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O recém-nomeado ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), empregou quase toda sua verba parlamentar - recurso destinado às despesas essenciais do mandato - para abastecer uma aeronave particular. Entre janeiro e julho de 2021, o ex-senador gastou R$263 mil em combustível, o que representa 90% do total de sua cota parlamentar. O montante gasto pelo político piauiense aumentou em 114% em relação ao mesmo período no ano de 2020.

De acordo com o jornal O Globo, entre janeiro de 2019 e julho de 2021, as despesas do mandato de Nogueira ultrapassaram R$ 580 mil, cerca de metade do total desembolsado pelo gabinete, custeado pelos pelos cofres públicos. Desse montante,  90% da verba teria sido destinada à compra de combustível para o seu avião particular.

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Ainda segundo a publicação, em 2021, o político piauiense apresentou notas ao Senado de abastecimento do jatinho em cidades como Florianópolis (SC), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Sorocaba (SP), Palmas (TO) e Paço do Lumiar (MA). Só no último mês de junho deste ano, o senador gastou mais de R$ 65 mil com combustível. 

Ciro Nogueira tem dois jatinhos, ambos da Beech Aircraft. Um deles, em operação, consta de sua declaração de bens de 2018 pelo valor de R$ 2,85 milhões.  A regra para uso da verba indenizatória para transporte aéreo dos senadores diz que os parlamentares têm direito a receber reembolso por cinco passagens aéreas, ida e volta, da capital do Estado de origem a Brasília. O ex-senador não comentou os gastos. 

O desembargador Kassio Nunes Marques toma posse nesta quinta-feira (5), às 16h, no cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Devido às restrições provocadas pela pandemia de Covid-19, a cerimônia será restrita a algumas autoridades. Não haverá presença de convidados no plenário. 

Natural de Teresina (PI), Kassio tem 48 anos de idade e foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar a vaga deixada pelo ministro Celso de Mello, que se aposentou. Antes de chegar ao Supremo, atuou como desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, sediado em Brasília. Foi advogado por cerca de 15 anos e juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Piauí.

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No dia 21 de outubro, o plenário do Senado aprovou a indicação por 57 votos a 10. Antes da votação, durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o magistrado se definiu com perfil garantista. Para ele, o chamado "garantismo judicial" significa a aplicação da lei e da Constituição e não pode ser confundido com leniência.  

“Sim, eu tenho esse perfil. O garantismo deve ser exaltado porque todos os brasileiros merecem o direito de defesa. Todos os brasileiros, para chegarem a uma condenação, precisam passar por um devido processo legal. E isso é o perfil do garantismo, que, de certa forma, pode estar sendo interpretado de forma diferente, inclusive com esse instituto do textualismo e o originalismo”, afirmou. 

Posse

A posse será acompanhada presencialmente pelo presidente Jair Bolsonaro, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, além do procurador-geral da República, Augusto Aras, e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. 

O roteiro da cerimônia começará com a abertura da sessão pelo presidente do STF, Luiz Fux. Em seguida, os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes vão conduzir o novo ministro ao plenário. Kassio será convidado a ler o termo de posse e será declarado empossado. Não está previsto discurso de posse.

Neste sábado (4), o atual secretário da educação do Paraná, Renato Feder, tornou-se alvo de uma campanha no Twitter, através da hashtag ‘Feder Não Bolsonaro’.. Ele foi apontado como possível substituto de Abraham Weintraub no Ministério da Educação (MEC), segundo o jornal Estadão, no entanto a ocupação do cargo ainda não tem anúncio oficial.

A justificativa para a retaliação seria a doação de R$ 120 mil para a campanha de João Dória (PSD) para a Prefeitura de São Paulo, em 2016. Segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi a sétima maior quantia entre os doadores daquele pleito.

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Outros internautas ainda ironizam por meio de memes, fazendo trocadilhos com o sobrenome do possível titular da pasta. “Até o sobrenome do cara é um sinal do que vai acontecer no MEC se ele assumir a pasta”, diz um rapaz. Até o momento, o MEC não realizou pronunciamento oficial sobre quem estará a frente da pasta. Se oficializado, Feder seria o quarto ministro da Educação da gestão.

O Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), enviou representação à Corte pedindo investigações sobre 'possíveis prejuízos' aos cofres públicos na nomeação de Carlos Alberto Decotelli para o Ministério da Educação (MEC) e o período em que teria cursado, mas não concluído, o doutorado na Argentina. As apurações ocorrem em meio a denúncias contra o currículo do substituto de Abraham Weintraub no MEC.

De acordo com o subprocurador-geral Lucas Furtado, as investigações visam apurar 'possíveis prejuízos ao erário decorrentes da nomeação do novo ministro da Educação, Sr. Carlos Alberto Decotelli, considerando as notícias de que, embora constasse me seu currículo o título de 'doutor', na verdade ele não concluiu essa titulação acadêmica, bem como as suspeitas que pairam sobre suposto plágio ocorrido na dissertação de mestrado'.

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Neste caso, a apuração deve mirar a 'eventual invalidade do ato de nomeação' de Decotelli, no que resultaria a necessidade de ressarcimento dos cofres públicos de benefícios e subsídios pagos ao novo ministro da Educação, como auxílio-mudança. A posse de Decotelli foi adiada após as denúncias contra o currículo do chefe do MEC.

Em outra frente, a apuração vai mirar 'se o curso de doutorado inconcluso foi custeado com recursos públicos federais, mediante alguma bolsa de estudo patrocinada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) ou pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)'.

Na visão de Furtado, o governo pode ter sido induzido ao erro com a nomeação, visto que as qualificações do novo ministro estão sendo denunciadas - contrariando o que seria uma indicação 'técnica'.

"Essa situação, por mais surreal que seja, lembra-se uma história que se conta sobre futebol: quando o time está muito ruim, com um péssimo desempenho, com jogadores pífios, a torcida fica tão sem esperanças que até a substituição que fazem de um atleta que está no meio do jogo é comemorada, pois acreditam que nada pode ser pior que o jogador substituído", escreveu o subprocurador junto ao TCU. "Parece que foi assim quando o ex-ministro Abraham Weintraub foi exonerado. Vã esperança, que acabou antes mesmo de começar. E olha que, como professor que sou há décadas, já vi e vivi de tudo!"

Doutorado na Argentina

O anúncio de Decotelli como novo ministro da Educação foi feito na última quarta, 24, pelo presidente Jair Bolsonaro, que o citou como 'doutor pela Universidade do Rosário, Argentina'. No dia seguinte, o título foi questionado pelo reitor da Universidade Nacional de Rosário, Franco Bartolacci. Segundo ele, Decotelli 'cursou o doutorado, mas não o concluiu, pois lhe falta a aprovação da tese'. "Portanto, ele não é doutor pela Universidade Nacional de Rosário, como chegou a se afirmar", disse Bartolacci.

Em carta, o MEC disse que Decotelli não teve a defesa da tese autorizada. "Seria necessário, então, alterar a tese e submetê-la novamente à banca. Contudo, fruto de compromissos no Brasil e, principalmente, do esgotamento dos recursos financeiros pessoais, o ministro viu-se compelido a tomar a difícil decisão de regressar ao país sem o título de Doutor em Administração", escreveu a pasta.

No currículo lattes, plataforma que integra pesquisadores no País e serve de referência aos trabalhos e qualificações, o ministro atualizou seu currículo informando que teve 'créditos concluídos' mas 'sem defesa de tese' de doutorado.

Mestrado e pós-doutorado

As denúncias contra Decotelli também chegaram à dissertação de mestrado apresentada por ele à Fundação Getúlio Vargas (FGV), onde concluiu o curso, e ao período em que esteve na Universidade de Wuppertal, na Alemanha.

No sábado, 26, o economista Thomas Conti apontou nas redes sociais possíveis indícios de cópias na dissertação de Decotelli, citando trechos do texto do ministro que são idênticos a um relatório do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) para a Comissão de Valores Mobiliários. A revelação levou a FGV a abrir uma apuração interna para verificar se houve plágio.

A Universidade de Wuppertal, por sua vez, afirma que Decotelli teria passado apenas três meses na instituição, começando em 2 de janeiro de 2016. A instituição também disse que o ministro não obteve nenhum título durante a estadia. Após a manifestação, Decotelli excluiu referência a curso de pós-doutorado no seu currículo.

O presidente da República Jair Messias Bolsonaro (sem partido) nomeou nesta quinta-feira (25) o professor Carlos Alberto Decotelli para o cargo de ministro da Educação, substituindo Antônio Paulo Vogel de Medeiros, que ocupava o posto interinamente desde a saída de Abraham Weintraub após 14 meses à frente da pasta. Mas o que se sabe sobre o novo ministro? 

Carlos Alberto Decotelli é militar. Oficial da reserva da Marinha, professor da Escola de Guerra Naval, no Centro de Jogos de Guerra, e presidiu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) entre fevereiro e agosto de 2019, durante a gestão de Weintraub no Ministério da Educação (MEC). 

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Na época em que Decotelli esteve no comando, o FNDE ficou no centro de uma polêmica devido à contratação da empresa Brink Mobil, cujo dono, Valdemar Ábila, foi preso preventivamente pela Polícia Federal na Operação Calvário em dezembro de 2019 acusado de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro público na Paraíba. Em fevereiro de 2019, o FNDE e a Brink preencheram a ata de registro de preços com valor total de R$ 374 milhões em um contrato assinado por Ábila e Decotelli. 

No que diz respeito ao currículo, Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mestre pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), doutor pela Universidade de Rosário (Argentina) e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha.

Repercussão 

Entre as entidades representativas dos estudantes, a nomeação do novo ministro não pareceu ter sido bem recebida. Através de seu perfil no Twitter, a União Nacional dos Estudantes (UNE) apontou para o fato de que, apesar de ser professor, a formação acadêmica de Decotelli não é voltada para a educação

Por sua vez, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas questionou como deverá ser a gestão de Decotelli, diante do apoio que ele tem por parte do governo e dos militares, por ser ele próprio um militar da reserva. “O QUE ESPERAR? Decotelli comandou o FNDE de fevereiro de 2019 até agosto do ano passado. Ele tem o apoio na ala militar do governo, principalmente de almirantes”, escreveu a entidade.

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O futuro ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, disse que pretende buscar proximidade com o Congresso Nacional e ressaltou sua trajetória como assessor parlamentar do Exército. 

"O que eu aprendi trabalhando três anos e meio como assessor parlamentar, é que é mais fácil ser um construtor de pontes do que uma pessoa que evita o relacionamento. As ideias são diferentes, mas nós temos que ter a capacidade de, por meio do diálogo, da conversa, buscar soluções conjuntas para os problemas do Brasil", disse em vídeo divulgado nessa terça-feira (18) pelo Palácio do Planalto.

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Na gravação, Ramos, que é general da ativa do Exército e estava à frente do Comando Militar do Sudeste, falou sobre a relação com a imprensa. "Ela tem que ser baseada em critérios de confiança, verdade e não nas chamadas fake news".

Em relação ao presidente Jair Bolsonaro, o futuro ministro agradeceu a confiança, ressaltou a amizade de 46 anos entre ambos e destacou que agora "tem a parte profissional". Já o presidente, em rápida conversa com jornalistas hoje à tarde, voltou a ressaltar a capacidade de articulação política do novo ministro. 

"Ele é uma pessoa que tem uma vivência anterior, foi assessor parlamentar por dois anos, conhecido por muitos da imprensa, então, a parte política vai ajudar bastante com a chegada do general Ramos", disse.

Ramos vai substituir o também general do Exército Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido na semana passada por Bolsonaro. O presidente evitou falar em novas mexidas na equipe ministerial, mas ressaltou que está "sempre monitorando" e se tiver que fazer mudanças, elas serão feitas.  

Reestruturação

A Secretaria de Governo sob Ramos deverá perder parte da atual estrutura. Segundo o próprio presidente Bolsonaro, o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) deverá migrar para a Casa Civil, comandada por Onyx Lorenzoni, mas a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom) permanecerá na Segov.

"O PPI deve ir ali pro Onyx. Não vamos ter problemas com essa nova configuração, todos cada vez mais se conscientizam de um objetivo comum, que é o bem-estar da população brasileira. A Secom deve ficar lá [na Segov] mesmo. Pouquíssimas mudanças serão feitas no tocante a isso aí", disse Bolsonaro a jornalistas logo após sancionar a Lei de Combate a Fraudes na Previdência. 

Assista aqui à entrevista do general Luiz Eduardo Ramos, divulgada pelo Palácio do Planalto:

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O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (8) que a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez do Ministério da Educação foi motivada por problemas de “gestão”. Segundo ele, Vélez “não tinha essa expertise” e acabou “acumulando uma série de problemas”.

“Basicamente é a questão da gestão. Lamentavelmente o ministro não tinha essa expertise. Aí foi acumulando uma série de problemas. A gente não pode deixar sangrando um ministério que é importantíssimo”, afirmou o presidente durante entrevista à TV Jovem Pan.

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No final da manhã de hoje, via Twitter, Bolsonaro anunciou o nome do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub. Segundo ele, o novo titular terá liberdade para escolher seus assessores e montar sua equipe.

“Ele é do ramo. É professor universitário, sabe gerar e conversar. Está gabaritado. Todas as pessoas serão indicadas por ele. Mesmo nas minhas indicações, ele têm poder de veto”, afirmou o presidente, lembrando que há “um montão de coisas pela frente” a ser realizada.

Mais cedo, Bolsonaro anunciou que Weintraub substituiria Vélez no MEC. Professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Weintraub foi executivo do mercado financeiro, atuou no grupo Votorantim e foi membro do comitê de Trading da BM&FBovespa.

Em 2016, coordenou a apresentação de uma proposta alternativa de reforma da previdência social formulada pelos professores da Unifesp. Antes de se tornar ministro, o professor atuava como secretário executivo da Casa Civil, sob o comando de Onyx Lorenzoni.

Lideranças que integram a bancada de oposição ao governo Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso Nacional criticaram, nesta segunda-feira (8), a escolha do presidente pela indicação do economista e professor Abraham Weintraub para comandar o Ministério da Educação no lugar do agora ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez. O anúncio da demissão de Vélez e do novo titular da pasta foi feito pelo presidente em publicação no Twitter.

“Agora o mercado financeiro ocupa mais um posto no governo, e à frente da Educação - um homem do mercado assume a pasta. Bolsonaro quer acabar com a Educação pública?”, questionou a deputada federal Luiza Erundina (PSOL). Abraham Weintraub era secretário-executivo da Casa Civil e participou da elaboração da proposta da reforma da Previdência.

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“Bolsonaro indica Abraham Weintraub, amigo de Onyx Lorenzoni e extremamente reacionário. Um economista vinculado ao mercado financeiro cuidando da educação? Não pode dar certo!”, considerou o deputado federal Ivan Valente (PSOL). Apesar disso, na ótica dele,  “Vélez cai e já vai tarde”.

Já para o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), o MEC foi símbolo do que é a administração de Bolsonaro nos primeiros 100 dias de governo. “Nesses cem dias sem governo, o MEC se tornou símbolo do que é a presidência de Bolsonaro: trapalhadas, falta de projeto e defesa de uma agenda fanática. Agora, um presidente despreparado demite um ministro igualmente inepto para o cargo. Continuaremos de olho nos rumos do MEC”, salientou.

Para a líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Vélez não fará falta. “Velez demitido, como todo mundo sabia. A manobra de Bolsonaro para segurar o ministro por causa do furo de uma jornalista foi patética. Não fará falta e já vai tarde”, disse, referindo-se ao anúncio da demissão do então titular do MEC em 27 de março, feito pela jornalista Eliane Catanhêde, refutado por Bolsonaro como “fake news”.

O novo ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, disse que o reajuste do programa Bolsa Família ainda não foi definido, mas que pode ser anunciado em maio ou ainda este mês: “as propostas estão colocadas, há uma discussão ainda dentro do governo para definição dos percentuais, da forma de fazer esse reajuste e acredito que ainda em abril ou maio teremos essa definição e o anúncio do reajuste do Bolsa”. Beltrame tomou posse hoje (10) como chefe da pasta, no lugar de Osmar Terra. O antigo ministro chegou a dizer que o reajuste seria anunciado em março, o que acabou não ocorrendo. Beltrame acrescentou que o governo pensa em um reajuste maior que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“Estamos trabalhando com percentuais acima do IPCA, que é 2,95%, não temos ainda uma definição. Construímos vários cenários para apresentar ao presidente temer e à equipe econômica e em breve acredito que tenhamos uma definição”. Em junho de 2016, o governo – com Temer ainda como interino na presidência – reajustou o programa em 12,5%.

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Perfil

O ministro do Desenvolvimento Social é Alberto Beltrame, que ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta desde maio de 2016. Ele é médico pediatra, especialista em administração hospitalar e mestre em gestão de sistemas de saúde.

Na área de assistência social, foi presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social e diretor do Trabalho na Secretaria Estadual do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Rio Grande do Sul. Ele assume no lugar de Osmar Terra.

O ministro Alexandre de Moraes, empossado hoje (22) no Supremo Tribunal Federal (STF), disse que assume o cargo na “absoluta convicção” de que seu trabalho pode auxiliar a Corte no combate à corrupção. Entretanto, não respondeu a perguntas de jornalistas relativas à Operação Lava Jato.

Em uma rápida entrevista, Moraes foi questionado se se declararia impedido de julgar no STF casos em que eventualmente estivessem envolvidos integrantes do governo Michel Temer ou do governo paulista de Geraldo Alckmin, dos quais fez parte. Ele, no entanto, preferiu não responder.

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“É com muita felicidade, com muita honra, com muita responsabilidade que assumo este cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal”, disse Moraes. Ele afirmou que seu trabalho auxiliará a Corte “na defesa dos direitos fundamentais, no equilíbrio entre os poderes, no combate à corrupção e no combate à criminalidade, que também é função do poder Judiciário”.

O ministro propôs que o STF assuma papel mais ativo na questão da segurança pública, participando da costura de um “pacto republicano” sobre o tema. “O STF tem uma função importantíssima nisso, não só em questão à jurisprudência, em relação à interpretação, mas também em relação à possibilidade, junto com os demais poderes, de estipular algumas metas.”

Jornalistas também perguntaram ao novo ministro se a presença de políticos que são alvo da Lava Jato em sua cerimônia de posse tinha lhe causado constrangimento. Moraes respondeu: "para a posse, são convidados membros de todos os Poderes dos três níveis da Federação, além de amigos, advogados e juízes."

O presidente Michel Temer (PMDB) vai anunciar na tarde desta segunda-feira (6) a escolha do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para a vaga deixada em aberto no Supremo Tribunal Federal após a morte do ministro Teori Zavascki, no último dia 19. De acordo com a colunista Vera Magalhães, o próprio presidente teria telefonado nesse domingo (5) para os demais candidatos para comunicá-los de sua escolha.

O nome de Alexandre de Moraes teria ganhado forças depois do presidente se reunir no fim de semana com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e ter conversado com o novo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. 

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Michel Temer estava aguardando a redistribuição do processo da Lava Jato na Alta Corte para formalizar a indicação para o posto. Por sorteio, quem agora relata os processos da investigação no STF é o ministro Edson Fachin. 

A morte do ministro Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, abriu uma discussão sobre a escolha do seu sucessor. O novo membro da Corte será indicado pelo presidente Michel Temer (PMDB), sem prazo determinado, e avaliado pelo Senado Federal. Segundo a Constituição Federal, o novo ministro deve ter “notável saber jurídico e reputação ilibada”. Outro critério é ter, no momento da indicação, entre 35 e 65 anos.

A indicação de Temer deve ser encaminhada ao Senado em forma de mensagem presidencial com o nome e o currículo do candidato. Em seguida, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) fica responsável por escolher um relator que vai elaborar um parecer contendo, além do seu voto, recomendações para que o candidato apresente informações ainda não conhecidas que o relator considerar pertinentes.

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Os membros da comissão receberão vista automática do relatório e em um prazo de até cinco dias úteis após a apresentação do relatório, a CCJ deverá sabatinar o escolhido pelo presidente.

Na sabatina, os senadores perguntam ao postulante sua opinião sobre assuntos relevantes, sem restrição de temas. Todos os membros da comissão têm direito à palavra, por 10 minutos cada, mesmo tempo que o indicado terá para responder a cada pergunta, havendo possibilidade de réplica e tréplica.

De acordo como regimento interno da Casa Alta, o relatório será votado na mesma sessão, logo após a sabatina. Apesar da reunião ser pública, a votação é secreta. O último passo é a decisão do Plenário do Senado, que aprecia o relatório aprovado pela CCJ. A votação do conjunto dos senadores também deverá ser secreta. 

Para se tornar o novo ministro do STF, o indicado precisa receber um mínimo de 41 votos — maioria absoluta da casa. A última nomeação de um ministro do STF foi a de Luiz Edson Fachin, em 2015. Entre a chegada da mensagem presidencial com a indicação (22 de abril) e a aprovação do nome pelo Plenário (19 de maio), foi necessário pouco menos de um mês.

*Com informações da Agência Senado

Escolhido para substituir Marcelo Calero no Ministério da Cultura, o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) afirmou, neste sábado (19), em entrevista ao Portal LeiaJá, que pretende gerir a pasta com “diálogo” e “respeito as divergências políticas”. Ele já assume a pasta em meio a polêmica gerada entre Calero e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). 

O peemedebista baiano foi acusado pelo ex-ministro de usar do próprio cargo para conseguir vantagens pessoais. Em declaração após pedir demissão Calero disse ter sido pressionado por Geddel a liberar um empreendimento imobiliário em Salvador embargado pelo Iphan, onde o articulador político do presidente Michel Temer (PMDB) adquiriu um imóvel.

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Sobre as declarações, Freire amenizou. “A impressão que eu tenho é de que no âmbito do ministério não tem polêmica nenhuma”, ponderou. Já quando a decisão do Iphan, ele pontuou que “já foi decidido”. “Se você tem o organismo técnico e competente não tem por que você como ministro passar por cima de questões. Parece que isto já estava resolvido. O problema que existe lá na Bahia vai ser revolvido judicialmente”, acrescentou. 

Mudanças na Lei Rouanet

Outro assunto que tem gerado discussões dentro do Ministério da Cultura é a Lei Rouanet. De acordo com o substituto de Calero, os “defeitos” da legislação devem ser revistas. “Tem um projeto que tramita no Congresso que modifica a lei [Rouanet]. Ainda tenho que analisá-la detalhadamente para dizer onde, mas mesmo com a critica grande  e o argumento de que ela não deveria existir eu pontuou que ter uma legislação que incentiva a cultura no Brasil é extremamente importante. Se tem defeitos, vamos modificar”, frisou. 

A lei é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados e em junho a Polícia Federal afirmou que o Ministério da Cultura falhou na fiscalização dela. Freire defende que a própria pasta faça uma auditoria nos mecanismos da Rouanet. 

Falta de Verbas

Antes de deixar o comando do Ministério da Cultura, Calero também chegou a disparar contra a falta de verbas para efetuar os projetos. Indagado sobre como pretende lidar com o orçamento enxuto, Roberto Freire foi irônico: “se alguém tiver a expectativa de muitos recursos é melhor ficar em casa”. 

“Tivemos o impeachment pelo desmantelo que o governo anterior deixou a sociedade brasileira e a economia. Ela saiu por conta da irresponsabilidade e do desmantelo, então não podemos pensar que vai ter facilidades. Temos ajustes em andamento no Congresso”, observou, lembrando da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 que está sendo discutida no Senado, e limita os gastos públicos por 20 anos. 

“Nenhum ministro ou ministério pode achar que vai ter tempo bom. Vai ter aperto e contenção, tenho clareza disso. Vamos usar a criatividade para levar o ministério à frente e sair da crise”, acrescentou. 

Já quanto à condução da pasta, o deputado federal disse que não pretende interromper uma gestão já iniciada por Calero. “Vou conversar com o ministro que saiu, conversar com o presidente [Michel Temer] e discutir o que estava sendo planejado e feito. Vai ser continuidade o que precisar e de mudança, caso necessite. Mas uma coisa importante, que o país já vinha caminhando, é a necessidade de instalar na cultura brasileira o clima de diálogo e o respeita as divergências políticas. Com isso tudo é possível”. 

Presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), o empresário Janguiê Diniz elogiou, nesta quinta-feira (12), a escolha do deputado federal Mendonça Filho (DEM) para o comando do Ministério da Educação durante o governo do presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB). Sob a análise de Janguiê, o democrata terá “grandes desafios” à frente da pasta, além da missão de manter um diálogo com as unidades de ensino superior particulares.

“Mendonça terá novos e grandes desafios, principalmente o de estimular o desenvolvimento do Fies e ProUni, pensando também em atingir a meta do Plano Nacional da Educação. Acredito que ele manterá um diálogo aberto com o setor particular de ensino superior, e assim, poderá contar com nosso apoio”, observou.

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De acordo com o presidente da entidade, Mendonça Filho já contribuiu com o desenvolvimento da educação em Pernambuco durante seus mandatos ao implantar “projetos que elevaram o nível dos estudantes”. Janguiê pontuou ainda que a “história política consolidada” do parlamentar deve contribuir para as atribuições do ministério.

No último dia 3, o presidente da ABMES encontrou com Michel Temer em Brasília juntamente com integrantes do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular. O grupo colocou o setor à disposição do vice-presidente para colaborar com a melhoria da educação através do ensino superior e médio particular brasileiro e debateu, entre outros assuntos, sobre o fortalecimento dos programas de inclusão social.

Além de Mendonça Filho, os deputados federais Bruno Araújo (PSDB) e Raul Jungmann (PPS) compõem a lista dos pernambucanos que integram o primeiro escalão do governo Temer. Eles tomam posse na tarde desta quinta.  

Na contramão do discurso oposicionista, o vice-líder do colegiado na Câmara dos Deputados, Raul Jungmann (PPS), aprovou a indicação do ministro Nelson Barbosa para o comando da pasta da Fazenda. Para Jungmann, é mais benéfico para o país alguém que administre a questão financeira em consonância com a presidente Dilma Rousseff (PT) do que com paradigmas e defesas divergentes. Nelson Barbosa foi anunciado para substituir Joaquim Levy nessa sexta-feira (18). 

“Nelson Barbosa é a expressão, digamos assim, na área da Fazenda do que pensa a presidente. O cargo é uma espécie de primeiro ministro no Brasil. Prefiro alguém alinhado ao faz-de-conta de ter um ministro da Fazenda que não conta com o beneplácito, nem o apoio ou a afinidade da presidente”, argumentou o vice-líder, neste sábado (19), minutos antes de uma reunião de avaliação do PPS de Pernambuco, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.

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Apesar da colocação favorável, Raul Jungmann pontuou reprovar ações passadas de Barbosa e disse que será necessário deixá-lo agir para ampliar seus argumentos quanto à administração da pasta da Fazenda.  “Isso [aprovar a indicação] não quer dizer que eu concorde com o que ele fez no passado. Nelson Barbosa é culpado por boa parte do que aí está [a crise econômica]. Para o bem ou para o mal, precisamos deixá-lo mostrar o que vai fazer, se ele acertar, aplausos, se não, críticas”, observou.

Nelson Barbosa se apresenta como um nome conciliador e de maior agrado para os movimentos sociais e setores do Partido dos Trabalhadores. Ele ocupava o Ministério do Planejamento e substitui Levy após uma série de embates entre o ex-ministro e a presidente, diante dos cortes de gastos e do ajuste fiscal.  

Outra ótica da oposição

Assim que foi anunciado o novo nome, o líder da oposição na Câmara, Bruno Araújo (PSDB), chegou a dizer que era “no mínimo preocupante” a nomeação de Barbosa para a Fazenda. Para ele, com a mudança ministerial “a crise de confiança cresce”. 

“Trata-se de um dos principais responsáveis pelo duplo rebaixamento do Brasil pelas agências internacionais de risco - por ter desprezado, seguidamente, as metas de superávit. O risco é de aumento da turbulência financeira, e de aprofundamento da recessão”, disparou.

Corroborando, o deputado federal Mendonça Filho (DEM) pontuou que a mudança significava “a volta política econômica que quebrou o Brasil”. “É a política do Guido Mantega que levou o Brasil a situação caótica que se encontra, com inflação em dois dígitos, desemprego atingindo os 7,5%, na maior recessão desde 1901”, justificou.

O Ministério da Educação, em nota, informou que vai rever o programa e dar maior importância às disciplinas. "O novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, definiu que uma de suas prioridades é rever o Programa Mais Educação, priorizando os conteúdos, com maior foco na melhoria do aprendizado, especialmente Português e Matemática".

A informação foi divulgada no mesmo dia da publicação do estudo, embora sem nenhuma data para que as alterações sejam implementadas. Esse foi o primeiro anúncio feito pelo novo comandante da pasta, que deve tomar posse no MEC ainda nesta semana, no lugar do filósofo Renato Janine Ribeiro.

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Recomendações

Além de apontar a falta de impacto no desempenho acadêmico dos alunos, os pesquisadores fazem uma série de recomendações ao programa. Eles propõem, por exemplo, aumento na contrapartida das Secretarias de Educação, que têm pouco envolvimento com o programa.

Sugerem ainda a criação de mecanismos e ferramentas de monitoramento e avaliação das ações, hoje restritas à própria administração da rede. Afirmam ainda que falta apoio do MEC na orientação pedagógica do programa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff (PT) empossa, nesta quinta-feira (16), o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para o comando do Ministério do Turismo. O nome do peemedebista foi confirmado pela presidente como novo integrante da equipe administrativa do governo, em nota, na noite dessa quarta (15). 

Henrique Alves assume o lugar do ministro Vinicius Lages. Na nota divulgada pela assessoria de imprensa da Presidência da República, Dilma "agradece a dedicação e lealdade do ministro Vinícius Lages". Ainda não se tem informações sobre qual será o destino de Lages, que é afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). 

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O novo ministro é um dos nomes citados pelas delações premiadas concedidas a Operação Lava Jato. No entanto, não responde aos inquéritos impetrados pela Procuradoria Geral da República, visto que o Ministério Público Federal não encontrou indícios suficientes para a abertura do inquérito. 

 

A presidente Dilma Rousseff formalizou nesta quarta-feira, 15, no Diário Oficial da União (DOU) a indicação do jurista Luiz Edson Fachin para ocupar a 11ª vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), aberta em decorrência da aposentadoria do ex-ministro e presidente da Corte Joaquim Barbosa. Em mensagem, Dilma encaminha o nome de Fachin ao Senado para apreciação dos parlamentares.

A indicação de Fachin foi anunciada na terça-feira, 14, pela presidente Dilma, oito meses e meio após a saída de Joaquim Barbosa. A operação, segundo informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, de hoje, envolveu várias negociações com o PMDB. O acordo com o partido aliado foi necessário porque a indicação de Fachin, nome ligado ao PT e à Central Única dos Trabalhadores (CUT), terá de ser aprovada em sabatina pelo Senado, presidido por Renan Calheiros (PMDB-AL). Desde que foi incluído na lista de investigados da Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras, Renan está rebelado.

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Em nota, o Palácio do Planalto informou que Fachin é catedrático de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, professor visitante do King's College, na Inglaterra, e pesquisador convidado do Instituto Max Planck, na Alemanha. O documento também destacou que o advogado "cumpre todos os requisitos necessários para o exercício do mais elevado cargo da magistratura do País".

Em nota à imprensa, a presidenta Dilma Rousseff confirmou a indicação do advogado Luiz Edson Fachin para ocupar a vaga de ministro no Superior Tribunal Federal. A vaga está aberta há oito meses, com a aposentadoria de Joaquim Barbosa.

No início da noite, Dilma se reuniu com Fachin, em seu gabinete, no Palácio do Planalto. Desde cedo o anúncio do nome que seria escolhido era aguardado, já que a presidente Dilma antecipou a blogueiros que a decisão seria conhecida nesta terça-feira, 14. Mas a presidente esperava a chegada dele a Brasília e a conversa entre os dois para fazer o anúncio oficial.

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A nota distribuída pelo Palácio do Planalto diz que "a indicação de Fachin, catedrático de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, professor visitante do King's College, na Inglaterra, e pesquisador convidado do Instituto Max Planck, na Alemanha, será encaminhada ao Senado Federal para apreciação". Ressalta ainda que o a Fachin "cumpre todos os requisitos necessários para o exercício do mais elevado cargo da magistratura do País".

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o anúncio do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) deve sair entre o fim desta semana e o início da próxima. "É provável que saia esta semana. Pode ser que não saia. Vamos aguardar. Ou final desta semana ou início da semana que vem sai", disse o ministro ao deixar uma entrevista na coletiva na sede da Polícia Federal em Brasília. A Suprema Corte tem uma de suas 11 cadeiras vagas há oito meses, desde que o ex-ministro Joaquim Barbosa se aposentou em agosto do ano passado.

Questionado sobre os motivos da demora na escolha do novo magistrado, o ministro disse que "não há um prazo" e que o governo ainda está avaliando. Quanto ao critério de escolha, Cardozo disse que será indicado aquele candidato que tiver "melhor currículo, melhor nome, (e que seja) a pessoa ideal para exercício daquele cargo", disse.

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Cardozo é um dos consultores da presidente Dilma Rousseff para indicações no Judiciário, além do presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e do advogado e ex-deputado pelo PT Sigmaringa Seixas. A presidente deu início às consultas para escolha do substituto de Barbosa entre o fim de fevereiro e o início de março, mas interrompeu o processo de indicação devido à chegada no STF da lista de parlamentares e autoridades investigadas no âmbito da Operação Lava Jato, o que criou um clima político ruim para a indicação já que estão entre os investigados os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Antes de assumir a vaga no STF, o nome indicado por Dilma deve ser aprovado pelo Senado.

Questionado sobre as dificuldades em escolher um nome para a vaga de Barbosa, Cardozo disse que "tem gente demais". Entre a lista de candidatos figuram pelo menos três nomes de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), advogados e acadêmicos, entre eles o tributarista Heleno Torres, os professores Luiz Fachin e Clèmerson Clève. Além desses, está o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coêlho, e os ministros do STJ: Mauro Campbell, Luis Felipe Salomão e Benedito Gonçalves.

Cardozo esteve reunido hoje com Lewandowski na presidência do STF por quase uma hora. O ministro da Justiça chegou ao Tribunal pouco depois de Salomão ter conversado com o presidente da Suprema Corte. Na saída, Cardozo negou, contudo, que eles tenham tratado da indicação do novo magistrado.

Soma-se a isso o cenário político enfraquecido já que os presidentes da Câmara e do Senado buscam ser ouvidos na hora da indicação ao STF. No caso do Senado, um nome que desagrade à casa poderá resultar na desaprovação do indicado. Já na Câmara está tramitando um projeto de Emenda à Constituição que pode elevar a idade teto para aposentadoria dos ministros do Supremo de 70 para 75 anos, diminuindo o número de ministros que a presidente poderá indicar até o fim de seu mandato.

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