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Uma jovem que dançava funk em frente a uma viatura foi agredida um policial militar de São Paulo. A guarnição havia sido acionada para atender uma ocorrência de perturbação do sossego público na área Central da capital paulista no último fim de semana, apontou o comando. As imagens serão analisadas e o caso investigado.

Mesmo sem música, a mulher aparece dançando em frente à viatura e impede o deslocamento dos policiais no veículo. Um dos militares dá um chute, grita e depois cabeceia a jovem.

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 Ele aparece segurando uma caixa de som, o que levanta a hipótese de que uma festa na rua Peixoto Gomide foi encerrada e trouxe insatisfação aos participantes. Populares chegam a jogar um copo plástico com líquido próximo ao efetivo.

Em nota enviada ao BHAZ, a Polícia Militar afirmou que órgão tem a intenção de “minimizar os transtornos que implicam no interesse comum das pessoas que transitam, trabalham, residem ou estudam em sua área circunscrita”, e completou ao declarar que as ações são realizadas “de acordo com as necessidades que despontam naturalmente da sociedade na qual estamos inseridos”.

Confira

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A modelo brasileira Jessica Barros vai lançar uma biografia para usar sua história como forma de derrubar preconceitos. Tendo servido à Marinha brasileira, a ex-militar passou pela transição de gênero, ganhou o título de Miss Transexual e, hoje, decidiu compartilhar sua história para motivar outras vidas. 

Nascida em uma família humilde no interior do Ceará, Jessica enfrentou a pobreza e tornou-se militar na juventude, servindo à Marinha do Brasil - Capitania dos Portos. Após passar pela transição de gênero, ela venceu o concurso Miss Transexual, em 2006, e mudou-se para Londres, na Inglaterra. 

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Na biografia, ela promete contar os detalhes de sua trajetória, desde sua infância pobre, até a vida como militar, e suas experiências em viagens pelo mundo, além dos preconceitos já enfrentados. "Servi ao meu país como homem e hoje conto minha história como mulher. Sempre acreditei que minha história seria um livro, estou prestes a dividir essa história de luta com muitos que são iguais a mim".

*Com informações da assessoria

Pernambuco ficou de fora do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. O balanço da adesão nacional foi divulgado nesta terça-feira (01). No Nordeste, somente o Ceará foi favorável ao modelo. O objetivo do Ministério da Educação (MEC) é selecionar 54 escolas, duas instituições de ensino de cada Estado, para 2020. Prefeituras interessadas podem solicitar a adesão de 4 a 11 de outubro, até mesmo nos locais onde a proposta foi rejeitada.

Ao todo, 15 estados e o Distrito Federal resolveram entrar no programa que vai transformar escolas públicas em cívico-militares. Nas regiões Norte, Centro Oeste e Sul, todos os Estados foram favoráveis. No Sudeste, somente Minas Gerais.

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O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, mostrou-se animado com o resultado desta primeira etapa. “A gente quer colocar as primeiras escolas onde todo mundo está de acordo. A gente quer que o caso seja um sucesso muito grande. Então, o ideal é começar pelos estados que querem e pelos municípios que os prefeitos também querem”, afirmou o líder da pasta.

Até 2023, O MEC tem o objetivo de instalar 216 escolas cívico-militares em todo o Brasil. O orçamento inicial para o programa é de R$ 54 milhões, sendo R$ 1 milhão por escola. De acordo com os dados divulgados, a verba será investida na melhoria de infraestrutura, compra de material escolar, reformas, entre outras pequenas intervenções e no pagamento de pessoal.

O MEC também vai fazer uma parceria com o Ministério da Defesa para contratar militares da reserva das Forças Armadas para atuação dentro das escolas. A duração mínima do serviço será de dois anos, prorrogável por até dez e podendo ser cancelado a qualquer momento. Os militares receberão 30% dos vencimentos que tinham antes da aposentadoria. Policiais e Bombeiros também podem ser direcionados pelos estados para apoiar na administração das instituições.

Entre os critérios para os municípios ingressarem no programa de escolas cívico militares estão ter entre 500 e 1000 alunos, ofertar os últimos anos do ensino fundamental, estudantes em situação de vulnerabilidade social e Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB) abaixo da média do estado.

Um tenente da polícia militar foi assassinado e dois PMs ficaram feridos após uma troca de tiros em Aparecida, distrito de São Manuel, localizado em São Paulo. A guarnição tentavam ajudar vítimas de um acidente, quando foi recebida por disparos, nessa quarta-feira (25).

Os militares seguiam pela Marechal Rondon, após realizarem um simpósio na capital paulista. Próximo a um posto de combustível, no quilômetro 272 da rodovia, presenciaram um acidente entre dois carros e desceram da viatura para socorrer as vítimas.

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Fora do veículo, foram recebidos a tiros. Entre o fogo cruzado, o tenente Felipe Atanazio e o condutor de um dos carros envolvidos no acidente foram mortos. De acordo com a Polícia Militar, mais dois PMs foram atingidos. Eles foram socorridos para o Hospital das Clínicas de Botucatu e apresentam um quadro estável.

Em nota, a Polícia Militar informou que a equipe pediu a documentação de um homem envolvido na colisão quando foi surpreendida. O tenente Atanázio morreu no local, enquanto os outros dois policiais revidaram e mataram o criminoso.

O sargento reformado do Exército Antônio Waneir Pinheiro de Lima, conhecido como "Camarão", se tornou réu por crimes cometidos durante a ditadura militar. Ele é acusado por sequestro qualificado e estupro (duas vezes) de Inês Etienne Romeu no imóvel conhecido como "Casa da Morte", em Petrópolis (RJ). Os crimes teriam ocorridos em 1971, segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF).

A denúncia foi aceita ontem pela Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) após recurso do Ministério Público Federal de Petrópolis e atuação do MPF na 2ª Região (RJ/ES).

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Em decisão por maioria (dois votos a um), a Primeira Turma aceitou recurso do MPF contra a decisão da 1ª Vara Federal Criminal de Petrópolis, que havia rejeitado a denúncia sob as alegações de que a conduta do militar foi alcançada pela Lei da Anistia (Lei 6.683/1979) e que teria sido extinta a possibilidade de puni-lo, pois os crimes estariam prescritos desde 1983.

Ontem, a desembargadora federal Simone Schreiber e o desembargador em exercício Gustavo Arruda Macedo divergiram do relator do processo, desembargador Paulo Espírito Santo, que tinha votado anteriormente contra o recurso do MPF.

De acordo com a Procuraodria, o "imóvel conhecido como Casa da Morte foi tombado pelo Município (Decreto Municipal 610/2018) e declarado de utilidade pública em 29 de janeiro de 2019, para fins de desapropriação (Decreto Municipal 649/2019)".

"O Centro de Informações do Exército (CIE) usou a casa na Rua Arthur Barbosa, nº 50 (antigo 668-A), Caxambu, como aparelho clandestino de tortura no período do regime militar e foi localizado por Inês Etienne Romeu, única prisioneira política a sair viva do aparelho, conforme declarações ao Conselho Federal da OAB", afirma a Procuradoria.

Comissão da Verdade

Segundo o MPF, "o imóvel foi emprestado ao Exército pelo então proprietário Mário Lodders e, segundo o tenente-coronel reformado Paulo Malhães, em depoimento prestado à Comissão da Verdade do Estado do Rio de Janeiro, o local foi criado para pressionar presos a mudarem de lado, tornando-se informantes infiltrados".

"Ao menos 18 pessoas foram assassinadas ali e seus corpos permanecem desaparecidos. Além do depoimento de Inês Etienne Romeu e outros envolvidos, os atos ilícitos de cárcere privado e tortura praticados contra Inês por servidores militares entre 5 de maio e 11 de agosto de 1971 na "Casa da Morte", foram reconhecidos por decisão da 17ª Vara Federal Cível de São Paulo (processo n.º 0027857-69.1999.4.03.6100)", afirma o MPF.

Mais de dois meses após o início das investigações, autoridades brasileiras ainda não conseguiram ouvir o sargento Manoel Silva Rodrigues, preso em maio com 39 kg de cocaína, ao desembarcar em Sevilla de um avião reserva que fazia parte de comitiva do presidente Jair Bolsonaro. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que Aeronáutica e Polícia Federal aguardam o aval da Justiça espanhola para ouvir o militar.

Rodrigues, que é comissário de bordo, fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio à comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na reunião do G-20, no Japão. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em que estava o militar parou na Espanha, onde haveria uma escala na viagem.

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A equipe não fazia parte do mesmo voo que transportou o presidente e a droga foi encontrada na bagagem pessoal do militar. Mesmo assim, o episódio envolvendo um voo oficial da Presidência causou desgaste internacional a Bolsonaro.

O pedido para que os oficiais que investigam o caso no Brasil possam interrogar o sargento foi enviado à Espanha pela FAB logo após a prisão, com a abertura de Inquérito Policial Militar (IPM).

Sem conseguir ouvir Rodrigues, porém, a conclusão do inquérito precisou ser adiada por mais 20 dias, no início do mês. A expectativa é de que um novo pedido de prorrogação seja feito no dia 23 de agosto, quando o prazo se esgota.

Enquanto isso, a equipe da FAB que apura o caso está ouvindo outras pessoas que já viajaram com o sargento. Está sendo avaliado até mesmo se ele transferiu patrimônio a parentes e amigos. Desde 2015, Rodrigues fez pelo menos 29 viagens oficiais, e em uma delas estava no grupo de militares que seguiram Bolsonaro de Brasília a São Paulo, em fevereiro deste ano.

Procurada, a PF também informou que aguarda sinalização das autoridades da Espanha para marcar o interrogatório. O objetivo da investigação da PF é apurar eventuais ligações do militar com narcotraficantes e as circunstâncias que propiciaram a obtenção da droga. Já a defesa afirma que existe uma "armação" contra Rodrigues.

Segurança

A prisão do sargento com droga na bagagem fez a Aeronáutica rever as normas de embarque de aviões militares nas bases aéreas mais estruturadas e da comitiva presidencial. Desde julho, estão em vigor os novos procedimentos, que preveem vistorias mais rigorosas.

Antes, as revistas das bagagens eram aleatórias, assim como a dos passageiros, que nem sempre eram submetidos aos pórticos de raio X. Agora, somente passageiros previamente identificados e tripulantes entram na área onde ficam os aviões que irão decolar. Essas medidas não foram adotadas no caso do avião que levou o sargento para a Espanha.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vídeo do primeiro voo do mais novo drone militar russo Okhotnik foi publicado pelo Ministério da Defesa da Rússia na quarta-feira (7). Os voos de teste estão sendo realizados em um aeródromo do Ministério.

O primeiro voo da aeronave não tripulada Okhotnik durou mais de 20 minutos. A aeronave sobrevoou o território do aeródromo a uma altitude de cerca de 600 metros e depois disso aterrissou com sucesso, informa o Ministério da Defesa da Rússia.

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O Okhotnik foi desenvolvido com uso de materiais e revestimentos que o tornam praticamente imperceptível à detecção por radar e tem a forma de "asa voadora". Além disso, ele está equipado com aparelhos para diferentes tipos de operações de inteligência.

Em entrevista à agência RT, Eduard Bagdasarian, membro da Associação de Operadores e Desenvolvedores de Sistemas Aéreos Não Tripulados, afirmou que ainda não existem análogos do Okhotnik no mundo. O especialista sublinhou que pelo peso de sua carga útil o aparelho só cede um pouco perante as aeronaves mais modernas da Força Aeroespacial da Rússia.

"O Okhotnik é semelhante ao RQ-4 Global Hawk norte-americano pelo tipo de missões realizadas, mas estruturalmente os aparelhos são completamente diferentes. O Okhotnik poderá levar até 7-8 toneladas de munições – quase tanto como um caça-bombardeiro. Nenhum drone militar no mundo tem essa capacidade", contou Eduard Bagdasarian.

Segundo a opinião dos especialistas, o drone será capaz de cumprir missões militares a centenas ou milhares de quilômetros do local do lançamento. A aeronave foi produzida pela Sukhoi, fabricante russa de aeronaves civis e militares. Depois de terminar os testes oficiais, o drone vai ser incorporado no equipamento da Força Aeroespacial da Rússia.

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Da Sputnik Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, pediu nesta quarta-feira, 17, que a Justiça Militar informe, "com urgência", se foi fornecido à defesa do segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues o número do inquérito aberto contra ele, que tramita sob sigilo. Rodrigues, preso na Espanha no último dia 25 portando 39 kg de cocaína, é comissário de bordo e fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio à comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na reunião do G-20, no Japão.

Ao STF, a defesa do segundo-sargento pediu que a Corte determine 'imediato acesso aos autos' de seu inquérito. Como está cuidando dos pedidos que chegam ao STF durante o recesso judiciário, Toffoli despachou nesta quarta pedindo informações sobre o caso. "Oficie-se ao Juízo da 2ª Auditoria Militar da 11ª Circunscrição da Justiça Militar para que informe ao Supremo Tribunal Federal, com urgência", decidiu.

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O advogado Carlos Alexandre Klomfahs relatou no STF que solicitou em 8 de julho, por e-mail enviado ao Comando da Aeronáutica em Brasília, o número do processo. "A resposta veio em 9 de julho de 2019 pelo encarregado do IPM, Cel Av Lincoln, limitando-se a informar a circunscrição e a auditoria, bem como o nome do juiz-auditor, mas não informou o número dos autos", narrou a defesa.

O advogado Carlos Alexandre Klomfahs, defensor do sargento Manoel Silva Rodrigues, preso com 39 kg de cocaína na Espanha, pediu auxílio à OAB para ter acesso ao inquérito policial militar. Klomfahs teve negado pedido de habeas para consultar os autos, segundo decisão do presidente em exercício do Superior Tribunal Militar, ministro José Barroso Filho.

"Acabei de requerer auxílio do Conselho Federal da OAB e da Comissão de Prerrogativas para nos ajudar a ter acesso ao processo, uma vez que esse direito também é do advogado", afirmou o advogado nesta segunda-feira, 15.

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Rodrigues foi preso no dia 25 de junho ao desembarcar em Sevilha com 39 kg de cocaína. O segundo-sargento é comissário de bordo e fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio à comitiva que acompanhou Bolsonaro na reunião do G-20, no Japão.

Em uma petição ao Superior Tribunal Militar, a defesa chegou a solicitar liminar que determine o acesso aos autos.

"Numa análise inicial do presente writ, verifica-se que inexiste o constrangimento ilegal ventilado pela Defesa, a saber", anotou o ministro.

Barroso argumentou que nos documentos anexados ao pedido de habeas não consta requerimento à 2.ª Auditoria de Brasília para acesso aos autos.

A defesa do 2.º sargento da FAB Manoel Silva Rodrigues, preso com 39 kg de cocaína na comitiva do presidente Jair Bolsonaro na Espanha, pediu ao Supremo Tribunal Federal que determine "imediato acesso aos autos" de seu inquérito. Com o recesso da Corte, o habeas corpus foi endereçado ao presidente, Dias Toffoli.

Rodrigues foi preso no dia 25 de junho ao desembarcar em Sevilha com 39 kg de cocaína. O segundo-sargento é comissário de bordo e fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio à comitiva que acompanhou Bolsonaro na reunião do G-20, no Japão.

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Na última sexta-feira, 12, o Superior Tribunal Militar negou habeas ao sargento. Na petição, o advogado solicitava também à Corte Militar a concessão de uma liminar que determinasse o acesso aos autos.

No habeas ao Supremo, o advogado Carlos Alexandre Klomfahs relatou que "solicitou, em 8 de julho de 2019, por e-mail enviado ao Comando da Aeronáutica em Brasília, o número do processo e ou do IPM para se habilitar nos autos".

"A resposta veio em 9 de julho de 2019 pelo encarregado do IPM, Cel Av Lincoln, limitando-se a informar a circunscrição e a auditoria, bem como o nome do juiz-auditor, mas não informou o número dos autos", narrou a defesa.

"Dessa omissão impetrou o HC no Superior Tribunal Militar, em 12 de julho de 2019, tendo a decisão monocrática em regime de plantão sido publicada na mesma data."

Klomfahs assinala que "uma vez existindo ação ou omissão proposital e não tendo outra forma de acesso ao magistrado, não podendo sacrificar a defesa a ida de São Paulo ao Distrito Federal tão somente para ter acesso aos autos, vez que sabe-se, os autos são eletrônicos".

A defesa pediu ao Supremo que suspenda a decisão do STM até que "tenha acesso ao número do processo judicial".

"É cabível o presente habeas corpus, por meio de uma interpretação que favoreça o direito material albergado, os princípios e valores da Constituição, a lógica jurídica e a razoabilidade dos pedidos, presente a teratologia da decisão vergastada o constrangimento ilegal de não ter a Defesa do paciente acesso aos autos, pois não há recurso cabível nesta fase processual, e configurada a omissão da autoridade coatora, vez que instada por meio de seu e-mail institucional, quedou-se inerte, nem ao menos por educação respondendo ao impetrante", argumenta o advogado.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou nesta quarta-feira, 10, que o vereador Carlos Bolsonaro é "extremamente traumatizado" pelo atentado que seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, sofreu no ano passado, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG).

O comentário foi feito em audiência na Câmara dos Deputados em resposta a uma pergunta sobre uma suposta desconfiança de Carlos Bolsonaro quanto à segurança presidencial por parte do GSI. Heleno salientou que não era o GSI, mas a PF, quem fazia a segurança de Bolsonaro naquela ocasião.

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"Eu conheço Carlos. Ele é extremamente traumatizado pelo atentado que buscou mudar a realidade política do Brasil, o atentado a faca que o presidente recebeu. Naquela situação Bolsonaro estava sob cuidado da PF", disse o ministro, em audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, marcada para tratar da prisão de um militar da Força Aérea Brasileira, Manoel Silva Rodrigues, transportando droga na Espanha em comitiva que acompanhava viagem do presidente Jair Bolsonaro.

Heleno emendou esclarecendo que não está "colocando responsabilidade" na PF. Disse que o órgão "melhorou mito nas últimas décadas e tem equipamentos de alta qualidade e é muito eficiente". "O que acontece é que candidatos como o presidente Bolsonaro desrespeitam regras traçadas e isso é normal e aqueles que fazem segurança não podem impedir. Hoje em dia, mesmo em viagens, ele acaba fazendo coisas que são delicadas", disse.

Em um dos temas debatidos na sessão, o avanço do narcotráfico e das organizações criminosas no país, Heleno afirmou que isso se deve a "leniência dos governos anteriores". "Estamos seriamente contaminados por organizações criminosas a ponto de transformar problema de segurança pública em problema de segurança nacional", disse.

A frase de Heleno fez referência à observação do tenente-brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, representante do Ministério da Defesa na sessão, que sugeriu atuação conjunta entre os poderes no país para combater as drogas.

Investigação

Na audiência, Heleno, Carlos de Almeida Baptista Junior e o representante da Aeronáutica, Carlos Augusto Amaral Oliveira, foram bastante questionados sobre o andamento das investigações em torno dos fatos e circunstâncias que levaram à prisão do segundo sargento Manoel Silva Rodrigues. Heleno comentou que "por enquanto não há indício de participação" de outros envolvidos.

Essa foi a única informação sobre o inquérito policial militar aberto. Diante de outros questionamentos, a resposta padrão é que não se podia trazer detalhes dado ao sigilo da investigação.

Um ex-presidiário tentou estuprar duas turistas de Brasília que faziam um passeio no Forte Orange, em Itamaracá, no Litoral Norte de Pernambuco. De acordo com a polícia, o fato só não foi consumado porque as vítimas reagiram. Diante disso, o suspeito começou a agredi-las com um pedaço de madeira.

Populares viram as agressões e partiram para cima do suspeito, que tentou fugir pelo mar, mas foi capturado pela Polícia Militar. De acordo com o órgão de segurança, às 16h desta segunda-feira (8), a ocorrência foi formalizada na delegacia de Polícia Civil da ilha.

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A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso na semana passada com 39 quilos de cocaína ao desembarcar em Sevilha, na Espanha. O objetivo da investigação é apurar eventuais ligações do militar com narcotraficantes e as circunstâncias que propiciaram a obtenção da droga.

Rodrigues, que é comissário de bordo, fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio à comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na reunião do G-20, no Japão. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial e, portanto, ele não fazia parte do mesmo voo que transportou o presidente durante a viagem.

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A investigação está sob responsabilidade da Superintendência Regional da Polícia Federal do Distrito Federal.

Um dos caminhos dos investigadores será a análise das movimentações financeiras de Rodrigues. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a PF ainda estuda medidas que podem vir a ser requisitadas à Justiça com esse objetivo, como a quebra do sigilo bancário do militar.

A primeira apuração aberta sobre o caso no Brasil foi a da própria Aeronáutica, que instaurou um inquérito policial militar na semana passada. A investigação corre sob sigilo.

Não há impedimento na legislação militar para apuração do crime, mesmo o sargento estando em território estrangeiro. A droga foi encontrada pela Guarda Civil da Espanha ao vistoriar a bagagem de Rodrigues no aeroporto de Sevilha na terça-feira da semana passada. Desde então, o sargento segue preso na cidade espanhola.

Uma equipe da Aeronáutica vai à Espanha para interrogar o sargento. Segundo afirmou o presidente Jair Bolsonaro após se reunir na terça-feira, 2, com os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, a suspeita é de que Rodrigues já tenha transportado entorpecentes em outras ocasiões. "Todos nós achamos que não é a primeira vez que esse militar mexeu com drogas", afirmou o presidente logo após o encontro.

Na semana passada, o vice-presidente, Hamilton Mourão, chegou a chamar Rodrigues como uma "mula qualificada" - termo usado para pessoas pagas por traficantes para transportar droga.

Imóvel

Além do tráfico de entorpecente, Rodrigues é alvo de um processo administrativo aberto pela Aeronáutica para apurar possíveis irregularidades na ocupação de um imóvel funcional por sua ex-mulher. O apartamento está localizado na Asa Sul, em Brasília.

A reportagem esteve no condomínio e, de acordo com vizinhos, o sargento sempre aparentou ser um homem simples, que nunca demonstrou ter uma vida de ostentação.

Conforme o jornal mostrou, o sargento devia até meados de junho o condomínio de um apartamento em Taguatinga, no entorno de Brasília, do qual é proprietário. Ele pagou o débito de R$ 1.381,25 - referentes a três mensalidades - após ter sido cobrado judicialmente.

Vídeo

A Força Aérea Brasileira instaurou procedimento para apurar vídeo de um ex-soldado que chama a instituição de "Força Aérea da Biqueira". As imagens mostram um jovem com uniforme fumando cigarro em um espaço militar. A FAB disse que as pessoas presentes no vídeo não fazem mais parte da instituição, mas não deu mais detalhes. "Biqueira", na linguagem popular, é o nome dado ao ponto de comercialização de drogas.

Perguntas e respostas

1.Quem é o militar preso?

Manoel Silva Rodrigues é um segundo-sargento da Aeronáutica. Já realizou, desde 2015, pelo menos 29 viagens - voou em comitivas do presidente Jair Bolsonaro, de Michel Temer e de Dilma Rousseff. O sargento integrava grupo de 21 militares que acompanhava a viagem de Bolsonaro ao Japão, onde o presidente participaria do G-20.

2. O militar estava no avião de Bolsonaro?

O avião em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial. Portanto, a comitiva da qual ele fazia parte não estava no mesmo avião que transportava Bolsonaro e que decolou em 25 de junho de Brasília.

3. Como foi feita a detenção?

Rodrigues foi preso durante uma averiguação aduaneira de rotina no aeroporto de Sevilha. A aeronave da FAB que transportava o militar fazia uma escala na cidade espanhola, de onde seguiria para o Japão. De acordo com o jornal espanhol El País, ao abrir a mala de mão do passageiro, os agentes encontraram 39 quilos de cocaína.

4. O que disse o governo sobre o caso?

A FAB informou que um Inquérito Policial Militar apura o episódio. "Apesar de não ter relação com minha equipe, o episódio é inaceitável. Exigi investigação imediata e punição severa ao responsável", afirmou Bolsonaro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em vídeo publicado nas redes sociais, um soldado da Aeronáutica aparece fumando um suposto cigarro de maconha e chamando a Força Aérea Brasileira (FAB) de 'Força Aérea da Biqueira' - gíria equivalente a ponto de tráfico. O registro foi feito dentro da base aérea de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo.

As imagens que circularam nas redes sociais mostram o soldado com o uniforme de educação física da FAB, fumando um cigarro ao lado de outros militares. Eles dão risadas com a 'brincadeira' do colega.

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A instituição preferiu não divulgar o nome do soldado, mas afirmou que as imagens foram feitas em junho, antes dele dar baixa no serviço militar, na última sexta-feira (28). Sobre o cigarro, a FAB garante que não tratava-se de entorpecente, e sim, de um cigarro de palha.

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O Superior Tribunal Militar negou habeas corpus de um casal de militares do Exército preso com 1.398 munições de calibre 5,56mm e mais de R$ 3 mil. O flagrante aconteceu no dia 18 de maio pela Polícia Rodoviária Estadual quando o capitão trafegava com a mulher, que também é militar e ocupa o posto de 2.º tenente, pela rodovia Dom Pedro I, próximo ao município de Atibaia (SP).

Após a prisão, eles foram encaminhados ao 28.º Batalhão de Infantaria Leve, na cidade de Campinas (SP), onde serve o oficial, sendo posteriormente transferidos para o 2.º Batalhão de Polícia do Exército (2º BPE). As informações foram divulgadas pelo STM - HABEAS CORPUS Nº 7000541-57.2019.7.00.0000

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Após a audiência de custódia realizada pelo juiz federal da Justiça Militar da 1.ª Auditoria da 2.ª Circunscrição Judiciária Militar (CJM), foi determinada a manutenção da prisão dos oficiais.

O capitão continuou no 2.º BPE, local onde encontra-se preso até hoje, enquanto a tenente foi beneficiada com a prisão domiciliar, prerrogativa garantida por ser mãe de uma menina de dez anos.

Na sua decisão, o juiz de primeira instância entendeu que ‘a gravidade’ do suposto crime e o abalo social seriam os principais motivos para manter o encarceramento.

A defesa do casal recorreu ao Superior Tribunal Militar na tentativa de desconstituir a decisão de primeira instância.

A alegação da defesa é que ‘não há nos autos nenhum motivo que enseje a manutenção dos pacientes no cárcere, seja em regime fechado ou no domiciliar, razão pela qual ambos devem ser beneficiados com a liberdade provisória e aguardar o julgamento em liberdade’.

O Ministério Público Militar discordou dos motivos alegados pela defesa, o que externou por meio da denúncia contra o capitão e a tenente, oferecida no dia 27 de maio.

A Procuradoria Militar denunciou formalmente o casal, acusando o capitão e a tenente por crime de peculato, previsto no artigo 303 do Código Penal Militar. Os militares também foram enquadrados no artigo 16 da Lei nº 10.826/2003 - posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

O julgamento do habeas no STM ficou a cargo do ministro Lúcio Mário de Barros Góes, que entendeu ser ‘imperiosa a manutenção da prisão’.

O relator afirmou estar baseado em ‘fatos concretos’ expostos no Auto de Prisão em Flagrante, que traria provas do fato delituoso e indícios suficientes de autoria.

"Além disso, o fato foi grave e o seu modo de execução revela que o capitão valeu-se da função de Chefe da Seção de Planejamentos do Centro de Instrução de Operações Urbanas (CIOU) do 28.º BIL para se apropriar da aludida munição, havendo suspeita, segundo a denúncia, de possível mercancia a marginais da capital fluminense", advertiu o ministro.

Lúcio Mário explicou ainda que tal medida ‘busca garantir a ordem pública e também a exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e de disciplina militares’, detalhando as provas que o levaram a tomar tal decisão.

O magistrado citou que ‘existem sinais do fato delituoso comprovado pelo pedido de busca e apreensão na residência, pela quebra do sigilo de dados e de comunicações telefônicas e telemáticas, bem como indícios suficientes de autoria, citados pelas testemunhas’.

Também pesou para o convencimento do ministro um contato telefônico do capitão com seu chefe imediato. Na ligação, o oficial declarava que se encontrava em São Paulo, quando na verdade estava no Rio com as munições.

Sobre a tenente, o ministro entendeu que ela ‘agiu em parceria com seu esposo ao receptar e manter em sua posse o material desviado, ao mesmo tempo em que ficou de posse do montante do dinheiro citado’.

"Observa-se, assim, que a decisão da prisão preventiva não apresenta qualquer ilegalidade ou afronta a dispositivos constitucionais", assinalou o ministro Lúcio Mário de Barros Góes.

Segundo ele, ‘os motivos que levaram o magistrado a quo a manter a cautela provisória se mostram ainda presentes, haja vista a possibilidade de o paciente, na condição de superior hierárquico, vir a exercer pressão sobre as testemunhas’.

A manifestação do relator foi acompanhada pela Corte.

Com a decisão do magistrado em negar a ação constitucional de natureza cautelar, o capitão e sua mulher tenente ficam presos enquanto aguardam julgamento perante a 1.ª Auditoria da 2.ª Circunscrição Judiciária Militar.

A ministra Maria Elizabeth Rocha, do Superior Tribunal Militar (STM), disse considerar "gravíssimo" o caso do sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha sob a acusação de transportar 39 quilos de cocaína, e que a sua punição deve ser "rigorosa", se comprovada a culpa no episódio. Coordenadora de um grupo de trabalho que apresentou ao Congresso uma proposta de atualização do Código Penal Militar, a ministra defende penas mais duras para integrantes das Forças Armadas envolvidos no tráfico de drogas. Atualmente, a punição máxima é de cinco anos de prisão, enquanto a Lei das Drogas prevê pena de até 15 anos para casos envolvendo civis.

"Estou convicta sobre a necessidade de alteração do Código Penal Militar para apenar com rigor o tráfico de entorpecentes. É inconcebível que um militar trafique dentro de um quartel, um local onde se encontram homens armados, investidos do monopólio da força legítima pelo Estado", afirmou Maria Elizabeth ao Estado. "De um militar se exige a defesa da Pátria, dos poderes constituídos e da lei e da ordem, por isso uma conduta tão grave deve ser apenada com rigor. Lamentavelmente, a lei vigente só autoriza ao magistrado uma condenação máxima de 5 anos."

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A opinião de Elizabeth tem ecos no tribunal, instância máxima da Justiça Militar federal. Além do endurecimento da pena, considerada branda, a avaliação é de que é preciso diferenciar o uso próprio de entorpecentes do tráfico de drogas.

Elizabeth representa um dos cinco magistrados civis do STM - outros 10 são militares, totalizando 15 integrantes. Única mulher a compor o tribunal desde a sua criação, em 1808, ela ganhou visibilidade durante o julgamento dos militares que fuzilaram com mais de 80 tiros o carro do músico Evaldo Rosa dos Santos, no Rio de Janeiro. A magistrada deu o único voto para manter a prisão dos envolvidos no episódio, mas foi vencida e os acusados acabaram soltos.

Sobre o caso do sargento preso ao desembarcar na Espanha, a ministra acredita que um militar "que se valeu da farda para traficar no avião de apoio da Presidência da República é algo inaceitável e revoltante". "Se ficar de fato provado que ele assim agiu, a punição deve ser rigorosa. O caso é gravíssimo", afirmou ela. O inquérito contra Rodrigues pode chegar ao STM.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou anteontem que o militar pagará um "preço alto" pelo episódio. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, por sua vez, disse que "houve quebra de confiança" e que não vai "admitir criminosos entre nós".

Anacrônicas

Elizabeth lembra que o Congresso atualizou ao longo dos últimos anos o Direito Penal, mas se esqueceu de fazer ajustes também no Direito Penal Militar, resultando em leis que "se tornaram anacrônicas, defasadas pelo tempo".

Atualmente, o Código Penal Militar prevê pena de reclusão de até cinco anos tanto para o consumo e para a posse quanto para o tráfico de drogas, misturando em um mesmo artigo múltiplas situações.

A proposta do grupo de trabalho coordenado pela ministra era adequar a legislação militar à Lei das Drogas de 2006: aumentava a pena para tráfico de drogas (para até 15 anos) e abrandava a do consumo próprio (de seis meses a um ano para quem oferecesse droga para consumir com outra pessoa). "O uso de entorpecentes deve ser tratado como uma questão de saúde pública. O tráfico como uma questão de polícia e, posteriormente, de incriminação penal. A sanção deve ser rigorosa, pois está em jogo o bem estar social", afirmou ela.

Na época, a proposta do grupo de trabalho de penas mais duras para militares envolvidos em tráfico de drogas foi entregue ao deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). O texto, no entanto, não avançou, a exemplo de outras propostas que tratam sobre o endurecimento de penas para os militares. "Isso tem de ser corrigido, mas até hoje não é uma prioridade, nem do Congresso, nem dos militares, nem do Executivo", afirmou Zarattini ao Estado.

O presidente da Comissão Especial de Direito Militar da OAB-SP, Fernando Capano, disse ser favorável até mesmo a penas mais duras para um militar condenado por tráfico do que a que existe para os civis. "De um militar se espera valores mais sólidos, representa a institucionalidade de nosso País. Não tem lógica tratar condutas exatamente iguais com penas tão díspares", avaliou o advogado.

Condenação em 50% dos casos

Um levantamento feito pelo Superior Tribunal Militar (STM) aponta que houve condenação em 50% dos casos de tráfico, posse ou uso de entorpecentes julgados pela Justiça Militar da União de 2010 a 2018. Como posse, tráfico e uso de entorpecentes estão enquadrados no mesmo artigo do Código Penal Militar, o tribunal alegou que não é possível fazer a diferenciação sobre os processos de cada uma dessas situações.

O STM, no entanto, informou que a maioria dos processos diz respeito a pequenas quantidades de maconha apreendidas em quartéis, em posse dos militares. Em 20% dos casos levantados pelo tribunal houve absolvição e em 29% a punibilidade foi extinta, como nos casos de prescrição ou de morte do militar investigado. No restante dos processos, não foi possível identificar as informações, segundo o STM.

Quando as Forças Armadas são comparadas entre si, proporcionalmente, são cometidos mais crimes dessa natureza no âmbito do Exército, aponta um estudo de 2015. A maconha é a substância mais comum, mas o relatório já alertava que havia mais casos de cocaína na Aeronáutica.

'Pena que não foi na Indonésia'

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem, no Japão, que o segundo-sargento da Aeronáutica flagrado com 39 kg de cocaína na Espanha "traiu a confiança dos demais" e "lamentou" que o caso não tenha acontecido na Indonésia, onde há pena de morte nesses casos. "Aquele ali traiu a confiança dos demais. Pena que não foi na Indonésia. Ele iria ter o destino que teve no passado Marco Archer", afirmou Bolsonaro, citando o caso do brasileiro fuzilado em 2015 por tentar entrar no país asiático com 13 quilos de cocaína.

Bolsonaro disse ainda que pediu para a Aeronáutica investigar o sargento. "O que nós queremos das Forças Armadas é que seja levantada toda essa rede na qual ele está no meio dela. No meu avião, todos são revistados. O meu material é aberto antes de embarcar", afirmou.

Preso desde terça-feira (25) na Espanha, Manoel Silva Rodrigues conversou anteontem com a família, por telefone. Ele está recebendo assistência consular do Ministério das Relações Exteriores, prestado a cidadãos brasileiros no exterior. Um pedido de extradição é descartado no momento, já que não há condenação no Brasil.

Rodrigues, que é comissário de bordo, fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanha a viagem de Bolsonaro ao Japão, onde o presidente participa do G-20. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial e, portanto, a comitiva não fazia parte do voo que transportou o presidente. A droga foi achada na bagagem do sargento ao desembarcar em Sevilha, na Espanha, primeira etapa da viagem.

Após o episódio, a Aeronáutica montou um grupo de trabalho para revisar procedimentos de segurança em aeronaves militares que sirvam à Presidência ou à Força Aérea. Desde terça-feira, quando a prisão ocorreu, as bases aéreas mais estruturadas, como a de Brasília, já estão sendo mais rígidas nos controles de bagagens e nos acessos às aeronaves que dali decolam.

O Ministério da Defesa admite, nos bastidores, falha de vistoria no voo que levou Rodrigues à Europa. A justificativa para que o controle não fosse tão rígido era de que o trabalho nas instalações militares costuma se basear na relação de confiança, lealdade e probidade, considerados princípios fundamentais para a carreira nas Forças. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Autoridades da Guarda Civil da Espanha avaliaram em 1,3 milhão de euros (cerca de 5,6 milhões de reais) os 39 kg de cocaína encontrados com o segundo-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) Manoel Silva Rodrigues, segundo o jornal espanhol El País. O militar foi detido na terça-feira, 25, no aeroporto de Sevilha durante escala para o voo que seguia para o Japão, em comitiva de apoio à viagem do presidente Jair Bolsonaro à cúpula do G-20.

Segundo a publicação, a Guarda Civil, que ainda não detectou a pureza da droga, investiga qual era o destino dos entorpecentes e por qual razão o militar estava carregando os 37 pacotes dentro de uma mala de mão. As autoridades não descartam que a cocaína ficaria na Espanha e avaliam que Silva poderia ser uma "simples mula de uma organização de traficantes". Após ser detido, o sargento teve a prisão provisória decretada por um tribunal de Sevilha, sem possibilidade de fiança, acusado de crime contra a saúde pública - que é como o Código Penal do país descreve esse tipo de delito.

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A FAB comunicou ontem, em entrevista coletiva, que um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para esclarecer o fato e que as investigações seguirão em sigilo. A detenção do militar que fazia parte da comitiva de apoio à viagem do presidente Jair Bolsonaro teve grande repercussão na imprensa internacional às vésperas de sua estreia no G-20, encontro que reúne as vinte maiores economias do mundo e que este ano acontece em Osaka, no Japão.

O aeronave da FAB em que estava o sargento é usada como reserva do avião presidencial e, portanto, a comitiva da qual Silva fazia parte não estava no mesmo avião que transportou Bolsonaro de Brasília para o país asiático na noite de terça-feira.

Em seu Twitter, Bolsonaro classificou o episódio como "inaceitável". "Exigi investigação imediata e punição severa ao responsável pelo material entorpecente encontrado no avião da FAB", afirmou o presidente. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Augusto Heleno, classificou o fato da detenção ter ocorrido antes do encontro do G-20 como uma "falta de sorte", mas que não atrapalha a imagem do País no exterior. Heleno está em Osaka acompanhando o presidente, que nesta sexta-feira, 28, encontrou-se com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com o mandatário norte-americano Donald Trump.

Preso na Espanha com 39 kg de cocaína em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues não demonstra ter uma vida de ostentação e devia, até o início do mês, inclusive o condomínio. Pagou o débito, de R$ 1.381,25, referentes a três parcelas do condomínio de um apartamento em Taguatinga, depois de ter sido cobrado judicialmente. Nesta quinta-feira, 27, a Aeronáutica informou que a investigação sobre tráfico de drogas correrá sob sigilo.

Rodrigues, que é comissário de bordo, fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanha a viagem de Bolsonaro ao Japão, onde participará da reunião do G-20. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial e, portanto, esta comitiva não fazia parte do mesmo voo que transportou o presidente. A droga foi encontrada em sua bagagem ao desembarcar em Sevilha, na Espanha, primeira etapa da viagem.

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O imóvel de Rodrigues fica num condomínio com piscina e salão de festa, a cerca de 30 km do Palácio do Planalto. O apartamento está ocupado, mas os funcionários do prédio não disseram se o sargento vive no local e também se recusaram a interfonar, a pedido da reportagem.

O preço de uma propriedade no condomínio varia de R$ 150 mil a 210 mil (há opções de 2 e 3 quartos), e alugueis vão de R$ 1 mil a R$ 1,6 mil, de acordo com condôminos ouvidos pelo Estado. Nenhum deles disse conhecer o militar.

Conforme informações do Portal da Transparência, Rodrigues recebe, atualmente, salário bruto de R$ 7.298,10. Segundo estimativas de preços disponíveis em relatório do Escritório para Drogas e Crime da Organização das Nações Unidas (Unodoc), os 39 kg de cocaína encontrados na mala do sargento poderiam render cerca de R$ 5,8 milhões.

Além do imóvel em Taguatinga, o sargento seria proprietário de um apartamento na Asa Sul, em Brasília, onde hoje vivem a ex-mulher e dois filhos. Segundo vizinhos, ele já não mora no local há cerca de dois anos. Segundo moradores do prédio, Rodrigues é uma pessoa simples, calada, que não aparenta sinais exteriores de riqueza e costuma andar de moto, não com carrões importados. Eles se disseram surpresos com a notícia da prisão por tráfico de drogas. Uma moradora arriscou que o segundo-sargento poderia ter caído em "tentação". O vice-presidente Hamilton Mourão o chamou de "mula qualificada". Abordada pela reportagem na tarde de quinta, a ex-mulher do militar não quis comentar o assunto.

Sigilo

O Comando da Aeronáutica se recusou a informar se Rodrigues foi submetido a alguma vistoria antes de embarcar no avião oficial. Em entrevista a jornalistas convocada pelo Ministério da Defesa, o porta-voz da FAB, major-aviador Daniel Rodrigues Oliveira, afirmou apenas que a praxe é que tripulantes sejam revistados.

"O fato em si é objeto da investigação e corre sob sigilo. Existe um controle dos tripulantes e das bagagens", afirmou Oliveira, acrescentando que a vistoria inclui "raio-X e tudo aquilo que seja necessário". Ele, no entanto, não especificou quais medidas são essas.

'Live'

Bolsonaro também voltou ao assunto nesta quinta-feira ao afirmar, em sua live semanal, que o militar pagará um "preço alto". "Se estivesse no nosso avião seria uma falha nossa, mas no meu avião até minha bagagem é revistada. Ninguém pergunta se deve revistar minha bagagem, sabe que tem de revistar e ponto final", disse o presidente. "Na primeira viagem nossa, ele deu azar, 'créu'. É melhor 'já ir' se acostumando. Porque conosco é assim", avisou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em transmissão ao vivo pelo Facebook, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o sargento Manoel Silva Rodrigues, da Força Aérea Brasileira (FAB), "pagará um preço alto" por ter sido flagrado transportando 39 quilos de cocaína em um avião da comitiva presidencial que acompanha Bolsonaro em viagem internacional.

"Lamento por esse elemento, que, pelo que parece, está envolvido nisso há algum tempo, porque ninguém vai levar 39 quilos numa primeira viagem", disse o presidente, afirmando em seguida que o sargento já havia participado de comitivas de governos anteriores.

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"Na primeira viagem nossa ele deu azar, 'créu'. É melhor 'Jair' se acostumando, porque conosco é assim", afirmou o presidente, que disse também ser "brincadeira" tentar associá-lo ao caso.

Bolsonaro disse que o sargento está sendo investigado e que o Brasil está colaborando com o governo da Espanha, onde ele foi detido. "Esse elemento, se for preso no Brasil, vai pegar 30 anos de cadeia", disse. "Se fosse na Indonésia, pegaria pena de morte", afirmou depois.

A FAB impôs sigilo na investigação e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que as Força Armadas não admitem "criminosos entre nós".

O sargento foi preso na terça-feira, 25, no aeroporto de Sevilha, na Espanha, por suspeita de envolvimento em transporte de drogas. Rodrigues fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanha a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Tóquio, no Japão, onde participa da reunião do G-20.

A Guarda Civil espanhola informou que foram encontrados 39 kg de cocaína com o sargento, escondidos numa maleta e divididos em pacotes. O sargento, de 38 anos, foi preso em flagrante e permanece detido no prédio da Guarda Civil, enquanto que os demais passageiros do avião seguiram a viagem para Tóquio.

O avião em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial e, portanto, a comitiva da qual o sargento fazia parte não estava no mesmo avião que transportou Bolsonaro de Brasília para o país asiático na noite de terça-feira.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou no final da tarde desta quinta-feira, 27, que o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues será julgado "sem condescendência" pela Justiça da Espanha e do Brasil. "Não vamos admitir criminosos entre nós. Neste caso, houve a quebra de confiança. A confiança é própria da cultura militar e nos é tão cara", afirmou, em declaração a jornalistas.

"Comprovada a culpa deste militar, saibam que se trata de um desvio dos mais caros valores éticos e morais que praticamos nas Forças Armadas Brasileira. Registro que se trata de um caso inadmissível", disse. O ministro afirmou ainda que o governo agirá "com total transparência" em relação às investigações envolvendo o militar preso em Sevilha nesta semana. "Tudo o que puder ser divulgado e que não comprometer o curso das investigações será divulgado."

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Após a breve fala do ministro, no entanto, o porta-voz da Força Aérea Brasileira (FAB), major aviador Daniel Rodrigues Oliveira, escalado para responder perguntas de jornalistas durante coletiva no Ministério da Defesa, não detalhou os procedimentos de segurança adotados pela instituição antes do embarque do segundo-sargento.

De acordo com o porta-voz, "existem protocolos" adotados pela FAB, mas "o fato em si é objeto da investigação e corre sob sigilo". Perguntado reiteradas vezes por jornalistas sobre quais são os procedimentos adotados frequentemente pela Força Aérea, o major afirmou apenas que a praxe é que tripulantes passem por revista.

De acordo com o porta-voz, os procedimentos adotados só serão conhecidos com a conclusão do inquérito policial militar, instaurado ontem. "Para que a gente consiga ter a resposta, precisamos esperar o inquérito. Quando for concluído o inquérito, que tem a data de 40 dias mais 20 dias, vai ter a conclusão deste processo."

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