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O vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse nesta terça-feira (9) que o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) deveria ter ficado no Brasil e acreditado na "lei, na política e na polícia" brasileiras. "Nosso governo não tem política para perseguir minorias, esse não é o jeito que nós nos comportamos", disse Mourão, questionado durante evento em Washington, organizado pelo Brazil Institute, do 'think tank' Wilson Center.

"Todo mundo que é brasileiro deve continuar no Brasil e deve estar livre de medo. No caso específico de Willys, eu particularmente acho que ele deveria ter continuado e acreditar na nossa lei e na nossa política e na nossa polícia. Poderíamos protegê-lo", afirmou Mourão.

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Em janeiro, Jean Wyllys anunciou que desistiu de assumir seu terceiro mandato na Câmara e sair do País. Ele disse que tomou a decisão por sofrer ameaças e temer por sua vida. Ele foi reeleito em outubro com 24.295 votos. "Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores", escreveu o deputado do PSOL no Twitter. Jean Wyllys foi o primeiro parlamentar assumidamente gay a defender a causa LGBT no Congresso Nacional.

"Acho que ele deveria ter ficado. É muito triste quando coisas assim acontecem. O que posso assegurar é que não há política do governo para perseguir quem quer que seja", afirmou Mourão.

A presença no Brazil Institute foi o último evento público de Mourão em Washington. Na capital dos Estados Unidos, ele se reuniu com o vice-presidente americano, Mike Pence, com senadores americanos, e personalidades como ex-embaixadores dos Estados Unidos no Brasil, além de ter comparecido a rodas de conversa privadas com empresários.

Jean Wyllys sabe que não voltará tão cedo ao Brasil. O presidente Jair Bolsonaro "me tornou uma espécie de inimigo", afirmou o ex-deputado que se viu obrigado a abrir mão de seu mandato no Congresso após receber ameaças de morte.

"Eu recebia ameaças de morte por telefone, pelas redes sociais por e-mail. Começaram, inclusive, a me ameaçar nas ruas", conta o ativista dos direitos LGBT em uma entrevista à AFP em Paris.

Em janeiro, o político de esquerda de 45 anos, primeiro deputado abertamente homossexual do Congresso do Brasil, renunciou a assumir seu terceiro mandato diante do número crescente de ameaças que recebia desde a eleição do presidente de ultradireita Jair Bolsonaro.

Bolsonaro e Wyllys tiveram uma briga em abril de 2016, durante a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, quando o político cuspiu na cara do então deputado Bolsonaro, depois que ele elogiou o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Após a eleição de Bolsonaro, conhecido por numerosos comentários homofóbicos, para a Presidência, as ameaças "se intensificaram".

O governo fez "uma campanha difamatória contra mim com fake news, calúnias que tornavam os espaços todos vulneráveis". "Jair Bolsonaro me tornou uma espécie de inimigo, mas não era adversário político, era inimigo dele", relatou Jean Wyllys, vestido com um suéter vermelho.

- Democracia no Brasil 'está em risco' -

De acordo com Jean Wyllys o assassinato da vereadora Marielle Franco, há um ano, também pesou na sua decisão de deixar o país.

"Depois do assassinato Marielle Franco, o cálculo de risco apontou que eu corria risco de minha vida", disse.

"O então presidente da Câmara destacou uma escolta para me acompanhar de casa pro trabalho e do trabalho para casa. A partir daí, passei a viver em uma espécie de cárcere privado".

"Foi nesse momento que me dei conta que eu não poderia assumir meu novo mandato", lembrou.

Desde que deixou o Brasil, em janeiro, o ex-deputado tem vivido entre Barcelona e Berlim. Há alguns dias ele ainda se negava a revelar onde se instalaria, mas agora conta sem medo que ficará provisoriamente na capital alemã.

Por que Berlim? "Berlim me escolheu", responde divertido Wyllys, que conta que após se exilar foi contratado pela fundação alemã Rosa Luxemburgo e pela Open Society Foundation, que lhe propuseram fazer um doutorado na cidade.

Paralelamente à vida acadêmica, o ex-parlamentar promete continuar, do exterior, sua militância contra o governo de Bolsonaro. "É possível fazer política fora do Parlamento e é possível viver livremente como estou vivendo agora e sem risco de vida".

Jean Wyllys não sabe até quando ficará na Europa. "Eu não sei quanto tempo vou ficar fora porque não sei quanto tempo vai durar a noite no Brasil".

Ele acredita, contudo, que as recentes revelações sobre supostos vínculos entre o presidente e os suspeitos pelo assassinato de Marielle Franco "despertem os eleitores brasileiros que elegeram Bolsonaro".

Uma foto publicada na página Facebook de um dos suspeitos supostamente com Bolsonaro viralizou nas redes sociais. O segundo suspeito morava no mesmo condomínio que Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca.

"Uma coincidência", segundo a polícia, que não apontou qualquer conexão entre a família presidencial e o crime. Para Wyllys, esses vínculos são graves. "Isso demonstra quão em risco está a nossa democracia".

O bate-boca entre o ex-deputado federal Jean Wyllys e a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo, em Genebra, na semana passada, ainda está dando o que falar.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ligou diretamente para Maria Nazareth - em uma ação rara, pois dificilmente ele telefona para embaixadores - e a agradeceu pela atitude que teve de questionar o que era dito por Wyllys.

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No dia, o ex-parlamentar havia sugerido o envolvimento do crime organizado no governo federal e alertou os presentes para a violação dos direitos humanos. Ao tomar ciência do que foi dito por Wyllys, a embaixadora afirmou que o que ele falava se tratava de fake news.

A partir daí os ânimos se exaltaram e ambos discutiram por alguns minutos diante de dezenas de pessoas. Incomodada, Maria Nazareth deixou a sala, aos gritos, dizendo que Wyllys “envergonha o Brasil”.

Morando no exterior após desistir de seu cargo de deputado federal por medo de ameaças sofridas, Jean Wyllys tem feito uma série de visita em cidades históricas do continente europeu.

Em sua programação, o ex-parlamentar tem encontrado figuras políticas importantes de países europeus. Anteriormente, ele esteve com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e aproveitaram para tirar uma foto segurando uma imagem da vereadora Marielle Franco. Na ocasião, Hidalgo afirmou que irá propor nomear uma rua parisiense com o nome da brasileira.

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Agora, Wyllys utilizou sua conta no Instagram para publicar uma foto com a prefeita de Barcelona, Ada Colau. Na publicação, ele afirmou que “Colau também é fascinante porque é sensível e inteligente”.

“Nossa identificação foi imediata, piscianos que somos (mesmo ano de nascimento) e, portanto, preocupados com as dores dos outros”, assemelhou Wyllys. Quanto às questões políticas, ele informou que a prefeita “está bem informada sobre as violações de direitos humanos e os ataques à democracia perpetrados pelo governo Bolsonaro”.

O ex-deputado ainda frisou que Ada Colau se posiciona de forma contrária ao que o presidente brasileiro vem fazendo em seu mandato. “Obrigado, Ada! Até outro dia”, finalizou Wyllys.

A prefeita da capital francesa Paris, Anne Hidalgo, expressou seus sentimentos com as circunstâncias do assassinato de Marielle Franco nesse primeiro ano da morte da vereadora do Rio de Janeiro. Através de suas redes sociais, escreveu mensagens em homenagem à brasileira.

Em sua conta no Twitter, a prefeita afirmou que irá propor ao Conselho de Paris (que funciona como uma espécie de Câmara de Vereadores) que uma rua parisiense passe a se chamar Marielle Franco.

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“Como vereadora no Rio de Janeiro, ela esteve envolvida na luta contra o racismo, a homofobia e a violência policial”, escreveu Anne Hidalgo, acrescentando uma imagem da vereadora.

O ex-deputado federal Jean Wyllys se encontrou com a prefeita de Paris e afirmou que ela “mostrou-se não só sensível, mas sobretudo bem-informada e indignada com esgarçamento da democracia brasileira e o desprezo do governo Bolsonaro pelos direitos humanos das minorias”.

O ex-deputado federal pelo PSOL Jean Wyllys protagonizou uma discussão com a diplomata brasileira Maria Nazareth Farani Azevedo, durante reunião da Organização das Nações Unidas, nesta sexta-feira (15).

Em uma mesa de discussão, onde os principais assuntos eram a atual conjuntura política brasileira e as polêmicas advindas, a diplomata se recusou a ouvir uma resposta de Wyllys e se retirou da sala.

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“Se a senhora gosta de debate, deveria ouvir a minha resposta. O fato da senhora ter saído do seu lugar e vir com um discurso pronto para essa sala é um sintoma mesmo de que minha presença aqui amedronta a senhora e o seu governo”, disparou Wyllys.

Em sua fala, o ex-parlamentar alfinetou a postura antidemocrática da embaixadora e denunciou a ligação da família Bolsonaro com os policiais militares suspeitos de serem os homens que assassinaram a vereadora Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes.

Ao sair da sala, Maria Nazareth gritou que a presença de Wyllys “envergonha o Brasil”. Sob aplausos, o ex-deputado continuou: “uma outra questão importante é que cada pessoa sempre cuspa na cara de quem faz elogio à tortura. A tortura é um crime que lesa a humanidade. Não deveríamos tolerar em hipótese alguma”.

O ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) foi alvo de duas ovadas enquanto palestrava na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, em Portugal, nessa terça-feira (26). Enquanto Wyllys falava, dois homens, que estavam sentados em uma parte mais alta do auditório, se movimentaram e a segurança percebeu.

Ao fazerem um cerco aos homens, encontraram uma caixa com meia dúzia de ovos. Eles ainda conseguiram arremessar dois em direção ao ex-deputado, mas Wyllys conseguiu desviar. Também estavam na mesa o professor Boaventura Sousa Santos e outros integrantes do Centro de Estudos Sociais da Universidade.

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Um terceiro homem, que também carregava ovos consigo, foi imobilizado pelos seguranças. Todos foram retirados do recinto sob gritos de “fascistas não passarão” do público. De acordo com a organização do evento, os homens com ovos entraram no auditório uma hora antes da palestra começar para garantir um bom lugar.

"Não peçam para tirar. Nunca tive medo dos covardes. Qualquer fascista covarde que queira se manifestar, em vez de atirar ovos ou tiros, por favor, vamos aos argumentos. Levantem-se, manifestem-se, falemos", afirmou Jean Wyllys, logo depois do incidente.

Jean Wyllys decidiu, em janeiro, desistir do cargo de deputado federal para o qual havia sido reeleito. Ele atribuiu a decisão a ameaças que vinham sofrendo e disse que passaria a viver no exterior. Durante sua palestra em Coimbra, ele levou como tema “Discursos de ódio e fake news da extrema-direita e seus impactos de vida de minorias sexuais, étnicas e religiosas - o caso do Brasil”.

O ex-deputado pontuou que “Bolsonaro explorou os medos e preconceitos das pessoas para vencer a eleição, o que também leva aos ataques que tenho sofrido”. Nesta quarta-feira (27), Wyllys fará palestra em Lisboa, capital portuguesa.

 

A decisão do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) de não assumir o novo mandato parlamentar na próxima sexta-feira (1º) continua repercutindo no mundo político. Nesta terça (29), foi a vez do deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL-SP) comentar o assunto.

Irônico, Frota compartilhou um vídeo em que ele aparece chegando ao Congresso Nacional e uma pessoa imitando Jean já está no local. Na imagem, o ator que faz o psolista aparece fazendo ‘birra’ e, pouco depois, quando eles se entreolham uma narração diz: "este encontro só depende de você [Jean Wyllys]".

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Ao publicar as imagens no Twitter, o aliado do presidente Jair Bolsonaro alfineta ainda mais o ex-BBB: "Vou sentir saudades do Jean... Não foi desta vez". O comentário faz referência ao esperado encontro de Alexandre Frota e Jean Wyllys na Câmara. Os dois já protagonizaram duros embates nas redes sociais, inclusive Jean já processou Frota duas vezes por difamação e injúria, a partir de publicações nas plataformas.

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Em dezembro, Frota foi condenado a uma pena de 2 anos e 26 dias de detenção, no regime inicial aberto, mais pagamento de 620 dias-multa, no valor de meio salário mínimo cada, por atribuir uma frase ao psolista. De acordo com a ação, em 5 de abril de 2017, o deputado eleito publicou que Jean teria afirmado: "A pedofilia é uma prática normal em diversas espécies de animal (sic), anormal é o seu preconceito." A frase, segundo o ex-BBB, jamais foi proferida por ele.

Ato de solidariedade

O comentário irônico de Alexandre Frota sobre a decisão de Jean acontece no mesmo em que lideranças de esquerda organizam um ato em solidariedade ao deputado em São Paulo. Na última quinta-feira (24), ele anunciou que estava desistindo de assumir o terceiro mandato, para o qual foi eleito em outubro, e estava deixando o Brasil por causa de ameaças de morte que vem sofrendo, junto com a sua família, desde o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) em março de 2018.

O encontro, marcado para acontecer na Faculdade de Direito da USP, a partir das 18h, contará com a participação de nomes como os dos ex-candidatos à Presidência da República Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL); além dos deputados Manuela D’Ávila (PCdoB), Ivan Valente (PSOL -SP), Isa Pena (PSOL-SP) e Erica Malunguinho (PSOL-SP).

“A decisão de Jean Wyllys de não assumir um novo mandato como deputado federal é um duro golpe que mostra o estado de degradação da democracia brasileira. Quando um parlamentar não se sente seguro para cumprir o mandato ungido pelas urnas, é porque as liberdades democráticas estão em perigo. Por isso reuniremos pessoas que se preocupam com a situação do país, repudiam as mentiras difundidas na internet e defendem a democracia para dizer, em alto e bom som: estamos com Jean Wyllys”, afirma o convite para o evento.

Em nota emitida neste sábado (26) o Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiado por Sérgio Moro, informou que Marcelo Valle Siqueira Mello, membro do grupo autointitulado 'Homens Sanctos', foi preso em 2018 por fazer ameaças contra o deputado federal Jean Wyllys (PSOL). A nota lamenta a decisão do parlamentar de sair do Brasil, mas diz que a acusação dele sobre omissão das autoridades constituídas "não correspondem à realidade".

Em uma carta para seus companheiros de partido, Jean Wyllys afirmou que as ameaças à sua vida e à de sua família se intensificaram no último ano. O documento diz que a Polícia Federal e o Estado brasileiro se calaram frente às denúncias.

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De acordo com a pasta de Moro, a Polícia Federal instaurou diversos inquéritos para apurar ofensas e ameaças contra Wyllys entre 2017 e 2018. As investigações, que ainda estão em andamento, permitiram a identificação de Marcelo Valle Siqueira Mello. O suspeito, membro do "Homens Sanctos" usaria a identidade de Emerson Setim para ofender o parlamentar.

A nota ainda repudia a conduta dos que se valem do anonimato da internet para ameaçar qualquer pessoa, "em especial por preconceitos odiosos". Wyllys foi o primeiro parlamentar assumidamente gay a defender a causa LGBT no Congresso Nacional.

O deputado anunciou na última quinta-feira, 24, que abriria mão de seu terceiro mandato e deixaria o País em razão de ameaças e por temer por sua própria vida. Um dos principais opositores do presidente Jair Bolsonaro na última legislatura, ele deverá se refugiar na Espanha.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) comentou, nesta sexta-feira (25), a decisão do deputado Jean Wyllys (PSOL) de não assumir o novo mandato na Câmara dos Deputados e deixar o país. Na ótica da petista, a postura do psolista é um sinal de que a “democracia está profundamente ferida”.

“Quando um parlamentar destemido e corajoso como o deputado Jean Wyllys não considera segura sua presença no país, a democracia não está apenas ameaçada, mas profundamente ferida. Confirma os temores do deputado Jean Wyllys o fato de o Presidente da República comemorar sua decisão”, observou a ex-presidente, em publicação no Twitter.

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Dilma também aproveitou para alfinetar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao dizer que é “inadmissível” vê-lo comemorar o fato.  Além disso, ela lembrou que na campanha, Bolsonaro prometeu exilar e prender seus opositores.

“É terrível que uma autoridade defenda milícias, é estarrecedor que um candidato tenha ameaçado seus opositores com exílio e prisão. Mas é inadmissível que um presidente possa se orgulhar ou comemorar algum desses fatos. Sua missão é respeitar a Constituição, defender a democracia, honrar seu país e dignificar seu cargo”, disparou.

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A postura dela lembra uma publicação feita na rede social do presidente, logo após o anúncio de Jean Wyllys, classificando a quinta-feira (24) como um “grande dia”. Expressão também foi mote de críticas do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

O considerado ‘exílio’ político de Jean foi anunciado após ele sofrer ameaças de morte.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, declarou que é preciso aguardar um detalhamento sobre as ameaças relatadas pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) que o motivaram a desistir de assumir um novo mandato na Câmara e a deixar o País.

"Quando a gente diz que está ameaçado, tem que dizer por quem, como. Vamos aguardar", declarou o vice, após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. "Não estou na chuteira do Jean Wyllys, ele é que sabe qual é o grau de confusão que ele está metido", afirmou Mourão, ao ser perguntado se a decisão do parlamentar estava correta.

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Mourão reforçou que quem ameaça parlamentar está cometendo um crime contra a democracia. "Uma das coisas que é mais importante é você ter sua opinião e ter a liberdade para expressar sua opinião, os parlamentares estão ali eleitos pelo voto, representam os cidadãos que votaram neles. Quer você goste, quer você não goste das ideias do cara, você ouve. Se gostou, bate palma, se não gostou, paciência."

Além disso, o vice-presidente afastou a possibilidade de relacionar à decisão do deputado com a investigação sobre o atentado contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral.

Nas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro impulsionam a expressão #InvestigarJeanWillis, insinuando que o deputado do PSOL estaria "fugindo" de uma investigação por fazer parte do partido ao qual Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado, já foi filiado. "Em nenhum momento apareceu alguma coisa que ligasse um com outro. Acho que isso aí é o wishful thinking, desejo que algo aconteça."

A decisão do deputado federal Jean Wyllys (PSOL) de não assumir o novo mandato na Câmara dos Deputados e deixar o país causou reações diversas entre aliados e opositores. Na manhã desta sexta-feira (25), por exemplo, no Twitter, a hashtag #InvestigarJeanWillis aparece como o assunto mais comentado no Brasil. Termo surgiu com modo de ligar Jean ao atentado contra presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante a campanha presidencial.

Mais de 37,3 mil publicações no microblog tratam do assunto e outras 23,7 mil mencionam o nome de Adélio Bispo, homem que esfaqueou o presidente em 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Adélio está preso desde então e confessou o crime.

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“Essa parada de Jean Willis [sic] sair do Brasil e deixar a vida pública só levanta sérias suspeitas sobre seu envolvimento na tentativa de assassinato a Jair Bolsonaro. Deve ser investigado imediatamente. Esse papo é lorota”, publicou o cantor Lobão, acompanhado da hashtag #InvestigarJeanWillis.

O artista, contudo, não foi o único. Outros internautas lembraram da carta que o parlamentar recebeu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e divulgam imagens com frases como “quem contratou?”, juntamente com a foto de Adélio Bispo.

Coincidentemente ou não, Jair Bolsonaro aproveitou a sexta-feira para também publicar no Twitter informações sobre o homem que o esfaqueou. No post, o presidente lembra que Adélio "foi filiado ao PSOL até 2014" e "em 6 de agosto de 2013, o então filiado ao PSOL, esteve no anexo 4 da Câmara dos Deputados, como registra o sistema".

Jean Wyllys ainda não se posicionou sobre o assunto. 

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O deputado federal eleito Marcelo Freixo (PSOL-RJ) protagonizou mais uma discussão com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) nas redes sociais. Após o chefe do Executivo nacional publicar que a quinta-feira (25) foi um "grande dia", Freixo mandou Bolsonaro deixar de "agir como moleque".

O ainda deputado estadual carioca, já que a posse na Câmara Federal só acontece no próximo dia 1º, entendeu que a expressão foi irônica por ter sido publicada logo após o deputado Jean Wyllys (PSOL) anunciar que desistiria de assumir o novo mandato e deixaria o país.

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"Grande dia", publicou Bolsonaro no Twitter. As palavras provocaram reação de Freixo. "Que tal você começar a se comportar como presidente da República e parar de agir como um moleque? Tenha postura", disparou o psolista.

Um internauta rebateu a afirmativa de Freixo e questionou: "que tal o senhor para de andar com segurança pago pelo povo já que o povo não tem segurança?", ele, por sua vez, também foi irônico e fez referência às homenagens que o senador eleito e filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PSL), fez a policiais milicianos. “Ando com seguranças porque enfrentei as milícias, se tivesse feito homenagem pra elas, não precisaria. Né?”, indagou Freixo.

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Após a discussão, que se limitou à rede social, Jair Bolsonaro chamou uma matéria que ligava a frase publicada por ele à desistência de Jean de “fake news” e explicou: “Referi-me à missão concluída, reuniões produtivas com Chefes de Estado, voltando ao país que amo, Bolsa batendo novo recorde na casa dos 97.000 e confiança no nosso país sendo restabelecida, isso faz de hoje um grande dia”.

Sendo sobre Jean Wyllys ou não, o fato é que o presidente e o ex-BBB já travaram embates na Câmara dos Deputados. Jean, inclusive, chegou a cuspir Bolsonaro após ouvir provocações no dia da votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ao desistir de permanecer como político no Brasil, Jean alertou que vinha sendo ameaçado e deixaria o país para proteger a sua vida. A notícia repercutiu internacionalmente e Jean vem sendo apontado como o primeiro o ‘exilado político do governo Bolsonaro’.

Colegas do Jean Wyllys lamentaram ontem a decisão do deputado do PSOL de desistir de seu terceiro mandato na Câmara. "A decisão de deixar o Brasil é sintoma deste tempo sombrio em que o ódio tomou a política", escreveu o deputado eleito e candidato à presidência da Câmara, Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

Já o líder do PCdoB na Câmara, Orlando Silva (SP), disse que a Casa perdeu um parlamentar "qualificado e batalhador".

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Reeleito em outubro com 24.295 votos, Wyllys disse que tomou a decisão por sofrer ameaças e temer por sua vida. A informação foi antecipada pelo jornal Folha de S.Paulo e, na sequência, o parlamentar confirmou a decisão em sua conta no Twitter. "Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores", escreveu o deputado do PSOL-RJ, que conta com escolta policial e deverá deixar o País.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também lamentou ontem a decisão tomada por Jean Wyllys. "Como presidente da Casa, e seu colega na Câmara, mesmo estando em posições divergentes no campo da ideias, reconheço a importância do seu mandato. Nenhum parlamentar pode se sentir ameaçado, ninguém pode ameaçar um deputado federal e sentir-se impune."

Jean Wyllys foi o primeiro parlamentar assumidamente gay a defender a causa LGBT no Congresso Nacional. Ele alcançou projeção nacional após vencer o reality show Big Brother Brasil, da TV Globo.

A renúncia ainda não foi oficializada. Quando confirmada, a vaga será ocupada pelo vereador no Rio David Miranda, também do PSOL.

Também na sua conta do Twitter, Wyllys deu destaque a um post de abril de 2018 com um vídeo no qual mostra ameaças de morte a ele pelas redes sociais, além de acusações de pedofilia e pornografia infantil. O vídeo ainda associa a vereadora carioca assassinada Marielle Franco, do mesmo partido de Jean Wyllys, como personalidade política que também sofreu ameaças de morte.

Bolsonaro

Jean Wyllys e o presidente Jair Bolsonaro eram rivais declarados na Câmara dos Deputados e chegaram a protagonizar embates polêmicos na Casa. Em abril de 2016, durante a análise do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff, o parlamentar do PSOL cuspiu em Bolsonaro.

O Conselho de Ética abriu um processo para apurar o caso. Ontem, logo após a divulgação da desistência do deputado, Bolsonaro publicou a mensagem "grande dia" em seu Twitter. Seu filho o vereador Carlos Bolsonaro publicou minutos depois: "Vá com Deus e seja feliz!".

Freixo atacou o presidente na rede social: "Que tal você começar a se comportar como presidente da República e parar de agir como um moleque? Tenha postura". Na sequência, Bolsonaro negou que a mensagem tinha relação com Jean Wyllys. "Fake News! Referi-me à missão concluída, reuniões produtivas com Chefes de Estado, voltando ao país que amo, Bolsa batendo novo recorde na casa dos 97.000 e confiança no nosso país sendo restabelecida, isso faz de hoje um grande dia", escreveu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta-feira (17), o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) compartilhou com os usuários do Twitter uma carta que recebeu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No conteúdo publicado no microblog, Lula agradeceu ao parlamentar o livro "Tempo bom, tempo ruim", enviado para a Superintendência Geral da Polícia Federal, em Curitiba.

"Jean, muita tranquilidade e paciência para enfrentar esses tempos difíceis. Estou convencido que temos que consolidar um forte enfrentamento político com o governo e, ao mesmo tempo, tratar de organizar politicamente o nosso povo", disse Lula, após o recebimento do presente.

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Na rede social, Jean Wyllys divulgou a dedicatória que fez para o ex-presidente. "Querido Lula, eu te amo, mesmo, você está livre em mim e em milhões de brasileiros. Sem você, não seríamos o que somos. Atravessaremos esse tempo ruim, e, quando vier de novo o tempo bom, dar-te-ei um abraço livre!".

Confira o conteúdo da carta escrita por Lula:

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Deputada federal eleita pelo PSL, Carla Zambelli criou uma vaquinha online para arrecadar dinheiro para pagar uma indenização ao deputado federal Jean Wyllys (PSOL). A mobilização acontece porque a Associação Brasil Nas Ruas, presidida por ela, foi condenada em dezembro a indenizar o psolista, no valor de R$ 40 mil, por dano moral.

A condenação diz respeito a publicação nas redes sociais do movimento atribuindo a Jean uma fala em defesa da pedofilia, a mesma pela qual o também deputado federal eleito pelo PSL, Alexandre Frota, foi condenado a 2 anos e 26 dias de detenção, no regime inicial aberto, mais pagamento de 620 dias-multa, no valor de meio salário mínimo cada, por difamação e injúria.

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De acordo com o site arrecadador, a meta de Carla com a campanha é conquistar os R$ 40 mil, mas se as doações excederem o valor ela prometeu que vai doar a sobra para  crianças que lutam contra a Atrofia Muscular Espinhal (AME). Até a manhã desta quarta-feira (9), já havia sido arrecadado R$ 16.355,00.

Jean ironiza método e é desafiado

Nessa terça (8), por meio do Twitter, Jean Wyllys ironizou a arrecadação do valor e terminou sendo desafiado pela deputada eleita. “Tem gente que me detesta e está contribuindo com uma vaquinha que servirá para me dar dinheiro? Freud explica!”, brincou o psolista no microblog.

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Em resposta, Carla desafiou Wyllys a doar os R$ 40 mil a alguma instituição e, mais, a fazer um teste toxicológico.

“Percebi sarcasmo [ no comentário de Jean Wyllys] a respeito das pessoas que estão me ajudando com a vaquinha para me ajudar a pagar por algo que eu não fiz e não tive a chance de me defender… Desafio o Jean Wyllys para também doar o valor dos R$ 40 mil para crianças que tenham algum tipo de enfermidade ou doença rara para quem sabe, uma vez na vida, nós nos orgulharmos de algo que ele fez. Será que ele vai fazer? Assim como este também o desafio de fazer o mesmo exame que eu, o toxicológico, quem sabe você passa!”, disse, em tom de deboche.

A juíza Adriana Freisleben de Zanetti, da 2ª Vara de Osasco (SP), apresentou ao Ministério Público Federal uma representação contra ofensas do deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL-SP). A magistrada o condenou a picotar papeis durante 2 anos e 26 dias em ação por calúnia e injúria contra o deputado Jean Wyllys (PSOL).

"Tomei conhecimento de diversas ofensas a minha honra em razão da postagem feita no Facebook pelo sr. Alexandre Frota de Andrade nos dias 18 e 19 de dezembro de 2018. Nesse contexto, o fato é muito grave", relatou a magistrada à Procuradoria da República.

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Na representação, a juíza narrou que "centenas de comentários" foram feitos após a postagens. Adriana de Zanetti citou algumas ofensas e afirmou que, um deles "leva a crer que se trata de eventual ameaça de estupro". "Sinto-me muito ofendida com as declarações irrogadas a minha pessoa", anotou.

Frota pegou 2 anos e 26 dias de detenção, no regime inicial aberto, mais pagamento de 620 dias-multa - no valor de meio salário mínimo cada -, por difamação e injúria a Jean Wyllys.

Segundo a ação, Frota atribuiu a Wyllys a frase. "A pedofilia é uma prática normal em diversas espécies de animal (sic), anormal é o seu preconceito."

Essa publicação gerou quase dez mil compartilhamentos e mais de quatro mil curtidas, além de cerca de dois mil comentários. A frase, segundo Wyllys, jamais foi dita por ele. Jean Wyllys relata que é deputado federal, defensor dos direitos das minorias e jamais se posicionou a favor da prática do crime de pedofilia.

A pena privativa de liberdade imposta a Frota foi substituída por duas restritivas de direito. Ele terá de trabalhar cinco horas diárias, "no auxílio à destruição/picotagem de papéis que não mais se fazem úteis aos autos" e ainda terá de "permanecer, aos sábados e domingos, por cinco horas diárias em casa de albergado ou outro estabelecimento similar".

Após a divulgação da sentença, Frota postou foto de Adriana. Seguidores do parlamentar eleito xingaram a magistrada. O próprio Frota exibiu um vídeo em que aparece com uma tesoura na mão cortando folhas de papel, em ironia à decisão da juíza da 2.ª Vara de Osasco.

Nesta sexta-feira, 21, os juízes federais repudiaram a conduta do "condenado Alexandre Frota" que postou em rede social a foto de Adriana Freisleben de Zanetti.

"A Constituição Federal assegura a todos a liberdade de expressão e o Judiciário não é, obviamente, imune à crítica social. Qualquer direito, contudo, é contrabalanceado por princípios inerentes à convivência social e à própria democracia", reagiram juízes por meio de nota.

"Ao difamar e ofender publicamente uma magistrada ou um magistrado que meramente cumpriu seu dever público, o condenado ultrapassa o limite do inconformismo com a sentença, plenamente garantido pelo direito de recorrer, para ingressar na esfera da irresponsabilidade e do abuso."

Defesa

No processo, a defesa de Alexandre Frota pediu pelo "não recebimento da queixa-crime, sob o argumento de inépcia da inicial e afirmou que a vontade de retratação cabal às ofensas geraria a extinção da punibilidade, independente da vontade do autor (da ação)".

A defesa alegou também que Jean Wyllys estava utilizando a ação como "palanque eleitoral", não tendo o acusado cometido qualquer delito. A reportagem tentou contato com o escritório do advogado do deputado federal eleito. O espaço está aberto para manifestação.

A 2ª Vara Federal de Osasco, na Grande São Paulo, condenou o ator e deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL-SP) à pena de 2 anos e 26 dias de detenção, no regime inicial aberto, mais pagamento de 620 dias-multa, no valor de meio salário mínimo cada, por difamação e injúria ao deputado federal Jean Wyllys (PSOL/RJ).

A pena privativa de liberdade foi substituída por prestação de serviços à comunidade e limitação de fins de semana. A decisão é da juíza federal Adriana Freisleben de Zanetti. As informações foram divulgadas pelo Núcleo de Comunicação Social da Justiça Federal em São Paulo.

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De acordo com a ação, em 5 de abril de 2017, Frota postou em sua página oficial da internet uma foto de Wyllys, autor do processo, atribuindo-lhe a seguinte fala. "A pedofilia é uma prática normal em diversas espécies de animal (sic), anormal é o seu preconceito."

Essa publicação gerou quase dez mil compartilhamentos e mais de quatro mil curtidas, além de cerca de dois mil comentários. A frase, segundo Jean Wyllys, jamais foi proferida por ele.

Wyllys relata que é deputado federal, defensor dos direitos das minorias e jamais se posicionou a favor da prática do crime de pedofilia.

Segundo o parlamentar do PSOL, "a publicação caluniosa gerou asco social nas pessoas que acreditaram nela, fazendo com que muitos proferissem manifestações de ódio e ameaças a ele". Jean Wyllys acrescentou que, mesmo durante o decorrer do processo, "o acusado continuou proferindo diversas ofensas a ele por meio de vídeos e posts na internet".

Em sua defesa, Alexandre Frota pediu pelo "não recebimento da queixa-crime, sob o argumento de inépcia da inicial e afirmou que a vontade de retratação cabal às ofensas geraria a extinção da punibilidade, independente da vontade do autor (da ação)".

Alegou também que Jean Wyllys estava utilizando a ação como "palanque eleitoral", não tendo o acusado cometido qualquer delito.

Procuradoria

O Ministério Público Federal se manifestou na ação pedindo a condenação de Frota, entendendo que o réu, "imbuído de clara intenção difamatória, fabricou mentira extremamente grave com o objetivo de difamar o querelante e macular sua reputação, associando a sua imagem ao crime de pedofilia".

O Ministério Público Federal assinalou ainda que, no decorrer do processo, Alexandre Frota "publicou diversas palavras, vídeos e imagens ofensivas ao autor".

Decisão

Na decisão, a magistrada destacou que o delito ficou comprovado nos autos, inclusive pelo fato de que o acusado não negou a autoria das manifestações em audiência, apenas se explicou, tentando justificar o ato. "Alexandre Frota Andrade, ao exercer seu direito à livre manifestação do pensamento, claramente excedeu os limites constitucionais, porquanto atentou diretamente contra a honra e à imagem do deputado federal Jean Wyllys", destacou Adriana Freisleben de Zanetti.

De acordo com a juíza, ficou comprovado no processo que Jean Wyllys "jamais proferiu as frases imputadas a ele por Alexandre Frota". "A frase foi criada com a finalidade de difamar Jean Wyllys, causando na comunidade cibernética o sentimento de repúdio por empatia emocional com as vítimas de pedofilia", reforçou a magistrada.

A sentença determinou que a prestação de serviços a comunidade seja feita pelo prazo da pena privativa de liberdade, preferencialmente junto a fórum federal da Subseção de residência do condenado, devendo trabalhar por cinco horas diárias, no auxílio a destruição/picotagem de papéis que não mais se fazem úteis aos processos.

Em relação à limitação de fim de semana, o réu deverá permanecer aos sábados e domingos, por cinco horas diárias em casa de albergado ou outro estabelecimento similar.

Defesa

A reportagem tentou contato com o escritório do advogado do deputado federal eleito. O espaço está aberto para manifestação.

Neste sábado (1º), Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o deputado federal Jean Wyllys (Psol) voltou a causar ao afirmar por meio das redes sociais que há uma tentativa de destruir o programa de combate ao HIV/AIDS no Brasil.

Segundo ele, o programa sofreu um impacto negativo, principalmente após o golpe parlamentar de 2016 e afirmou, também, que houve negligenciamento no governo Michel Temer.

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"A perspectiva para o futuro não são as melhores", alertou. Jean também disparou contra o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). "O fascista que se elegeu presidente, apesar de todos os nossos alertas, já declarou anteriormente em entrevistas que o poder público não deve custear o tratamento das pessoas com HIV, que cada indivíduo deve se virar por conta própria, tirar do seu bolso e correr atrás dos medicamentos", pontuou.

"O futuro ministro da saúde que integrará esse governo desastroso já declarou que não acredita na efetividade das campanhas de prevenção e educação continuada em escolas ou unidades básicas de saúde, que o combate e prevenção ao HIV deve se restringir ao âmbito familiar", complementou.

O deputado reeleito também pontuou que era necessário somar esforços para salvar o programa em defesa da dignidade das pessoas convivendo com o HIV. "Temos que defender, sobretudo, a saúde pública do nosso país", finalizou.

Uma reportagem especial do LeiaJá, elaborada pela repórter Eduarda Esteves, destaca que o país tem registrado, anualmente, uma média de 40 mil novos diagnósticos de Aids nos últimos cinco anos. Apesar disso, houve uma redução de 16% no número de detecções nos últimos seis anos. A matéria aborda a luta de uma recifense desde a descoberta da Aids.

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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) emitiu um comunicado ao deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmando que aprovou o pedido dele e concedeu medidas cautelares exigindo que o Estado brasileiro zele por sua vida. A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.

A solicitação de proteção foi feita por Jean em outubro, que justificou ter sofrido ameaças de morte. Com a decisão, a CIDH ponderou que o parlamentar está em uma situação de gravidade e urgência, “posto que seus direitos à vida e à integridade pessoal estão em grave risco”.

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“Com isso, a comunidade internacional lança um novo olhar sobre uma situação que vinha sendo ignorada ou minimizada por uns e estimulada por outros”, afirmou o deputado.

No documento em que expede as medidas cautelares, a CIDH aponta que “valora” as providências já tomadas pelo Estado e menciona que a Câmara dos Deputados cedeu carro blindado a Jean, mas o uso só poderia ser contínuo se o psolista pagasse pelo veículo.

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