A banda larga de ultravelocidade começa a se tornar uma realidade no Brasil, mas por enquanto para atender consumidores de alta renda. Esta semana a Telefônica|Vivo iniciou a venda da conexão de 200 Mbps e promete para o segundo semestre do próximo ano o plano de 300 Mbps. Oi também está oferecendo velocidade 200 Mbps no Rio de Janeiro. GVT e outras operadoras devem se movimentar para ampliar a taxa de seus serviços.
Esses serviços estão sendo entregues pelas novas redes de fibra óptica que chegam até a casa dos consumidores e têm capacidade para trafegar dados com velocidades de até 2,5 GHz. Essa infraestrutura é baseada na tecnologia Fiber to The Home (FTTH) e permitem bandas bem mais largas que as conexões ADSL, que levam internet rápida pela que pelas redes com fio de cobre.
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A construção das redes de fibra óptica para entrega de banda larga ao consumidor final é uma tendência mundial para atender a demanda por serviços que consomem cada vez mais banda como as aplicações de vídeo on demand, jogos online e cloud computing. Na Europa, por exemplo, há uma agenda digital estabelecida pela Comissão Europeia que tem a meta de conectar 50% dos lares do velho continente com conexão de 100 Mbps até 2020.
No Brasil, as redes de banda larga via fibra óptica para atender o consumidor final vêm sendo testadas desde 2008, mas a oferta comercial mesmo começou a ganhar terreno no ano passado. A Telefônica inaugurou sua rede FTTH no final de 2011, oferecendo velocidade de até 100 Mbps. Até então, apenas a GVT tinha essa oferta, lançada em 2009.
Oferta das operadoras
A Telefônica|Vivo começou a vender essa semana a banda larga de 200 Mbps, entregue por meio da sua rede de fibra FTTH, que cobre regiões da Grande São Paulo e interior paulista. O plano dessa conexão foi lançado a 349,90 reais. O serviço batizado de Vivo Fibra conta com velocidades de 15 Mbps a 200 Mbps.
A rede de fibra óptica da operadora FTTH entrou em operação no final de 2011 e cobre atualmente 1 milhão de residências distribuídas por 15 cidades (São Paulo, São Bernando do Campo, Santo André, São Caetano do Sul, Osasco, Guarulhos, Barueri, Cotia, Campinas, São José dos Campos, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santos e São Vicente).
Na cidade de São Paulo, o serviço está disponível em 22 bairros (Butantã, Vila Madalena, Pinheiros, Consolação, Santa Cecília, Centro, Brás, Barra Funda, Jardim América, Jardins, Vila Mariana, Paraíso, Saúde, Planalto Paulista, Santana, Santo Amaro e Interlagos, Água Branca, Itaim, Alto de Pinheiros, Lapa,Tatuapé e Vila Formosa).
A Telefônica investiu no ano passado 200 milhões de reais na construção da nova rede e informa que já atraiu 100 mil clientes para a banda larga via fibra óptica. Sua meta é chegar em 2015 com 1 milhão de assinantes dos serviços Vivo Fibra.
André Kriger, diretor da área de fibra e ultrabandalarga da Telefônica|Vivo, informa que o público-alvo desse serviço são consumidores de alta renda. As conexões de alta velocidade estão sendo contratadas também por pequena empresas que precisam de muita banda, principalmente para aplicações de segurança com monitoramento de vídeo em tempo real.
O executivo observa que o consumidor está cada vez mais pedindo banda e que o acesso via fibra óptica vem para atender essa demanda, uma vez que o Speedy oferece velocidades máximas de até 8 mega. Ele diz que o FTTH é ideal para aplicações como IPTV por permitir taxas de transmissão bem mais veloz que as redes ADSL.
A estabilidade do serviço também é outra vantagem apontada por Krieger. "Como a fibra óptica passa luz por vidro, não há interferência nas conexões.
Com essas características, e a demanda pelo mercado por ultravelocidades, a Telefônica|Vivo já planeja novos planos do Vivo Fibra. Está previsto para o segundo semestre do próximo ano o lançamento da oferta de 300 Mbps e para até final de 2014 o pacote de 500 Mbps.
De olho nesse mercado, a Oi está também investindo na construção de uma rede FTTH. A operadora já está comercializando a conexão de Velox Fibra de 100 Mbps e 200 Mbps no Rio de Janeiro. Inicialmente, o serviço está disponível na Barra da Tijuca, com previsão de expansão para outras regiões da capital fluminense com alta densidade populacional.
A segunda cidade escolhida pela Oi para receber as duas velocidades é Belo Horizonte, com lançamento da oferta estimado para até o final do ano. Segundo a operadora, os preços promocionais para conexão de 100 Mbps e 200 Mbps é de 79,90 reais e 99,90 reais, respectivamente para assinantes que já possuem linha fixa da Oi. Para novos usuários, os preços são de 119,90 reais e 139,90 reais, respectivamente.
"A ideia é fazer uma oferta competitiva na fase de lançamento", informa Marco Dyodi, diretor de fibra da Oi. Hoje a conexão de banda larga Oi Velox de 15 Mbps via ADSL da operadora sai por 79,90 reais.
De acordo com Dyodi, o plano da Oi é cobrir 2,5 milhões de lares com Velox Fibra até 2015. A estratégia da operadora é entregar pela rede FTTH um pacote de novos serviços, entre os quais os de IPTV, que estão previsto para serem lançados até o final desse ano.
Na GVT, a conexão de 100 Mbps está sendo entregue desde 2009 pela sua rede Next Generation Network, que já foi projetada para entregar entregar todos seus serviços multimídia. Nesse caso, a operadora leva a fibra óptica do armário, que é uma espécie de mini central, que fica localizada a cerca de 400 metros do assinante, até residência dele.
Atualmente a GVT conta com a oferta de 100 Mbps em toda sua área de cobertura. O serviço é oferecido a 399,90 reais.
Já a Oi e a Telefônica estão construíndo redes novas baseadas em FTTH, cuja fibra sai da central telefônica e chega até os domícilios.
A TIM está trabalhando no projeto TIM Fiber, que, segundo a operadora, já conta com 5,5 mil quilômetros de fibra óptica nas regiões mais densas do País. Por essa infraestrutura, a prestadora de serviços está entregando a conexão Live TIM, com cobertura de 350 mil domicílios na cidade de São Paulo.