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A companhia aérea Air Algerie afirmou nesta quinta-feira que um avião da empresa com 116 pessoas a bordo, caiu no Mali quando ia de Burkina Faso para Argel, capital da Argélia.

A aeronave havia desaparecido do radar na madrugada desta quinta-feira quando sobrevoava o norte do Mali, após o relato de fortes chuvas na região, segundo a proprietária da aeronave e autoridades dos governos da França e de Burkina Faso. Segundo a Air Algerie, o avião caiu em Tilemsi, no Mali, a cerca de 110 quilômetros da cidade de Gao.

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Uma autoridade da aviação civil argelina disse, em entrevista a emissora de televisão Ennahar, que a aeronave passou pelo espaço aéreo do Níger antes de cair.

Os serviços de controle de voo perderam contato com o Boeing MD-83 cerca de 50 minutos depois da decolagem em Ouagadougou, capital de Burkina Faso, a 1h55 GMT (22h55 de quarta-feira, em Brasília), informou a agência oficial de notícias argelina, a APS.

A lista de passageiros inclui 51 franceses, 27 cidadãos de Burkina Faso, oito libaneses, seis argelinos, cinco canadenses, quatro alemães, dois luxemburguenses, um suíço, um belga, um egípcio, um ucraniano, um nigeriano, um camaronês e um malaio, informou o ministro dos Transportes de Burkina Faso, Jean Bertin Ouedraogo. Os seis tripulantes eram espanhóis, segundo o sindicato de pilotos da Espanha.

O avião enviou sua última mensagem por volta da 1h30 GMT (22h30 de quarta-feira, em Brasília), pedindo aos controladores de tráfego no Níger para mudar a rota, por causa de fortes chuvas na região, disse Ouedraogo.

O ministro dos Transportes francês, Frederic Cuvillier, afirmou que o avião desapareceu sobre o norte do Mali. Ele falou do centro de gerenciamento de crises estabelecido pelo Ministério de Relações Exteriores da França.

Mas o primeiro-ministro da Argélia, Abdelmalek Sellal, disse na televisão argelina que 10 minutos antes do desaparecimento a aeronave perdeu contato com os controladores aéreos de Gao, cidade essencialmente sob o controle do governo do Mali, embora tenha havido persistente violência separatista no local.

O voo 5017 da Air Algerie era operado pela empresa aérea espanhola Swiftair, disse a companhia em comunicado.

A rota do avião entre Ouagadougou para Argel não estava clara. Ouagadougou fica praticamente numa Lina reta ao sul de Argel, passando pelo Mali, onde há confrontos com rebeldes no norte.

A Swiftair, uma empresa privada espanhola, disse que o avião levava 110 passageiros e seis tripulantes e saiu de Burkina Faso com destino a Argélia a 1h17 GMT (220h17 de quarta-feira em Brasília), mas não chegou ao destino, o que deveria ter acontecido às 5h10 GMT (2h10, de Brasília). Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Rebeldes separatistas atacaram a cidade de Kidal, no Mali, durante o fim de semana, em uma operação que o governo avaliou como uma declaração de guerra. O ataque incluiu a invasão de prédios do governo e resultou em oito mortes e 30 reféns. Aparentemente, a ação liderada pelo grupo rebelde Tuareg foi motivada pela visita do novo primeiro-ministro do Mali, Moussa Mara.

Em comunicado, a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) para o país informou que seis funcionários do governo e dois civis também foram mortos, apesar de as circunstâncias ainda não serem claras. "Esse crime bárbaro é totalmente inaceitável e os responsáveis devem responder por suas ações", disse o chefe da missão, Albert Koenders, que pediu por uma rápida investigação para verificar os fatos.

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Segundo comunicado oficial, a violência teve início na manhã de sábado, quando rebeldes lançaram um ataque ao escritório do governo, onde haveria uma reunião com a presença de Mara. O primeiro-ministro foi conduzido a barracas do exército e deixou a cidade no domingo.

O Ministério da Defesa afirmou que os conflitos continuaram no domingo e resultaram na morte de oito soldados e 25 feridos. O informe disse que 28 rebeldes morreram e outros 62 ficaram feridos.

"O governo considera esse ataque covarde e indescritível como uma declaração de guerra, que não nos deixa escolha a não ser responder", disse o governo, em comunicado. Os soldados retomaram o controle de todos os prédios administrativos de Kidal, exceto o escritório do governo, segundo comunicado oficial. Ainda não está claro onde estão os reféns. Fonte: Associated Press.

O surto de Ebola na África Ocidental provocou a morte de mais de 120 pessoas, de acordo com o mais recente levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Não há vacina ou cura contra o vírus, e sua disseminação na África Ocidental, longe dos locais onde anteriormente haviam sido detectados casos, África Oriental e Central, causou pânico. Profissionais de saúde estão tentando conter a propagação da doença, rastreando todas as pessoas com quem o doente tenha tido contato.

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O Mali anunciou hoje que as amostras de todos os testes em casos suspeitos no país tiveram resultado negativo. O ministro de Saúde do Mali, Ousmane Kone, disse que o país havia enviado 10 amostras para teste em laboratórios dos Estados Unidos e do Senegal, mas todas deram negativo para Ebola. Com isso, não há mais suspeitas da doença no Mali.

Até a segunda-feira, a OMS havia contabilizado um total de 200 casos suspeitos ou confirmados de Ebola, a maioria na Guiné. Esse número inclui alguns casos no Mali, que agora devem sair do levantamento. A organização destacou que as 121 mortes causadas pela doença ocorreram na Guiné e na Libéria. Fonte: Associated Press.

O grupo extremista Al-Qaeda no Magreb Islâmico, braço da rede no norte da África, reivindicou nesta quarta-feira a responsabilidade pela morte de dois radiojornalistas franceses no fim de semana.

A autoria dos assassinatos foi publicada em um site na internet usado com frequência por grupos extremistas islâmicos para reivindicar ataques. "A organização considera este o menor dos preços a ser pago pelo presidente François Hollande e por seu povo por causa de sua nova cruzada", diz o comunicado.

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Os radialistas foram sequestrados e mortos no sábado perto de Kidal, no norte do Mali. Fonte: Associated Press.

Dois jornalistas franceses da Rádio France Internationale (RFI), que tinham sido sequestrados neste sábado em Kidal, no norte do Mali, foram mortos, informou o jornal francês Le Monde, citando um prefeito da região, forças de segurança do país e fontes tuaregues do Movimento Nacional de Libertação do Azauade (MNLA). A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores da França.

"Claude Verlon e Ghislaine Dupont, jornalistas da RFI foram encontrados mortos no Mali", afirmou o ministério em um comunicado. "Eles foram sequestrados em Kidal por um grupo armado" e "os serviços do governo francês, em conjunto com as autoridades do Mali, estão fazendo todos os esforços para que sejam esclarecidas as circunstâncias das suas mortes o mais breve possível" acrescentou o comunicado, segundo o jornal.

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Homens-bomba explodiram seu carro perto de um acampamento militar em Timbuktu, cidade ao norte de Mali, matando dois civis e ferindo sete pessoas neste sábado, de acordo com o comandante do acampamento.

O ataque foi o segundo a atingir as forças de segurança no norte do país desde quinta-feira (26), quando houve o anúncio de que os rebeldes separatistas tuaregues estavam suspendendo sua participação em um acordo de paz alcançado no início deste ano com o governo.

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O chefe da missão de paz da ONU no Mali, que está trabalhando para ajudar a garantir a segurança no norte do país, condenou fortemente o ataque. Fonte: Associated Press.

O governo de Mali assinou nesta terça-feira um acordo com separatistas tuaregues que controlam uma província no extremo norte do país, abrindo caminho para que o exército malinês possa retornar a áreas ainda sob controle rebelde. O documento prevê a imediata entrada em vigor de um cessar-fogo entre forças regulares e rebeldes.

O acordo foi assinado na frente dos jornalistas por dois representantes rebeldes e por um emissário do governo malinês em Uagadugu, capital de Burkina Faso, onde as partes vinham negociando. No ano passado, o Mali chegou a perder o controle de quase metade de seu território em meio a uma ofensiva tuaregue. Fonte: Associated Press.

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País-sede da última Copa do Mundo, a África do Sul está fora da Copa de 2014 no Brasil. Neste domingo, a equipe perdeu o confronto direto contra a Etiópia, fora de casa, em Adis-Abeba, por 2 a 1, e já não tem mais chances de avançar no Grupo A das Eliminatórias Africanas para a Copa.

O sul-africanos começaram mal as Eliminatórias, com dois empates, mas se recuperaram depois de vencer a República Centro-Africana duas vezes (em março e na semana passada). Em seguida precisavam bater a Etiópia, líder do grupo, para continuar sonhando com a Copa, mas não resistiram ao futebol da equipe que busca seu primeiro Mundial.

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Neste domingo, Bernard Parker, atacante do Kaizer Chiefs (África do Sul), foi do céu ao inferno. Foi ele quem abriu o placar do jogo, aos 33 minutos. Kebede deixou tudo igual e Parker voltou a marcar aos 25 do segundo tempo, mas contra, decretando a derrota da sua seleção.

O resultado classificou a Etiópia para a última fase das Eliminatórias. A equipe etíope chegou aos 13 pontos no Grupo A e não vai perder a liderança na última rodada, em setembro, porque a África do Sul tem oito, Botsuana quatro e a República Centro-Africana três pontos. Só o primeiro colocado de cada um dos 10 grupos avança aos mata-matas decisivos pelas cinco vagas da África na Copa do Mundo.

MAIS CLASSIFICADOS - Outros favoritos, porém, confirmaram a classificação para a fase decisiva das Eliminatórias Africanas. É o caso da Costa do Marfim, que fez 4 a 2 sobre a Tanzânia, fora de casa, neste domingo, com dois gols de Yaya Touré e um de Traoré. Com o resultado, foi a 13 pontos no Grupo C, eliminando Marrocos, que ficou com oito. Tanzânia (seis) e Gâmbia (um) também estão fora.

Pelo Grupo G, o Egito se garantiu no mata-mata ao vencer seu quinto jogo seguido, fazendo 1 a 0 em Moçambique. Único time que tem 100% de aproveitamento, os egípcios chegaram a 15 pontos. Guiné, que joga logo mais contra o Zimbábue, tem sete e está entre os eliminados.

Gana vai chegar à última rodada, em setembro, dependendo de um empate em casa contra a Zâmbia para se classificar. O time ganês venceu Lesoto por 2 a 0 neste domingo, fora de casa, e chegou a 12 pontos, contra 11 da Zâmbia, que tropeçou em casa ao empatar em 1 a 1 com o Sudão, no sábado. Sudão e Lesoto já deixaram a briga pela classificação.

Já pelo Grupo H a Argélia deu um grande passo para chegar aos mata-matas ao vencer Ruanda, fora de casa, por 1 a 0, neste domingo. A equipe argeliana chegou a 12 pontos e pode conseguir a classificação ainda neste domingo. Mali, que tem sete, precisa vencer Benin logo mais para seguir sonhando. Se fizer isso, chega com chances ao confronto direto contra a Argélia, fora de casa, em setembro. Os demais estão eliminados.

Um camelo que havia sido dado de presente ao presidente da França, François Hollande, como forma de agradecimento por ter expulsado do Mali os extremistas islamitas pode ter sido ingerido pela família malinesa responsável por cuidar do animal, em Timcubtu, norte daquele país.

Autoridades do ministério da Defesa francês disseram ter sido informadas sobre o triste destino do camelo durante uma visita ao Mali no mês passado.

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A revista Valeurs Actuelles reportou nesta semana que o ministro da Defesa informou ao presidente francês sobre o destino do animal, durante uma recente reunião ministerial.

O camelo havia sido oferecido a Hollande no dia 3 de fevereiro, quando visitou Timbuctu, depois que as forças francesas expulsaram os radicais islamitas.

Três funcionários do governo francês, que pediram para não serem identificados, disseram hoje que as forças do país europeu permanecerão no Mali pelo menos até julho, em meio à resistência dos extremistas islâmicos mais forte do que o esperado, apesar das promessas oficiais de começar uma rápida retirada do país africano dentro de algumas semanas.

O governo francês disse que poderia começar a retirar sua tropa de 4 mil pessoas no próximo mês. Mas a luta no terreno acidentado está crescendo, assim como pioram as ameaças de atentados suicidas e as tomadas de reféns.

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Um diplomata francês reconheceu nesta semana que a presença militar deverá manter-se durante pelo menos seis meses. Dois outros funcionários disseram que as tropas devem ficar até julho, quando a França espera que o Mali possa realizar eleições. As informações da Associated Press.

Um suicida detonou os explosivos que levava junto ao corpo em Gao, norte do Mali, sem provocar mais mortes além da sua própria. Trata-se da primeira ação deste tipo registrada no país deste que o Exército francês interveio no país africano, cuja região norte era governada por extremistas islâmicos armados.

Já na capital, Bamako, mais ao sul, soldados de uma unidade aliada ao líder do golpe militar, realizado no ano passado, invadiu um campo dos Boinas Vermelhas, a guarda presidencial, na manhã desta sexta-feira. Pelo menos uma pessoa foi morta e cinco ficaram feridas, disseram testemunhas.

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O ataque suicida em Gao, que ficou sob o domínio de extremistas islâmicos até que as forças militares francesas expulsaram o grupo do local, foi o primeiro atentado deste tipo no Mali desde a intervenção francesa, iniciada em 11 de janeiro.

O porta-voz militar Modibo Traore confirmou que um suicida atacou um posto de verificação na entrada de Gao por volta de 6h desta sexta-feira. O homem, que usava um cinturão explosivo, foi a única vítima. Ele estava numa motocicleta e acionou os explosivos pouco antes de chegar ao posto de verificação.

Na tarde desta sexta-feira, soldados maleses faziam a guarda do prédio que fica perto do local do ataque, que estava sujo de sangue. A outra evidência do ataque eram os destroços queimados da motocicleta. Soldados maleses disseram que moradores locais levavam o corpo do homem e o enterraram antes do pôr-do-sol, como é costume dos muçulmanos. As informações são da Associated Press.

A seleção da Nigéria é a primeira classificada para a final da Copa Africana de Nações, que está sendo realizada na África do Sul. Nesta quarta-feira, a equipe se garantiu na decisão do torneio continental ao golear o Mali por 4 a 1, em partida realizada no Estádio Moses Mabhida, em Durban.

Na final, marcada para o próximo domingo, a Nigéria vai enfrentar o vencedor do duelo entre Burkina Fasso e Gana, que também será disputado nesta quarta. A equipe que for campeã assegura participação na Copa das Confederações deste ano, que será disputada no Brasil em junho.

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Nesta quarta, a Nigéria definiu com a facilidade sua classificação para a final da Copa Africana de Nações ao abrir 3 a 0 logo no primeiro tempo. O primeiro gol da partida saiu aos 25 minutos. Moses cruzou para Echiejiile, que, na pequena área, cabeceou para as redes. O segundo gol da partida foi marcado aos 30 minutos, com nova participação de Moses. O jogador do Chelsea passou para Emenike, que cruzou para Ideye, de carrinho, marcar.

O terceiro gol nigeriano foi feito aos 43 minutos. Em cobrança de falta de Emenike, a bola desviou na barreira em um jogador de Mali e impediu a defesa do goleiro Samassa. O triunfo da Nigéria se tornou goleada aos 15 minutos do segundo tempo, com Musa, que avançou pela direita, invadiu a área e chutou rasteiro, com a bola passando por baixo das pernas de Samassa.

O Mali ainda diminuiu aos 25 minutos, com Diarra, que completou de primeira um passe de Diabaté após bela jogada individual na grande área. O gol, porém, não impediu a classificação da seleção nigeriana para a decisão de domingo. Assim, a Nigéria vai buscar o seu terceiro título continental - os outros foram conquistados em 1980 e 1994.

As tropas francesas entraram em confronto com extremistas islamitas que estava acionando lançadores de foguetes fora da cidade de Gao, no norte do Mali, afirmou o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, nesta quarta-feira.

O ministro afirmou que "várias centenas" de combatentes jihadistas morreram e houve "grande destruição" de armas, fornecendo a primeira indicação do tamanho do combate em uma entrevista à TV BFM. "É uma guerra real...quando nós nos dirigimos para fora do centro das cidades que foram tomadas, nós encontramos jihadistas remanescentes", disse Le Drian em outra entrevista à rádio Europa-1.

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Gao está sendo controlada por forças comandadas pela França desde o fim de janeiro, e os confrontos da terça-feira destacam as complicações para a intervenção.

O ministro disse que aviões franceses continuam a realizar ataques aéreos toda noite contra supostos depósitos de armas e locais de fabricação de minas dos militantes. No terreno, as tropas encontraram material de guerra, armas manuais e laboratórios improvisados para fazer dispositivos explosivos improvisados, como bombas de beira de estrada. "Nós descobrimos preparações para um verdadeiro santuário terrorista", destacou.

Com 4 mil soldados no Mali, a França atingiu atualmente o tamanho máximo de sua presença militar no país do Oeste da África e poderá começar a reduzir os números nas próximas semanas, disse Le Drian à rádio Europa-1.

"A transferência progressiva da presença militar francesa para uma presença militar africana poderá ocorrer relativamente rápido e dentro de algumas semanas nós poderemos começar a diminuir nossa presença", ressaltou. Ele acrescentou que há também 4 mil soldados africanos no país.

As perdas entre os militantes que a França está combatendo foram "significantes", disse o ministro.

Perguntado se grupos étnicos Tuareg no norte do Mali estão cooperando com as forças francesas, Le Drian respondeu que eles estavam "se comportando de uma maneira inteligente". As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Tropas da França e do Chade se transferiram para a cidade de Kidal, numa tentativa de assegurar a tomada estratégica cidade do norte do Mali, informaram autoridades francesas nesta terça-feira. Ao mesmo tempo, forças internacionais aumentam a pressão a extremistas islâmicos para expulsá-los do principal reduto controlado por eles no norte do país.

Cerca de 1.800 soldados do Chade tomaram a cidade de Kidal e um número não específico de tropas francesas fazem a segurança do aeroporto da cidade, para que mais militares possam chegar ao local, informou um oficial do Exército francês nesta terça-feira, em condição de anonimato.

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A intervenção militar, liderada pela França para impedir o avanço de combatentes islâmicos, teve início mais de três semanas atrás e avançou rapidamente para o norte do Mali. O governo francês teme que a região possa se tornar um refúgio para terroristas internacionais.

Na semana passada, a França iniciou uma campanha de ataques aéreos a postos avançados dos rebeldes nas proximidades de Kidal e Tessalit. Aviões Mirage e Rafale realizaram 135 missões desde quinta-feira contra 25 localidades, principalmente depósitos, informou o Ministério da Defesa da França. Na terça-feira, o governo francês elevou sua presença no país africano para 4 mil homens, disse a fonte, praticamente o mesmo número que a França manteve no auge de sua presença no Afeganistão, que durou 11 anos.

Embora os militares franceses já tenham tomado o aeroporto de Kidal, não está claro por que não conquistaram a cidade com a mesma rapidez como tomaram Gao e Timbuktu.

Há rumores de que o ritmo do avanço é contido pelo fato de que os rebeldes em retirada tenham feito reféns ocidentais, dentre eles oito franceses, e há temores sobre a segurança desses cidadãos, na medida em que os militares se aproximam de onde, acredita-se, eles sejam mantidos.

Na medida em que as forças francesas se concentram mais ao norte, preparam-se para passar o controle de

Timbuktu para militares africanos, ainda nesta semana.

Rebeldes de um grupo tuaregue secular informaram que detiveram dois extremistas islâmicos, dentre eles um homem que teria sido responsável por promover mortes por apedrejamento e amputações em Timbuktu.

Comunicado do Movimento Nacional para a Libertação do Azawad (NMLA), divulgado na segunda-feira, diz que Mohamed Moussa Ag Mohamed, do Ansar Dine, e Oumeini Ould Baba Akhmed, do Movimento pela Unidade e Jihad na África Ocidental, ou MUJAO, foram detidos no sábado perto da fronteira do Mali com a Argélia. As informações são da Associated Press.

Cerca de 1.800 soldados do Chade entraram na cidade de Kidal, no norte do Mali, para "garantir" o que era o último reduto de rebeldes islamitas, afirmou o Ministério de Defesa da França.

Uma fonte do ministério disse que as forças francesas, que agora somam 4 mil soldados no Mali, também tomaram o controle e assumiram a segurança do aeroporto da cidade após reforços de soldados paraquedistas. As informações são da Dow Jones.

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A França e os EUA concordaram que a Organização das Nações Unidas (ONU) assuma a autoridade da força multilateral africana que será estabelecida no Mali, afirmou o vice-presidente norte-americano, Joe Biden.

"Nós concordamos sobre a necessidade de estabelecer, tão rapidamente quanto possível, a missão internacional liderada pela África no Mali e transferir...essa missão para as Nações Unidas", disse Biden em Paris depois de uma reunião com o presidente francês François Hollande.

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Hollande disse repetidamente que o Exército francês só ficará no Mali até que a força multilateral da África tenha pleno direito e esteja pronta para operar no país. As autoridades francesas sugeriram que a força multilateral seja transformada em uma missão de paz sob a autoridade da ONU, assim que a situação estiver "estabilizada e segura" no Mali.

Mais de 3 mil soldados dos países da África Ocidental já estão no Mali.

Biden elogiou a intervenção militar da França no Mali para combater extremistas islâmicos que haviam tomado o controle de grande parte do país africano. Ele afirmou que a "ação decisiva" para enviar tropas e aviões ao Mali "não foi só no interesse da França, mas dos Estados Unidos e de todos."

A França e os EUA temem que a norte do Mali, sob controle de radicais islâmicos e traficantes de drogas, possa se tornar um refúgio para terroristas.

Jatos de combate da França bombardearam bases de abastecimento islamitas no norte do Mali para conter o avanço dos insurgentes. O governo francês está pressionando para que as tropas africanas tomem rapidamente o controle da ofensiva.

Dezenas de aviões de guerra franceses realizaram no fim de semana ataques aéreos maciços em centros de logística e treinamento rebelde na área em torno de seu último reduto de Kidal.

Os combatentes extremistas, que controlaram o norte do Mali por 10 meses, fugiram para o maciço montanhoso Adrar des Ifoghas, na região de Kidal, perto da fronteira com a Argélia, depois de serem expulsos da maioria de suas fortalezas por um ataque liderado pela França ao longo de três semanas.

A Argélia reforçou suas posições na fronteira para impedir "a infiltração de grupos terroristas", disse Mohamed Ali Baba, um membro do parlamento da cidade de Tamanrasset, à France Presse.

Delegações do União Africana, Nações Unidas, União Europeia, e do ECOWAS, órgão regional da África Ocidental, bancos e grupos de assistência se preparam para uma reunião, em Bruxelas, amanhã, para estudar um caminho para a estabilidade assim que a ofensiva militar acabar.

O ministro das Relações Exteriores do Mali, Tieman Hubert Coulibaly, pediu nesta segunda-feira cooperação para acabar com os extremistas que se espalharam pelo norte do seu país com minas terrestres e representam uma ameaça terrorista para a região e para a Europa.

As declarações foram feitas em uma entrevista em Paris, onde ele está discutindo a intervenção militar da França contra os combatentes ligados a Al-Qaeda no Mali.

A explosão de minas terrestres matou quatro soldados do Mali e dois civis no norte do país nos últimos dias, e Coulibaly afirmou que "aqueles instalaram essas minas são bárbaros". Segundo ele, o problema das minas mostra "o alto grau de ajuda que nós precisamos". Ele disse que o país africano precisa de uma força militar para expulsar os extremistas.

A Cruz Vermelha Internacional disse que, apesar da retirada dos islamitas, os mais de 350 mil moradores que fugiram dos combates, segundo estimativas da ONU, estavam hesitantes em voltar para casa, e apenas 7 pessoas no centro do Mali retornaram até agora. As informações são da Associated Press.

Novos ataques aéreos franceses bombardearam depósitos de combustível e bases de extremistas islâmicos no norte do Mali durante a noite, à medida que a intervenção militar francesa se afasta de cidades e se dirige para postos avançados dos radicais no deserto, que elevaram os temores sobre uma plataforma de lançamento subsaariana para o terrorismo internacional.

O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, disse à rádio France-Inter que os ataques atingiram a região de Kidal, perto da fronteira com a Argélia, pela segunda noite consecutiva. Os extremistas "não podem ficar lá por muito tempo a menos que eles tenham maneiras de obter novos suprimentos", afirmou.

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Os aviões Mirage e Rafale franceses também atacaram campos de treinamento de extremistas, bem como

depósitos de armas e combustíveis a partir do sábado à noite até as primeiras horas de domingo,

no norte da cidade de Kidal e na região de Tessalit.

A França interveio no Mali em 11 de janeiro para conter o avanço de combatentes ligados à Al-Qaeda, que passaram a dominar grande parte do país africano e aplicar regras duras sobre a população.

Após expulsar os extremistas de cidades importantes, a França está agora tentando entregar o controle dessas cidades para as forças africanas de uma missão autorizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), composta por milhares de tropas de países vizinhos.

"Nós queremos ser rapidamente substituídos pelas forças africanas nas cidades que estamos controlando", disse Fabius. Perguntado se a França poderia sair da lendária cidade de Timbuktu e entregá-la às forças africanas até terça-feira, o ministro respondeu: "Sim, isso pode acontecer muito rápido. Estamos trabalhando nisso, porque a nossa intenção não é ficar por muito tempo."

Mas ainda é muito incerto se as forças africanas e o fraco exército malês estão prontos para ver a saída dos milhares de soldados franceses, aviões de combate e helicópteros e assumir a total responsabilidade, caso os extremistas islâmicos tentem retornar de seus esconderijos no deserto.

O Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU disse nesta segunda-feira em um comunicado que dois civis morreram em explosões de uma mina terrestre, ou por dispositivos explosivos improvisados, na rodovia no nordeste do Mali que liga às cidades de Kidal, Anefis e North Darane.

O comunicado foi o segundo sobre mortes provocadas por minas terrestres no nordeste do Mali na semana passada. O Exército malês afirmou que quatro soldados morreram na semana passada em uma explosão de uma mina no nordeste do país perto de Gossi. A França disse que duas outras minas terrestres foram encontradas nas proximidades, e que detonou uma delas hoje. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O capitão Seydou Keita afirmou que não vai deixar que um possível desacordo sobre a premiação dos jogadores estrague o que ele chamou de "inestimável" campanha do Mali na Copa Africana das Nações, mesmo que isso signifique que ele precise dar um pouco do seu dinheiro.

Após o Mali avançar para as quartas de final, o capitão reconheceu que a definição da premiação aos jogadores se eles eliminarem a anfitriã África do Sul no sábado e chegarem às semifinais pode ser um problema.

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Assim, o ex-jogador do Barcelona disse que vai ajudar financeiramente se for necessário, e salientou que a tentativa do Mali de conquistar pela primeira vez o título da Copa Africana de Nações deixa o dinheiro em segundo plano porque o mais importante é trazer alegria à sua pátria.

"Você não pode imaginar a emoção e estou feliz de estar aqui hoje e ter condições de jogar uma partida que vai trazer alegria para o meu país", disse Keita. "Isso não tem preço. Dinheiro não importa nesses momentos".

O Mali passa por uma momento de turbulência, com uma intervenção militar liderada pelos franceses contra os extremistas islâmicos no país. "Ainda pode haver algum desacordo sobre as premiações para as semifinais, mas nós vamos lidar com isso", disse Keita. "Na verdade, eu disse ao ministro (dos Esportes) que se formos para as semifinais e ainda existir um desacordo sobre a premiação, eu poderia contribuir".

Tropas francesas cercaram a cidade de Timbuktu, no norte de Mali, nesta segunda-feira, segundo autoridades. O avanço marcou o fim do controle de 10 meses da cidade por extremistas ligados à Al Qaeda.

Nas primeiras horas de segunda-feira, aviões franceses soltaram paraquedistas nos arredores da cidade na tentativa de capturar os islamitas que fugiam para o norte, disse o coronel Thierry Burkhard, porta-voz do Exército francês. A manobra foi apoiada por ataques aéreos. No domingo, uma unidade tática francesa de cerca de 700 soldados já havia assumido o controle de um aeroporto no sul do país.

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"Nós estamos controlando o acesso a Timbuktu", disse o coronel. "O próximo passo é que as autoridades de Mali assumam o controle da cidade."

Timbuktu, grande centro de comércio na Idade Média e que atrai muitos visitantes, ficou sob controle por 10 meses de uma milícia apoiada pela Al Qaeda. A maioria dos 50 mil habitantes da cidade fugiu, segundo o porta-voz do Ministério de Defesa de Mali, Diarran Kone.

Os soldados de Mali tentam retomar o norte do país com a ajuda dos franceses e de tropas de outros países africanos. Até agora, as tropas têm encontrado pouca resistência e já assumiram o controle de Gao, outra cidade que estava sob controle dos islamitas. Mas as tropas ainda podem enfrentar batalhas mais ao norte. As informações são da Dow Jones.

Tropas francesas entraram neste sábado em Gao, no leste do Mali, um dos últimos bastiões dos grupos islâmicos que chegaram a dominar metade do país. A liberação da cidade é um alívio para o comerciante Boubaka, de 47 anos, que chegou à capital, Bamako, há uma semana. Ele fugiu de Gao levando cerca de 50 pessoas, entre eles 7 irmãos, seus filhos e mulheres, em um caminhão convertido em ônibus, com 100 pessoas apinhadas em bancos de madeira com 6 passageiros cada.

Com o conflito, a passagem subiu de 8 mil para 10 mil francos (de R$ 13,50 para R$ 17). A travessia durou quatro dias, numa rota tortuosa que incluiu duas noites no vizinho Níger. No caminho, ele diz que viu meninos de 10, 12 anos, recrutados como soldados dos insurgentes.

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"Sempre convivi com os tuaregues, mas até agora não entendi o que eles querem", diz Boubaka, da etnia peul, que representa 17% da população do Mali, enquanto os tuaregues, somados aos mouros, de origem berbere, são outros 10%. "Os tuaregues são privilegiados. Têm empregos públicos sem terem diploma. São oficiais superiores no Exército." Como parte de acordos entre o governo do Mali e representantes dos tuaregues, eles têm reservada uma fatia no serviço público, nas Forças Armadas e no gabinete de ministros.

"A verdadeira minoria do Mali são os bobous, que representam entre 2% e 3% da população e trabalham como empregados domésticos", diz o comerciante. "Se alguém tivesse de fazer rebelião, seriam eles." Embora isso seja proibido, no Mali ainda existem escravos-famílias que nascem para servir a outras famílias, e fazem trabalhos domésticos em troca de comida e assistência.

Boubaka, que não quis dar o sobrenome nem ser fotografado, por medo de represálias contra seus parentes que continuam em Gao, conta que sua casa e sua loja foram saqueadas. Ele lembra que os separatistas tuaregues do Movimento Nacional de Libertação do Azawad (MNLA) chegaram à cidade com os militantes do Movimento pela Unidade e Jihad na África Ocidental (Mujao), em 29 de março. "Eles ficaram juntos até maio. Em junho, o MNLA partiu." Os dois grupos entraram em confronto porque o MNLA tem uma agenda secular, de independência do território do norte, enquanto o Mujao e o Ansar Dine querem a conversão de todo o Mali em uma república islâmica.

O Mujao pôs esse projeto em prática em Gao. "Mulheres que saiam sem véu são chicoteadas em praça pública", testemunha Boubaka. "Os homens pegos fumando também apanham."

Música e festa foram proibidas na cidade. "Os tuaregues não gostaram disso. Eles são festeiros", diverte-se Boubaka. Os militantes também obrigaram os moradores a arrancar antenas de TV dos telhados das casas, conta ele.

Boubaka observou que entre os militantes havia malineses de várias etnias, árabes de Gao e de Timbuctu (outra cidade ocupada no norte), tunisianos, marroquinos, egípcios, saarauis (etnia do deserto) e até três franceses convertidos ao Islã. "Se os islâmicos forem embora de Gao, voltaremos imediatamente para lá", garante Boubaka. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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