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Um grupo de mães de estudantes da Escola Referência do Ensino Médio (EREM) Ginásio Pernambucano, localizada na região central do Recife, entrega, pessoalmente, nesta quinta-feira (6), uma carta ao secretário de Educação de Pernambuco, Frederico da Costa Amancio. No documento, há solicitação de que a retomada das aulas  presenciais seja realizada em momento de maior segurança sanitária.

A professora Nena Morais é uma das lideranças à frente do movimento ‘Responsáveis pela Vida’. A mulher é mãe do estudante Gabriel Morais, 15 anos, aluno do Ginásio Pernambucano da Rua da Aurora, centro do Recife. Em entrevista ao LeiaJá, Nena explica que “a importância da conversa de hoje é mostrar ao secretario de Educação e ao Governo de Pernambuco, que nós [mães] não estamos de acordo com volta às aulas presenciais. Com isso, que espere um momento de maior segurança sanitária para crianças e adolescente voltarem”, explicou.

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O movimento começou a partir de um grupo de Whatspp, formado por mães de alunos do Erem GP, feito para discutir os rumos educacionais dos filhos durante o período de pandemia causada pelo novo coronavírus. Na carta, além de falar das condições de seguranças para os adolescente - construída em razão do Protocolo Setorial da Educação, divulgado pela SEE-PE - as mães tratam de aspectos de contaminação para a sociedade como um todo, estendendo a preocupação com a saúde de idosos e crianças. O documento conta com 46 assinaturas e recebe apoio das co-deputadas Juntas, do vereador Ivan Moraes, da advogada Liana Cirne Lins e da jornalista Carol Vergolino.

De acordo com o grupo, há o reconhecimento dos esforços realizados pela autarquia, como por meio do programa 'Conecta Aí', que promete beneficiar 500 mil alunos de escolas públicas estaduais com internet gratuita. No entanto, durante o texto, também reforça a necessidade de implementar políticas públicas efetivas para os estudantes da rede pública estadual. “Consideramos de suma importância todos os esforços da gestão de educação da rede pública do Estado de Pernambuco para vencermos todos os desafios impostos por essa pandemia”, ressalta documento.

Vale ressaltar que, nesta quarta-feira (5), o Governo do Estado comunicou que ainda não há datas definidas para o retorno das aulas presenciais. A nota oficial foi publicada após repercussão da reunião virtual junto aos prefeitos de Pernambuco. Na ocasião, o secretário de Educação, Frederico Amancio, havia apresentado os possíveis planos de retomada das atividades educacionais. No entanto, e assim como comunicado pela Governo, o planejamento segue em discussão.

Diante disso, o movimento ‘Responsáveis pela Vida’ aponta que o próximo passo após entrega da carta ao secretário de Educação é abrir o diálogo com outros pais e mães do Estado sobre o assunto. “Com esse ato queremos alertar que vai ser um cruzamento de contágio muito grande [...] Pais e mães temos o direito de falar sobre a educação de nosso filhos”, disse Nena ao LeiaJáConfira aqui a carta.

No Twitter, uma conta intitulada 'Exposed GP' começou a expor as denúncias feitas por alunos sobre os supostos casos de assédios cometidos por professores e funcionários da Escola Estadual de Referência Ginásio Pernambucano, localizada na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife. As mensagens publicadas em anonimato na página, agora excluída, preservavam as identidades dos estudantes.

"Nosso primeiro relato é de uma menina, 18 anos, frequentou o GP entre os anos de 2016/17, a mesma saiu da escola por causa de abusos e mensagens de um PIBID de Matemática e Biologia", consta na primeira mensagem publicada na noite dessa segunda-feira (27), segundo o Diário de Pernambuco.

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Nesta terça-feira (28), a hashtag ‘Exposed GP’ estava nos assuntos mais comentados no Twitter. Um internauta expôs: “Lembro muito bem que eu ouvi saindo da boca de uns certos professores que eles davam mesmo em cima das alunas, até tinha umas que eles convidavam para o motel. As meninas foram taxadas ‘como safadas’ pois aceitavam aquele tipo de coisa’”.

“Os pintores no começo olhava para as garotas e depois começaram a soltar gracinhas (prenda). Dandan disse que tinha resolvido mas, só porque tava ficando um burburinho na escola. No final, as meninas disseram ter escutado o mesmo dizendo: Deixe eles aproveitar a paisagem”, comentou outra internauta.

Na rede social, outra página anônima, chamada “Exposed Cabugá”, começou a expor outros supostos casos de assédio e, até mesmo, de pedofilia supostamente praticados por um professor da outra unidade do Ginásio Pernambucano, localizada na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, no Recife. “Vamos conversar sobre seu ‘perninha’ do cabugá que todo mundo, repito, todo mundo sabe que além de assediar as alunas e passar metade da aula se glorificando, diminui as outras matérias, além de dizer que o ENEM só aprova vagabundo”, consta na página.

Outro post traz o seguinte: “Além de ele já ter tido namoradas de idades extremamente abaixo da sua, estamos falando de 18 anos e até vimos casos com meninas de 14 anos. Sim, isso mesmo, 14 anos. Esse caso de 14 a garota não era da escola”, relata o dono da página em anonimato.

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, através da Gerência Regional de Educação Recife Norte, informa, por meio de nota, que tomou conhecimento das denúncias de assédio através das redes sociais e que não possui nenhum registro formal sobre o caso nos canais oficiais do órgão. A Secretaria esclarece também que a gestão da unidade de ensino registrará o boletim de ocorrência e irá investigar o caso para tomar as medidas necessárias.

Na última sexta-feira (19), a Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Ginásio Pernambucano realizou o I Encontro Virtual Família-Escola, com a participação de alunos, seus familiares, professores, gestores e funcionários da escola. Neuza Pontes, gestora da Gerência Regional de Educação (GRE) Recife Norte, e Maria Medeiros, secretária executiva de Educação Integral e Profissional da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, também participaram. 

Na reunião, o gestor Paulo Bruno detalhou o fornecimento de atividades remotas durante a pandemia de Covid-19, compartilhou resultados preliminares do ano de 2019 e fez uma homenagem à comunidade escolar pela superação das metas nas avaliações externas. Ele também falou de temas como afetividade, conexão, empatia, cuidado, sucesso e conquistas. 

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Os participantes da transmissão podiam acompanhar a programação e participar da conversa através de um chat. Todos puderam, ainda, assistir a uma palestra sobre “Práticas parentais no contexto atual”, ministrada pela psicóloga Maria Moura. 

“Foi um momento muito importante e fortalecedor para toda comunidade escolar.  Este foi um encontro de esperança e de conexão escola e família, fundamental para a superação das dificuldades deste momento do qual, com apoio, compreensão, respeito, parceria e empatia, todos sairão mais fortes. Contudo, ainda foi possível levar aos pais conhecimento através das palestras, um encontro de muito aprendizado”, disse o gestor da unidade de ensino, Paulo Bruno. 

*Com informações da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco

NÃO PUBLICAR - ESPECIAL CENTRO

 

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Entre muitos outros aspectos importantes da cidade, o centro do Recife abrigou por muito tempo uma efervescência e tradição muito fortes no que diz respeito a abrigar grandes instituições de ensino.

Grandes colégios como por exemplo o São José, Salesiano, Ginásio Pernambucano, Vera Cruz, Agnes e Damas ainda continuam ativos e funcionando tanto nos bairros do Recife, Santo Antônio, São José, Boa Vista e suas adjacências. 

No entanto, o descaso e o abandono do centro da cidade como local de encontros, convivência, moradia, expressões culturais e de estudos fez com que, com o passar do tempo, grandes instituições de ensino mudassem de endereço ou até mesmo deixassem de existir.  

O Colégio Marista da Avenida Conde da Boa Vista, o Nossa Senhora do Carmo, Colégio Contato, Colégio Nóbrega e o antigo Liceu de Artes e Ofícios, que foram responsáveis por formar muitos recifenses e pessoas que vinham de outros lugares, colégios que participaram da formação de grandes personalidades da história do Estado (e até mesmo do país), sofreram com esse processo de remodelagem do cenário da cidade e da relação entre os moradores do Recife com os bairros do centro e da periferia.

Os motivos dessa decadência do centro da cidade como um local que abrigava grandes colégios que tinham estruturas enormes e eram referências de educação na região são os mais diversos possíveis e começaram a se desenhar há quase um século. 

Formação do centro do Recife como pólo educativo

De acordo com o professor-doutor de História do Brasil e História das Religiões na Universidade de Pernambuco (UPE), Carlos André Silva de Moura, que durante a sua graduação em história pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) chegou a fazer estágio na antiga sede do Liceu de Artes e Ofícios, problemas com o custo de manutenção, novas configurações urbanas, redução do número de alunos, dificuldades de mobilidade, altas mensalidades, erros de administração, e dificuldades de adaptação aos novos moldes de ensino e acesso aos cursos de nível superior, entre outras razões,levaram à transferência ou fechamento de muitos desses colégios da região central do Recife que tiveram no passado seus tempos áureos.

Carlos explica que o centro do Recife nos séculos XIX e XX já tinha uma forte tradição comercial, mas também abrigava grande parte da população da cidade, configurando-se em uma região de bairros residenciais, uma vez que áreas como as zonas sul e oeste eram extremamente distantes devido às realidades de deslocamento mais lento dessa época. Era comum, segundo ele, encontrar casas com dois ou três andares que abrigavam, ao mesmo tempo, pontos de venda de produtos ou serviços e a moradia dos comerciantes que ali trabalhavam e suas famílias. 

Ensino e religião

Além disso, grande parte destas escolas tradicionais eram (e a maioria das que sobreviveram ainda são) ligadas a grupos e congregações religiosas, católicas ou protestantes e, via de regra, as instituições religiosas também ficavam concentradas na área mais central da cidade, em locais estrategicamente escolhidos para ficar perto da maioria dos fies. 

Carlos André explica ainda que a ligação entre ensino e religião foi parte de um processo muito maior de crescimento das igrejas, que tinham todo um projeto não só educativo mas também sociocultural que buscava aumentar o número de fieis e obter mais poder de influência depois que o Brasil deixou de ter religião oficial, em uma tentativa de estar, de alguma maneira, perto do poder político e influenciando na formação humana e cidadã de indivíduos que deveriam seguir toda uma filosofia e código de moral católica. 

Esse objetivo foi levado adiante por meio da implementação do culto a Nossa Senhora de Fátima fora de Portugal. Uma das razões dessa busca, segundo o historiador, foi a expulsão de padres Jesuítas de Portugal depois de uma lei proibir práticas católicas no país, fazendo com que os religiosos buscassem o exílio.

Nesse contexto, vários colégios começam a surgir como parte desse projeto sociocultural religioso levado a cabo por várias congregações diferentes. O Colégio Manoel da Nóbrega, mais conhecido como Colégio Nóbrega, é um ótimo exemplo desse contexto: foi fundado por Jesuítas em 1917 no bairro da Boa Vista quando o Palácio da Soledade, que era residência do bispo, foi cedido para a abrigar o colégio, juntamente com o terreno ao lado desse prédio para construir uma estrutura educacional maior e também o primeiro santuário dedicado a Nossa Senhora de Fátima fora de Portugal. Seguindo uma lógica semelhante, outras ordens também fundam colégios como o Salesiano, Marista, Nossa Senhora do Carmo, Damas e São José. 

O grande número de alunos, o prestígio trazido por se configurarem em referências de qualidade de ensino e nomes de estudantes que conseguiram carreiras e vidas públicas de sucesso e notoriedade após saírem dos seus colégios fez com que todas essas grandes instituições localizadas nos bairros centrais do Recife tivessem uma grande tradição de ensino e resistissem por um longo período de tempo, deixando marcas na paisagem da capital de Pernambuco, na memória e na afetividade dos moradores, alunos, professores e ex-alunos.

Reformulação Urbana

Essa prosperidade, no entanto, começou a mudar quando algumas mudanças no perfil de habitação e fluxos de mobilidade urbana se alteraram por força de algumas decisões políticas que mudaram “a cara” do Bairro do Recife, de São José, Santo Antônio e da Boa Vista. 

O historiador Carlos André Silva de Moura conta que a reforma no Porto do Recife, levada a cabo nas décadas de 10 e 20 do século passado, juntamente com os projetos de “higienização” do centro, que tinham por objetivo retirar habitações precárias e a população mais pobre do centro da cidade realizados pelo governador Agamenon Magalhães durante o período do Estado Novo (década de 1930) fizeram com que muitas pessoas que residiam na área central da cidade tivessem que se mudar para áreas mais distantes. 

Paralelamente, a abertura de grandes avenidas na década de 1950 e a chegada de mais escolas em bairros que ficavam em regiões periféricas fez com que muitos estudantes que tinham dificuldades de sair de onde moravam e chegar até o centro para estudar fossem matriculados em escolas que ficavam mais perto de suas casas, reduzindo o contingente de alunos de instituições localizadas na área central. 

Crescimento do Ensino Público

Dificuldades financeiras advindas de crises econômicas que o Brasil enfrentou no século passado e novas políticas de ensino gratuito e laico, juntamente a novas formas de acesso à educação superior pública também foram fatores que causaram um grande impacto aos colégios que sumiram do centro da cidade. 

O surgimento do sistema de cotas para estudantes de escolas públicas em universidades federais e estaduais, a ampliação do ensino em período integral nas Escolas de Referência em Ensino Médio, o surgimento de colégios de aplicação ligados a universidades públicas e a multiplicação de Institutos Federais que aliam o ensino médio a uma formação técnica fizeram com que o ensino público se tornasse, gradativamente, uma opção atrativa para as famílias de muitos estudantes que não podiam arcar com as altas mensalidades dos grandes colégios do centro do Recife. 

Dificuldades de Adaptação

Carlos André explicou também que várias instituições de ensino tradicionais continuaram a pensar a gestão baseada em um período em que não havia um grande índice de inadimplência, onde os meios de acesso ao ensino superior eram diferentes e o desejo dos pais e estudantes começava a deixar de ser ligado à filosofia social e religiosa da escola e fica muito mais atento à qualidade do ensino.

Dessa maneira, vários dos colégios que permaneceram na área central tiveram que lidar com um número de alunos que diminuía e custos de manutenção estrutural que se mantinham no mesmo patamar ou se elevavam.

Muitas dessas escolas tradicionais, segundo o professor, tiveram dificuldades de adaptar suas estruturas físicas grandiosas, a administração financeira e o perfil de ensino praticado no passado à nova realidade urbana e social do Recife. 

Assim, a falência, venda a grupos empresariais ou mudança de endereço para lugares de mais fácil acesso via transporte público foram problemas que atingiram grande parte dos colégios de grande tradição dos bairros centrais do Recife. Veja, a seguir, alguns exemplos:

Lyceu de Artes e Officios

O Liceu de Artes e Ofícios, que oferecia educação profissional privada e depois também instituiu o ensino básico, passou para o controle do Estado de Pernambuco. Com o tempo a sua antiga sede, um prédio neoclássico localizado junto à Praça da República, não comportava mais o número de alunos a que a instituição atendia sem que recebesse a manutenção adequada de que precisava. 

Por ter uma parceria com a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), que enviava estudantes de graduação de diversas áreas para estagiar no Liceu, a instituição foi temporariamente transferida para as instalações do antigo Colégio Nóbrega, que pertencia à Unicap, na época do fechamento do mesmo, criando-se então o Liceu Nóbrega, localizado entre a rua Oliveira Lima e a Rua do Príncipe.  

De acordo com o professor de História e pesquisador Carlos André, ainda existe uma pretensão de que o Liceu retorne para o seu antigo endereço. No entanto, o prédio está muito danificado pela falta de manutenção e pelos anos de abandono, não existindo também nenhum projeto de restauração do edifício em andamento no momento. 

Colégio Nóbrega

O antigo Colégio Nóbrega foi fundado por padres da Ordem dos Jesuítas no ano de 1917, começando a funcionar no Palácio da Boa Vista, um prédio histórico que era utilizado como residência do bispo. 

Além de ceder o palácio para abrigar as turmas de anos do ensino primário, a igreja também ofereceu um terreno de 17 mil metros quadrados que hoje tem cinco edificações ao longo de um quarteirão inteiro, ligado à Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), que segue sendo a administradora da estrutura física do antigo colégio, abrigando atualmente o Liceu Nóbrega em uma união do Liceu de Artes e Ofícios com o espaço do Nóbrega. 

Com uma estrutura grandiosa, um alunado altamente numeroso que incluía personalidades ilustres, um ensino que era reconhecido por sua qualidade e uma preocupação com a formação humana e religiosa dos estudantes, o colégio Nóbrega abrigava o primeiro santuário dedicado a Nossa Senhora de Fátima fora de Portugal, que ainda funciona no mesmo local. 

Em um documentário produzido por uma ex-aluna do colégio, o reitor da Unicap afirmou que o fechamento do colégio foi inevitável e veio após uma luta de 15 anos para salvar o Nóbrega. De acordo com ele, a ordem religiosa fez esforços dentro e fora do Brasil pelo colégio, mas “O Nóbrega mostrou que não tinha capacidade, não tinha força para ser o colégio que ficou na memória das pessoas. Por mais triste que tenha sido a notícia, ela tem um lado de realidade que não é só uma história do Colégio Nóbrega, é a história de muitas instituições do Recife que não conseguem, por mais que elas tenham valor, se readaptar aos novos desafios”, disse ele referindo-se a dificuldades financeiras e perda de alunos devido a dificuldades de mobilidade urbana e criação de novos colégios em bairros mais afastados do centro da cidade. 

O colégio é lembrado até hoje com muito carinho e saudade por seus muitos ex-alunos que ficaram entristecidos tanto com o fechamento de sua antiga escola, que foi um choque, quanto com o descaso com a estrutura que um dia abrigou a instituição de ensino e se encontrava literalmente em ruínas, correndo risco de desabamento. Os problemas estruturais eram de uma gravidade tamanha que muitos ex-alunos queriam acionar o Ministério Público contra a universidade, uma vez que a estrutura do Nóbrega é tombada como patrimônio histórico. 

A comunidade escolar do Nóbrega continuou unida em torno do objetivo de lutar pela preservação do legado do colégio que os formou, no qual amizades que duram toda a vida e até histórias de amor que resultaram em casamento tiveram início, onde boas lembranças foram cultivadas e havia um sentimento quase familiar entre alunos, professores e funcionários. 

Um exemplo de ex-aluno que segue ligado ao colégio mesmo 38 anos depois de ter saído do colégio é Luís Eduardo Travassos, de 54 anos, que estudou no Nóbrega de 1964 a 1980 e hoje, além de trabalhar no Tribunal de Justiça de Pernambuco, é diretor da criação de um memorial ao Colégio Nóbrega, idealizado pela Associação dos Amigos de Fátima (Amifat), instituição ligada ao santuário e que tem em seu organograma a criação de um memorial ao antigo colégio. 

No ano de 2017, Luís também esteve à frente da articulação para a celebração dos aniversários de cem anos do colégio e também da aparição de Nossa Senhora de Fátima, que coincide com a fundação do Nóbrega. 

Além disso, Luís organizou várias confraternizações de ex-alunos e está à frente da montagem e lançamento de um livro que resgata parte das memórias dos estudantes do antigo Nóbrega. Entre os motivos para seguir atuante, à frente das articulações pela preservação do Nóbrega e de sua memória, Luís aponta a importância que a instituição teve não apenas para a sua vida, mas também para o Recife e para Pernambuco como um todo através da formação de figuras públicas que tiveram e ainda têm importância política e histórica. 

VÍDEO - importância do colégio

O sentimento de tristeza com o fechamento deriva de um amor, um carinho, de uma afetividade muito forte dos ex-alunos e ex-funcionários com o antigo colégio. 

Todo esse afeto fazia e faz, até hoje, com que os estudantes não consigam se afastar e se desligar do espaço do colégio e das lembranças que ele abrigou. Amizades com décadas de duração, romances, brincadeiras, acolhimento e um sentimento familiar marcaram a vida destas pessoas que estão dispostas a não deixar que essas lembranças se percam no tempo ou sejam esquecidas. 

VÍDEO Afetividade dos ex-alunos

Esse mesmo afeto que faz com que os ex-alunos não se desconectem do colégio os movimenta e motiva a manter a força de articulação, sempre planejando novas ações que os mantenham unidos e atuantes para garantir tanto a preservação do local onde o colégio ficava através da reforma estrutural e também do restauro interno, para lutar pelo resgate de antigos materiais da instituição e para dar um uso, um destino ao espaço do Nóbrega, onde deverá ficar o memorial. 

Essa força dos antigos estudantes foi de fundamental importância para que fossem o colégio recebesse a atenção que merecia diante da sua importância sociocultural durante os 89 anos em que esteve aberto e funcionando. 

Vídeo  Articulação pela memória

Para o futuro, o desejo de Luís Eduardo e também de outros ex-alunos é que o memorial seja concluído, continuar fazendo reuniões e fundar uma associação de ex-alunos do colégio. Para ele, “a construção desse memorial é a consolidação de toda a nossa luta nesses 12 anos”. 

Colégio Marista

O Colégio Marista que ficava no coração do centro do Recife, na Avenida Conde da Boa Vista, também era uma instituição de ensino católica, com uma estrutura física imensa e um grande número de alunos que ajudava a movimentar a região central desde o ano de 1924 até 2002, após 78 anos de uma história tradicional, sendo reconhecido como um colégio que era referência em qualidade de ensino. 

Os motivos do fechamento seguem a mesma linha das demais instituições de ensino tradicionais que não conseguiram resistir no centro do Recife. No entanto, há um agravante no caso do antigo Colégio Marista no que diz respeito a preservação da memória do que o colégio foi nos seus tempos áureos e da importância que ele teve para a cidade: com o fechamento, o prédio do colégio foi comprado pelo grupo varejista Atacado dos Presentes, que instalou uma unidade da empresa no local onde antes havia uma capela, piscina, quadra de esportes e salas de aulas. Além disso, o acesso da frente para a avenida foi fechado com tapumes e uma corrente de ferro que são guardadas por seguranças contratados pela loja. 

Para quem estudou no colégio e tinha carinho pelos bons momentos ali vividos, pelas amizades construídas e pelas boas lembranças que ficam depois dos tempos de escola, ver o colégio fechado, a estrutura descaracterizada e uma megaloja no lugar que fez parte da sua formação é motivo de tristeza e pesar. 

O empresário Roderick Jordão, de 38 anos, foi aluno do antigo Marista durante o ensino médio entre os anos de 1996 e 1998. Essa fase da vida, de acordo com ele, foi muito legal e repleta de novidades que o colégio proporcionou, tanto nas aulas quanto fazendo amigos e em momentos legais vividos intensamente “aprontando” e “dando trabalho” no colégio. Esse carinho, as lembranças felizes e algumas das amizades da época, de acordo com Roderick, sobreviveram ao tempo como o colégio, infelizmente, não conseguiu.

VÍDEO - LEMBRANÇAS

O dia-a-dia dos aredores do colégio e a maneira como os estudantes e a sua presença no centro, o deslocamento até o colégio impactava na região e movimentava a avenida, que ficava repleta de alunos todos os dias. 

Roderick ainda se recorda e mostra onde ficava cada parte do colégio, lembrando momentos e partes da rotina que aconteciam em cada parte daquele território, incluindo as partes que, após a venda para o Atacado Dos Presentes, foram demolidas. 

VÍDEO- ONDE FICAVA CADA PARTE DO COLÉGIO

A notícia do fechamento foi chegando aos poucos a cada ex-alunos através de um grupo que todos eles mantinham na internet, através do Orkut, rede social mais popular da época. As reações foram as mais diversas, mas o sentimento de tristeza foi geral, havendo inclusive pessoas que choraram ao saber que o colégio seria fechado e transformado em loja. 

Para Roderick, foi uma surpresa triste, que parecia inimaginável diante do tamanho e do número de alunos de um colégio como aquele, que tinha salas lotadas com seis turmas só no primeiro ano do Ensino Médio. 

Roderick não morava no Recife quando recebeu a notícia sobre o fechamento do Marista, mas tem a triste lembrança de que chegou a ir ver o momento da demolição do colégio após a venda para o grupo de varejo. 

VÍDEO- SENTIMENTO COM O FECHAMENTO

Ginásio Pernambucano: Tradição e Resistência

Uma das razões apontadas pelo historiador e professor Carlos André Silva de Moura para que muitas escolas tradicionais não tenham conseguido seguir em funcionamento foi o alto custo das mensalidades que eram cobradas para poder manter as grandes estruturas físicas dessas instituições, abrindo espaço para que muitos estudantes troquem essas instituições por escolas públicas que também apresentam um ensino de boa qualidade a um custo mais baixo. No mesmo contexto, as dificuldades de se adaptar às novas lógicas de acesso ao ensino superior tornou difícil a permanência de antigos colégios.

Nesse sentido, o Ginásio Pernambucano, colégio de 192 anos que tem sua principal sede localizada na Rua da Aurora, bairro da Boa Vista, se torna um bom exemplo de colégio tradicional que se ampliou ainda mantendo-se no centro da cidade. 

A gratuidade e o ensino de referência em tempo integral, aliados à tradição da instituição que ajudou a formar personalidades como Clarice Lispector, Assis Chateaubriand e Ariano Suassuna. 

O ex-governador do Estado, Joaquim Francisco, foi aluno do Ginásio Pernambucano entre os anos de 1962 e ficou até 1964, entre seus 14 e 16 anos de idade, cursando do primeiro ao terceiro ano clássico (que equivaleria a um ensino médio focado em temas de ciências humanas e sociais). De lá, ele saiu para a Faculdade de Direito do Recife, que também é uma instituição de ensino de grande peso e tradição, localizada na área central da cidade. 

Joaquim conta que durante o tempo em que estudou no Ginásio, teve ótimas lembranças de suas aulas, de seus professores e de seus colegas. Entre algumas características do colégio, ele destacou o perfil dos professores, que eram catedráticos que tinham muitas obras publicadas e também ensinavam em universidades, uma rigidez no ensino, efervescência cultural, e no respeito ao patrimônio público. “Era um colégio republicano que formava homens públicos”, disse ele. 


O ex-governador também destacou um sentimento de satisfação e orgulho por estudar no ginásio, uma vez que havia uma espécie de vestibular para admissão ao colégio que era considerado um dos melhores colégios de todo o país, junto com o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. "Sempre fui um bom aluno que tinha gosto de tirar 10, eu 'gosto fo folhoso', estudo muito", contou ele.

O Ginásio Pernambucano significou, para ele, um espaço muito importante para a sua formação humana, social e pública. Minha primeira visita depois de me tornar governador, no dia da minha posse, foi ao Ginásio, por ter sido o colégio que me deu a base sólida que eu adquiri em Latim Português, Francês, Geografia, em História o professor Amaro Quintas (pai de Fátima Quintas, da Academia Pernambucana de Letras) que foi um historiador extraordinário, o ginásio era uma catedral de conhecimento”, disse ele. 

 

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A mãe de um adolescente de 17 anos está acusando a Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambuco de discriminação contra seu filho deficiente físico. Segundo Taciana Gomes, o garoto e o pai dele foram até o colégio para procurar informações sobre as vagas para 2018, mas foram mal recebidos e questionados sobre a situação do estudante, pois o prédio da escola não teria a acessibilidade para recebê-lo. A unidade em questão fica na rua da Aurora, Centro do Recife.

O aluno do ensino médio possui uma deficiência chamada Artrogripose, que é uma retenção de uma articulação do corpo e, por conta disso, tem dificuldades para se locomover já que usa uma goteira - acessório que auxilia no apoio dos pés. "Quando João* e o pai chegaram em casa, eles me contaram que uma secretária do colégio questionou as limitações do meu filho. Ela disse que a escola não tem rampa e sim escadas. O esquema de aula de lá é de troca de alunos nas salas e não de professores, e por isso não daria para João* estudar lá", explica mãe.  

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Ainda de acordo com Taciana, a funcionária falou que "se eles tivessem conhecimento lá dentro do colégio seria muito mais fácil conseguir a vaga". "Eu achei um absurdo quando ela falou isso. Meu filho tem 17 anos e nunca passou por uma coisa dessas. Ela descartou qualquer possibilidade do meu filho estudar lá. Fiquei muito chateada porque eu sempre ouvi falar muito bem daquela escola e o João* sempre quis ir para lá", desabafa.

Atualmente, o aluno do ensino médio faz o 1º ano na escola Senador Aderbal Jurema, no Curado IV. A mãe explica que sempre foi um sonho do menino ir estudar no Ginásio Pernambucano, mas depois disso não quer mais que ele vá. "O tratamento que ele tem no colégio atual é igual o de todos. Na escola que ele estuda todo mundo respeita sua limitação. É uma pena ver que um colégio tão bom não possa receber meu filho", lamenta Taciana.

*nome fictício

Pela Lei ordinária nº.853/2016, que regulamenta todos os direitos das Pessoas com Deficiência (PCD), as escolas do ensino regular devem matricular todos os alunos em suas classes comuns, com os apoios necessários. E qualquer escola, pública ou particular, que negar matrícula a um aluno com deficiência comete crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos (Art. 8º da Lei nº 7.853/89). 

A Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambuco é de responsabilidade da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) do Governo de Pernambuco. Em nota, a Secretaria informou que "não há negativa de matrícula para qualquer estudante que pretenda ingressar na rede estadual" e que o GP "possui espaços acessíveis, apesar da unidade de ensino nunca ter recebido estudantes com deficiência". Confira a nota na íntegra: 

"A Secretaria de Educação do Estado esclarece que não há negativa de matrícula para qualquer estudante que pretenda ingressar na rede estadual ou estudantes que já estejam matriculados na rede estadual, independentemente de possuir ou não deficiência. Atualmente, a Rede Estadual de Educação atende 5.959 estudantes com algum tipo de deficiência, seja ela física e/ou cognitiva. No caso de transferência de estudantes dentro da própria rede estadual, o processo foi realizado ainda no mês de agosto, onde os pais/responsáveis puderam optar pelas escolas para transferência. No caso da Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano (Aurora), a unidade de ensino já estava com a capacidade máxima de estudantes matriculados em todas as turmas. Sobre acessibilidade, a unidade de ensino possui espaços acessíveis, apesar da unidade de ensino nunca ter recebido estudantes com deficiência."

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Emblemático colégio público do Recife, o Ginásio Pernambuco foi ocupado, na tarde desta quarta-feira (16), por estudantes da própria unidade de ensino. Contrária à PEC do Teto e combatendo a reforma do ensino médio, a ocupação dá força aos movimentos que protestam em outras escolas e principalmente nas universidades públicas e privadas.

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O deputado estadual Edilson Silva foi acompanhar o início a ocupação na unidade situada na Rua da Aurora, área central do Recife. De acordo com ele, cerca de 40 estudantes participam do ato de forma organizada e pacífica, bem como duas mães se fazem presentes em apoio à ocupação. 

Segundo Edilson, os alunos estavam se planejando há pelo menos duas semanas. Por isso, já contam com água e alguns alimentos. Procurados pelo LeiaJá, os ocupantes preferiram não dar entrevistas. Porém, é possível visualizar que eles estão confeccionando cartazes e devem entrar eu reunião com a direção da escola. 

A deputada Teresa Leitão também compareceu à ocupação em apoio aos estudantes. De acordo com a parlamentar, Pernambuco já soma 24 escolas de nível médio ocupadas, além de 15 instituições de ensino superior.

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UFPE acata pedidos de estudantes para desocupação da FDR 

Com informações de Flávia Gomes e Brenda Alcântara 

Na manhã desta terça-feira (19), um cenário de muito terror foi vivenciado por alunos e funcionários da escola Ginásio Pernambucano, na Rua da Aurora, Área Central do Recife. Populares também presenciaram o corre-corre após um homem armado entrar no colégio e tentar realizar um assalto.

De acordo com a Polícia Militar, o rapaz – de 23 anos  ainda sem identidade revelada - ingressou na área interna da escola e se deparou com a patrulha escolar, composta por dois PMs. Os policiais perceberam que o suspeito estava armado, mas antes que realizassem a abordagem houve troca de tiros e ele fugiu, mergulhando no Rio Capibaribe. Equipes do 16º Batalhão da Polícia Militar também foram acionadas em viaturas, barco e helicóptero a fim de localizarem o homem que foi, posteriormente, capturado. 

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Ainda segundo informações da PM, não houve feridos e o suspeito foi localizado com munições, mas a arma não foi encontrada. Por ter atirado contra os policiais, a ocorrência foi encaminhada ao Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste. 

Na manhã desta sexta-feira (18), alunos do Ginásio Pernambucano, no bairro da Boa Vista, fizeram uma movimentação em frente à escola. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) fez uma visita ao local, após ser notificado de que os estudantes estariam, desde terça-feira (15), tendo apenas meio expediente escolar. O motivo: falta de merenda para o almoço dos alunos.

Ao comparecer ao local, o Sindicato e os estudantes foram informados que as aulas estariam normalizadas a partir de hoje. “A gestão interna da escola informou que o problema na falta das merendas era por conta do não repasse das verbas para a empresa que presta o serviço”, explicou a diretora de imprensa do Sintepe, Magna Oliveira. 

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A diretora ainda disse que os estudantes reclamaram na repetição dos lanches. “Repetir o cardápio é uma coisa que não pode ser feita. Os alunos estavam recebendo apenas biscoito e suco, durante três dias por semana”, complementou Magna. Ainda de acordo com ela, outras quatro escolas, na Zona da Mata de Pernambuco, também estariam passando pelo mesmo problema com a alimentação. Entretanto, as informações não foram averiguadas pelo sindicato.

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Falhas na caçada, entulhos e esgoto a céu aberto. Este é o cenário da fachada de um dos colégios de referência do estado de Pernambuco, o Ginásio Pernambucano situado na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Alunos, funcionários e pedestres que transitam pelo local cotidianamente afirmam que em dias de chuvas, a calçada fica tomada de água suja, impossibilitando até a entrada dos estudantes na instuição.

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Segundo alguns funcionários do local que não quiseram se identificar para não sofrer represarias, afirmaram que a cratera é fruto de uma ligação entre o esgoto do colégio com a Avenida. Ainda de acordo com eles, ela foi feita pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) que iniciou a manutenção e não terminou, há mais de dois meses. 

Alunos da instituição ainda contaram que um garoto do Ginásio Pernambucano caiu dentro do esgoto devido as chuvas do temporal do dia 17 de maio, ninguém soube informar o estado de saúdo do estudante. A Avenida ficou alagada se misturando com a água suja. O diretor do colégio se negou a falar sobre o caso.

A operadora de telemarketing, Anna Beatriz Araújo, de 19 anos, trabalha em um edifício próximo ao colégio e conta que o lugar alaga facilmente. “Isso é falta de manutenção, que em dias de chuva piora por causa da grande quantidade de lixo na rua”, contou. Já o estudante e companheiro da garota, Williams Cavalcanti, de 20 anos, a cidade ainda não tem estrutura para suportar eventos de grande porte. “Recife não te condições de sediar a Copa das Confederações. Isso é uma vergonha para o estado”, enfatizou. 

Buracos e transtornos – Não só a Avenida Cruz Cabugá exibe problemas, outras localidades do Recife apresentam transtornos, como é o caso de alguns bairros da Zona Norte. “Há mais de 10 anos que esse esgoto está transbordando, já fizeram muitas obras paliativas, mas nada se resolve e piora quando chove”, contou o fisioterapeuta, Eduardo Viera, de 32. Ele é proprietário de uma loja situada na Rua 48, transversal da Carneiro Vilela, no Espinheiro.

Segundo o homem, ninguém soube resolver o problema. “O pessoal da Prefeitura aparece e vão embora, além de ficar jogando a responsabilidade para outros órgãos”, explicou. O mau cheiro é perceptível por causa do esgoto corrente na rua, e de acordo com Eduardo, atrapalha as vendas. “Os pedestres passam por cima da água suja e o risco de contaminação é grande”, contou. 

Outro lugar que apresenta buracos na via é o bairro das Graças. Uma cratera se formou no meio da Rua das Pernambucanas com a transversal na Guilherme Pinto, segundo populares um serviço para a manutenção do esgoto foi realizado cerca de três meses. “O serviço não foi bem feito e a chuva agravou ainda mais”, contou a formada em informática, Sueli Souto. Ainda segundo a cidadã, um idoso quase caia dentro do buraco nessas últimas semanas. 

Uma confusão que teria acontecido entre alunos do Colégio Ginásio Pernambucano, situado na Rua da Aurora, área central do Recife, e estudantes de uma escola não identificada, aconteceu por volta das 17h desta sexta-feira (12). De acordo com informações da comunicação social da Polícia Militar, houve discussões entre os estudantes, porém, o motivo não foi descoberto.

A PM foi acionada e, quando a viatura chegou ao local, os envolvidos saíram correndo, provocando medo em quem passava próximo ao colégio. Segundo a PM, os alunos não chegaram a brigar de fato e ninguém foi preso. Até o fechamento desta matéria, nossa reportagem não conseguiu contato com a direção do Ginásio Pernambucano.

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A assessoria de comunicação da Secretaria de Educação do Estado afirma que os envolvidos na confusão não são matriculados no Ginásio Pernambucano.

 

Em todo lugar sempre tem algo importante a ser melhorado ou construído. E, numa instituição de ensino, não é diferente. É aí que o Grêmio Estudantil ganha força e torna-se uma das primeiras oportunidades que os jovens têm de intervir na administração de uma escola e, com suas ideias e opiniões, representar o interesse dos demais alunos.

Além de ter papel facilitador para a comunicação entre o colégio e os estudantes, o Grêmio representa, de uma forma geral, um jeito diferente de fazer democracia com responsabilidade. Para isso, é importante também que haja uma parceria sem conflitos com a escola, visto que esta serve como ponte para que os interesses dos Grêmios se realizem, na medida do possível, a cada ano. É importante trabalhar, principalmente, com os diretores, coordenadores e professores. Somente assim, o Grêmio atuará verdadeiramente em benefício da escola e da comunidade.

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Segundo informações da Secretaria de Educação do Estado (SEE), há, aproximadamente, 254 grêmios na capital pernambucana, sendo distribuídos em diversas Gerências Regionais de Educação (GREs).

Conforme informações da SEE, o estímulo à formação dos grêmios escolares faz parte do Programa de Gestão Democrática desenvolvido pelo próprio órgão, em que, através do Projeto Protagonismo Juvenil, os alunos são mobilizados a trabalharem em parceria com a gestão da escola na promoção de atividades culturais, esportivas, oficinas de teatro, dança entre outras ações, sempre conduzidas por professores. “O objetivo é que alunos e educadores trabalhem em prol do desenvolvimento da escola e da educação como um todo. O maior número se concentra no ensino médio e últimos anos do ensino fundamental, pois é importante que, para acompanhar essas atividades, os alunos possuam maturidade”, explicou.

Para entender mais sobre o desempenho do grêmio nas escolas, a assessoria da Secretaria de Educação acompanhou o Portal LeiaJá em entrevista realizada com alguns alunos representantes do grêmio estudantil da escola estadual de referência em ensino médio, Ginásio Pernambucano.

Durante a reportagem, os estudantes explicaram como eram feitas as reuniões dentro da instituição. “Nós não desempenhamos um trabalho individual e sim, coletivo. Passamos de sala em sala para anunciar o dia em que vamos nos reunir e o que será abordado durante o encontro. Para reforçar, também criamos um grupo fechado no Facebook, onde todos os alunos ficam por dentro das propostas do nosso grêmio”, disse.

A aluna Xayenne Melo, 16 anos, explicou como ocorre a interação entre a diretoria da escola e o grêmio para que, juntos, às gestões cheguem a um censo comum. “Primeiramente, na reunião, definimos os pontos que precisam ser melhorados no Ginásio. A partir disso, sentamos com o nosso diretor para deixá-lo ciente das reivindicações que serão feitas para a SEE e os prazos que determinamos para cada demanda. Apenas, em último caso, que partimos para as ruas e protestamos”, ressaltou.

Geralmente, o período de votação para a troca da chapa representante ocorre de junho a junho. “Como todos os alunos participam das reuniões, eles já sabem o que é reivindicado e isso já os deixa familiarizados com os objetivos do grêmio. Assim, os que querem se candidatar para ter uma participação maior na comissão já sabem qual papel desempenhar durante a gestão”, contou a estudante Keity Malony, 16, que também integra o grêmio.

O outro lado da história: as reclamações do “Grêmio Estudantil”

Após a entrevista, os estudantes procuraram nossa equipe para tratar sobre assuntos que não foram comentados durante a reportagem porque, segundo eles, a presença da assessoria da SEE, os deixou “intimidados”.

“Antes do encontro com o LeiaJá, a assessora nos fez algumas perguntas simulando  uma entrevista. Achávamos até que ela era a repórter, inclusive. Só depois dos questionamentos, que ela se apresentou como assessora da Secretaria. Ou seja, ela só fez apurar para saber o que, de fato, falaríamos quando o Portal chegasse. E ainda disse para não sermos ‘muito rebeldes’ nas respostas. Isso só contribuiu para que não ficássemos à vontade para falarmos tudo o que pensamos”, comentou o aluno Ewerton Maxwell, 16.

De acordo com os estudantes, o grêmio, na realidade, foi apresentado como algo regularizado, mas o que existe é a Comissão Pró-Grêmio. “Estamos correndo atrás para sermos, de fato, um Grêmio Estudantil. Para isso, contamos com o apoio do diretor e da Uespe, pois somos filiados ao órgão”, disse Malony.

Em relação aos projetos que, de acordo com a SEE, são todos acompanhados pelos professores da instituição, os estudantes alegaram que a realidade não é bem como a assessoria mostra. Conforme o estudante Ewerton, “essa história de que são promovidos vários projetos culturais e artísticos, como dança e luta, não condiz com o que é feito no colégio. Eles colocam como algo concreto algo que ainda está em andamento. Só existem, realmente, cinco projetos e apenas esses são acompanhados pelos professores. Se os alunos querem fazer aula de dança, por exemplo, aí são os estudantes por eles mesmos”, enfatizou.

Os projetos desenvolvidos pelo Ginásio Pernambucano são: Iniciação Científica, em que os alunos têm noção dos princípios básicos de uma monografia, de acordo com as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); Jovem Empreendedor, que tem como finalidade fazer com que os estudantes aprendem a criar os próprios produtos e a logomarca. Já no Junior Achievement, os alunos aprendem a ter uma boa apresentação na hora de uma entrevista,  como ter segurança na hora de falar e dicas sobre profissões. No caso do Projeto de Proteção ao Patrimônio Público, os alunos sabem a importância de zelar pela escola, onde eles aprendem preserrvar cadeiras e livros, a não pixar, entre outros aspectos. E, por fim, Amigos da Alegria, onde os alunos recolhem brinquedos para doar ao Hospital de Câncer.

Protestos e reivindicações

No dia 25 de fevereiro, os estudantes do Ginásio Pernambucano paralisaram a Avenida Cruz Cabugá, no centro da cidade, e reivindicaram a melhoria na estrutura da unidade de ensino. O novo prédio da escola foi entregue em agosto de 2012 e, segundo os alunos, apresentava diversos problemas. Os alunos se dirigiram à Gerência Regional de Educação (GRE) Recife/ Norte, onde foram recebidos pela gestora, Gilvanir Pilèr.

Entre as solicitações, os estudantes apontavam a falta de climatização, o não funcionamento dos laboratórios, as condições das cadeiras, que estavam velhas e quebradas, a ausência de professores de inglês para o terceiro ano do ensino médio, e tamanho das salas de aulas que, segundo eles, são apertadas e insuficientes para atender a quantidade de alunos. Além disso, os refeitórios também entraram em questão. Muitos deles falavam que não tinha quantidade suficiente de merenda escolar para todos os alunos.

“Logo no outro dia, o secretário de educação veio falar conosco com aquela mesma conversa bonita de sempre de que não era necessário estampar o nome do GP nos jornais e que não precisava fazer protesto porque tudo se resolveria numa conversa. Mas, a gente sabe que a realidade não é bem essa. Eles só tomam uma atitude, realmente, quando a gente coloca a boca no ‘trombone’. Se não for assim, fica só no discurso. Ele nos garantiu que até o dia 28 deste mês, mais cadeiras e aparelhos de ar-condicionado serão providenciados. Já é alguma coisa, né?”, falou Malony.

De acordo com os estudantes, no mesmo dia do protesto a Secretaria de Educação providenciou novas cadeiras e uma maior quantidade de alimento. Porém, sem nenhuma variação no cardápio. “Na hora do lanche das 10h comemos pão. No almoço, é só soja, galinha e macarrão. Quando não é galinha, é charque. E às 15h30, a gente lancha pão de novo. Antes, no antigo GP, na Rua do Hospício, seguíamos uma tabela nutricional que nos guiava sobre o que íamos comer a cada dia. Depois que viemos para esse novo prédio da Cabugá, a estrutura caiu muito”, completou Malony.

Em relação ao desempenho da SEE, a estudante Xayenne fez um apelo: “A gente só queria que a Secretaria atendesse mais às nossas reivindicações sem que fosse preciso fazer protesto. Que, realmente, uma reunião bastasse e eles cumprissem as demandas de acordo com os prazos estipulados”, finalizou.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco (SEE) enviou uma nota à redação do Portal LeiaJá discordando das informações repassadas pelos alunos e contidas na reportagem.

 

Resposta da Secretaria de Educação do Estado, na íntegra:

A Secretaria de Educação do Estado (SEE) repudia a postura adotada pelo site LeiaJá em relação às informações contidas na matéria sobre “Grêmio Estudantil”. A Assessoria de Imprensa da SEE adotou um procedimento padrão na área de comunicação, que é acompanhar a imprensa nas dependências da escola. Nosso papel, em hipótese alguma, foi de intimidação.  Desde o início quando fomos procurados pela reportagem do Leia Já, nos prontificamos a colaborar com a entrevista, como assim fizemos, e prova disso foram diversas informações repassadas à reportagem. Lamentamos o fato de não sermos procurados para checar as informações repassadas, procedimento correto de quem atua na área de comunicação. Reforçamos ainda que a Assessoria de Imprensa da SEE continuará sempre disponível para atender as demandas de todos os veículos de comunicação.

Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação do Estado

 

O deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Daniel coelho (PSDB), durante seu pronunciamento nesta terça-feira (26), cobrou uma resposta do governo do estado às obras inacabadas do Ginásio Pernambucano. Na última segunda-feira (28), os alunos da unidade escolar protestaram contra problemas com a merenda e laboratórios inutilizados.

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“O mundo real em Pernambuco é bem diferente da propaganda do governo. A unidade foi inaugurada no ano passado, custou R$ 7 milhões e está com uma série de problemas, como salas sem ar-condicionado, laboratórios inutilizados e problemas até com a merenda”, criticou Daniel Coelho.

O deputado também elogiou a iniciativa dos estudantes em mostrar a situação que se encontra o Ginásio Pernambucano, realizando protestos nas ruas. “Os estudantes estão de parabéns por mostrarem a situação de uma unidade de ensino que vem sendo vendida como de referência”, ressaltou. 

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Na manhã desta segunda-feira (25), a Avenida Cruz Cabugá, uma das vias mais movimentadas da cidade do Recife, foi tomada por um protesto feito pelos estudantes da escola pública integral Ginásio Pernambucano, localizado zona central da capital pernambucana. Os alunos seguiram em direção à Gerência Regional de Educação (GRE) Recife/ Norte para reivindicar melhor estrutura da unidade, inaugurada há seis meses.

Entre as solicitações, estudantes apontavam a falta de climatização, o não funcionamento dos laboratórios, as condições das cadeiras, que estão velhas e quebradas, a ausência de professores de inglês para o terceiro ano do ensino médio, e tamanho das salas de aulas que, segundo eles, são apertadas e insuficientes para atender a quantidade de alunos. Além disso, os refeitórios também entraram em questão. Muitos deles falavam também que não estão recebendo merenda escolar.

Para o estudante que cursa o terceiro ano do ensino médio, Cleidson Costa, 17 anos, metade dos alunos do Ginásio Pernambucano é obrigada a voltar para casa porque o colégio não tem comida suficiente para todo mundo. “O colégio tem cerca de 900 a mil alunos. A diretoria da escola chegou a mandar uma nota para os nossos pais suspendendo o resto das aulas porque que não tinha estrutura para alimentar a demanda de alunos”, declarou.

O estudante ainda reclamou das promessas feitas pela Secretaria de Educação antes da inauguração e que, até agora, não foram cumpridas. “No começo foi uma maravilha. Colocaram na mídia como se fosse a melhor escola do mundo. Foi inaugurado e ainda continua essa esculhambação. São 40 alunos para cada sala e, lá dentro, é um forno. Muita gente já passou mal com o calor e alguns, chegaram até a desmaiar.  Nós só queremos estudar e isso não é pedir nenhum favor a ninguém. Estamos, apenas, reivindicando o que é nosso por direito”, disse.

A gestora da GRE, Gilvanir Pilèr, se reuniu com estudantes representantes do Grêmio Estudantil do colégio e já começou a cobrar o pedido deles. Uma outra reunião ficou marcada para esta terça-feira (26), às 14h, para definir o prazo que será dado à resolução de cada demanda.

Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação informou que em cada sala da unidade constam dois ventiladores, mas que a licitação para instalação dos ar-condicionado já está sendo realizada. "A secretaria também informa que a merenda está sendo fornecida normalmente na unidade escolar."

O deputado federal, Raul Henry (PMDB), lança nesta sexta-feira (21) o seu primeiro livro: Ginásio Pernambucano – os desafios para transformar um projeto piloto de sucesso em política educacional.

O livro aborda temas pesquisados em 2009 e 2011, quando o deputado preparou sua tese de mestrado em gestão pública pela Universidade Federal de Pernambuco. O evento acontece às 19h, na Livraria Cultura do Paço Alfândega, na área central do Recife.

Alunos e professores do Colégio Ginásio Pernambucano da Rua da Aurora, na área central do Recife, realizaram uma pesquisa no ano de 2011. Desenvolvida pelo secular Museu Louis Jacques Brunet, dentro do projeto PD (disciplina eletiva), a atividade busca desvendar as curiosidades sobre a origem de crateras e impactitos cósmicos encontrados no Interior pernambucano.

O trabalho faz parte este ano do XVII Ciência Jovem, que é uma feira de ciências promovida pelo Espaço Ciência. A ação iniciará nesta quarta-feira (24), às 13h, e seguirá até a sexta-feira (26), no Chevrolet Hall, em Olinda. Denominada “O Estudo das Origens das Paleolagoas Pernambucanas”, a mostra integra a exposição que conta com aproximadamente 300 trabalhos de todo o Brasil.

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“Normalmente o ensino desenvolvido em sala de aula, mesmo numa disciplina eletiva é muito mais teórico. Mas, esta oficina nos oferece um trabalho prático junto aos alunos, o que nos dá a oportunidade de adquirir novas descobertas. E neste caso é uma perspectiva inédita e que possibilita mostrar o que realmente é uma paleolagoa e o que representa enquanto acidente geográfico”, explica um dos tutores envolvidos no processo, Josivan Manoel do Nascimento, conforme informações da assessoria de comunicação do evento.

Serviço:
Mostra no Ciência Jovem “O Estudo da Origem das Paleolagoas Pernambucanas” 
De quarta (24) até sexta-feira (26)
Horário: a partir das 13h
Local: Chevrolet Hall - Complexo de Salgadinho, em Olinda
Informações: (81) 3183-5528

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O governador Eduardo Campos e o secretário de Educação, Anderson Gomes, inauguraram, na manhã desta quinta-feira (19), o novo prédio da Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano (GP), localizado na avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, Recife.  A ação, que marca a volta às aulas da rede estadual de ensino, foi marcada pela entrega de tablets para os estudantes do 2° e 3° anos e distribuição de kits de microfone para os professores da instituição. A entrega foi realizada ao som da banda marcial da escola, tocando o Hino de Pernambuco. 

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Em seu discurso, o governador falou da luta dos alunos por uma escola digna e bem estruturada. “É um direito do aluno e não um favor ter uma boa condição de estudo. Muitas foram as caminhadas, reuniões de comissões e hoje estamos aqui para celebrar a inauguração da nova sede do Ginásio Pernambucano”, afirmou, acrescentando que passo a passo o Governo está levando uma educação melhor para os estudantes. “A escola tem que ser um lugar de ânimo, onde os olhos brilham. A educação no Estado tem dado claras demonstrações que estamos vencendo o desânimo”

Até setembro deste ano, os equipamentos, utilizados como ferramenta pedagógica, serão entregues, inicialmente, nas escolas localizadas em municípios com mais de 30 mil habitantes, e também nas 23 unidades que obtiveram notas maiores do que cinco no Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE). A primeira remessa, composta por 23 mil tablets, começa a ser entregue nesta sexta-feira (20) e terá continuidade durante todo o mês de agosto. 

Para contemplar também os professores da rede, a secretaria de Educação fará, ainda, a distribuição de 20 mil microfones que serão usados pelos docentes em sala de aula. Em 2011, a secretaria entregou 6.500 microfones nas escolas estaduais. Com isto, todos os professores da rede terão o equipamento. 

Alunos conectados 

Os alunos do segundo ano Brenda Caroline e Paulo Henrique, ambos com 18 anos, ressaltam que o equipamento recebido ajudará nas realizações de pesquisas escolares, porque nem sempre os computadores da escola estão disponíveis. “Vai nos ajudar bastante nas aulas”, afirmou Brenda. “Teremos acesso à pesquisas, informações, publicações. A educação hoje em dia é interdimensional”, completou Paulo. 

Aline Alcântara, 18 anos, aluna do terceiro ano, pensa longe. “O tablet também irá nos ajudar na preparação para o vestibular e, futuramente, em concursos públicos”, diz a jovem, que pretende cursar medicina. 

Rede inicia o semestre letivo 

Mais de 750 mil estudantes voltam às aulas nesta quinta-feira (19). Das 1.101 escolas que fazem parte da rede estadual, 1.017 iniciaram o semestre letivo em todo o Estado no dia oficial do calendário escolar, número que corresponde a 92,4% da rede.  As outras, que somam 84 unidades, reiniciam as aulas em datas diferentes da oficial. Dez delas porque estão recebendo serviços de engenharia, e retornam as atividades até o final da primeira quinzena de agosto. As demais têm o calendário escolar unificado com a rede municipal. 

Nesta quinta-feira (19), o novo prédio da Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano (GP), localizado na avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, será inaugurado às 10h, pelo governador Eduardo Campos. O evento contará com a entrega de tablets e kits microfone para alunos dos 2° e 3° anos da instituição. A ocasião também marca o início das aulas da rede estadual de ensino, além de oferecer melhor estrutura física para os estudantes.

A nova sede do GP possuirá 18 salas de aula, cinco laboratórios, quadra coberta, além de auditório com capacidade para 150 pessoas. A antiga locação da escola, na rua do Hospício, era alugada pelo Estado. 

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História -  Escola tradicional de ensino médio da cidade do Recife, o Ginásio Pernambuco foi criado em 1825 sob o nome de Liceu Pernambucano. A instituição já contou com a visita do Imperador Pedro II, no ano de 1859. Em 2010, o Ginásio Pernambuco ficou com média no Enem de 582,47, e se classificou entre as 10 melhores escolas públicas em Pernambuco.

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