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A maioria dos funcionários de uma loja da Apple nos Estados Unidos votou a favor da criação de um sindicato, uma novidade para o gigante da tecnologia, em meio a campanhas similares de iniciativas sindicais na Starbucks e na Amazon.

Dos 110 funcionários da loja da marca em Towson, no estado de Maryland, 65 se manifestaram a favor, e 33, contra, segundo contagem transmitida ao vivo no sábado (18) pela agência federal encarregada de fiscalizar a apuração.

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Um grupo de funcionários chamado AppleCORE (acrônimo em inglês para Coalizão de Funcionários de Varejo da Apple) liderou a campanha pela sindicalização e para exigir representação nas decisões sobre salários, horas de trabalho e medidas de segurança.

"Conseguimos, Towson! Ganhamos nossa votação sindical, agradecemos a todos que trabalharam tão duro e aos que nos apoiaram! Hoje comemoramos... Amanhã continuamos nos organizando", disse o AppleCORE em sua conta no Twitter.

O resultado de sábado significa que os funcionários desta loja, convocados a votar desde quarta-feira (15), deverão formar um braço do sindicato Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM, na sigla em inglês), logo que a agência certificar os resultados.

A vitória de ontem se segue a várias vitórias simbólicas nos últimos meses, a começar pelo apoio do presidente Joe Biden.

Não foi a primeira vez que funcionários de uma loja da Apple tentaram se sindicalizar, mas foi a primeira tentativa que resultou em votação.

A diretora de distribuição e recursos humanos da Apple, Deirdre O'Brien, esteve presente na loja em maio para falar com os funcionários.

“É seu direito se filiar a um sindicato, mas também é seu direito não se filiar”, de acordo com um trecho de áudio divulgado pelo site Vice.

O'Brien assegurou que a presença de um intermediário complicaria as relações entre a Apple e seus funcionários.

"Estou preocupada com o que pode significar outra organização no meio da nossa relação, uma organização que não tem uma compreensão profunda da Apple, ou do nosso negócio", disse ela à época.

Procurado pela AFP, o grupo californiano se recusou a comentar os resultados.

Coragem

Essa votação ocorre depois que outras tentativas foram bem-sucedidas em conseguir a sindicalização dentro de grandes empresas nos Estados Unidos.

Após a criação em dezembro passado de dois sindicatos nas lojas da Starbucks na cidade de Buffalo, funcionários de mais de 160 lojas da rede solicitaram votações similares.

Na Amazon, os funcionários de um armazém de Nova York surpreenderam no início de abril ao votar, com uma esmagadora maioria, a favor da criação de um sindicato - o primeiro do grupo nos Estados Unidos.

A empresa exigiu, porém, o cancelamento desse resultado e a organização de uma segunda votação.

O sindicato IAM criticou os esforços da gigante do Vale do Silício para dissuadir os funcionários de votarem para se sindicalizar.

O presidente do IAM Internacional, Robert Martinez Jr., comemorou a "coragem" dos trabalhadores.

"Esta vitória mostra a crescente demanda por sindicatos nas lojas da Apple e em diferentes indústrias em todo país", acrescentou.

Elon Musk falará com funcionários do Twitter pela primeira vez desde que começou, em abril, a demonstrar interesse pela empresa. Uma reunião geral está marcada para esta quinta-feira, 15.

De acordo com um porta-voz, o anúncio foi feito aos funcionários via e-mail enviado pelo CEO do Twitter, Parag Agrawal, que também informou que perguntas podem ser enviadas a Musk antecipadamente. Ainda segundo o porta-voz, a chefe de marketing da empresa, Leslie Berland, vai mediar o evento.

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No fim de abril, o Twitter aceitou a oferta de US$ 44 bilhões de Musk para adquirir a empresa e torná-la privada. Mais tarde, Musk disse que o acordo estava suspenso devido a preocupações quanto à precisão das estimativas da empresa sobre contas de spam em sua plataforma de mídia social. No início deste mês, o bilionário ameaçou cancelar a transação, acusando a empresa de não atender sua solicitação de dados sobre contas de spam.

Mesmo com a reunião marcada para quinta, não é possível ainda determinar se os planos de Musk de falar com funcionários do Twitter significam que os dois lados chegaram a um acordo.

As ações do Twitter - que estão sendo negociadas abaixo do preço de oferta de Musk, em meio a dúvidas dos investidores acerca da concretização do acordo - subiram quase 3% nas bolsas de Nova York ontem, após o anúncio da reunião geral. O preço do papel encerrou o pregão passado em cerca de US$ 37, bem abaixo do preço da oferta feita por Musk, de US$ 54,20.

A incerteza sobre o resultado do acordo deixou os funcionários preocupados com seus empregos e alguns começaram a planejar a demissão, ao passo que outros disseram que a venda da empresa para Musk poderia ajudar no recrutamento. O cenário também levantou questões sobre como operar uma plataforma com cerca de 229 milhões de usuários diários, enquanto seu possível futuro proprietário a usa para atacar publicamente a empresa.

Musk disse que faria mudanças significativas no Twitter ao comprá-lo, incluindo oferecer tweets mais longos, criar um botão de edição e tornar o algoritmo da plataforma público. Ele também falou sobre depender menos de publicidade e suavizar a postura do Twitter sobre moderação de conteúdo. Em maio, Musk disse que reverteria o banimento do ex-presidente Donald Trump da plataforma, ação que chamou de "decisão moralmente ruim".

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Funcionários da Liq Recife, a antiga Contax, realizaram um protesto nesta quarta-feira (18) na região central do Recife. Cerca de 100 operadores se reuniram em grupo entre a rua Vinte e Quatro de Agosto e a avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro. As reivindicações não são mais uma novidade e perduram desde o período em que a empresa ainda funcionava sob a antiga razão social. Os colaboradores denunciam atrasos de salários, problemas com o pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e péssimas condições de trabalho.

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- - > Operadores da Liq protestam contra salários atrasados 

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Desde o início da pandemia, a estrutura de trabalho para os funcionários da Liq se tornou mais precária. Operadores precisaram protestar até mesmo pela distribuição de álcool em gel, durante o pico da Covid-19. Atualmente, os empregados enfrentam também problemas de infraestrutura, denunciam trabalhar sob calor intenso e durante longas jornadas.

“Eu vou fazer um ano mês que vem. Meu FGTS é descontado todo mês, mas não é repassado o valor. As condições trabalhistas estão horríveis. A água fede, o ar-condicionado não está mais funcionando, porque eles desligaram. A gente trabalha no calor. Tem gente que foi demitida e não está recebendo e eles não se posicionam. Todo dia é assim. A gente quer reivindicar e não pode, é sob ameaça de troca de horário e suspensão. Eles começam a monitorar para arrumar pretexto para nos prejudicar. A gente não pode reivindicar, tem que ser o que eles querem”, declara Roberta de Rocha, de 26 anos, que trabalha para a Liq há 11 meses.

A funcionária continua: “Teve um aumento de salário. Tenho amigo que ainda não recebeu. Gente da segurança, da limpeza. Eles estão querendo parcelar o aumento de salário. Não estão depositando o transporte também. Se a gente faltar no dia que não tem passagem, eles ameaçam”. 

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (Sintel) compareceram ao local, apesar das críticas dos funcionários, que dizem se sentir desamparados pela organização. O Sintel diz estar ciente do problema e afirma ter formalizado denúncia às entidades trabalhistas. 

“A gente está em negociação com a empresa. Denunciamos ao Ministério Público do Trabalho. Eles ainda vêm fazer a fiscalização e isso leva um tempo. Há três meses, eles reportam para a gente. O ar-condicionado realmente está sem funcionar, o prédio é vedado e estamos negociando essa situação com a empresa e com o Ministério, mas a empresa vem protelando”, afirma Francisco Pereira, coordenador do Sintel.

De acordo com Francisco, a empresa prometeu que deve resolver a situação do ar-condicionado até o dia 25 de maio. Supostamente, a Liq espera uma peça necessária para o serviço chegar de um fornecedor chinês.

LeiaJá entrou em contato com a assessoria da Liq para apurar a situação, mas não houve retorno até o momento de publicação desta matéria. O espaço segue aberto.

Precursora das plataformas de streaming e detentora de milhões de assinaturas ao redor do mundo, a Netflix não tem passado por um bom momento comercial. Com bastante críticas a respeito da qualidade de suas novas produções e usuários insatisfeitos com o aumento do custo mensal para acompanhar o site, a empresa perdeu cerca de 200 mil assinantes entre janeiro e março de 2022, e segundo o jornal americano Deadline, demitiu cerca de 150 funcionários neste mês de maio.

Em nota ao site, um porta-voz da Netflix explicou que as demissões foram uma alternativa encontrada para enfrentar a diminuição da receita. "Como explicamos no relatório, a desaceleração da receita significa que temos que reduzir os gastos de crescimento como uma companhia. (...) Essas mudanças são direcionadas primeiramente por necessidades comerciais e não desempenho individual, o que torna isso especialmente duro já que nenhum de nós gostaria de dizer adeus a tantos bons colegas. Estamos trabalhando firme para apoiá-los nessa transição difícil", disse.

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Os profissionais dispensados faziam parte do projeto “Tudum”, iniciativa que começou como um festival internacional e em seguida foi materializado com um site de notícias e editoriais de conteúdo para a plataforma. Segundo as informações, a maioria dos demitidos faz parte do setor de criação de conteúdos tanto para cinema quanto para televisão, além de profissionais em cargos executivos de séries originais, a nível de direção.

O movimento 'Pix Coral' segue pagando os salários dos funcionários do Santa Cruz e nesta segunda-feira (16) quitou o mês de janeiro dos funcionários da base. O administrativo já estava pago. Durante uma live para detalhar como foram feitos pagamento ele falou sobre uma situação de um PJ no valor R$ 15 mil. 

O nome da pessoa que segundo Wagner é uma indicação da gestão anterior não foi revelado, mas alguns torcedores levantaram a hipótese de ser o CEO Abdias Venceslau. O próximo passo agora é a quitação do mês de fevereiro do administrativo e das categorias de base.

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Segundo Wagner, na quarta-feira (18) deve começar os pagamentos dos vencimentos de fevereiro tanto do administrativo como da categoria de base. 

Após doar R$ 10 mil para a campanha em prol dos funcionários do Santa Cruz, o presidente do Retrô, Laércio Guerra, disse ao LeiaJá que entrou em contato com Antônio Luiz Neto, presidente do Tricolor, e fez um pedido de desculpas. Lançada por um torcedor para amenizar a crise econômica do clube, a campanha Pix Coral já arrecadou mais de R$ 100 mil.  

Laércio revelou que foi surpreendido pela proporção que sua contribuição tomou. Apesar da repercussão, ele garantiu que não teve a intenção de atrair publicidade, e sim, de ajudar os funcionários do clube que estão com cerca de seis meses de salário atrasado.

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"Foi mais uma medida para ajudar. Eu nem queria aparecer, como não tinha como, porque ele próprio faz a divulgação dos Pix até para que as pessoas vejam o que é que tá entrando e ele distribua, teve essa comoção toda", explicou, ao pontuar que se comoveu com a realidade financeira que o rival atravessa.

Áudio para o Presidente do Santa Cruz

Para evitar qualquer desentendimento com a direção do Santa Cruz, o dirigente da Fênix de Camaragibe revela ter mandado um áudio ao presidente Antônio Luiz Neto (ALN) após a doação.

“Eu mandei até um áudio para ele me desculpando de não ter falado com ele antes de fazer a doação, por que as pessoas podem interpretar isso de uma forma que não era o objetivo. Achando que isso pode ter um cunho mais marqueteiro ou para querer 'chacotar' um pouco com o Santa Cruz, mas de forma alguma essa foi a intenção”, esclareceu.

Os servidores do metrô do Recife decretaram estado de greve, na noite dessa quarta-feira (12), para se posicionar contra a concessão do ramal à iniciativa privada. A decisão ainda não altera o funcionamento do metrô, mas representa o primeiro passo para a paralisação.

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Em assembleia extraordinária, com a participação de cerca de 500 profissionais, na Estação Central do Recife, a categoria defendeu melhorias no sistema e a tarifa social de R$ 2,00. As mobilizações dos metroviários serão mantidas até a próxima quinta-feira (19), quando uma nova assembleia vai discutir o futuro do movimento.

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Em meio ao crescimento das startups brasileiras, o hipermercado digital Facily parecia ser uma das maiores histórias de sucesso no cenário recente de inovação. Em dezembro de 2021, pouco mais de três anos desde a sua fundação, a companhia atingiu o status de "unicórnio" (startup avaliada acima de US$ 1 bilhão). Por trás do título, porém, havia uma empresa com problemas, que foram expostos apenas quatro meses mais tarde, quando mais de mil pessoas foram demitidas, entre funcionários diretos e terceirizados.

A Facily atua como um hipermercado digital, vendendo alimentos e produtos de limpeza por meio de um app. Para diminuir custos, a startup entrega as mercadorias em pontos de retirada, locais estratégicos onde o próprio cliente busca as compras. A cadeia simplificada atraiu investimento.

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Em novembro e dezembro de 2021, a companhia levantou US$ 385 milhões - a captação fez a Facily fechar o ano atrás apenas de nomes como Nubank e QuintoAndar. Com o caixa cheio, a startup iniciou um plano de contratação.

Na época dos aportes, Diego Dzodan, CEO da companhia, dava pistas sobre o crescimento da companhia. "Com os novos investimentos recebidos, a empresa irá focar na eficiência logística para acelerar as entregas dos pedidos realizados na plataforma, além de trabalhar na expansão nacional da empresa", escreveu, em nota.

Porém, quatro meses depois, entre 18 e 19 de abril, vieram os cortes. A companhia tinha o objetivo de enxugar cerca de 60% da folha de pagamento. Entre 300 e 400 funcionários diretos foram dispensados, segundo informações extraoficiais. Embora a Facily não abrisse publicamente o tamanho do seu quadro de funcionários, a companhia tinha entre 800 e 900 pessoas.

Entre os terceirizados, os cortes começaram em março. Contratada pela Facily, a i9 Xperience Center prestava serviços de atendimento e suporte logístico e tinha cerca de mil pessoas trabalhando diretamente com a startup.

Na i9, cerca de 900 pessoas ficaram sem trabalho por conta do corte de gastos - 700 delas estão em um grupo de emails para pessoas com contrato pessoa jurídica que circulava informações sobre a relação da i9 com a Facily. Os funcionários da terceirizada estimam ainda que cerca de 200 pessoas em regime CLT também se dedicavam ao trabalho.

Por e-mail, Dzodan afirmou à reportagem que os cortes foram realizados por uma "repriorização" de projetos. "Até o final do ano passado, o cenário brasileiro era diferente e promissor, mas assim que entramos em 2022 já vimos que o cenário, a contenção e os avanços seriam diferentes e mais cautelosos por todos. Inclusive por conta das altas taxas de juros, a instabilidade política e social que abalou mercados e investidores de todo o mundo", escreveu ele.

Ele não confirmou quantos funcionários foram cortados nem o tamanho da redução na folha de pagamentos. Segundo ele, todas as áreas foram "reorganizadas de acordo com a repriorização dos projetos".

Porém, para ex-funcionários, que falaram ao Estadão na condição de anonimato (a reportagem conversou com 11 ex-empregados), havia sinais de que a companhia não tinha se planejado para o novo momento. Entre eles, estavam sobrecargas nos sistemas de pagamento, desencontros de informações e problemas nas cadeias logísticas - isso sem contar as reclamações de clientes.

Os ex-funcionários dizem que as demissões se distribuíram em vários níveis e setores. Porém, o que chamou mais a atenção foi a dispensa de cerca de 150 funcionários do time de tecnologia, na contramão do mercado atual de startups.

Dzodan refutou a ideia de mau planejamento: "Contratamos conforme o planejamento organizacional. Os cenários nacionais e globais vão mudando e, automaticamente, projetos vão sendo repriorizados".

PROBLEMAS. Fundada em 2018, a Facily é também um social commerce, modelo no qual usuários com interesses em comum juntam-se em grupos para ganhar descontos. Por fim, ainda buscando reduzir preços, a companhia funciona como um marketplace, onde varejistas e produtores podem vender diretamente ao consumidor, pulando intermediários e fornecedores da cadeia de suprimentos.

A cadeia simplificada atraiu investidores, mas o crescimento da startup foi acompanhado de problemas. "Nesse processo, a infraestrutura ficou para trás", disse um dos ex-funcionários que falou ao Estadão. Erros de sistema, por exemplo, se tornaram comuns e obrigaram a Facily a cancelar milhares de pedidos nos últimos meses.

Com frequência, conta outro ex-funcionário, era possível ver informações incorretas sobre pedidos na plataforma. Em alguns casos, os pedidos apareciam como "enviados" nos sistemas de lojistas e "cancelados" no sistema da startup - a inconsistência de informações fazia com que os pedidos não saíssem do lugar.

Sobre os pedidos cancelados e problemas na cadeia de distribuição, Dzodan afirma que a Facily está passando por uma reestruturação para continuar crescendo. Sobre as reclamações de entregas, ele afirma: "Temos investido fortemente para melhorar nossos processos e garantir que todos os nossos clientes sejam atendidos. Implementamos processos de controle, novas ferramentas de atendimento ao consumidor e estrutura logística para garantir agilidade nas entregas".

PROCON. Com 211 mil reclamações, a empresa foi a líder no ranking do Procon-SP em 2021. Em dezembro do ano passado, a Facily afirmou que a marca foi resultado de seu rápido crescimento.

Os problemas começaram em maio de 2021, quando as reclamações sobre produtos não entregues ou pagamentos não feitos começaram a chegar em massa ao órgão de defesa do consumidor. Naquele mês, a Facily foi alvo de 2.068 mil queixas, ante 223 no mês anterior. A partir daí, o número disparou. O ápice foi em outubro, com 59 mil queixas.

Em novembro, a Facily firmou um acordo com o órgão para, em 30 dias, diminuir em até 80% as queixas registradas. Ao Estadão, Guilherme Farid, diretor executivo do Procon-SP, afirmou que o acordo assinado não foi cumprido na íntegra e que o órgão vai encaminhar o caso. A Facily poderá receber uma multa de até R$ 12 milhões. Em 2022, já são 34,3 mil queixas.

GARGALO. As falhas nos sistemas também geraram desgaste com os lojistas da plataforma. A cada venda, a Facily fica com 10% do valor ou com uma taxa mínima, que varia de produto para produto. Os repasses são feitos por meio de um sistema da própria startup.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, alguns estabelecimentos decidiram encerrar a parceria com a Facily por falta de pagamentos.

O site da Facily informa que os pagamentos são feitos sempre dez dias após o fechamento do mês de vendas, mas ex-funcionários contam que há gargalos no sistema de repasses, que só teria três profissionais para realizar as análises.

Sobre os supostos débitos e a operação do sistema de pagamentos, Dzodan disse desconhecer as informações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Caoa Chery anunciou nesta quinta-feira, 5, que sua fábrica de Jacareí (SP) ficará fechada até 2025, período em que vai ser remodelada para produzir veículos elétricos e híbridos. Boa parte dos 627 funcionários da unidade serão demitidos e receberão indenização extra, segundo informou a empresa.

As indenizações serão negociadas com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. A entidade afirma que a empresa falou em 485 demissões, número que inclui todo o pessoal da produção e cerca de metade da administração. A fábrica produzia o SUV Tiggo 3x, que sairá de linha, e o sedã Arrizo 6, que passará a ser importado.

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Como os funcionários da produção estão em licença remunerada desde 21 de março, nenhum carro foi produzido desde então. O presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, chamou os trabalhadores para um assembleia nesta sexta-feira, 6, às 10h, para discutir medidas para evitar a suspensão das atividades da fábrica.

O grupo pretende ampliar a produção da unidade de Anápolis (GO), onde são produzidos os SUVs Tiggo 5x, Tiggo 7x e Tiggo 8. A empresa afirma que vai eletrificar todos os modelos de suas das marcas a partir de 2023.

"A empresa está atenta às demandas globais em relação à mobilidade sustentável e assume o compromisso com o Brasil e seus consumidores de eletrificar todos os modelos de seu portfólio", afirma em nota.

O grupo fundado pelo empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, falecido em agosto do ano passado, aos 77 anos, informa que a adaptação da unidade de Jacareí terá como parâmetro os processos produtivos flexíveis já adotados na fábrica de Anápolis (GO), que já tem capacidade para produzir veículos híbridos.

Diz também que a suspensão dos processos industriais em Jacareí será compensada pela ampliação da produção em Anápolis, que está sendo preparada para lançamentos no segundo semestre. Com isso, mantém sua meta de comercializar 60 mil unidades no mercado nacional neste ano.

Plano de investimento

O investimento para os novos projetos está incluído no plano de R$ 1,5 bilhão para o período de 2021 a 2025. O grupo informa que será pioneiro no desenvolvimento e produção de veículos "verdes" no País.

O movimento da companhia ocorre em um momento em que a chinesa Great Wall passa a operar no Brasil com projetos de fabricação de carros eletrificados na fábrica adquirida da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). A BYD, outra chinesa que já produz ônibus elétricos em Campinas (SP), está ampliando sua oferta de automóveis movidos a eletricidade por enquanto importados.

A fábrica de Jacareí foi construída pela chinesa Chery, que depois teve metade das ações adquiridas pela Caoa, e divide a produção de modelos dessa marca e da coreana Hyundai com a fábrica goiana.

A empresa afirma que a ação "faz parte da transição tecnológica da Caoa Chery que visa aumentar sua competitividade no âmbito nacional e internacional , seguindo um dos maiores movimentos tecnológicos da indústria automotiva mundial com forte foco no mercado brasileiro".

Capacidade produtiva

Gonçalves afirma que a entidade desconfia da declaração da empresa de que retomará atividades em 2025 e afirma que a entidade "não vai aceitar o fechamento da fábrica". Ele lembra que o terreno onde a Chery está instalada foi doado pela Prefeitura, que será procurada para discutir a decisão da empresa.

O sindicalista também lembra que, no ano passado, a empresa contratou 280 funcionários com planos de produzir 40 mil veículos neste ano, ante 14 mil em 2021. A planta tem capacidade para 50 mil unidades ao ano, mas, desde sua instalação na cidade, em 2014, nunca atingiu esse volume. "O maior volume foi o do ano passado."

A empresa Marimex, localizada em São Paulo, abre processo seletivo para preencher vagas, em diversas funções, deixadas por funcionários que ganharam mais de R$ 122 milhões em um bolão da Mega-Sena no dia 2 de abril. Após o sorteio, os 44 colaboradores da empresa de logística não deram expediente.

De acordo com o G1, entre os contemplados com o prêmio máximo estão faxineiros, técnicos de diversos setores e executivos. O processo seletivo foi divulgado nas redes sociais da instituição. De acordo com a Marinex, os interessados em participar da seletiva devem lançar candidaturas através do endereço eletrônico da corporação.

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Os anúncios com as oportunidades foram compartilhados pela página da empresa e muitos internautas não pouparam o perfil de brincadeiras sobre a saída dos funcionários vencedores do sorteio. "Tem que mudar o nome para Marimex Good Luck. Se não morasse no RJ iria me candidatar a uma das 44 vagas. Quem sabe eu estaria milionária também?", escreveu um internauta.

O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) determinou, no dia 18 de março, o afastamento imediato de funcionários da Associação Pedagógica Waldorf do Recife, que se recusam a tomar a vacina contra Covid-19. A decisão partiu de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPT-PE).

O processo foi movido diante da recusa da instituição de ensino em adotar medidas de prevenção no enfrentamento da pandemia. A decisão foi assinada pela Juíza Cassia Barata de Moraes Santos, da 5ª Vara do Trabalho do Recife, e define que funcionários da escola, cujo esquema vacinal não foi iniciado, sejam afastados das atividades presenciais. No entanto, podem desempenhar o trabalho de maneira remota até a vacinação.

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Além disso, a Waldorf Recife será obrigada a exigir o comprovante vacinal a funcionários, assim como, a prestadores de serviço para acessar o ambiente de trabalho. A determinação não é válida para colaboradores que possuem declaração médica que contraindica a imunização.

A decisão do Tribunal Regional do Trabalho deve ser cumprida em um prazo de 30 dias e a não aplicação está passível de multa diária no valor de R$ 5 mil. A escola teria um prazo de 15 dias para contestar a decisão. 

O que diz a escola

O LeiaJá entrou em contato, por telefone, com a Escola Waldorf Recife. Através de nota enviada à reportagem, a instituição de ensino afirma que "sempre cumpriu com zelo todas as determinações e protocolos vigentes", assim como, as orientações da Ministério da Saúde, das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde. 

Ainda segundo o comunicado, a decisão do MPT partiu de "premissas equivocadas". Ao finalizar a nota,  a Associação Pedagógica Waldorf salienta que "irá comprovar que o inteiro teor da liminar expedida pela Justiça do Trabalho já vinha sendo cumprido e irá realizar os ajustes internos para seguir as novas orientações e protocolos". 

Nos idos de 2015, ao se licenciar da presidência do conselho de administração da Petrobras, posto que acabaria deixando em definitivo dois meses depois, o executivo Murilo Ferreira fez um diagnóstico sinistro da estatal a um amigo. "A Petrobras não é do acionista majoritário nem do acionista minoritário - ela é da corporação", disse Ferreira, que também era presidente da Vale, de acordo com o site Brazil Journal. "Se eu fosse morador de Nilópolis, São Gonçalo ou da Baixada (regiões pobres do Rio, onde se situa a sede da empresa), ficaria revoltado com os privilégios que os funcionários da Petrobras conseguiram garantir para si mesmos."

Desolado com a sua impotência para mudar a situação, ele fechou o desabafo traçando um paralelo entre a Vale, privatizada em 1997, e a Petrobras, símbolo maior do gigantismo do Estado no País: "Na Vale, consegui tirar os carros dos diretores. Na Petrobras, não é possível diminuir qualquer coisa que a corporação não queira."

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Passados quase sete anos do diagnóstico feito por Ferreira, o quadro continua praticamente o mesmo. Desde que ele deixou a companhia, ninguém conseguiu mexer para valer nas benesses do pessoal. Quem tentou, segundo ex-gestores da empresa, tornou-se alvo de ameaças e de campanhas difamatórias promovidas pela tropa de choque da turma.

'Longe Demais'

Os privilégios, é certo, vêm se acumulando desde a criação da Petrobras, em 1953, no governo Vargas. Mas, conforme relatos feitos ao Estadão, foi durante os governos Lula e Dilma, quando sindicalistas assumiram o comando da área de recursos humanos, que a situação degringolou de vez. "Sempre houve privilégios na Petrobras, mas as concessões feitas naquele período agravaram muito o problema", afirma um ex-executivo da estatal.

Os salários, que já eram inflados, também engordaram ainda mais. Entre 2003 e 2015, de acordo com dados dos sindicatos dos petroleiros, os funcionários da Petrobras tiveram um ganho real (já descontada a inflação) de 34%. Mesmo com a perda de 5,6% ocorrida nos governos Temer e Bolsonaro, ainda acumulam um aumento real de 26,4% (veja o gráfico). "Acho razoável que haja uma certa liberalidade numa grande empresa", diz Almir Pazzianotto, ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e ex-ministro do Trabalho. "Agora, na Petrobras, eles foram longe demais."

Pelos cálculos de um ex-gestor de RH da companhia, o custo das "jabuticabas" - como costuma chamar os privilégios que só os funcionários da estatal têm - alcança cerca de R$ 7 bilhões por ano, o equivalente a um terço do gasto total de pessoal, de R$ 21,7 bilhões em 2020, incluindo os encargos sociais e tributários.

'Coisa de Louco'

As "jabuticabas" fazem tanta diferença no bolso dos petroleiros que, para mantê-las no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020-2022, ainda em vigor, os sindicatos aceitaram o "congelamento" dos salários por um ano, proposto pela empresa.

Os funcionários da Petrobras recebem, por exemplo, 100% a mais pelas horas extras, em vez do adicional de 50%, previsto na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Enquanto os demais trabalhadores ganham um adicional de 33,33% nas férias, eles embolsam 100% a mais. Recebem também um reembolso de até 90% dos gastos com matrículas e mensalidades escolares de filhos de até 18 anos e uma "ajuda de custo" para assistência alimentar de R$ 1.254 por mês, mais R$ 192 de vale-refeição.

Nas plataformas da empresa, a jornada funciona no esquema de 14 dias de trabalho por 21 dias de folga, em vez dos 14 dias de trabalho por 14 de folga praticados pela indústria de petróleo mundo afora, segundo um ex-dirigente da empresa.

O sistema é tão light, em sua avaliação, que há funcionários de plataformas que moram nos Estados Unidos, em Portugal e em outros países. Chegam ao aeroporto do Galeão, no Rio, vão direto para o heliporto usado pela Petrobras em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade, passam duas semanas em alto mar e depois fazem o caminho inverso. Só voltam a trabalhar três semanas depois. Como não moram no Rio, ainda têm um benefício adicional: o tempo gasto na viagem de ida e volta de helicóptero conta como se estivessem trabalhando.

"É uma chuva de privilégios sem precedentes no setor privado", diz Paulo Uebel, ex-secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. "O acordo coletivo da Petrobras é uma coisa de louco, diferente de tudo o que eu conheço", afirma Pazzianotto.

Mesmo se perdessem os "penduricalhos", os petroleiros não poderiam reclamar da vida. Pesquisas encomendadas pela Petrobras apontam que seus funcionários ganham de duas a três vezes mais do que a média paga no mercado. Como apurou o Estadão, um "inspetor de segurança", responsável pela proteção das portarias, recebe de R$ 7 mil a R$ 8 mil por mês, enquanto no mercado a média para o cargo gira em torno de R$ 2,5 mil. Um técnico de operação, que trabalha em refinarias, recebe em média R$ 20 mil mensais, enquanto o ganho no setor privado não passa de R$ 7 mil.

Retificação

Nas posições de nível superior, como engenheiro, geólogo e psicólogo, a remuneração média é de R$ 25 mil por mês, podendo chegar a R$ 40 mil, conforme o tempo de serviço do funcionário, enquanto no setor privado a média fica ao redor de R$ 12 mil.

Um levantamento divulgado recentemente pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), vinculada ao Ministério da Economia, mostrou que, na média, a remuneração dos funcionários da Petrobras atingiu R$ 25.164 por mês em 2020. A maior remuneração mensal foi de R$ 145,2 mil e a menor, de R$ 1,5 mil. Pelo estudo, que incluiu as 46 estatais controladas pela União, o ganho médio na Petrobras só foi menor que o do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), onde chegou a R$ 31 mil mensais.

Apesar de os dados divulgados pela Sest terem sido fornecidos pela própria Petrobras, a empresa agora informa que a remuneração média em 2020 ficou em R$ 18,6 mil por mês, enquanto a maior foi de R$ 97,7 mil, e a menor, de R$ 3,3 mil. Mesmo que a retificação seja procedente, não altera muito o quadro. Em vez de ocupar o segundo lugar na lista das maiores remunerações das estatais, a Petrobras passaria para a terceira posição, atrás também da Embrapa, onde o ganho médio foi de R$ 20,2 mil por mês em 2020.

Monopólio

Na visão de Paulo Uebel, a situação chegou a esse ponto porque a Petrobras detém o monopólio no setor de fato, embora não de direito, já que a "reserva de mercado" que a favorecia caiu oficialmente em 1997. Isso, segundo ele, dá um poder enorme para os sindicatos e favorece a realização de greves com enorme impacto na vida dos cidadãos e das empresas. Uebel é favorável à privatização da Petrobras, combatida de forma feroz pelos sindicatos, mas pondera que, enquanto ela não vier, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deveria limitar sua participação de mercado, nas diferentes áreas em que atua, a no máximo 60%. "É preciso quebrar o monopólio não só de direito, mas de fato", afirma. "Só assim será possível reduzir a força da corporação."

De acordo com Uebel, o quadro atual se deve também às decisões da Justiça do Trabalho, que garantem estabilidade no emprego aos funcionários de estatais, apesar de eles serem contratados pela CLT e poderem negociar aumentos salariais e benefícios por meio de acordo coletivo. "No poder público, isso não existe: ou você tem estabilidade e só pode criar benefícios e definir reajustes salariais por meio de lei ou não tem estabilidade e aí pode negociar tudo por meio de acordo coletivo."

Uma saída, para Uebel, seria realizar uma reforma administrativa que incluísse o corte dos privilégios existentes nas estatais, sujeitando seus funcionários às mesmas regras e aos mesmos princípios da administração pública direta.

Pazzianotto sugere que a Petrobras contrate "gente de fora" para conduzir as negociações trabalhistas com os sindicatos. "É uma forma de evitar possível conflito de interesses por parte de advogados da empresa, que se beneficiam do acordo coletivo ou de uma decisão favorável aos trabalhadores na Justiça."

Preço dos Combustíveis

Os sindicatos rejeitam, obviamente, a percepção de que os benefícios recebidos pelos funcionários sejam "privilégios". "A CLT é um piso", diz o presidente do Sindipetro de São José dos Campos (SP), Rafael Prado, secretário de comunicação da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros. "Isso não quer dizer que não seja possível negociar um acordo coletivo melhor."

Para Prado, os altos lucros da Petrobras justificariam os benefícios e salários recebidos pelos funcionários. "Isso precisa ser encarado dentro da realidade do setor de petróleo e gás. Como ele tem uma rentabilidade muito superior à média da economia, paga salários melhores", afirma. "Isso significa que parte da riqueza toda gerada no setor fica com os trabalhadores."

A questão é que, independentemente dos fartos benefícios e salários recebidos por seus funcionários, a Petrobras já lhes concede participação nos lucros. Oferece também um programa de bonificação baseado no desempenho individual e coletivo, que é outra forma de reconhecer o papel dos trabalhadores no negócio. "A fatia que fica com os trabalhadores é ínfima perto do lucro que eles produzem."

Com os preços dos combustíveis na estratosfera, a tentação de atribuir o problema aos privilégios e à remuneração generosa dos petroleiros é grande. Mas não dá para dizer, segundo ex-gestores da Petrobras, que o impacto nos preços seja significativo. O que se pode afirmar é que isso afeta a eficiência e a produtividade, assim como a capacidade de investimento e de pagamento de dividendos aos acionistas, inclusive a própria União. "Embora o custo de extração seja muito baixo, há uma estrutura pesada, que é muito cara. O custo de refino também é muito alto por causa disso", diz um ex-executivo da empresa. Não é pouca coisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um tripulante de um helicóptero com funcionários da Petrobras morreu após um pouso de emergência na baía de Camamu, na Bahia, na manhã desta quarta-feira (16). A vítima foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

A Petrobras não detalhou se o tripulante era funcionário da estatal ou prestava serviço. Outras 12 pessoas foram socorridas com ferimentos leves e receberam atendimento em Salvador.

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Segundo informações preliminares, o helicóptero fez um pouso forçado após chegar para aterrissar na Plataforma de Manati. A Petrobras disse lamentar o incidente e informou que uma comissão vai apurar as causas do ocorrido.

Funcionários da usina nuclear de Chernobyl relataram uma situação desesperadora. Pouco mais de 200 técnicos e membros da equipe de apoio estão trabalhando na mira de fuzis de soldados russos, sob constante pressão psicológica e sem descanso. As informações são do Wall Street Journal, que ouviu os trabalhadores presos, analisou vídeos, mensagens enviadas para parentes e conversou com amigos, gerentes e autoridades locais.

Isolados na usina desde o dia 23, eles estão proibidos de sair. Nos últimos dias, a comida foi reduzida para mingau e enlatados, preparados por um cozinheiro de 70 anos que, de acordo com relatos, chegou a desmaiar de exaustão.

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Chernobyl foi desativada em 2000, mas ainda precisa de funcionários para manter a água circulando sobre milhares de barras de combustível fechadas em aço e concreto armado. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que não há motivo para alarme. As hastes são armazenadas em água suficiente para evitar o superaquecimento. A maior preocupação, segundo a AIEA, é com a saúde dos funcionários da usina.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio à guerra na Ucrânia, a situação das centrais nucleares tomadas pelos russos continua a preocupar não apenas o país, mas toda a Europa.

Nesta quarta-feira (9), o ministro da Energia, Herman Halushchenko, usou sua página nas redes sociais para acusar a Rússia de torturar os funcionários da central nuclear de Zaporizhzhia, localizada em Enerhodar, e que foi tomada pelas forças militares russas na última sexta-feira (4).

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A planta é a maior usina nuclear da Europa.

"As forças de ocupação russas torturam os funcionários da central nucelar. Segundo informações em nossa pose, os ocupantes obrigaram os diretores a publicar uma mensagem para usá-la com fins propagandísticos. Os funcionários da central nuclear de Zaporizhzhia estão reféns há quatro dias", escreveu o titular da pasta.

Ainda conforme Halushchenko, há cerca de 500 militares e 50 unidades de equipamentos pesados russos na parte interna da central.

"O pessoal está física e psicologicamente exausto. Fazemos um apelo aos nossos parceiros internacionais para que tomem todas as medidas para a retirada das forças de ocupação russa dos objetivos militares conquistados e fechem o espaço aéreo da Ucrânia", escreveu ainda.

Por conta da situação de guerra, não é possível checar de maneira independente se as declarações do ministro representam a realidade. A Rússia, por usa vez, afirmou que está adotando todas as medidas de segurança das plantas nucleares na Ucrânia e que tudo funciona normalmente.

"Tendo uma indústria nuclear desenvolvida, a Rússia está plenamente consciente dos potenciais riscos das infraestruturas nucleares e está fazendo o máximo para garantir a adequada segurança das plantas nucleares da Ucrânia", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, à agência Tass.

Chernobyl 

Já em Chernobyl, tomada pelas forças russas em 25 de fevereiro, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou nesta segunda-feira (8) que perdeu contato sobre os dados de radiação emitidos pelo local, palco de uma das maiores tragédias nucleares do mundo em 1986.

Após o alarme, a instituição ainda afirmou que conseguiu detectar que a usina foi completamente paralisada nesta quarta, mas que "não há nenhum impacto crítico sobre a segurança" neste momento.

Porém, a empresa estatal ucraniana Energoatom emitiu um alerta nesta quarta em que afirma que há o risco de um lançamento de substâncias radioativas em Chernobyl por conta da paralisação.

Em linha com a estatal, o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, disse que essa perda de radioatividade pode acontecer "dentro de 48 horas" porque essa é a capacidade dos geradores armazenarem diesel para manter os sistemas de resfriamento funcionando.

"Sucessivamente, os sistemas de resfriamento da planta de estocagem do combustível nuclear pararão, tornando iminentes as perdas de radiação. A bárbara guerra de [Vladimir] Putin coloca em perigo toda a Europa. Deve ser parado imediatamente", postou Kuleba.

A AIEA, por sua vez, afirmou que os cerca de 210 funcionários de Chernobyl estão trabalhando ininterruptamente há 13 dias.

"Estou muito preocupado com a situação difícil e estressante que os funcionários da usina nuclear de Chernobyl enfrentam e os riscos potenciais que isso acarreta para a segurança nuclear. Apelo às forças no controle efetivo do local para facilitar urgentemente a rotação segura das equipes, disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, em comunicado.

A usina de Chernobyl registrou uma explosão no reator quatro entre os dias 25 e 26 de abril de 1986, provocando um dos maiores acidentes nucleares já registrados e que têm consequências até hoje, com uma zona de exclusão por conta do risco de radiação.

Da Ansa

Nesta segunda-feira (7), operadores de telemarketing protestaram por direitos e melhores condições de trabalho em frente à Liq Corporações, no bairro de Santo Amaro, área Central do Recife. Seguranças estão espalhados nos andares do prédio para evitar depredações.

Com roupas pretas em símbolo de luto e cartazes de cobrança, os funcionários não assumiram os postos de trabalho nesta manhã. O grupo se reuniu na antiga sede da Contax, localizada na Rua Vinte e Quatro de Agosto, por volta das 10h.

Uma lista com as reivindicações foi divulgada pelos trabalhadores, dentre elas, o pagamento de adicional noturno, das férias atrasadas, registro correto na carteira de trabalho e reajuste salarial.

O texto também denuncia que a empresa cobra metas abusivas e aponta que os colaboradores sofrem com abuso de autoridade, agressão psicológica, constrangimento e ameaças internas.

"Tem pessoas que desde dezembro não receberam as férias. Estamos no mês 2 e o pessoal que tirou férias não recebeu ainda", relatou um funcionário identificado como Gonçalves. "Eles depositam três passagens em nossa conta e quando a gente vai sacar, isso aí já tira um pedaço da gente. A gente tá praticamente pagando para vir trabalhar", continuou.

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A Azul informou nesta quinta-feira, 6, que o aumento do número de casos de covid-19 e influenza entre funcionários gerou um impacto em 10% dos voos programados para janeiro, o que obrigou a empresa a realizar ajustes para continuar operando. A aérea não informou, porém, o número de cancelamentos nem se houve redução dos passageiros transportados.

Os funcionários da Azul receberam um e-mail do CEO, John Rodgerson, no início da noite da quarta-feira alertando para o "alto número de dispensas médicas" tanto no grupo de voo quanto em áreas administrativas. "Os próximos dias serão mais desafiadores para nossa operação como um todo e já começamos a realizar alguns ajustes para enfrentar essa situação", afirmou o executivo no e-mail, obtido pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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O executivo disse ainda que não há tripulantes internados devido ao alto índice de vacinação dos funcionários e pelo fato de a nova variante ser "menos agressiva".

Ele acrescentou que o problema "está afetando diversos setores da economia, não só no Brasil, mas em outros países" e pediu que funcionários continuem se vacinando e tomando medidas de proteção, como uso de máscaras e protocolos de higiene.

Outras empresas

Procurada, a Gol informou que "está atenta ao aumento de casos de covid e influenza" e que aumentou o alerta para suas equipes que atuam nos aeroportos e em voos para redobrarem os cuidados, com uso de máscara obrigatório em todas as operações.

"Houve nos últimos dias um aumento dos casos positivos entre colaboradores, mas nenhum voo foi cancelado ou sofreu alteração significativa por este motivo. Os funcionários que apresentam resultado positivo estão sendo afastados das funções para se recuperarem em casa com segurança", disse a Gol em nota.

Sobre os clientes que testarem positivo antes do embarque, o procedimento da companhia envolve três opções: cancelamento com o reembolso do valor total; cancelamento, mas com o valor total deixado como crédito para futuras compras ou remarcação sem custos adicionais.

"Neste momento, a companhia tem 100% dos seus colaboradores vacinados e confia que somente com a população amplamente imunizada será possível superar mais este desafio que a pandemia apresenta", disse a Gol.

Já a Latam informou em nota que, por enquanto, ainda não foi necessário alterar seus voos diante do aumento no número de casos de covid e influenza no País. "A companhia segue atenta a esse cenário, que está mudando rapidamente em virtude da variante Ômicron".

Independentemente do motivo, a aérea destaca que todo passageiro com voo alterado pela Latam "pode sempre remarcar o seu voo sem multa e diferença tarifária ou solicitar o reembolso sem multa".

Adicionalmente, a companhia continua permitindo que passageiros diagnosticados com covid-19 possam remarcar uma vez a data de sua viagem sem multa, "mas pagando diferença tarifária (se houver)". O cliente poderá viajar a partir de 14 dias após o diagnóstico da doença ou certificando que não está mais na fase de contágio.

O Google planeja lançar um bônus adicional equivalente a US$ 1.600 (aproximadamente R$ 9 mil na cotação atual) a seus funcionários da sede estadunidense e também nas filiais ao redor do mundo. De acordo com a empresa matriz, Alphabet, em anúncio dessa quarta-feira (8), o extra será uma forma de apoiar a força de trabalho da rede de staff enquanto a pandemia do coronavírus continua. Todos os funcionários, incluindo estagiários e membros da força de trabalho estendida do Google, são elegíveis para o bônus que deve ser pago ainda este ano. 

No início de março, a pesquisa interna do Google mostrou uma queda no bem-estar de seus funcionários no ano passado, após o qual a empresa anunciou uma série de benefícios, incluindo um bônus em dinheiro de US$ 500 (R$ 2.800). 

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Na semana passada, o Google adiou seu plano de retorno ao escritório indefinidamente em meio a temores da variante do Omicron e alguma resistência de seus funcionários às vacinas obrigatórias da empresa. Anteriormente, esperava-se que os funcionários voltassem ao cargo a partir de 10 de janeiro.  

A pandemia de coronavírus levou a Big Tech a introduzir medidas de apoio para promover o bem-estar dos funcionários na pandemia, o que virou tendência entre outras empresas. No início deste ano, a Microsoft planejou pagar aos trabalhadores um bônus de pandemia de US$ 1.500 (R$ 8.400); na Amazon, os benefícios cobrem tratamento de saúde mental para todos os funcionários dos EUA e suas famílias. 

 

 Com os funcionários da Igreja Mundial do Poder de Deus em greve desde o último dia 10, o Pastor Valdemiro Santiago ameaça iniciar uma série de demissões e terceirizações. A mobilização foi julgada legal pela Justiça Trabalhista.

Filiados ao Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, os grevistas denunciam que a Igreja pratica atrasos salariais e na entrega do vale-alimentação, tendo deixado inclusive de depositar o FGTS de alguns empregados. O prazo para o fim da greve é o dia 19 de novembro.

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De acordo com o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, a Igreja tenta driblar a falta de pessoal contratando freelancers. “Tô muito chateado com tudo isso. Infelizmente a gente que emprega milhares de trabalhadores, a gente vai ter que comunicar ao Ministério do Trabalho: acabou. Não vamos contratar mais ninguém. A gente é de carne e osso. Durante a pandemia, a gente fez de tudo para não repetir o que outras empresas fizeram (redução salarial). Então, o que a gente vai fazer? A gente vai terceirizar; vamos contratar uma empresa pra cuidar do trabalho da igreja", declarou Valdemiro.

Tirar férias é direito de todo trabalhador e as empresas precisam se organizar para que a ausência de um colaborador não afete o rendimento do setor. Alguns empreendimentos planejam as férias coletivas dos funcionários, seja de toda a empresa ou de áreas específicas, e isso pode causar confusões. Segundo a Confirp Consultoria Contábil, empresa de contabilidade digital, várias ações devem ser tomadas de forma prévia para realizar os acordos.

De acordo com o consultor trabalhista da Confirp, Josué Pereira de Oliveira, as empresas geralmente escolhem o final do ano para realizar as férias coletivas, o que pode causar mistura nas informações. “A correria em busca de informações ocorre principalmente com a proximidade do fim de ano, isto é, a partir de novembro. As principais questões que observamos são referentes a prazos, pagamentos e limites", relata.

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Os primeiros pontos levantados pela empresa são em relação à configuração da pausa remunerada, principalmente em relação ao tempo que os funcionários terão de férias. É preciso definir “quantos dias o funcionário possui de direito, por ocasião das férias coletivas, considerando o tempo de serviço e faltas existentes no período”. O trabalhador ainda pode ter uma licença remunerada, caso ele tenha menos dias de férias, e o retorno ao trabalho deve ser na mesma data de todos os outros colaboradores.

O levantamento ainda ressalta que a empresa deve conceder as férias com aviso prévio de 30 dias para os funcionários, e o período deve ficar registrado na carteira profissional e na ficha de empregados da companhia.

Em relação aos procedimentos que devem ser tomados, a empresa de contabilidade informa que o empregador deve comunicar à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e aos sindicatos competentes sobre a decisão com dados referentes ao início e fim das férias, indicando quais os setores ou estabelecimentos atingidos. A antecedência mínima estipulada é de 15 dias.

Já sobre os pagamentos, a empresa diz que o formato é o mesmo das férias individuais, lembrando que os funcionários que ainda não completaram um ano de trabalho “o pagamento será proporcional ao período de férias a que têm direito e o restante será dado como licença remunerada.”

A empresa ainda ressalta que os colaboradores com menos de 18 anos e com mais de 50 deverão receber as férias uma única vez, sem ser fracionada durante o ano. Se as férias coletivas forem em um período menor, eles deverão continuar a duração completa de 30 dias, mesmo que todos os demais funcionários retornem ao trabalho. Os funcionários que são estudantes e com menos de 18 anos deverão ter as férias no mesmo período que as férias escolares.

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