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Uma idosa de 80 anos passou três dias convivendo com o cadáver do marido morto, em Campinas, no interior de São Paulo. À Polícia Civil, a mulher disse que não percebeu que o homem, identificado como Hélio de Noronha, de 64 anos, havia falecido, mas a família dele questiona a versão. 

Ao portal Barba Azul, a filha da vítima, nomeada apenas como Graziela, disse que desconfia das informações dadas pela madrasta, cujo filho teria ligado comunicando o falecimento de Hélio. De acordo com o registro da ocorrência, feito em 12 de junho, familiares relataram que era possível sentir um cheiro forte do lado de fora da residência. 

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o caso é investigado pelo 9º Distrito Policial de Campinas, que tenta esclarecer as circunstâncias da morte do idoso.

"Laudos periciais foram solicitados e estão sendo elaborados – tão logo forem finalizados serão analisados pela autoridade policial. As diligências prosseguem para esclarecer os fatos", diz a nota da instituição.

O perfil oficial do Palácio do Planalto postou uma fotografia do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) sorrindo diante de uma réplica aumentada de um modelo de cartão de CPF, contendo uma tarja vermelha com a palavra “cancelado”. O registro foi feito na última sexta (23), durante a visita do presidente aos estúdios da TV Crítica, afiliada da Rede TV no estado do Amazonas. Na ocasião, Bolsonaro foi entrevistado pelo apresentador Sikêra Jr.

A fotografia também conta com a presença dos ministros da Educação e do Turismo, respectivamente, Milton Ribeiro e Gilson Machado, dentre outros integrantes do governo federal. “Bolsonaro sorri feliz ao lado de placa que alude à morte de brasileiros (‘CPF cancelado’)”, criticou o coordenador de Justiça Social e Econômica da Oxfam Brasil, Jeff Nascimento, em suas redes sociais.

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A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) também criticou a atitude de Bolsonaro: "Ignora a constituição, o STF e a vida! Bolsonaro ironiza falecimentos com placa 'CPF Cancelado'", escreveu em sua conta no Twitter. O Brasil já perdeu 386.416 vidas para a Covid-19. O país registra 14.237.078 casos da doença.

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Família, amigos e paixão pelo futebol. No desespero por conseguir um trabalho, o desempregado Alan Silva deixou o que tinha em Anápolis, Goiás, e partiu para o Ceará, contando com a boa vontade de desconhecidos que não lhe deixaram de oferecer carona nas estradas por que passou. Fã de Pelé e da seleção brasileira de 1970, ele trocou o gosto pelo esporte pelos jogos de azar, ainda na terra natal. “Perdi tudo e fui aventurar. Só que chegando em Fortaleza, a fazenda em que fui trabalhar era de serviço escravo. Com três dias, a polícia bateu lá e prendeu dono, capataz, em bocado de gente. A gente ficou jogado sem teto e resolvi vir para Recife”, relata. Há sete meses vivendo nas ruas da capital pernambucana, Alan afirma não ter recebido apoio da Prefeitura em suas tentativas de requerer a passagem de volta. “Dizem que não tem verba. Para piorar, roubaram meu celular, perdi todos os contatos e minha família não sabe onde estou. Já fui fanático, quero assistir aos jogos, mas quem consegue assistir? Concentrar na Copa tá difícil”, completa.

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De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o déficit habitacional no Brasil cresceu de 6.881.343, em 2011, para 7.757.183 moradias, em 2015, quando a instituição levantou os últimos dados. Sentado ao lado de Alan, em uma das fontes espalhadas pela Praça da Independência, no Centro do Recife, o artesão Daniel Silva conta que mora nas ruas há 7 meses, enquanto prepara mais uma de suas peças de arte feitas com no base de arame, um dos poucos recursos de que dispõe para sobreviver. “Onde eu morava, tinha duas facções. Se você vive numa rua, não pode a atravessar para o outro lado. Então resolvi sair fora, atravessar todas as ruas, estados e, se possível, passar por cima de qualquer coisa. Melhor do que estar numa casa em que quem manda são os traficantes”, comenta.

Daniel sobrevive vendendo seu artesanato, feito essencialmente de arame. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Descrente no país e na sociedade em que vive, Daniel estende sua revolta à seleção brasileira. “Vou torcer para esse time se só tem alma sebosa no Brasil? Nossos governantes são as primeiras desgraças que existem no mundo. O Brasil vive jogado, na lama, só tem bandido. Não se pode confiar em político, polícia nem em em jogador de futebol. Hoje em dia, ninguém crê mais em nada”, lamenta. 

A profissional do sexo Valdirene Jesus se queixa da pouca procura dos clientes durante o período do jogos. “As lojas fecham cedo e as pessoas vão embora, só atrapalho. Diminui o movimento, o pessoal só tá pensando em comprar camisa da Copa”, lamenta. Desempregada há 12 anos, quando perdeu o serviço de empregada doméstica. “Eu gostaria de arranjar um emprego, mas só fiz até a oitava série, aí fica difícil de conseguir. Além disso, ultimamente o pessoal não quer mais ninguém trabalhando em casa, porque agora tem que pagar carteira assinada e salário”, comenta. 

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Assim, Valdirene vê o ponto de programa no centro do Recife como única maneira de sustentar seus dois filhos e três netos. “Tenho esperança, porque a esperança é a última que morre. Conheço muita gente desempregada, tem um bocado de gente passando fome e o pessoal só fala em Neymar. Por mim o Brasil nem ganharia a copa, porque, se ganhar, eles vão continuar ricos e eu pobre”, afirma. 

“Sem o futebol, o que seria?”

Longas filas, grades e revista. Há quem não tenha tempo para enfrentar a burocracia da entrada da Arena Brahma no Bairro do Recife, ação idealizada pela empresa para divulgar sua marca a partir de um telão e estrutura montados para a torcida brasileira na copa do mundo. A poucos metros de lá, um grupo de pessoas prefere se reunir para assistir a Brasil e Costa Rica em um dos fiteiros da avenida Marquês de Olinda. Timidamente, o catador Danilo Henrique faz a difícil escolha de trocar a atenção no chão repleto de latinhas para se aproximar da TV na tentativa de acompanhar alguns lances de um primeiro tempo decepcionante para a seleção. “No momento, só paro para dar uma olhada, mas tenho que fazer minha correria. Eu gosto de futebol, mas se ligar só para isso, como é que vou ficar?”, questiona. 

Alguns catadores pararam o trabalho por instantes para acompanhar o jogo da seleção. (Rafael Bandeira/LeiaJá)

Apesar disso, o catador acredita que os “vizinhos” estão pouco interessados na copa. “A maioria que mora na rua não liga não. Ninguém está ligando porque o evento não oferece nada para a gente, nenhum time ajuda a gente”, completa. Na rua desde os sete anos de idade, Danilo não guarda mágoas do país que não lhe deu outra possibilidade. “Por que estaria irritado? É assim mesmo a vida. Quando tem jogo, o povo deixa mais latinha na rua. Futebol é legal, é uma diversão pra todo mundo. Sem o futebol, o que seria?”, indaga, poucos minutos antes de voltar ao serviço, sem assistir à encorajadora vitória por 2x0 contra a seleção costarriquenha.  

Considerada o fiel da balança na condução do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional, a cúpula do PMDB do Senado começa a mostrar sinais de divisão. Alguns de seus integrantes avaliam que a conjuntura política se agravou para o governo nos últimos dias e começam rever a posição de apoio, adotada até aqui, pela permanência da petista no cargo.

Em conversas reservadas, a avaliação entre peemedebistas da Casa é de que a "temperatura elevou-se muito" após vir a público trechos da delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e da possibilidade do surgimento de novos depoimentos de representantes de empreiteiras envolvidas no esquema investigado na Operação Lava Jato.

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Em depoimento perante o grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República na Lava Jato, Delcídio acusou Dilma de atuar três vezes para interferir na operação por meio do Judiciário. A presidente negou as declarações do senador. As primeiras revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar de acordo de colaboração premiada, que ainda precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal.

A avaliação no PMDB do Senado que tem atuado internamente na legenda, desde o ano passado, para barrar qualquer avanço do impeachment no Congresso, é de que os episódios recentes podem obrigá-los a passar de uma posição de "defesa do governo" para "expectativa do que pode vir", considerou um integrante da legenda.

Na lógica que o impeachment ganhou "uma nova possibilidade", integrantes do partido ressaltam, como ponto-chave, o fato de que, ao contrário do ano passado, o vice-presidente Michel Temer, que também preside o PMDB, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), têm se aproximado. Os primeiros passos para o apaziguamento foram feitos na montagem da nova Executiva do partido, que deve ser eleita na convenção do próximo dia 12.

Na ocasião, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), aliado de Renan, deverá assumir a primeira-vice-presidência do PMDB, podendo ocupar interinamente o comando da legenda caso Temer se afaste, iniciativa que já ocorreu um outras ocasiões. A demonstração de afinamento entre Temer e Renan também foi exposta na quinta-feira passada, dia que veio a público o depoimento de Delcídio. Na ocasião, o vice foi recebido pelo senador em Alagoas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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