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O deputado federal Jarbas Vasconcelos negou, nesta quarta-feira (4), que esteja de saída do MDB. Segundo ele, a divulgação de notícias com este teor faz parte de um plano do presidente nacional da legenda, senador Romero Jucá (RR), para “colocar seus planos escusos em prática visando as eleições deste ano".

A informação de que Jarbas deixaria o MDB foi anunciada pelo jornalista Roberto Noblat, em seu blog nessa terça (3), depois que a Executiva Nacional do MDB baixou uma resolução obrigando que Pernambuco e mais sete estados tenham candidatura própria ao governo. Em termos práticos, isso retira a autonomia do vice-governador Raul Henry, presidente do diretório pernambucano, diante das decisões da legenda e a influência de Jarbas. 

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"Não faz o menor sentido a informação de que estou de saída do MDB. Como já é de conhecimento público travo uma batalha jurídica ao lado de Raul Henry, presidente estadual do PMDB de Pernambuco, e demais companheiros, para evitar o ato truculento e antidemocrático que atualmente o presidente nacional do partido, o senhor Romero Jucá, de dissolver o diretório estadual e assim servir aos seus interesses”, salienta Jarbas, em nota encaminhada à imprensa. Os rumores davam conta de que o deputado seguiria para o PSD. 

Jarbas disse também que segue confiando que a Justiça invalidará a intervenção que chegou a dissolver o diretório local do partido. “Sigo acreditando que ela irá se fazer presente para evitar tamanha violência dentro do partido que ajudei a fundar e no qual milito há mais de 40 anos”. 

“A divulgação desse tipo de informação, assim como a publicação nesta semana de novas resoluções internas do partido, são frutos de mais uma estratégia de Jucá de fraudar e burlar a Justiça, e colocar seus planos escusos em prática visando as eleições deste ano", ressaltou o deputado federal.

Presidente do MDB em Pernambuco, o vice-governador Raul Henry apresentou um mandado de segurança ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra decisão da Executiva Nacional do partido que determinou a dissolução do diretório estadual da sigla. Na representação, Henry pede que que seja concedida uma liminar para suspender os efeitos da decisão. O relator do processo é o ministro Admar Gonzaga.

No documento, Henry argumenta que o ato de dissolução, assinado pelo presidente nacional e senador Romero Jucá (RR), não tem justa causa, bem como representa ilegalidade e abuso de poder. Além disso, segundo o vice-governador, o ato ofende os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. 

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Na ação, ele sustenta também que foi democraticamente eleito para comandar a agremiação regional e que nas últimas eleições municipais, em 2016, conseguiu o maior crescimento do partido em todo o país em relação ao número de prefeitos eleitos. Apesar disso, o argumento usado para dissolver o diretório regional foi a necessidade de que o partido tenha um melhor desempenho eleitoral para as próximas eleições.

“É neste contexto de luta incansável contra o autoritarismo e na defesa dos valores republicanos que se impetra o presente, para anular e fazer cessar o ato coator, emanado do abuso e da arbitrariedade perpetrados pela autoridade coatora”, defende o texto do mandado de segurança.

Raul Henry também destaca “outra arbitrariedade” cometida pela Executiva ao designar uma Comissão Provisória, presidida pelo senador Fernando Bezerra Coelho, para gerir o MDB em Pernambuco. Segundo ele, tal fato atropelou “procedimentos e prazos relacionados com o rito da dissolução de órgãos partidários”.

Para o vice-governador, o precedente passa a permitir “dissolver qualquer órgão partidário até o mês de março, abrindo-se margem, justamente, para a constituição de uma comissão provisória até o início de abril, às vésperas do término da janela de migração e do período de filiação partidária”.

Alega, por fim, que qualquer desvirtuamento da atuação livre e democrática dos partidos políticos fere a normalidade e regularidade do processo político, vulnerando a autenticidade do sistema representativo.

A dissolução foi anunciada na última terça-feira (20), mas três dias depois o Supremo Tribunal Federal suspendeu a ação até que seja julgado o mérito de uma ação contrária à medida também impetrada por Raul Henry. A extinção do diretório pernambucano retira não apenas o comando de Henry, mas a liderança estadual do partido protagonizada pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos. 

Ex-presidente do MDB em Pernambuco, o vice-governador Raul Henry não poupou críticas, nesta quarta-feira (21), ao senador Fernando Bezerra Coelho diante da dissolução do diretório do partido no Estado, até então comandado por ele, e a implantação de uma comissão provisória que passou os poderes da sigla para o parlamentar petrolinense. Henry listou uma série de adjetivos contra Bezerra, chamando-o de “traidor”, “oportunista”, “indigno” e “desleal”.

Foi a partir de articulações encabeçadas por Fernando Bezerra que a Executiva Nacional do MDB aprovou a dissolução do diretório por 17 votos a 6, nessa terça-feira. A medida destitui, além de Raul Henry, o deputado federal Jarbas Vasconcelos da liderança política da legenda. O ex-presidente informou que vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF) e no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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“Sofremos a maior violência da história de Pernambuco e do PMDB do Brasil. Não demos causa para nenhum processo de dissolução. Crescemos 140% o número de vereadores e 140% o de prefeitos nas eleições em 2016. Não impedimos em nada o crescimento do MDB, muito pelo contrário. Não criamos dificuldade e obstáculo para a entrada de quem quer que fosse”, disse o vice-governador em entrevista à Rádio Jornal.

Para Raul, Fernando Bezerra se filiou ao MDB, em setembro de 2017, “com uma faca escondida para enfiar na nossas costas”. “O senador confirmou neste episódio uma fama que carrega de longe, a de ser o maior traidor da história de Pernambuco. Começou com Roberto Magalhães, em 1986, e não parou mais”, cravou.

“Jarbas abriu as portas para ele entrar no partido e, 48 horas antes da filiação, ele pediu a dissolução de uma história de mais de 50 anos. É um traidor, oportunista. Uma pessoa desleal, indigna. Não merece nossa companhia, não queremos a companhia dele”, completou.

Nos bastidores, comenta-se que a dissolução é uma retaliação do presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), ao fato de Jarbas ter votado a favor do prosseguimento de investigação de denúncias contra o presidente Michel Temer (MDB) por corrupção. Para Jarbas, a mudança foi uma "truculência e arbitrariedade" executada por Jucá.

"Isso nunca aconteceu na história do MDB. Esse ato de violência e antidemocrático são as marcas da era Jucá à frente da legenda. Vou junto com Raul continuar brigando e lutando. Eles queriam briga e agora vão ter", garantiu Jarbas Vasconcelos ao se posicionar sobre o assunto.

Com Fernando Bezerra Coelho no comando do MDB de Pernambuco, a legenda passa oficialmente a fazer oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). Já que Bezerra é pré-candidato a governador e logo que assumiu o posto ontem tratou de garantir que o partido vai “manter contato com as forças políticas” que querem “virar a página do projeto político” que comanda o Estado.

Também atingido pela mudança, Paulo Câmara emitiu uma nota prestando "apoio e solidariedade" a Jarbas e ao seu vice. "Jarbas Vasconcelos, Raul Henry e os demais integrantes do PMDB de Pernambuco honram qualquer partido político do Brasil. O que estão tentando fazer contra eles é uma das maiores violências da história política nacional. Mas essa luta não se encerrou. Ainda acredito que a Justiça há de prevalecer", destacou no texto.

A reestruturação do alinhamento do MDB em Pernambuco deve causar a desfiliação de algumas lideranças da legenda que têm até o dia 7 de abril para aproveitar a janela partidária sem sofrer sanções, caso tenha mandato de deputado federal ou estadual. O deputado federal Kaio Maniçoba, atualmente licanciado para comandar a pasta de Habitação no Governo de Pernambuco, é um dos que estuda a desfiliação. Enquanto Jarbas e Henry garantem que permanecem no partido por acreditar que a Justiça vai intervir no processo. 

O deputado federal Jarbas Vasconcelos prometeu ir à briga contra a dissolução do diretório do MDB de Pernambuco e a transformação da legenda no estado em comissão provisória. A mudança destituiu o vice-governador Raul Henry da presidência do partido e tirou do deputado a liderança política que exercia internamente, com influência direta nas decisões locais. A partir de hoje, os emedebistas pernambucanos serão liderados por uma comissão provisória dirigida pelo senador Fernando Bezerra Coelho.

Para Jarbas, a mudança foi uma "truculência e arbitrariedade" executada pelo presidente nacional do partido, senador Romero Juca (RR), que desde setembro de 2017 prega a dissolução ao lado de Fernando Bezerra.

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"Não faço parte da executiva do partido mas fiz questão de estar ao lado de Raul na reunião de hoje para acompanhar de perto esse ato de truculência e arbitrariedade por parte de Romero Jucá. Isso nunca aconteceu na história do MDB", salientou Jarbas.

"Esse ato de violência e anti-democrático são as marcas da era Jucá à frente da legenda. Vou junto com Raul continuar brigando e lutando. Eles queriam briga e agora vão ter", acrescentou o parlamentar. A dissolução do diretório foi aprovada por 17 votos favoráveis e 6 contrários, durante uma reunião que aconteceu na tarde de hoje.

Desde o início da briga pelo comando do partido, Jarbas vem disparando críticas contra Jucá. Nos bastidores, comenta-se que a dissolução é uma retaliação do presidente nacional ao fato de Jarbas ter votado a favor do prosseguimento de investigação de denúncias contra o presidente Michel Temer por corrupção.

A Executiva Nacional do MDB aprovou, nesta terça-feira (20), a dissolução do diretório da legenda em Pernambuco. A medida destitui da presidência da sigla o vice-governador Raul Henry e retira os poderes políticos do deputado federal Jarbas Vasconcelos. A medida foi aprovada  por 17 votos a 6, favorecendo o senador Fernando Bezerra Coelho, nomeado o responsável pela comissão provisória emedebista instalada no estado. 

Agora à frente do MDB pernambucano, Bezerra Coelho tratou logo de direcionar a legenda para o campo de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) e disse que a partir de hoje, oficialmente, o partido vai “manter contato com as forças políticas” que querem “virar a página do projeto político” que comanda o Estado.

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“A partir de hoje, com a liderança do MDB de Pernambuco, vamos manter contato com diversas forças políticas do nosso estado para que possamos construir uma chapa representativa e competitiva. Agora o MDB vai estar presente na próxima reunião lá em Ipojuca [da frente Pernambuco Quer Mudar] para que possamos anunciar uma grande chapa majoritária para dar o que os pernambucanos querem, a mudança. É preciso virar essa página, o projeto que está aí já deu”, declarou.

Fernando Bezerra também disse que estava animado para dirigir o MDB de Pernambuco e deixou claro que os atuais militantes, prefeitos, vereadores e deputados que quiserem permanecer serão bem-vindos. Desde setembro, quando se filiou ao MDB, Bezerra Coleho brigava pelo comando da legenda. O pleito foi levado a uma briga judicial que se arrasta desde então. 

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Morreu, na manhã desta terça-feira (13), o ex-presidente do MDB de Pernambuco Dorany Sampaio. O político tinha 91 anos e estava internado em um hospital residência instalado na casa dele no bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife. 

O velório está marcado para às 14h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Já a cerimônia de cremação está prevista para às 18h, precedida de uma missa. O político deixou mulher, Lisete Valadares, sete filhos, netos e bisnetos.

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Dorany de Sá Barreto Sampaio esteve à frente do MDB de Pernambuco por 27 anos, de 1989 a 2015, quando passou o comando da legenda para o vice-governador Raul Henry. Ele também foi deputado estadual na época da Ditadura Militar, presidente da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), durante o governo do ex-presidente José Sarney, no fim dos anos 1980, e secretário estadual no governo de Jarbas Vasconcelos.

--> Relembre uma entrevista de Dorany Sampaio ao LeiaJá em 2015 

Repercussão

Sucessor de Dorany na presidência do MDB, Raul Henry disse que o correligionário "foi um homem que viveu a vida em toda a sua plenitude". "No período democrático, liderou o PMDB-PE por muitos anos, pela capacidade que tinha de dialogar e de construir convergências. Foi também um homem de muitos amigos e um exemplar pai de família. Sua partida deixa enorme lacuna em todos nós do PMDB-PE, que tivemos o privilégio de ter com ele uma longa convivência", afirmou em nota.

O ex-governador e deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) também lamentou a perda e disse que fica uma lacuna na política brasileira.  "Foi uma liderança dentro do MDB que sempre soube ouvir e conduzir de forma ampla e democrática o partido. Para mim o sentimento é de grande perda porque foi embora também um amigo. Um amigo que era um pai de família exemplar", escreveu.

O deputado federal Augusto Coutinho (SD) se solidarizou com a família. "O desaparecimento do ex-deputado Dorany Sampaio deixa uma lacuna imensa na política pernambucana. Dorany foi um dos símbolos da luta democrática por um Brasil melhor, e participou de importantes momentos da política nacional. Consolidamos uma forte amizade no período em que atuamos como secretários nas gestões de Jarbas Vasconcelos e Roberto Magalhães na Prefeitura do Recife. Me solidarizo com Dona Lizete, com todos os seus familiares e amigos neste momento difícil", declarou em nota. 

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), destacou a capacidade de articulação de Dorany, mesmo na ditadura militar. "Um democrata e humanista que foi cassado pela ditadura militar por não abrir mão desses ideais. Referência na política pernambucana e especialmente no MDB, partido que conduziu por 27 anos, quando sobressaiu sua capacidade de diálogo e articulação. Perda muito grande para Pernambuco e para o Brasil", disse na nota.

O mesmo sentimento foi corroborado pelo prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR). "A política de Pernambuco perde um de seus grandes referenciais com o falecimento de Dorany Sampaio, mas seu legado de liderança fica para todos nós. À família, desejo conforto nesse momento de saudade", declarou.

O diretório do MDB em Pernambuco conquistou uma liminar no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), nesta sexta-feira (19), que volta a suspender o processo de dissolução da Executiva estadual, capitaneado pelo presidente nacional da legenda, Romero Jucá (RR). A decisão beneficia o grupo político do deputado federal Jarbas Vasconcelos e mantém o vice-governador Raul Henry à frente da legenda. 

A liminar foi concedida pelo desembargador Eduardo Sertorio Canto e questiona os procedimentos adotados pela instância nacional do partido para promover a intervenção. A medida anula a decisão do juiz Jose Alberto de Barros, da 26a Vara Cível de Pernambuco, que determinou, no último dia 17, a retomada do processo que dissolve os poderes dos peemedebistas. 

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Como argumento, Sertório questiona a mudança do estatuto realizada durante Convenção Nacional, no último dia 19 de dezembro, em Brasília. Com o intuito de promover a intervenção em Pernambuco, a Direção Nacional modificou o artigo 73 do documento, transferindo, assim, a competência de dissolver diretórios estaduais do Conselho Nacional para a Executiva Nacional.    

Nos autos, o desembargador justifica: “Não se trata de simples erro em que tivesse ocorrido uma troca de letras. A modificação feita posteriormente alterou a anterior, alterando seu conteúdo”. E, mais adiante, defende: “Por ter ocorrido alteração na disposição legal, não pode ser reconhecida tal alteração como simples erro material, pois houve uma alteração de competência. Dessa forma, a alteração feita passa a valer somente a partir de sua publicação, não podendo retroagir, exatamente, por tê-la modificado”.

O presidente estadual Raul Henry afirmou que a decisão demonstra a ilegalidade desse processo. “O senador Romero Jucá mudou o estatuto do partido com o objetivo de nos prejudicar em um processo que já tinha sido iniciado. Como o estatuto é a lei partidária, ela jamais pode retroceder para lesar quem quer que seja. Reafirmo nossa confiança na Justiça e a nossa disposição de lutar até as últimas consequências”, comentou.

Com a liminar proferida no último dia 17, a direção nacional do MDB passaria os poderes da legenda no estado para o senador Fernando Bezerra Coelho e, com isso, a aliança do MDB com o PSB de Pernambuco seria rompida, já que o senador é um dos nomes que lidera o chamado novo bloco de oposição “Pernambuco quer mudar” e se lançou como pré-candidato a governador, contra a reeleição de Paulo Câmara. PSB e MDB são oficialmente aliados de primeira hora e a intervenção tem a rejeição de Henry, Jarbas e outras lideranças estaduais, o que tem motivado a briga judicial. 

Presidente do MDB em Pernambuco, o vice-governador Raul Henry vai recorrer, nesta sexta-feira (12), da decisão que derruba a liminar da Justiça que impedia a dissolução do diretório da legenda. Por definição do juiz de direito José Alberto de Barros Freitas Filho, da 26ª Vara Cível da Capital, a Executiva Nacional do partido poderá iniciar o processo, o que beneficia o senador Fernando Bezerra Coelho e destitui os poderes de Henry e do deputado federal Jarbas Vasconcelos sobre o MDB local. 

A sentença do magistrado foi divulgada nessa quinta-feira (11) e derruba parcialmente a liminar que dava legitimidade a Henry e Jarbas. Na decisão, José Alberto de Barros Freitas Filho afasta a justificativa de alinhamento político entre os diretórios nacional e estadual, mas deixa em evidência o déficit no desempenho eleitoral, que, segundo ele, deve ser julgado internamente. A atual direção vai apresentar hoje um recurso à segunda instância e um pedido de reconsideração ao magistrado. 

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O juiz também lembra que o intuito dele foi resolver a questão judicial, pois com a proximidade da janela partidária, em março, seria “pouco provável que alguém aceite se filiar ao PMDB-PE sem saber quem efetivamente deterá o comando da sigla no Estado”.  Com a direção passando para Bezerra Coelho, a aliança do MDB com o PSB de Pernambuco será rompida, já que o senador é um dos nomes que lidera o chamado novo bloco de oposição “Pernambuco quer mudar” e se lançou como pré-candidato a governador, contra a reeleição de Paulo Câmara. 

PSB e MDB são oficialmente aliados de primeira hora e a intervenção tem a rejeição de Henry, Jarbas e outras lideranças estaduais, o que tem motivado a briga. A direção do MDB foi um pré-requisito de FBC para se filiar ao partido, que já recebeu uma espécie de “carta-branca” da direção nacional para conduzir a legenda nas eleições deste ano.

A briga entre o senador Fernando Bezerra Coelho (FBC) e o deputado federal Jarbas Vasconcelos pelo comando do MDB em Pernambuco tem cada vez mais se acentuado e ido além das questões judiciais. Nos últimos dias, inclusive, eles trocaram farpas a partir de artigos publicados em um jornal de circulação nacional. Em entrevista ao LeiaJá nesta quinta-feira (4), durante passagem pela redação no Recife, Bezerra Coelho resumiu o episódio pontuando que “ninguém é obrigado a levar desaforo para casa”. 

O senador afirmou que no início preferiu “não fazer nenhum comentário, nem rebater ou revidar”, mas sob a ótica dele as “críticas ácidas” de Jarbas devem ter um limite. “Acredito que na política você nunca deve entrar pelo campo pessoal, você tem que falar de propostas, do seu trabalho, sua disposição e seus projetos. Isso é que de fato tem que ser a política, um aspecto positivo, mas na medida em que houve a decisão de levar a questão para o maior jornal de circulação do país, com um artigo cheio de críticas ainda mais ácidas, aqui em Pernambuco tem o ditado que ninguém é obrigado a levar desaforo para casa, então tem um limite”, cravou Bezerra.

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Apesar das alfinetadas constantes, Fernando Bezerra amenizou ao ponderar que espera “que haja respeito pelas biografias de um e de outro e que a gente não precise se utilizar desses argumentos para o debate político”. O embate entre eles se acentuou depois de o presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), confirmar que haveria uma intervenção na direção estadual da legenda. 

A interferência vai dissolver a atual formação da direção peemedebista no estado, que tem a presidência ocupada pelo vice-governador Raul Henry e a liderança política-eleitoral de Jarbas. Os dois serão substituídos por Fernando Bezerra Coelho. A medida, de acordo com informações repassadas pelo senador pernambucano, deve ser efetuada até o final de fevereiro, por enfrentar questões judiciais. 

Com a direção passando para Bezerra Coelho, a aliança do MDB com o PSB de Pernambuco será rompida, já que o senador é um dos nomes que lidera o chamado novo bloco de oposição “Pernambuco quer mudar” e se lançou como pré-candidato a governador, contra a reeleição de Paulo Câmara. Oficialmente os dois partidos são aliados de primeira hora e a intervenção tem a rejeição de Henry, Jarbas e outras lideranças estaduais, o que tem motivado a briga. A direção do PMDB foi um pré-requisito de FBC para se filiar ao partido.

Permanência de Jarbas e Raul no MDB

Indagado se depois das desavenças e com a intervenção haveria espaço para ele e Jarbas no mesmo partido, Bezerra Coelho disse que sim. “Não tem nenhuma movimentação do ponto de vista pessoal, ninguém questionou o posicionamento de Jarbas e Raul no ponto de vista pessoal, se quiserem permanecer no PMDB serão sempre bem-vindos, até porque temos a tradição de respeitar as dissidências”, salientou.

“O MDB vive um grande momento e vai procurar fazer um alinhamento mais estreito nos diretórios estaduais e nacional. Quando fui convidado para o PMDB, foi no sentido de apresentar um projeto político para resgatar o protagonismo com a apresentação da nossa candidatura ao governo de Pernambuco. É isso o que nos move nesse projeto, fazer o MDB crescer, tendo uma representação mais expressiva na Alepe e na Câmara, quem sabe até governado o Estado”, completou.

O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) não poupou as palavras ao fazer um perfil do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) em um artigo publicado nesta terça-feira (2) no jornal Folha de São Paulo. No texto, Bezerra chama Jarbas de “alma movida pelo ódio” e “homem que ao longo de tantas décadas notabilizou-se por difamar e atacar quem dele discorda”.

A postura exposta pelo senador rebate um artigo, publicado no mesmo jornal, pelo deputado. No texto, Jarbas acusou FBC de ter uma trajetória marcada por “adesismos de ocasião e segue enrolado com a Justiça. Como uma espécie de nômade partidário, foi filiado ao PDS, ao antigo PFL, ao PMDB, ao PPS, ao PSB e agora voltou a integrar o PMDB”. Os dois vêm se desentendendo desde que iniciou a briga pelo comando do PMDB de Pernambuco.

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Em uma espécie de “guerra fria”, o senador disse que “para o bem da verdade, alguns pontos devem ser esclarecidos”. “Jarbas fala em contradições dos outros, quando sua biografia é marcada justamente por incoerências e traições. Chama a mim de adesista, mas aceitou meu apoio em 1990, quando meu pai foi seu candidato a vice-governador; em 2002, na disputa pela reeleição; e em 2014, quando foi eleito para a Câmara dos Deputados”, lembra.

No artigo, ele discorre sobre outros momentos da política e diz que “na aurora da redemocratização, em 1982, ele traiu Miguel Arraes (1916-2005), impedindo o ex-governador de retomar nas urnas o mandato cassado em 1964”.

Fernando Bezerra pontua também que em 2010, Jarbas “chamou Eduardo Campos (1965-2014) de coronel e mau caráter” e, depois, “para não ser empurrado de vez para fora da política, procurou Eduardo, suplicando uma sobrevida”. “Do dia para a noite, passou a elogiar justamente aquele a quem sempre detratou. Fato que até hoje é motivo de ironia nos meios políticos de todo o país. Todos sabemos que Jarbas Vasconcelos foi ressuscitado, com muito custo, pelo propósito de Eduardo Campos de construir uma unidade política”, declara.

O senador ainda afirma que Jarbas “lambeu as botas de Eduardo” e tenta fazer o mesmo com o presidente Michel Temer (MDB), apesar de se colocar como “paladino da ética” e ter o nome citado em diversas investigações, como a própria Lava Jato.

“Este é Jarbas Vasconcelos. Uma pessoa que destila amargor e ressentimentos. Um político que ataca os outros sem jamais fazer qualquer autocrítica. Um homem tomado pela soberba, imperador de uma casa vazia, que tenta segurar-se no comando de uma legenda para garantir mais alguns anos de cargos públicos. Um final melancólico para quem plantou ódio por toda uma vida”, conclui.

A confirmação do presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), de que haverá a intervenção no comando estadual da legenda, transferindo a tutela do partido do vice-governador Raul Henry para o senador Fernando Bezerra Coelho deixou mais nítida a possibilidade da Frente Popular de Pernambuco perder um novo partido da base que apoiará a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB). 

Sem citar o agora rival político, o governador emitiu uma nota de solidariedade a Henry e ao deputado Jarbas Vasconcelos, que também perderá a liderança política do PMDB em Pernambuco com a interferência nacional. 

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"Temos a convicção de que o bom direito está com o PMDB de Pernambuco, representado pelo vice-governador Raul Henry e pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos. Os dois são legítimos representantes do MDB aguerrido e ético que lutou contra a ditadura e pelo restabelecimento da democracia no nosso país. Diante disso, confio que o Poder Judiciário continuará a garantir a direção do PMDB de Pernambuco aos seus legítimos representantes", declarou Paulo Câmara.

O imbróglio deve ser resolvido até o início de fevereiro. Se a direção for confirmada para Fernando Bezerra, o PMDB - que está voltando a ser chamado de MDB - deve ter candidatura própria para concorrer ao comando do Palácio do Campo das Princesas contra Câmara, o que proporcionará desconforto ao vice-governador e a Jarbas. Caso isso aconteça, de acordo com informações de bastidores, os dois já se preparam para deixar o PMDB. Há convites para Jarbas, por exemplo, migrar para o PSD e o PSB. No início dessa discussão, entretanto, o líder peemedebista disse que não deixaria o partido. 

O presidente nacional do “Novo MDB”, senador Romero Jucá (PMDB-RR), ratificou nesta quarta dia 19 de dezembro em Brasília, durante a convenção nacional extraordinária da legenda, que será realizada intervenção no diretório da sigla em Pernambuco. Jucá mandou o recado mais uma vez e desta bem mais direto e objetivo contra o PMDB daqui, leia-se Jarbas Vasconcelos e os demais . Disse Jucá: "Teremos o MDB fortalecido no estado sob o comando do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) e com a presença de deputados federais que estão ingressando no partido”, afirmou Jucá. Segundo ele, o processo de intervenção deverá ser concluído até o final do próximo mês de janeiro. Romero Jucá continuou alfinetando os peemedebistas pernambucanos: “Meu objetivo é fortalecer o Novo MDB em Pernambuco, agregando forças para fazermos as mudanças que o estado precisa e a população deseja e merece”, destaca Fernando Bezerra, que acompanhou a convenção ao lado de lideranças do partido e de autoridades do Legislativo e do governo federal, com a presença do presidente Michel Temer. Agora resta a Jarbas e os aliados aceitar ou continuar brigando na justiça pelo comando da sigla em Pernambuco.

Paulo afaga Jarbas

A nota do Palácio do Campo das Princesas foi emitida logo após o ocorrido. Abaixo na íntegra:

Temos a convicção de que o bom direito está com o PMDB de Pernambuco, representado pelo vice-governador Raul Henry e pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos. Os dois são legítimos representantes do MDB aguerrido e ético que lutou contra a ditadura e pelo restabelecimento da democracia no nosso País. Diante disso, confio que o Poder Judiciário continuará a garantir a direção do PMDB de Pernambuco aos seus legítimos representantes.

Mendonça Filho no Galo da Madrugada

O Galo da Madrugada foi agraciado com a Medalha da Ordem do Mérito Cultural (OMC) 2017, maior honraria pública da cultura brasileira. O bloco foi indicado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, que, este ano, integrou o Conselho da Ordem do Mérito Cultural, grupo responsável por sugerir e avaliar nomes para o prêmio. A entrega aconteceu no Palácio do Planalto com a presença do presidente Michel Temer e do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. 

A fala do ministro

“O Galo da Madrugada é uma das maiores manifestações de nossa cultura. A homenagem é justa para o bloco que congrega todas as manifestações artísticas de Pernambuco. Fico muito feliz pelo reconhecimento de um dos grandes patrimônios de nossa cultura e história, ainda mais porque tive a honra de fazer sua indicação ao Ministério da Cultura”, comentou Mendonça Filho.

Armando quer pressa em projetos

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) propôs em plenário, prioridade na aprovação dos projetos de lei que aumentam a produtividade da economia listados no relatório do Grupo de Trabalho da Produtividade, que coordenou na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) neste ano. São 20 projetos, dos quais 15 em tramitação no Senado e na Câmara dos Deputados, e cinco novos.

ISS

Um dos dois projetos aprovados na última sessão deliberativa do Senado, no dia 14, amplia a isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) nas exportações de serviços. O outro, uma resolução, obriga o ministro-chefe da Casa Civil a prestar contas à CAE, semestralmente, das ações pela elevação da produtividade da economia.

Garantias do presidente do Senado

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), comprometeu-se a votar alguns deles em plenário no início do ano legislativo, em fevereiro. “O tema da produtividade é uma agenda central e urgente para criar as condições favoráveis a um novo ciclo de crescimento econômico do país”, assinalou Armando nesta terça, elogiado no plenário pelos senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Sérgio de Castro (PDT-ES).

Paulo Maluf continua enganando a todos

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o “imediato início” do cumprimento da pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, imposta pelo tribunal ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).

Motivos

Na condenação, o STF determinou que a pena começará no regime fechado, sem possibilidade de saída durante o dia para trabalho. A sentença também determinou a perda do mandato de deputado, o que deverá ser comunicado à Câmara. Agora se isso vai acontecer aí são outros quinhentos.

Presidente nacional do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) afirmou, nesta terça-feira (19), que a intervenção no diretório do partido em Pernambuco vai acontecer no início de 2018. A interferência vai dissolver a atual formação da direção peemedebista no estado, que tem a presidência ocupada pelo vice-governador Raul Henry e a liderança política-eleitoral do deputado federal Jarbas Vasconcelos. Os dois serão substituídos pelo senador Fernando Bezerra Coelho.

“Vamos realizar a intervenção, o processo em Pernambuco será concluído no início do ano e teremos o PMDB ou MDB fortalecido em Pernambuco com a presença do senador Fernando Bezerra Coelho e de diversos deputados federais que estão ingressando no partido”, declarou Romero Jucá. Segundo o presidente nacional, a dissolução do diretório estadual foi aprovada há quatro anos e não inserida no estatuto “por um equívoco”.

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Com a direção passando para Bezerra Coelho, a aliança do PMDB com o PSB de Pernambuco será rompida, já que o senador é um dos nomes que lidera o chamado novo bloco de oposição “Pernambuco quer mudar” e se lançou como pré-candidato a governador, contra à reeleição de Paulo Câmara. Oficialmente os dois partidos são aliados de primeira hora e a intervenção tem a rejeição de Henry.

A direção do PMDB foi um pré-requisito de FBC para se filiar ao partido. Na ocasião, ele já ganhou carta branca para participar da disputa eleitoral de 2018. Henry e Jarbas têm reagido ao processo, eles, inclusive, ganharam uma liminar judicial que impede a intervenção e recorreram na semana passada ao presidente Michel Temer (PMDB). 

Trilhando o caminho para disputar o comando da Presidência da República, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) sinalizou positivamente para a possível escolha de um vice para a chapa liderada por ele que seja do Nordeste. Durante a fase de perguntas da plateia, após a palestra em que falou sobre ‘Gestão pública e desafios do Brasil contemporâneo’ no Recife nesta segunda-feira (20), um dos presentes indagou ao tucano sobre a possibilidade e ele respondeu fazendo um “joinha” com a mão. 

“Está respondido”, emendou ao aceno, pouco antes de ser bastante aplaudido pelos presentes. Mais cedo, quando conversava com jornalistas, o mesmo questionamento foi feito, mas direcionado para os nomes do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB), que já disse apoiar uma candidatura de Alckmin, e ao ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). 

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“Os dois podem ser até candidatos a presidente, quanto mais a vice. São preparadíssimos. Agora, como são de outros partidos, deve ter a delicadeza de não estar fazendo especulações. Vamos aguardar”, frisou. 

Na passagem pelo Recife, Alckmin apresentou suas propostas para o país, caso tenha a candidatura confirmada pelo PSDB, e destacou que o Nordeste estava no centro do seu projeto de desenvolvimento do Brasil.

 

A pouco mais de um ano da disputa eleitoral, o cenário aponta que os partidos em Pernambuco terão o desafio de aparar as arestas abertas, realinhar as alianças e amenizar a pulverização dos nomes que aparecem como opções para a disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas. Na conjuntura atual, que já começa a desenhar o perfil da disputa em 2018, rachas internos têm marcado as grandes agremiações partidárias estaduais.

O PSB, por exemplo, que tem a gerência do governo com Paulo Câmara e é o maior partido da Frente Popular de Pernambuco vem sofrendo uma baixa de aliados desde a morte do ex-governador Eduardo Campos e o início da atual gestão. A última estremecida do partido aconteceu com o desembarque o senador Fernando Bezerra Coelho para o PMDB, partido que até o momento é aliado de primeira hora da legenda pessebista e também vive um racha interno. Bezerra tem a intenção de colocar o PMDB para disputar contra Câmara e com a saída dele outras lideranças, como o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, também devem deixar as fileiras socialistas.

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A partir da desfiliação do senador, segundo o deputado federal Danilo Cabral, o PSB de Pernambuco passou a ter noção de quem dentro da legenda age como aliado ou adversário. “O que tínhamos como ponto de interrogação em Pernambuco era a permanência de Fernando Bezerra Coelho ou não no partido. No ponto de vista interno, defendíamos a decisão da saída dele e a partir disso já sabemos quem são aliados e adversários dentro do partido”, salientou em conversa com o LeiaJá

Para o parlamentar, o que ainda tem prejudicado o PSB não apenas em Pernambuco, mas também no âmbito nacional, é a “ausência de uma definição clara na linha de atuação” desde a morte de Campos. “O partido ficou fraturado, essa fratura se manifestou em vários momentos, desde a ida para o governo Temer, não apoiada internamente pela direção nacional, até o recente debate contra a privatização da Chesf. Isso tudo é fruto de uma ausência de uma posição mais clara. A expectativa é que cheguemos em 2018 com isso definido”, argumentou. 

A definição ressaltada por Cabral diz respeito ao realinhamento das ideologias partidárias junto ao campo de esquerda, o que faz a legenda se reaproximar do PT, outra discussão em voga em Pernambuco. “Tivemos um ponto fora da curva, mas nos realinhamos. A esquerda é o nosso campo histórico. O PSB é anterior ao PT e tantos outros partidos de esquerda”, disse o deputado.  

A recondução ideológica, no entanto, não quer dizer que seja reflexo de uma aliança com o campo petista, mesmo com a abertura de diálogo entre Paulo Câmara, que lidera a Frente Popular, e nomes como o do ex-presidente Lula, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad e outras figuras petistas.  

“Paulo é mais reservado, mas ele pratica este diálogo para que mesmo em um ambiente diferente haja uma convergência. Isso vai levar a uma aliança? Não dá para dizer. A manifestação da direção do PT é contra. Tem gente que questiona também no PSB. Vocês vão ter muitas águas rolando até 2018”, disse Danilo.  

Mais uma tentativa de eleição com unidade no PT

Se o PT irá marchar junto com o PSB em 2018 ou não, depois das conversas travadas entre as lideranças das duas legendas, ainda não sabemos, porém os petistas já se articulam para  um movimento contrário com a defesa da candidatura da vereadora Marília Arraes para o governo. A participação na corrida eleitoral com a disputa majoritária, segundo o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, já é consenso.

“É uma decisão que uniu todo o partido. Temos uma unanimidade no diretório estadual. Apresentar uma candidatura própria não é só uma candidatura, a esquerda tem uma missão de propor ao povo pernambucano uma saída para este retrocesso que essas forças que impuseram ao estado”, salientou, em crítica direta a Paulo Câmara. Para Bruno, a reaproximação com o PSB não passa de especulação.   

“Nós continuamos com a mesma posição de oposição ao governo do PSB. Há muitas distâncias tanto nas posições gerais que o PSB assumiu nos últimos anos ao se afastar de Dilma, ao votar em Aécio, ao voltar no impeachment e em questões locais, que a gente tem discordâncias. Há vários aspectos da gestão, segurança, educação, saúde, enfim, as distâncias são grandes”, garantiu em entrevista recente.

Para o senador Humberto Costa (PT), entretanto, não há como dizer que as portas para o PSB estão fechadas, entretanto, no momento ele não vê “como se construir” uma reaproximação com os socialistas. “Agora, obviamente que nós não fechamos nenhuma porta. Politicamente, sempre tivemos nos últimos anos muito mais aproximação com Armando Monteiro [senador do PTB], mas também no momento em que estamos vivendo hoje, essa aproximação deixou de existir nos termos que existia anteriormente. Então, tudo é incerteza. Mas, eu acho difícil. Se as eleições fossem hoje, o PT necessariamente teria um candidato”, declarou.

A reação do PT diante de Armando diz respeito a aproximação dele com o campo ligado a Fernando Bezerra Coelho, que luta para comandar o PMDB em Pernambuco e montar um campo de oposição que barre a reeleição de Paulo Câmara. Além de Armando, os ministros das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), e da Educação, Mendonça Filho (DEM), também alicerçam o debate liderado por Coelho. 

PMDB: da manutenção da aliança com Paulo ao desejo de FBC de disputar o governo

Caso a investida de Fernando Bezerra vingue, a direção estadual do PMDB, comandada pelo vice-governador Raul Henry, e o poder de condução política do deputado Jarbas Vasconcelos serão diluídos. Se por um lado, a cúpula pernambucana peemedebista é contrária às articulações do senador, por outro ele já conseguiu o apoio do presidente nacional, senador Romero Jucá (RR) e vem, no estado, angariando lideranças de outros campos de oposição para montar uma frente contra Paulo Câmara

Acusado de traição por Jarbas, Fernando Bezerra nutre o desejo de disputar o governo desde 2014, quando ainda era do PSB e foi preterido na disputa por Eduardo Campos. Para o senador, a “ficha” dos novos correligionários “vai cair”. “É verdade, temos um projeto para Pernambuco, mas não será de uma pessoa, um grupo ou partido. É o projeto de uma frente política. Certo que caberá ao PMDB um papel de destaque”, declarou recentemente o político petrolinense. 

Nos bastidores do PMDB, há quem já pregue a vitória de Fernando Bezerra e diante disso, Jarbas Vasconcelos já pontuou que não pretende deixar a legenda. No entanto, também tem lideranças, como o deputado federal Kaio Maniçoba que descarta o cenário. “A entrada de Fernando Bezerra está gerando este incômodo. Se ele quiser se manter filiado, que fique, mas estamos trabalhando para manter a aliança com o governador e a Frente Popular de Pernambuco. Se a tese dele vier a acontecer vai gerar um mal estar grande, mas não trabalhamos com esta hipótese. Em momento algum imaginamos ter que sair do partido ou que o comando do partido", frisou. O processo que pode impulsionar a atuação do senador no campo peemedebista está sob análise do Conselho de Ética do partido e ainda não tem data para ser finalizado.

PSDB: disputar ou firmar aliança?

Não distante dos rachas partidários, o PSDB também está na berlinda com a indefinição se vai concorrer majoritariamente ou firmando alianças. O ministro Bruno Araújo já vinha sendo cogitado para o governo, mas com as investidas de Fernando Bezerra ele vem sendo ventilado como opção para o senado, a partir de um acordo político com o PMDB. Recentemente, Araújo disse ao LeiaJá que estava à disposição do partido, mas a discussão em torno do nome dele perdeu fôlego. A postura do ministro e da direção estadual tucana, instigou o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, a oficializar a pré-candidatura ao governo pelo partido em forma de protesto, expondo a divisão de teses. 

Nesta sexta-feira (22), Gomes criticou a falta de diálogo interno para o pleito que se aproxima e ponderou a necessidade do partido “assumir  a sua maioridade” no estado, deixando de ser “coadjuvante e força auxiliar”. 

“Como um grande partido nacional que já governou o país e tem candidato a presidente, o PSDB deve assumir a sua maioridade em Pernambuco. Deixando de lado este papel de coadjuvante e de força auxiliar. Isso aconteceu na aliança para eleger Eduardo, Paulo e agora, sem discussão alguma, lideranças isoladas do partido fazem questão de negociar espaço numa chapa liderada por Armando [Monteiro] ou Fernando [Bezerra Coelho]”, salientou.  Gomes disse que “como cidadão sente uma decepção grande de como a política no estado vem sendo conduzida” e argumentou que poderia ser candidato a deputado estadual, federal, senador, mas “pela indignação e decepção” quer concorrer ao Governo.

O LeiaJá não conseguiu contato com o presidente estadual do PSDB, deputado Antônio Moraes, até o fechamento desta matéria. Em novembro, o PSDB tem um Congresso Estadual onde deve definir a postura política para 2018. 

O eventual desembarque do PMDB da Frente Popular de Pernambuco para uma disputa em 2018 foi amenizado pelo governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB. A possibilidade será concretizada caso a tese do ex-pessebista e recém filiado ao PMDB, senador Fernando Bezerra Coelho, de criar uma frente de oposição a Paulo tendo a legenda como "protagonista" na disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas, ganhe fôlego e seja imposta pela direção nacional. Nos bastidores, conta-se que o candidato seria o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (ainda no PSB).

"Não trabalho com outra hipótese a não ser a de ter o PMDB de Jarbas e Raul conosco em 2018", salientou. "O PMDB tem ajudado a governar Pernambuco uma de maneira desafiadora", acrescentou ponderando que acredita na manutenção da direção local do partido e da liderança de Jarbas. O governador foi um dos que participou do evento em desagravo ao deputado na noite desta segunda-feira (18).

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Geraldo Julio corroborou dos argumentos do correligionário. "Sou confiante que este processo vai fundar com a garantia deles no comando do PMDB", cravou. Ao ser questionado se temia disputar uma eleição  contra ex-aliados, o prefeito disse que não. " Eleição tem que ter adversário. Estamos acostumados a disputar eleição contra forças políticas e a gente carrega como patrimônio mais importante da Frente Popular, em todas essas disputas, uma liga direta com o povo. O povo quer uma política séria e coerente", complementou.

O PMDB é o segundo maior partido que compõe a Frente Popular e ocupa hoje a vice-governadoria com Raul Henry.

Apesar do imbróglio gerado após o ingresso do senador Fernando Bezerra Coelho no PMDB, com a tentativa de dissolução da direção estadual e do alinhamento político local, o deputado Jarbas Vasconcelos afirmou, nesta segunda-feira (18), que mesmo se a tese do neo peemedebista vir a preponderar ele não deixará o partido. Fernando Bezerra Coelho quer conduzir o PMDB de Pernambuco a partir de agora, inclusive, destituindo a liderança política de Jarbas e fazendo com que a sigla dispute o Governo de Pernambuco e ponha fim a aliança com o PSB.

“Não vou sair do partido, vou lutar dentro do partido. A luta é de perde e ganha. Quero ganhar, vou lutar para ganhar. Ganhar convivendo com todos, não é para botar ninguém para fora. Ao contrário, eu agrego. Essas pessoas que entraram agora vieram pelas minhas mãos, porque falaram comigo, bati palmas quando entraram. Estou tranquilo”, disse Jarbas, em entrevista à imprensa logo após um ato que aconteceu em apoio a ele no Recife. 

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Questionado se manteria a filiação mesmo na oposição, ele reforçou que sim. “Vou ficar dentro do partido numa posição majoritária e vencedora. É minha posição, se for o contrário, também fico dentro do partido que ajudei a fundar e está sob o nosso comando meu e de Raul. A gente vai fazer com que ele cresça mais ainda”, declarou. 

Quanto a possibilidade de se manter na presidência e condução política do PMDB, mas com a candidatura capitaneada pelo senador, Jarbas disse que “não tem nada inviável na política”, mas prefere esperar as coisas acontecerem. 

Entendimento e orgulho de ser político

Jarbas Vasconcelos também pregou que tanto ele como seus aliados devem agora buscar o entendimento interno. “Todos devem procurar o caminho do entendimento, não é bom para o partido conviver permanentemente nas divergências e discussões que não dizem respeito ao amadurecimento do partido. A partir de agora todos devem ter este empenho e cuidado de pensar mais no partido”, salientou. 

Apesar disso, enquanto discursava no evento intitulado “Pernambuco é Jarbas”, o deputado disse que se sentiu surpreso com a tentativa de calarem sua voz. “Estou na política há muitos anos. A tentativa de calar minha voz vindo de dentro do partido não era algo que esperasse. A minha surpresa é menor do que a felicidade de saber que conto com a solidariedade de vocês. Demonstração de apoios vindo de vários lugares do país”, observou.

Dizendo que ia continuar fazendo política, Jarbas disse que não conseguiria sobreviver sem a atuação no setor. “Não sei se conseguiria viver sem a política. Ela é fundamental e importante. Se posso transmitir alguma coisa para os mais jovens e exige de você uma conduta permanente de honestidade. Ao político não é permitido nenhum desvio. Se ele o faz vai ser um pato manco”, discursou.

“Sou daqueles que tenho orgulho de ser político, não tenho receio de ser político, não tenho medo de botar a cara. É importante um político estar preparado para tudo isso. É um processo penoso. Tenho a plena dimensão que eu me preparei para isso. Não ocupei nenhum cargo através de eleição fácil. Todas foram de dificuldades. Nunca me acomodei ou achei que era o melhor, o preferencial. Sempre achei que tinha que buscar o voto. Tenho uma vida política que me satisfaz e posso deixar como herança para os meus filhos e quem me acompanha e confia”, complementou. 

Antes disso, ele também fez questão de reforçar ainda a importância da democracia e dizer que “o poder não é lugar para ser assaltado do dia para noite por ninguém”.

O ato em desagravo ao deputado Jarbas Vasconcelos, que pode perder o poder político dentro do PMDB, na noite desta segunda-feira (18) foi marcado por discursos em apoio ao peemedista e com a tese de que as tratativas lideradas pelo senador Fernando Bezerra Coelho, recém filiado a legenda, foram "desleais". Bezerra ingressou no PMDB com o desejo de mudar a linha política estadual da sigla e disputar o comando do Palácio do Campo das Princesas à revelia da cúpula local que é aliada de primeira hora do governador Paulo Câmara (PSB) e tem nas mãos a vice-governadoria.

O vice-governador de Pernambuco e presidente estadual do PMDB, Raul Henry foi o primeiro a discursar no evento e classificou como "deslealdade e oportunismo" a atuação do senador. "Nela é fácil dizer onde está a lealdade e a traição", salientou Segundo Henry, dois dias antes de se filiar ao partido, Bezerra Coelho teria endossado um processo pedindo da dissolução da atual direção. 

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"Aqueles que querem entrar no nosso partido, temos que falar com clareza e sinceridade, sabem que Pernambuco tem uma linha política. Temos uma aliança com o governador Paulo Câmara. Um homem que fez de tudo para manter Pernambuco de pé. Quem entra no nosso partido tem que saber que vai seguir isto", frisou Henry, dizendo que vai se manter na luta pela manutenção dos direitos atuais que ele e Jarbas tem na legenda.

Entre os deputados federais e estaduais no ato, André de Paula (PSD) disse que “quem faz política com P maiúsculo recebeu de forma desagradável a surpresa de que um homem [como Jarbas] poderia estar sendo desautorizado dentro de um partido que ele fundou”. Sob a ótica do parlamentar, “é uma piada o que estão fazendo”. 

“Jarbas não é um homem admirado apenas pelas suas capacidades, mas sobretudo pelas suas incapacidades. Ele é incapaz de uma deslealdade e de um gesto de desonestidade. É isso que nos faz estar hoje aqui. O pernambucano não vai aceitar e ficar calado, baixar a cabeça… Este foi um gesto vil, imoral e indecente. Vir dizer que o partido precisa crescer é uma piada”, salientou, lembrando da tese da presidência nacional do PMDB de que a legenda não cresceu em Pernambuco na última eleição e, por isso, a mudança no alinhamento. 

Na lista dos ex-governadores presentes, Gustavo Krause (DEM) foi categórico ao dizer que quem muda de lado não consegue vencer e governar Pernambuco. “Em Pernambuco, se mudar de lado não chega ao governo. Estou aqui falando porque tenho lado. Fui chamado não pela afetividade que nos une, que é maior do que vocês imaginam, pois combatemos, mas tivemos a coragem da reconciliação, quando houve oportunidade. Uma mentira não envelhece no tempo, a mentira cuida dela mesmo”, destacou. 

Prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) foi um dos que disparou sutilmente contra o ex-correligionário. "Ato triste daquilo que não é política. De desrespeito e violência. Contra quem entregou a vida pela democracia e ajudou a fundar o PMDB", frisou, alfinetando que Bezerra "usa a política como projetos pessoais". "Tenho a plena confiança que a justiça será feita. O principal desfecho vai ter a justiça feita nas urnas em 2018. O povo vai fazer justiça, Jarbas", complementou. 

O governador Paulo Câmara, que deve ser um dos mais prejudicados caso a aliança com o PMDB seja rompida, chamou de "mal feito" e "coisa errada" as articulações de Bezerra. “No momento em que estamos vivendo da maior crise econômica, política e ética, estamos vendo querer calar a voz de uma pessoa que representa valores da ética, moral, boa política, espírito público. Como cidadãos não podemos aceitar que o certo seja feito por coisa errada. Temos que reagir”, declarou. “O que vemos hoje é uma reação à valores fundamentais. Estes valores que ele cultiva são os que vão prevalecer e Pernambuco vai mostrar que se combate fazendo política e não malfeitos”, acrescentou. Caso a tese de Bezerra se concretize, o PMDB será o maior desfalque na Frente POpular de Pernambuco para a reeleição de Paulo Câmara.  

Durante um discurso e outro, Jarbas era ovacionado pelos aliados. Além dos que discursaram, figuras como o ex-governador Roberto Magalhães (DEM); o ex-presidente estadual do PMDB, Dorani Sampaio; o advogado João Humberto Martorelli; os deputados estaduais Tony Gel e Ricardo Costa, do PMDB, Vinicius Labanca e Waldemar Borges, do PSB; além de deputados federais, prefeitos e outras lideranças participaram do evento. 

Os aliados de Jarbas Vasconcelos promovem, hoje, um ato de desagravo contra a decisão do PMDB nacional de interferir na executiva estadual, passando o seu controle para o senador Fernando Bezerra Coelho. Independentemente do que o grupo do senador possa fazer, o fato é que o PMDB em Pernambuco encolheu na última década, atingindo patamares que não refletem a grandeza nacional da legenda. Os números falam por si mesmos.

 

Em 2006, último ano da segunda gestão de Jarbas Vasconcelos, o partido elegeu três deputados federais: Carlos Eduardo Cadoca, Raul Henry e Edgar Moury Fernandes. Quatro anos mais tarde, o mesmo Jarbas disputaria sua quarta eleição para governador. O PMDB saiu das urnas como o grande derrotado em nível estadual, conseguindo eleger apenas um representante para a Câmara Federal, entre as 25 vagas existentes.

Já em 2012, aliado à Frente Popular, Jarbas tentou eleger o filho vereador do Recife. Mesmo tendo sido prefeito da cidade por duas vezes, não conseguiu sucesso eleitoral. Em 2014, mais um desempenho pífio, com a eleição de um único deputado federal, exatamente Jarbas. O PMDB de Pernambuco, que sempre teve uma forte presença metropolitana e já chegou a contar com as prefeituras de Recife, Olinda, Jaboatão e Paulista, minguou na cena política.

No ranking das prefeituras estaduais está na quinta posição, atrás de legendas como PR, PSD e PTB. Entre as principais cidades da RMR apresentou candidato apenas em Olinda, o deputado estadual Ricardo Costa, onde contou com míseros 3,91% dos votos. Uma distância abissal em relação ao desempenho nacional do PMDB, que ficou no segundo lugar no ranking brasileiro.

Tudo isso comprova que o PMDB de Pernambuco está em declínio. Do ponto de vista eleitoral, o desempenho dos atuais peemedebistas é notoriamente insuficiente. Não passa hoje de um satélite do PSB cujo propósito na reação à chegada de Fernando Bezerra e seu grupo é o de apoiar a reeleição do governador Paulo Câmara, exercitando, portanto, a posição de satélite socialista. Muito pouco para uma sigla do tamanho do PMDB.

DESAGRAVO– Amigos e admiradores do deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) estão organizando, hoje, no Empresarial JCPM, às 18h, um ato de desagravo ao parlamentar, punido pelo partido por ter votado pelo prosseguimento das investigações contra o presidente Michel Temer. Com isso, acabou perdendo o controle do PMDB em Pernambuco para o senador Fernando Bezerra Coelho. O governador Paulo Câmara (PSB) confirmou presença no ato. Na convocação, é dito que a “atuação séria, coerente e transparente na política de Pernambuco e do País” de Jarbas não pode ser “desrespeitada”.

A cata de aliados – Mesmo sem ter a certeza de que vencerá a batalha contra o grupo jarbista, o senador Fernando Bezerra Coelho faz movimentação de pré-candidato a governador para atrair forças das mais diversas tendências para o seu palanque. Na sexta-feira passada, além de ter uma longa conversa com o prefeito do Cabo, Lula Cabral, que é do PSB, mas não está satisfeito na legenda, recebeu no seu escritório político no Recife o prefeito de Agrestina, Thiago Nunes (PMDB), que que saiu de lá informando que a pauta seria administrativa, mas, na verdade, está ligada ao pleito de 2018.

Violência em Caruaru– O deputado Wolney Queiroz, presidente estadual do PDT e o seu pai José Queiroz, ex-prefeito de Caruaru, foram, ontem, ao governador Paulo Câmara relatar o drama da violência no município e pedir rigor na apuração do episódio em que o apresentador da TV Asa Branca, Alexandre Farias, foi vítima de bala perdida quando voltava para casa. Socorristas do SAMU também foram atingidos na perseguição entre bandidos e polícia. “O governador se comprometeu a anunciar nos próximos dias medidas de emergência e de grande impacto para combater a violência”, afirmou Wolney.

Com Sarney– O presidente Michel Temer chamou, ontem, o ex-presidente José Sarney no Palácio do Jaburu para discutir o cenário político em meio à segunda denúncia de Rodrigo Janot contra o presidente e a cúpula do PMDB. A conversa ocorreu após Temer se reunir nos últimos dois dias com aliados e advogados, em São Paulo e em Brasília, para discutir a estratégia jurídica contra a nova denúncia por obstrução de justiça e organização criminosa. Temer se aconselha com Sarney desde que assumiu a presidência e passou a enfrentar graves crises políticas.

Homem-bomba – Sob a ótica de amigos do presidente Michel Temer – que hoje dividem com ele a acusação de integrar uma organização criminosa – Geddel Vieira Lima vai delatar. Mas, se falar, vai delatar o quê? E quem? Geddel Vieira Lima é descrito por aliados como um político que aponta o dedo sempre que está encurralado em alguma situação delicada, no melhor estilo "eu posso até ter feito, mas ele também fez". Estratégia parecida com a de outro ex-político encrencado – e hoje preso – Eduardo Cunha. Quando Cunha estava na iminência de perder o mandato, encontrou-se com Michel Temer, então presidente em exercício, para pedir ajuda.

CURTAS

CAMARAGIBE– O senador Armando Monteiro (PTB) participou, ontem, dos desfiles cívicos dos municípios de Camaragibe e São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana. Ao lado dos prefeitos Demóstenes Meira (PTB) e Bruno Pereira (PTB), e dos deputados Jorge Corte Real (PTB) e Júlio Cavalcanti (PTB), o líder petebista acompanhou as comemorações e destacou a importância de exaltar o espírito patriótico, sobretudo para as futuras gerações. As celebrações marcaram os festejos do Dia da Independência.

POSSE- A nomeada procuradora-geral da República, Raquel Dodge, toma posse, hoje, às 8h. Ela substitui Rodrigo Janot, que deixa o cargo após quatro anos na chefia do Ministério Público Federal (MPF). Inicialmente, a posse estava prevista para às 10h30, mas o horário foi alterado para garantir a presença do presidente da República, Michel Temer, na cerimônia.

 

Perguntar não ofende: O Palácio treme com uma possível delação de Geddel?  

O imbróglio criado no PMDB a partir da briga pelo comando da legenda no estado pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos e o senador Fernando Bezerra Coelho, recém filiado ao partido, tem causado reações de aliados do cacique peemedebista. Seguindo a linha de insatisfação, na próxima segunda-feira (18), às 18h, vai acontecer um ato suprapartidário em desagravo a Jarbas. O governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB, devem participar do evento. 

Denominado de “Pernambuco é Jarbas”, o movimento teria surgido nas redes sociais. No convite, os grupo pontua que a “atuação séria, coerente e transparente” de Jarbas não pode ser “desrespeitada”. A possibilidade de intervenção nacional da direção local é, nos bastidores, uma retaliação ao parlamentar que votou pela continuidade da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva.

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Com a chegada de Bezerra ao partido, o deputado além de perder o comando político da sigla também deverá aceitar um novo alinhamento estadual, já que a intenção do neo-peemedebista é de que o partido volte a disputar o Governo de Pernambuco.  

“Quem combateu com esforço físico e pessoal os tempos sombrios da ditadura civil-militar e luta ao longo de mais de 50 anos de vida pública pela defesa da democracia não pode ter a sua voz calada”, destaca trecho do convite. O grupo afirma também que o deputado federal é alvo hoje “de manobras inescrupulosas por parte daqueles que almejam poder e força política”.

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