Os organizadores advertiram, neste domingo, que "vão aumentar" suas ações, se o governo não der marcha a ré. Isso pode enfurecer Pequim, já que a lei tem o apoio de vários lideranças do Partido Comunista.

Em um comunicado divulgado neste domingo à noite, o governo local apenas descreveu os protestos como "um exemplo do exercício da liberdade de expressão do povo de Hong Kong".

Confrontos entre a polícia e manifestantes explodiram nas imediações do Conselho Legislativo de Hong Kong, após o multitudinário ato.

Depois que um grupo anunciou que permaneceria durante toda noite em frente à sede do governo, unidades da polícia tentaram dispersar a multidão com cacetetes e gás de pimenta. Os manifestantres responderam lançando garrafas, acompanhou um repórter da AFP.

A iniciativa que o governo local pretende levar adiante provocou críticas de juristas, dos círculos financeiros e de diplomatas ocidentais.

As autoridades tentam conseguir realizar, no Conselho Legislativo (LegCo, o "Parlamento" local), a votação sobre este texto. A norma autorizaria as extradições para países, com os quais não existe um acordo neste tema - entre eles a China continental.

O Executivo desta região semiautônoma defende que a lei vai preencher uma brecha jurídica e que é necessária, em especial para permitir a extradição para Taiwan de um cidadão de Hong Kong acusado de assassinato. Os críticos insistem em que este caso é apenas uma desculpa para satisfazer Pequim.

Prestes a completar um ano morando em Niterói, de onde avista a Baía de Guanabara e o do Rio de Janeiro, o americano Paul Fernando Schreiner não vê a hora de retornar ao Estado de Nebraska, nos Estados Unidos, onde morou por aproximadamente 30 anos com os pais adotivos.

"Se eu te falar da minha rotina, tanto eu quanto você morreríamos de tédio", afirma. Passeios ao shopping são frequentes - "O sinal do wi-fi é melhor aqui do que no apartamento", afirma -, além de idas à academia, o único hábito que conseguiu manter após ser deportado dos EUA ao Brasil, em junho de 2018.

##RECOMENDA##

Paul nasceu no Brasil. Sem certidão de nascimento, foi registrado no município de Nova Iguaçu, quando Rosanna e Roger Schreiner decidiram adotá-lo pelo preço de US$ 10 mil, em 1989. "Falaram que era um orfanato, mas não entregaram nenhum documento aos meus pais e ainda cobraram esse valor para me levarem. Existe a suspeita de ter sido uma gangue de tráfico sexual", afirma.

Na época chamado pelas demais crianças da favela de Fernando, nome de registro de sua certidão brasileira, Paul tinha uma irmã biológica, que foi raptada por "caras maus".

"A gente se escondia atrás de latas de lixo para desviar dos tiros. Nos refugíamos em uma casa e nunca mais a vi". No suposto orfanato, onde ele afirma que os funcionários levavam-no para suas casas aos finais de semana, Paul foi vítima de constantes abusos sexuais.

A história revelada na quinta-feira (6) pela agência Associated Press relata o drama que também pode acometer de 35 mil a 75 mil americanos adotados, segundo estimativas de grupos de adoção dos EUA.

Apesar de ter uma certidão de nascimento americana, com o nome dos pais adotivos, Paul nunca fora naturalizado. A Lei de Cidadania Infantil, assinada em 2000, facilitava a concessão de cidadania a crianças estrangeiras adotadas, tornando-a automática.

Paul, entretanto, nunca conseguiu o benefício, restrito a menores de 18 anos no momento da promulgação da lei. O fato de obter um greencard, documento de cidadania legal a estrangeiros, também não o tornava elegível, devido ao seu histórico criminal: ele ficou oito anos preso após ter tido relações sexuais com uma garota de 14 anos, tendo sido acusado de estupro.

A nova política anti-imigração dos EUA exigiu do Consulado do Brasil em Los Angeles - que tem jurisdição sob o Estado do Arizona, para onde Paul se mudou após sair da prisão - pressionou o órgão por um "atestado de nacionalidade", onde ele está registrado somente como Fernando, sem sobrenome ou nomes de seus pais, da mesma forma de sua certidão de nascimento brasileira.

Foi assim que Paul, o brasileiro que não fala português e não tem família no Brasil, entrou no País - sem passaporte. Os dados do atestado brasileiro não são os mesmos de sua certidão de nascimento americana - o que por enquanto não permitiu que o governo brasileiro emitisse documentos daqui para ele. Com isso, Paul não consegue trabalhar, nem abrir uma conta em seu nome no banco. Seu pai deposita dinheiro para o filho ao casal que o abriga.

"O governo me considera brasileiro, mas não estou sendo tratado como um. Só quero um passaporte para me mudar para o Canadá, onde a cultura é parecida e meus pais poderão me visitar", relata.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que o consulado em Los Angeles foi "instruído para confirmar formalmente, ante as autoridades americanas, a nacionalidade brasileira do senhor Schreiner, que tinha uma ordem final de deportação contra ele".

Paul ficou oito meses detido em um centro para imigrantes ilegais nos Estados Unidos tentando reverter sua ordem de deportação antes de ser trazido ao Brasil. "Eu preferi ficar oito meses naquele lugar sendo tratado como imigrante ilegal do que vir para cá. Eu tinha medo do Brasil e tenho ódio daqui."

Paul pede desculpas ao se referir ao País dessa maneira. "Eu só tenho lembranças ruins daqui. Não tem como eu gostar de um lugar onde via crianças usando armas e fui abusado. Meus pais me salvaram", afirma.

O americano, que já pediu para uma de suas quatro filhas não se referir como descendente de brasileiros - a mesma foi proibida de visitá-lo no Rio - , não se considera religioso, mas sim com uma fé "em algo superior". "Adorava ir à igreja nos EUA. Fui em algumas missas aqui e pensava que iria aprender português. Mas meu cérebro simplesmente bloqueia". Ele ainda não se acostumou com o estilo dos cariocas. "Sempre vestem bermuda!" (AP)

A Justiça britânica adiou para junho a audiência sobre a extradição para os Estados Unidos do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que, segundo seu advogado, está com problemas de saúde.

O governo dos Estados Unidos apresentou 18 acusações contra o australiano de 47 anos, que viveu por sete anos na embaixada do Equador em Londres, onde foi preso em 11 de abril depois que Quito retirou o asilo e a nacionalidade equatoriana.

Desde então, a Suécia reabriu uma investigação de 2010 por estupro contra Assange e poderia apresentar seu próprio pedido de extradição.

Um tribunal de Londres realizou uma breve audiência na qual adiou a revisão do pedido de extradição dos Estados Unidos até 12 de junho.

A juíza Emma Arbuthnot disse que Assange "não está muito bem" e que a próxima audiência será realizada na prisão de Belmarsh, onde ele está cumprindo uma sentença de 50 semanas por violar as condições de sua liberdade condicional britânica, refugiando-se na embaixada equatoriana em 2012.

O WikiLeaks expressou uma "séria preocupação" com o estado de saúde de Assange, afirmando que ele foi transferido para o pavilhão médico da prisão.

Trinta manifestantes, alguns com máscaras de Assange e um vestido como um apito gigante para representar suas atividades de denúncia, gritavam "queremos justiça" e "parem de matar Assange" às portas do tribunal.

Dezesseis das 17 acusações dos Estados Unidos contra Assange sob a Lei de Espionagem dizem respeito à obtenção e divulgação de informações classificadas pelo WikiLeaks. Um encargo separado diz respeito a atividades de ciberpirataria.

Se condenado pelas 18 acusações, poderá ser sentenciado a até 175 anos de prisão.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em sua primeira entrevista na cadeia, que não se arrepende de ter autorizado a permanência do italiano Cesare Battisti no Brasil.

Recentemente, o ex-membro do grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) admitiu participação nos quatro assassinatos pelos quais foi condenado à prisão perpétua, após ter passado quatro décadas alegando inocência.

##RECOMENDA##

"Não me arrependi, porque não sabia. Eu recebi informações através do Ministério da Justiça, que conhecia o processo, que ele não tinha crimes. Aí o Tarso [Genro, então ministro da Justiça] tomou a decisão. Agora, se depois disso ele assumiu o que fez, eu lamento profundamente", disse Lula aos jornais El País e Folha de S. Paulo.

Em seguida, no entanto, o ex-presidente lançou dúvidas sobre o modus operandi da Justiça italiana. "Também não sei as condições em que ele confessou... Uma porradinha aqui, outra ali, um choquinho aqui... Aí o cara termina falando coisa que não fez...", acrescentou.

Questionado se acreditava que isso poderia acontecer na Itália, Lula respondeu: "Não sei, é uma suposição". Battisti foi repatriado por seu país em janeiro e cumpre pena em um cárcere na Sardenha, mas tenta reverter a sentença para 30 anos de prisão.

Da Ansa

Mais de 70 parlamentares britânicos assinaram uma carta na qual pedem ao governo que faça todo o possível para permitir a extradição de Julian Assange à Suécia, caso as autoridades suecas solicitem a medida.

O fundador do WikiLeaks foi detido na quinta-feira na embaixada do Equador em Londres, onde havia obtido asilo há sete anos para fugir de uma ordem de detenção britânica por acusações de estupro e agressão sexual na Suécia – que Assange sempre negou –, um caso arquivado desde então, mas cuja demandante deseja a reabertura.

O australiano de 47 anos foi igualmente detido em relação a um pedido de extradição dos Estados Unidos, país que considera Assange uma ameaça para sua segurança e quer julgá-lo.

Os deputados querem que o ministro britânico do Interior, Sajid Javid, dê prioridade à possível solicitação de extradição da Suécia.

"Escrevemos para pedir que faça todo o possível para apoiar uma ação que garantirá que Julian Assange possa ser extraditado à Suécia, caso a Suécia solicite a extradição", afirma os parlamentares em uma carta enviada ao ministro e compartilhada no Twitter pela deputada trabalhista Stella Creasy.

"Isto permitiria encerrar a investigação sobre uma acusação de estupro e, se for adequado, apresentar acusações e organizar um julgamento", acrescentam os deputados.

Os parlamentares, que afirmam ao mesmo tempo que isto "não pressupõe a culpa" de Assange, consideram que a denunciante deve "ver a justiça acontecer". A carta indica que a acusação de estupro tem um "limite de tempo que expira em agosto de 2020".

Após a detenção de Julian Assange, sua acusadora na Suécia anunciou que pretende solicitar a reabertura da investigação.

"Vamos fazer de tudo para que os promotores reabram a investigação sueca e que Assange seja entregue à Suécia e à justiça por estupro", afirmou sua advogada, Elisabeth Massi Fritz, à AFP.

Assange, que foi apresentado na quinta-feira a um tribunal londrino, poucas horas depois da detenção, foi declarado culpado de fugir da justiça, um delito que pode ser punido com um ano de prisão.

A sentença deve ser anunciada em breve.

O pedido de extradição americano por "hackear" será examinado em uma audiência em 2 de maio.

Depois de fechar novo acordo de extradição com a Argentina, o governo Bolsonaro quer agilizar a finalização de tratados em andamento com outros 25 países. O Brasil tem, atualmente, 25 acordos em fase de negociação, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores.

Com propostas feitas desde 2017, há conversas em andamento com Alemanha, Canadá, Cuba, Emirados Árabes Unidos e Síria. Negociações já foram concluídas com Rússia e Grécia, mas os acordos ainda não foram assinados.

##RECOMENDA##

Na semana passada, os presidentes Jair Bolsonaro e Mauricio Macri, da Argentina, assinaram em Brasília tratado que dá mais rapidez ao processo de extradição entre os dois países. A ideia é acelerar a troca de informações antes de formalizar o processo pela via diplomática. O novo entendimento busca evitar situações como a do italiano Cesare Battisti, condenado na Itália e extraditado pelo Brasil, mas que fugiu e foi preso na Bolívia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A casa em que o italiano Cesare Battisti morou em Cananeia, no litoral sul de São Paulo, sofreu uma tentativa de furto em dezembro. Na época, Battisti, condenado por quatro assassinatos em seu país na década de 1970, ainda estava foragido.

O delegado titular da Polícia Civil de Cananeia, Ted Wilson de Andrade, afirmou que foi avisado sobre a tentativa de furto pelo responsável pelo imóvel, o sindicalista Magno de Carvalho, amigo pessoal de Battisti.

##RECOMENDA##

De acordo com Andrade, Carvalho não soube dizer se algo foi roubado ou se havia objetos de valor na casa. Ainda segundo o delegado, o sindicalista, que é vizinho da ex-residência de Battisti, afirmou que não havia ninguém no local quando a fechadura foi arrombada. O arrombamento foi registrado em 16 de dezembro. O amigo de Battisti informou ainda à polícia que reforçou a fechadura e incluiu grades nas janelas do imóvel.

Em outubro de 2017, o jornal O Estado de S. Paulo esteve em Cananeia. Na época, o italiano tinha acabado de ser solto, após ficar dois dias detido sob acusação de evasão de divisas. Battisti havia sido preso em Corumbá, em Mato Grosso do Sul, tentando atravessar a fronteira para a Bolívia levando mais de R$ 10 mil em dinheiro não declarados, segundo informações da Polícia Federal.

Na ocasião, Battisti afirmou ao jornal que nunca matou ninguém e que, se tivesse de fugir, seria para o Uruguai, não para a Bolívia. Para ele, condenado à prisão perpétua na Itália, a extradição equivaleria a uma pena de morte. "Por que não tenho direito a ficar aqui?", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os presidentes Jair Bolsonaro e Mauricio Macri vão formalizar, nesta quarta-feira (16), a revisão do tratado de extradição entre Brasil e Argentina. O líder argentino chegou por vota das 10h30 [horário de Brasília] ao Palácio do Planalto, onde foi recebido pelo brasileiro.

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, a ideia da revisão é que o documento de extradição, em caso da prisão de uma pessoa no país vizinho, seja adiantado sem passar pelos canais diplomáticos para depois ser formalizado. Atualmente, o tratado vigente é da década de 1960.

##RECOMENDA##

"Às vezes você seguiu o canal diplomático, acontece o que aconteceu com o Cesare Battisti, prende o cara e...", declarou Moro, fazendo um sinal de fuga com as mãos ao fazer referência à prisão do italiano Cesare Battisti, que fugiu do Brasil para a Bolívia, onde foi preso.

"Existe um tratado de extradição um pouco antigo feito em outra época. As formas de comunicação hoje são outras e há a percepção de que há necessidade de sempre agilizar esse mecanismo de cooperação", disse o ministro. "Esse tratado vai permitir uma comunicação mais rápida entre os dois países", completou.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (13), na conta pessoal no Twitter, que com a captura do italiano Cesare Battisti, de 64 anos, “finalmente a justiça será feita”. Ele elogiou os responsáveis pela prisão, numa operação conjunta das polícias da Bolívia e da Itália, localizando e capturando Battisti nas ruas de Santa Cruz de La Sierra (Bolívia).

“Parabéns aos responsáveis pela captura do terrorista Cesare Battisti! Finalmente a justiça será feita ao assassino italiano e companheiro de ideiais de um dos governos mais corruptos que já existiram do mundo [PT].”

##RECOMENDA##

Battisti estava em Santa Cruz de La Sierra, uma das principais cidades da Bolívia, e foi capturado por volta das 17h deste sábado (12). Segundo relatos, ele não tentou escapar. Questionado pelos policiais, respondeu em português. O italiano usava calça azul e camiseta, óculos escuros e barba falsa.

Antes e depois de ser eleito, Bolsonaro defendeu a extradição de Battisti. Ele conversou com o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, que insistiu no processo de envio de Battisti para cumprir a pena de prisão perpétua em território italiano.

Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.

Nos últimos dias do governo Michel Temer, houve a decisão do STF. Após dias de buscas, a Polícia Federal divulgou 20 simulações sobre a possível aparência do italiano.

A ordem para prender o italiano Cesare Battiti, de 64 anos, determinda pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), completa nesta sexta-feira (21) uma semana. Praticamente o mesmo tempo em que está foragido. A Polícia Federal divulgou 20 simulações de disfarces que ele pode ter adotado.

O nome de Battisti foi incluído na chamada difusão vermelha da Interpol, no esforço de ele ser detido em qualquer país. Ele está foragido desde o último dia 14, quando o presidente Michel Temer assinou sua extradição. A Polícia Federal faz buscas para capturá-lo.

##RECOMENDA##

Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.

No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo STF. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte.

Extradição

Recentemente a extradição de Battisti voltou a ser cogitada. Em novembro, após a divulgação de notícias sobre a possibilidade de se confirmar a extradição no futuro governo, Battisti reafirmou que confia nas instituições democráticas do Brasil e negou que tenha intenção de fugir de São Paulo, onde vive.

Em outubro do ano passado, o italiano foi preso na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele tentou sair do país com cerca de R$ 25 mil em moeda estrangeira. Valores superiores a R$ 10 mil têm que ser declarados às autoridades competentes, sob pena de enquadramento em crime de evasão de divisas. Após a prisão, Battisti teve a detenção substituída por medidas cautelares.

Fugas

Com longo histórico de fugas, Battisti vivia discretamente em Cananeia, litoral de São Paulo, na casa de amigos. Mas ele passou cerca de 30 anos como fugitivo entre o México e a França e, em 2004, veio para o Brasil, onde permaneceu escondido durante três anos, até ser detido em 2007.

Em 2009, o STF autorizou a extradição em uma decisão não vinculativa que dava a palavra final ao então presidente Lula, que a rejeitou em 2010, no último dia do segundo mandato.

PGR

Em novembro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo para dar prioridade ao julgamento do processo que trata da possível extradição de Battisti. Para a procuradora, a prisão era necessária para evitar o risco de fuga de Battisti e assegurar a extradição.

Raquel Dodge também sustentou que a decisão do ex-presidente Lula podia ser revista. No entendimento da procuradora, a entrega de estrangeiros é tarefa exclusiva e discricionária do presidente da República e não pode sofrer interferência do Judiciário.

A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta sexta-feira, 14, que a decisão pela extradição do italiano Cesare Battisti é "perfeitamente possível do ponto de vista constitucional". Após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretar a prisão do italiano, o presidente da República Michel Temer decidiu extraditá-lo nesta sexta. Battisti, condenado na Itália por quatro assassinatos nos anos de 1970, está em 'local incerto e não sabido' e é considerado foragido.

"Eu requeri ontem a prisão preventiva para fins de extradição e o ministro Luiz Fux a concedeu. Essa (a decisão do presidente Temer) é uma prerrogativa do presidente em exercício do cargo. É perfeitamente possível do ponto de vista constitucional", disse Raquel em evento que ocorre na sede da Procuradoria-Geral da República em Brasília.

##RECOMENDA##

Em manifestação feita pela chefe da PGR em março, dentro do processo de Battisti, Raquel já havia afirmado que o presidente da República poderia rever a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em 2010 negou extraditar o italiano.

Questionada ainda se a liminar de Fux bastaria para o caso, não sendo obrigatória a análise pelo plenário da Suprema Corte, a chefe da PGR respondeu que a decisão individual do ministro é suficiente. "Para fins de extradição é bastante porque já houve decisão anterior do STF sobre o assunto", respondeu.

Em 2009, o STF julgou procedente o pedido de extradição feito pela Itália três anos antes, mas deixou a palavra final para o presidente da República. Foi quando Lula negou entregar Battisti ao país italiano.

Nesta sexta-feira, a defesa de Battisti recorreu da decisão de Fux. Os advogados pediram que o ministro revogue a ordem de prisão contra Battisti, ou suspenda até que o plenário decida sobre seu caso. Um último pedido é para que Fux leve o recurso apresentado hoje para o plenário da Corte ainda em 2018.

O presidente Michel Temer decidiu nesta sexta-feira, 14, extraditar o italiano Cesare Battisti, condenado na Itália por quatro assassinatos nos anos 1970, e com ordem de prisão cautelar determinada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal. O italiano está em "local incerto e não sabido" e é considerado foragido. Há uma investigação em andamento para localizar Battisti.

A Coluna do Estadão apurou que a decisão do presidente está tomada e será publicada ainda nesta sexta-feira numa edição extra do Diário Oficial da União.

##RECOMENDA##

Em 2010, o STF julgou procedente o pedido de extradição feito pela Itália três anos antes, mas deixou a palavra final para o presidente da República. À época, o petista Luiz Inácio Lula da Silva negou, no último dia de mandato, entregar Battisti.

O brasileiro Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, acusado de tráfico internacional, falsidade ideológica e homicídios, foi extraditado nesta segunda-feira (19) do Paraguai para o Brasil. Segundo a imprensa do Paraguai, ele deixou o país em uma aeronave do Grupo Aerotático da Força Aérea Paraguaia às 5h05.

Traficante confesso, Marcelo Piloto fugiu do Brasil depois de ser condenado a 26 anos de reclusão. A extradição do brasileiro foi cercada de sigilo e segurança envolvendo três barcos de patrulha das Forças Operacionais Especiais de Polícia (FOPE), segundo a imprensa do Paraguai.

##RECOMENDA##

No sábado (17), Marcelo Piloto esfaqueou 17 vezes na cela em que estava uma jovem, de 18 anos, que foi visitá-lo. Autoridades paraguaias acreditam que ele cometeu o crime na tentativa de evitar a extradição para o Brasil.

Piloto foi preso na cidade de Encarnación, no Paraguai, em 2017, após a descoberta que estava usando documentos falsos.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira (6) que, da parte dele, o italiano Cesare Battisti, 63 anos, voltará para a Itália. "Tudo o que for legal, da minha parte, nós faremos para devolver esse terrorista para a Itália", disse o presidente em entrevista, na noite desta segunda-feira, a José Luiz Datena, da TV Bandeirantes. Segundo Bolsonaro, isso foi o que disse ao embaixador da Itália, Antonio Bernardini, durante encontro pela manhã. 

 Condenado na Itália por terrorismo e quatro assassinatos, Battisti vive em São Paulo. Em dezembro de 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição de Battisti, em decisão no último dia do mandato do petista.  Durante a campanha, Bolsonaro disse que pretendia extraditá-lo, como deseja o governo da Itália. 

##RECOMENDA##

“O caso Batistti é muito claro. A Itália está pedindo a extradição. O caso está sendo discutido agora no Supremo Tribunal Federal. Esperamos que o Supremo tome uma decisão no tempo mais curto possível”, disse o embaixador. 

Após a vitória de Bolsonaro, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) disse que o presidente eleito mantém a determinação em favor da extradição de Battisti. No fim de semana, o italiano disse que confia nas instituições brasileiras. 

Conversa

No encontro com Bolsonaro, o embaixador entregou uma carta enviada pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella. O diplomata lembrou que Bolsonaro é de origem italiana e que ambos tiveram uma conversa “muito simpática”.  “Nós temos uma presença no Brasil que é histórica. Claro que a perspectiva para o futuro é aumentar essa presença italiana no Brasil”, disse o embaixador.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta segunda-feira (5) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que dê preferência ao julgamento do processo que trata de uma possível extradição do italiano Cesare Battisti.  

No ano passado, ante notícias de que o presidente Michel Temer teria aberto um processo administrativo para uma possível revisão sobre a negativa de extradição de Battisti, a defesa dele entrou com um pedido no STF para que fosse afirmada a impossibilidade de revisão da decisão. 

##RECOMENDA##

Em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou pedido do governo da Itália para que Battisti fosse extraditado, em decisão no último dia de mandato do petista. 

Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália pelos crimes de terrorismo e quatro assassinatos cometidos quando era ativista do Partido Proletariado Comunista. Ele viveu como fugitivo por três décadas, antes de chegar em 2004 ao Brasil, onde foi preso três anos depois. 

O governo italiano pediu a extradição do ex-ativista, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas posteriormente negada por Lula. Neste ano, o presidente eleito Jair Bolsonaro disse durante a campanha que pretende extraditar Battisti.  Em parecer no processo que tramita no STF, a PGR argumentou que a negativa de extradição não pode ser revista pelo Poder Judiciário, mas que não haveria qualquer impedimento para que a própria Presidência da República voltasse atrás em sua posição, uma vez que, conforme estabelecido pelo próprio Supremo, trata-se de uma decisão de conveniência política. 

A defesa de Battisti alega que, pelo princípio da segurança jurídica, a decisão de Lula é “insindicável”. O processo é relatado pelo ministro Luiz Fux, que deve decidir se leva o assunto ao plenário do STF. 

Nesta segunda-feira (5), o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, encontrou-se com Bolsonaro, com quem disse ter discutido a situação de Battisti.  “O caso Batistti é muito claro. A Itália está pedindo a extradição. O caso está sendo discutido agora no Supremo Tribunal Federal.

O Tribunal de Apelações da Nova Zelândia decidiu que Kim Dotcom é elegível para extradição para os Estados Unidos nesta quinta-feira, em um grande revés para o magnata da internet, que é acusado de pirataria online.

Dotcom tinha pedido ao tribunal para reverter duas decisões anteriores de que o fundador do Megaupload e outros três réus seriam enviados para os Estados Unidos para enfrentar acusações.

##RECOMENDA##

Em vez disso, um painel de três juízes apoiou o caso liderado pelo FBI, que começou com uma batida na mansão de Dotcom em Auckland em janeiro de 2012 e durou mais de seis anos.

"As evidências fornecidas pelos Estados Unidos revelam um claro caso prima facie para apoiar as alegações de que os apelantes conspiraram e violaram direitos autorais intencionalmente e em escala maciça para ganhos comerciais", disse a corte em um comunicado.

O cidadão alemão é acusado de pirataria on-line em escala industrial através de seu império Megaupload, que as autoridades dos EUA fecharam na época da batida.

Se for enviado para os Estados Unidos, ele enfrentará acusações de crime organizado, fraude e lavagem de dinheiro, punidos com pena de prisão de até 20 anos.

Autoridades americanas alegam que o Megaupload lucrou mais de US$ 175 milhões com atividades criminosas e custou aos detentores de direitos autorais mais de US$ 500 milhões, ao oferecer conteúdo pirateado, incluindo filmes e músicas.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando