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Após a tramitação em comissões permanentes, sete projetos que receberam pareceres devem ser votados na Câmara Municipal do Recife, nesta segunda-feira (16), durante a reunião ordinária que inicia às 15h. Desses, quatro deles serão em discussão única, pois se tratam de projetos de Decretos Legislativos, de Resolução ou pareceres da Comissão de Redação, que cuida de dar um texto final a matérias já votadas. Os três restantes, que serão apreciados, são projetos de lei ordinários.

Na discussão única estão o Projeto de Lei (PL) 20/2013, de autoria de Geraldo Julio (PSB), que altera dispositivos da Lei nº 177407 de 2 de janeiro de 2008 (da nota fiscal de serviços  eletrônicos). Também o PL 112/2012, de autoria do vereador Estéfano Menudo (PSB), que torna obrigatória a inscrição do grupo sanguíneo e do fator rh nas fichas escolares dos alunos da rede pública e particular de ensino, no âmbito do Recife. 

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Os outros dois que serão votados em discussão única na Casa José Mariano são: o PL 57/2013, do vereador Osmar Ricardo (PT), que altera a Lei número 17.825/2012, que dispõe sobre a limitação de tempo de espera nas filas de supermercados, hipermercados e estabelecimentos congêneres no Recife; e o projeto de Decreto Legislativo n° 30/2013, de Davi Muniz (PHS), que concede o titulo de Cidadão do Recife ao pastor Carlos Ferreira dos Santos.  

Além desses, outros três serão votados em primeira discussão, o PL 89/2013, da vereadora Michele Collins (PP), que cria a Semana Municipal do Aleitamento Materno, no Recife; PL 27/2013, de autoria do chefe do Poder Executivo, que autoriza a gestão a filiar o município do Recife na Frente Nacional de Prefeitos e a contribuir financeiramente com a referida entidade; e projeto de lei nº 31/2013, também de Geraldo, solicitando a alteração da lei nº 17.871, de 27 de maio de 2013, que autoriza a contratar financiamento com a Caixa Econômica Federal.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O único vereador de oposição da Câmara Municipal de Olinda, Arlindo Siqueira (PSL), quer criar uma Ouvidoria na Casa Legislativa Municipal. Segundo Siqueira a intenção é  criar um órgão ágil e independente, que incentive o cidadão a participar de forma mais ativa do dia a dia da cidade. 

Para Arlindo a Ouvidoria é um instrumento eficaz e democrático de relacionamento com a sociedade, permitindo um melhor controle das suas atividades e da prestação de serviços. “A democracia representativa não prescinde de mecanismo de participação direta, cabendo ao parlamento criar canais e incentivar a participação dos cidadãos e das entidades da sociedade. O acesso à informação é um direito do cidadão e a informação a ele deve chegar da maneira mais célere e completa possível”, defendeu.

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A criação da Ouvidoria na Câmara Municipal de Olinda já está tramitando na Casa, um Projeto de Resolução foi apresentado por Siqueira na última quinta-feira (5).

 

A Câmara Municipal do Recife e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) devem retomar às atividades parlamentares na próxima quinta-feira (1°). Os órgãos estão em recesso desde a primeira semana de junho.  As sessões plenárias das Casas Joaquim Nabuco e José Mariano acontecem sempre de segunda a quinta-feira às 14h30 e de terça a quinta-feira às 15h, respectivamente.

No primeiro semestre da Câmara foram apresentados 171 projetos de leis, tendo como destaque a aprovação do "pacote ético", com uma série de projetos sobre transparência pública que estavam travados. Foram listados, ainda, programas que serão criados pela Casa com o objetivo de aproximar vereadores e sociedade, a exemplo do Câmara nos Bairros, com a implementação da Tribuna Popular; a Ouvidoria; a Corregedoria; realização de concurso público e fim do voto secreto para processos de cassação de mandatos.

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Já na Alepe foram aprovados 1.704 proposições, de autorias dos parlamentares, do Executivo, do Poder Judiciário, do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público em 104 reuniões parlamentares. 

Numa cruzada para expandir a exposição do trabalho dos parlamentares pelo País, especialmente nos seus Estados, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acelerou o ritmo de implantação de veículos oficiais de comunicação da Casa.

Ao custo de mais de R$ 15 milhões, somente neste ano, Renan quer montar uma máquina de comunicação com o aumento da presença da TV e da Rádio Senado. Essa operação ocorre no momento em que o presidente alardeia que enxuga custos, com previsão de economia de R$ 316 milhões em dois anos.

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A previsão é que, com a compra de equipamentos para a instalação de novos canais de televisão em 10 capitais, todos dotados de tecnologia digital, o Senado gaste R$ 12,7 milhões em 2013. A Casa também custeará, por mais de R$ 2,5 milhões até o final do ano, a aquisição de transmissores de rádio em nove Estados. Nos dois casos, o Senado terá de firmar parcerias com órgãos públicos locais para veicular a sua programação.

A estrutura de comunicação que vem sendo montada por Renan será maior do que a implementada pelo ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) nos últimos quatro anos.

Nas duas gestões Sarney, sete canais de TV começaram a operar. Até completar um ano e meio na presidência, em julho do ano que vem, Renan quer instalar o canal institucional com tecnologia digital em outras 12 capitais: Palmas, São Luís, Goiânia, Boa Vista, Macapá, Belém, Teresina, Maceió, Curitiba, Porto Velho, Aracaju e Campo Grande. Em Cuiabá, João Pessoa e Rio de Janeiro, a Casa pretende melhorar o sinal de analógico de TV para o digital.

A expectativa é a de que Renan encerre sua presidência em 2014 com a TV Senado em 25 capitais. Somente Florianópolis e Vitória não tem, até o momento, previsão de sinal do canal para cobrir as atividades do Legislativo federal. Em Natal, Rio Branco e Salvador o sinal permanece analógico.

Os gastos com a ampliação dos veículos de comunicação do Senado contam com a simpatia de aliados e até oposicionistas, que podem se beneficiar eleitoralmente da medida. "Ele (Renan) está acelerando e ampliando até pela intenção de dar mais transparência às ações da Casa", afirmou o segundo vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). "Tem que economizar em outras coisas, com a expansão da TV, não. É uma medida de transparência", defendeu o vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR).

A máquina de comunicação não se restringe apenas à compra de equipamentos. Nove servidores, entre jornalistas, técnicos e engenheiros, foram designados para cuidar especificamente do projeto. Eles integram o Grupo Estratégico da Expansão da TV e Rádio Senado.

Após retornar à presidência do Senado em fevereiro, depois de renunciar ao cargo em 2007 para evitar a cassação, Renan tem se esforçado em adotar uma política de visibilidade do trabalho dos senadores em seus Estados. A intenção é acabar com a ideia de que senador só trabalha de terça a quinta ao criar uma agenda positiva para eles, o que pode trazer benefícios eleitorais indiretos para quem for concorrer em 2014.

Estrutura. A Secretaria de Comunicação Social do Senado negou que a implantação da nova estrutura de comunicação seja fruto dos desejos do presidente. Recursos previstos em orçamento e condições técnicas para levar adiante o projeto teriam garantido a ampliação. A secretaria disse não ter informações sobre custos dos equipamentos de produção da TV e da rádio, já que grande parte do sistema atual foi adquirido na inauguração, há mais de 15 anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Indicado pela presidente Dilma Rousseff para a vaga de Carlos Ayres Britto no Supremo Tribunal Federal, o advogado Luís Roberto Barroso defendeu, nesta sexta-feira, em Salvador, que haja um "ponto de equilíbrio" entre Legislativo e Judiciário e tentou estabelecer os parâmetros que considera ideais para a relação entre os poderes.

"Em uma democracia, decisão política deve tomar quem tem voto", avalia. "O Judiciário deve ser deferente às escolhas feitas pelo legislador e às decisões da administração pública, a menos que - e aí, sim, se legitima a intervenção do Judiciário - essas decisões violem frontalmente a Constituição. Aí, sim, por exceção e não por regra, o Judiciário pode e deve intervir."

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Defendendo seu ponto de vista, Barroso chegou a criticar algumas ações recentes do STF, citadas pelo advogado como "ativismo judicial". "Eu qualificaria como ativismo decisões do Supremo Tribunal Federal em matérias como a fidelidade partidária", disse.

Barroso participou, na manhã desta sexta, do 13º Congresso Brasileiro de Direito do Estado, no qual deu uma palestra com o tema O Constitucionalismo Democrático no Brasil: Crônica de um Sucesso Imprevisto.

Na exposição, focada nos 25 anos da Constituição de 1988, enalteceu o documento como o responsável pela "travessia bem-sucedida entre o Estado autoritário e o Estado democrático", mas também o apontou como "excessivamente abrangente".

"A Constituição de 1988 só não traz a pessoa amada em três dias", brincou o advogado. "Com essa abrangência, ela produz um arranjo constitucional que impulsiona a judicialização que está na pauta hoje."

A abertura oficial da 17ª Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), que será realizada na noite desta quarta-feira (20), terá a presença do governador Eduardo Campos (PSB). Reunindo cerca de 1.300 pessoas de diferentes locais do Brasil, o evento ocorrerá no Centro de Convenções em Olinda, a partir das 18h. 

O encontro é considerado uma das maiores conferências de parlamentar da América Latina e é promovido pela Unale e com parceria da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O principal objetivo da atividade é envolver os parlamentos estaduais com temas importantes, ligados às diversas regiões do País, para que estejam mais identificados com as inovações e soluções adotadas fora de seus estados visando ampliar a sua área de conhecimento e melhorar os procedimentos legislativos.

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Durante a conferência, serão realizados 14 eventos simultâneos de entidades legislativas de todo o Brasil. A 17ª Conferência da Unale também promove o intercâmbio legislativo, com a presença de representantes de mais de dez países.

Nesta quinta-feira (23), a partir das 14h, o governador será um dos palestrantes do encontro. O socialista abordará o tema: ‘Equilíbrio Federativo e Desenvolvimento Sustentável’. O evento encerra na próxima sexta-feira (24).

 

 

 

 

Pernambuco sediará a partir desta quarta-feira (22), a 17ª edição da Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). A solenidade terá a abertura oficial, a partir das 18h, no Centro de Convenções em Olinda, mas nessa manhã já há alguns eventos simultâneos no local. Na conferência, dois governantes do Estado além de participarem, serão palestrantes: o governador Eduardo Campos (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). 

Essa é a segunda vez que Pernambuco sedia o evento. Nessa edição, o tema trabalhado será: "Os desafios para o futuro que queremos", trazendo uma visão do Brasil atual, sua inserção no contexto da economia globalizada, projetos em andamento e os desafios para assegurar o desenvolvimento sustentável. Cerca de 1300 pessoas, de diversos Estados, estão inscritas no evento, que contará também com a presença de 13 delegações estrangeiras.

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O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Guilherme Uchoa (PDT) ressaltou que Pernambuco sedia o evento quando o Estado está em seu melhor momento. O parlamentar lembrou que o governador Eduardo Campos, um dos palestrantes da conferência, vai revelar as experiências vitoriosas de sua gestão, que podem servir de exemplo para outros entes da Federação. 

Além de Campos e de Geraldo Julio o evento contará com as palestras de dois jornalistas: Cristiana Lôbo que debaterá ‘Economia Globalizada e seus efeitos na política nacional” e Clayton Conservani que abordará  o tema ‘Limites Extremos’. Outro palestrante do evento será o gerente de pesquisa e desenvolvimento da Boras Energia e Meio Ambiente, na Suécia, Per Karlsson, que trabalhará o assunto ‘Gestão de Resíduos”.

A 17ª Conferência da Unale segue até a próxima sexta-feira (24) às 13h. A programação completa do evento pode ser conferida AQUI

A inércia do legislativo faz com que o Supremo Tribunal Federal (STF) seja jogado a um "experimentalismo decisório", em que os ministros precisam analisar questões específicas pela ausência de leis, avalia o ex-ministro da Corte Carlos Ayres Britto. "Nós estamos fazendo um experimentalismo decisório necessário, inevitável. Diante da inércia do legislador nós temos que nos apropriar conceitualmente de temas dificílimos, especialíssimos", comentou Britto, que ilustra com o julgamento de questões de caráter tributário como a análise de concessão de benefícios fiscais. Com a sua atuação, a Corte se expõe a críticas "de que está protagonizando ações normativas, de que tornou-se um Supremo ativista, substitutivo do Congresso Nacional, e portanto usurpador", aponta o ex-ministro.

"Diante de certas situações em que não há uma mediação clara entre a Constituição e seus destinatários, o legislativo não ocupou o espaço que lhe cabia, o Supremo se vê na contingência de extrair da própria constituição os conceitos, as normas, de que precisa para resolver", disse Britto, em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

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As críticas de que o STF legisla no lugar do próprio Congresso não vêm de hoje. Em 2008, o ministro Gilmar Mendes já defendeu a casa dizendo que o Supremo não poderia se calar diante da inércia do legislativo. Para Britto, "a instância política busca soluções de compromisso, busca um consenso". "No Judiciário, a decisão que se impõe não é majoritária, é o preço que se paga pela independência. O Judiciário é independente para assumir posições antipáticas, assumir todos os riscos, inclusive essa acusação duríssima de que está usurpando função legislativa", disse o ex-ministro, nesta manhã, em palestra na capital paulista.

Ayres Britto citou o combate ao nepotismo como exemplo de posicionamento do STF frente a uma ausência de atuação do legislativo. "Se o Congresso Nacional quisesse conceituar o nepotismo, poderia fazer, mas não fez. O que disse o Supremo? Se a Constituição consagra os princípios da eficiência, igualdade, moralidade, impessoalidade, a todas as luzes o nepotismo é uma colisão frontal e mortal a esses quatro princípios", ilustrou. "O Supremo sabe que muitas vezes está diante de um vespeiro. Não cabe ao Supremo por exemplo fazer a reforma política, isso é papel do Congresso Nacional. Mas se o Congresso, volto a dizer, não tem a obrigação de legislar, o Judiciário é obrigado a julgar", disse o ex-ministro.

Há algumas semanas, a relação entre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso ficou tensa por conta da liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes que sustou a votação de projeto de lei que dificulta a criação de novos partidos. A atuação foi vista como uma resposta para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que aprovou admissibilidade de emenda que limita os poderes da Corte. Representantes dos dois poderes chegaram a se encontrar para colocar panos quentes no imbróglio, mas houve críticas de ambos os lados. Para Britto, não há excessos no comportamento do Supremo e a liminar de Mendes, como decisão monocrática, é provisória, para uma situação emergencial. "Às vezes um ministro é obrigado a decidir sozinho, porque não há tempo para esperar pela decisão colegiada sob pena de se perpetrar um prejuízo praticamente irreparável. Quando falo de não excessividade, estou falando no plano colegiado".

A ausência de atuação do legislativo, lembra o ex-ministro, é um impasse que deixa o próprio Supremo em situação delicada. A Corte não tem poder de impor algo ao Congresso e, quando pede que o Legislativo produza uma norma em um determinado prazo, não pode cobrá-lo pelo não cumprimento. "Quando o Supremo impõe ao Congresso Nacional que em um prazo produza uma norma, está elaborando uma decisão fadada à ineficácia, porque o Congresso só acata se quiser. E não existe decisão judicial que signifique um mero conselho, um aviso."

Matéria tributária

Questionado sobre o alongamento das discussões constitucionais tributárias, o ex-ministro reiterou que o legislador "poderia ajudar muito" o Supremo, com uma atualização do Código Tributário Nacional, por exemplo. Atualmente, o STF já se manifestou sobre a chamada guerra fiscal - concessão de incentivos e benefícios pelos Estados -, mas a reforma do ICMS aguarda uma decisão do Congresso.

"O tributo cumpriria o papel de reduzir desigualdades regionais, mas na prática as respostas decisórias do Supremo têm sido lentas e isso tem gerado também perturbação no funcionamento do sistema tributário", reconhece Britto, que chamou de "caótico" o sistema tributário brasileiro.

"Nossos governantes padecem de uma voracidade fiscal. É impressionante como o Estado brasileiro confunde fisco com confisco", disse o ex-ministro do STF. Quem é governador de Estado se encontra no impasse, de acordo com Britto, se encontra no impasse: "ou cumprir rigorosamente a Constituição, até abrindo mão de todos os incentivos, ou não se viabiliza, não se dá governabilidade a seu Estado".

A inércia do legislativo faz com que o Supremo Tribunal Federal (STF) seja jogado a um "experimentalismo decisório", em que os ministros precisam analisar questões específicas pela ausência de leis, avalia o ex-ministro da Corte Carlos Ayres Britto. "Nós estamos fazendo um experimentalismo decisório necessário, inevitável. Diante da inércia do legislador nós temos que nos apropriar conceitualmente de temas dificílimos, especialíssimos", comentou Britto, que ilustra com o julgamento de questões de caráter tributário como a análise de concessão de benefícios fiscais. Com a sua atuação, a Corte se expõe a críticas "de que está protagonizando ações normativas, de que tornou-se um Supremo ativista, substitutivo do Congresso Nacional, e portanto usurpador", aponta o ex-ministro.

"Diante de certas situações em que não há uma mediação clara entre a Constituição e seus destinatários, o legislativo não ocupou o espaço que lhe cabia, o Supremo se vê na contingência de extrair da própria constituição os conceitos, as normas, de que precisa para resolver", disse Britto, em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

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As críticas de que o STF legisla no lugar do próprio Congresso não vêm de hoje. Em 2008, o ministro Gilmar Mendes já defendeu a casa dizendo que o Supremo não poderia se calar diante da inércia do legislativo. Para Britto, "a instância política busca soluções de compromisso, busca um consenso". "No Judiciário, a decisão que se impõe não é majoritária, é o preço que se paga pela independência. O Judiciário é independente para assumir posições antipáticas, assumir todos os riscos, inclusive essa acusação duríssima de que está usurpando função legislativa", disse o ex-ministro, nesta manhã, em palestra na capital paulista.

Ayres Britto citou o combate ao nepotismo como exemplo de posicionamento do STF frente a uma ausência de atuação do legislativo. "Se o Congresso Nacional quisesse conceituar o nepotismo, poderia fazer, mas não fez. O que disse o Supremo? Se a Constituição consagra os princípios da eficiência, igualdade, moralidade, impessoalidade, a todas as luzes o nepotismo é uma colisão frontal e mortal a esses quatro princípios", ilustrou. "O Supremo sabe que muitas vezes está diante de um vespeiro. Não cabe ao Supremo por exemplo fazer a reforma política, isso é papel do Congresso Nacional. Mas se o Congresso, volto a dizer, não tem a obrigação de legislar, o Judiciário é obrigado a julgar", disse o ex-ministro.

Há algumas semanas, a relação entre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso ficou tensa por conta da liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes que sustou a votação de projeto de lei que dificulta a criação de novos partidos. A atuação foi vista como uma resposta para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que aprovou admissibilidade de emenda que limita os poderes da Corte. Representantes dos dois poderes chegaram a se encontrar para colocar panos quentes no imbróglio, mas houve críticas de ambos os lados. Para Britto, não há excessos no comportamento do Supremo e a liminar de Mendes, como decisão monocrática, é provisória, para uma situação emergencial. "Às vezes um ministro é obrigado a decidir sozinho, porque não há tempo para esperar pela decisão colegiada sob pena de se perpetrar um prejuízo praticamente irreparável. Quando falo de não excessividade, estou falando no plano colegiado".

A ausência de atuação do legislativo, lembra o ex-ministro, é um impasse que deixa o próprio Supremo em situação delicada. A Corte não tem poder de impor algo ao Congresso e, quando pede que o Legislativo produza uma norma em um determinado prazo, não pode cobrá-lo pelo não cumprimento. "Quando o Supremo impõe ao Congresso Nacional que em um prazo produza uma norma, está elaborando uma decisão fadada à ineficácia, porque o Congresso só acata se quiser. E não existe decisão judicial que signifique um mero conselho, um aviso."

Matéria tributária

Questionado sobre o alongamento das discussões constitucionais tributárias, o ex-ministro reiterou que o legislador "poderia ajudar muito" o Supremo, com uma atualização do Código Tributário Nacional, por exemplo. Atualmente, o STF já se manifestou sobre a chamada guerra fiscal - concessão de incentivos e benefícios pelos Estados -, mas a reforma do ICMS aguarda uma decisão do Congresso.

"O tributo cumpriria o papel de reduzir desigualdades regionais, mas na prática as respostas decisórias do Supremo têm sido lentas e isso tem gerado também perturbação no funcionamento do sistema tributário", reconhece Britto, que chamou de "caótico" o sistema tributário brasileiro.

"Nossos governantes padecem de uma voracidade fiscal. É impressionante como o Estado brasileiro confunde fisco com confisco", disse o ex-ministro do STF. Quem é governador de Estado se encontra no impasse, de acordo com Britto, se encontra no impasse: "ou cumprir rigorosamente a Constituição, até abrindo mão de todos os incentivos, ou não se viabiliza, não se dá governabilidade a seu Estado".

- Sim, com quem falo? – Barão, aqui quem fala é Sabino, repórter político do jornal Papangu de Brasília, a capital do Brasil.

– Papa o quê? – Papangu – e em tom didático, o entrevistador explicou – é uma homenagem a um personagem do carnaval de Pernambuco e uma alusão a muitos habitantes da Praça dos Três Poderes que adoram “papar”’. – Oh! – o Barão gentilmente fez de conta que entendeu –  oui, oui, desculpe, sim, sim, e daqui do céu em que lhe posso ser útil? Por favor, dispense o barão. Pode me tratar por Montesquieu ou Charles, meu nome de batismo.

Sabino, sabido, jornalista rodado e profundo conhecedor dos meandros do poder, ficou muito contente. Fez várias tentativas para entrar em contato com o autor do clássico “Espírito das leis” pelo celular, mas a ligação não completava e a internet estava com uma lentidão irritante. Sem perder tempo, entrou direto no assunto. - Montesquieu, o assunto do momento na política brasileira é a PEC 33/2011 de autoria do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) que bate de frente com o Supremo Tribunal Federal e propõe alterar o quorum mínimo de votos para declaração de inconstitucionalidade de leis; condicionar o efeito vinculante de súmulas aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal à aprovação pelo Poder Legislativo e submeter ao Congresso Nacional a decisão sobre a inconstitucionalidade de Emendas à Constituição. Como o senhor vê esta iniciativa frente à sua atualíssima teoria da separação/tripartição dos poderes? 

Fez-se um silêncio ensurdecedor, entrecortado por palavras de espanto, incredulidade e indignação. – Como? Não acredito! O projeto é uma profanação à teoria da separação dos poderes incorporada às constituições democráticas exatamente para que os poderes sirvam de freios e contrapesos recíprocos; funcionem de forma autônoma, independente e harmônica; evitem abusos e usurpações que alimentam a tirania. Ora, os juízes são a boca da lei.

Sabino aproveitou a deixa e cutucou o grande pensador: - Montesquieu os dois poderes vivem às turras. Agora mesmo um Ministro do Supremo concedeu liminar suspendendo a tramitação de projeto de lei que dificulta a criação de novos partidos. Enquanto isso o Executivo, soberano, com uma base de apoio enorme e cada vez mais forte, assiste de camarote a encrenca com olho nas eleições presidenciais de 2014.

- Meu Deus – exclamou o barão – então, está pior do que imaginei! O mensalôn – disse, traído pelo sotaque – tinha que dá nesta chafurdação. Estou desolado. Tudo que escrevi foi pensando no governo das leis comandando o impulso dos homens do poder; tudo que escrevi teve inspiração no grego Aristóteles, no Inglês Locke, a chancela de um Kant para quem as funções de Estado são “dignidades políticas” e o fiz para dar forma ao governo limitado e proteger as liberdades individuais conquistadas a ferro e fogo; minha convicção – já com a voz embargada pela emoção – revelava a crença de que a Monarquia tinha por base a honra, o Despotismo, o medo e a República, a virtude. Uma vez perdida a dignidade política, as sociedades perdem o rumo – concluiu dando mostra de certo cansaço.

Retomou o fôlego e foi mais adiante. - O pior, meu caro Sabino, é a agressão que as instituições vêm sofrendo no continente sul-americano sob o disfarce da democracia representativa. O desequilíbrio e o embate entre poderes estão associados às reiteradas tentativas de amordaçar a imprensa e esterilizar a participação política da cidadania. Por aqui, resta rezar e rezar muito pelo futuro de vocês.

- Barão, muito obrigado pela atenção e – neste momento de cortês despedida, Sabino foi interrompido por Montesquieu. – Desculpe, monsieur, mas tenho uma informação que certamente vai lhe interessar. Quem anda por aqui é o Chávez. Dei de cara com ele e, como era esperado, não me cumprimentou. Fiquei intrigado. Chávez, no céu? Pois bem, a ONG “Quem dá aos pobres, empresta a Deus” teve êxito no lobby e conseguiu uma audiência com o Criador. O pleito é livrar o Hugo das labaredas do inferno. Estão confiantes. Um abraço.

- Sim, antes que esqueça: Sabino, De Gaulle não é o autor da frase “O Brasil não é um país sério”. Au revoir!

A tramitação de projetos no Congresso Nacional causou polêmica nesta semana e trouxe à tona a fragilidade da relação entre Legislativo e Judiciário. Apesar de negarem uma crise entre os dois poderes, parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) trocam críticas e colocam em xeque a manutenção da democracia e a harmonia entre os poderes.

Em maior destaque desde o início da semana, o projeto de lei 4470/2012 estabelece restrições a partidos recém-criados para acesso ao tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e ao Fundo Partidário. Aprovado na na Câmara, o PL chegou ao Senado com um requerimento de urgência para votação e causou divergências entre os senadores.

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O senador Humberto Costa (PT-PE), por exemplo, defendeu veementemente a matéria, dizendo que ela restabelece “o princípio de fidelidade partidária” e que, por isso, era “absolutamente justo que fosse discutido e votado”. Já os senadores contrários à proposta a consideraram Um "casuísmo político" e uma jogada do governo Dilma Rousseff para tentar barrar a popularidade dos seus prováveis adversários nas eleições de 2014. "É uma farsa para evitar que Marina possa ser candidata e o MD possa se constituir como partido político", salientou o senador Pedro Taques (PDT-MT).

Após muitas discussões, a tramitação foi suspensa após uma decisão liminar do ministro do STF Gilmar Mendes. O Senado recorreu da decisão e pediu que a Corte reconsiderasse a liminar. Para o presidente do Senado (PMDB-AL), Renan Calheiros, é inaceitável a intromissão de outro poder no Congresso. “O papel do Legislativo é zelar pela suas competências. Da mesma forma que nós nunca influenciamos decisões do Judiciário, nós não aceitamos que o Judiciário influa nas decisões legislativas, consideramos isso uma invasão”, frisou.

Apesar dessa declaração de Calheiros, que também é presidente do Congresso Nacional, há quem diga que, na verdade, a decisão de Gilmar Mendes seja uma retaliação ao fato de a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara ter aprovado nesta semana a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/11, que submete decisões do Supremo ao Congresso.

O ministro Dias Toffoli negou que haja sentimento de retaliação e crise. "Isso são os poderes funcionando. Isso é a normalidade democrática. Quem quiser ver crise quer criar, porque crise não há", salientou.

Essa quebra de braço, por várias vezes, também envolve o Executivo, que ora sai derrotado, ora vitorioso. Na Câmara, nesta semana, com a aprovação do PL sobre novos partidos, o governo pôde comemorar, mas, logo depois, amargou a derrota. Na comissão que analisa a MP dos Portos, o governo também precisou ser mais flexível para garantir a aprovação da medida provisória. Parlamentares conseguiram que a ministra Gleisi Hoffman cedesse e acordasse em certa descentralização de poder da Secretaria Especial de Portos.

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A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) comemora na noite desta quarta-feira (3) os 178 anos de instalação do poder legislativo pernambucano. A solenidade acontece no plenário da Alepe, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife.

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Lotada por deputados, desembargadores, procuradores e demais autoridades e convidados, o plenário da Casa Joaquim Nabuco entoou no início da celebração o Hino Nacional Brasileiro. Em seguida, o cantor Nando Cordel cantou a música ‘Melhor do Mundo’, em homenagem as vítimas da seca.

Para o presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchoa (PDT), que participa da comemoração pela quarta vez em sete anos, é uma honra. Uchoa também frisou o apoio do governador Eduardo Campos, que está representado pelo vice João Lyra (PDT) e comentou a importância da existência da Assembleia Legislativa. “O parlamento sempre esteve lado a lado, atento as causas da sociedade. Referenciando a memória dos nossos pernambucanos que participaram da revolução de 1817. A festa é nossa, mas esta Casa tem a nobre missão de representar os interesses dos pernambucanos”, declarou o presidente.

Após discurso, os homenageados com as Medalhas do Mérito Popular e Democrático Frei Caneca são agraciados. Os dois prestigiados com a comenda são: a presidente do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE), Tereza Duere, que é homenageada como pessoa física e o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar), que é entregue ao presidente do sindicato, Renato Cunha que receberá a honraria como pessoa jurídica.

Enaltecida pela indicação do deputado Sebastião Rufino (PSB) que lhe entregou a medalha, a ex-deputada estadual e atual presidente do TCE, Tereza Duere, agradeceu a comenda. “Hoje, envolvida com outras competências, porém, não muito distante desta Casa, retorno para receber a Medalhada Frei Caneca. Agradeço aos deputados e deputadas por tal honraria e, em especial, deputado Sebastião Rufino”, declarou a presidente. 

A celebração ainda contou com lançamento de livro, inauguração da reforma do estúdio de rádio, marca em alusão a Copa das Confederações, entre outras atividades.

Ocorreu na manhã desta segunda-feira (21), o primeiro encontro de 2013 entre o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), Vado da Farmácia (PSB) e a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores. A reunião foi realizada no gabinete do prefeito, no Centro Administrativo (CAM), e teve o objetivo de reafirmar as parcerias entre os dois poderes.

No local, o prefeito agradeceu a participação dos integrantes da Mesa Diretora e demais vereadores presentes e colocou-se à disposição para o que precisar. “Saibam que eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para que essa parceria venha a beneficiar os cabenses”, declarou. “Estamos aqui para trabalhar e fazer dessa cidade um local cada vez melhor de se viver. Se andarmos juntos, teremos mais forças para colocar nossos projetos em prática e ajudar a população”, acrescentou Vado.

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Segundo o presidente da Câmara, Anderson Bocão (PSC), o primeiro contato entre o prefeito e a Mesa Diretora foi importante. “Nós ficamos muito satisfeitos com esta reunião, feita logo no primeiro mês da gestão de Vado para discutir essa parceria, não só para o biênio 2013-2014, mas para que essa integração entre a Câmara e a prefeitura continue visando o bem-estar da cidade” destacou.

Debater a construção de uma nova sede do legislativo municipal foi um dos objetivos dialogados entre a Comissão Executiva da Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). O encontro aconteceu nesta sexta-feira (4), na sede do executivo e também foi um momento de cortesias e ponta pé inicial de uma relação entre legislativo e a prefeitura.

Segundo o primeiro secretário da Casa, Augusto Carreras (PV), a visita foi um momento em que se manteve uma boa conversa entre legislativo e executivo, principalmente sobre a nova Câmara que pretendem construir. “Sobre a nova sede da Câmara, temos a boa vontade do chefe do Executivo e vamos fazer o levantamento de custos, pessoas e necessidades do prédio”, explicou Carreras.

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O Prefeito do Recife, Geraldo Julio, enfatizou a questão da integração com os vereadores. “Hoje aqui, a Comissão sinalizou mais uma vez esta boa relação. Vamos trabalhar de maneira conjunta, mantendo uma relação de respeito, diálogo, franqueza e sinceridade”, declarou. Ele também afirmou que a prefeitura se prontifica a colaborar na captação de recursos, cabendo a Câmara identificar o terreno e consolidar o projeto. “Podemos ajudar, colocando inclusive o nosso escritório de Brasília para captação de recursos”, prometeu.

A visita teve a presença dos vereadores Vicente André Gomes (PSB), Eduardo Marques (PTB), Gilberto Alves (PTN), Edmar de Oliveira (PHS), Jadeval de Lima (PTN), Marcos di Bria (PT do B), André Ferreira (PMDB), Augusto Carreras (PV), Isabela de Roldão (PDT) e Eriberto Rafael (PTC). Também participaram o vice-prefeito, Luciano Siqueira, e os secretários de Governo e Participação Social, Sileno Guedes, e de Relações Institucionais, Fred Oliveira.

Câmara do Recife - Atualmente, a Casa José Mariano ocupa além do prédio da Rua Princesa Isabel, mais três anexos, onde funcionam setores da parte administrativa e alguns gabinetes de vereadores.







Mais de 7 meses depois de a Lei de Acesso à Informação entrar em vigor, o Legislativo e o Judiciário ainda se adaptam às mudanças exigidas pela norma. Embora a lei federal seja única para os Três Poderes, cada órgão tem seu próprio sistema para tratar e divulgar os dados públicos, o que acaba dificultando a obtenção de informações consolidadas e o monitoramento de resultados.

No Supremo Tribunal Federal (STF), uma portaria baixada em julho pelo então presidente Carlos Ayres Britto regulamentou a Lei de Acesso à Informação de forma provisória. O documento terá validade até que uma comissão tríplice, formada pelos ministros Marco Aurélio Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, faça um estudo mais aprofundado, que ainda não tem data para ser apresentado.

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O estudo do STF não valerá para o restante do Judiciário, que deve adotar as regras do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em julho, o órgão atualizou resolução de 2009 que continha orientações sobre transparência, inserindo a obrigação de os tribunais publicarem os vencimentos de seus servidores com identificação nominal. Ainda assim, cada tribunal se adapta a seu modo à inovação legal, especialmente nos formatos e prazos de atendimento ao cidadão e classificação de demandas.

Uma das justificativas para a autonomia é que muitos órgãos do Judiciário tinham seu próprio canal de comunicação com o cidadão antes da Lei de Acesso à Informação, como o STF e sua Central do Cidadão e as ouvidorias em vários tribunais. No STF, menos de 1% das demandas externas são relativas à Lei de Acesso à Informação(896 casos) e não há separação por temas. O CNJ recebeu 110 solicitações nos últimos seis meses, a maioria para o esclarecimento de dúvidas sobre a própria Lei de Acesso à Informação e sua aplicação no Judiciário.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que a maioria dos 1.632 pedidos de informação diz respeito a andamento de processos. No Tribunal Superior do Trabalho (TST), 660 demandas da Lei de Acesso à Informação chegaram até outubro. O Superior Tribunal Militar (STM) montou uma comissão para estudar a melhor forma de implementar a lei e, enquanto um canal específico não é aberto, os questionamentos são respondidos pela ouvidoria.

O Legislativo também adequou estruturas existentes para atender à Lei de Acesso à Informação. Na Câmara dos Deputados, o Centro de Documentação e Informação recebeu 4,5 mil pedidos, dos quais mais de 96% foram atendidos de imediato. Um balcão de informações fez 14 mil atendimentos no período, transformando 108 em pedidos de acesso à informação. Os principais assuntos de interesse do cidadão na Câmara são proposições e publicações.

O Senado Federal também uniu duas estruturas existentes na Casa, o Alô Senado e a Ouvidoria, para dar efetividade à Lei de Acesso à Informação, além de lançar o portal e-Cidadania, que aposta na participação política direta do cidadão. Procurado pela Agência Brasil, o Senado não forneceu, até o fechamento desta matéria, dados mais específicos sobre os atendimentos ao cidadão.

Uma das principais diferenças no tratamento da Lei de Acesso à Informação entre Judiciário e Legislativo está na divulgação da remuneração de integrantes e servidores. Enquanto os tribunais superiores e a Procuradoria-Geral da República têm planilhas abertas para acesso nominal (embora algumas estejam desatualizadas), as duas casas do Legislativo impuseram uma série de restrições, como a necessidade de informar dados pessoais como nome, identificação e e-mail.

Tanto o Senado quanto a Câmara podem fornecer esses dados posteriormente aos seus funcionários, o que ocasionou várias “saias justas” e até mesmo processos judiciais movidos por cidadãos abordados grosseiramente por servidores insatisfeitos. O Tribunal de Contas da União (TCU), órgão de controle do Legislativo, divulgou remuneração nominal dos servidores em planilha aberta até setembro.

Hong Kong realiza neste domingo as eleições para o Conselho Legislativo, que será um teste crucial ao governo local, em meio a uma crescente demanda por democracia completa e ao aumento do desencantamento com as regras da China. Hong Kong é uma cidade chinesa, ex-colônia britânica, que tem semiautonomia em relação ao governo chinês.

As eleições chegam apenas semanas depois que protestos contra o plano de introduzir aulas de patriotismo nas escolas forçou o governo a recuar no último minuto. Organizadores disseram que cerca de 120 mil pessoas participaram dos protestos do lado realizados em frente aos prédios do governo na sexta-feira à noite, mas a polícia local disse que foram apenas 36 mil. Críticos ao plano acusaram o governo de querer fazer lavagem cerebral nos estudantes por meio desse plano.

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Perto de 3,5 milhões de pessoas, metade da população da cidade, estão aptas a votar quando as urnas abrirem, às 7h30 no horário local, com término previsto para às 22h30 do domingo. As informações são da Dow Jones.

Aconteceu, na noite desta quarta-feira (22), na sede do PSOL, localizada no bairro da Boa Vista, o Ciclo de Debate Direitos Urbanos, que contou com a presença do deputado federal, pelo Rio de Janeiro, Jean Wyllys (PSOL). O evento, organizado pelo presidente estadual do partido em Pernambuco, Edilson Silva (PSOL), abordou o limite e as possibilidades da legislação municipal no combate a opressão das minorias. A ocasião também serviu para o lançamento da candidatura de Edilson Silva a vereador do Recife.

“Há uma demonização da política quando muitas pessoas afirmam que todo político não presta e é corrupto. As câmaras municipais têm representantes de baixa qualidade, por isso é necessário escolher um bom vereador e Edilson representa os políticos sérios que ao assumir o mandato certamente fará a diferença fiscalizando e propor melhoras para o Recife. Sei do compromisso e da capacidade que ele tem para exercer as funções legislativas,” ressaltou Jean Wyllys.

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De acordo com o deputado, é preciso a implementação das leis federais ao âmbito municipal, propondo leis orgânicas que atendam as necessidades das minorias. “O preconceito contra grupos como o LGBT e as religiões de matriz africana precisa ser combatido por meio de leis que sejam divulgadas e punam quem cometeu violências. A prefeitura deveria criar uma coordenadoria para efetivar os direitos e a dignidade humana”, propôs Jean.

Já Edilson, ao fazer seu pronunciamento, defendeu que muitas leis são criadas, mas falta aplicabilidade. “Precisamos romper com o processo de enrolação, pois muitas vezes se cria uma lei simbólica que se transforma em letra morta, não há um espaço para tratar do preconceito na câmara”, enfatizou o candidato.

Ele também criticou a atual gestão do prefeito João da Costa (PT), por não dar a atenção necessária às minorias e a eventos como a Terça Negra, realizada no Pátio de São Pedro. “A Terça Negra recebe R$ 20 mil por ano para que o evento seja realizado e só num almoço o prefeito gasta esse valor, isso é lamentável e uma forma de opressão.”

A chapa proporcional do da coligação PSOL e PCB, nessas eleições, conta com 21 candidatos a vereador, sendo que 18 são do PSOL.

Enquadrados como “ficha suja”, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) enviou uma lista aoTribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), com mais de 1.300 nomes que ocupam cargos eletivos nas esferas municipal e estadual e tiveram as contas públicas rejeitadas nos últimos oito anos. A ação cumpre exigências da lei da ficha limpa, mas quem receber a citação nesse levantamento não quer dizer que a candidatura ficará inelegível, mas sim, que serão impugnados somente aqueles que apresentem um envolvimento direto com a improbidade administrativa.

O Ministério Público Eleitoral, responsável por julgar as solicitações de registro, deve analisar cada caso e entrar com representações embargando os “ficha suja”, mas os candidatos ainda poderão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. Na lista há nomes relacionados ao poder executivo e legislativo das cidades de Igarassu, São Bento do Una, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Belo Jardim, Floresta, Ipojuca, Gravatá, dentre outros municípios.  

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De acordo com a presidente do TCE, Teresa Duere, a relação dos nomes servirá de base para que o MPE impeça que candidatos enquadrados na “Lei da ficha limpa” sejam impedidos de disputar as eleições. Dessa forma, o registro de candidatura desses prefeitos, vereadores e gestores públicos será impugnado.

A Câmara dos Deputados e o Senado vão divulgar os salários dos seus servidores com todos as ajudas de custo, gratificações e bonificações, da mesma forma que fará o Executivo. A decisão, política, foi anunciada nesta quarta pelos presidentes das duas Casas, deputado Marco Maia (PT-RS) e senador José Sarney (PMDB-AP), após três dias de conversas.

"Vamos publicar tudo. Faremos conjuntamente, da mesma maneira, o Executivo, o Judiciário e o Legislativo", disse Sarney. "Os Poderes estão em sintonia com os anseios da sociedade. Conversei com o presidente Sarney e decidimos que o Parlamento, o mais transparente dos Poderes, deveria dar essa resposta à sociedade", afirmou Maia.

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No dia 16, quando entrou em vigor a Lei de Acesso à Informação, a diretora-geral do Senado, Dóris Marize Peixoto, afirmou que não estava nos planos do Legislativo tornar públicos os vencimentos dos servidores. "A questão salarial individual é uma questão que tem apoio legal para não ser divulgada", alegou. Não apenas seria um risco para a segurança, afirmou, como seria uma "quebra de sigilo bancário" embora não houvesse determinação para divulgar dados da conta bancária dos funcionários, mas apenas o que o Estado paga a cada um deles.

No dia seguinte, o Palácio do Planalto publicou decreto tornando obrigatória a divulgação de tudo o que é pago a cada servidor do Executivo: salário, ajudas de custo, gratificações, jetons e diárias, entre outros. A maneira como isso será feito depende de ato normativo do Ministério do Planejamento, que deve ser publicado até o fim da semana.

O decreto pegou de surpresa tanto o Judiciário quanto o Legislativo e deixou os dois Poderes em situação desconfortável. Na quinta-feira passada, depois de conversarem por telefone, Maia, Sarney e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, decidiram esperar o ato do Planejamento para só então anunciar a decisão. No entanto, o STF saiu na frente e informou que publicaria os salários do Tribunal – a decisão não vale para as demais esferas do Judiciário.

Decisão

A Lei de Acesso obriga todos os órgãos da administração pública a tornar disponíveis informações institucionais e financeiras, salvo as que ainda podem ser classificadas como sigilosas. Cada Poder analisa sua produção de informação e determina o que não pode ser aberto. No Senado, uma comissão tem 30 dias para definir quais dados não serão abertos. Os salários possivelmente estariam entre eles, não fosse a pressão política causada pelo decreto presidencial.

Uma lista revelada em agosto pelo site Congresso em Foco mostrou que 464 servidores do Senado recebiam, em 2009, acima do teto da época, de R$ 24,5 mil mensais – inclusive Doris Peixoto, que ganhou R$ 27.215,65. Havia funcionários recebendo até R$ 46 mil mensais.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), anunciou, por meio da assessoria de comunicação da Casa, que o Legislativo passará a divulgar o salário de seus servidores. As informações, no entanto, só poderão ser acessadas depois da regulamentação do ato pelo Ministério do Planejamento. Segundo a assessoria de Maia, houve um entendimento com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e a Casa também adotará essa medida, disponibilizando os salários de seus funcionários.

"Os Poderes estão em sintonia com os anseios da sociedade. Conversei com o presidente Sarney e decidimos que o Parlamento, o mais transparente dos Poderes, deveria dar esta resposta à sociedade", afirmou Maia. O Senado resistia a divulgar os salários dos servidores, mesmo depois da entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação. Na semana passada, a diretoria geral do Senado havia decidido não divulgar o valor dos salários.

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O site Congresso em Foco revelou em reportagem veiculada no ano passado que 464 servidores do Senado recebiam, em 2009, acima do teto salarial da época - de R$ 24,5 mil mensais. Na lista publicada havia funcionários recebendo até R$ 46 mil mensais.

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