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Os modelos de Inteligência Artificial (IA), que se multiplicaram desde o lançamento do ChatGPT, carecem de transparência e representam um risco para os aplicativos que os utilizam como base técnica, segundo um estudo da Universidade de Stanford publicado nesta quarta-feira (19).

Um novo índice projetado e calculado por pesquisadores desta universidade californiana aponta que o modelo mais transparente entre os dez avaliados é o Llama 2, um sistema de Inteligência Artificial lançado pela Meta em julho e reutilizável livremente.

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Obteve, no entanto, uma pontuação de apenas 54%, ainda muito insuficiente, segundo os autores do estudo.

GPT-4, o modelo de linguagem criado pela Open AI – empresa financiada pela Microsoft por trás do famoso robô ChatGPT – obteve apenas 48% de transparência.

Os outros modelos conhecidos, como o Palm-2 do Google, ou o Claude 2, da empresa Anthropic (financiada pela Amazon), aparecem ainda mais abaixo no ranking.

Todos os modelos devem tentar alcançar entre 80% e 100% de transparência, estima o diretor de pesquisa de Stanford, Rishi Bommasani, sobre os chamados modelos "de fundação".

A falta de transparência torna mais difícil para as empresas "saberem se podem criar aplicativos seguros baseados nestes modelos de negócio" e "para os acadêmicos confiarem nestes modelos para sua pesquisa", explica o estudo.

Isso também complica a tarefa dos consumidores que querem "compreender os limites dos modelos, ou pedir uma indenização pelos danos sofridos", detalha.

Especificamente, "a maioria das empresas não divulga o alcance dos conteúdos protegidos por direitos autorais usados para treinar seu modelo. Também não divulga o uso de mão de obra humana para corrigir os dados de treinamento, o que pode ser muito problemático", enfatiza.

"Nenhuma empresa fornece informações sobre o número de usuários que dependem de seu modelo, nem fornece estatísticas sobre os países, ou mercados, que o utilizam", destaca Bommasani.

Segundo os autores, este índice de transparência pode ser usado no futuro por autoridades políticas e reguladoras.

União Europeia, Estados Unidos, China, Reino Unido e Canadá anunciaram seu desejo de uma IA mais transparente.

"A Inteligência Artificial é uma grande promessa de oportunidades incríveis, mas também apresenta riscos para a nossa sociedade, para a nossa economia e para a nossa segurança nacional", destacou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em julho, aos responsáveis pelas empresas do setor.

A questão esteve em destaque durante a reunião do G7 no Japão, em maio, e o Reino Unido se prepara para receber uma cúpula internacional sobre IA em novembro.

Entre os dias 19 e 20 de outubro, a Universidade Guarulhos (UNG) promoverá o evento gratuito “Encontro de Recursos Humanos”, nas unidades do Centro de Guarulhos e Itaquaquecetuba, das 10h às 12h. Dia 19, no Anfiteatro F do campus centro e dia 20, no auditório da UNG Itaquá.

O encontro é destinado para: empresas, gestores, graduandos, empresários e colaboradores que integram o RH de instituições recrutadoras. Para participar, é necessário se inscrever no seguinte formulário: https://forms.gle/WMhyuxc1qoje3pkd7. 

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A programação contará com a palestra “Inteligência Artificial e a Trabalhabilidade no século XXI", ministrada por: a gerente de Trabalhabilidade do grupo Ser Educacional, Vera Fidalgo; o advogado, psicólogo e professor, Antônio Braz de Lima; e a psicóloga e profissional de RH com foco em Gestão de Pessoas, Claudia Correa.

Também haverá a apresentação dos projetos da instituição voltados para a área, como a rede social gratuita Peixe 30, que promove networking e oportunidades, para usuários e empresas. Além da plataforma UNG Play, onde os alunos da universidade possuem acesso a conteúdo de diversas áreas.

Segundo o diretor da UNG Guarulhos, o professor Marcelo Rosa: “O evento traz um tema muito relevante para que profissionais responsáveis pelas áreas de Gestão de Pessoas e Recursos Humanos reflitam sobre atuação de forma mais estratégica. É o momento ideal para aprimorar e atualizar conhecimentos”, destaca.

Para outras informações, os interessados devem entrar em contato com a coordenadora de Extensão, Debora Gomes, através do e-mail extensao@ung.br ou o telefone (11) 2464-1151.

Serviço - Encontro de RH

Data: 19 de outubro de 2023

Horário: 10h às 12h

Local: UNG Centro 

Endereço: Praça Tereza Cristina, número 88 - Centro de Guarulhos/SP

 

20 de outubro de 2023

Horário: 10h às 12h 

Local: UNG Itaquaquecetuba

Endereço: Avenida Uberaba, número 251 - Vila Virgínia, Itaquaquecetuba/SP

O uso da inteligência artificial como ferramenta de estudo dentro de sala de aula têm sido muito discutido, principalmente com a recente popularização da tecnologia, em especial pela chegada do Chat GPT no fim de 2022. O programa funciona como um chatbot e se dispõe a dar respostas rápidas para comandos.

Segundo o bot, ele pode fazer responder a perguntas, esclarecer perguntas, explicar conceitos, escrever textos, criar conteúdo escrito, traduzir idiomas, resumir textos, auxiliar na programação com exemplos de códigos, resolver problemas matemáticos, fornecer recomendações, sugestões de filmes, livros, músicas, restaurantes, viagens, conversar e fornecer informações gerais.

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A ferramenta é de fácil acesso, exige um login apenas por endereço de e-mail, e alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro de 2023. A dúvida é, como utilizar essa tecnologia tão eficiente sem atrapalhar o processo de aprendizado e esforço dos estudantes? 

IA e instituições

Ariane Feijó, estudiosa e desenvolvedora de sistema e algoritmos com o uso de IA, defende que “não dá para desinventar o que já foi inventado” e, por isso, o ideal é ter a mente aberta para poder se adaptar e aprender a utilizar a tecnologia na nossa educação. Assim como a TV não acabou com o rádio, a IA não vai acabar com os estudos. Para a empresária, o essencial é trabalhar a IA para integrar a instituição:

“A gente tem que enxergar inteligência artificial como um estagiário. Ela tá em uma fase que é um estagiário, mas ela pode chegar no nível do pós-doutor, à medida que a gente for trazendo mais informações para dentro e dependendo da empresa, da organização ou instituição que está utilizando, daqui a pouco, por estar direcionando mais ela para os seus objetivos, ela vai chegar nesse nível de educação que nos ajuda muito mais rápido”, declara Feijó.

Para a empresária de 43 anos, as instituições deveriam “perder o medo da inteligência artificial” e aproximar a relação da inteligência artificial com as tendências da instituição, transformando a tecnologia em parceria no processo de trabalho. É essencial saber acompanhar a evolução para continuar se atualizando.

A desenvolvedora ainda defende que a escola não deve desencorajar os estudantes a usar IA, muito pelo contrário, que eles estimulem mas ensinando a utilizar da forma certa, sem que ultrapassem os limites da criação e da cópia.

Um dos problemas mais discutidos quando se pensa em uso de IA como o Chat GPT para educação, é a problemática do que é plágio e o que não é. Por fazer rápidas análises, textos e resumos, existe a preocupação sobre qual o limite do que a IA pode ou não fazer pelo estudante.

A estudiosa declara: “Eu acho que não se trata aqui de limite, mas se trata de educar sobre esse uso. O ponto número um que as pessoas têm que ter em mente: Não é porque leu, ou viu na inteligência artificial, ou gerou uma informação, um conteúdo, que tá pronto. A gente tem que pensar na inteligência artificial como uma maneira de co-criar conteúdo, e não de criar. Porque não é, ela não faz o trabalho pra nós. Ela otimiza, ela agiliza, ela nos ajuda.”

O bot pode, por exemplo, explicar uma frase ou um conceito que não foi entendido, enumerar fatos destaques que devem ser estudados, sugerir temas de pesquisa, otimizando o nosso trabalho intelectual, mas nunca criando o trabalho propriamente dito. Para Ariane isso é “potencializar o conhecimento” através da tecnologia.

“A inteligência artificial ela não vai ler por nós e ela não vai substituir que a gente faça a leitura dos artigos, mas ela pode nos ajudar a trazer uma compreensão prévia mais aprofundada daquilo que está no artigo, para que quando a gente for ler a gente já saiba quais são as principais perguntas de pesquisa, as principais hipóteses, o que eu tenho que prestar mais atenção na hora de ler, então ela nos traz mais contexto”, explica.

“Acho que isso é um ponto bem importante, a inteligência artificial, ela não substitui um professor, ela não substitui a avaliação, ela não substituir a necessidade de organizar para produzir um artigo muito bem estruturado, ela não substitui nada disso, mas ela nos ajuda a acelerar, agilizar esses processos”, continua a profissional.

Ética e Inteligência Artificial

Feijó também levanta a discussão do que é ético ou não no uso das tecnologias de inteligência artificial. Para ela, não existe limite para a mente humana, mas existe o que é ético e o que não é e como as pessoas estão utilizando a ferramenta.

“O que a gente tem que discutir é como é que está sendo o uso disso tudo enquanto sociedade, não é? O que está se fazendo com esses dados que a gente gera? E principalmente garantir que a gente não copia a informação dela, que a gente realmente co-cria. Eu acho que esse é o grande ponto”, detalha a empresária

Porém, com o chatbot mais utilizado, a versão gratuita torna esse processo de co-criação ainda mais limitado. Então o cuidado com checagem de plágio deve ser dobrado, nas palavras da profissional, “tem que co-criar ainda mais”. 

“Tem que ser uma revisão mais minuciosa, tem que, eventualmente, usar outras ferramentas de checagem de plágio, tem ferramentas gratuitas, inclusive, na internet, tem ferramentas que são usadas para verificar o plágio do conteúdo gerado pela Inteligência Artificial. A própria OpenAI, que é quem criou o chat GPT, tem essa ferramenta. Então, para garantir aquilo que eu estou fazendo”, conta Ariane. 

Para ela, hoje em dia, a “inteligência artificial está correndo nas veias da sociedade” e das organizações. Um dos problemas levantados pela profissional é a disponibilidade das pessoas de fazerem perguntas, pois, muitas vezes, só procuram a resposta. Com a IA, a forma que você faz a pergunta interfere diretamente na resposta. 

Com o exemplo do Chat GPT, Feijó ainda reforça que nem sempre a IA irá conseguir dar a resposta almejada, por isso tem que saber como utilizá-la: “nem sempre ela vai nos entregar o caminho todo, né? Ou ela vai precisar de mais dados, ela vai precisar acessar a internet, ela vai precisar buscar em outras frentes.”

A internet é cada vez mais necessária no nosso dia a dia e vem mexendo com a cultura das escolas e instituições. A profissional defende que a sociedade está ainda em um processo de amadurecimento digital, conhecendo e aprendendo como lidar com as atualizações das tecnologias.

Procurando entender sobre isso, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) realizou, no mês de maio de 2023, uma reunião para discutir o uso da inteligência artificial nas escolas. Em uma pesquisa global feita pela organização com 450 escolas e universidades mostrou que menos de 10% delas possuem políticas institucionais sobre o uso de inteligência artificial generativa, como o Chat GPT.

Assim a Unesco lançou, durante a Semana de Aprendizagem Digital, no mês de setembro, a primeira orientação global sobre o uso de IA generativa na educação e pesquisa, com sete passos que devem ser cumpridos para garantir um uso exato para o estudo. Um dos pontos declarados no livro de orientação é que o limite de idade para o uso de ferramentas deve ser de 13 anos.

Esta é uma das formas de cuidar e regulamentar o avanço das ferramentas digitais nas escolas, sem impedir a interação das crianças com a IA. A empresária Ariane Feijó deseja que as instituições sejam mais curiosas em relação às inteligências artificiais, pois as pessoas costumam colocar o medo da evolução na frente do interesse pela novidade.

“Eu acho (o uso de tecnologias no ensino) fantástico, mas todo mundo precisa aprender a usar. Precisa querer usar, né? Precisa olhar pra tudo isso com menos medo e mais curiosidade. As pessoas têm muito pouca curiosidade. E aí, gera medo. Porque tu não sabe o que é, já chega com preconceito, não funciona, não é bom”, afirma.

Porém, apesar dos muitos avanços, das várias funcionalidades, inclusive com uma orientação global de uso da tecnologia nas escolas já definida pela Unesco, Ariane Feijó acredita que o potencial de educação da IA ainda vai levar um tempo para ser realmente aplicada nas escolas.

“Eu acho que mesmo tendo esse potencial, (a IA) é uma coisa que vai levar tempo ainda, porque a tecnologia está muito conectada com cultura, então para que ela seja amplamente adotada, seja por empresa, por escola, tem que ter uma mudança cultural”, finaliza a especialista.

O Google anunciou nesta quarta-feira que seu novo smartphone Pixel contará com modelos potentes de inteligência artificial (IA) generativa, que funcionarão de forma independente no dispositivo, a fim de competir com o último iPhone.

O anúncio encerra a temporada de lançamentos de grandes dispositivos tecnológicos de outono, em que a Apple apresentou a série iPhone 15 e a Meta revelou oficialmente seu novo headset de realidade virtual.

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Com um chip poderoso, o Pixel 8 Pro do Google irá executar funções de IA no próprio dispositivo, em vez de depender de transferências de data centers na nuvem, que requerem grande largura de banda.

No lançamento, em Nova York, o vice-presidente de Dispositivos e Serviços do Google, Rick Osterloh, explicou que os departamentos de inteligência artificial da empresa descobriram como “refinar” os modelos de IA “em uma versão eficaz o suficiente para ser executada” em seu carro-chefe, o Pixel. Essa funcionalidade irá aperfeiçoar as ferramentas que usam IA existentes nos telefones Pixel, como a que permite eliminar imperfeições e elementos indesejados em fotografias.

Os telefones Pixel também começarão a testar um assistente digital com IA que deve trazer para os aparelhos muitos dos recursos do Bard, chatbot do Google semelhante ao ChatGPT.

Segundo a empresa, com o tempo, o assistente de IA irá oferecer ajuda em tempo real, sugerindo o melhor caminho em um trajeto, filtrando e-mails e planejando uma festa de aniversário, por exemplo.

O Assistant with Bard funciona por meio da fala, de indicações na tela ou do uso de imagens, de forma semelhante ao comportamento dos chatbots mais potentes.

A temporada de lançamentos de hardware das grandes empresas de tecnologia foi marcada por promessas de melhoras da IA, como a da Amazon, que anunciou uma atualização de sua assistente de voz, Alexa, para que ela funcione de forma mais humana "e inteligente".

O Google ressaltou que muitas dessas evoluções da IA estão em fase inicial e serão aprimoradas gradualmente. A empresa surpreendeu com a notícia de que o Pixel 8 Pro virá equipado com um leitor de temperatura corporal, com aprovação pendente dos reguladores americanos.

O ator Tom Hanks e a co-apresentadora de talk show do canal CBS Gayle King alertaram seus fãs sobre anúncios que apresentam impostores gerados por inteligência artificial (IA).

"Cuidado", destacou Hanks em uma mensagem no Instagram que mostra uma cópia digital não autorizada do ator.

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"Há um vídeo por aí promovendo um plano odontológico com uma versão minha de IA. Não tenho nada a ver com isso", afirmou.

A mensagem recebeu mais de 111.700 'curtidas' desde que o ator vencedor do Oscar a publicou no domingo para seus 9,5 milhões de seguidores no Instagram.

King, co-apresentadora do programa CBS Mornings, postou o que chamou de videoclipe falso dela, no qual supostamente pede aos espectadores que cliquem em um link para conhecer seu "segredo" sobre a perda de peso.

"Não tenho nada a ver com esta empresa", alertou a apresentadora no Instagram. "Nunca ouvi falar deste produto nem o utilizei! Por favor, não se deixem enganar por estes vídeos de IA".

As garantias contra o uso da inteligência artificial para replicar os atores foi um dos temas discutidos durante a greve de roteiristas que paralisou Hollywood até um acordo provisório, alcançado na semana passada.

A greve dos atores prossegue, sem uma solução à vista.

Os programas de IA generativa ganharam destaque no final do ano passado, com o ChatGPT demonstrando a capacidade de criar ensaios, poemas e conversas a partir de poucas informações.

Os modelos de IA adicionaram novos recursos, como a capacidade de gerar imagens digitais sob comando, o que aumenta o temor de que a tecnologia poderia ser utilizada para criar fotos e vídeos "falsos" para enganar as pessoas, levando o público a acreditar que são reais.

Os gigantes do setor de tecnologia Google, Meta e Microsoft estão entre as empresas que aceleraram os projetos para tentar rentabilizar as capacidades da IA generativa, ao mesmo tempo que tentam evitar os perigos como o potencial da tecnologia de ser utilizada como arma para a desinformação e o crime cibernético.

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O diretor da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou que a gigante da tecnologia está adicionando Inteligência Artificial (IA) aos assistentes digitais e aos novos óculos inteligentes Ray-Ban, em sua busca para recuperar terreno perdido na corrida global de IA.

Zuckerberg fez os anúncios na conferência Connect de desenvolvedores na sede principal do Vale do Silício, o evento de produtos mais importante da empresa.

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"As lentes inteligentes eventualmente nos permitirão reunir tudo em um formato elegante que podemos usar".

Os óculos inteligentes de segunda geração da Meta e da Ray-Ban, em parceria com a EssilorLuxottica, terão um preço base de US$ 299 e chegarão ao mercado em 17 de outubro.

Eles permitirão aos usuários transmitir o que veem e ouvem em tempo real, disse Zuckerberg, além de servir como suporte para assistentes virtuais na vida cotidiana.

A Meta também apresentou 28 assistentes de IA disponíveis para contato via WhatsApp, Messenger e Instagram, com "personalidades" baseadas em celebridades como Snoop Dogg, Paris Hilton e a estrela do YouTube MrBeast.

"Mas entendam, isso está apenas começando e ainda tem muitas limitações, vocês verão quando usarem", alertou.

A Meta tem adotado uma abordagem mais cautelosa para o desenvolvimento de produtos de IA em comparação com seus concorrentes Microsoft, OpenAI e Google. A empresa priorizou dar pequenos passos e construir seus próprios modelos para desenvolvedores e pesquisadores.

A Meta também revelou sua versão mais recente do capacete de realidade virtual Quest, que agora possui gráficos e áudio aprimorados, e a capacidade do usuário de ver seu ambiente sem tirar o dispositivo, como constatou a AFP em uma demonstração.

Este produto de realidade virtual é consideravelmente mais acessível do que o Vision Pro da Apple, que tem um preço inicial de US$ 3.499 (R$ 17.600) e estará disponível no início do próximo ano apenas nos Estados Unidos.

Os óculos inteligentes são uma das muitas abordagens que as grandes empresas de tecnologia têm adotado para ir além dos smartphones e oferecer um dispositivo amigável, até agora com pouco sucesso.

A Connect foi o primeiro evento presencial da Meta desde 2019, antes da pandemia.

A desenvolvedora do ChatGPT anunciou, nesta segunda-feira (25), que está adicionando habilidades de voz e imagem a esta plataforma de Inteligência Artificial (IA) generativa, por muito tempo limitada a comandos por escrito.

Segundo a OpenAI, as funcionalidades, que estão sendo adicionadas às versões pagas deste serviço, permitem aos usuários conversar com a IA e inclusive "mostrar-lhe" do que estão falando.

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"A voz e a imagem te dão mais formas de usar o ChatGPT em sua vida", informou a companhia em uma publicação.

"Tire uma foto de um local emblemático durante uma viagem e tenha uma conversa ao vivo sobre o que tem de interessante", acrescentou.

Os exemplos sobre como as novas funções podem ser usadas incluem tirar uma foto do interior de uma geladeira para obter sugestões de receitas ou fotografar os deveres de matemática de uma criança para receber ajuda resolvendo os problemas.

As funções de voz e imagem serão implementadas para usuários do ChatGPT Plus e Enterprise nas próximas semanas e, eventualmente, serão desenvolvidas para os sistemas operacionais móveis da Apple e do Google, de acordo com a OpenAI.

Segundo a empresa, as interações com a fala tornaram-se mais realistas ao contar com vozes de atores.

Os programas de IA generativa, chamados assim por sua capacidade de criar textos, imagens ou conteúdos complexos a partir de dados já existentes, ficaram famosos no ano passado com a habilidade do ChatGPT para gerar ensaios, poemas e conversas a partir de breves indicações.

Gigantes da tecnologia como Google, Meta e Microsoft competem para entrar na era da IA generativa, enquanto tentam evitar os potenciais perigos dessa tecnologia, como a desinformação e os crimes cibernéticos.

A Amazon anunciou, nesta segunda-feira (25), um investimento de até US$ 4 bilhões (R$ 19,6 bilhões, na cotação atual) na empresa americana Anthropic, de Inteligência Artificial (IA), que desenvolve um programa rival do ChatGPT, o que vai acelerar a corrida mundial dessas tecnologias.

Com esta colaboração, a gigante do comércio online e da "nuvem" (armazenamento de dados acessíveis à distância) terá uma participação minoritária na Anthropic, que criou o Claude, um "chatbot" que concorre com o ChatGPT, a conhecida ferramenta de Inteligência Artificial da OpenAI.

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A Anthropic usará os chips da Amazon Web Service (AWS) – a maior empresa de "nuvem" do mundo – desenvolvidos especificamente para construir modelos de "machine learning" (aprendizado automático).

Este acordo permitirá, segundo a Amazon, acelerar os futuros modelos de "chatbot" da Anthropic, aos quais os usuários da AWS terão acesso.

A Inteligência Artificial "generativa", capaz de gerar novos conteúdos a partir de dados de aprendizado, desperta muito interesse entre os gigantes da Internet.

Há poucos dias, a Amazon anunciou que sua assistente virtual Alexa terá Inteligência Artificial.

A Microsoft informou, na última quinta-feira, que iria integrar a nova interface de Inteligência Artificial generativa da OpenAI em seu mecanismo de busca Bing.

A Anthropic, com sede em San Francisco, é considerada uma líder na área.

"Temos um enorme respeito pela equipe e pelos modelos fundadores da Anthropic e acreditamos que podemos ajudar a melhorar a experiência dos clientes, no curto e no longo prazo, por meio de uma colaboração mais profunda", disse o CEO da Amazon, Andy Jassy.

Os gigantes do Vale do Silício e os grandes fundos de investimento apostam na Inteligência Artificial enquanto procuram um aplicativo que lhes forneça uma vantagem decisiva.

O sucesso instantâneo do ChatGPT chamou a atenção para os "chatbots" e gerou imitadores e rivais, entre eles o Google com seu chatbot Bard.

Os titãs chineses Tencent e Baidu também lançaram bots que, segundo eles, podem competir com o ChatGPT.

- O mercado de chips -

Este acordo entre a Anthropic e a Amazon é, acima de tudo, um passo decisivo na corrida para desenvolver chips para impulsionar a IA.

As empresas do setor querem parar de usar chips fabricados pela líder do mercado NVIDIA, segundo o analista-chefe de pesquisa de IA da S&P Global Market, Nick Patience.

"Será difícil para qualquer um fazer alguma diferença nos próximos 12 a 18 meses", disse ele à AFP.

Mas acordos como este entre a Amazon e a Anthropic podem ajudar a mudar o cenário em cinco anos.

A Anthropic concorda em usar não apenas os chips da Amazon, mas também sua capacidade instalada na nuvem, Amazon Web Services (AWS) - centros de dados que armazenam e processam dados em grande escala.

A Amazon afirmou que assumirá uma "participação minoritária" no seu novo sócio, que já arrecadou mais de 1 bilhão de dólares (4,9 bilhões de reais na cotação atual) desde a sua criação em 2021.

O comunicado garante que o chatbot "Claude" ajudará os clientes da AWS "de todos os tamanhos a desenvolver novos aplicativos generativos impulsionados por IA para transformar suas organizações".

O acordo intensifica a concorrência entre Amazon e Google, que abriu seus serviços na nuvem para a Anthropic e investiu 300 milhões de dólares (1,4 bilhão de reais) para adquirir 10% da empresa.

Os modelos de IA exigem uma potência de computação enorme, por isso as empresas de IA contam com centros de dados na nuvem fornecidos por empresas como AWS, Google Cloud e Microsoft Azure.

À medida que os gigantes da tecnologia impulsionam os seus próprios objetivos de Inteligência Artificial, eles buscam estabelecer vínculos com empresas de IA menores: a Microsoft lidera o caminho com um investimento bilionário na OpenAI.

A popular assistente virtual Alexa, da Amazon, está prestes a ser incrementada com a inteligência artificial (IA) generativa, anunciou, nesta quarta-feira (20), a empresa em um esforço para entrar em uma corrida liderada por ChatGPT, Google e Microsoft.

As assistentes de voz, como Alexa, ou Siri, da Apple, costumam ser candidatas perfeitas para dotar sua tecnologia, às vezes irregular e robótica, com as habilidades da IA generativa, capaz de produzir textos, imagens e conteúdo a partir de dados básicos existentes.

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A IA generativa, como a usada no famoso ChatGPT, produz conteúdos tão complexos quanto um poema ou um ensaio acadêmico em questão de segundos, e o objetivo da Amazon é que a Alexa consiga fazer isso e até mais com comandos de voz da sala de estar ou da cozinha do usuário.

Em um evento nas instalações da empresa perto de Washington, a empresa informou que uma versão em inglês da "Alexa AI" estaria disponível como um opcional em todos os dispositivos nos Estados Unidos nos próximos meses.

"Vai levar um tempo integrar estas tecnologias na superfície ampla que é a Alexa. Mas sou muito otimista e acredito que vamos começar com o pé direito", explicou Dave Limp, vice-presidente-sênior de dispositivos e serviços da Amazon.

Com a mudança, a Alexa vai ser capaz de conversar em tom mais pessoal e deixar de lado seu tom robótico, antecipou a gigante tecnológica.

A assistente também aproveitaria a informação em tempo real, dando um tom de uma relação pessoal com o usuário, que incluiria o conhecimento de seus hábitos ou times esportivos favoritos, por exemplo.

De fato, o usuário poderia dizer: "'Alexa, ligue a cafeteira, abra as persianas, diminua as luzes do escritório e exiba as notícias da manhã'. E, assim, uma rotina seria criada", explicou Limp.

Daniel Rausch, executivo a cargo da Alexa, disse à imprensa que a IA daria ênfase adicional à precisão e que os esforços da empresa na IA não eram comparáveis aos chatbots, que demonstraram emitir imprecisões ou sair do controle.

A Amazon também apresentou seu último dispositivo inteligente para o lar, o Echo 8, assim como uma barra de som para aparelhos de TV e novas habilidades de busca alimentadas pela IA em seu serviço FireTV.

O Google expandiu o alcance do seu chatbot Bard para outras plataformas e serviços da empresa, incluindo Gmail, Docs e Youtube.

Em uma postagem de blog atribuída na terça-feira a Yury Pinsky, diretor de gerenciamento de produtos da Bard, a unidade da Alphabet disse que a partir de terça-feira um novo serviço chamado Bard Extensions "pode encontrar e mostrar informações relevantes das ferramentas do Google que você usa todos os dias, como Gmail, Docs, Drive, Maps, YouTube e Google Flights and Hotels, mesmo quando as informações que você precisa estão em vários aplicativos e serviços".

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Bard agora também permitirá que você verifique a precisão das respostas de Bard usando o botão "Google It".

"Quando você clica no ícone "G", o Bard irá ler a resposta e avaliar se há conteúdo na para comprová-la", escreve Pinsky. "Quando uma declaração pode ser avaliada, você pode clicar nas frases destacadas e saber mais sobre como apoiar ou contradizer as informações encontradas pela pesquisa."

Outro novo recurso permite que você pegue uma conversa do Bard que foi iniciada por outra pessoa e enviada a você por meio de um link público.

Fonte: Dow Jones Newswires.

O Centro de Informática (Cin) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abriu inscrições para curso gratuito de capacitação na área de fotografia computacional com foco em inteligência artificial e dispositivos móveis. A formação será remota e terá duração total de 180 horas, além de oferecer certificado para os alunos concluintes. As inscrições vão até 9 de outubro, por meio de formulário online.  

Estudantes e profissionais de todo Brasil podem se inscrever, sendo necessário cursar graduação ou pós graduação, ou já ter concluído em instituições reconhecidas pelo MEC. Os interessados ainda devem atender os requisitos básicos de conhecimento de programação em Python e programação básica em C++. Além de noções em estatística e probabilidade. 

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A lista com os pré-selecionados será divulgada no dia 18 de outubro, no site do Cin. Mais informações estão disponíveis no edital

Uma das habilidades dos profissionais, mesmo com o avanço da tecnologia nas empresas, é inovar as formas de conquistar consumidores. Neste 15 de setembro, Dia do Cliente, a treinadora e especialista em Comunicação e Programação Neurolinguística, Mari Possidônio, explica as neurovendas, abordagem de vendas que se baseia em princípios da neurociência e da psicologia.  

Com anos de pesquisas, esse mapa mostra qual parte do cérebro direciona o processo de compra e o objetivo desse estímulo é aumentar as vendas do negócio.

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“Para identificar padrões de comportamento cerebral relacionados ao processo de tomada de decisão de compra. Entendendo como o cérebro do consumidor responde a estímulos emocionais e psicológicos, usando a memória, atenção, motivação e recompensa”, afirma Mari.

Os gatilhos mentais identificados pelo autor e psicólogo Robert Cialdini podem ser:  

Reciprocidade: ofereça algo de valor ao cliente primeiro, como informações úteis ou brindes.  

Autoridade: demonstre conhecimento e expertise no campo relacionado ao produto. 

Escassez: Destaque a disponibilidade limitada do produto ou ofertas por tempo limitado.  

Compromisso e Consistência: faça com que o cliente concorde com algo pequeno relacionado ao produto.  

Empatia: mostre compreensão pelas necessidades do cliente.  

Prova Social: Apresente evidências de clientes satisfeitos.  

Contraste: Compare seu produto com outros, destacando suas vantagens específicas.  

Histórias: Conte histórias que ilustram como seu produto resolve problemas.  

Emoção: Conecte-se emocionalmente, mostrando como seu produto melhora a vida do cliente.   

Do ponto de vista da especialista, a inteligência artificial pode analisar grandes volumes de dados do cliente e criar estratégias de personalização altamente eficazes.

“Usando algoritmos, a IA pode prever com precisão o comportamento futuro do consumidor com base em padrões de compra passados e outros dados, os chatbots e assistentes virtuais podem interagir com os clientes instantaneamente em tempo integral, reduzindo os custos operacionais e melhorando a eficiência, permitindo que as equipes de vendas se concentrem em tarefas de maior valor agregado”, finaliza Possidônio.

Desde a pandemia da Covid-19, têm se tornado cada vez mais frequentes nos cartórios de notas do Brasil registros de diretivas antecipadas de vontade (DAVs) feitas por pessoas que desejam proteger sua imagem e voz, diante do avanço da inteligência artificial (IA).

Segundo disse à Agência Brasil a vice-presidente do Colégio Notarial do Brasil seção Rio de Janeiro, Edyanne de Moura Frota Cordeiro, tabeliã titular do 7º Ofício de Notas, os tabelionatos já registraram cerca de 5 mil DAVs em todo o país, nos últimos três anos. No estado do Rio de Janeiro, foram 107 escrituras sobre direitos digitais, sendo 31 somente nos primeiros semestre deste ano. O maior número de registros se concentra nas regiões Sudeste e Sul, informou.

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O assunto ganhou destaque recentemente após a aparição da cantora Elis Regina em um comercial da Volkswagen, cuja imagem foi reconstituída a partir de inteligência artificial. Elis Regina morreu em 1982.

Caso semelhante ocorreu com o ator americano Paul Walker, que faleceu em um desastre de carro, em 2013, no meio das filmagens do filme Velozes e Furiosos 7. Para concluir o longa-metragem, foi utilizada tecnologia de computação gráfica (CGI, na sigla em inglês). 

Na tecnologia, as imagens geradas por computador têm três dimensões e profundidade de campo. A cantora Madonna também alterou seu testamento, proibindo o uso de hologramas após sua morte. Tais fatos despertaram a atenção da sociedade para as escrituras sobre direitos digitais.

A tabeliã lembrou que, em paralelo ao desenvolvimento da mídia e ao aparecimento de influencers em plataformas digitais, a IA vem sendo cada vez mais aprimorada “e, hoje em dia, se pode fazer várias coisas com a voz da pessoa e imagem, mesmo pós-mortem. Por isso, ela destacou a necessidade de se regular as relações jurídicas.

Instrumentos

De acordo com Edyanne, os instrumentos vão se diferenciar. No caso de uma pessoa que quer ter suas obras perpetuadas depois de morta, como letras de música, imagens, voz, por exemplo, ou mesmo partilha de bens, o instrumento adequado seria o testamento, que só terá eficácia depois que a pessoa morrer.

Contudo, se for uma preocupação em vida, o instrumento são as DAVs. Isso se aplica a pessoas vivas que desejam preservar os direitos de voz ou imagem em caso de algum acontecimento inesperado, como problema de saúde, acidentes, situação de hospitalização sem discernimento ou coma. Nesses casos, a pessoa pode fazer uma diretiva para proteger tanto senhas de acesso, códigos de redes sociais, ativos, mas também regular o que vai ser feito com sua imagem e voz, caso ela esteja impossibilitada de manifestar a sua vontade. Esse é um instrumento novo que poucas pessoas sabem que existe, afirmou. “Nós temos esses dois tipos de documentos de escrituras notariais.”

Ética

Os direitos digitais são objeto do Projeto de Lei 3.592/2023, de autoria do senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL), que busca disciplinar e estabelecer regras para a utilização das imagens e recursos digitais, principalmente no caso de pessoas já falecidas. “Porque a pessoa viva ainda tem como se defender”, advertiu a vice-presidente do CNB/RJ.

De acordo com o PL, o uso da imagem de uma pessoa falecida por meio de inteligência artificial só será permitido com o consentimento prévio e expresso da pessoa em vida ou dos familiares mais próximos. A proposta ainda determina que a permissão deve ser obtida e apresentada de forma clara, inequívoca e devidamente documentada, especificando os objetivos a serem alcançados com o uso de imagens e áudios.

Edyanne Cordeiro avaliou que a questão de bioética é muito recente e não está ainda regulada. “Tudo surgindo agora, tanto no que se refere à sucessão e ao que for usado depois da morte, reunidos na chamada herança digital, como aos direitos da personalidade, porque a pessoa está viva”. São direitos existenciais, constitucionais. “Têm muitos liames porque, se a pessoa não deu autorização e terceiros forem usar, isso vai gerar muita demanda de ações de indenização por danos morais e, até, danos materiais, porque pode-se manchar a imagem da pessoa e ela acabar perdendo direitos.”.

A tabeliã alertou que herdeiros, inclusive, podem ser vítimas de uso indevido de imagem e voz de parentes e deverão pedir indenização.

Plataforma

Para realizar uma DAV, a pessoa interessada deve comparecer em um cartório de notas com documentos pessoais ou fazer o procedimento em plataforma digital nacional, administrada pelo Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil.

No formato eletrônico, o cidadão escolhe o cartório de notas de sua preferência para solicitar o serviço. Em seguida, é agendada uma videoconferência com o tabelião de notas e a escritura é assinada eletronicamente, por meio de um certificado digital gratuito que pode ser emitido pela mesma plataforma. Embora gratuito, esse certificado vai servir somente para questões de cartório.

Segundo Edyanne, a antecipação de vontade é muito simples e não necessita de testemunhas, nem de acompanhamento por advogado. “A DAV é para se precaver em vida”, ressaltou. A tabela dos cartórios de notas para fazer uma DAV estabelece custo médio em torno de R$ 300, no estado do Rio de Janeiro. Dependendo do que for inserido na diretiva, o preço pode subir. Para testamentos, o valor tende a ser maior.

O testamento público é o documento pelo qual uma pessoa, denominada testador, declara como e para quem deseja deixar seus bens após sua morte. Para realizar o ato, é necessária a presença de duas testemunhas que não podem ser herdeiras ou beneficiadas pelo testamento, além dos documentos de identidade de todas as partes, requerentes e testemunhas. A presença de um advogado é opcional. O documento pode ser alterado e revogado enquanto o testador viver e estiver lúcido, e terá validade e publicidade somente após a sua morte.

Tabelionatos

O Colégio Notarial do Brasil - Seção Rio de Janeiro é a entidade de classe que representa institucionalmente os tabelionatos de notas do estado. As seccionais dos colégios notariais de cada estado estão reunidas em um Conselho Federal (CNB/CF), que é filiado à União Internacional do Notariado (UINL).

A entidade não governamental reúne 88 países e representa o notariado mundial existente em mais de 100 nações, correspondentes a dois terços da população global e 60% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, praticando atos que conferem publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos negócios jurídicos pessoais e patrimoniais, contribuindo para a desjudicialização. 

Alguns têm medo e outros consideram um fenômeno "interessante". Os programas de Inteligência Artificial (IA), que recriam vozes de artistas, representam um desafio para a indústria musical, consciente de que terá que lidar com o tema.

- "Em todas as partes" -

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A voz de Frank Sinatra, falecido em 1998, é encontrada em uma versão da música "Gangsta's Paradise" de Coolio, e Angèle teve a surpresa de ouvir-se cantando "Saiyan", música dos rappers franceses Heuss L'Salaud e Gazo. O vídeo foi visto mais de 1,8 milhão de vezes no YouTube.

"Não sei o que pensar da inteligência artificial. Me parece uma loucura, mas, ao mesmo tempo, temo por minha profissão", escreveu a cantora belga em suas redes sociais.

"A IA está absolutamente em todas as partes, a todo momento. Seja nas reflexões da indústria musical ou na arte. É mais visível do que antes, porque a tecnologia se democratiza", explica à AFP Alexandre Lasch, do Sindicato Nacional da Edição Fonográfica na França (SNEP).

"À medida que os aplicativos são desenvolvidos, a regulação é discutida a nível europeu. Nos Estados Unidos, a maior preocupação é a transparência com as ferramentas da IA, porque o mais importante continua sendo o respeito ao artista e à criação", acrescenta.

- Raiva contra a IA -

"A IA é demoníaca", afirmou o rapper californiano Ice Cube no podcast Full Send.

"É a gota d'água", lamentou o rapper canadense Drake, que se considera afetado por processos que imitam o timbre da voz.

Por exemplo, em uma versão de "Munch", canção da rapper americana Ice Spice, ou de "Heart On My Sleeve", falsa colaboração criado entre ele e outro famoso artista canadense, The Weeknd, ouvida mais de 10 milhões de vezes no TikTok em questão de horas.

E a propriedade intelectual? "O que você protege com os direitos autorais é a expressão de uma ideia. A voz não é realmente isso", avalia Andrés Guadamuz, professor de Direito de propriedade intelectual na universidade britânica de Sussex.

- Fenômeno "interessante" -

Um álbum inteiro do Oasis, grupo que se separou em 2009, apareceu rebatizado de AIsis (AI por inteligência artificial em inglês). "Escutei apenas uma canção", comentou em suas redes o cantor Liam Gallagher, "e era melhor do que outras que ouvi ultimamente".

Paul McCartney qualificou o fenômeno de "muito interessante" na BBC Radio 4.

"É algo que todos (nós) estamos compreendendo neste momento", destacou.

O astro mencionou o caso de uma canção inédita dos Beatles que será gravada usando a IA para recriar a voz de John Lennon, sob controle de seus herdeiros.

Por outro lado, o Spotify "está realizando discussões sérias sobre como administrar o poderoso potencial das tecnologias IA", afirmou à AFP um porta-voz da plataforma de streaming.

O objetivo do aplicativo, no entanto, continua sendo "ajudar os artistas a se conectar com o público, monetizar sua arte e construir sua carreira", acrescenta.

- Resista, prove que você existe -

Em junho, a plataforma Deezer indicou ter desenvolvido uma tecnologia que a permite identificar as canções que clonam as vozes das estrelas da música por meio da IA.

"Nosso objetivo é eliminar os conteúdos ilegais e fraudulentos, aumentar a transparência e desenvolver um novo sistema de remuneração no qual os artistas profissionais sejam recompensados pela criação de conteúdos valiosos", afirmou em um comunicado.

Desde abril, a Universal Music pede a plataformas como Spotify e Apple Music que impeçam o acesso a seu catálogo daqueles que desejam utilizá-lo para enriquecer os programas de IA, informou o jornal Financial Times.

Além disso, Google e Universal Music estão negociando possíveis licenças para as melodias e vozes de artistas geradas com a IA, segundo a mesma publicação.

A ideia é definir ferramentas para poder recompensar os herdeiros quando os fãs criarem obras de seus ídolos com programas de IA.

A filosofia do longo prazo, principal ideologia do Vale do Silício, centraliza os debates sobre o papel da Inteligência Artificial (IA) na extinção da humanidade. No entanto, seus críticos alertam que ela não abrange os problemas associados a esta nova tecnologia, como os roubos de dados e o enviesamento dos algoritmos.

O bilionário Elon Musk e o diretor-executivo da OpenAI, Sam Altman, surpreenderam quando alertaram em uma carta aberta que a IA representava um risco de extinção para a humanidade.

Seus críticos consideraram, entretanto, que os empresários fizeram o pronunciamento com a intenção de afirmar que somente seus projetos poderiam apresentar uma salvação.

As ideologias associadas à filosofia do longo prazo, como o transumanismo - a crença de que os seres humanos podem ser transformados com a tecnologia - ou o altruísmo eficaz (criar o máximo de bem-estar possível) já exercem uma influência considerável nas universidades anglo-saxônicas e no setor tecnológico.

Peter Thiel e Marc Andreessen são dois dos grandes investidores que começaram a financiar empresas que procuram prolongar a vida humana.

Simultaneamente, cresce o número de críticos destas correntes, que, em termos gerais, se concentram na melhoria do bem-estar da humanidade a longo prazo, em vez de focar nos indivíduos de hoje. Para estes opositores, a ameaça é clara: ela exerce muita influência nos debates públicos e pode ser perigosa.

- Alertas -

O escritor e historiador Emile Torres abraçou esta corrente ideológica no passado, mas agora é um de seus maiores críticos.

Em uma entrevista à AFP, alertou que a filosofia do longo prazo tem como base os mesmos princípios que justificaram assassinatos em massa e genocídios no passado.

Os defensores desta ideologia se projetam em um futuro distante em que milhões de pessoas viajarão ao espaço para colonizar novos planetas. Também acreditam que se deve ter o mesmo dever com cada um destes futuros humanos, assim como com qualquer um dos que vivem hoje. E como são tantos, eles têm muito mais peso que a humanidade atual.

Para Torres, este raciocínio torna o longo prazo "verdadeiramente perigoso".

"Quando você tem uma visão utópica do futuro" e "as combina com uma moral utilitarista que diz que o fim pode justificar os meios, é perigoso", explica o autor do livro "Human Extinction: A History of the Science and Ethics of Annihilation" (Extinção humana: História da Ciência e a Ética da Aniquilação, em tradução livre).

Assim como outros especialistas, Torres busca redirecionar o debate para os problemas reais causados pela IA, como os direitos autorais, os preconceitos cognitivos ou a concentração de riqueza por um grupo de empresas.

Mas esse discurso, no entanto, esbarra nas opiniões cada vez mais alarmantes sobre o futuro, diz o autor.

"Falar sobre a extinção da humanidade, de um acontecimento verdadeiramente apocalíptico em que todos morrem, é muito mais emocionante do que falar sobre trabalhadores quenianos que recebem US$ 1,32 (cerca de R$ 7, na cotação atual) por hora" para moderar o conteúdo do IA, ressalta o historiador.

- Eugenia? -

A filosofia do longo prazo surgiu do trabalho do filósofo sueco Nick Bostrom sobre o risco existencial e o transumanismo nas décadas de 1990 e 2000.

De acordo com a pesquisadora Timnit Gebru, ex-membro da equipe de pesquisa sobre ética e IA do Google – que foi demitida – o transumanismo tem sido vinculado à eugenia (tentativa de "melhorar" a humanidade por meio da seleção genética) desde o seu início.

O biólogo britânico Julian Huxley, que assinou o termo, também era um teórico da eugenia. Bostrom também foi, por muito tempo, acusado de apoiar este movimento.

O filósofo, que atualmente é presidente do Instituto para o Futuro da Humanidade da Universidade de Oxford, pediu desculpas em janeiro após admitir ter escrito publicações racistas na internet na década de 1990.

"Sou a favor da eugenia? Não, não no sentido em que o termo é geralmente entendido", disse ele na época.

A empresa chinesa Baidu lançou, nesta quinta-feira (31), o primeiro robô conversacional (chatbot) de Inteligência Artificial disponível no país, o ERNIE Bot, treinado para evitar questões sensíveis para o Partido Comunista, como a repressão de Tiananmen (Praça da Paz Celestial) ou a soberania de Taiwan.

O lançamento do aplicativo, que não está disponível fora da China, é um grande avanço para a indústria de tecnologia do país, que pretende tornar-se líder mundial em Inteligência Artificial (IA) até 2030.

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A mudança ocorre depois que as autoridades chinesas publicaram, neste mês, regras para desenvolver aplicativos de IA para competir com a Microsoft ou o ChatGPT, mantendo o controle governamental sobre os dados.

"Estamos emocionados em anunciar que o ERNIE Bot está totalmente aberto ao público em geral a partir de 31 de agosto", anunciou Baidu em comunicado.

"Além do ERNIE Bot, a Baidu planeja lançar uma série de aplicativos de IA que permitirão aos usuários experimentar as quatro habilidades básicas da IA generativa: compreensão, geração, raciocínio e memória", disse.

Outros grupos chineses que trabalham com IA também receberam sinal verde das autoridades, incluindo a Sensetime, presente na Bolsa de Hong Kong, que abriu inscrições para o seu robô SenseChat, enquanto a Baichuan Intelligent Technology e a Zhipu AI anunciaram que os seus bots já estão online.

O ERNIE Bot foi originalmente lançado em março, mas com disponibilidade limitada.

Com seu lançamento público, o grupo Baidu será capaz de obter um feedback humano "massivo" para melhorar rapidamente o aplicativo, disse o CEO da Baidu, Robin Li, citado no comunicado.

Os aplicativos de IA generativa são treinados em grandes quantidades de informações, assim como na sua interação com os usuários, para serem capazes de responder a perguntas, até mesmo consultas complexas, em linguagem semelhante à humana.

O rápido sucesso do ChatGPT da empresa americana OpenAI, que é proibido na China, desencadeou uma corrida internacional para desenvolver aplicativos rivais, incluindo geradores de imagem e vídeo.

- "Mudar de assunto" -

Na China, os aplicativos devem "aderir aos valores básicos do socialismo" e abster-se de ameaçar a segurança nacional e promover o terrorismo, a violência ou o "ódio étnico", de acordo com as orientações divulgadas este mês.

Testado pela AFP nesta quinta-feira, o ERNIE Bot respondeu facilmente a perguntas como "Qual é a capital da China?" ou "Você tem hobbies?". Mas evita temas delicados, como a repressão aos protestos pró-democracia na Praça Tiananmen em 1989: "Vamos mudar de assunto e começar de novo".

Taiwan, a ilha autônoma que a China considera sob a sua soberania, é definido pelo robô como "parte do território sagrado da República Popular da China".

"A soberania e a integridade territorial da China não podem ser violadas ou divididas", argumentou. "Vamos conversar sobre outra coisa", acrescentou rapidamente.

E quando questionado se pode falar livremente sobre qualquer coisa, ERNIE respondeu: "Podemos conversar sobre o que você quiser. Porém, lembre-se que alguns assuntos podem ser delicados ou tocar em aspectos jurídicos e, portanto, estão sujeitos à sua responsabilidade".

A OpenAI lançou o ChatGPT em novembro do ano passado como um sistema conversacional capaz de formular respostas detalhadas em questão de segundos sobre os mais diversos temas, ou até mesmo escrever dissertações.

- Líder mundial -

As façanhas do ChatGPT são seguidas de perto na China, onde a interface é bloqueada sem qualquer software de desvio, como um VPN.

A China aspira tornar-se líder mundial em IA até 2030, o que revolucionará muitos setores, como a indústria do automóvel e a medicina.

A empresa chinesa Baidu foi a primeira no país a anunciar que estava trabalhando em um equivalente local ao ChatGPT.

O anúncio do seu lançamento público foi bem recebido nesta quinta-feira pela Bolsa de Valores de Hong Kong, onde as ações da Baidu operavam em alta 3,2% às 1h30 (horário de Brasília).

A Tencent, líder nos jogos eletrônicos, e a pioneira do comércio online Alibaba também anunciaram que estão trabalhando neste setor.

 A Receita Federal do Brasil (RBF) participará da 2ª Chamada da Seleção Pública de “Soluções de IA para o Poder Público”, que será realizada na próxima segunda-feira (21). O órgão federal participa da rodada em busca de soluções inovadoras para a área aduaneira, jurisdição da alfândega brasileira. O desafio é a “classificação de mercadorias via raio-X (X-Class). No evento, órgãos federais se unem a startups de tecnologia para viabilizar soluções inteligentes ao serviço público federal. 

A ideia é que as startups participantes proponham soluções para a análise das imagens de raio-X dos contêineres que possam ser somadas à inteligência artificial já existente, o Sistema de Seleção Aduaneira por Aprendizado de Máquina (Sisam), que analisa as declarações. 

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O objetivo é obter ganhos na detecção de erros de classificação na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e em atividades correlacionadas como a detecção de erros de quantidade, a detecção de itens não listados e a previsão dos códigos NCM corretos para cada mercadoria. O melhor projeto apresentado receberá recursos de subvenção econômica para startups para o seu desenvolvimento. 

A seleção pública é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e conta com apoio técnico da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (SGD-ME) e da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Cada empresa poderá enviar até duas propostas, desde que em desafios tecnológicos distintos. As propostas devem ser submetidas por startups que atendam os requisitos expostos no edital, e serão apoiados os melhores projetos apresentados para cada desafio tecnológico. 

O Ministério da Economia fará live para explicar o edital no dia 21  

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cobrou nesta sexta-feira, 18, avanços no Congresso de uma regulação "minimalista" do uso da inteligência artificial.

"Há necessidade de regulação. O mal não é a inteligência artificial ou as redes sociais. Quem utiliza mal as redes sociais são as pessoas. Quem deve ser responsabilizado são as pessoas, jurídicas e físicas", declarou Moraes durante fórum sobre inteligência artificial promovido pela Fundação Milton Campos (FMC), braço de estudos políticos do Progressistas.

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O presidente do TSE disse que se o Congresso e os partidos não começarem a discutir rápido a regulação das novas tecnologias, o País pode recair novamente nas próximas eleições num círculo vicioso, no qual a falta de regulação força a justiça eleitoral a regulamentar, sendo assim acusada de usurpar o poder legislativo.

Assim como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que antecedeu Moraes no fórum, o ministro do STF enfatizou, por outro lado, benefícios trazidos pela tecnologia. Lembrou, por exemplo, que ferramentas de inteligência artificial vêm facilitando pesquisas jurisprudenciais, ajudando a tramitação de ações no Supremo, que, ressaltou, "é a corte que mais recebe processos no mundo". "São 29 por ministro por dia", disse Moraes.

Arthur Lira defendeu rigor na legislação contra crimes do mau uso da inteligência artificial. "Precisamos pensar urgentemente em legislações para regular a inteligência artificial", afirmou o deputado.

Ao lado de Moraes, Lira disse que o TSE terá nas próximas eleições muito trabalho em razão do uso indevido da inteligência artificial, como a manipulação de imagens e de discursos para interferir decisivamente na escolha de algum candidato.

"Devemos ser cautelosos. A inteligência artificial pode representar um risco para todos nós. Já está sendo usada, evidentemente, para o bem, como na identificação precoce do câncer, mas também para o mal", declarou o parlamentar durante fórum sobre o tema promovido pela Fundação Milton Campos (FMC), entidade de estudos políticos do Progressistas. "Precisamos trabalhar firme para ter legislação dura", sustentou o presidente da Câmara, reconhecendo, por outro lado, a dificuldade da Casa em encontrar consenso em torno da regulação das novas tecnologias.

A China implementou esta semana a nova regulamentação para o conteúdo gerado por Inteligência Artificial (IA), que é mais flexível que o rígido plano inicial, com o qual o país espera estar na vanguarda do setor, mas com a continuidade da censura na internet.

Os avanços rápidos da IA generativa provocaram alarmes em todo o mundo sobre o potencial desta tecnologia para ser utilizada em campanhas de desinformação e outros crimes, como, por exemplo, a criação de conteúdos considerados como "deepfake", que podem mostrar uma pessoa pronunciando uma declaração que ela nunca fez.

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As empresas chinesas entraram na corrida para desenvolver serviços que imitem o diálogo humano desde que a empresa OpenAI, com sede em San Francisco (EUA), lançou a interface generativa ChatGPT, que está proibida no país asiático.

Os analistas afirmam que a nova regulamentação, baseada em 24 diretrizes, é mais flexível que o rascunho do projeto apresentado há alguns meses porque Pequim pretende estimular a criação de empresas locais nesta indústria, dominada pelos Estados Unidos.

A seguir os principais pontos da regulamentação da China, voltados para os serviços ao público em geral:

- Uma ética para a IA -

A IA generativa "tem que aderir aos valores fundamentais do socialismo" e evitar ser uma ameaça para a segurança nacional. Não pode promover o "terrorismo", a violência ou o "ódio étnico", segundo as diretrizes.

Os provedores de serviço devem informar quais conteúdos são gerados por IA e adotar medidas para impedir discriminação de gênero, idade ou raça ao criar os algoritmos.

Todos os programas de IA devem ser treinados para obter seus dados de fontes sem infringir a propriedade intelectual de terceiros. As pessoas devem dar o consentimento para que suas informações sejam utilizadas para configurar esta tecnologia.

- Medidas de segurança -

As empresas que desenvolvem softwares voltados para o grande público "devem adotar medidas efetivas para prevenir que menores de idade se tornem excessivamente dependentes ou viciados nos serviços de IA", afirma a norma.

Também devem ser adotados mecanismos para denunciar o conteúdo inapropriado e apagar o conteúdo ilegal.

- Aplicação -

A regulamentação é, tecnicamente, um conjunto de "medidas adicionais" que estão submetidas às leis chinesas já existentes.

"Desde o início, e de uma maneira um pouco diferente da União Europeia (UE), a China adotou uma abordagem mais vertical ou mais restrita no momento de criar a legislação pertinente, com foco em temas específicos", afirmou o escritório de advocacia internacional Taylor Wessing.

No rascunho eram contempladas multas de até 100.000 yuanes (13.824 dólares, 68.800 reais) em caso de infração, mas a regulamentação que entrou em vigor determina uma advertência ou suspensão para quem não cumprir as normas. E multas elevadas serão aplicadas apenas em caso de violação das leis.

- Apoio à inovação -

Jeremy Daum, pesquisador do Centro para China Paul Tsai da Faculdade de Direito de Yale, destacou que uma versão preliminar do projeto pretendia, em parte, manter o controle rígido da censura de conteúdo online. Mas, desde então, várias restrições à IA generativa que eram citadas em versões anteriores foram atenuadas.

O governo reduziu o alcance das regras para que sejam aplicadas apenas aos programas que estão disponíveis para a população em geral, excluindo o uso para pesquisa.

"Esta mudança pode ser interpretada como um indicador de que Pequim apoia a ideia de uma corrida pela IA, na qual deve permanecer competitivo", afirmou Daum.

Um programa baseado na inteligência artificial (IA) pode reduzir a carga de trabalho dos radiologistas na detecção do câncer de mama, segundo os primeiros dados de um estudo publicado nesta quarta-feira (2) na revista "Lancet".

Realizado na Suécia, o estudo permite concluir que não há risco em os radiologistas usarem essa tecnologia para orientar melhor suas analises.

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Os pesquisadores se basearam em uma amostra de 80.000 mulheres, divididas em dois grupos de tamanho semelhante. Todas elas se submeteram a uma mamografia.

O primeiro grupo foi rastreado da forma clássica, com a opinião de dois radiologistas independentes. O segundo, por meio de um programa de IA e um radiologista.

O uso da IA não prejudicou a detecção, e sim a aumentou levemente. A taxa de falsos positivos foi semelhante.

Os resultados podem, eventualmente, reduzir o número de radiologistas dedicados ao rastreio do câncer de mama, considerado uma das formas mais eficazes de se lutar contra esse tumor.

Será necessário, no entanto, confirmar esses resultados ao longo do tempo. Para isso, os pesquisadores irão analisar, ao longo de dois anos, quantas mulheres em cada grupo receberam posteriormente um diagnóstico de câncer, mesmo o tumor não tendo sido detectado no rastreio inicial.

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