Tópicos | Inteligência Artificial

O Google está trabalhando em um sistema baseado na tecnologia de inteligência artificial capaz de sugerir respostas adequadas para mensagens enviadas por seus amigos no Facebook, WhatsApp ou Skype. A novidade pode descobrir o que as pessoas estão dizendo para você e sugerir o que deve ser dito.

O laboratório de produtos experimental do Google está responsável pelo desenvolvimento do sistema, que funcionará com diversos serviços populares como o Hangouts, Google Allo, WhatsApp, Facebook Messenger, mensagens do Android, Skype, Twitter e Slack.

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Para criar as respostas automáticas, o Google diz que o sistema leva em conta a localização do usuário, calendário e outras informações. O recurso também será capaz de dizer aos seus amigos quando você está de férias, por exemplo, verificando apenas sua agenda.

Além disso, ele terá um modo avançado capaz de silenciar o seu telefone e dizer às pessoas que você não pode conversar agora, mas também digitalizar mensagens recebidas sobre coisas importantes para, nestes casos, alertar sobre uma emergência. Não há previsão de lançamento para a ferramenta.

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Pesquisadores utilizaram inteligência artificial (IA) para prever o risco do desenvolvimento de psicose em pessoas. A ferramenta pode contribuir com a prevenção e tratamento de doenças neurológicas, de acordo com a IBM, desenvolvedora da tecnologia. Os estudos começaram a ser realizados em 2015 com 59 voluntários e a IA conseguiu diagnosticar previamente a doença com 83% de precisão.

As conversas dos pacientes foram transcritas e inseridas no software, que determinava o quão essas falas eram coerentes e atribuíam uma pontuação. Após a análise, a máquina determinava quem tinha propensão a desenvolver psicose e quem estava livre do risco. “Acreditamos que é um passo significativo no desenvolvimento de uma ferramenta para pesquisadores, médicos e pacientes envolvidos com a neuropsiquiatria. É uma forma de trabalhar o diagnóstico mesmo estando fora do ambiente hospitalar”, afirmou o criador da pesquisa Guillermo Cecchi.

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De acordo com Cecchi, o resultado da pesquisa pode contribuir com pesquisas sobre outros males mentais, como depressão, mal de Alzheimer, mal de Parkinson e síndrome do pânico.

A empresa Realbotix, com sede na Califórnia, nos EUA, anunciou que lançará um robô masculino com pênis totalmente funcional este ano. A companhia é uma divisão da RealDoll, líder do mercado de bonecas sexuais que atua no ramo há 20 anos.

Mas com os recentes avanços da inteligência artificial, a empresa acredita que agora é a hora de dar vida aos seus produtos. Os robôs sexuais masculinos serão direcionados ao público feminino e cada um será equipado com uma personalidade que se adapta aos interesses do dono.

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Cada robô vem alimentado por uma inteligência artificial chamada Harmony, que funciona combinando um aplicativo inteligente com uma cabeça robótica para simular a vida.

O aplicativo permite que os usuários personalizem a personalidade dos bonecos de sexo realistas, de modo que cada modelo irá agir e falar de maneiras diferentes, dependendo do cliente. Cada unidade pode chegar aos US$ 19 mil.

O CEO da Realbotix, Matt McMullen, acredita que os robôs sexuais masculinos ajudarão a acabar com a ideia de que suas bonecas só são construídas para homens que querem objetificar as mulheres.

"Temos um interesse igual em versões masculinas e femininas do que estamos fazendo. Temos muitas clientes do sexo feminino interessadas em comprar robôs masculinos como companheiros para conversar e interagir", acrescentou.

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O serviço de emergência da Dinamarca está testando uma tecnologia que promete identificar se o paciente do outro lado da linha está sendo acometido por ataque cardíaco. A inteligência artificial (IA) responsável por identificar sinais de cardiopatias pela voz foi implantada em 2016 e ganhou o nome de Corti. A partir do que “ouve”, o Corti passa para o atendente as perguntas que devem ser feitas para melhorar a eficácia do diagnóstico.

Outras atribuições foram dadas a tecnologia, como lembrar de perguntar o endereço da vítima assim que a ligação é atendida e despachar a ambulância mais próxima da ocorrência. Mas, o forte do Corti mesmo é identificar complicações. Segundo o site Fast Company, em uma das chamadas a IA conseguiu detectar a iminência de uma parada cardiorrespiratória após ligação de um homem que havia caído de um telhado. Pelo som da respiração e a vibração das costelas quebradas, a máquina conseguiu determinar o diagnóstico.

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Mesmo com quase dois anos de atividade Corti ainda não é capaz de “pensar” por si próprio. De acordo com a startup responsável pelo desenvolvimento, no futuro a tecnologia pode assumir sozinha o papel de atendente e indicar os procedimentos para melhorar o socorro às vítimas de acidentes.

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Um sistema solar com tantos planetas quanto o nosso foi descoberto com a ajuda do telescópio espacial Kepler, da Nasa, e de inteligência artificial, informou a agência espacial americana nesta quinta-feira (14).

"Nosso sistema solar agora está junto a um maior número de planetas que também orbitam uma única estrela", disse a Nasa em comunicado. Ainda assim, nenhum desses planetas parece ser habitável. No sistema solar de oito planetas - o maior além do nosso já encontrado - orbita uma estrela chamada Kepler 90, a cerca de 2.545 anos-luz de distância.

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"O sistema estrelar Kepler-90 é como uma versão menor do nosso sistema solar", disse Andrew Vanderburg, um astrônomo da Universidade do Texas, no estado americano de Austin. "Nele há planetas pequenos dentro e planetas maiores fora, porém todos se movem juntos, bem próximos".

O novo planeta identificado, Kepler-90i, é um planeta rochoso como a Terra, mas realiza em torno de sua estrela um ciclo orbital completo a cada 14,4 dias. Isso significa que, para esse novo sistema descoberto, um ano equivale a duas semanas no Planeta Terra.

"Aproximadamente 30% maior do que a Terra, o Kepler-90i se encontra tão próximo à sua estrela que a temperatura média em sua superfície é estimada em 400 graus Celsius, similar à registrada em Mercúrio".

Inteligência Artificial

Cientistas descobriram esse sistema usando um mecanismo de ensino desenvolvido pela gigante tecnológica Google, que programa um computador de forma a escanear uma valiosa coleção de 35.000 possíveis sinais planetários coletados pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa, que buscam sinais de trânsitos planetários.

"Trânsitos" são caracterizados pela diminuição de luz existente quando um planeta passa em frente a uma estrela. Utilizando os dados coletados por meio do Kepler, que captura os trânsitos, astrônomos já confirmaram a existência de 2.500 planetas distantes.

"Mecanismos inteligentes são realmente úteis em situações nas quais há muitos dados a ponto de os humanos não conseguirem encontrar algo por conta própria", disse Christopher Shallue, um engenheiro de software sênior no grupo de pesquisa pertencente a Google, que pensou em fazer uso da inteligência artificial para encontrar planetas distantes.

Espera-se que mais planetas distantes sejam encontrados. Pesquisadores tem como objetivo usar o sistema desenvolvido por eles para analisar as mais de 150.000 estrelas registradas pelo telescópio Kepler. Algum dia pode até mesmo ser usado para buscar outros planetas habitáveis como o Planeta Terra. Os resultados foram divulgados no periódico científico The Astronomical Journal.

Com mais de 60 mil participantes e 1200 palestrantes de mais de 170 países, começa nesta segunda-feira (6) o Websummit, uma das maiores conferências de tecnologia do mundo.

Durante quatro dias, Lisboa será palco de conferências nas áreas de inovação e criatividade, Robótica, Realidade Virtual, Inteligência Artificial, Sociedade do Futuro entre outras, que serão apresentadas por grandes nomes das principais empresas de tecnologia do momento.

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Para John Dillon, vice-presidente de Marketing da Akamai, em entrevista ao site do evento, a Websummit já se consolidou e “estar presente é estar no meio de tudo de mais influente que há no mundo da tecnologia e dos negócios”.

E não parece ser exagero, uma vez que nomes como o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, vencedor do Nobel da Paz em 2007, e o ex-presidente da França François Hollande estarão presentes como palestrantes e dividirão suas experiências com o público. Além das conferências, sessões de Perguntas e Respostas permitirão uma maior aproximação entre os participantes e alguns dos principais nomes da indústria de tecnologia, representando empresas como Intel, Oracle e Facebook.

Brad Smith, o presidente da Microsoft, também estará presente, assim como o criador do aplicativo Tinder, o iraniano Sean Rad. Sophia the Robot, o 'primeiro robô cidadão' da história, é outra atração do Websummit. 

LISBOA – Depois de passar por uma grave crise, Portugal voltou aos holofotes e Lisboa “virou moda”. Atualmente, a cidade tem atraído turistas de todos os lugares do mundo que aproveitam os preços mais acessíveis e os encantos da cidade, e do povo português, para movimentar a economia da cidade.

E no momento de recuperação, um destaque é para a força da economia criativa que tem sido muito bem trabalhada, e estimulada, em Portugal e será um dos destaques da Websummit 2017.

*Por Eduardo Cavalcanti

O site adulto Pornhub anunciou que está usando o recurso da inteligência artificial para detectar e marcar mais de 10 mil estrelas pornográficas em vídeos. Antes, esse processo era feito manualmente, pelos próprios usuários. A medida busca facilitar a busca por conteúdos específicos.

O sistema funciona a partir de uma base de dados de fotos e vídeos e é capaz de identificar quais estrelas pornôs aparecem nas imagens. Tudo o que o público tem que fazer então é verificar se a categorização está correta.

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A empresa disse que o modelo vai melhorar com o tempo e ficar mais inteligente, uma vez que aprende com as informações validadas pela comunidade. "Agora os usuários podem procurar por uma estrela pornô específica e poderemos oferecer resultados mais precisos", afirmou o vice-presidente do Pornhub, Corey Price, em um comunicado.

O sistema desempenhará um papel fundamental, segundo o executivo, já que mais de 10 mil vídeos carregados no site todos os dias. Ao longo do próximo ano, o Pornhub espera escanear todos os 5 milhões de vídeos disponíveis atualmente na sua plataforma. A empresa também planeja começar a usar essa tecnologia para marcar categorias e posições sexuais específicas.

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A inteligência artificial pode adivinhar com precisão se as pessoas são gays ou heterossexuais com base em fotos de seus rostos, de acordo com novas pesquisas que sugerem que as máquinas podem identificar a orientação sexual de alguém significativamente melhor do que os humanos.

O estudo da Universidade de Stanford, nos EUA, descobriu que um algoritmo computacional pode distinguir corretamente entre homens homossexuais e heterossexuais 81% do tempo. A pesquisa baseou-se em uma amostra de mais de 35 mil imagens faciais disponíveis publicamente em um site de namoro dos EUA, no qual as pessoas autodeclaravam sua orientação sexual.

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Os pesquisadores, Michal Kosinski e Yilun Wang, extraíram recursos das imagens usando redes neurais profundas, ou seja, um sofisticado sistema matemático que aprende a analisar imagens com base em um grande conjunto de dados.

A pesquisa descobriu que homens e mulheres homossexuais tendem a ter um padrão de características, expressões e estilos. O sistema determinou que os homens gays apresentam mandíbulas mais estreitas, narizes alongados e testas mais largas, enquanto as mulheres têm mandíbulas mais largas e testas mais curtas do que as que se interessam sexualmente pelo gênero oposto.

A chance de acerto é de 81% para homens e 74% para mulheres. O estudo sugeriu que os resultados fornecem um forte apoio para a teoria de que a orientação sexual decorre da exposição a certos hormônios antes do nascimento.

Embora as conclusões tenham limites claros quando se trata de gênero e sexualidade - negros não foram incluídos no estudo e não houve consideração de pessoas transgênero ou bissexuais - as implicações para a inteligência artificial são vastas e alarmantes.

Com bilhões de imagens faciais de pessoas armazenadas em sites de redes sociais e em bancos de dados governamentais, os pesquisadores sugeriram que os dados públicos poderiam ser usados ​​para detectar a orientação sexual das pessoas sem o seu consentimento.

Os autores também observaram que a inteligência artificial poderia ser usada para explorar as relações entre os traços faciais e uma série de outros fenômenos, como opiniões políticas, condições psicológicas ou personalidade.

Formada por nascidos a partir de 2010, a geração Alpha está rodeada pela tecnologia e é permanentemente impactada por ela. Para essas crianças, a inteligência artificial (IA), aquela similar à humana, mas executada por dispositivos computacionais, deverá fazer parte de todos os aspectos de suas vidas. É o que revelou uma pesquisa do Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), sediado nos Estados Unidos, que abordou a opinião dos pais que pertencem à geração Y, ou geração do milênio, formados pelos nascidos entre 1985 e 2000 e cujos filhos são da geração Alpha. O estudo entrevistou 600 pais e mães, com idade entre 20 e 36 anos e pelo menos uma criança de 7 sete anos, no Brasil, China, Japão, Reino Unido, Índia e Estados Unidos.

De cuidados infantis, passando pela assistência médica até a adoção de animais de estimação, os pais da geração do milênio veem todas as fases da vida de seus filhos envolvidas por tecnologia de inteligência artificial. O estudo também mostrou que a maioria dos pais de crianças da geração Alpha considera que um tutor de IA, como um robô, aumenta as expectativas de aprendizado mais rápido de seus filhos e poderá vir a auxiliá-los durante a terceira idade.

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Os pequenos, porém ágeis dedos de Maria Luiza, de 3 anos, escolhendo os desenhos no tabletsão o exemplo dessa geração. A mãe dela, a assessora de imprensa Cíntia Arten Rubio, de 32 anos, conta que a filha ganhou o aparelho quando tinha 1 ano. “Ela não falava ainda, mas sabia mexer nos vídeos do YouTube. A mãe diz que não substituiria uma babá por um robô, mas confessa que isso, de certa forma, já acontece. “Não traria um robô para dentro de casa para cuidar dela, mas acho que alguns momentos eu substituo, hoje não me vejo num restaurante sem estar com um celular carregado ou o tablet dela ao lado”, exemplifica.

De acordo com a pesquisa, a inteligência artificial está dando vida a robôs que andam e falam, aproximando-os do comportamento humano, e 40% dos pais da geração Y dizem que provavelmente substituiriam uma babá humana por um robô-babá, ou ao menos usariam o robô para ajudar nos cuidados com as crianças.

Mãe de Maria Alice, de 7 anos, e de Ana Luiza, de 11, a funcionária pública Isabel Araújo, de 34 anos, diz que não substituiriam uma babá por um robô. “É importante a troca de afetividade, a criança precisa de atenção e se sentir protegida, acho que um robô não faria nesse sentido nem o trabalho de uma babá, que também dá afeto”, afirma. Opinião semelhante tem a fonoaudióloga Kely Caetano Benevenuto, de 36 anos, mãe de Mateus, de 9. “Não trocaria, pois a criança precisa da parte afetiva também, não só dos cuidados básicos.”

Já o jornalista Reginaldo Roriz, pai de Lara de 11 anos e de Alice, de 2, disse que admitiria a ajuda de um robô, mas não a substituição. “Desde bebês desenvolvermos sentidos e sentimentos baseados na convivência social, que são peculiares ao comportamento humano. O auxílio de um robô poderia até ser admitido, a substituição, não.” Diretor de uma empresa de tecnologia, Leonardo Souza, de 41 anos, pai de Isis, de 4, também aceitaria a ajuda de um robô-babá, mas não cogitaria a substituição. “A ajuda da inteligência artificial no nosso cotidiano já é presente, muitas vezes não notada, mas não acredito que já tenha suficiência para cuidar de uma vida.”

Inteligência artificial no processo de aprendizagem

Um tutor-robô ajudando nos estudos e na aprendizagem é uma possibilidade vista com positividade pelos pais que responderam à pesquisa. Para 80% dos entrevistados, a IA aumenta a expectativa quanto à melhoria e maior rapidez de aprendizado de seus filhos. Os outros 20% têm expectativas iguais ou menores, segundo a pesquisa. O estudo ainda apontou que 74% dos pais do milênio considerariam um tutor de inteligência artificial para seus filhos.

“Como é uma tarefa mais técnica, vai ajudar no desenvolvimento do pensamento, do raciocínio, e como seria por pouco tempo, não teria problema”, avalia Kely Caetano Benevenuto. A consultora de vendas Ana Cláudia Souza, de 28 anos, mãe de Sarah, de 6, também consideraria um tutor-robô. “Pensando pelo lado que hoje em dia as pessoas não são tão confiáveis, eu consideraria. Para ajudar seria uma boa opção.”

Já Cíntia Arten Rubio não aceitaria um tutor para ajudar sua filha. “Não aceitaria, a criança aprende por relacionamento e com robô não existe relacionamento, existe programação.” O professor e jornalista Rodrigo Ratier, de 39 anos, pai de Luiza, de 2, tem o mesmo ponto de vista. “O robô teria que ter uma capacidade de interpretação muito fina, mesmo para entender o raciocínio infantil. Acho que o robô traria uma visão do erro que não é tão legal, não quero que minha filha cresça achando que o erro é só uma coisa negativa, o erro é construtivo.”

Segundo a IEE, atualmente estão em desenvolvimento brinquedos “inteligentes” e aplicativos de inteligência artificial que, no futuro, serão capazes de responder à linguagem humana e a comportamentos infantis específicos. Estes aparelhos também terão a capacidade de monitorar em tempo real e aprimorar o aprendizado de vocabulário no futuro.

Entretenimento

Para manter a geração Alpha entretida, aplicativos, telas interativas e outros dispositivos estão sendo usados pelos pais do milênio. A pesquisa apontou que 64% dos pais dessas crianças alegam que inteligência artificial e outras tecnologias permitem a eles mais tempo para fazer outras atividades, mas concordam que as tecnologias diminuíram o tempo de qualidade com seus filhos. “Para quem trabalha fora, quem tem pouco tempo para fazer as tarefas de casa como eu, acaba autorizando isso para distrair a criança, porque hoje em dia você não pode deixar uma criança brincar na rua como antigamente”, lamenta Ana Cláudia Souza.

Já Kely Benevenuto, que mora em Piraúba (MG), uma cidade de 11 mil habitantes, afirma que a tecnologia não atrapalhou o convívio com o filho. “Como a gente mora em cidade pequena, é mais fácil, agora ele está brincando na pracinha com os colegas. A única hora que ele usa meu celular para joguinhos é quando estou em casa, mas isso só acontece depois de brincar ao ar livre.”

Para Leonardo Souza, as telas podem ser usadas em conjunto, compartilhando tempo e qualidade . “Se utilizamos juntos, estamos compartilhando uma brincadeira, um jogo, um passatempo.” É o que pensa também Cíntia Arten Rubio. “Hoje a gente senta para pintar na folha, mas também no celular, tem uns joguinhos que a gente se diverte junto e ainda lê historinha no tablet”, pontua.

A educadora Bianca Cunha Cerri acredita que jogos e atividades podem de certa maneira auxiliar a criança a ter um raciocínio mais lógico, mas ela precisa do contato com o mundo real. “Na nossa pedagogia, dentro da antroposofia, a criança aprende muito mais na relação com o seu par, da sua idade, do que num aplicativo.” Ela afirma que as crianças precisam de contato com o mundo. “Eles estão muito mais ligados à natureza, aprendem mais em contato com o que é real, com o que é verdadeiro”, defende Bianca, que é professora do ensino fundamental básico na Escola Associativa Waldorf Veredas, em Campinas (SP).

Robô de estimação

O surgimento de robôs de estimação que podem identificar, cumprimentar e divertir a família, além de obedecer a comandos, é um dos campos de desenvolvimento da inteligência artificial. De acordo com a pesquisa, 48% dos pais do milênio dizem que provavelmente trocariam um animal de estimação por um robô, caso fosse este o desejo de seus filhos.

“Acharia bom porque pelo menos não deve fazer sujeira né?”, brinca Kely Caetano Benevenuto. Mas outros pais ouvidos pela reportagem não trocariam seu cãozinho por um bichinho eletrônico. “Não trocaria porque ele é o único ser que, se eu tiver um dia ruim, quando chego em casa vem me cumprimentar todo feliz. Um animal robô não teria esse mesmo carinho porque não tem sentimento, é programado para fazer aquilo.”

“O tratamento do cachorrinho que a gente tem em casa é outro, minhas filhas têm preocupação com ele, diferente do bichinho virtual. Vai chegar um momento em que elas deixam ele de lado, não é o mesmo carinho e atenção”, diz Isabel Araújo.

A semelhança com um brinquedo também é lembrada. “Até poderia dar um [robô de estimação], mas sempre com o trabalho de falar que não é de verdade, trataria mais como um brinquedo do que como um animal de estimação mesmo”, afirma Rodrigo Ratier.

Especialistas acreditam que a engenharia está conduzindo a um vasto campo de atividades com potencial de mudar o mundo: exploração espacial, uso de drones, informática, saúde, medicina, biologia, tecnologia de veículos e eletrônicos de consumo são somente alguns dos exemplos. Esse alcance de tecnologias que mudam o mundo faz com que os pais do milênio encorajarem as crianças da geração Alpha a seguir uma carreira na área.

A pesquisa mostrou que 74% dizem que encorajarão seus filhos a considerar uma carreira em engenharia (incluindo os 38% que encorajarão fortemente) tendo em vista as atividades que mudam o mundo neste campo. “Naturalmente vai existir um viés forte na área de tecnologia, até porque a tecnologia é um ponto muito forte de agregação entre as diversas áreas”, acredita o professor Edson Prestes, doutor em ciência da computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e membro sênior do IEEE.

Robôs para a terceira idade

Embora a ideia de uma babá-robô ainda não seja bem aceita entre os pais, eles confessam que aceitariam um cuidador tecnológico quando estiverem idosos. Segundo a IEEE, a inteligência artificial vai potencializar os aparelhos “inteligentes” dos lares. Desde dispositivos de monitoramento e assistência, como andadores inteligentes, até robôs que auxiliem com tarefas cotidianas. Cerca de dois terços dos pais (63 %) preferem ter tecnologias de IA ajudando-os a viver de forma independente na velhice, enquanto apenas 37% optam por confiar em seus próprios filhos, revela o estudo.

É o que pensa Leonardo Souza. “Confio nos filhos, com certeza. Ainda estamos absorvendo as maravilhas da tecnologia, mas muitos recursos criam novos problemas como isolamento social e a síndrome da desconexão.” Já Isabel Araújo pensa que como os robôs poderiam poupar as filhas. “A gente tem sempre a intenção de não dar trabalho aos filhos, então, nesse sentido de poupá-las de ter algum trabalho comigo, eu usaria um robô, mas não dispensaria a atenção delas.”

“Esses dispositivos robóticos podem trazer inúmeros benefícios nas tarefas cotidianas para os idosos que desejam continuar morando sozinhos”, destaca o professor Edson Prestes. “Uma casa inteligente pode fazer o monitoramento para ver se não aconteceu nenhum tipo de acidente, pode identificar e enviar uma mensagem para os responsáveis”, exemplifica.

Mas ele defende que o contato com o ser humano é fundamental. “Se esse contato for substituído por um robô, certamente toda aquela riqueza de interação também não existirá. Há estudos que mostram que o processo de demência nos idosos é acelerado pela falta de interação com humanos”, adverte.

Por Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil

A Microsoft lançou um aplicativo de smartphone que usa visão computacional para descrever o mundo para deficientes visuais. Uma vez com o app Seeing AI em seu smartphone, o usuário pode apontar a câmera do dispositivo para um objeto ou pessoa e a ferramenta irá identificá-los. Tudo isso é feito usando inteligência artificial que é executada localmente em seu telefone.

A novidade está disponível para download gratuitamente em dispositivos com o sistema iOS, da Apple. Além de reconhecer as pessoas e tentar adivinhar a idade delas, o aplicativo pode identificar produtos. Ele também lê e digitaliza documentos e consegue distinguir cada uma das moedas e notas de dólar.

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O aplicativo usa redes neurais para identificar o mundo ao seu redor. As funções mais básicas do serviço são realizadas diretamente no próprio dispositivo. Isso significa que elas podem ser acessadas ​​com mais rapidez e em situações onde não há internet estável. No entanto, algumas ferramentas requerem uma conexão com a nuvem.

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Um homem foi preso por supostamente espancar sua namorada e ameaçar matá-la depois que o robô Alexa, da Amazon, chamou a polícia para detê-lo. O caso ocorreu no começo de julho em Tijeras, cidade próxima a Albuquerque, no Novo México (EUA).

Eduardo Barros, de 28 anos, discutia com sua companheira por achar que ela o estava traindo. Após sacar uma arma, ele falou, referindo-se aos policiais. "Você chamou os xerifes?". Felizmente, um dos produtos da Amazon com a assistente Alexa estava presente no recinto. A frase foi entendida como um comando de voz pelo robô, que instantaneamente ligou para os oficiais.

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Fabricada pela Amazon, a Alexa trata-se de uma inteligência artificial embarcada que funciona nos dispositivos da marca. Como a Siri, do iPhone, o software entende o que o usuário diz e executa comandos como ligar para alguém, informar sobre o trânsito e previsão do tempo.

Falando ao jornal The New York Post, a delegada responsável pelo caso declarou que a tecnologia da Alexa foi fundamental para salvar a vida da vítima. Os oficiais conseguiram socorrer a mulher, que apresentou lesões, mas não precisou ser hospitalizada. O suspeito foi preso e não terá direito a fiança.

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Um robô dotado de inteligência artificial realizou recentemente o exame chinês de acesso à universidade, no qual participam 9,4 milhões de estudantes, e conseguiu completar a prova de matemática em tempo recorde.

O sistema, chamado AI-Maths, completou o teste 12 vezes mais rápido do que um humano normalmente levaria para terminar. Apesar do feito, seus resultados foram bem abaixo da média em comparação com os alunos.

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Ele só obteve 70% na classificação final. O valor é insuficiente para conseguir uma vaga nas melhores universidades chinesas. A inteligência artificial do sistema foi desenvolvida em 2014 pela empresa de tecnologia Zhunxingyunxue.

Mesmo sendo mais rápida que os humanos, a inteligência artificial embarcada no robô ainda tem alguns problemas. O sistema teve dificuldade em entender enunciados em linguagem mais coloquial.

Mas os criadores do sistema não foram desencorajados por este primeiro resultado. Em declarações à agência de notícias estatal chinesa Xinhua, Lin Hui, o CEO da empresa, disse que espera que a máquina possa melhorar seu desempenho em raciocínio lógico no próximo ano.

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O Google anunciou, nesta quarta-feira (17), que o recurso Smart Reply está chegando ao aplicativo do Gmail para Android e iOS. A ferramenta utiliza a inteligência artificial para criar respostas automáticas ao conteúdo escrito no e-mail recebido. Desta forma, os usuários podem enviar réplicas com apenas um clique.

A ferramenta inteligente sugere três respostas com base no e-mail recebido. Para selecionar uma delas, basta clicar em um dos botões disponíveis. O usuário também pode editar rapidamente o texto gerado automaticamente. De qualquer forma, ele estará economizando tempo.

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Como a inteligência artificial aprende conforme é usada, a tecnologia evolui com o tempo e passa a sugerir respostas cada vez mais parecidas com o que o usuário costuma escrever normalmente. O recurso será lançado globalmente no Android e iOS, primeiramente no idioma inglês. O espanhol será a próxima língua a recebê-lo nas próximas semanas.

Enquanto muitos de nós estão entusiasmados com o futuro e as conveniências que a inteligência artificial poderá fornecer em nossas vidas, dois terços dos americanos acreditam que os robôs executarão a maior parte do trabalho atualmente feito por seres humanos. De acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial, a automação robótica será responsável por uma perda de mais de 5 milhões de empregos em 15 nações desenvolvidas. Mas quais profissões que estão sob ameaça? A revista Forbes enumerou cinco delas.

Motoristas de caminhão

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Estima-se que atualmente existam mais de 3,5 milhões de motoristas de caminhão somente nos EUA, mas se depender a empresa Otto Motors muitos destes postos de trabalho estão com os dias contados. A startup, que possui apoio financeiro do Uber e tem ex-profissionais do Google como fundadores, ostenta como missão principal tornar esta atividade obsoleta.

No último mês de outubro, a empresa de caminhões autônomos afirmou que um de seus veículos transportou 25 mil latas de cervejas nas estradas dos EUA sem ninguém ao volante. O carro de 18 rodas dirigiu por mais de 193 quilômetros, entre Fort Collins e Colorado Springs, no Colorado.

Profissionais de apoio jurídico

De acordo com o relatório da consultoria Deloitte Insight, 39% dos postos de trabalho no setor jurídico estarão automatizados até 2020. Rever documentos e encontrar informações de apoio relevantes para casos legais são tarefas bem adaptadas às capacidades da inteligência artificial.

Médicos

Os robôs-médicos já ocupam postos de trabalho em grandes hospitais. A IBM já está se unindo com organizações para ajudar a detectar e tratar o câncer. O futuro próximo contará com um número cada vez maior de máquinas realizando procedimentos antes realizados por humanos formados na área de saúde, inclusive de maneira autônoma, ou seja, sem que o equipamento seja operado por uma pessoa.

Jornalistas

Os repórteres ainda terão seus empregos, mas aqueles que escrevem sobre relatórios financeiros, avaliando e interpretando informações, podem estar com seus cargos em risco. No início deste ano, um robô fez sua estreia em um jornal chinês com um artigo de 300 caracteres escrito em apenas um segundo.

O robô Xiao Nan é capaz de redigir contos e relatórios mais longos, de acordo o professor da Universidade de Pequim, que lidera a equipe estudando e desenvolvendo essa tecnologia, Wan Xiaojun.

Vendedores

Com consumidores que recorrem cada vez mais ao comércio eletrônico, os vendedores também estão com seus cargos ameaçados. A tecnologia está mudando rapidamente esta atividade e qualquer um que precise desses empregos poderá cair no esquecimento.

Isso porque a inteligência artificial, ao contrário de um humano, é capaz de analisar o perfil de um possível comprador, seus hábitos online e que tipo de produtos ele mais procura em uma fração de segundos.

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O robô humanoide russo conhecido como FEDOR está sendo treinado para disparar armas com ambas as mãos. A atividade ajudará a melhorar as habilidades motoras do androide e a tomada de decisões, de acordo com seus criadores, que também tentaram amenizar as preocupações de que eles estão desenvolvendo uma máquina que pode se voltar contra os humanos. As informações são do jornal The Independent.

"Nós não estamos criando um exterminador, mas uma inteligência artificial que será de grande significado prático em vários campos", afirmou o vice-primeiro-ministro russo, Dmitry Rogozin, no Twitter. Ele também publicou um pequeno clipe mostrando o humanoide em ação, disparando armas rapidamente e atingindo alvos com alta precisão.

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O robô deverá viajar para o espaço em 2021, e poderia ser o único passageiro a bordo da nave espacial da federação russa quando assim o fizer. Ele está em treinamento, sendo ensinado com uma ampla gama de habilidades avançadas. Além de atirar, FEDOR sabe como usar uma variedade de ferramentas, e até mesmo dirigir um carro.

Ele foi originalmente criado para o trabalho de resgate, mas os usos militares também foram sugeridos por engenheiros. Especialistas emitiram avisos sobre robôs e a inteligência artificial nos últimos meses. O astrônomo Lorde Martin Rees, da academia britânica de ciências, disse recentemente que as máquinas poderiam assumir o controle dos seres humanos dentro de alguns séculos.

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A Adobe, dona do Photoshop, está desenvolvendo um aplicativo para smartphones que usa inteligência artificial para melhorar drasticamente as selfies. Em um vídeo demonstrativo, um usuário consegue transformar uma imagem comum com uma gama de ferramentas avançadas de edição. A informações são do jornal The Independent.

Uma delas altera a profundidade de campo, enquanto um segundo recurso permite imitar a iluminação e os efeitos usados em outra foto. O aplicativo, que ainda não recebeu um nome nem data de lançamento, é fruto de um trabalho do braço da companhia que faz experimentos com inteligência artificial e aprendizado de máquina.

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"Um bom retrato requer a perspectiva certa, equipamentos e experiência em edição", escreveu a equipe da Adobe Creative Cloud na descrição do vídeo. "Mas o que acontece quando usamos o poder da inteligência artificial e do aprendizado profundo para transformar os maus retratos em bons - tudo em um smartphone?", continua.

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O Google anunciou recentemente que conseguiu diagnosticar um câncer de mama usando inteligência artificial. A tecnologia foi usada para analisar milhares de imagens de células cancerígenas fornecidas por uma universidade holandesa. Com 230 mil novos casos da doença todos os anos somente nos EUA, a companhia espera que o recurso ajude os patologistas a tratar melhor seus pacientes.

A tecnologia não é projetada para, ou capaz de, substituir os médicos humanos. "O que treinamos é apenas um pouco de software que ajuda com uma parte de uma série muito complexa de tarefas", disse a gerente de projeto por trás da iniciativa, Lily Peng, em entrevista à CNNTech.

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Por enquanto, o progresso do Google ainda permanece no laboratório. Isso quer dizer que a tecnologia da empresa não vai se tornar assistente de um patologista logo, mas que há um esforço para que isso se torne realidade no futuro.

O professor associado em patologia digital da Universidade Radboud, Jeroen van der Laak, acredita que os primeiros algoritmos para o câncer estarão disponíveis dentro de alguns anos e o uso rotineiro em grande escala ocorrerá em cerca de cinco anos.

Segundo o especialista, a tecnologia será especialmente útil em partes do mundo onde há uma escassez de médicos, como na Índia ou China. Para os pacientes que não têm acesso a um patologista, um algoritmo - mesmo que imperfeito - seria uma melhoria significativa.

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Um novo aplicativo em desenvolvimento quer deixar que você registre selfies com seus entes queridos falecidos. Chamado "With Me", o serviço de origem sul-coreana permite que o usuário crie fotos com reproduções em 3D de seus amigos ou parentes mortos.

Com o auxílio do aplicativo, seria possível escanear uma pessoa enquanto ainda está viva para recriá-la digitalmente. Essa imagem fica salva em um servidor e, quando solicitada, é resgatada e pode até mesmo interagir com o usuário por meio da inteligência artificial.

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Por enquanto, o escaneamento digital provavelmente terá que acontecer em um estúdio ou em um estande, embora a empresa responsável pelo serviço espere que os próximos modelos de smartphones integrarão a capacidade de digitalização 3D completa de corpo inteiro.

O responsável pelo aplicativo, o desenvolvedor Eun Jin Lim, disse à BBC que o serviço foi criado para eternizar a lembrança de entes queridos. Ele conta que a ideia surgiu porque ele gostaria de ter fotos com a sua avó já falecida.

"Eu não posso mais tirar fotos com ela, e nesse caso seria ótimo usar nossos avatares", explicou. Ele espera disponibilizar uma biblioteca de celebridades para que os usuários começem a reproduzir selfies com famosos também.

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte desenvolveram um algoritmo que ajuda a detectar autismo em bebês. Os testes mostraram uma taxa de 81% de precisão e 88% de sensibilidade (taxa de positividade do teste).

Os cientistas preparam o algoritmo para encontrar sinais prematuros de autismo usando exames cerebrais e fazendo os três sinais mais comuns: a superfície, o volume do cérebro e o sexo do bebê (autismo é mais comum em homens).

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A inteligência artificial foi capaz de detectar autismo em bebês entre 6 e 12 meses, a maioria foi diagnosticada com autismo ao completarem dois anos de idade. Segundo os pesquisadores, é difícil encontrar exames cerebrais de bebês e na maioria das vezes esses exames tem um alto custo. 

 

Mark Zuckerberg vislumbra um sistema de software inspirado no personagem Jarvis, do "Homem de Ferro", como um mordomo virtual administrando a sua casa.

O sonho do fundador do Facebook é sobre a inteligência artificial, que deixou de ser uma questão exclusivamente do campo da ficção científica e está lentamente se infiltrando em nossas vidas diárias.

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A inteligência artificial está se estabelecendo nas casas das pessoas, a começar pelo dispositivo por comando de voz "Echo", da Amazon, que inclui uma assistente virtual chamada "Alexa", capaz de responder a perguntas e de controlar objetos conectados, como eletrodomésticos ou lâmpadas.

Carolina Milanesi, analista da empresa de pesquisas Creative Strategies, disse que "2016 foi o ano em que se tomou consciência e se mostrou aos consumidores a ideia da inteligência artificial mais orientada para o mercado de massas".

Milanesi disse que ainda pode levar tempo para que a tecnologia atinja todo o seu potencial, observando que as empresas precisam de "um forte gancho" para atrair um grande número de consumidores para este mundo.

A empresa especializada Consumer Intelligence Research Partners (CIRP) estima que a Amazon tenha vendido mais de cinco milhões de unidades de seus dispositivos conectados como o Echo desde 2014, em um mercado que está aquecendo com a concorrência do Google Home e de outros produtos deste tipo que estão em desenvolvimento.

O Google também está usando sua capacidade de inteligência artificial para aperfeiçoar os smartphones. Seu novo aplicativo de mensagens instantâneas Allo pode, por exemplo, sugerir uma reunião ou oferecer informações relevantes durante uma conversa.

Entre outros gigantes da tecnologia, a Apple tem melhorado discretamente as capacidades de seu assistente digital Siri, assim como o Facebook tem feito com sua plataforma Messenger.

Máquinas onipresentes

As fabricantes de automóveis, o Google e a Uber, entre outros, estão acelerando o passo para oferecer a venda de carros autônomos, "sem motorista", cuja condução também será feita com inteligência artificial.

Esta tecnologia também será aplicada nos supermercados para identificar automaticamente o conteúdo dos carrinhos, sem a necessidade de passar as compras pelo caixa - uma novidade testada recentemente pela Amazon. Alexandre Alahi, pesquisador nos laboratórios de inteligência artificial da Universidade de Stanford, antevê "um futuro em que as máquinas inteligentes estarão onipresentes em nossa vida cotidiana".

"Teremos robôs nas casas e nos carros autônomos, mas também nas estações de trens, nos hospitais e na cidade em geral", o que poderia incluir robôs ou dispositivos para melhorar a mobilidade dos deficientes visuais, detalhou. "Nossas casas e os espaços públicos se tornarão inteligentes para aumentar nossa segurança, nossa saúde, nossa produtividade", acrescentou.

Um sistema de sensores, por exemplo, pode monitorar um paciente de hospital 24 horas por dia, ou permitir que pessoas idosas permaneçam em suas casas com melhor vigilância médica.

Esses sistemas são capazes de ver e de aprender como os humanos graças aos algoritmos e a uma capacidade de cálculo informática que analisa e interpreta rapidamente enormes quantidades de dados.

Um exemplo disto vem da IBM, cujos sistemas de supercomputadores Watson estão oferecendo programas de "saúde cognitiva" que podem analisar o genoma de uma pessoa e oferecer tratamento personalizado para o câncer, por exemplo.

No final de novembro, o Google anunciou que tinha desenvolvido um algoritmo que consegue detectar sinais de retinopatia diabética, uma causa de cegueira, através da análise de imagens de retina. Tanto o Facebook como a Microsoft apresentaram neste ano sistemas capazes de apontar para imagens e descrever seu conteúdo para pessoas cegas.

Em março, as máquinas conquistaram o complexo jogo de origem oriental Go, no qual qualidades normalmente restritas aos humanos, como a intuição e a criatividade, são consideradas essenciais. Os algoritmos de AlphaGo, criados por uma filial do Google, ganharam de 4-1 do campeão mundial sul-coreano.

Falta inteligência social

Alahi diz que os sistemas de inteligência artificial projetados para reconhecer e interpretar dados de imagens "estão próximos ao desempenho humano", mas que mais trabalho precisa ser feito para melhorar a "inteligência social" e compreender as sutilezas de nossas decisões diárias.

Um automóvel autônomo, por exemplo, pode circular sem problemas em uma cidade bem estruturada como Mountain View, em Santa Clara, Califórnia, onde o Google tem sua sede, mas teria mais problemas em volta do Arco do Triunfo de Paris, onde os comportamentos de condução são menos previsíveis.

Alahi disse que a robótica precisa entender os comportamentos sociais da vida diária, que podem variar de uma cultura para outra. Pode acontecer, por exemplo, de um robô passar no meio de um grupo de pessoas em uma estação de trem para encontrar o caminho mais eficaz, violando inconscientemente convenções sociais de espaço pessoal.

"Existem situações em que a tecnologia ainda não consegue ler de maneira eficaz os comportamentos das pessoas", então é necessário encontrar meios para "coexistir com os humanos dentro dos mesmos espaços",explicou o pesquisador.

Esses tipos de robôs podem ser maravilhas tecnológicas, mas também aumentam os receios de que eles poderiam ficar fora de controle, preocupações refletidas em filmes como "Terminator". "É tudo assustador, mas isso vai levar anos para acontecer, e quando estiver pronto, estaremos prontos para isso", relativizou Milanesi.

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