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O período de Páscoa, além do simbolismo religioso, traz oportunidades de renda extra e reinvenção aos empreendedores com a fabricação e venda de ovos e outros produtos derivados do chocolate.

Um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que os pequenos negócios que apostaram nesses produtos aumentaram durante a pandemia de Covid-19. Em 2021, segundo a verificação, o surgimento desses negócios teve um aumento de 57%, comparando-se a 2019.

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A crise sanitária ainda não acabou e mesmo com grandes flexibilizações, alguns setores se encontram fragilizados, assim como, o poder de compra da população. Na mesma proporção, pequenos comerciantes assistem à alta de itens utilizados na fabricação dos produtos comercializados. Nesse período de elevação, uma das principais alternativas encontradas, principalmente, pelos pequenos comerciantes é repassar os novos custos para os clientes por meio do preço final da mercadoria. A decisão nem sempre é positiva e pode refletir no afastamento de antigos e novos compradores.

Em meio a esse cenário, o empreendedor Saulo Santos, dono da marca Brownie do Saulo, precisou se reinventar na tentativa de preservar a clientela e, ao mesmo tempo, não ter prejuízo nas vendas. Uma das alternativas colocadas em prática por Saulo, que está no segundo ano de vendas de ovos de chocolate, foi se antecipar nas compras dos produtos com os fornecedores. “Neste ano, eu me organizei melhor. Consegui fornecedores locais, pesquisei e antecipei as compras. Além disso, eu procurei alternativas com os fornecedores para diminuir os preços”, explica à reportagem.

Saulo Santos traz opções de ovos de Páscoa para todos os gostos e bolsos. Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Mantendo a qualidade e os clientes

Perder os compradores não é uma opção para Saulo. Por isso, além da antecipação da compra dos ingredientes, ele manteve os preços do ano anterior e colocou em prática a pré-venda dos chocolates. “Na pré-venda, o cliente compra o produto com desconto. Eles também têm a alternativa de parcelar o valor no cartão de crédito em até 10 vezes. Pessoas que comprarem mais produtos também terão descontos no preço final”.

Ao LeiaJá, o empreendedor conta que os preços dos ovos de Páscoa, sendo o de casca de brownie o carro-chefe, variam entre R$ 49,90 a R$ 65,90, podendo ser encomendados até a próxima quinta-feira (7). Saulo garante que a alta dos produtos de fabricação dos itens de chocolate não o fez modificar tanto as receitas, mantendo, assim, a qualidade dos artigos. 

Para atrair os clientes e divulgar os produtos, já que ainda não possui loja física, o responsável pelo Brownie do Saulo usa das redes sociais. Segundo ele, elas são responsáveis por 90% da clientela. "As redes sociais são necessárias. Você coloca o seu produto lá com uma boa foto mostra as pessoas, além de um perfil de qualidade, um produto de qualidade também", expõe.

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Faltam 12 dias para a Páscoa e os brasileiros terão que regular os tradicionais presentes da celebração às mudanças nos preços dos ovos de páscoa. Segundo um levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, os produtos mais consumidos no feriado acumularam uma inflação de até 83% nos últimos 12 meses.  

Chocolates em barra e bombons tiveram um aumento de 10,74%. Já os açúcares e derivados, usados em sobremesas, acumularam uma alta de 19,85%. No caso do açúcar refinado, a variação chegou a 43,77%. 

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De acordo com o gerente do IPCA do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Pedro Kislanov, o açúcar foi prejudicado pelas questões climáticas, tanto pelas geadas de inverno quanto pelo período de seca. “Tivemos altas seguidas de mais de 4% ao mês no preço do açúcar no segundo semestre de 2021. A cana-de-açúcar tem uma competição como produto alimentício e como base para a produção de etanol”, afirmou o gerente do IPCA. 

Segundo o economista e professor do Ibmec, Gilberto Braga, os preços dos produtos também foram afetados pelas variações nas importações e exportações durante a pandemia de Covid-19. Ele projetou que as vendas deste ano podem não crescer tanto, devido ao aumento de custo de vida, que pesa na decisão da compra. 

De acordo com a Associação de Supermercados em São Paulo, os preços de ovos de páscoa estão até 40% mais caros em 2022.

Por Camily Maciel

 

 

O governo federal formalizou no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (1º) o aval para um reajuste de 10,89% nos preços dos medicamentos no País a partir de 31 de março.

O porcentual, que já havia sido divulgado pelo Sindicato dos Produtos da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma) no início da semana, consta de resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), que é o órgão interministerial responsável pela regulação do segmento.

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Segundo o Sindusfarma, o aumento dos preços deve atingir cerca de 13 mil apresentações de remédios disponíveis no varejo brasileiro.

O tamanho do reajuste de 2022 foi levemente superior ao permitido no ano passado, quando o governo autorizou um aumento máximo de 10,08% no preço dos remédios.

O governo argentino formalizou a criação de um fundo fiduciário estabilizador de trigo para conter a escalada dos preços do produto no país. A medida, anunciada ontem pelo presidente Alberto Fernández, foi publicada na edição de hoje do Boletim Oficial da República Argentina, correspondente ao Diário Oficial.

A Casa Rosada justificou que a medida busca minimizar a escalada de preços dos alimentos em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia, que vem impactando as cotações do trigo, milho, girassol e seus derivados. No caso do trigo, o preço subiu 37% desde o início do conflito na Europa. O governo argentino aumentou ainda os impostos de exportação de óleo de soja e farelo, de 31% para 33%.

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"Estamos defendendo os consumidores argentinos sem prejudicar nossos produtores, disse o ministro argentino de Agricultura, Pecuária e Pesca, Julián Domínguez, em entrevista coletiva neste sábado, qualificando as medidas como "temporárias" e assegurando que pretendem garantir a "previsibilidade" aos produtores.

Domínguez explicou que Fernández solicitou a "estabilização o preço do trigo em valores pré-guerra enquanto durarem as consequências do aumento devido ao conflito". Pediu ainda a dissociação do preço argentino dos internacionais.

No pronunciamento de ontem, o presidente da Argentina disse que o governo irá controlar a fiscalizar preços e que haverá uma "batalha contra os especuladores". O objetivo é o de aumentar o poder de compra dos salários, afirmou.

Reações

A Câmara da Indústria Oleaginosa da República Argentina (Ciara) rejeitou categoricamente a medida, por considerar que ameaça "a industrialização da soja no país". A instituição estuda a possibilidade de entrar na Justiça contra o decreto.

Já o presidente da Associação da Cadeia da Soja Argentina, Luís Zubizarreta, disse à imprensa local que a medida significa retirar "a competitividade do setor que tem mais potencial na Argentina".

A ideia de uma possível paralisação dos caminhoneiros por causa do aumento do preço dos combustíveis, decretado na semana passada pela Petrobras, ainda divide a categoria. O caminhoneiro autônomo Wanderlei Loureira Alves, o "Dedeco", disse em nota ao Broadcast Agro que "as divergências são muitas entre caminhoneiros e lideranças que são a favor de parar e os que são a favor de aumentar os fretes para suprir o aumento (dos combustíveis)".

Diante da cisão, o caminhoneiro autônomo afirma que "não vai se envolver" mais. Ele também critica caminhoneiros autônomos que continuam defendendo o governo de Jair Bolsonaro e recomenda às empresas de transporte comprarem mais caminhões "e não cederem às pressões dos autônomos, já que eles defendem tanto este governo".

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Outra fonte do setor confirma que a categoria, de fato, "está muito polarizada".

A alta dos combustíveis tornou-se motivo para mais um embate entre os pré-candidatos à Presidência da República nas redes sociais. Após a Petrobras anunciar um reajuste significativo dos preços, os presidenciáveis trocaram acusações sobre a responsabilidade do aumento, enquanto o entorno do presidente Jair Bolsonaro (PL) comemorou a mudança do cálculo do ICMS, aprovada no Senado nesta quinta-feira (10), tentando reforçar a interpretação de que a escalada dos preços se devia majoritariamente aos governos estaduais.

O aumento nas refinarias de 24,9% no preço do óleo diesel, de 18,7% da gasolina e de 16% do gás de botijão, válido a partir desta sexta-feira (11), deverá aumentar entre 0,5 e 0,6 ponto porcentual a inflação oficial do País, que, no ano, deve passar da casa de 6%, de acordo com cálculos de economistas, como mostrou o Estadão.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ao Twitter argumentar que a gasolina está cara porque a BR Distribuidora foi privatizada. Segundo ele, o País seria autossuficiente para produzir o combustível, logo, estaria sendo prejudicado pela importação. "Agora você tem empresas importando gasolina dos Estados Unidos em dólar enquanto temos auto suficiência (sic) e produzimos petróleo em reais", publicou.

O presidenciável Felipe d'Avila (Novo) deu destaque à postagem do petista em seus perfis e escreveu: "um tweet, quatro mentiras". Ele rebateu o argumento de Lula afirmando que a distribuidora era "saqueada" durante os governos do PT. Também disse que o País importa combustível por não ter capacidade de refinar todo o volume que extrai nacionalmente. Ainda segundo o pré-candidato, o fato de a cadeia do petróleo ser global faz com que seja falso dizer que se "produz em reais".

Em resposta à mesma publicação de Lula, o presidenciável Sérgio Moro (Podemos) levantou o tema do combate à corrupção, sua principal bandeira na política. "Sabe por que a Petrobras ainda existe, Lula? Porque a Lava Jato impediu que o governo do PT continuasse saqueando e desviando recursos da maior estatal do Brasil", escreveu o ex-ministro.

Quanto ao aumento dos preços, Moro propôs que o País estimule a produção de energias renováveis, "com foco em energia eólica, solar, etanol e hidrogênio verde". O mesmo modelo é defendido por d'Avila, que já disse em entrevistas que o Brasil deveria deixar de priorizar os combustíveis fósseis.

"Enquanto isso todos brasileiros sofrem, mesmo vivendo num país que tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo, e vendo concessionárias da Petrobras vendidas a preço de banana", publicou em sua rede social o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, logo após o anúncio do aumento. "Até quando vamos suportar este absurdo?" Declaradamente contrário à privatização, o pedetista ainda criticou os "bônus milionários" dos "barões acionistas" da empresa.

No colo dos governadores

No entorno de Bolsonaro, o esforço foi para jogar a conta no colo dos governadores. O chefe do Executivo já afirmou, em outras ocasiões, que o culpado pelo alto preço da gasolina é o ICMS, tributo arrecadado pelos Estados. Ontem, foi aprovado o projeto que muda o cálculo da tributação, fazendo com que o imposto passe a ser cobrado sobre o litro de combustível, e não mais sobre o preço final do produto. O texto era apoiado pela equipe econômica do governo.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) comemorou a decisão, alegando que a mudança faria o "povo pagar mais barato", e usou a ocasião para criticar governadores que não querem abrir mão da arrecadação em ano eleitoral. "Governadores demonstram não estarem muito preocupados com o povo, mas com outras prioridades", publicou.

Na mais recente transmissão da sua tradicional live às quintas-feiras, o presidente Bolsonaro reconheceu que o preço dos combustíveis está alto e lamentou que "muitos caminhoneiros" podem parar por conta disso. Entretanto, o presidente reforçou que o descontentamento dos motoristas, segundo ele, se deve à "carga tributária" sobre o produto.

"O Senado hoje já fez sua parte, a Câmara deve fazer também, e a gente vai tirar o impacto de 60 centavos por litro. É muito dinheiro", afirmou. Depois, ao fazer um cálculo da economia para uma viagem de Brasília a São Paulo, o mandatário disse que o impacto seria de 90 centavos, não 60, por litro. Bolsonaro ainda argumentou que, sem o aumento de preços dos combustíveis (após congelamento de 57 dias) poderia haver desabastecimento no País: "É pior. Alguns querem que eu vá à Petrobras e dê murro na mesa, não é assim".

A política de preços e o destino da própria Petrobras têm mobilizado a pré-campanha. Lula destaca que não pretende privatizar a empresa e que deve derrubar a dolarização e vinculação ao mercado internacional. Pré-candidato do PDT, Ciro Gomes vai na mesma linha. Já Moro e o presidenciável do PSDB, João Doria, têm debatido o modelo de privatização.

O preço do petróleo passou por forte volatilidade na semana passada, com a invasão da Rússia à Ucrânia. Na quarta-feira (23), o preço do barril do óleo tipo Brent chegou a ultrapassar os US$ 105, mas depois acabou recuando. Na sexta-feira (25), fechou em US$ 94,12, diante das perspectivas de que as sanções de aliados ocidentais à Rússia fossem poupar o setor de energia do país. Mas tudo isso ainda é muito incerto.

Essa volatilidade deve afetar o preço dos combustíveis no País. Mas a Petrobras diz que isso não deve abalar a determinação de manter seus preços atrelados aos do mercado internacional. O argumento é de que, se não acompanhar as cotações do petróleo e dos derivados, o mercado brasileiro de combustíveis e o abastecimento interno poderão ser afetados, como afirmou o diretor de Comercialização e Logística da estatal, Cláudio Mastella, em teleconferência com analistas para detalhar o lucro recorde de 2021.

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A Petrobras utiliza o Preço de Paridade de Importação (PPI) para definir os reajustes dos valores da gasolina e óleo diesel em suas refinarias. Por essa política, os preços internos deveriam subir em linha com a valorização das cotações do petróleo e dos seus derivados nos principais mercados mundiais de negociação, como o do Golfo do México, nos EUA, e o de Londres.

Além da commodity, também pesam no cálculo da estatal o câmbio e custos de importação. Isso porque os principais concorrentes da empresa, atualmente, são os importadores e o objetivo da Petrobras é manter seus preços próximos aos deles.

Já há algum tempo, na verdade, a cotação vem subindo, por conta das tensões geopolíticas provocadas pela ameaça de invasão russa. Mesmo assim, os preços no Brasil permanecem inalterados desde o dia 12 de janeiro. A posição da empresa é complexa, já que a manutenção do PPI e os efeitos sobre os preços internos repercutem mal entre os consumidores e afetam diretamente a ambição do presidente da República, Jair Bolsonaro, de vencer as eleições deste ano.

"Temos observado a elevação dos preços nas últimas semanas e, em paralelo, o dólar foi desvalorizando. Com esses dois movimentos, em contraposição, a gente pôde manter nossos preços (inalterados)", afirmou Mastella, acrescentando que, na quinta-feira, 24, em particular, a volatilidade foi maior e a empresa estava "observando" o mercado para avaliar possíveis reajustes.

A visão do executivo é de que, mesmo com as turbulências internacionais, a Petrobras é competitiva e se mantém alinhada ao mercado externo, ao mesmo tempo em que evita repassar aos consumidores as volatilidades conjunturais das cotações.

Um dos motivos para a estatal manter o PPI é o interesse em atrair investidores para as refinarias à venda. O receio é que, se atender à reivindicação de Bolsonaro de congelar os preços dos combustíveis para aliviar a inflação, vai afugentar empresas que teriam interesse no negócio, mas não querem participar de uma atividade comandada pelo governo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de subir 54% em 2021 - o que resultou em uma alta de 47,5% no preço da gasolina no Brasil, tornando-se umas das principais fontes de pressão inflacionária -, o petróleo já avançou mais 18,2% neste começo de ano. Na sexta-feira, o barril atingiu US$ 95 e, diante da ameaça da Rússia de invadir a Ucrânia, alguns economistas já falam da possibilidade de a cotação ultrapassar US$ 120.

Importante produtor de petróleo, a Rússia poderia, em meio a uma guerra, interromper o fluxo do produto - o que elevaria a cotação da commodity. "Só a expectativa de invasão já causa uma pressão nos preços. Estamos revisando nossas projeções de petróleo para incorporar essa história toda. O viés é de alta", diz a economista-chefe da Tendências Consultoria, Alessandra Ribeiro.

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Com a expectativa de que haveria um aumento da oferta de petróleo na América do Norte e uma leve desaceleração na demanda, Alessandra projetava que o barril terminaria 2022 ao redor de US$ 65. "Esse patamar daria um bom alívio para a inflação." Inclusive, significaria uma queda de 16% na comparação com o valor registrado no fim de 2021. O cenário, no entanto, mudou mais uma vez, e o petróleo, seu efeito na inflação e na atividade voltaram a se tornar uma preocupação para governos de todo o mundo.

REVIRAVOLTAS

Há 22 meses, sobrava petróleo no mundo. Com a pandemia e países em lockdown, a demanda pelo produto despencou em 2020, os estoques ficaram abarrotados e, de repente, era preciso pagar para armazenar o óleo - o que fez o preço do WTI (tipo de petróleo produzido nos EUA) retrair. O barril do Brent (um petróleo mais leve e que serve como principal referência global) caiu na época para menos de US$ 20 - a primeira vez desde 2001 -, e a cotação parecia longe de se tornar um problema.

A demanda, porém, voltou muito mais rápido do que se previa, impulsionada por estímulos econômicos adotados por vários governos, e os países produtores não acompanharam o ritmo. Agora, quando se esperava uma acomodação, o preço voltou a disparar.

"Se houver um conflito, o céu é o limite (para a cotação). Caso não haja, provavelmente estamos perto do pico. A conclusão é de que, nos próximos meses, o preço ainda vai ser alto. Se não tiver guerra e o Banco Central dos EUA aumentar o juro, é possível que a demanda esfrie um pouco", diz José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados.

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 20 Estados e no Distrito Federal nesta semana, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros 5 Estados, os preços subiram, enquanto no Amapá a cotação permaneceu estável. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol caiu 2,92% na semana em relação à anterior, de R$ 4,938 para R$ 4,794 o litro.

Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média do etanol hidratado ficou em R$ 4,539 o litro, queda de 3,55% ante a semana anterior (R$ 4,539).

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O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,879 o litro, em São Paulo, e o menor preço médio estadual, de R$ 4,539, foi registrado também em São Paulo. O preço máximo, de R$ 7,669 o litro, foi verificado em um posto do Rio Grande do Sul. O maior preço médio estadual também foi o do Rio Grande do Sul, de R$ 6,340.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País caiu 5,09%. O Estado com maior queda no período foi São Paulo, onde o litro se desvalorizou 6,95% no mês. Na apuração semanal, a maior queda porcentual de preço, de 3,55%, foi observada também em São Paulo; e a maior alta, de 2,19%, aconteceu em Roraima.

O Palmeiras reduziu o preço dos ingressos de suas partidas como mandante no Campeonato Paulista. A presidente Leila Pereira havia prometido baixar os valores dos bilhetes ainda quando era candidata na última eleição e cumpriu a promessa, atendendo a uma antiga reivindicação da torcida, que reclamava da elitização do Allianz Parque.

O primeiro compromisso do Palmeiras na temporada em casa será contra a Ponte Preta, na próxima quarta-feira, dia 26, às 21h35, pela segunda rodada do Paulistão. Os ingresso mais barato para esta partida custa R$ 60, no setor Gol Norte, e o mais caro, R$ 130, na Central Oeste. Eles estarão à venda exclusivamente para os sócios-torcedores Avanti a partir desta sexta, às 10h, no site www.ingressospalmeiras.com.br.

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Os sócios-torcedores palmeirenses terão os descontos previstos em cada plano e exclusividade na compra dos ingressos via internet até segunda, dia 24, às 10h, quando tem início a venda para o público em geral. A comercialização para os sócios Avanti será dividida conforme a pontuação do rating de cada associado, classificados de zero a cinco estrelas.

No ano passado, assim que as autoridades do Estado de São Paulo aprovaram o retorno do público às arquibancadas, o Palmeiras vinha cobrando R$ 90 pelo bilhete mais barato para seus confrontos do Brasileirão no Allianz Parque. Depois, baixou para R$ 80 após reclamações da torcida. O mais caro custava R$ 250. Em 2018, o palmeirense chegou a pagar R$ 180 pela entrada mais econômica para assistir ao time na Copa Libertadores, o que gerou duras críticas dos torcedores.

Até o fim de 2019, ano da última temporada com público, antes de os portões dos estádios fecharem por causa da pandemia de covid-19, o Palmeiras tinha o tíquete médio mais caro do futebol brasileiro, em torno de R$ 57, à época. A diretoria faturava alto com a renda proveniente da bilheteria, já que a torcida lotava o estádio.

Mas, sobretudo em 2019, ano em que time não conquistou títulos, o torcedor passou a ir menos à arena e o clube, sem reduzir os valores dos ingressos, deixou de arrecadar uma quantia considerável e amargou buracos nas arquibancadas.

Antes e depois de eleita, Leila Pereira prometeu que iria aproximar o torcedor do Palmeiras e daria atenção para "a multidão fora do muro". Reduzir o preço dos ingressos seria, na sua visão, uma iniciativa importante nesse processo. "Não posso oferecer ao torcedor um produto que ele não pode adquirir. Não é inteligente. Não é possível que o Allianz Parque, aquela arena maravilhosa, tenha 15 ou 20 mil pessoas sendo que cabem mais de 40 mil. Isso não entra na minha cabeça", disse a mandatária ao Estadão no dia seguinte à sua posse.

O time alviverde estreia no torneio estadual domingo, às 16h, diante do Novorizontino, fora de casa, em Novo Horizonte.

Com aumento da demanda de 40% no ano de 2021, os Correios decidiram pela manutenção dos preços das encomendas no ano de 2022 , conforme anúncio realizado na sexta-feira (14). Esse será o segundo ano sem reajuste nos preços de encomendas nacionais e internacionais, tais como SEDEX, PAC e serviços de importação e exportação.

Além de manter os preços pelo segundo ano consecutivo, os Correios também anunciaram que “em 420 cidades, haverá a redução dos valores praticados a partir do próximo dia 31”.

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“A empresa espera, com as medidas anunciadas, permanecer como a maior parceira do e-commerce nacional, bem como importante incentivadora do crescimento da economia brasileira. Nesse momento de recuperação econômica, é importante dar apoio às atividades de quem quer produzir, gerar valor – principalmente os micros e pequenos empreendedores que atuam no comércio eletrônico”, disse o presidente dos Correios, Floriano Peixoto.

O número de subitens que tiveram aumentos de preço em dezembro passado foi o maior para todos os meses desde o início da série histórica do IPCA, em agosto de 1999, segundo levantamento da LCA Consultores. No mês passado, 74,8% dos 377 subitens que compõem o indicador (que fechou com alta de 0,73%) registraram variações acima de zero.

"É um recorde histórico", afirma o economista Bruno Imaizumi, responsável pelo levantamento. Além dessa marca, mais da metade dos subitens (55,2%) tiveram os preços acelerados de novembro para dezembro. Foi o terceiro maior resultado da série histórica para esse quesito, perdendo apenas para setembro de 2020 (56,4%) e novembro de 2002 (56,2%). Esses números indicam que nunca a inflação esteve tão espalhada na economia. "A qualidade da inflação é ruim, o que é preocupante."

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Ele atribui esse espalhamento recorde de alta de preços a uma combinação de vários fatores. Um deles foi a interrupção das cadeias de produção provocada pela pandemia no Brasil e no mundo. Isso pressionou custos de produção e levou à escassez de matérias-primas e componentes, resultando no encarecimento de produtos. Um caso típico é a produção de veículos, cujos preços subiram acima da inflação no ano passado por falta de chips.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diesel foi o combustível fóssil que mais subiu no ano passado, 46,8% na comparação com 2020, segundo o Levantamento de Preços de Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e de Biocombustíveis (ANP). O segundo maior aumento foi da gasolina (46,5%), seguida do Gás Natural Veicular (40,1%) e gás de cozinha (35,8%).

Os aumentos acompanharam o preço do petróleo no mercado internacional, que em um ano de instabilidade subiu cerca de 40%, alavancado pela recuperação da economia global com a evolução da vacinação contra o Covid-19.

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O etanol também disparou no mercado interno, com os produtores priorizando a produção de açúcar, em alta no mercado mundial, reduzindo a oferta nacional. Segundo a ANP, nos postos de abastecimento o etanol subiu 60% no ano passado.

De maneira geral, combustíveis e energia elétrica foram os grandes vilões da inflação de 2021, que deve fechar o ano acima dos 10%, segundo analistas do mercado. O cenário, porém, não deve se repetir neste ano, na avaliação do coordenador dos índices de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, apesar de o petróleo estar retornando para as máximas do ano passado, em torno dos US$ 80 por barril do tipo Brent.

"Ano passado teve desvalorização cambial grande e aumento do preço em dólar do petróleo, houve desmobilização da cadeia produtiva, o que está sendo retomado este ano", disse Braz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação do custo dos produtos na saída das fábricas, registrou inflação de 1,31% em novembro de 2021. A taxa é inferior à observada no mês anterior, de 2,26%, e em novembro de 2020, de 1,38%.

Com o resultado, o IPP acumula taxas de inflação de 28,36% no ano e de 28,86% em 12 meses, segundo dados divulgados hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Em novembro de 2021, 17 das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram alta nos preços, com destaque para refino de petróleo e produtos de álcool (6,63%) e outros produtos químicos (4,90%).

O IPP registrou que sete ramos da indústria tiveram deflação (queda de preços), em especial as indústrias extrativas (5,21%).

Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a maior alta de preços foi observada nos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (1,40%).

Em seguida, aparecem os bens de consumo semi e não duráveis (1,29%) e os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (1,19%). A menor taxa ficou com os bens de consumo duráveis (0,64%).

Cobrado até mesmo por apoiadores pela inflação dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assegurou nesta quarta-feira, 15, em encontro com empresários que não interfere na política de preços da Petrobras.

Durante discurso na Fiesp, o chefe do Executivo lembrou que a forma do governo de segurar preços foi reduzir o IPI do diesel, porém os benefícios da medida não chegaram aos transportadores porque governadores aumentaram o ICMS. Ele também acusou governadores de impedirem a redução de preços para, com isso, aumentar a arrecadação sobre combustíveis em plena pandemia.

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O consumidor paraense tem que pagar mais da metade de um salário mínimo para adquirir a cesta básica, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A alta no preço da alimentação não é de agora: em outubro, a cesta básica custou R$ 538,44 aos moradores de Belém. Um ano atrás o valor era R$ 15,00 mais barato.

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A diferença, que para alguns pode parecer irrisória, é um alerta aos efeitos das políticas públicas do Governo Federal como a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), também conhecida como paridade com o dólar. Essa medida, estabelecida em 2016 por Michel Temer e mantida durante o mandato de Jair Bolsonaro, aumentou o preço de diversos itens, afetando principalmente o bolso da população mais vulnerável.

“Se eu faço a paridade com o dólar, mesmo sendo autossuficiente em petróleo, eu estou equiparando o preço do barril nacional na flutuação do dólar. Assim, eu garanto a remuneração dos grandes acionistas e empurro o aumento do preço pro consumidor”, explicou o professor mestre em economia João Cláudio Arroio. Segundo o economista, isso acontece porque o valor dos combustíveis é embutido no preço de todos os produtos, inclusive os da cesta básica, já que a maior parte do transporte no Brasil é feito através da malha rodoviária.

O efeito disso é o aumento contínuo no custo da alimentação, que atinge mais fortemente as pessoas de baixa renda. “Mesmo com os auxílios chegando à população, dependendo do valor, chega defasado, porque a velocidade de reajuste é tamanha que nós estamos voltando ao tempo em que havia a prática de remarcação semanal de preços. Isso infelizmente está virando uma realidade no país”, afirmou o técnico de pesquisa do Dieese Everson Costa.

Com o dinheiro apertado, muitas famílias tiveram que diminuir o consumo para garantir a comida na mesa. “A gente precisou ajustar a nossa vida em função do aumento do preço dos produtos. Deixamos de comprar alguns alimentos para dar prioridade para o básico”, contou Lívia Alfaia, moradora da região metropolitana de Belém.

Além da dieta, a rotina também mudou. “Tínhamos passeios em família pra lanchar, passávamos finais de semana fora, mas nós precisamos cortar isso para que tivéssemos recursos para manter a nossa alimentação. Nós sentimos muito, porque esses momentos eram a nossa higiene mental, nossa recreação, mas a gente precisou se adequar”, disse.

Desemprego e depressão

De acordo com o professor Arroio, houve uma queda na renda das famílias desde 2016 e isso se refletiu também no aumento do desemprego. “O quadro é de depressão econômica. Não há estímulo ou segurança pro investidor de que ele vá ter retorno do seu investimento e com isso ele não consegue gerar emprego. Isso castiga a massa de trabalhadores, os setores mais populares da sociedade”, explicou.

O resultado é a diminuição da qualidade de vida do brasileiro. “O impacto da inflação na sociedade é enorme e gera desde a redução do acesso à alimentação até a perda da segurança, porque é exatamente em cima da fragilidade social e econômica das pessoas que a criminalidade, particularmente o crime organizado, vai entrar nas periferias, nos colégios, nas classes médias, para poder crescer e faturar ainda mais”, esclareceu o professor.

Há também um efeito no nível de capacitação dos profissionais, devido ao corte em áreas como lazer, cultura e educação. “Isso gera profissionais menos capacitados, diminuindo a produtividade no futuro próximo”, prevê Arroio. “É preciso reverter esse quadro porque ele nos enfraquece, nos divide, nos leva a perder qualidade de vida, segurança e conforto", finalizou o economista.

Por Sarah Barbosa e Erick Caldas.

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Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), o preço médio do litro da gasolina comum nos postos de combustíveis no país chegou a R$ 6,71, na semana entre 31 de outubro e 6 de novembro. Com os preços em constantes oscilações, o consumidor fica preocupado se vai conseguir fechar a conta na hora de abastecer.

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Para o professor de contabilidade e consultor tributário Rogério Moura, existem vários fatores que influenciam no preço do combustível. “Precisamos entender a composição da base. Nossa política de preço tem referência ao dólar, fazendo com que o preço do barril sofra alterações constantes e imprevisíveis, pois vai depender do cenário econômico mundial, da crise em decorrência da pandemia que contribuiu para o aumento, pois os impostos são cobrados pelo preço. Quanto maior a base, maior serão os tributos, alavancando o preço final”, esclareceu.

Sobre os impostos, o consultor explica que a porcentagem não teve consideráveis acréscimos nós últimos anos, pois o que alavanca os impostos é o preço do barril. Ou seja, quanto maior o preço, mais o consumidor sofrerá no bolso. Rogério sugere que, para amenizar o impacto, seria necessário alterar a base dos impostos, fazendo com que eles sejam de forma fixa, não influenciando em aumento direto. “Mas o problema não será resolvido. Ainda assim, se houver aumento do dólar, consequentemente o preço sobe. É um problema em cascata”, explicou.

Com relação às pessoas que não teê um veículo convencional (carro ou moto), Rogério alerta: “Mesmo que a pessoa não faça aquisição de combustível, vai sofrer o impacto deste aumento, justamente nos alimentos e em todas as mercadorias adquiridas oriundas de fretes, pois haverá aumento neste serviço influenciando nos preços de todos os commodities”.

Para o ex-motorista de aplicativo Helton Paiva, a ideia de atuar na área surgiu quando ele perdeu o emprego formal devido à pandemia. “Foi um meio de conseguir uma renda de forma rápida enquanto tentava uma recolocação no mercado. Isso aconteceu com quase todos os motoristas de aplicativos. Tínhamos um emprego fixo e tivemos que aderir à categoria para ter uma renda”, afirmou.

Helton explica que as vantagens de atuar como motorista de aplicativo são poucas. Uma delas, pregada por todas as plataformas, é que os motoristas que fazem seus próprios horários, além da flexibilidade para trabalhar. “Essa flexibilidade existe, mas se você não trabalha, você não terá renda. É fato que você pode trabalhar em qualquer horário e dá para resolver vários assuntos pessoais, mas depois terá que trabalhar quase que dobrado para ter a renda no final do dia ou quase sempre entrando pela madrugada”, esclareceu o ex-motorista.

Sobre a alta dos combustíveis, ele afirma ser o principal motivo para desistir da área. Seu custo com combustíveis era de R$ 100,00 para rodar o dia inteiro e precisava ganhar pelo menos R$ 200,00 com as corridas. “Outro motivo é a taxa que fica com o motorista não acompanhar o aumento dos preços, tais como manutenção, peças, higienização, seguros etc. No final das contas o que fica para o motorista não está pagando o dia de trabalho (oito horas rodando). Há uns cinco meses esse cenário era totalmente diferente, você podia rodar até mesmo seis horas que ficaria com uma boa renda mesmo tirando o custo para isso. Hoje já não rodo porque ficou insustentável. Apenas as plataformas ganham e nós, motoristas, sendo espremidos para ter o mínimo de lucro para fechar o dia no positivo”, concluiu.

Por Cássio Kennedy.

Os preços das principais hortaliças registraram aumento na maioria das Centrais de Abastecimento, no mês de outubro, com destaque para as altas do tomate e da batata. "As chuvas em grande parte do País comprometeram o ritmo de colheita, reduzindo a disponibilidade dos produtos nos mercados", informa a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 11º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (18).

No caso do tomate, os preços continuam em níveis elevados e a oferta do fruto em outubro foi a menor do ano, com quedas desde junho.

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"As chuvas prejudicaram a colheita e as temperaturas mais amenas seguraram o amadurecimento do fruto, reduzindo sua disponibilidade aos mercados", informou em nota a gerente de Estudos do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Joyce Fraga. "Com relação à batata, o movimento altista de preços vem ocorrendo desde julho, influenciado também por fatores climáticos que prejudicam a colheita. Em outubro, houve menor oferta a partir de São Paulo e pressão de demanda pelo produto oriundo de outras regiões."

No caso da cenoura, houve aumento de 4% na oferta a partir de Minas Gerais. Chuvas favoreceram a qualidade da hortaliça em Minas, mas dificultaram a colheita em outras regiões. Segundo a Conab, a volta às aulas presenciais deve provocar aumento da demanda para alimentação escolar.

A estatal informa que o mercado de cebola apresentou movimento de reversão de quedas nos preços, contudo ainda em níveis baixos. Segundo a Conab, chuvas no Sudeste e no Centro-Oeste prejudicaram a colheita, ocasionando aumentos nos preços. "A tendência é de continuidade da alta das cotações", estima.

Em contrapartida, as cotações da alface tiveram movimento preponderante de queda. Conforme a Conab, temperaturas amenas reduziram a demanda por folhosas. Chuvas causaram prejuízos em algumas regiões produtoras e a tendência é de alta neste mês.

A pesquisa da Conab considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Frutas

No segmento de frutas, o estudo da Conab também levou em conta os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia).

Segundo o estudo, mesmo com o início das chuvas, o preço da laranja mostrou aumento em todas as Centrais de Abastecimento analisadas. Segundo a Conab, a produção da laranja brasileira ainda enfrenta os efeitos das precipitações abaixo da média nos meses de julho e agosto, e ocorrência de geadas em importantes regiões produtoras.

O preço da banana registrou queda na maioria dos mercados atacadistas em outubro. Segundo a Conab, a demanda diminuiu em decorrência da piora na qualidade, provocada por chuvas, e dos feriados ao longo do mês.

A oferta de maçãs mostrou-se estável ao longo do mês, em virtude da possibilidade de controle por meio do uso de câmaras frias. No caso do mamão, houve em outubro maior oferta da variedade papaia e menor disponibilidade do formosa. "Chuvas dificultaram o ritmo de colheita, logística de distribuição e ocasionaram o aparecimento de doenças", comenta a estatal.

Já os preços da melancia tiveram variações para cima e para baixo. "No geral, houve redução de 8,2% na oferta, explicada pelo pico da produção goiana no mês de setembro", conclui a Conab.

O gás de cozinha já está custando R$ 140 o botijão de 13 quilos em Sorriso, Mato Grosso, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) referente à semana de 31 de outubro a 6 de novembro. O preço médio no País ficou em R$ 102,48, alta de 0,4% contra a semana anterior.

O último aumento do produto foi realizado pela Petrobras em 9 de outubro, da ordem de 7%. O preço mais baixo encontrado pela ANP foi em Araçatuba, São Paulo, de R$ 75,00 o botijão.

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A gasolina comum, na mesma semana, encostou nos R$ 8 o litro em Bagé, no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 7,999 o litro. Já o menor preço por litro, de R$ 5,297, foi encontrado em Atibaia, São Paulo. Em média, o preço da gasolina ficou em R$ 6,710 o litro.

Centro das tensões entre o governo e os caminhoneiros, o preço médio do diesel subiu 2,4% em uma semana, refletindo ainda o aumento da Petrobras anunciado em 26 de outubro. Segundo a ANP, o preço médio ficou em R$ 5,339 o litro, sendo o mais caro encontrado a R$ 6,70 em Cruzeiro do Sul, no Acre, e o mais barato a R$ 4,299 em Sumaré, São Paulo.

A Petrobras reajusta os combustíveis dentro de uma política de paridade aos preços de importação, que leva em conta o preço do petróleo no mercado internacional, o câmbio e os custos de importação do produto.

Segundo analistas, apesar de realizar aumentos com frequência, os preços cobrados pela estatal nas refinarias ainda estão abaixo do negociado no exterior, levando a uma defasagem que deve ser aos poucos reduzida, já que o preço do petróleo não para de subir e o real tem se desvalorizado.

Em meio a temores no mercado de ingerência política na Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na segunda-feira, 1º, que a semana será de "jogo pesado" com a estatal, sem detalhar qual seria a estratégia do governo ao longo dos próximos dias. Ele disse saber, de forma extraoficial, que a empresa fará um novo reajuste nos preços dos combustíveis dentro de 20 dias. "Isso não pode acontecer."

As declarações foram dadas a jornalistas na cidade italiana de Anguillara Veneta, onde o presidente recebeu o título de cidadão local. Para comparecer à agenda de caráter pessoal, Bolsonaro deixou de ir à COP-26, na Escócia, que reúne os principais líderes globais para discutir temas relacionados ao meio ambiente.

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Questionado sobre o Auxílio Brasil, o programa que substitui o Bolsa Família, o presidente desconversou e disse que a prioridade, neste momento, é a disparada do valor dos combustíveis. "Essa semana vai ser um jogo pesado com a Petrobras. Porque eu indico o presidente. Quer dizer, tem de passar pelo conselho, não sou eu que indicou, passa pelo conselho. E tudo de ruim que acontece lá cai no meu colo. O que é de bom, não cai nada em meu colo", disse.

"Uma notícia que eu dou para vocês, eu tenho pressa, a Petrobras vai anunciar, eu sei extraoficialmente, novo reajuste daqui a uns 20 dias. Isso não pode acontecer", acrescentou.

As declarações obrigaram a Petrobras a divulgar comunicado para dizer que os ajustes de preços "são realizados no curso normal de seus negócios" e que "seguem as suas políticas comerciais vigentes".

Sobre novo reajuste, a estatal informou que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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