Tópicos | Extremismo

Um grupo de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) em direitos humanos sustentaram nesta quarta-feira (16) que o racismo e a xenofobia aumentam nos Estados Unidos e que os incidentes racistas vividos no final de semana em Charlottesville são o último exemplo desta tendência. A informação é da Agência EFE.

"Estamos alarmados pela proliferação e a saliência que ganharam os grupos que promovem o racismo e ódio. Atos e discursos deste tipo devem ser condenados sem panos quentes, e os crimes de ódio investigados e seus autores punidos", exigiram mediante um comunicado emitido em Genebra.

##RECOMENDA##

Um seguidor neonazista assassinou no sábado uma mulher e feriu várias pessoas em Charlottesville (estado de Virgínia) ao lançar seu veículo contra manifestantes que protestavam pela presença de supremacistas brancos na cidade.

Outra evidência da preocupante da situação nos Estados Unidos é o aumento de manifestações de anti-africanas, disseram o relator da ONU contra as formas contemporâneas de racismo, Mutuma Ruteere; e os presidentes do grupo de trabalho sobre povos africanos, Sabe-o Gumedze; e do Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial, Anastasia Crickley.

No caso de Charlottesville, os especialistas enfatizaram que os manifestantes de extrema direita lançaram slogans contra pessoas negras e imigrantes e de corte antissemita. Os três lembraram também que incidentes parecidos ocorreram recentemente na Califórnia, em Oregon, Nova Orleans e Kentucky, "o que demonstra a extensão geográfica do problema".

"O Governo deve adotar todas as medidas efetivas de forma urgente para controlar as manifestações que incitam à violência racial e entender como estas afetam a coesão social", disseram.

Os especialistas expressaram também seu pesar pela morte de dois oficiais da policia após a colisão de seu helicóptero quando vigiavam a situação em Charlottesville.

da Agência EFE

A luta digital do YouTube contra o extremismo acaba de ganhar mais uma ferramenta. Isso porque a rede social de propriedade do Google anunciou o lançamento de um novo método para combater as buscas por vídeos que exaltem o terrorismo. A solução? Redirecionar automaticamente estes usuários para listas de reprodução com conteúdos antiterroristas.

O funcionamento da nova ferramenta é simples. Quando um usuário pesquisar por palavras-chave que o levem a vídeos em que o terrorismo seja mostrado como algo positivo, ele será direcionado para listas de reprodução com conteúdos que digam justamente o contrário. Usando essa estratégia, o YouTube quer evitar que grupos como o Estado Islâmico (EI) consigam recrutar novos membros.

##RECOMENDA##

A rede social realizou pesquisas para entender como como grupos extremistas usam a tecnologia para recrutar novos membros. Com base nisso, criou o método que afasta as pessoas da propaganda extremista violenta as orienta para o conteúdo que confronta essa ideologia.

O YouTube disse que está planejando expandir a funcionalidade de redirecionamento para idiomas que não sejam ingleses, usando o aprendizado da máquina para atualizar dinamicamente os termos da consulta de pesquisa. Além disso, a plataforma já avisou que desativará os comentários em vídeos que pregam o terrorismo e os tornará inelegíveis para recomendações.

LeiaJá também

--> Crianças são enganadas ao assistirem anúncios no YouTube

--> YouTube fecha o cerco contra o conteúdo extremista

Quatro dos principais gigantes da internet anunciaram nesta segunda-feira (26) que formaram um grupo para combater o terrorismo através de um trabalho conjunto, da promoção de pesquisas e da colaboração com outras organizações e instituições. As empresas Facebook, Microsoft, Twitter e YouTube prometeram compartilhar suas melhores ferramentas tecnológicas e organizacionais desenvolvidas por cada uma delas para isso.

As ações do grupo vão se concentrar principalmente na aprimoração de soluções tecnológicas - em particular no aprendizado de máquina - para detectar com mais eficiência e excluir com mais agilidade este tipo de conteúdo. Também serão comissionadas pesquisas para guiar estes esforços contra o terrorismo.

##RECOMENDA##

"Vamos trabalhar com especialistas em antiterrorismo, incluindo governos, grupos da sociedade civil, acadêmicos e outras companhias para engajar em troca de conhecimento sobre terrorismo", informaram as empresas, em comunicado.

Em dezembro, o Facebook, Microsoft, Twitter e YouTube anunciaram a criação de uma base de dados comum para agilizar a remoção de conteúdo extremista de suas plataformas. A iniciativa chega no momento em que os EUA e a Comissão Europeia têm apelado repetidamente nos últimos meses para que as redes sociais intensifiquem a sua luta contra a propaganda jihadista.

"Acreditamos que trabalhando lado a lado e compartilhando os melhores elementos tecnológicos e operacionais dos nossos esforços individuais, podemos ter um maior impacto sobre a ameaça do conteúdo terrorista na rede", declarou o grupo.

LeiaJá também

--> Rússia diz que Telegram foi usado para arquitetar atentado

--> Facebook ataca terrorismo online com tecnologia de ponta

O YouTube vai adotar novas medidas para combater os vídeos relacionados ao terrorismo, informou sua empresa mãe, a Alphabet, neste domingo (18). A rede social anunciou esta série de estratégias logo após o Facebook informar que irá melhorar seus algoritmos para identificar e excluir mais rapidamente postagens deste tipo.

Esta também é a ideia do YouTube, que irá aprimorar recursos de engenharia e aprendizado de máquina para utilizar novos classificadores de conteúdo na tentativa de agilizar o processo de identificação e exclusão do conteúdo extremista. Mas o esforço do YouTube não para por aí.

##RECOMENDA##

A rede social do Google também vai assumir uma posição mais dura em relação aos vídeos que não violam claramente suas políticas. Por exemplo, conteúdos com discursos supremacistas ou que contêm intolerância religiosa virão acompanhados de um aviso e não serão monetizados, recomendados ou elegíveis para comentários.

O anúncio do Google ocorre um mês depois que um homem-bomba matou 22 pessoas e feriu cerca de 120 outras depois de um show da cantora pop Ariana Grande em Manchester, no Reino Unido, e duas semanas após três terroristas usarem uma van e facas para matar oito pessoas e ferir quase 50 na London Bridge.

A internet tem sido usada como ferramenta para que terroristas e extremistas recrutem novos integrantes, se comuniquem e compartilhem informações entre si. Empresas como Google, Facebook e Twitter estão trabalhando há anos para tentar conter conteúdo extremo em seus sites, embora muitas organizações e líderes políticos as critiquem por não terem feito o suficiente para isso.

LeiaJá também

--> WikiLeaks: CIA criou programa espião para roteadores

Para combater a disseminação de conteúdos relacionados ao terrorismo online, o Facebook anunciou nesta quinta-feira (15) que vai aprimorar seus esforços automatizados e humanos para identificar e excluir postagens de extremistas, e desenvolverá sistemas de compartilhamento de dados em toda a sua família de mídias sociais e aplicativos de mensagens.

"Fazer do Facebook um lugar hostil para terroristas é realmente importante para nós", disse a chefe de gerenciamento de políticas globais do Facebook, Monika Bickert. A rede social anunciou no início deste ano que contrataria 3 mil pessoas para aumentar o número de funcionários que analisam postagens sinalizadas na plataforma, incluindo aquelas que tratam sobre bullying, discurso de ódio e terrorismo.

##RECOMENDA##

No total, 150 funcionários do Facebook atuam unicamente para combater o terrorismo na plataforma. Mas além de contratar mais pessoas para isso, a empresa também vai usar a inteligência artificial para eliminar o conteúdo extremista.

Através da correspondência de imagens, a tecnologia pode impedir que mídias sinalizadas anteriormente sejam postadas novamente, sem que um humano precise analizar o conteúdo. A empresa também está construindo um algoritmo que visa analisar o texto escrito para manter a linguagem relacionada ao terrorismo fora da plataforma.

Também serão desenvolvidos sistemas para bloquear contas de terroristas em toda a rede social principal e seus aplicativos irmãos, Instagram e WhatsApp. O Facebook recusou-se a dizer que tipos de dados de clientes serão compartilhados entre os serviços, mas disse que a tecnologia cruzada está sendo criada para fins de combate ao terrorismo.

Nos últimos anos, o Facebook foi criticado por não fazer o suficiente para combater propaganda e conteúdo extremista online. Após o ataque terrorista em Londres, este mês, a primeira-ministra britânica, Theresa May, condenou as empresas de internet por fornecer um espaço seguro para pessoas com ideologias violentas.

LeiaJá também

--> Check-in de segurança do Facebook é aprimorado

Militantes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) estão desenvolvendo sua própria plataforma de mídia social para evitar repressões à segurança em suas comunicações e propaganda. A iniciativa online foi descoberta durante uma operação contra o extremismo na internet, realizada na semana passada, segundo o serviço europeu de polícia Europol.

Como o EI continua a usar a mídias sociais para recrutar membros e inspirar ataques, empresas de internet, como o Facebook e Google, estão sob pressão constante na Europa e nos EUA para combater o material extremista e dificultar que grupos terroristas se comuniquem através de serviços criptografados.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

No entanto, a Europol disse que o EI está criando seu próprio serviço, respondendo à pressão das agências de inteligência, das forças policiais e do setor de tecnologia. Esta seria uma maneira de despistar órgãos do governo que procuram por terroristas, e ainda garantir que seus integrantes possam se comunicar, distribuir propagandas e recrutar novos membros.

LeiaJá também

--> Facebook contratará 3 mil pessoas para filtrar vídeos violentos 

Um grupo ligado à Al-Qaeda assumiu a responsabilidade pelo atentado no metrô de São Petersburgo no dia 3 de abril, que deixou pelo menos 15 mortos, noticiou nesta terça-feira SITE, o centro americano de monitoramento de sites extremistas.

O "Batalhão do Imã Shamil", um pequeno grupo conhecido das autoridades, reivindicou o ataque cometido, segundo ele, sob instruções do líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, indica o SITE, citando um comunicado do grupo divulgado na segunda-feira pela agência de notícias da Mauritânia.

De acordo com o texto, o ataque a bomba, que também feriu outras 20 pessoas, foi uma mensagem para a Rússia e para os países envolvidos em guerras contra os muçulmanos e para dizer-lhes que "o preço destas guerras é alto", acrescenta SITE.

"Esta operação foi apenas o começo", ameaça o grupo, que afirma que as medidas de segurança tomadas pelos russos não vão impedir seus membros de atingir seus alvos. O suposto autor do ataque em São Petersburgo, Akbarjon Djalilov, um jovem de 22 anos, morreu no atentado, de acordo com Moscou.

Djalilov tinha cidadania russa desde seus 16 anos, mas nasceu no Quirguistão, na região de Osh, conhecida por fornecer grandes contingentes ao grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.

O Twitter anunciou nesta terça-feira (21) que suspendeu 376.890 contas acusadas de apologia ao terrorismo da sua plataforma no segundo semestre de 2016. O número representa um aumento de 60% nos últimos meses. O microblog está sob constante pressão para impedir que grupos como o Estado Islâmico (EI) usem a rede social para recrutar novos integrantes.

Especialistas disseram que o Twitter se tornou um veículo para difundir propaganda extremista na internet. O último relatório de transparência da rede social - que abrange o período de 1 de julho a 31 de dezembro de 2016 - mostra que as medidas internas para resolver o problema melhoraram.

##RECOMENDA##

O relatório diz que o Twitter encerrou um total de 636.248 contas criadas para a promoção do terrorismo desde agosto de 2015, quando os números começaram a ser rastreados. Em agosto do ano passado, o Parlamento Europeu (PE) acusou o microblog - ao lado do Facebook e YouTube - de conscientemente falhar em combater a promoção do extremismo em seus sites.

LeiaJá também

--> Europa fecha o cerco contra Facebook, Twitter e Google

O novo suspeito pelo ataque a um mercado de Natal de Berlim era investigado por terrorismo e seria alvo de deportação, afirmou nesta quarta-feira uma graduada autoridade do setor de segurança do Estado alemão onde o homem havia se registrado. O suspeito tunisiano, identificado como Anis A., estava no radar da inteligência da Alemanha e era investigado por promotores estaduais sob suspeita de planejar um ataque, segundo as autoridades.

"Esta pessoa atraiu a atenção de várias agências de segurança na Alemanha por causa de contatos com o meio radical islâmico", afirmou Ralf Jäger, ministro de Interior do Estado da Renânia do Norte-Vestfália, em entrevista coletiva. O pedido de asilo do tunisiano foi rejeitado em junho de 2016, mas ele não foi deportado por não ter um passaporte válido, segundo a autoridade.

##RECOMENDA##

Autoridades alemães buscaram dar um novo passaporte para o homem, mas a Tunísia inicialmente contestou o fato de que ele seria cidadão tunisiano, disse Jäger. Os novos documentos para Anis A. Chegaram justamente nesta quarta-feira, disse a autoridade.

Segundo informações oficiais, o suspeito tinha 23 anos, entrou na Alemanha em julho de 2015 e pediu asilo, que foi depois rejeitado. Autoridades disseram que ele havia sido classificado como um potencialmente violento seguidor do salafismo islâmico e também era suspeito de ter laços com o Estado Islâmico.

O ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, disse após reunião com parlamentares que autoridades por toda a Europa buscam um novo suspeito no ataque. Ele não disse, porém, qual era a identidade do homem. "Este é um suspeito, não necessariamente um autor", disse de Maizière.

O ataque com o caminhão ocorreu na segunda-feira e deixou 12 mortos e dezenas de feridos, 14 deles em estado ainda grave. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Twitter suspendeu 235 mil contas que promoviam o terrorismo desde fevereiro, anunciou a empresa em um post no blog nesta quinta-feira (18). A companhia disse que também ampliou a equipe que trabalha na sinalização de tais conteúdos, e afirma ter feito progressos em impedir que estas pessoas acessem novamente a plataforma. Ao todo, mais de 360 mil contas foram desligadas por este motivo.

"Também colaboramos com outras plataformas sociais, compartilhando informações e melhores práticas para a identificação de conteúdos terroristas", explicou o Twitter. O microblog ressalta, no entanto, que não existe um algoritmo mágico para identificar este tipo de conteúdo, mas que está investindo constantemente em tecnologias para facilitar o processo.

##RECOMENDA##

Além disso, a equipe de política pública global da rede social expandiu sua parceria com organizações que trabalham para combater o extremismo violento online. O Twitter diz que trabalha com entidades respeitadas como Parle-moi d'Islam (França), Imams Online (Reino Unido), Wahid Foundation (Indonésia) e True Islam (EUA) para capacitar vozes não governamentais contra tais práticas.

As informações foram divulgadas pelo Twitter num momento em que o processo de suspensão de contas do microblog foi posto em xeque pela crítica pública. Uma ação recente argumentou que a empresa forneceu uma plataforma para o grupo Estado Islâmico (EI) crescer e angariar membros. O processo, no entanto, favoreceu a rede social ré, afirmando que o Twitter não pode ser responsabilizado pela atitude de seus usuários tóxicos. 

Os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), concordaram, em reunião, neste sábado em Varsóvia a fornecer mais apoio militar aos países no Oriente Médio e no norte da África que são alvos do extremismo islâmico, incluindo o uso de aviões de vigilância da OTAN na luta contra o Estado Islâmico.

Os líderes também concordaram em lançar uma nova missão naval no Mar Mediterrâneo e se comprometeram a manter uma presença militar estável no Afeganistão e a subsidiar as forças de segurança afegãs até 2020.

##RECOMENDA##

"Estamos avançando com o reforço mais significativo de nossa defesa coletiva desde a Guerra Fria", afirmou Barack Obama durante coletiva de imprensa.

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg disse que a organização iniciará ma missão de treinamento e capacitação para as forças armadas do Iraque, país que ele considera central na luta contra o Estado Islâmico.

A OTAN também trabalha para estabelecer uma central de inteligência na Tunísia, um grande local de recrutamento do Estado Islâmico, e também irá fornecer apoio para as operações especiais da Tunísia. Fonte: Associated Press.

Cerca de 120 pessoas com cidadania da Alemanha morreram apoiando ou lutando pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque, divulgou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, em uma entrevista publicada neste domingo, acrescentando que estima-se que existam 420 extremistas islâmicos vivendo atualmente no país.

O ministro afirmou que 760 pessoas viajaram da Alemanha para o Iraque ou para a Síria para participar de operações militares ou apoiar o Estado Islâmico e outros grupos terroristas.

##RECOMENDA##

"Cerca de um terço deles retornaram para a Alemanha", disse de Maiziere para o jornal Bild am Sonntag. "Nós sabemos de 70 pessoas que participaram ativamente de batalhas ou de treinamentos e depois voltaram para a Alemanha."

Os comentários do ministro foram divulgados no momento em que a Alemanha e outros países da Europa estão em alerta máximo de terrorismo após os ataques em Paris que deixaram 130 mortos no dia 13 de novembro.

A maioria dos extremistas que viajam para o Iraque e para a Síria da Alemanha são homens com menos de 30 anos, que cresceram na Alemanha, de acordo com de Maiziere. Cerca de um quinto dos militantes são mulheres.

"A maioria tem cidadania alemã ou dois passaportes. Geralmente eles falam melhor alemão do que a língua do país de origem de seus pais ou avós", disse o ministro.

Questionado sobre o temor de que extremistas islâmicos possam ter entrado na Alemanha juntamente com os milhares de refugiados que chegaram ao país este ano, de Maiziere disse que o governo está observando de perto qualquer pista que possa indicar algo suspeito.

"Há muitos indícios de que os terroristas possam se misturar com os refugiados, mas até o momento não confirmamos nada", comentou.

O ministro ainda disse que está trabalhando para reduzir o número de imigrantes que entram na Alemanha. A melhor forma de lidar com a questão, segundo ele, seria se a União Europeia concordasse em aceitar uma quota generosa de refugiados que seriam escolhidos pela Agência de Refugiados da Organização das Nações Unidas, a ACNUR. Uma proteção mais extrema das fronteiras da União Europeia também seria necessário.

"Uma quota significa automaticamente limitar o número de refugiados", disse.

A Alemanha registrou a entrada de mais de 900 mil imigrantes este ano, de acordo com o estado da Bavária.Fonte: Dow Jones Newswires.

O Ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, está em São Francisco nesta sexta-feira (20) para reuniões com representantes do Google, Facebook e Twitter. O objetivo é convencer as empresas a trabalhar junto com a União Europeia contra a propaganda online de grupos terroristas.

Cazeneuve pede uma coordenação mais organizada e a ajuda das gigantes da Internet na luta contra a propaganda de grupos extremistas disseminada por meio de redes sociais.

##RECOMENDA##

No dia 7 de janeiro, dois atiradores mataram 12 pessoas e feriram outras 11 durante um ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris. Nos dias 8 e 9, um terceiro homem armado matou uma policial e depois mais quatro pessoas após invadir um supermercado kosher. A polícia matou os três extremistas em dois confrontos separados no dia 9. Fonte: Associated Press.

O presidente Barack Obama disse nesta quinta-feira (19) que os esforços norte-americanos e internacionais para enfraquecer e, finalmente destruir o grupo militante Estado Islâmico só podem ser alcançados depois de uma transição política na Síria. Em discurso aos participantes de uma cúpula sobre extremismo violento realizada na Casa Branca, Obama disse que a guerra civil na Síria deu origem do Estado Islâmico e acusou o presidente Bashar Assa de provocar tensões sectárias.

"A guerra civil na Síria só vai acabar quando houver uma transição política inclusiva e um governo que sirva aos sírios de todas as etnias e religiões", disse Obama. O presidente norte-americano disse também que a falta se inclusão do antigo governo do Iraque impulsionou o avanço do Estado Islâmico no país. Mas no caso iraquiano, o governo já conseguiu facilitar a transição do governo, com a substituição, em agosto, do primeiro-ministro Nouri al-Malaki pelo atual ocupante do cargo, Haider al-Abadi.

##RECOMENDA##

Obama pediu aos líderes muçulmanos de todo o mundo que façam mais para conter os extremistas, cujas opiniões, disse ele, perpetuam a ideia de que os Estados Unidos e outros países ocidentais são contrários ao Islã. Foi o segundo discurso de Obama durante a reunião em dois dias.

"A ideia de que o Ocidente está em guerra com o Islã é uma mentira", disse Obama. "Comunidades muçulmanas, incluindo estudiosos e clérigos têm, portanto, a responsabilidade de repelir interpretações distorcidas do Islã, mas também rebater as mentiras de que estamos, de alguma forma, enfrentando um choque de civilizações; de que os Estados Unidos e o Ocidente estão, de alguma forma, em guerra com o Islã ou têm como objetivo reprimir os muçulmanos, ou sainda que somos a causa de todo o mal no Oriente Médio."

Mais cedo, o secretário de Estado John Kerry destacou a natureza global do desafio e disse que bons governos, melhorias econômicas e reconhecimento de outras vozes ajudariam a conter o extremismo. "Se dermos chances a eles, seus objetivos principais podem realmente dar a eles uma vantagem comparativa", disse Kerry, descrevendo a singular determinação dos grupos terroristas de causar estragos e recrutar novos membros. "Temos de igualar seus compromissos e não deixá-los sem nenhuma vantagem."

O secretário de Estado declarou também que a reunião de cúpula nos Estados Unidos será o primeiro evento desse tipo. Representantes de outros países afirmaram que haverá outros encontros desse tipo, dentre eles uma reunião de líderes religiosos na Organização das Nações Unidas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Autoridades da França, Bélgica, Alemanha e Irlanda prenderam mais de duas dezenas de pessoas em ações antiterroristas nesta sexta-feira. As prisões acontecem no momento em que esses países correm para evitar um possível novo ataque como o da semana passada, em Paris.

Policiais franceses e alemães prenderam ao menos 14 pessoas suspeitas de envolvimento com o grupo extremista Estado Islâmico. A França também prendeu outros dois suspeitos de envolvimento com grupos extremistas.

##RECOMENDA##

Na Bélgica, a polícia prendeu outros 13 suspeitos nesta sexta-feira, depois que uma operação antiterrorista acabou em duas mortes e um ferido no final da tarde de ontem na cidade de Verviers. De acordo com o promotor Eric Van der Sypt, os três envolvidos no incidente de Verviers planejavam um ataque iminente contra policiais. "Eu não posso confirmar se nós prendemos todos os envolvidos deste grupo", disse o magistrado.

De acordo com Peter Neumann, do Centro Internacional de Estudos sobre a Radicalização, cerca de 450 pessoas deixaram a Bélgica para lutar junto das fileiras de radicais islâmicos na Síria. Cerca de 150 deles voltaram ao país.

Na Irlanda, a polícia prendeu um homem de origem franco-argelina no aeroporto de Dublin quando ele tentava entrar no país usando um passaporte falso. Autoridades afirmaram que o indivíduo entrou na lista de suspeitos depois de expressar seu apoio aos ataques da semana passada nas mídias sociais.

Em Berlim, a polícia prendeu dois homens na manhã de sexta-feira acusados de recrutar pessoas para lutar pelo Estado Islâmico na Síria. Promotores também afirmaram ter ordenado mandados de busca em onze casas como parte de uma investigação sobre extremistas turcos.

As operações francesas e belgas também encontraram quatro armas militares, incluindo fuzis Kalashnikov, e diversos uniformes policiais, afirmou Van de Sypt, que acrescentou que todos os detidos ou mortos nas operções desta semana eram belgas que haviam retornado da Síria. De acordo com autoridades desses dois países, não há ligação entre o que aconteceu na Bélgica e o que aconteceu na França.

Segundo Rob Wainwright, chefe da Europol, evitar novos ataques se tornou "extremamente difícil" porque os extremistas muçulmanos na Europa, estimados entre 2,5 mil e 5 mil, não integram uma grande estrutura grande de comando e estão cada vez mais sofisticados. Fonte: Associated Press.

Clérigos muçulmanos sunitas e xiitas de cerca de 80 países reuniram-se neste domingo na cidade sagrada de Qom, no Irã, para desenvolver uma estratégia de combate ao extremismo islâmico, inclusive ao Estado Islâmico, grupo que assumiu o controle de regiões importantes do Iraque e da Síria.

O Irã, de maioria xiita, tem ajudado os Exércitos da Síria e do Iraque e as milícias curdas no combate ao Estado Islâmico, um grupo sunita, enquanto os EUA e seus aliados europeus e árabes lançam ataques aéreos contra os extremistas. O Estado Islâmico vê os xiitas como apóstatas que merecem a morte, e já executou centenas de soldados sírios e iraquianos capturados, assim como sunitas vistos como rivais.

##RECOMENDA##

O grão-aiatolá Nasser Makarem Shirazi, principal organizador da conferência, apelou por um consenso entre as duas correntes principais do Islã, sunitas e xiitas, e exortou todos os clérigos muçulmanos a desacreditar grupos que defendam posições extremistas.

"Ataques militares contra esse grupo depravado são necessários, mas insuficientes, As raízes de sua ideologia violenta precisam secar. Isso é trabalho para os clérigos e intelectuais muçulmanos, pregar a verdade, a face moderada do Islã, e expor a face feia da ideologia do Estado Islâmico", disse Shirazi, um proeminente clérigo xiita que tem muitos seguidores no Irã e no exterior.

O ministro das Relações Exteriores do Iraque, Ibrahim al-Jaafari, também xiita, disse na conferência que o Estado Islâmico é a maior ameaça ao Islã. "Eles foram criados para minar o Islã e destruir as sociedades muçulmanas. O Estado Islâmico mata tanto xiitas como sunitas", afirmou.

O intelectual sunita Abdolrahman Sarbazi, que lidera as orações das sextas-feiras em uma região no Sul do Irã onde vivem muitos sunitas, disse que "os muçulmanos sunitas também condenam as práticas violentas dos takfiris, que são uma ameaça à humanidade". Takfiri é uma palavra árabe que significa "extremista".

Outros participantes do encontro repetiram teorias da conspiração que têm circulado no mundo islâmico, de que os EUA e Israel criaram o Estado Islâmico para semear a discórdia no mundo muçulmano. "O Estado Islâmico é um fantoche, cujo trabalho é aprofundar as divisões entre os muçulmanos", disse Mahdi Alizadeh Mousavi, um clérigo xiita muçulmano de graduação mais baixa. Fonte: Associated Press.

Um juiz da Suprema Corte da Grã-Bretanha suspendeu temporariamente nesta quarta-feira a extradição do clérigo radical islâmico Mustafá Kamal Mustafá - mais conhecido como Abu Hamza al-Masri - aos Estados Unidos, onde é acusado de montar campos de treinamentos para terroristas no sertão do Estado do Oregon. Com a decisão, tomada após uma apelação dos advogados de Abu Hamza, o caso judicial que já dura oito anos deverá se arrastar ainda mais. Um segundo acusado, Khaled al-Fawaz, também fez uma apelação à Suprema Corte britânica e teve a extradição suspensa.

Nascido em 1958 em Alexandria (Egito), Abu Hamza vive na Grã-Bretanha há décadas, onde é suspeito de defender o terrorismo e a jihad (guerra santa). O clérigo afirma ter perdido a mão e um olho quando desmontava uma mina terrestre no Afeganistão, no final da década de 1980.

##RECOMENDA##

O tribunal bloqueou a extradição através de uma injunção temporária - na terça-feira da próxima semana, ocorrerá nova audiência. A apelação foi feita pelo advogado de Abu Hamza após um tribunal da União Europeia (UE) ter tomado uma decisão na segunda-feira que deveria abrir o caminho para a extradição aos EUA do clérigo e de outras quatro pessoas acusadas de terrorismo.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Um tribunal egípcio condenou 14 homens de uma seita extremista à morte por enforcamento, responsabilizando os acusados por ataques contra a polícia na Península do Sinai. Os 14 são membros da seita El Tawihd wi al Jihad, do movimento Takfiri, um grupo extremista islâmico que considera os outros muçulmanos como apóstatas. O líder da seita foi executado pelo governo do Egito em 1978, quando Anwar Sadat era presidente.

Seis dos acusados estavam presentes quando as sentenças foram pronunciadas nesta segunda-feira por um tribunal na província de Ismaília, no Canal de Suez, enquanto oito estão foragidos e foram condenados à revelia.

##RECOMENDA##

Em junho de 2011, homens armados da seita atacaram uma delegacia de polícia e uma agência bancária no Sinai, matando um civil e alguns policiais. O grupo também é acusado de atacar a delegacia de El-Arish, no Sinai.

Em agosto, militantes atacaram tropas egípcias no Sinai, matando 16 soldados. Na sexta-feira passada, extremistas armados e vestindo cintos explosivos abriram fogo contra soldados israelenses na fronteira, matando um. Não se sabe se os extremistas que conduziram esses ataques eram Takfiri.

O tribunal emitiu as sentenças de morte após as supremas autoridades religiosas no país terem aprovado as execuções, como ocorre nas sentenças de morte sob o sistema jurídico do Egito.

As informações são da Associated Press.

O diplomata brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, chefe da comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) que investiga as violações aos direitos humanos na Síria, apresentou nesta segunda-feira um relatório em Genebra sobre a situação no país convulsionado pela guerra civil. "As violações brutais aos direitos humanos cresceram em número, velocidade e escala", disse Pinheiro aos diplomatas reunidos em Genebra. Pinheiro disse que as violações aos direitos humanos passaram a ocorrer em uma escala tão grande que é impossível investigar todas as denúncias. "Os civis, grande parte deles crianças, estão sofrendo o choque da espiral da violência", afirmou o diplomata.

Pinheiro descreveu uma "escalada dramática, ataques indiscriminados contra civis na forma de bombardeios aéreos e de artilharia, dirigidos contra bairros residenciais". O diplomata lamentou um "desrespeito preocupante com as regras estabelecidas para um conflito armado".

##RECOMENDA##

O relatório de Pinheiro, baseado em visitas dos investigadores, afirma que o regime do presidente Bashar Assad, e a oposição síria em uma extensão menor, cometeram crimes de guerra durante a revolta que dura 18 meses. Pinheiro disse que a comissão "recomendou que nosso relatório seja apresentado ao Conselho de Segurança para que ele delibere sobre a situação e tome uma ação apropriada em vista da gravidade das violações, abusos e crimes perpetrados por tropas do governo, pela shabiha (milícia do governo, "fantasmas" em árabe) e por grupos opositores ao governo".

Ativistas sírios afirmam que mais de 23 mil pessoas foram mortas desde que a revolta contra Assad estourou em março de 2011. A ONU informou na semana passada que mais de 250 mil sírios estão registrados como refugiados, enquanto mais de 1 milhão foram deslocados dentro do país. Soldados do governo e da oposição têm executado inimigos aprisionados e acredita-se que dezenas de milhares de pessoas tenham sido presas e muitas torturadas.

Pinheiro disse que os investigadores conseguiram recolher uma "quantidade enorme de provas" de atrocidades na Síria. Desde que a comissão foi criada há mais de um ano, realizou mais de 1.100 entrevistas com vítimas e perpetradores de violências, mas não pôde visitar o país - um fato que Pinheiro lamentou nesta segunda-feira. Ele pediu a renovação do mandato da comissão, que acaba na próxima semana.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente de Israel, Shimon Peres, condenou nesta terça-feira ataques desfechados por extremistas judaicos contra palestinos e um jovem árabe-israelense no final de semana passado. Peres disse que está "mortificado" com os ataques "intoleráveis" feitos pelos extremistas. Um bando de adolescentes judeus espancou um adolescente árabe-israelense de 17 anos até a inconsciência em Jerusalém, enquanto em outro incidente desconhecidos jogaram uma bomba incendiária contra um taxi palestino na Cisjordânia.

Um dos adolescentes suspeitos de terem espancado o jovem árabe foi detido e levado ao tribunal, onde na segunda-feira disse que sua vítima "poderia morrer, eu não ligo - ele é um árabe", disse o agressor. O suspeito faz parte de um grupo de sete jovens, todos com idades entre 13 e 19 anos, detidos por atacarem Jamal Julani, de 17 anos. Julani estava em condições críticas quando foi levado a um hospital em Jerusalém. Ele retomou a consciência, mas permanece hospitalizado, disse uma porta-voz do Centro Médico Hadasseh nesta terça-feira.

##RECOMENDA##

O porta-voz da polícia de Israel, Micky Rosenfeld, minimizou o ataque contra Jamal e disse que não foi um ato de extremistas judaicos, mas "apenas de garotos", insuflados por uma moça judia que afirmou ter sido sexualmente assediada por um árabe. O advogado da moça em questão negou isso. Rosenfeld também disse que ninguém foi preso no ataque incendiário contra o taxi palestino, que deixou seis pessoas feridas. Um dos feridos permanece internado em estado grave.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu levar os responsáveis pelo ataque incendiário ao taxi à Justiça. "Nós não toleraremos o racismo e não toleraremos a combinação de racismo e violência", afirmou Netanyahu, O vice-premiê de Israel, Moshe Yalon, descreveu os dois incidentes violentos como "atos terroristas" que "vão contra a ética e os valores judaicos".

*As informações são da Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando