Tópicos | Inteligência Artificial

A multinacional Accenture irá oportunizar 600 vagas de emprego para os pernambucanos em 2017. A empresa norte-americana de consultoria de gestão e tecnologia da informação, terá um centro de inovação em Pernambuco, em março do ano que vem. 

Inteligência artificial e mobilidade serão trabalhos pela companhia. "Vamos trazer o que há de melhor e mais moderno que temos globalmente na Accenture para ajudar nossos clientes daqui", disse o CEO do grupo para o Brasil e América Latina, Leonardo Framil. O CEO esteve com o prefeito do Recife - Geraldo Júlio - para uma reunião no mês de dezembro.

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Com a expansão, a empresa hoje atua em três locais como no Armazém 9 do Porto do Recife, no edifício do porto Digital e no Empresarial Apolônio Sales, a empresa irá chegar a 2 mil funcionários. 

O Google Brain, projeto do Google para intensificar e melhorar o uso da inteligência artificial, anunciou hoje (28) que suas criações desenvolveram uma criptografia própria. Após 15 mil tentativas seguidas, duas máquinas conseguiram desenvolver uma codificação de suas mensagens que só elas podem “ler”. Isso, na prática, quer dizer que os dois computadores usados no desenvolvimento da linguagem podem se comunicar entre si, sem que nenhum humano possa saber o conteúdo das mensagens.

No experimento, foram utilizados Alice, Bob e Eva, nomes dados as redes neurais utilizadas. Os computadores não tiveram nenhum “aprendizado” anterior. O trabalho deles era desenvolver uma criptografia por meios próprios, com base nas informações que tinham disponíveis. O processo foi elaborado da seguinte forma: Alice teria que enviar uma mensagem para Bob, que só ele compreendesse. Eva foi encarregada de “bisbilhotar” a mensagem e tentar decifrá-la. Alice conhece Bob e Eva e, com base nessa familiaridade, ela conseguiu enviar uma mensagem que Bob entendeu, mas Eva, não.

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Os cientistas Martín Abadi e David Andersen relataram que, nas primeiras tentativas, a criptografia poderia ser facilmente quebrada mas, com a capacidade de compreensão aumentando conforme as repetições dos testes, as chaves tornaram-se tão complexas que nem mesmo os criadores das redes neurais puderam decifrar. Como não é possível desvendar o código, a tecnologia empregada não poderá ser utilizada, ou seja, essa é uma conversa em que só as máquinas saberão o que foi dito.

As grandes companhias de tecnologia uniram forças com uma associação em inteligência artificial, a fim de cooperar em "melhores práticas" no uso dessa tecnologia "para beneficiar as pessoas e a sociedade".

Microsoft, Amazon, Google, Facebook, IBM e a firma britânica de inteligência artificial DeepMind, propriedade da Google, anunciaram nesta quinta-feira a organização sem fins lucrativos "Associação em Inteligência Artificial", focada em ajudar o público a entender o uso da tecnologia e sua aplicação no terreno.

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O movimento chega em meio à preocupação de que a nova inteligência artificial possa sair do controle e ser prejudicial à sociedade. Por sua vez, a Microsoft deu mais um passo nesta quinta-feira no campo da inteligência artificial, ao anunciar uma unidade para "democratizar" a tecnologia, com mais de 5.000 cientistas e engenheiros da computação.

A Microsoft espera que sua nova Inteligência Artificial e o Grupo de Pesquisa acelerem o uso do pensamento humano em assistentes virtuais, aplicativos, serviços e infraestruturas de computação.

O programa de inteligência artificial Google DeepMind está lançando um projeto para reduzir o tempo gasto por médicos para tratar cânceres de cabeça e pescoço. O braço londrino da companhia de pesquisa fechou uma parceria com o hospital do University College London (UCL), em uma tentativa de aprimorar os exames realizados por radioterapeutas, utilizando aprendizado de máquina.

Os clínicos irão preparar um mapa detalhado de onde a radiação será administrada em um paciente, a fim de evitar danificar tecidos próximos ao tumor. O Google explica que o processo demora até quatro horas para ser finalizado e que a ideia é automatizá-lo, reduzindo o tempo total para até uma hora.

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Segundo a empresa, serão analisados 700 pacientes para determinar o potencial de aprendizagem de máquina na tentativa de tornar o tratamento com radioterapia mais eficiente. Segundo o médico Yen-Ching Chang, os especialistas poderão utilizar o tempo economizado para se concentrar no atendimento, na pesquisa e no ensino da doença.

O Google disse que, além de dar mais tempo aos médicos, a tecnologia desenvolvida através desta pesquisa pode eventualmente ser usada em outras partes do corpo. No mês passado, o programa de inteligência artificial anunciou que estava explorando o uso de aprendizado de máquina para detectar sinais de certas doenças oculares através de exames de retina.

A Sony anunciou, nesta quarta-feira (29), planos para desenvolver um robô capaz de formar um vínculo emocional com humanos. Em reunião estratégica com executivos, o CEO da companhia japonesa, Kazuo Hirai, disse que uma nova organização focada neste produto foi criada em abril e está trabalhando para lançar um novo setor de negócios. 

"A Sony vai propor novos modelos de negócios que integram hardware e serviços para proporcionar experiências emocionalmente convincentes", diz a empresa, em comunicado. Por ora, outros detalhes sobre o robô não estão disponíveis.

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Há cerca de dois anos, a empresa SoftBank começou a investir em algo similar o robô Pepper, considerado o primeiro capaz de compreender emoções humanas. Tudo é processador por sensores que identificam, pelos gestos, pela expressão e pelo tom de voz, se a pessoa está triste ou chateada. O primeiro lote que foi posto à venda, em junho de 2015, se esgotou em um minuto.

A própria Sony criou em 1999 o cachorro virtual AIBO. Em sua última versão, esses cães eram capazes de desenvolver personalidade e de expressar emoções. Com a passagem dos anos, seduziram milhares de pessoas, que ficaram desamparadas desde que, em março de 2014, foi fechado o serviço veterinário da Sony. O popular pet artificial deixou de ser fabricado em 2006.

O mais novo projeto de aprendizagem de máquina do Google lançou sua primeira obra de arte, uma melodia de piano com duração de 90 segundos criada através de uma rede neural. Apesar do feito, a música é formada por apenas quatro notas em uma base rítmica precária. A harmonia pode não soar bem para a maioria dos ouvintes, mas a descoberta é importante porque é um dos primeiros passos no ensino de máquinas sobre como criar trabalhos artísticos. Escute aqui.

Este é o primeiro produto tangível do projeto Magenta, que testa a inteligência artificial para a criação de arte. Junto com a melodia, o Google divulgou quais metas pretende alcançar com a iniciativa. As previsões dos pesquisadores são otimistas.

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A longo prazo, o Magenta quer elaborar peças artísticas e canções sem a ajuda humana - mas, a curto prazo, o objetivo é construir sistemas que se conectam com ferramentas já existentes para auxiliar os profissionais deste meio.

Não é a primeira vez que o Google realiza experimentos com arte gerada por máquina. O algoritmo DeepDream da empresa - inicialmente desenvolvido para visualizar as ações de redes neurais - tornou-se um instrumento de gratuito que permite aos usuários criar suas próprias imagens inspiradas algoritmos. As peças produzidas chegaram a ser leiloadas em São Francisco (EUA).

Morreu no último domingo (24) aos 88 anos o matemático, cientista da computação e pioneiro no campo da inteligência artificial, Marvin Minsky. Ele sofreu uma hemorragia cerebral e faleceu no Hospital Brigham and Women’s, de Boston (EUA).

Minsky, que era professor emérito do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), foi um pensador pioneiro e o maior especialista na teoria da inteligência artificial. Seu livro de 1985, "The Society of Mind", apresenta várias teorias sobre a organização e funcionamento da mente. A obra foi traduzida em várias linguagens, inclusive no português.

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Ele enxergou o cérebro humano como uma máquina cujo funcionamento pode ser estudado e replicado num computador. "Algo que nos ensinaria, em contrapartida, a compreender melhor o cérebro humano e as funções mentais de alto nível", afirmou um comunicado do MIT.

Natural de Nova York, Minsky nasceu em 9 de agosto de 1927, e entrou na Universidade de Harvard depois de voltar do serviço na Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Depois de se formar com honras em 1950, ele frequentou a Universidade de Princeton, recebendo seu doutorado em matemática em 1954. Em 1951, seu primeiro ano em Princeton, construiu o primeiro simulador de rede neural.

Ele começou a trabalhar no MIT em 1958 e co-fundou o Laboratório de Inteligência Artificial no ano seguinte. Ali, criou mãos robóticas que podem manipular objetos, criou softwares para simular raciocínio humano e escreveu sobre questões filosóficas relacionadas à inteligência artificial.

Minsky estava convencido de que os seres humanos vão um dia desenvolver máquinas que rivalizam com nossa própria inteligência. Além de sua fama no campo cientifico, Minsky foi um talentoso pianista. Outras realizações do cientista incluem a invenção dos primeiros microscópios de varredura confocal. Minsky deixa sua mulher, a médica Gloria Rudisch Minsky, e três filhos. 

Depois de desistir do GTalk, o Google está trabalhando em um novo aplicativo de mensagens que vai adotar inteligência artificial para facilitar a vida dos usuários, segundo informações divulgadas pelo The Wall Street Journal. Os internautas poderão conversar com seus amigos na plataforma ou fazer perguntas que serão respondidas de maneira automática por usuários robóticos – também conhecidos como chatbots.

Ao realizar uma pergunta aos chatbots, o usuário irá receber uma resposta extraída de fontes do próprio Google, estejam elas relacionadas a temas como clima, notícias ou imagens. Ainda não há uma data de lançamento para a novidade. Este tipo de serviço já funciona de maneira parecida no Google Now. Esta última ferramenta, no entanto, é limitada a determinados assuntos. 

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Serviços de mensagens estão entre os aplicativos móveis mais populares do mundo, com mais de dois bilhões de usuários, de acordo com relatório da consultoria Portio Research Ltd. Mas as ferramentas disponíveis do Google para esta função – Hangouts e Messenger - ficam muito atrás do WhatsApp e do Facebook Messenger. O novo produto seria uma forma de acirrar esta disputa.

A ciência dará à luz num futuro não tão distante um "carro fantástico" como o da popular série de televisão dos anos 1980, um progresso da inteligência artificial cujo lado obscuro são os temíveis robôs assassinos.

"Que existam robôs-soldados ou drones que decidam quando, onde e quem matar na guerra é perigoso. Mas a inteligência artificial (IA) tem boas aplicações, na medicina ou em carros auto-dirigíveis", afirmou à AFP em Buenos Aires o pesquisador catalão Ramón López de Mántaras.

O convite de López a ser mais otimista sobre os avanços da ciência e a tecnologia foi a reação nesta quarta-feira aos sombrios vaticínios da carta divulgada na terça-feira contra as armas ofensivas autônomas, que reuniu milhares de assinaturas, entre elas a do astrofísico britânico Stephen Hawking.

O chamado impactou também pela coincidência com a realização na capital argentina da Conferência Internacional Conjunta sobre Inteligência Artificial, com mais de 1.200 pesquisadores de todo o mundo, muitos deles signatários da carta.

"Quando os irmãos Curie pesquisavam a radioatividade e o átomo, não estavam pensando em uma arma nuclear. Não é possível parar a ciência, é insensato freá-la. Não acredito na profecia de que a IA irá superar a humana", explicou López, diretor do Instituto de Pesquisa em IA de Barcelona.

Descrença compartilhada por Ricardo Rodríguez, pesquisador da Universidade de Buenos Aires, para quem a robótica não compete com os seres humanos. "É verdade que podem inventar tanques de guerra autônomos, o que é horrível. Mas não é pior do que o que já existe hoje", afirmou à AFP.

- Carro falante -

Um duro debate está aberto na comunidade científica. Alguns prognósticos parecem apocalípticos e distópicos, como na saga cinematográfica de "Exterminador do Futuro", onde o supercomputador Skynet assume o controle e decide destruir os seres humanos.

"É preciso compensar todo esse mal com o que há de bom na IA. Para conseguirmos um carro completamente sem piloto, falta pouco. Em 10 ou 20 anos, haverá muitos em circulação para dar mais segurança", afirmou o pesquisador espanhol, doutor em Física e em Informática.

Como nas histórias fantásticas do escritor francês Jules Verne, a ficção científica do século XX imaginou inclusive o veículo auto-dirigível. Causou furor nos anos 1980 a série de televisão "Knight Rider", conhecida no Brasil como "A Super Máquina".

Protagonizada por David Hasselhoff (famoso pela série Baywatch), que aparecia para suas missões em defesa dos fracos e oprimidos munido de um carro KITT (Knight Industries Two Thousand), um Pontiac preto que tinha capacidade de falar, dirigir sozinho e ser uma poderosa arma.

"A tecnologia no setor automobilístico é progressiva. Vão sendo incorporadas mudanças, como a direção assistida ou o câmbio automático. Ou alarmes, se o carro sai do caminho. Este é o caminho para chegar ao carro que vai sozinho e substitua completamente as pessoas", explicou López.

Os projetos mais avançados de carro sem motorista são da Google. Os carros circulam por Mountain View, na Califórnia, sede da gigante tecnológica.

- Mito de Frankestein -

A crescente demanda pela conectividade levou a iniciativas para que os carros recebam atualizações em tempo real sobre o tempo, o trânsito, estacionamento, pressão dos pneus, estado da bateria, etc.

O piloto automático no avião já é um fato corriqueiro. Mas a ameaça de que uma máquina tome o poder foi advertida por cientistas como Hawking ou o co-fundador da Apple Steve Wozniak.

É o mito de Frankestein, um monstro que sai de controle. Na verdade, "seria o mito de Prometeu, ou o homem que rouba o fogo e o poder dos deuses. Que joga com seus criadores", filosofa López.

Mas é possível violar as leis da robótica, formuladas pelo escritor Isaac Asimov, segundo as quais um robô não pode nunca causar danos a um ser humano? "Sim, porque se quem fabrica um robô não cumpre as leis, há um perigo", alerta o pesquisador.

Uma equipe de especialistas criou uma versão digital da Gioconda, dando à modelo mais famosa de Leonardo da Vinci uma inteligência artificial que lhe permite interagir com o ambiente. O célebre quadro do século XVI está adaptado digitalmente a seu tamanho real. A Mona Lisa olha da esquerda para a direita, depois fecha os olhos, sorri ou faz uma leve careta, em função do que acontece ao redor.

"A ideia é compartilhar com a Gioconda uma relação íntima, como se fosse um ente querido, para que cada um possa apropriar-se desta poderosa figura da arte", afirma Florent Aziosmanoff, líder do projeto. O conceito funciona graças a um Kinect, um periférico que capta os movimentos e imagens, utilizado nos videogames. Uma equipe de 40 pessoas trabalhou por um ano na França no projeto, batizado de "Living Joconde". De acordo com Aziosmanoff, não se trata de inventar outra Gioconda, e sim de perpetuar a "living art" iniciada pelo grande pintor de Florença.

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"A Gioconda é considerada o primeiro quadro que consegue dar vida a uma pessoa diante do espectador", disse. Do quadro até uma joia, a "Living Gioconda" poderia ser comercializada em várias versões. Em colaboração com a marca Mathon acaba de ser concebido um protótipo de joia conectada em forma de camafeu, representando a Mona Lisa. A joia de fantasia custará 100 euros e as versões mais desenvolvidas centenas de milhares de euros.

E os especialistas já começaram a trabalhar em um aplicativo para celular, que permitirá inclusive o envio de mensagens de texto. O criador do projeto, no entanto, adverte que a Gioconda interativa não terá nada a ver com Tamagotchi, pequenos animais eletrônicos muito populares há alguns anos e que deveriam receber cuidados dos proprietários. "No Tamagotchi é necessário alimentar o animal, comprovar que está bem. O que eu proponho é uma Gioconda que tenha sua independência e sua sutileza", afirma.

O Facebook anunciou nesta terça-feira (2) que em breve vai inaugurar um laboratório de inteligência artificial em Paris, na França. De acordo com a empresa, projetos ambiciosos relacionados ao reconhecimento automático de imagem e sons serão criados na nova instalação. A rede social já tem outros dois centros focados no tema, um na Califórnia e outro em Nova York.

A rede social prevê que as pesquisas ajudarão a melhorar serviços relacionados ao Facebook, criando novas formas para conectar seus usuários e compartilhar conteúdos.

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A escolha de Paris para a expansão dos laboratórios de inteligência artificial da companhia de Mark Zuckerberg ocorreu porque a capital francesa reúne "alguns dos melhores pesquisadores do mundo".

“Construímos uma equipe fantástica e já fizeram alguns progressos encorajadores, e estamos animados para ver onde este trabalho nos levará e o que ele nos permitirá construir para as pessoas que servimos”, comunicou a empresa.

A inteligência artificial poderia ameaçar a humanidade, segundo a previsão do renomado cientista britânico Stephen Hawking, um cenário de ficção científica que volta a abrir o debate sobre a tecnologia e o futuro do ser humano.

A perguntas da AFP, antropólogos, futurologistas e especialistas em inteligência artificial se mostram divididos sobre os temores de Hawking.

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Os temores de um homem que brinca de ser Deus são antigos e alimentaram grande número de romances e filmes como "2001: uma odisseia do espaço", com seu computador mortal Hal 9000 ou, mais recentemente, o "Exterminador do Futuro", um androide matador.

Mas, atualmente, quem abordou o assunto foi um respeitado astrofísico. "As forças primitivas de inteligência artificial que já temos demonstraram ser muito úteis", admite Stephen Hawking que, vitimado por uma distrofia neuromuscular, se expressa através de um computador. "Mas penso que o completo desenvolvimento da inteligência artificial poderia significar o fim da raça humana", declarou, em entrevista recente à BBC.

Para não perder de vista o que acontece neste contexto, o multimilionário Elon Musk explicou já ter investido em empresas de inteligência artificial. "Devemos nos assegurar de que as consequências são boas, e não más", indicou. "Gostei que um cientista 'ciência pura' tenha dito isto. Eu digo isto há anos", declarou Daniela Cerqui, antropóloga da Universidade de Lausanne. "Delegamos cada vez mais prerrogativas dos seres humanos a estas máquinas para que sejam mais competentes que nós. Terminaremos transformados em seus escravos", afirmou.

Ao contrário, Jean-Gabriel Ganascia, filósofo e especialista em inteligência artificial, considera excessivo o grito de alerta de Hawking. "O risco é, sobretudo, o humano que usaria estas tecnologias para submeter" outros seres humanos, considera este professor da Universidade Pierre et Marie Curie, de Paris.

Desenvolver uma inteligência artificial "amistosa"

Nick Bostrom, futurologista da Universidade de Oxford, pensa que "a máquina inteligente conseguirá superar a inteligência biológica. Então, haverá riscos existenciais associados a esta transição".

"As máquinas já são mais fortes do que nós. Penso que também acabarão sendo mais inteligentes, embora não seja o caso atualmente", acrescentou.

Durante estes últimos anos, foram realizados enormes avanços no campo da inteligência artificial com relação à capacidade de tratar, analisar dados e responder perguntas.

No entanto, para Anthony Cohn, professor da Universidade de Leeds (centro do Reino Unido), ainda está longe da inteligência artificial geral completa, que preocupa Stephen Hawking. "Serão necessárias ainda várias décadas", estima.

Mathieu Lafourcade, especialista em inteligência artificial e em tratamento da linguagem da Universidade de Montpellier (sul da França), considera alarmista a advertência do físico.

Para este especialista francês, "em um futuro hipotético" talvez será preciso recorrer às máquinas em algumas áreas, pois suas capacidades intelectuais terão superado as nossas. "A máquina nos proporá uma solução que não chegaremos a compreender, mas na qual será preciso confiar".

Stuart Armstrong, outro futurologista da Universidade de Oxford, avalia que "as incertezas sobre o desenvolvimento da inteligência artificial são extremas".

"O problema é que é extremamente difícil programar objetivos compatíveis com a dignidade ou, inclusive, com a sobrevivência da humanidade", continua.

"Seria preciso programar quase todos os valores humanos perfeitamente no computador para evitar que a inteligência artificial não interprete 'erradicar a doença' como 'matar todo mundo' ou 'manter os humanos sãos e salvos e felizes' como 'enterrar todo mundo em um bunker com heroína'", afirma.

Para Armstrong, "os engenheiros devem levar a sério estes problemas e encontrar soluções para desenvolver uma inteligência artificial 'amistosa', plenamente compatível com os valores humanos".

O físico teórico britânico Stephen Hawking acredita que o desenvolvimento da inteligência artificial pode significar o fim da humanidade.

Em uma entrevista à BBC, o cientista disse que esta tecnologia pode evoluir rapidamente e superar a humanidade, um cenário citado em filmes de ficção científica como "O Exterminador do Futuro" e "Blade Runner".

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"As formas primitivas da inteligência artificial que já temos demonstraram ser muito úteis. Mas acredito que o completo desenvolvimento da inteligência artificial pode significar o fim da raça humana", disse o professor em uma entrevista à BBC transmitida na terça-feira.

"Quando os seres humanos desenvolverem completamente a inteligência artificial, ela pode progredir por si mesma, e se redesenhar a um ritmo cada vez maior", explicou.

"Os seres humanos, que estão limitados pela lenta evolução biológica, não poderão competir e serão substituídos", disse Hawking, considerado um dos cientistas vivos mais brilhantes.

Isso não impede que Hawking, que está em uma cadeira de rodas por culpa de uma esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa, e que fala com a ajuda de um sintetizador de voz, seja um entusiasta das modernas tecnologias de comunicação.

Hawking lembrou que foi uma das primeiras pessoas a se conectar à internet e disse que ela forneceu benefícios, mas também prejuízos, citando a advertência do novo chefe da agência de espionagem eletrônica britânica de que a rede havia se convertido em um centro de comando para criminosos e terroristas.

"As empresas de internet têm que fazer mais para contrabalançar a ameaça, mas a dificuldade é fazer isso sem sacrificar a liberdade e a privacidade", disse Hawking, de 72 anos.

Hawking testou na terça-feira um novo programa desenvolvido pela Intel que incorpora um texto previsível que lhe permitirá escrever mais rápido. Ele estará disponível on-line para ajudar as pessoas com doenças motoras.

Embora tenha recebido com satisfação as melhorias, o cientista disse que havia decidido não mudar sua voz robótica.

"Converteu-se em minha marca e não a mudaria por uma voz mais natural com um sotaque britânico", disse à BBC.

"Disseram-me que as crianças que precisam de uma voz de computador querem uma como a minha", afirmou.

O britânico Alan Turing recebeu o perdão real da rainha Elizabeth II nesta terça-feira (24). Condenado pelo Reino Unido em 1952 por ser homossexual, o matemático é considerado o pai da computação graças ao seu trabalho envolvendo algoritmos e inteligência artificial. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele conseguiu decodificar transmissões alemãs graças a um computador projetado sob sua liderança, o Colossus.

Como a homossexualidade era crime na época, ele precisou aceitar o tratamento com hormônios femininos e a castração química como alternativa à prisão. Dois anos depois de receber sua sentença, em 1954, Turing faleceu devido a um suposto autoenvenenamento por cianeto, segundo identificou o legista na época. Sua mãe e outros parentes, no entanto, alegaram que foi um acidente.

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A rainha da Inglaterra, Elizabeth II, concedeu o perdão a Turing, depois de uma campanha online que durou anos e contou com apoio de cientistas influentes. Em 10 de setembro de 2009, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown já havia feito um pedido oficial de desculpas público, em nome do governo britânico, devido à maneira pela qual o Turing foi tratado. 

O Google divulgou hoje (26) um novo projeto vindo do seu laboratório de "projetos secretos" chamado Google X, criador de projetos como o óculos de realidade aumentada. O trabalho mais recente desse laboratório do Google tem como objetivo simular um cérebro humano.

Para esse fim, eles criaram um servidor neural, conectando mil computadores com 16 mil processadores no total e com acesso à Internet. Os funcionários da empresa resolveram testar as habilidades do computador com um teste que envolvia o processamento de 10 milhões de capturas de tela de vídeos do YouTube. O resultado do experimento foi um computador neural que conseguiu aprender sozinho o que são gatos (felinos) e identificá-los nas imagens.

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O cérebro artifical também pode separar das imagens processadas outros 20 mil itens distintos, algo que, segundo os pesquisados, tem pelo menos o dobro de precisão de qualquer algoritmo neural desenvolvido atualmente. Segundo David Bader, diretor de computação em alta performance da universidade Georgia Tech, a rede neural criada pelo Google é tão potente que possivelmente pode replicar um córtex visual de seres humanos até o final da próxima década.

Segundo pesquisadores responsáveis pelo projeto, liderados pelo cientista da Universidade de Stanford, Andrew Y Ng, há planos de apresentar detalhes do computador durante uma conferência que acontece essa semana na Europa.

Inteligência artificial é coisa do passado. Um grupo de pesquisadores do MIT afirmou que já é possível reproduzir o modelo real. O objetivo é mimetizar a maneira como o cérebro aprende novas tarefas. Para isso, os estudiosos criaram um processador de 400 transistores que foi desenvolvido para imitar uma única sinapse do cérebro. 

O chip de “dois neurônios” do MIT pode não funcionar na escala de um cérebro inteiro, claro: o órgão humano possui 100 bilhões de neurônios, e cada um interage de diversas maneiras. Entretanto, diferentemente dos sistemas antigos que eram desenvolvidos para “pensar” como computadores, o novo componente permite correr em fluxos, assim como acontecem com os íons em uma célula cerebral verdadeira. 

Os pesquisadores podem “capturar todos os processos que acontecem em um neurônio” afirmou Chi-Sang Poon, cientista-chefe do time de estudiosos, em um artigo publicado no site da instituição. A habilidade de imitar os diferentes tipos de processos é importante. Eles esperam utilizar o chip para construir sistemas que reproduzam funções neurais específicas, como um sistema de processamento visual - um modelo no qual seja possível construir, por exemplo, uma retina artificial. Esses sistemas podem se tornar mais rápidos do que os computadores tradicionais - ou, até mesmo, do que cérebros humanos. Será que a Skynet vem por aí?

 

O matemático John McCarthy, 85 anos, pioneiro da Inteligência Artificial, morreu neste domingo (23), em sua casa, na cidade Palo Alto, na Califórnia (EUA). Não foram divulgados detalhes sobre a causa da morte.

Trabalhou em Stanford e no Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde desenvolveu o sistema de computação por tempo compartilhado, que permitia a diversas pessoas utilizar o processamento ocioso dos “mainframes” em terminais pessoais, cerca de 10 anos antes do primeiro computador pessoal surgir. Desktops virtuais em servidores é justamente um dos serviços oferecidos pelas empresas de Cloud Computing, atualmente.

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McCarthy também foi criador da linguagem de programação Lisp, em 1958, que usa exclusivamente funções matemáticas como estruturas de dados elementares. Durante a década de 1970 e 1980, Lisp se tornou a principal linguagem da comunidade de inteligência artificial e sua primeira utilização prática foi na criação de programas capazes competir com jogadores de Xadrez.

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