Tópicos | funcionários

“Tudo começou da sexta para o sábado, mais ou menos 00h30, quando os administradores, financeiros e o chef de cozinha esperaram todos os funcionários irem embora. Nisso, uma das supervisoras tinha esquecido uma coisa dentro da loja, e teve que voltar lá. Quando ela chegou lá, estavam os administradores e financeiros e o chef pegando os documentos dos funcionários, computadores da loja e mercadorias. Quando viram ela, perguntaram o que ela estava fazendo ali, aí ela perguntou o que estava acontecendo, não falaram. Aí ela falou que ia ligar para os funcionários, e [eles] foram embora. Ela começou a ligar para todos, e a maioria dos funcionários foi até a loja. Chegando lá tinham cinco homens armados, arrodeando a loja! Ligaram para a polícia, porque já tinham levado tudo da loja, e quando os policiais chegaram, disseram que eles podiam levar pois eles foram mandados pelo dono da loja para retirar as coisas de lá. Não resolveu nada com os funcionários. Então, alguns foram para casa e a maioria ficou na loja, do lado de fora, para eles não levarem o restante das coisas. Por voltar das 09h00 da manhã as administradoras financeiras foram lá explicar o que aconteceu, que tinham ido de madrugada pegar os documentos dos funcionários para dar entrada no seguro desemprego para os funcionários não perderem tudo. Ela falou que durante 10 dias aguardassem cair o dinheiro do FGTS, e se não caísse era para ir à justiça. Na segunda-feira funcionários foram na Caixa, e se descobriu que eles não estavam pagando o FGTS desde 2014 de alguns funcionários, aí ela mandou ir todos eles irem pra justiça, e que de todos esses anos o dinheiro dos funcionários era descontado do salário.” 

Esse é o relato de Felipe*, filho de Isabel*, uma das ex-funcionárias da franquia Habib’s, que funcionava no bairro do Prado, na zona oeste do Recife, e encerrou as atividades inesperadamente no último sábado (11). Os trabalhadores foram surpreendidos com cadeados e correntes nas portas de acesso da loja na manhã do sábado, e chegaram a realizar um protesto.

##RECOMENDA##

Isabel, 42, trabalhava na Habib’s desde 2017, e junto com outros 109 servidores, descobriu há duras penas que teria de entrar na justiça para ter acesso ao que é seu por direito. Nos dias que se seguiram, os trabalhadores entraram com o pedido do seguro-desemprego pelo aplicativo da carteira digital.

Nota do grupo

Procurada pelo LeiaJá, a assessoria do Habib’s se pronunciou por nota na última quarta-feira. "O Habib's confirma o fechamento da unidade franqueada da rede no Recife e informa que está acompanhando todo o processo administrativo com o intuito de apoiar a todos os envolvidos dentro do que compete ao grupo."

Nesta quinta-feira (16), Felipe relatou que Isabel e outros ex-funcionários receberam um e-mail contendo uma chave para liberar o acesso ao seguro-desemprego e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), na Caixa Econômica, junto com um advogado. O jovem explicou que até amanhã (17), todos os 110 trabalhadores deverão ter acesso aos benefícios.

*Os nomes foram modificados para proteger a identidade dos envolvidos.

O Habib's da Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, no bairro do Prado, na Zona Oeste do Recife, foi desativado. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram um protesto de ex-funcionários na manhã do último sábado (11).

Marcas de pneus queimados foram deixadas na avenida em frente à lanchonete após a mobilização. Segundo os funcionários, o proprietário teria fechado a filial sem qualquer aviso prévio e não teria sido localizado para dar explicações. Os ex-colaboradores reivindicam salários atrasados, rescisões e o recolhimento dos encargos trabalhistas.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A reportagem do LeiaJá foi ao local e verificou que a unidade está fechada, mas não foi depredada, como foi compartilhado nas redes sociais. O responsável não estava na loja, mas pessoas dentro da loja recolhiam insumos e materiais da unidade. Eles não quiseram informar para onde os produtos seriam levados. 

A gestão da filial da Abdias de Carvalho e da rede de fast-food foram procuradas para confirmar os motivos do repentino encerramento das atividades, mas não se posicionaram até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto. 

[@#galeria#@]

A plataforma de vídeo Zoom anunciou, nesta terça-feira (7), a demissão de 15% dos seus funcionários, ou cerca de 1.300 pessoas, para lidar com "a incerteza econômica mundial" e o pós-pandemia.

Símbolo do teletrabalho no auge da propagação da Covid-19, o crescimento da plataforma disparou em meados de 2020, graças à proliferação de reuniões virtuais, tanto de trabalho quanto familiares.

##RECOMENDA##

Em dois anos, o Zoom quadruplicou sua receita e triplicou sua força de trabalho “para atender à demanda”, destacou Eric Yuan, diretor-geral do grupo, no site da empresa. Mas o executivo reconheceu que a plataforma não "levou o tempo suficiente para analisar do que precisava e garantir que seu crescimento fosse sustentável".

“A incerteza econômica mundial e seu efeito em nossos clientes” levaram o Zoom a mudar de rumo, para “poder enfrentar o entorno econômico atual", declarou o executivo, que irá reduzir seu salário em 98% e abriu mão dos bônus. Além disso, os executivos do Zoom terão uma redução salarial de 20% e tampouco receberão bônus.

No momento em que a indústria se prepara para uma possível recessão, o Zoom tomou medidas semelhantes às adotadas por gigantes como Microsoft, Meta, Alphabet, Amazon, Dell e Twitter.

Funcionários e integrantes de sindicatos de empregados do comércio protestam na manhã desta sexta-feira (3) em frente a uma loja da empresa na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro. O endereço é simbólico: a loja escolhida pertenceu à varejista Mesbla, falida na virada dos anos 2000. O ato antecede uma reunião entre lideranças sindicais e representantes da diretoria da Americanas marcada para o meio-dia, também no centro da cidade.

Os manifestantes pedem esclarecimentos sobre a situação da empresa e a recuperação judicial que a empresa monta, após a revelação de rombo contábil da ordem de R$ 20 bilhões e a comunicação de uma dívida total reconhecida de R$ 47,9 bilhões.

##RECOMENDA##

Além de bandeiras de centrais sindicais, havia faixas, com inscrições sobre a preservação de empregos e direitos dos trabalhadores da Americanas. Houve gritos de "Vergonha, vergonha, Americanas sem vergonha" e queixas sobre falta de clareza e diálogo da direção da empresa com relação aos funcionários.

Pouco antes das 10 horas, um grupo com cerca de 200 manifestantes marchou da Rua André Cavalcanti, na Lapa, até a loja da Americanas que fica próxima à Praça da Cinelândia. O espaço abrigava uma unidade da Mesbla que, ao falir, inaugurou longo e massivo litígio trabalhista. No local mais uma centena de manifestantes aguardavam o grupo.

Segundo o presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Márcio Ayer, o objetivo é chamar a atenção da sociedade para a importância da manutenção dos empregos e a necessidade de proteção dos trabalhadores antes mesmo da quitação de dívidas com credores, conforme prega a legislação.

"São mais de 44 mil empregos diretos e, somando os indiretos, mais de 100 mil postos de trabalho. Caso seja comprovada a fraude, queremos a punição dos controladores e principais acionistas e a proteção dos funcionários", diz Ayer.

Ele acrescenta que já existe uma Ação Civil Publica (ACP) protocolada na Justiça Federal reivindicando o bloqueio dos bens da empresa para pagamento e proteção dos funcionários da Americanas.

"Vamos brigar pela manutenção de todos os empregos. Há um clima de incerteza e insegurança sobre o futuro, porque a empresa já começou a rescindir contratos com terceirizados. Isso claramente prejudica uma cadeia de empregos muito grande", diz Ayer.

Ele participa da reunião com representantes de Americanas, acompanhado de uma funcionária da empresa que é diretora sindical e lideranças de quatro centrais sindicais: UGT, CUT, CTB e Força Sindical.

Histórico

A Americanas monta uma proposta de Recuperação Judicial que lhe permita arcar com dívidas de R$ 43 bilhões declaradas à Justiça. O processo é capaz de evitar a falência, desde que seja acordado com credores. Pela lei, o mecanismo da recuperação judicial estipula uma ordem de prioridade para os pagamentos, com os funcionários à frente dos credores.

No entanto, muitas dessas empresas credoras, fornecedores e sobretudo bancos, fazem uma blitz na Justiça para bloquear valores da empresa ou acionistas de referência e garantir a antecipação de pagamentos. Algumas ações têm como alvo as fortunas dos maiores acionistas da empresa, os multibilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, que reduziram participação acionária anos antes do escândalo.

O aval da Justiça à Recuperação Judicial veio em 19 de janeiro, após pedido da varejista, que era dado como certo por analistas e agentes de mercado. A crise começara pouco mais de uma semana antes, em 11 de janeiro, quando o então presidente da empresa, Sergio Rial, renunciou ao cargo e revelou que a varejista mascarou, por anos, dívidas equivalentes a R$ 20 bilhões em seu balanço. Oficialmente, Rial estava no cargo somente há nove dias.

O escândalo contábil fez derreter o valor de mercado da empresa e inaugurou uma guerra judicial entre a varejista e seus maiores credores, como o banco BTG, um dos mais atuantes. Os maiores bancos do País, como Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Caixa e Safra também figuram nessa lista de credores.

Essas instituições financeiras concediam os empréstimos capazes de fazer o negócio girar sob a prática de "risco sacado", quando a empresa ou seus fornecedores recorrem a bancos para adiantar pagamentos e dar continuidade à operação. Quando os fatos vieram à público, credores começaram acionar cláusulas de antecipação de pagamento dos empréstimos, rebatido com um pedido de blindagem dos ativos e recursos da empresa, numa alternância de decisões que tem dado o tom da disputa.

A onda de demissões das bigtechs no ano passado pode estar ligada a um movimento do mercado para reduzir a média salarial dos profissionais da tecnologia. Mesmo após desligar 12 mil colaboradores em todo o mundo, o Google foi pressionado pelo fundo de cobertura TCI Fund Management Ltd. a realizar novos cortes em massa e diminuição da faixa salarial.

Grandes empresas como a Meta, o Twitter, a Amazon e, recentemente, a Alphabet - empresa controladora do Google - despediram milhares de funcionários após anos de crescimento e contratações. A justificativa seria a morosidade do cenário econômico pós-pandemia e o aumento da inflação.

##RECOMENDA##

Por outro lado, também é percebido um interesse dessas gigantes em investir em inteligência artificial para se distanciar das concorrentes. Além disso, o mercado de investidores cobra o controle de gastos a partir dos colaboradores.

Em novembro, o TCI Fund Management Ltd publicou uma carta aberta expor sua expectativa de lucro com a Alphabet e reclamou da quantidade de funcionários e do custo individual com cada um. 

Em uma nova carta na semana passada, o fundador da TCI, Chris Hohn, elogiou a decisão da empresa em confirmar as demissões, mas indicou que elas foram insuficientes. Ele aponta que a Alphabet precisa ir além e orienta um corte na ordem de 20% do quadro atual. Ainda no comunicado, Hohn faz um apelo para que a empresa reduza a média salarial dos colaboradores. 

--> Confira os dois comunicados da TCI Fund Management Ltd.

O presidente da Amazon, Andy Jassy, anunciou nesta quarta-feira (05) que a empresa irá demitir mais de 18 mil funcionários. De acordo com o comunicado divulgado pelo CEO, as revisões que motivaram as demissões têm o objetivo de "priorizar o que é mais importante para os clientes e a saúde dos negócios a longo prazo". 

O jornal americano Wall Street Journal divulgou anteriormente um total de 17 mil cortes, com base em fontes próximas. Segundo Jassy, a empresa costuma esperar para falar com as pessoas afetadas diretamente, mas devido ao vazamento da informação por um dos colegas de trabalho, foi decidido que o melhor seria compartilhar a notícia. A previsão é que os trabalhadores recebam os comunicados a partir do dia 18 de janeiro.

##RECOMENDA##

A Amazon apontou uma desaceleração no crescimento da temporada do final do ano em 2022, e, como consequência da inflação, afirmou que os consumidores e as corporações possuíam menos dinheiro para gastar.

A Amazon anunciou na quarta-feira (4) que cortará mais de 18.000 empregos de sua força de trabalho, incluindo alguns na Europa, e justificou a decisão pelo contexto de uma "economia incerta" e pelo fato de a gigante do varejo on-line ter contratado rapidamente durante a pandemia da Covid-19.

"Entre as reduções que efetuamos em novembro e as que compartilhamos hoje, planejamos eliminar pouco mais de 18.000 postos", declarou o CEO do grupo americano, Andy Jassy, em um comunicado enviado aos funcionários.

##RECOMENDA##

O plano de redução de pessoal é o maior entre os recentes anúncios de cortes de empregos que afetam o setor de tecnologia dos Estados Unidos. É também o plano mais severo da história da empresa com sede em Seattle.

Jassy informou que a diretoria da empresa estava "profundamente ciente de que esses cortes de empregos são difíceis para as pessoas e não tomamos essas decisões levianamente".

"Estamos trabalhando para apoiar os afetados e oferecer a eles pacotes que incluem indenização, seguro de saúde temporário e ajuda externa para encontrar trabalho", acrescentou.

Algumas das demissões ocorrerão na Europa, segundo Jassy, que acrescentou que os trabalhadores afetados serão informados a partir de 18 de janeiro da demissão.

O anúncio repentino, observou Jassy, estava sendo feito, porque "um de nossos colegas de equipe vazou essa informação externamente".

Citando fontes próximas à gigante da distribuição, o jornal especializado The Wall Street Journal noticiou que os cortes de empregos na Amazon poderiam afetar cerca de 17.000 funcionários, número superior ao estimado.

A empresa já havia anunciado seus planos para cortar cerca de 10.000 empregos em novembro.

"A Amazon resistiu à situação econômica incerta e difícil no passado e continuaremos a fazê-lo", garantiu Jassy.

No final de setembro de 2022, o grupo contava com 1,54 milhão de colaboradores em todo mundo, excluindo-se os sazonais que trabalham em períodos de maior atividade, sobretudo nas festas de fim de ano.

Durante a pandemia, a empresa fez grandes contratações para atender à demanda, dobrando sua equipe global entre 2020 e 2022.

No terceiro trimestre, porém, seu lucro líquido caiu 9% ano a ano.

Hoje, grandes plataformas do setor de tecnologia — muitas com modelos de negócios baseados em publicidade — enfrentam cortes orçamentários e anunciantes que reduzem seus gastos diante do aumento da inflação e dos juros.

É o caso da Meta, por exemplo, controladora do Facebook, que anunciou em novembro o corte de 11.000 empregos, o que corresponde a algo em torno de 13% da sua força de trabalho.

Já o Twitter, comprado em outubro pelo bilionário Elon Musk, demitiu cerca de metade de seus 7.500 funcionários, enquanto o Snapchat cortou aproximadamente 20% de seus funcionários em agosto, o equivalente a 1.200 pessoas.

Já pensou em trabalhar na casa de um dos maiores craques do futebol? Cristiano Ronaldo está procurando quatro novos funcionários para a sua mansão em Portugal. De acordo com o jornal espanhol ABC, o jogador oferece o salário de seis mil euros, cerca de 34 mil reais.

Ainda segundo o veículo, Cristiano e a esposa, Georgina Rodríguez, precisam de um novo mordomo, um cozinheiro e outros dois ajudantes. Contudo, não pense que eles poderão sair contando para os amigos tudo o que acontece dentro da mansão do astro. Isso porque os funcionários terão que assinar o contrato de confidencialidade para não fazerem nenhuma fofoca da família.

##RECOMENDA##

Com quase três mil metros quadrados, a propriedade fica em Lisboa e foi comprada por 112 milhões de reais, tendo piscina interior e exterior, ginásio, garagem para 20 carros, sala de massagem, diversos quartos e até casa para hóspedes.

Onde tem Kanye West, tem polêmica! Não é novidade que, ultimamente, o rapper só tem aparecido na mídia para soltar bombas, comentários racistas, teorias absurdas e fofocas sobre a família da ex-esposa, Kim Kardashian. Suas falas e atitudes são tão contraditórias e estranhas que até mesmo os fãs do artista andam se perguntando: O que aconteceu com ele?. A mais recente foi a incansável obsessão pela Kardashian.

De acordo com a revista Rolling Stone, ele compartilhou pornografia, incluindo nudes e outras fotos íntimas de Kim, com funcionários. Um homem, inclusive, afirmou ao veículo que Kanye mostrou um clique da socialite durante a entrevista de emprego em 2018.

##RECOMENDA##

"Minha esposa acabou de me enviar isso", teria dito West ao entrevistado.

Outro ex-funcionário também colocou a boca no trombone e afirmou que o rapper mostrou a ele um vídeo explícito da modelo.

"Ele não tinha medo de mostrar o falar sobre situações que deveriam ser mantidas em sigilo", contou o insider.

Meta, a empresa matriz do Facebook, planeja demitir milhares de empregados a partir desta semana, informou a imprensa americana no domingo (6), depois que várias empresas de tecnologia demitiram funcionários em resposta à crise econômica.

O Wall Street Journal, citando fontes familiarizadas com o tema, informou que as demissões podem afetar "muitos milhares" de funcionários da Meta e que os cortes de empregos serão anunciados na quarta-feira.

##RECOMENDA##

Em 30 de setembro, a Meta tinha cerca de 87.000 funcionários em todo o mundo em suas várias plataformas, que incluem as redes sociais Facebook e Instagram, bem como a plataforma de mensagens WhatsApp.

Após a recente divulgação dos resultados trimestrais decepcionantes, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou que o número de funcionários da empresa não aumentaria até o final de 2023 e poderia inclusive diminuir um pouco.

Na quinta-feira passada, duas empresas do Vale do Silício, Stripe e Lyft, anunciaram demissões em grande escala, enquanto a Amazon informou que congelaria a contratação em seus escritórios corporativos.

O Twitter, recentemente comprado por Elon Musk, acaba de demitir quase metade de seus 7.500 funcionários.

Essas plataformas, cujo modelo de negócio é baseado na publicidade, sofrem sobretudo com os cortes orçamentários dos anunciantes, afetados pela inflação e pelo aumento das taxas de juros.

O lucro líquido da Meta caiu 4,4 bilhões de dólares no terceiro trimestre (-52% em um ano).

"Estamos enfrentando um ambiente macroeconômico instável, um aumento da concorrência, problemas de segmentação de anúncios e custos crescentes de nossos investimentos de longo prazo, mas devo dizer que nossos produtos estão se saindo melhor do que alguns comentários sugerem", disse Zuckerberg no final de outubro, tentando passar uma mensagem tranquilizadora.

No entanto, a ação do grupo californiano caiu 24,56% no dia seguinte em Wall Street.

Em um ano, a Meta perdeu quase US$ 600 bilhões em capitalização de mercado.

A empresa preocupa os mercados desde o início do ano, quando pela primeira vez anunciou a perda de usuários em sua rede social original, o Facebook.

Além de seus problemas de publicidade, os investidores estão preocupados com a decisão de Zuckerberg de dedicar grandes fundos ao desenvolvimento do metaverso, um universo paralelo incipiente anunciado como o futuro da Internet.

O comércio brasileiro deve fechar o período de fim de ano com a contratação de 109 mil trabalhadores temporários, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mas, antes mesmo da chegada do Natal, a Black Friday tem impulsionado as contratações. Para garantir que as operações sejam concluídas com sucesso, nomes como Mercado Livre, Via e Riachuelo correm para ampliar o quadro de funcionários.

Cargos como estoquista, operador logístico, embalador, armazenista, almoxarife e motociclistas entregadores são algumas das funções com maior oferta de vagas dentro do setor. Para Fabio Bentes, economista-chefe do CNC, o movimento de contratação antecipada de temporários com foco na Black Friday faz parte da consolidação da data de compras no varejo no País. "O consumo na internet já existia, mas deu um salto durante a pandemia, por isso a necessidade de contratação de profissionais especializados."

##RECOMENDA##

Neste cenário, o País viu a abertura de vagas ligadas ao e-commerce disparar acima da média, segundo levantamento da CNC feito a pedido do Estadão. De acordo com os dados compilados pela CNC - que considera admissões menos desligamentos -, de março de 2020 a setembro de 2022, as vagas ligadas ao e-commerce cresceram acima da média geral, que ficou em 9,1%.

A carreira campeã em contratação é a de estoquista, que teve alta de 54% no período, somando 22.537 novos contratados. Na segunda posição, está o trabalho de embalador, com avanço de 41%, alcançando 29.321 novas vagas.

Diante da projeção de crescimento nas vendas para a Black Friday para superar o resultado de 2021, o Mercado Livre decidiu reforçar o seu número de temporários. Ao todo, a companhia deve contratar cerca de 2,4 mil profissionais no País, com foco principal em postos de trabalho de apoio às operações logísticas. Esses profissionais poderão ser efetivados dependendo do desempenho e das oportunidades que surgirem ao final do período, informou o marketplace.

No caso da Via - dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com -, foram abertas 1 mil vagas em seus 30 centros de distribuição espalhados pelo País. Os temporários vão atuar principalmente em cargos como conferente, motorista de empilhadeira, operador de CD e assistente de logística. "Nos preparamos muito para esse momento, que neste ano é atípico, pois temos reunidos três calendários de vendas do varejo entre novembro e dezembro", afirma Fernando Gasparini, diretor executivo de Logística da Via.

No caso da Riachuelo, a companhia terá 61% dos postos voltados ao processo logístico e de atendimento digital. Ao todo, foram abertos 1,1 mil postos de trabalho, dos quais 126 vagas são para canais digitais, e outras 571 vagas, para atuar nos centros de distribuição - que envolvem logística e toda separação de produtos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Twitter anunciou nesta sexta-feira (4) a demissão de "cerca de 50%" de seus quase 7.500 funcionários no mundo, uma semana após a plataforma ser adquirida pelo homem mais rico do mundo, Elon Musk.

"Cerca de 50% do quadro de funcionários será afetado" pelas demissões em curso na empresa californiana, conforme documento ao qual a AFP teve acesso, enviado aos funcionários da rede social que perderam seus empregos após a compra da empresa por US$ 44 bilhões.

##RECOMENDA##

Milhares de funcionários do Twitter foram chamados a ficar em casa hoje, à espera de uma rodada de demissões, no âmbito de uma reestruturação da empresa lançada por Musk.

A empresa californiana comunicou a cada funcionário sua decisão através de um e-mail, e anunciou o fechamento temporário de escritórios.

"Conforme anunciado mais cedo, o Twitter está reduzindo seu quadro de funcionários para melhorar a saúde da empresa. Essas decisões nunca são fáceis e é com pesar que escrevemos para informar que seu cargo no Twitter foi afetado. Hoje (sexta-feira) é seu último dia de trabalho", diz uma das mensagens enviadas aos funcionários, à qual a AFP teve acesso.

Os funcionários se preparavam para isso desde que Musk concluiu a aquisição da empresa, por US$ 44 bilhões, no final da semana passada. Rapidamente, o bilionário dissolveu o conselho administrativo e demitiu seu CEO e outros executivos.

- Reações no Twitter -

Alguns trabalhadores já haviam descoberto nesta sexta sobre seu desligamento e recorreram à rede social para se despedir de seus colegas.

"Não tenho emprego", tuitou o ex-funcionário Blake Herzinger, enquanto outros relataram ter perdido o acesso aos servidores e contas de e-mail da empresa.

O e-mail enviado ontem instruía os funcionários do Twitter a não se apresentarem ao trabalho nesta sexta.

"Nossos escritórios estarão temporariamente fechados, e todas as credenciais de acesso serão suspensas", dizia a mensagem.

O texto também observou que o Twitter está passando por um momento "incrivelmente desafiador".

"Reconhecemos que isso afetará muitas pessoas que deram contribuições valiosas ao Twitter, mas, infelizmente, essa ação é necessária para garantir o sucesso da empresa no futuro", acrescentou.

Na quinta-feira, cinco funcionários do Twitter que foram demitidos entraram com uma ação coletiva contra a empresa, alegando que não receberam o período de aviso prévio de 60 dias exigido pelas leis federal e do estado da Califórnia.

- Musk se queixa -

Para financiar a compra do Twitter, Musk endividou fortemente a empresa, cuja saúde financeira já é frágil depois de registrar perdas significativas nos dois primeiros trimestres do ano.

Musk, engenheiro de 51 anos nascido na África do Sul, com cidadania americana e canadense e fundador das empresas de veículos elétricos Tesla e de engenharia espacial SpaceX, tomou empréstimos no valor de US$ 13 bilhões, que terão que ser pagos pelo Twitter e não por ele.

O bilionário também vendeu cerca de US$ 15,5 bilhões em ações da Tesla em duas oportunidades, em abril e agosto, e deu títulos de sua montadora como garantia para outros empréstimos de US$ 12,5 bilhões.

Nesta sexta, Musk jogou a culpa da queda da receita do Twitter em "um grupo de ativistas que pressionam os anunciantes, embora nada tenha mudado com a moderação do conteúdo e fizemos tudo o que pudemos para apaziguar os ativistas".

"É realmente uma besteira! Estão tentando destruir a liberdade de expressão nos Estados Unidos", acrescentou.

A publicidade é a principal fonte de receita do Twitter e Musk tenta acalmar os ânimos garantindo que a plataforma não se tornará um "inferno para todos".

Grandes empresas, como General Motors e Volkswagen, suspenderam sua publicidade no Twitter após a aquisição.

Grupos de direitos civis levantaram preocupações de que Musk esteja abrindo a rede social à desinformação e ao discurso de ódio, ao restabelecer contas bloqueadas, como a do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. O magnata republicano foi expulso logo após seus apoiadores invadirem o Capitólio americano, em 6 de janeiro de 2021.

Em reação às críticas, Musk anunciou que formará um comitê para avaliar a futura política da rede social sobre postagens e restabelecimento de contas bloqueadas.

Um dos principais planos de Musk para a empresa é lançar uma assinatura de US$ 8 por mês para os usuários que desejam certificar a autenticidade de sua conta e serem menos expostos à publicidade.

A ideia, no entanto, foi recebida com críticas, especialmente entre os usuários que já têm uma conta verificada.

Funcionários de uma creche municipal, localizada em Cariacica, em Vitória (ES), esqueceram, na última quinta-feira (13), uma criança de dois anos dormindo dentro de um berço. Na ocasião, os trabalhadores chegaram a deixar o local e o menino ficou sozinho no berçário.

O caso foi registrado no Centro Municipal de Ensino Infantil (Cmei) Tereza Tirone, e um vídeo gravado pela família da criança circulou nas redes sociais. Nas imagens, os pais registraram o momento em que, acompanhados pelos funcionários, encontram o menino dormindo no berço da instituição.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Ao portal G1, o pai da criança, Diego Monteiro, contou que a creche informou que o menino teria sido levado da creche por outra pessoa. "A minha filha mais velha chegou para buscar o irmão dela, como sempre ela faz. Busca ele às 17h, eles saem às 17h15 da escola. Chegando lá, a diretora alegou pra minha filha que alguém tinha pegado meu filho. Minha filha voltou chorando. Ligou pra mãe desesperada falando que alguém tinha roubado ele na escola", relatou.

A mãe do estudante, Diane Pereira Rocha, expôs ao site G1 que, ao receber a ligação da filha mais velha, caiu em desespero. "Fiquei sem chão totalmente, na hora que minha filha falou 'levaram o neném mãe, eu não sei pra onde foi'. Fiquei sem chão", desabafou.

Creche nega

Em entrevista à TV Gazeta, a diretora do Centro Municipal de Ensino Infantil (Cmei) Tereza Tirone, Sandra Noelia, explicou que no dia do ocorrido a unidade realizava uma comemoração de Dia das Crianças e o menino de dois anos teria adormecido após participar das brincadeiras. Na saída dos estudantes, segundo a diretora, foram entregues aos pais ou responsáveis apenas os estudantes que estavam na área externa da creche.

"Esse menino específico, de dois anos, dormiu, e a professora o colocou no berço. Na hora de entregar as crianças para os pais, a professora entregou os alunos que estavam na área externa. E o menino ficou no berçário", disse a gestora. 

Sandra Noelia negou que funcionários da instituição de ensino teriam informado aos pais que outra pessoa pegou a criança. Além disso, ela afirma que o pai do menino chegou uma hora após o horário de encerramento das aulas, que é às 17h. 

Funcionários afastados

Nesta sexta-feira (14), a Prefeitura de Cariacica informou que a Secretaria de Educação do município "está tomando todas as providências administrativas para apurar os responsáveis pelo ocorrido, uma vez que há evidências de que a unidade escolar infringiu o Regimento Comum das Escolas Municipais de Cariacica".

Além disso, a gestão municipal alega "que a professora e a assistente de sala foram afastadas e, juntamente com todo o trio gestor da unidade, responderão a um Processo Administrativo Disciplinar, que poderá resultar até em demissão. Esclarece, ainda, que os vigilantes também serão demitidos".

O destino da herança milionária deixada pelo apresentador Jô Soares, falecido em agosto deste ano, foi revelado pelo site Sala de TV apontou, nesta última quinta-feira (6). O apresentador não deixou herdeiros diretos após a morte do seu único filho Rafael Soares, em 2014.  

Segundo fontes próximas da família, a fortuna foi deixada para sua ex-esposa Flávia Pedras, com quem foi casado até 1998 e cultivava uma grande amizade, além de seus funcionários. 

##RECOMENDA##

Rafael, filho único de Jô Soares, foi fruto do seu relacionamento com Teresa Austregésilo. O filho do apresentador faleceu aos 50 anos em decorrência de um câncer cerebral. Enquanto Teresa morreu em março de 2021, vítima de pneumonia.  

A relação entre Jô Soares e Flávia era tão forte que ela cuidou do ex-marido nos momentos de enfermidade e foi a responsável pela divulgação da morte dele ao público. Devido a isso, o apresentador teria deixado a maior parte de sua herança para ela, além de seu riquíssimo acervo pessoal e artístico. 

“Viva você meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem”, escreveu em suas redes sociais.  

“Obrigada para sempre, pelas alegrias e também pelos sofrimentos que nos causamos. Até esses nos fizeram mais e melhores. Amor eterno, sua, Bitika.”  finalizou Flávia.  

Segundo fontes do Sala de TV, ele era um patrão que se preocupava com o bem-estar de quem trabalhava ao seu redor. Ajudava financeiramente e dava presentes.

De acordo com o levantamento Employee Burnout: Causes and Cures, feito pela Gallup, 76% dos funcionários experimentam o Burnout, um transtorno de ansiedade com contexto exclusivamente laboral, ou seja, a causa do estresse é a relação com o trabalho. Ainda de acordo com a pesquisa, apenas reduzir as horas de trabalho não resolverá o esgotamento dos funcionários. 

O Burnout foi classificado pela Organização Mundial de Saúde como um fenômeno ocupacional e pode ser causado excesso de trabalho, não respeitar horários de entrada e saída do trabalho, isolamento e falta de integração entre os membros da equipe, prazos de entrega muito apertados, chefes abusivos, aumento da carga de trabalho sem recompensas claras, insegurança quanto a estabilidade no emprego, falta de clareza sobre os objetivos da equipe e empresa.

##RECOMENDA##

O estudo realizado pela Gallup mostrou também que os principais fatores para o desenvolvimento do esgotamento dos funcionários são o tratamento injusto no trabalho, a carga de trabalho não gerenciável a comunicação pouco clara dos gerentes, a falta de suporte do gerente, pressão de tempo irracional.

Para a psicóloga Márcia Martins, a melhor prevenção contra o Burnout é a qualificação dos profissionais da gestão, incentivando a implementação de medidas que tornem o ambiente de trabalho mais leve e comunicativo. 

“A prevenção é orientar os líderes a observar as consultas quando precisamos cobrar algo de um profissional. A capacitação das lideranças, o fortalecimento da cultura organizacional, a promoção da diversidade e a implementação de uma cultura de feedbacks, também podem afastar o Burnout da empresa”, afirma.

A empresa de transporte por aplicativo 99 demitiu cerca de 100 pessoas na última semana, afirmaram ex-funcionários ao Estadão. Em nota, a startup controlada pela chinesa Didi Chuxing confirmou os cortes, mas não divulgou o número de profissionais afetados. A 99 afirmou também que a área de relacionamento com o cliente foi a única impactada pelos cortes.

Segundo relatos de ex-funcionários, grande parte da equipe de "CX" (a área de experiência do cliente) foi demitida em sessões na última semana. Alguns dos demitidos ouvidos pelo Estadão afirmaram que a companhia planeja terceirizar o atendimento ao cliente. Questionada pela reportagem, a 99 diz que "trabalha com empresas parceiras nessa área desde 2017"?.

##RECOMENDA##

Na nota, a companhia afirmou ainda que passa por mudanças na estrutura para atender melhor a operação. Além do serviço de transportes, a 99 opera um delivery de comida, o 99Food.

"Para atender às necessidades dos nossos usuários, tivemos de tomar algumas decisões difíceis sobre o modelo operacional e a estrutura do nosso departamento de relacionamento com o cliente", explicou a empresa, em nota.

Segundo apurou a reportagem, o departamento de relacionamento serve como um guarda-chuva para diferentes áreas da empresa, como segurança, delivery e mídias sociais. Ao Estadão, a 99 afirmou que não houve demissões na 99Food.

Ex-funcionários afirmaram que a companhia ofereceu um terço do salário como rescisão de contrato e plano de saúde até o final do mês. É um pacote mais modesto do que o ofertado por outras startups nacionais em 2022.

ANO DIFÍCIL

Os cortes são mais um capítulo no ano difícil da Didi Chuxing, empresa chinesa que controla a 99. A companhia tem enfrentado dificuldades de crescimento, após enfrentar problemas regulatórios com o governo chinês.

Em julho, autoridades do país declararam uma possível multa no valor de US$ 1 bilhão, após uma investigação nas suas práticas de cibersegurança. Antes, a empresa foi removida das lojas de app no país.

Em fevereiro, a revista Forbes reportou que a Didi planejava cortar, ainda naquele mês, 20% de seus funcionários - a publicação estimou que isso era equivalente a 3 mil pessoas apenas no mercado chinês. Não é possível saber, porém, se os cortes no Brasil são parte de um plano global da Didi.

Desde abril, startups brasileiras e estrangeiras com operações no País vêm experimentando um cenário adverso. A situação é resultado da crise global macroeconômica pós-pandemia de Covid-19 e é agravada pela guerra na Ucrânia.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A garantia à saúde é um direito básico e assegurado pela Constituição Federal de 1988. Logo, o bem-estar físico e mental no trabalho também é um direito fundamental. Ao LeiaJá, a advogada trabalhista, Jéssica Lima, salienta que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a partir do artigo 154, aponta as normas sobre a saúde e segurança no ambiente corporativo.

"Além das disposições que encontramos na CLT, existem também as normas regulamentadoras, que são disposições complementares expedidas pelo Ministério do Trabalho, e que consistem em obrigações, direitos e deveres que devem ser cumpridos tanto pelos trabalhadores quanto por empregadores com o objetivo de garantir o trabalho seguro, sadio e prevenir, justamente, a ocorrência de acidentes e doenças no trabalho", explica.

##RECOMENDA##

Jéssica ressalta que, ainda de acordo com a CLT, a manutenção periódica, para além dos exames admissional e demissional, da saúde dos profissionais também é de responsabilidade das organizações.

À reportagem, Priscila Ventura, Head de People da TotalPass, empresa de soluções de saúde integrada, aponta que as instituições devem viabilizar e promover ações que garantam o bem-estar físico e mental dos contratados. "As empresas precisam pensar tanto nos cuidados para prevenção de doenças como no incentivo às atividades físicas, quanto no acompanhamento e tratamento, facilitando o acesso aos planos de saúde. As empresas também podem oferecer ações preventivas e de tratamento para a saúde mental, facilitando o acesso à terapia e conscientizando seus colaboradores sobre a importância do psicólogo", destaca.

Condutas institucionais que inviabilizam o bem-estar dos funcionários

Não são raros os diagnósticos e afastamentos por doenças laborais. Muitas vezes, o ambiente de trabalho contribui para o adoecimento dos funcionários. Jéssica expõe condutas que refletem na saúde mental e física dos empregados e ferem a CLT. "Jornadas exaustivas de trabalho, a não concessão dos intervalos interjornada e intrajornada. Uma vez que a finalidade desses intervalos é justamente proporcionar ao trabalhador a oportunidade de descansar, de se alimentar, de repor suas energias, sendo indispensáveis pra que esse trabalhador se recupere fisicamente e mentalmente pra dar continuidade a sua jornada de trabalho", conta.

Ademais, a advogada elenca que a não concessão de férias, que está, intimamente, ligada à saúde mental e bem-estar do contratado, os casos de assédio moral, rigor excessivo são fatores que contribuem para o adoecimento dos funcionários.

Presencial, remoto ou híbrido: os cuidados permanecem os mesmos?

Durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, o modelo de trabalho remoto ou teletrabalho foi adotado pela maioria das empresas. A dinâmica ainda permanece em alguns ambientes corporativos e, segundo Jéssica Lima, não exime a empresa da responsabilidade com os trabalhadores.

"De acordo com o que diz o artigo 157, da CLT, é responsabilidade da empresa cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho. Assim como, destituir os seus empregados quanto as precauções que devem ser tomadas no sentido de evitar acidentes trabalho ou doenças ocupacionais. Então, independente do modelo de trabalho que este funcionário esteja sendo contratado, seja ele home office, modelo híbrido ou modelo presencial, é responsabilidade da empresa, não apenas fornecer os equipamentos necessários, mas cuidar para que esses equipamentos sejam utilizados da forma correta, acompanhar e fiscalizar", esclarece a advogada trabalhista.

Para a Head de People da TotalPass, há um desafio maior, mas não impossível, quando o trabalho é desenvolvido de forma remota. "Apesar de desafiador, é possível traçar planos e estratégias para cuidar de cada funcionário de forma eficaz e integrada, incentivando os cuidados com a saúde, enviando materiais de trabalho para a casa de cada um, trazer palestras de conscientização e até aulas de ginástica laboral online", explica.

Os motéis são estabelecimentos comuns de se encontrar nas cidades do Brasil, mas você já se perguntou como funciona a logística e estrutura desses empreendimentos? Segundos dados da Associação Brasileira de Motéis (ABMOTEIS), atualmente existem cerca de 5 mil motéis no país, que movimentam uma média de 4 bilhões de reais por ano.

A criação dos motéis começou nos anos 1920, nos Estados Unidos, com o objetivo de fornecer um local seguro e barato para motoristas que passavam na estrada e precisavam de um local para dormir. No Brasil, esses empreendimentos chegaram nos anos 1960 e se firmaram no país com um contexto de “sexo proibido” e encontros reservados.

##RECOMENDA##

Nessa matéria, o LeiaJá, irá transportar você para dentro de um dos motéis mais movimentados da cidade do Recife e apresentar a rotina de trabalho dos profissionais dessa empresa.

Primeiro atendimento é feito pelas recepcionistas (Foto: Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Os primeiros profissionais que o cliente tem contato são com as recepcionistas. Todas as entradas, saídas e pedidos são feitos diretamente com as colaboradoras. Segundo Carla Guerra, especialista em desinfecção ambiental e auditora de processos, é fundamental que as funcionárias estejam preparadas para o melhor serviço.

“Para serem contratadas, elas [funcionárias] passam por um processo seletivo, que é dividido em dinâmica, psicólogo, psicotécnico e entrevistas. Após essa etapa, elas seguem para uma das unidades para o treinamento e com a adaptação realizamos a contratação”, explica Carla.  

Cozinha do motel Eros é comandada pelo chefe Fábio Henrique (Foto: Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

De acordo com dados da Sismotel, software para o segmento moteleiro, cerca de 15% do faturamento desses estabelecimentos é da alimentação e o investimento na cozinha impacta diretamente na lucratividade do negócio.  

A cozinha do Eros, comanda pelo chefe Fábio Henrique, traz um cardápio variado e uma equipe preparada para entregar de forma ágil e segura os pedidos dos clientes.  

"Quando chegamos, estamos substituindo o colega que ficou no outro plantão. A gente lê o relatório do que aconteceu durante a nossa ausência na cozinha, porque trabalhamos [na escala] 12h/36h, então são três plantões que não estamos presentes. Após isso, vemos o que está faltando, vamos realizar a higienização das hortaliças e hortifruti, reposição de proteínas, e seguir com os pedidos dos clientes”, conta a auxiliar de cozinha, Jéssica Maria.

Após a saída do cliente as camareiras entram em ação (Foto: Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Todos os pedidos realizados pelos clientes aparecem no sistema, onde é possível identificar qual foi a suíte, pratos pedidos e especificações, como o ponto da carne ou a retirada de algum ingrediente.  

Existem dois processos de limpeza das suítes, o primeiro é chamado de arrumação e pode levar de 30 a 60 minutos, dependendo do espaço físico. O segundo processo é chamado de terminal (faxina) e por se tratar de uma limpeza com mais complexidade tem uma média de duração de 60 minutos a duas horas.

“Com a pandemia, mudamos, e hoje costumo dizer que temos a mesma higienização de um hospital. Melhoramos nosso processo na lavanderia, nossa limpeza de suítes, inclusive usamos em nossas hidromassagens um aspirador específico para tirar a água que ainda podem ficar dentro delas”, explica Carlos Melo, administrador do motel Eros.  

Lavanderia é divida em lavar, secar e passar todo o jogo de cama, mesa e banho (foto: Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Após a pandemia da Covid-19, houve mudanças necessárias para um trabalho e uma entrega de serviço mais seguro para o cliente e profissionais. 

Segundo o administrador, Carlos Melo, todas as unidades seguem uma linha constante de auditorias, na qual visam o aperfeiçoamento e melhorias do serviço de limpeza e atendimento.  

Nova Motelaria 

Atualmente, existe o novo conceito de motelaria, que teve início com a rede Drops, fundada pelo Vinicius Rovena, sócio e proprietário do Zeax Motéis. Segundo o novo ideal, o foco dos empresários é na qualidade de vida dos casais e aprimoramento no modelo operacional. 

Para a nova motelaria, o conceito antigo, de sexualização e erotização das relações, não funciona como antigamente. “Acredito que quem tiver voltado para a nova motelaria e suítes modernas, vai permanecer no mercado. Aqueles motéis que não tiverem essa preocupação e continuar com conceito antigo, como a promiscuidade e o extraconjugal, vão diminuir bastante de quantidade”, finaliza Carlos Melo.

[@#video#@]

Mais de um século desde a adoção da semana de cinco dias de trabalho pelo americano Henry Ford, que virou regra no mundo todo, um novo modelo com apenas quatro dias de atividades começa a ser testado, com resultados positivos. No Brasil, companhias que instituíram a nova jornada veem melhorias de eficiência, bem-estar dos trabalhadores, retenção de talentos e até aumento de receitas. Por ora, a mudança tem sido adotada mais pelas companhias de tecnologia, como Crawly, NovaHaus, Winnin, AAA Inovação, Gerencianet e Eva.

Mas o modelo, que reduz a carga horária de 40 horas para 32 horas semanais sem alteração de salário, exige um planejamento prévio com atenção à legislação trabalhista e à cultura organizacional. Além disso, para ter êxito em termos de gestão de pessoas e negócios, é necessário revisar metas e tarefas diárias e mensurar com frequência os resultados.

##RECOMENDA##

O conceito vem de experiências de empresas em países como Islândia, Reino Unido, Bélgica, Nova Zelândia, Escócia e EUA. Muitas decidiram adotar regimes mais flexíveis diante do fenômeno da "grande debandada" (profissionais pedindo demissão) e do esgotamento profissional provocado pelo trabalho, condição oficializada na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No País, 61% dos trabalhadores brasileiros consideram mudar de emprego em caso de problemas de saúde mental e 74% acreditam que seriam mais produtivos em uma semana de quatro dias. Dados da plataforma de recrutamento Indeed, obtidos com exclusividade pelo Estadão, indicam ainda que 79% concordam em aumentar as horas diárias de trabalho para ter uma semana mais curta, e a maioria está disposta a apoiar a empresa na implementação do novo modelo (84%).

De acordo com a pesquisa, a redução da carga também melhoraria a saúde mental (85%) e o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (86%). É o que vem ocorrendo com Gabriele Lima Silva, analista de experiência do cliente da Gerencianet, desde que ganhou a sexta-feira livre. "Aproveito o momento para estar mais próxima da minha família, filho e cachorro, além de cuidar mais de mim."

O diretor de vendas da Indeed Brasil, Felipe Calbucci, afirma, porém, que a semana de quatro dias pode não fazer sentido para todo tipo de negócio, o que requer avaliar bem a mudança. Isso implica atenção especial à cultura organizacional, diz Evanil Paula, presidente da Gerencianet.

A empresa de meios de pagamentos adotou a sexta-feira livre no início de julho e manteve o controle do ponto para as oito horas de serviço diárias de segunda a quinta. Para implementar o modelo, a Gerencianet fechou acordo com os sindicatos para um novo contrato com os profissionais, atualizando a jornada por seis meses de teste. "Isso é importante, porque a empresa consegue reverter a decisão, caso necessário, sem traumas."

De forma semelhante, a startup Eva organizou uma assembleia e fechou acordos individuais com os funcionários para reduzir a carga horária a partir de julho. "Antes de definir o dia do descanso, é fundamental um estudo para avaliar os impactos e alinhar às expectativas de todos", diz o presidente da empresa, Marcelo Lopes.

Novo modelo vira estratégia para retenção de funcionários

A semana de quatro dias de trabalho tem se mostrado uma boa estratégia para retenção de talentos. Num cenário de mercado aquecido em que sobram vagas e faltam profissionais em vários setores, ao oferecer um dia a mais de descanso como benefício, as empresas conseguem disputar mão de obra com companhias estrangeiras que têm salários maiores.

Na empresa de produtos digitais NovaHaus, essa redução da rotatividade já teve impacto nos custos. O presidente da empresa, Leandro Pires, diz que houve perda na entrega, mas não na produtividade. Ou seja, as pessoas diminuíram a jornada de trabalho em 20%, mas deixaram de produzir somente 7%. "Todavia, essa porcentagem foi compensada com a queda da rotatividade e com um aumento de receita."

A redução da jornada foi definida por acordos individuais e, inicialmente, tem duração de oito meses contados a partir de março. Entre os benefícios aos funcionários, ainda consta um "vale-cultura", no valor de R$ 400, e duas assinaturas de streaming, os quais têm sido muito bem aproveitados pela gerente de contas Alyne Passarelli. "Faço

várias coisas na quarta off, desde passeios, que no final de semana são mais concorridos, a maratona de séries. A ideia é ter uma pausa no meio da rotina turbulenta, e não um final de semana prolongado."

Para medir o sucesso da estratégia, a NovaHaus adotou como indicadores de avaliação o comparativo de entregas, pesquisas internas para medir o nível de felicidade, valores dos projetos e a quantidade de faltas. "Os funcionários estão mais felizes, faltam menos e a receita aumentou."

Resultados semelhantes foram observados na Crawly, empresa de coleta de dados online e análises, que instaurou a semana mais curta em março. "Tivemos um aumento de demanda por causa do comercial e do marketing, e conseguimos entregar tudo sem atrasos", afirma a gerente financeira da empresa, Luisa Lana Stenner.

PROCESSOS INTERNOS. Tanto para Crawly quanto para a consultoria AAA Inovação, o sucesso da estratégia é atribuído a uma reorganização dos processos internos. "Acabamos com o e-mail, grupos de WhatsApp, e adotamos metodologias e ferramentas ágeis de gestão de projetos e comunicação interna, como Slack, Runrun.it e Discord", diz o presidente da AAA, Juan Pablo Boeira.

A empresa adotou a jornada mais curta em janeiro. Em cinco meses, foi verificado crescimento de 120% do faturamento. "Quando a gente percebeu que estava mais eficiente, criamos o ‘Reset Day’ (dia de redefinir) às sextas-feiras." Além de monitorar semanalmente aspectos como entregas (performance), custos fixos, eficiência e saúde mental, a AAA Inovação mantém contato com os clientes para saber o nível de satisfação.

"A decisão de adotar a semana de quatro dias diz muito mais sobre como evoluir a sua produtividade e eficiência do que reduzir um dia de trabalho", diz o presidente da plataforma Winnin, Gian Martinez. A empresa adotou a sexta-feira livre em agosto de 2021 e já vê melhora de bem-estar dos trabalhadores e redução da rotatividade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Áudios gravados durante reuniões na Caixa Econômica Federal mostram o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, ofendendo e ameaçando funcionários. As gravações foram divulgadas nesta quinta-feira, 30, pela coluna de Rodrigo Rangel, no site Metrópoles, um dia depois de o executivo pedir demissão do cargo após denúncias de assédio sexual de funcionárias, também reveladas pelo Metrópoles.

"Sabe qual é a vontade? Porra, eu acho que quem está torcendo para o Lula, vocês se foderem. Voltar a Caixa a ser estuprada por aqueles ladrões, e vocês se foderem", mostra um dos áudios. Segundo o colunista, a gravação é do fim do ano passado e o ex-presidente falava para executivos da Caixa por conta de uma decisão que havia sido tomada pelo conselho do banco sem que ele tivesse sido informado.

##RECOMENDA##

Durante a mesma reunião, conforme noticiou o site, outro áudio revela Guimarães pedindo que funcionários sejam perseguidos e destituídos de seus cargos e chamando o seu assessor Álvaro Pires de "pau mole".

"Quem for o responsável, vai deixar de ser, ou vice-presidente, ou diretor, ou superintendente nacional, ou gerente nacional. Então, Celso, é para você essa, porque o Vecro é pau mole. Eu quero isso no detalhe. Quero os CPFs de todo mundo", diz Guimarães.

Nesse trecho em que pede os CPFs, Guimarães se direciona a Celso Leonardo Derziê Barbosa, vice-presidente da Caixa, a fim de que todos os funcionários presentes na reunião sejam punidos com a perda dos cargos que ocupavam, caso o teor da conferência vazasse, informa a coluna.

Em outro áudio publicado no site, Guimarães dispara: "Não é aceitável. E caguei para a opinião de vocês, porque eu que mando. Não estou perguntando. Isso aqui não é uma democracia, é a minha decisão". A fala teria sido proferida após decisões serem tomadas no banco sem passar pela sua anuência.

Noutra gravação, o ex-presidente da Caixa ameaça os subordinados de perderem os cargos. "Vocês são malucos, porque vocês só têm a perder. Cara, são malucos. Não tenho que ligar para ninguém. Se eu não dei o ok, não dei o ok e acabou. É 'não'. Por que vocês vão tomar o risco de perder a função, cara, por uma coisa que eu não autorizei?", mostra o áudio.

Na última gravação revela pelo portal, Guimarães volta a falar palavrões na conversa. "A Rosana tem que dar pessoalmente a aprovação. Foda-se. 'Ah, mas o vice-presidente'. Manda todo mundo tomar no c...".

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando