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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ministro do Desenvolvimento Social, o ex-governador Wellington Dias, continuará no governo. A pasta, que é responsável por abrigar o Bolsa Família, um dos programas vitrine do PT, é cobiçada pelo Centrão, que negocia espaço na Esplanada.

"Wellington fica (no Ministério do Desenvolvimento Social). Convidei o Wellington Dias, um grande amigo e companheiro, porque tem 16 anos de experiência como governador e provou sua competência e comprometimento social com a transformação que promoveu no Piauí", disse Lula ao site Meio Norte.

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Na entrevista, Lula cita o combate à fome, um trabalho que, segundo ele, "está só no começo" e que sempre vai "contar com a competência de alguém como o Wellington Dias" no governo.

No trecho que foi divulgado, Lula, no entanto, não cita se o ministério continuará com a mesma estrutura ou se será desidratado - a íntegra da entrevista será publicada nesta quinta-feira (31), quando o presidente cumpre agenda no Piauí.

Como mostrou o Estadão, Lula avalia a possibilidade de criar a pasta da Ação Social para o deputado André Fufuca. Líder do PP, Fufuca é ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e ao senador Ciro Nogueira (PP-PI). Na segunda-feira, 28, a cúpula do PT fez um desagravo a Wellington Dias e criticou a ideia de dividir o ministério.

Em Teresina, Lula e Wellington Dias vão anunciar o programa Brasil sem Fome, que tem o objetivo de acabar com a insegurança alimentar no País e retirar o Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030. O chefe do Executivo também participará da cerimônia de anúncio dos empreendimentos do PAC no Estado do Piauí.

Lula busca ampliar apoio no Congresso e, por isso, decidiu fazer trocas no primeiro escalão para atender a cobiça por cargos de integrantes do Centrão. A expectativa é que o anúncio da nova organização da Esplanada seja feito antes do final de semana.

Na terça-feira, 29, Lula anunciou a criação de mais um ministério, o da Micro e Pequena Empresa, que pode ampliar espaços a serem divididos com os aliados.

O governo vai elaborar um novo formulário de perguntas para a inclusão das famílias no Cadastro Único para programas sociais, o CadÚnico. É por meio desse cadastro que as famílias de baixa renda têm acesso a programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família.

O formulário usado atualmente no cadastro é de 2010, e não passou até agora por nenhuma atualização relevante. A expectativa do Ministério do Desenvolvimento Social é de que o novo formulário esteja pronto em 2025.

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'Maratona'

Segundo a secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, Leticia Bartholo, o novo formulário terá perguntas mais "aderentes aos desafios da atualidade", com um novo sistema tecnológico. "E não um sistema que demora seis meses para demandar qualquer aprimoramento", diz. "O fato de termos um formulário de 2010 é muito triste."

Técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) vão ajudar na revisão das perguntas do formulário. "Não é corrida de 100 metros. É maratona entregar para 2025", diz a secretária. Para Leticia, os dados do novo Censo permitem que os governos tenham informações mais precisas para o desenho de políticas públicas. Nos próximos meses, o ministério vai lançar o Observatório do CadÚnico, uma nova ferramenta de base de dados para gestores, pesquisadores e formuladores de políticas públicas.

Cadastro exclui pelo menos 603 mil mortos

O governo já concluiu 45% da revisão do Cadastro Único para programas sociais, o CadÚnico. Iniciada em março, a revisão da base de dados levou à exclusão de 603,8 mil pessoas com indicativo de óbito há mais de 12 meses e 921,9 mil famílias com cadastro desatualizado há mais de quatro anos. Também houve 20,5 mil exclusões voluntárias por meio do aplicativo do CadÚnico, ou seja, pessoas que disseram não se enquadrar nas regras e saíram voluntariamente.

Com 42 milhões de famílias cadastradas (cerca de 90 milhões de pessoas), o CadÚnico é um instrumento de coleta de dados e informações feita pelos municípios que busca identificar todas as famílias de baixa renda existentes no País para fins de inclusão em programas de assistência social e redistribuição de renda. Ao Estadão, a Secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento Social, Leticia Bartholo, informou que a meta é revisar 60% do cadastro até dezembro.

As ações de busca ativa do governo por pessoas em situação de vulnerabilidade nas cinco regiões do País permitiram a inclusão de 1,3 milhão de famílias no programa Bolsa Família, que conta hoje com 20,8 milhões de lares beneficiados.

A busca ativa é um dos principais braços da política de revisão do CadÚnico, para garantir que as pessoas que realmente precisam recebam o benefício de transferência de renda. A busca ativa acontece quando o governo vai atrás de pessoas elegíveis para o programa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério do Desenvolvimento Social, em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vai distribuir cestas de alimentos para as famílias vulneráveis das regiões afetadas pela estiagem no Rio Grande do Sul por meio da compra de produtos através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A ação exigirá R$ 5 milhões e será destinada a cerca de 35 mil famílias. A medida foi anunciada pelo ministro Wellington Dias em evento de anúncio das medidas do governo federal para enfrentamento da estiagem no Rio Grande do Sul, realizado em Hulha Negra (RS).

Segundo o ministro, a partir de 20 de março, 30 mil famílias gaúchas serão atendidas pelo novo Bolsa Família. "Também fizemos a antecipação a pedido do presidente Lula do pagamento (do Bolsa Família) de fevereiro para amanhã", afirmou Dias. Em março, o pagamento do programa foi antecipado para o dia 20.

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O ministério também desembolsará R$ 30 milhões para 10 mil famílias produtoras de crédito para fomento da atividade produtiva via o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Serão concedidos até R$ 2.400 por família em projetos com assistência técnica da Emater. "Estamos falando de indígenas, de quilombolas. (O valor) sai agora dia 20 de março para os projetos que serão apresentados", acrescentou.

Três senadores em exercício e quatro eleitos para a próxima legislatura devem assumir o comando de ministérios na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alexandre Silveira (PSD-MG), Carlos Fávaro (PSD-MT) e Simone Tebet (MDB-MS) assumem as pastas de Minas e Energia; Agricultura e Pecuária; e Planejamento e Orçamento, respectivamente.

Entre os parlamentares eleitos, foram anunciados os seguintes nomes:  • Camilo Santana (PT-CE), Educação;  • Flávio Dino (PSB-MA), Justiça e Segurança Pública;  • Renan Filho (MDB-AL), Transportes; e  • Wellington Dias (PT-PI), Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome. 

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Todos eles começam a despachar na Esplanada dos Ministérios na segunda-feira (2). No dia 1º de fevereiro — durante a sessão preparatória do Senado que dará posse aos 27 parlamentares eleitos em outubro — Camilo Santana, Flávio Dino, Renan Filho e Wellington Dias devem se afastar temporariamente das funções no Poder Executivo para assumir formalmente os mandatos no Legislativo.

Logo após serem empossados como senadores, os cinco retornam aos ministérios e deixam as cadeiras no Senado com os suplentes de cada chapa.

De acordo com a Constituição Federal, o deputado ou o senador investido em cargo de ministro não perde o mandato parlamentar e pode a voltar a atuar no Congresso Nacional. 

Suplentes eleitos Camilo Santana foi governador do Ceará entre 2015 e 2022, além de deputado estadual e secretário de Desenvolvimento Agrário e de Cidades. Com a ida dele para a Educação, a vaga no Senado fica com uma das suplentes: Augusta Brito (PT) ou Janaina Farias (PT).

Flávio Dino foi governador do Maranhão entre 2015 e 2022, deputado federal e juiz de direito. Enquanto ele estiver na Justiça, o mandato deve ser exercido por Ana Paula Lobato (PSB) ou Lourdinha (PCdoB). 

Wellington Dias foi senador entre 2011 e 2014, além de vereador, deputado estadual, deputado federal e governador do Piauí por quatro mandatos. Com a ida dele para o Desenvolvimento Social, a cadeira no Senado deve ficar com Jussara Lima (PSD) ou José Amauri (Solidariedade). 

Renan Filho (MDB-AL) foi governador de Alagoas entre 2015 e 2022, além de prefeito de Murici (AL) e deputado federal. Enquanto ele estiver nos Transportes, a cadeira no Senado fica com Fernando Farias (MDB) ou Adélia Maria (PV).

Suplentes atuais

Carlos Fávaro tem mandato parlamentar até 2027. Após a nomeação para o Ministério da Agricultura, a vaga no Senado deve ficar com Margareth Buzetti ou José Esteves de Lacerda Filho, ambos recém filiados ao PSD.

O mandato de Simone Tebet termina no dia 1º de fevereiro. Até o final da atual legislatura, a cadeira dela no Senado deve ser ocupada por Celso Dal Lago Rodrigues (MDB) ou Moacir Kohl (PSB).

Alexandre Silveira também se despede do Senado em 1º de fevereiro. Ele foi eleito como primeiro suplente do então senador Antonio Anastasia, nomeado neste ano para o Tribunal de Contas da União (TCU). Com a ida para o Ministério das Minas e Energia, a vaga deve ser ocupada pelo segundo suplente, Lael Vieira Varella (União). 

*Da Agência Senado

Ex-governador do Piauí e recém-eleito senador pelo Estado, Wellington Dias (PT-PI) foi escolhido ministro do Desenvolvimento Social do novo governo Lula. Dias foi um dos articuladores da campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O paraibano, de 60 anos, esteve à frente da organização do evento de lançamento da pré-candidatura do ex-presidente. Ele chegou a ser apontado por lideranças do mercado financeiro como uma das apostas para o Ministério da Economia do novo governo.

José Wellington Barroso de Araújo Dias foi governador do Piauí por quatro mandatos. Ele ocupou o Palácio de Karnak de 2003 a 2010. No fim desse período, se candidatou ao Senado e obteve a maior votação daquele pleito, de quase 1 milhão de votos válidos. Em 2014, voltou a governar o Estado, tendo sido reeleito em 2018.

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Dias se destacou durante o período mais crítico da pandemia da covid-19. Ele foi o representante do fórum dos governadores na CPI da Pandemia. No Ministério do Desenvolvimento Social, Wellington Dias vai cuidar também do Bolsa Família. Trata-se de um desafio e tanto. Seja como for, os ministérios da Saúde, Educação e do Desenvolvimento Social têm, juntos, R$ 509 bilhões de orçamento previsto para 2023. Ficam atrás apenas do Ministério do Trabalho e Previdência, que gere as aposentadorias e benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Wellington Dias é defensor do diálogo e já fez críticas inclusive ao seu partido. Em 2020, ele chegou a dizer que o PT precisava "atualizar o projeto", uma vez que as principais demandas da sociedade já não são mais as mesmas de 30 anos atrás. Na época, ele disse ao Estadão que "a pauta da fome ainda existe, mas não é mais com a mesma demanda que tinha lá atrás."

O governador Paulo Câmara (PSB) empossou, nesta terça-feira (3), em cerimônia no Palácio do Campo das Princesas, os novos secretários estaduais de Cultura, Oscar Barreto, e de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Edilázio Wanderley. Na solenidade, ele destacou a importância das duas pastas para o Governo de Pernambuco e pontuou os desafios para os próximos meses. 

Paulo Câmara salientou que a equipe está à disposição e que os secretários terão “condições de fazer o que precisa ser feito para Pernambuco avançar”.

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“Quero ressaltar que essas duas áreas foram muito negligenciadas pelo governo federal, mas aqui no Estado não permitimos que isso acontecesse. Vocês vão fazer a diferença para que a gente possa mostrar ao Brasil que é olhando para as pautas estratégicas e ampliando as políticas sociais que a gente vai entregar o que a população precisa”.

Substituindo Joelson Rodrigues, que volta a responder pela secretaria executiva de Assistência Social, Edilázio Wanderley ressaltou que, apesar do tempo curto, há muito trabalho a ser realizado.

“Precisamos aperfeiçoar os programas e ações que já estavam em andamento na secretaria, para que possamos contribuir para o desenvolvimento social do Estado”, frisou o novo secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude. 

“Nós vamos integrar a equipe do governador, integrar as ações do mandato e trazer essa identidade popular, em conjunto com os trabalhadores. Vamos colocar o governo mais perto da cultura popular”, disse o secretário de Cultura, Oscar Paes Barreto, um dos quadros do PT.

Ele substitui Gilberto Freyre Neto, que assume a secretaria-executiva de Relações Internacionais da Assessoria Especial do Governo. 

O secretariado do governo do prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), vem sendo divulgado aos poucos nas redes sociais do pessebista. O último nome anunciado por ele foi o da assistente social Ana Rita Suassuna, atual secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos da gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB). De acordo com João, ela seguirá no comando da pasta. 

"Ao longo da campanha sempre fiz questão de colocar que a desigualdade era o principal desafio que o Recife precisa atacar. E as ações de proteção social têm um papel fundamental no enfrentamento desse problema, que é uma realidade em todo o país. A assistente social Ana Rita Suassuna vai nos ajudar a avançar em políticas públicas com essa missão. Ela seguirá  no comando da Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos da nossa gestão", escreveu o futuro gestor na publicação.

Segundo o currículo exposto por João, Ana Rita Suassuna é graduada em Serviço Social pela UFPE, Ana é a representante das metrópoles no Colegiado Nacional dos gestores de Assistência Social (CONGEMAS) e é diretora do  COEGEMAS - Colegiado Estadual de Gestores Municipais da Assistência Social - Diretora da Região Metropolitana. 

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"Sua experiência nessas instâncias de estruturação de atuação da área social nos municípios e, sobretudo, capacidade de elaborar projetos e implementar iniciativas que promovem a cidadania vão contribuir com os avanços que queremos conquistar para o Recife", reforçou o prefeito eleito.

A Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude e Direitos Humanos do Recife, por meio de parceria com o Governo do Estado e a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), adquiriu 19 estações portáteis de higienização de mãos. Os materiais foram entregues nesta terça-feira (19) e serão instalados, até o fim da próxima semana, em 12 pontos da cidade com maior concentração de pessoas em situação de rua. O objetivo é viabilizar a lavagem de mãos para essa população e reforçar a atitude como importante aliada para conter o avanço do contágio da covid-19.

Através da campanha Pernambuco Solidário, o Governo do Estado vai instalar 12 equipamentos. Outras sete pias foram doadas pela ONG Adventista, por meio da campanha SOS Covid-19, já realizada em cidades como Caruaru e Natal (RN). Duas estações já estão instaladas na Rua do Peixoto, próxima ao Restaurante Popular Josué de Castro, no bairro de São José. As estações educativas de higienização de mãos contam com pia, reservatório para abastecimento regular de água, recipiente para sabão e para toalhas de papel. Os equipamentos são portáteis e, por isso, podem ser realocados posteriormente, caso necessário.

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"Graças a parcerias importantes, pudemos atender mais uma demanda urgente da população mais vulnerável. Além de garantir um equipamento funcional, a iniciativa ainda estimula a consciência de higienizar as mãos para conter a contaminação da covid-19", disse Ana Rita Suassuna, secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Recife. 

As demais pias serão instaladas até o fim da próxima semana e ficarão na Rua da Aurora (próximo à pista de skate), no bairro de Santo Amaro; na Praça do Hipódromo; na Praça do Derby; na Praça de Boa Viagem e no 3º Jardim; no Terminal Rodoviário do Recife (TIP), na Várzea; no Largo da Paz, em Afogados; no entorno do Mercado de Casa Amarela; nas proximidades do viaduto da Avenida Caxangá; na Praça de Jardim São Paulo e na Praça do Aeroporto.

*Da assessoria

 

O novo ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, disse que o reajuste do programa Bolsa Família ainda não foi definido, mas que pode ser anunciado em maio ou ainda este mês: “as propostas estão colocadas, há uma discussão ainda dentro do governo para definição dos percentuais, da forma de fazer esse reajuste e acredito que ainda em abril ou maio teremos essa definição e o anúncio do reajuste do Bolsa”. Beltrame tomou posse hoje (10) como chefe da pasta, no lugar de Osmar Terra. O antigo ministro chegou a dizer que o reajuste seria anunciado em março, o que acabou não ocorrendo. Beltrame acrescentou que o governo pensa em um reajuste maior que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“Estamos trabalhando com percentuais acima do IPCA, que é 2,95%, não temos ainda uma definição. Construímos vários cenários para apresentar ao presidente temer e à equipe econômica e em breve acredito que tenhamos uma definição”. Em junho de 2016, o governo – com Temer ainda como interino na presidência – reajustou o programa em 12,5%.

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Perfil

O ministro do Desenvolvimento Social é Alberto Beltrame, que ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta desde maio de 2016. Ele é médico pediatra, especialista em administração hospitalar e mestre em gestão de sistemas de saúde.

Na área de assistência social, foi presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social e diretor do Trabalho na Secretaria Estadual do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Rio Grande do Sul. Ele assume no lugar de Osmar Terra.

Cotado para assumir o Ministério de Desenvolvimento Social em um provável governo do vice-presidente Michel Temer, o deputado Osmar Terra (PMDB-RS) rebateu a declaração da presidente Dilma Rousseff de que haverá diminuição de programações sociais, como o Bolsa Família, em uma eventual gestão Temer.

"Vamos manter e aprimorar o programa. Até porque, com o desastre econômico que Dilma nos proporciona, é bem provável que aumente o número de famílias necessitadas", disse o peemedebista em postagem nas redes sociais.

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Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, o vice-presidente Michel Temer pretende reformular as principais vitrines do governo PT para aumentar os benefícios à camada mais pobre da população, caso assuma a Presidência se o afastamento da presidente Dilma Rousseff for aprovado no Senado. O objetivo de um eventual governo Temer na área social é elevar o padrão de vida dos 5% mais pobres do País, que correspondem a 10 milhões de pessoas. "É preciso dizer que nem todas as políticas sociais no Brasil têm seu foco nos grupos sociais mais carentes", diz o documento "A Travessia Social", formulado pela Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB.

A presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado, 7, em comício em Palmas, que o enfoque nos 5% mais pobres significaria um corte de 36 milhões de beneficiários do Bolsa Família.

Segundo o deputado, a proposta do PMDB não fala em diminuição dos recursos do Bolsa Família, nem do número de famílias que participa dele, mas admitiu que é preciso que o programa de transferência de renda passe por uma auditoria. "Mas também não podemos abrir mão de avaliar quem realmente necessita dele, de estimular o empreendedorismo nas parcelas mais pobres e de mudar a política econômica retomando o desenvolvimento no Brasil, o que beneficiará a todos", afirmou.

Terra disse que a presidente fala de um "universo imaginário", onde o governo dela e do PT é o único que se preocupa com os pobres. "Ao tentar manipular a opinião pública, ignora que sua gestão desastrosa quebrou o País, e que, pedalando, reduziu a renda de todos os brasileiros, inclusive dos mais pobres", disse. Segundo o deputado, Dilma cortou R$ 20 bilhões dos recursos da saúde pública neste ano. Além disso, de acordo com ele, a inflação dos três últimos anos reduziu o poder aquisitivo dos beneficiários do Bolsa Família pela metade. Ele também citou o "desemprego em massa", que aumenta o número de miseráveis.

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirmou, nesta segunda-feira (14), que o corte de R$ 10 bilhões no programa Bolsa Família “chega a ser uma burrice”. O programa teria R$ 28,2 bilhões no próximo ano, mas a redução foi confirmada pelo relator do projeto da Lei Orçamentária (LOA) para 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), na última sexta-feira (11). Campello disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) é contrária ao corte e pediu sensibilidade aos parlamentares para rejeitar o dispositivo. 

"Cortar do Bolsa Família chega a ser uma burrice, porque não só está tirando o pouco dinheiro dos pobres como acaba afundando a economia. Esse dinheiro vai para a população mais pobre, ele tem um impacto na economia. Cada R$ 1,00 que a gente gasta no Bolsa família, retorna para a economia brasileira R$ 1,78. Aqui no Nordeste, retorna mais ainda", frisou, em entrevista a uma rádio local. O projeto da LOA deve ser votado na próxima quarta (16). 

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A ministra pediu para que a bancada nordestina se mobilizasse e votasse contra o texto. "A Comissão Mista de Orçamento é formada por muitos deputados, de muitos partidos. Quase todos os partidos têm nos apoiado contra o corte. A presidente Dilma é contra o corte. Aproveito o espaço para fazer um apelo aos deputados. Nós temos uma bancada forte, combativa, que conhece a situação do Nordeste brasileiro, que não vai deixar, ainda mais num momento de crise, que isso aconteça”, observou a ministra.

Pelas contas do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), 23 milhões de pessoas seriam retiradas do programa com o corte, cerca de 7 milhões de famílias, pela média do Bolsa Família. "Não podemos jogar em cima da população pobre o custo de uma crise", disse Tereza Campello. Em Pernambuco, o número de beneficiados pelo programa é de 3,6 milhões de pessoas.

 

À frente do diretório municipal do PSB, em Goiana, Zona da Mata Norte do Estado, o deputado estadual Aluissio Lessa, começa a mobilizar secretários estaduais para comparecerem à cidade. Na próxima segunda-feira (13), o socialista levará dois representantes do governo Paulo Câmara (PSB) para participar da reunião da executiva do partido no município e discutir segurança e desenvolvimento social. O debate será realizado na Câmara de Vereadores da cidade, às 19h.

A princípio, Lessa tinha divulgado a ida do secretário Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho à região, para anunciar a chegada de uma unidade da Companhia Independente da PMPE em Goiana. Mas, posteriormente, o socialista conseguiu a confirmação do correligionário e secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Isaltino Nascimento (PSB) que irá apresentar as ações do programa Governo Presente para o município.

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A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, foi reconduzida nessa quinta-feira (7) ao cargo. No fim da cerimônia, em entrevista aos jornalistas, ela disse que o Programa Bolsa Família não sofrerá cortes e que o MDS, com outros ministérios, fará parte de um esforço para redução de gastos.

“Existe um esforço conjunto de reduzir custos da máquina administrativa. Sempre é possível melhorar o gasto público. Faremos parte do esforço, sem reduzir direitos. Esta é a orientação da presidenta”, salientou.

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Sobre as conquistas dos últimos anos, Tereza Campello enfatizou o investimento na área social. Para este ano, estão previstos cerca de R$ 70 bilhões. A ministra também chamou a atenção para áreas onde os recursos são gastos, como acesso à água, qualificação profissional e educação. “O grande legado dessa ação conjunta é o trabalho intersetorial com as áreas de saúde e educação”, ressaltou a ministra.

Entre os desafios da pasta para os próximos quatro anos, ela destacou a geração de oportunidades. “Temos um desafio grande com a qualificação profissional, porque nos interessa aproximar cada vez mais o público da qualificação profissional com as vagas de emprego no Brasil.”

Outro destaque foi o combate ao preconceito contra os mais pobres. “Há um esforço para reduzir o preconceito contra a população pobre, que é trabalhadora e quer oportunidades. Este esforço é de todo Brasil”.

No discurso, Tereza Campello registrou as ações realizadas pelo ministério. Lembrou, por exemplo, a antecipação do cumprimento de metas do Programa Brasil sem Miséria. “Fizemos tudo que nos comprometemos a fazer. Aliás, fizemos mais do que prometemos. Batemos todas as metas antes do prazo”, concluiu.

Apesar do rebaixamento da nota do Brasil pela agência Standard & Poor's, o país tem compromisso com o controle da inflação e a diminuição da dívida pública, disse neste sábado (29) a presidenta Dilma Rousseff. Em evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Bahia, ela ressaltou que a economia do país continua com bons fundamentos, mas tem o desafio de melhorar os serviços públicos e aumentar a produtividade.

Sem se referir diretamente à decisão da agência de classificação de risco, Dilma declarou que os números mostram que a economia brasileira continua sólida. “Não nos abalaremos com julgamentos apressados, com conclusões precipitadas que a realidade desmentirá. Todos sabemos que, em economia, a realidade sempre se impõe”, disse.

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A presidenta lembrou que, nos últimos dez anos, a inflação tem ficado dentro da meta. Segundo ela, a dívida líquida do setor público, atualmente em 33,7% do Produto Interno Bruto (PIB), encerrará o ano em queda e o país tem reservas de quase US$ 380 bilhões, que fornecem lastro para lidar com qualquer volatilidade internacional. Dilma destacou ainda que o país acumula investimentos estrangeiros diretos de US$ 65 bilhões nos últimos 12 meses e que o programa de concessões de rodovias, aeroportos e portos e os leilões de energia elétrica, petróleo e gás trarão investimentos de US$ 80 bilhões para o Brasil nos próximos cinco anos.

“Em alguns momentos, expectativas, especulações, avaliações e até mesmo interesses políticos podem obscurecer a visão objetiva dos fatos. Para nós, o que importa é que continuaremos a agir para manter o pais no rumo certo, sem abdicar em nenhum momento do nosso compromisso fundamental com a solidez da economia e com a inclusão e o desenvolvimento social e ambiental do país”, acrescentou.

Apesar de reiterar a confiança na economia, a presidenta admitiu que o país tem novos desafios a enfrentar após o aumento da renda na última década. Segundo ela, o principal desafio consiste em aumentar a produtividade e melhorar a infraestrutura, a educação e a eficiência dos serviços públicos. “Temos o desafio de acolher e atender às reivindicações que surgiram na população. Criamos um imenso contingente de cidadãos com melhores condições de vida e mais conscientes dos direitos”, declarou.

A presidenta comentou os desafios da economia brasileira na cerimônia de abertura da 55ª Reunião da Assembleia dos Governadores do BID, na Costa do Sauípe, na Bahia. No encontro, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, assumiu a presidência da Assembleia de Governadores da instituição. Para Dilma, o apoio do banco de fomento é importante para financiar investimentos sociais, projetos de infraestrutura e de integração regional num momento de recuperação da economia internacional.

O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, disse que tanto o Brasil como a América Latina têm o desafio de conciliar crescimento com desenvolvimento social em meio a uma população cada vez mais exigente em relação aos serviços públicos e à educação. Segundo ele, com menos recursos fluindo das economias avançadas para os países em desenvolvimento, a América Latina e o Caribe podem crescer 3,5% ao ano, mas essa taxa, declarou, é insuficiente para que a região se beneficie das mudanças tecnológicas globais.

“A discussão hoje não é se chegaremos a esse destino [desenvolvimento social], mas como chegaremos num contexto global mais resistente. Os países desenvolvidos estão se recuperando, mas os ventos internacionais agora estão menos favoráveis”, disse ele. Para o presidente do BID, a América Latina precisa de uma agenda que ataque as deficiências tecnológicas, educacionais, financeiras e ambientais.

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