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O envelhecimento da população fará com que os gastos públicos com assistência ambulatorial no País cheguem a R$ 33,4 bilhões em 2030. Este valor equivalerá a 2,3 vezes os gastos de R$ 14,8 bilhões realizados com estes serviços em 2010. Os dados constam de levantamento que o Instituto de Estudo de Saúde Suplementar (IESS) divulgou nesta terça-feira no "Seminário Internacional: Projeções do Custo do Envelhecimento no Brasil", realizado na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

De acordo com os autores do estudo, "o cenário em referência se aproxima daquele que considera o crescimento dos gastos totais de acordo com o crescimento previsto da economia de 4% ao ano". O trabalho ainda afirma que os grupos etários que mais contribuirão para o crescimento nos gastos serão os idosos acima de 60 anos e os que menos contribuirão serão as crianças e adolescentes.

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"O cenário que considera a variação das taxas de utilização e dos gastos médios por grupo etário resulta em maior participação relativa dos idosos sobre os gastos totais em 2030, que aumentariam entre 22,4% e 53,3%", mostra o levantamento.

Com relação às despesas públicas com assistência hospitalar, segundo o IESS, o maior gasto seria com a retomada das taxas de internação por faixa etária aos níveis observados em 1995 (que foram de 10%), em conjunto com o envelhecimento populacional. "O gasto esperado é da ordem de R$ 30,1 bilhões, cerca de 2,8 vezes superior ao gasto com internação observado em 2010", afirma o documento.

O estudo mostra também que o cenário que contempla o efeito demográfico e a variação das taxas de internação por faixa etária de acordo com a média histórica (cenário de menor utilização) é o único que resulta em gastos esperados menores que os observados em 2010, evidenciando que o efeito negativo da redução nas taxas de utilização sobre os gastos é maior que o efeito positivo relacionado às mudanças demográficas. "Este cenário levaria a um gasto de R$ 9,2 bilhões, inferior aos R$ 10,7 bilhões observados em 2010", mostra o estudo.

O trabalho indica que, comparativamente à contribuição relativa observada em 2010, todos os cenários apresentam um aumento da representatividade dos idosos no gasto total. As faixas etárias com maior variação positiva são as de 60 a 69 anos e de 70 a 79 anos.

O estudo mostra ainda que o gasto público com assistência hospitalar e ambulatorial em 2030, considerando apenas o efeito demográfico, será da ordem de R$ 35,8 bilhões ante R$ 25,5 bilhões em 2010. "Se as taxas de utilização e os gastos médios crescerem, o cenário mais plausível, considerando as inovações tecnológicas na área da saúde, é de que o gasto chegará a R$ 63,5 bilhões em 2030, um aumento de 149% em relação a 2010".

Caso a economia cresça 2% ao ano, em 2030 os gastos assistenciais ambulatoriais e hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) representarão 1,1% do PIB, considerando o envelhecimento populacional e o crescimento nas taxas de utilização e gastos médios por grupo etário. Se a economia crescer 4% ao ano, esses gastos assistenciais irão consumir 0,8% do PIB.

A expansão e o envelhecimento da população deverão elevar para valores acima de R$ 80 bilhões as despesas com saúde suplementar em 2030, projeta levantamento feito pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O valor representará crescimento de 35% em relação aos R$ 59,2 bilhões gastos pelas operadoras em 2010 somente como consequência do crescimento total de beneficiários de planos de saúde e, sobretudo, do contingente de idosos.

O estudo foi divulgado nesta terça-feira durante o seminário internacional "Projeções do custo do envelhecimento no Brasil", realizado na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O objetivo do trabalho é subsidiar as decisões governamentais para a seguridade social e projeções com gastos em saúde e previdência.

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O trabalho considera dois cenários na projeção dos gastos do setor nas próximas décadas: o efeito demográfico puro - sem aplicação de nenhum indicador inflacionário ou frequência de utilização dos serviços, o que elevaria os valores estimados - e o número de internações da população entre 60 e 69 anos, que é o dobro daquela com idade entre 40 e 49 anos.

Segundo o IESS, no primeiro cenário, ao considerar a utilização de uma amostra de operadoras de planos individuais e a extrapolando para o conjunto de todo o mercado, o estudo concluiu que as despesas atingiriam R$ 83,1 bilhões em 2030 e em 2050 saltariam para R$ 104,7 bilhões. Já no segundo, considerando uma amostra de operadoras de autogestão e a extrapolando para todo o mercado, a previsão é de R$ 87,6 bilhões para 2030 e de R$ 117,5 bilhões em 2050.

"O fato de a população envelhecer não é ruim para o negócio de saúde suplementar. Se houver equilíbrio financeiro entre o que se gasta e os valores recebidos pelas operadoras, estamos falando de um mercado muito significativo e, não por outro motivo, as grandes corporações globais do setor estão de olho no Brasil", analisa o superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro. Para ele, há uma grande oportunidade neste segmento, mas que poderá se tornar um risco, dado que o problema não está no envelhecimento da população, mas em não haver equilíbrio entre o valor cobrado e as despesas da área.

Ainda de acordo com o estudo do IESS, em 2010 o Brasil tinha 190,8 milhões de habitantes, com 11% de idosos. Para 2030, a estimativa do IBGE é de que o total de idosos chegará a 40,5 milhões de idosos, ou 19% da população, que deverá chegar a 216,4 milhões.

"A projeção do IESS analisa o momento posterior ao chamado 'bônus demográfico', período em que a parcela da população em idade ativa é maior que a dependente", diz o estudo.

A previsão do IESS é a de que o bônus demográfico termine entre 2020 e 2025, como resultado do crescimento mais acelerado da população idosa. Pelos cálculos do IESS, o total de beneficiários de planos de saúde deve saltar de 44 milhões de pessoas em 2010 para 51 milhões, em 2030, se mantida a atual participação de beneficiários no total da população, a chamada "taxa de cobertura", que gira em torno de 20% da população brasileira.

O Ministério da Previdência Social confirmou, nesta segunda-feira, que o déficit da Previdência no mês de agosto foi de R$ 4,936 bilhões. O dado já havia sido divulgado na semana passada pelo Tesouro Nacional. O saldo negativo foi 90,4% superior ao registrado em julho e 19,3% maior que o do mesmo mês de 2011.

O déficit em agosto foi resultado de receitas R$ 22,534 bilhões e despesas com benefícios de R$ 27,480 bilhões. O Ministério também contabiliza renúncias fiscais de R$ 2,034 bilhões, que se consideradas no cálculo final reduzem o déficit para R$ 2,901 bilhões no mês.

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No acumulado do ano, até agosto, o rombo da Previdência chega a R$ 28,492 bilhões. O resultado representa o aumento de 4,5% em relação ao déficit registrado nos oito primeiros meses de 2011.

De acordo com a Previdência, o saldo negativo poderia ser menor se as compensações pelas desonerações da folha de pagamento já tivessem sido pagas. "Um projeto de crédito adicional ainda tramita no Congresso, mas como existe a garantia na lei da desoneração, seguramente a Previdência será compensada até o fim do ano", afirmou o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim.

O saldo negativo é causado pela Previdência Rural, que registrou déficit de R$ 6,570 bilhões em agosto e acumula um rombo de R$ 42,547 bilhões em 2012. Já a Previdência Urbana ficou positiva em R$ 1,633 bilhão no mês e apresenta um superávit de R$ 14,055 bilhões no ano.

O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, disse nesta segunda-feira que o governo abandonou um polêmico plano de elevar a contribuição previdenciária dos trabalhadores, mas alertou que provavelmente aumentará o imposto de renda e reduzirá os salários do funcionalismo público para cumprir metas orçamentárias estipuladas no plano de resgate de país, no valor de 78 bilhões de euros (US$ 101 bilhões).

Passos Coelho recuou após a reação negativa da opinião pública e de políticos a um plano que elevaria a contribuição previdenciária de 11% para 18% dos salários, o que permitiria às empresas cortar suas próprias contribuições de 23,75% para 18%. O governo foi acusado de querer transferir dinheiro dos trabalhadores para as companhias e dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a proposta, nas maiores manifestações registradas em Portugal desde que o país recebeu seu programa de ajuda, em maio do ano passado.

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O premiê português defendeu o plano dizendo que a redução dos custos da mão de obra abriria o caminho para as empresas aumentarem as contratações e para consertar os que os credores internacionais afirmam ser o principal problema de Portugal - sua fraca competitividade em relação ao resto do mundo.

"Nós ainda buscaremos medidas para lidar com o desemprego e aumentar a competitividade", disse Passos Coelho a repórteres, após reunir-se mais cedo com sindicatos e associações empresariais para discutir novas ações de austeridade.

Segundo Passos Coelho, ainda não há uma decisão final sobre as medidas de austeridade, que precisarão ser aprovadas pelos credores de Portugal.

Antes do anúncio, o porta-voz da Comissão Europeia (CE), Olivier Bailly, comentou que a busca por Portugal de reformas alternativas, que evitam o aumento da contribuição previdenciária, não muda "o acordo geral" entre Lisboa e seus credores, que incluem a própria CE, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Bailly também pediu que Lisboa apresente as novas medidas em breve. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, disse nesta segunda-feira que o governo abandonou um polêmico plano de elevar a contribuição previdenciária dos trabalhadores, mas alertou que provavelmente aumentará o imposto de renda e reduzirá os salários do funcionalismo público para cumprir metas orçamentárias estipuladas no plano de resgate de país, no valor de 78 bilhões de euros (US$ 101 bilhões).

Passos Coelho recuou após a reação negativa da opinião pública e de políticos a um plano que elevaria a contribuição previdenciária de 11% para 18% dos salários, o que permitiria às empresas cortar suas próprias contribuições de 23,75% para 18%. O governo foi acusado de querer transferir dinheiro dos trabalhadores para as companhias e dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a proposta, nas maiores manifestações registradas em Portugal desde que o país recebeu seu programa de ajuda, em maio do ano passado.

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"Nós ainda buscaremos medidas para lidar com o desemprego e aumentar a competitividade", disse Passos Coelho a repórteres, após reunir-se mais cedo com sindicatos e associações empresariais para discutir novas ações de austeridade.

Segundo Passos Coelho, ainda não há uma decisão final sobre as medidas de austeridade, que precisarão ser aprovadas pelos credores de Portugal.

Antes do anúncio, o porta-voz da Comissão Europeia (CE), Olivier Bailly, comentou que a busca por Portugal de reformas alternativas, que evitam o aumento da contribuição previdenciária, não muda "o acordo geral" entre Lisboa e seus credores, que incluem a própria CE, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Bailly também pediu que Lisboa apresente as novas medidas em breve. As informações são da Dow Jones.

O crescimento da arrecadação previdenciária no mês de julho, de 7,1% sobre julho de 2011, foi "bastante elevado", na avaliação do secretário de políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim. Mas o resultado ainda ficou abaixo da média do ano, de 8,5%. A boa notícia, segundo ele, é que as receitas estão crescendo mais dos que as despesas no ano, considerando-se o período até julho, que somaram R$ 173,384 bilhões, uma alta de 7,5% na comparação com igual espaço de tempo de 2011.

O secretário salientou que ainda é difícil afirmar que haverá crescimento robusto da arrecadação. "Era cedo para dizer que havia desaceleração da arrecadação no mês passado, também é cedo para dizer que crescerá mais agora", disse. "Os números casam com o resultado do Caged (emprego de trabalho formal), que mostra julho melhor do que junho".

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Rolim enfatizou que, especificamente em julho, houve aumento das despesas, o que não deve se repetir nos próximos meses. As despesas com passivo judicial explicam esse movimento, segundo o secretário, já que somaram R$ 580 milhões em julho, um aumento de 47,1% sobre o mesmo mês de 2011 e de 23,1% em relação a junho deste ano.

Rolim destacou que o déficit da Previdência de agosto será influenciado negativamente pelo pagamento inicial da primeira parcela do 13º salário. Isso também terá impacto no mês de setembro, ainda que em menor grau, conforme o secretário.

O secretário de políticas previdenciárias da Previdência Social, Leonardo Rolim, disse nesta terça-feira (28) que a projeção atual para o déficit de 2012 está na casa dos R$ 38 bilhões e não mais de R$ 39,5 bilhões. O valor maior ainda consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas o mais provável é que o valor fique menor, levando-se em conta que este é o saldo acumulado nos últimos 12 meses.

No mês passado, o secretário havia mantido a expectativa de R$ 39,5 bilhões, mas afirmou que a tendência seria atingir os R$ 38 bilhões. "Vamos esperar mais um pouco", disse. Segundo o secretário, com o crescimento da arrecadação, é até possível que o valor negativo do ano fique abaixo desse montante.

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Rolim disse ainda que esse aumento das receitas é proveniente do aumento da formalidade do mercado de trabalho e da expansão da massa salarial, compensando o aumento do salário mínimo, maior referência para o pagamento de benefícios previdenciários. "Todos os indicadores são de que o segundo semestre será melhor que o primeiro", considerou.

Rolim destacou ainda que, se confirmado esse rombo de R$ 38 bilhões em 2012, ele será menor do que o de 2011 em termos reais. No ano passado, o déficit da Previdência ficou negativo em R$ 36 bilhões. Esse montante, corrigido pelo INPC, seria aproximadamente de R$ 39,5 bilhões.

O governo desistiu de votar no próximo mês as mudanças nas regras de aposentadoria, conforme havia anunciado o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. "Havia a intenção do presidente da Câmara (Marcos Maia) de votar em agosto, mas em função do calendário de medidas provisórias não foi possível avançar nas negociações com o Congresso. Então não há mais previsão de quando será isso", disse nesta quarta-feira o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim.

Apesar do problema de calendário citado pelo secretário, ele admitiu que o Executivo também não fechou uma proposta única sobre as mudanças. Além da Previdência, também se debruçam sobre as novas medidas os ministérios da Fazenda e do Planejamento. "O governo ainda não chegou a um estudo único", admitiu.

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O secretário salientou que, nos moldes de hoje, o sistema previdenciário brasileiro é muito parecido com o grego, um dos estopins da crise naquele país. Questionado por jornalistas se o Brasil poderia se tornar a próxima Grécia em razão desse semelhança, Rolim apenas comentou: "este é um ponto".

Rolim, assim como o ministro da Pasta, Garibaldi Alves Filho, defende o fim do fator previdenciário. "As pessoas se aposentam cedo, mas com um corte brutal do fator, que corta 31% do benefício. Não dá para imaginar que é viável as pessoas se aposentarem em média com 54 anos. Em nenhum lugar do mundo isso se sustenta", argumentou.

O secretário continuou sua alegação acrescentando que as pessoas se aposentam jovens no Brasil mas continuam trabalhando. "Naquele momento, é um adicional de renda, por isso aceita um corte de 31% em média. Para muita gente é maior de 50%. Quando chega na velhice ele vai viver com benefício que foi fortemente reduzido", disse. "Reconhecemos que o valor da aposentadoria é baixo em função do fator. Ele tem papel importante no equilíbrio financeiro, mas no sentido de política previdenciária ele é ruim, porque na hora que a pessoa mais precisa ele é baixo."

A Previdência Social registrou um déficit de R$ 2,757 bilhões em junho, segundo dados divulgados na manhã desta quarta-feira pelo Ministério da Previdência. O valor é resultado de uma arrecadação líquida de R$ 21,631 bilhões e de uma despesa com pagamento de benefícios de R$ 24,389 bilhões. Em junho de 2011, o resultado previdenciário havia sido negativo em R$ 1,997 bilhões - valor corrigido pelo INPC. Dessa forma, o crescimento do déficit nas comparações entre os meses de junho foi de 38,1%.

No acumulado do primeiro semestre de 2012, o déficit da Previdência já soma R$ 20,780 bilhões. O rombo é levemente maior (0,1%) do que o verificado na primeira metade de 2011, de R$ 20,749 bilhões. De janeiro a junho deste ano, a Previdência arrecadou R$ 127,103 bilhões e teve despesas com benefícios no total de R$ 147,883 bilhões. Os valores acumulados também são corrigidos pelo INPC.

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O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, afirmou nesta terça-feira que o governo está fazendo esforço para que uma proposta de mudança nas regras das aposentadorias seja votada no Congresso em agosto, com objetivo de atenuar o crescente déficit previdenciário.

A ideia é utilizar uma fórmula conhecida como 85-95 (soma das idades e período de contribuição de mulheres e homens, respectivamente), mas que seja progressiva. Ou seja, que esse número possa ser ampliado de acordo com o envelhecimento da população. A fórmula vai substituir o fator previdenciário e é uma alternativa à tentativa do Congresso de acabar com o fator sem que haja uma compensação parcial. A regra 85-95 não compensa totalmente o fim do fator, que gerará neste ano uma economia de R$ 10 bilhões para a Previdência, segundo Garibaldi.

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Segundo dados do ministério, mesmo com o fator, a expectativa é de aumento no déficit da Previdência, que hoje está abaixo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), para cerca de 5% do PIB. Nesta terça-feira, o ministério divulgou os dados de maio, que apontaram déficit de R$ 2,573 bilhões, ante R$ 2,419 bilhões em maio de 2011. O resultado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) no acumulado de janeiro a maio foi de um déficit de R$ 17,802 bilhões, ante R$ 17,622 bilhões no mesmo período do ano passado.

O ministro disse que a proposta não está fechada. "Estamos em fase bem embrionária, técnica", afirmou. Na próxima semana, o governo vai apresentar cálculos sobre o impacto da proposta aos líderes do governo no Congresso.

Garibaldi disse ainda que o governo também pode optar por uma solução mista: adotar a regra de idade mínima para novos segurados do INSS, pessoas que ainda não entraram no mercado de trabalho, e utilizar a regra 85-95 para substituir o fator previdenciário para quem já está no mercado. O Brasil é um dos poucos países que não tem idade mínima para aposentaria, ao lado de Irã, Grécia e Equador.

A Comissão de Seguridade Social e Família realizará nesta terça-feira (15) audiência pública para discutir os projetos que extinguem o fator previdenciário. O objetivo é consolidar um acordo para que a matéria seja votada pelo Plenário. A reunião será realizada às 14h30, no Plenário 7.

A Câmara de Negociação sobre Desenvolvimento Econômico e Social, grupo criado na Casa para discutir propostas de interesse de trabalhadores e empregadores, já chegou a um consenso sobre o tema.O debate foi proposto pelos deputados Amauri Teixeira (PT-BA), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Roberto de Lucena (PV-SP). “Os projetos de lei 3299/08 e 4447/2008, que extinguem o fator previdenciário, tratam de matéria relevante, pois buscam a correção de um dispositivo que não alcançou os objetivos para os quais foi instituído e que atualmente penaliza os trabalhadores do regime geral da Previdência Social no momento de sua aposentadoria”, disse Amauri Teixeira.

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Foram convidados: 

- o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), Álvaro Solon de Franca; 

- o diretor-geral da Casa do Aposentado da Bahia, Marcos Barroso de Oliveira;

- o secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Leonardo José Rolim; 

- o diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Pedro Armengol.

 

Em ofensiva para tentar conter o rombo da previdência do setor público, o governo federal deixou de fora o déficit causado pelos benefícios concedidos aos militares. A previdência das Forças Armadas provocou em 2011 um rombo de R$ 22 bilhões - igual à metade do volume orçamentário destinado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e mais de um terço do déficit de R$ 60 bilhões registrado pela previdência do setor público.

Mesmo assim, o projeto de fundo de previdência complementar em tramitação no Congresso não abrange as Forças Armadas e não há nenhuma movimentação do Executivo para enquadrar a tropa. Aprovada na Câmara, a criação do Funpresp aguarda análise do Senado.

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A exclusão dos militares tem criado dificuldade para parlamentares governistas ligados a sindicatos do funcionalismo público. Para eles, o governo peca por não fazer um debate completo sobre o tema. "O governo está com coragem, mas nem tanto. A previdência dos militares é uma caixa preta", protesta o deputado Paulinho Pereira da Silva (PDT-SP), um dos que votaram contra a proposta na Câmara.

Responsável pela negociação do projeto, o secretário de Políticas de Previdência Complementar do Ministério da Previdência, Jaime Mariz, destaca que a Constituição distingue os servidores civis dos militares e, por isso, não seria possível tratar das duas áreas no mesmo projeto. Ele reconhece, porém, que as dificuldades políticas também estão por trás da omissão em se propor uma alternativa às Forças Armadas. "Se tivéssemos incluído os militares, aumentaria a dificuldade de aprovar o fundo."

Dados do ministério mostram que os gastos com o pagamento de militares inativos e pensões crescem de forma constante. Em 2003, quando houve a distinção entre servidores civis e militares nas estatísticas, as despesas com as Forças Armadas foram de R$ 12,3 bilhões. Oito anos depois, esse montante subiu para R$ 24,2 bilhões.

Sem desconto

Ao contrário dos servidores civis, os militares não têm desconto no contracheque para suas aposentadorias - pagam uma contribuição de 7,5% dos vencimentos para a pensão paga a parentes. Em 2003, essa contribuição foi de R$ 1 bilhão e em 2011 chegou a R$ 2,1 bilhões. Mesmo com maior receita, o rombo da previdência militar subiu de R$ 11,3 bilhões para R$ 22,1 bilhões neste período.

O crescimento do déficit ocorre mesmo com a diminuição do número de beneficiários. Em 2003, inativos e pensionistas das Forças Armadas somavam 307 mil pessoas. No ano passado, foram 286 mil, segundo dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento.

A Defesa alega ser necessário o tratamento diferenciado porque o militar não tem uma aposentadoria propriamente dita - ele passa para a reserva ou é reformado. Isso quer dizer que, apesar de não ter mais a obrigação do trabalho, pode ser convocado em caso de necessidade. Esta é a justificativa dada para os militares não terem de contribuir para a própria aposentadoria como os outros trabalhadores, deixando o peso da previdência nas costas da União.

Mariz afirma não haver hoje nenhum plano do governo em mexer nesse vespeiro. Para ele, seria necessário mudar a Constituição antes de criar um fundo complementar para militares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara concluiu a votação do projeto de lei que cria o Fundo de Previdência Complementar do Serviço Público Federal (Funpresp). A proposta, que será agora votada no Senado, prevê a criação de até três fundos de previdência complementar para arcar com as aposentadorias dos servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Pelo projeto, a aposentadoria do servidor público da União terá regras semelhantes à dos trabalhadores da iniciativa privada. Ou seja, os servidores que quiserem ganhar acima do atual teto previdenciário (R$ 3.916,20 mensais, hoje) terão de contribuir para o fundo de previdência complementar. A alíquota de contribuição dos servidores públicos da União será de 8,5% sobre a parcela de remuneração que exceder o teto do INSS. O novo regime só valerá para os servidores que entrarem na administração pública após a sanção da lei.

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A votação do projeto foi concluída hoje pelos deputados com a rejeição de 12 propostas que mudavam o texto aprovado na terça, os chamados Destaques para Votação em Separado (DVS). Um acordo permitiu a aprovação de um destaque: o que proíbe qualquer ligação societária entre as instituições contratadas que venham a gerir recursos do fundo.

A Câmara dos Deputados aprovou, há pouco, o texto principal projeto de lei do Poder Executivo que cria a Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp), menos os destaques que visam a alterar a proposta.

Os destaques devem ser votados amanhã (29). O texto aprovado estabelece a criação de três fundos de previdência complementar – um para os servidores do Poder Executivo, outro do Legislativo e um terceiro para os servidores do Poder Judiciário.

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Votaram favoravelmente à aprovação do projeto 318 deputados, 134 votaram contra e houve duas abstenções. A maioria dos partidos encaminhou votação favorável ao texto do relator, deputado Rogério Carvalho (PT-SE). Apenas o PDT, DEM, P-SOL e o PMN recomendaram votação contrária à matéria. O PSD, o bloco PPS/PV e o bloco PSB/PTB/PCdoB liberaram seus deputados para a votação.

Com a criação da Funpresp, os futuros servidores públicos terão garantido pela União uma aposentadoria igual a que é paga aos trabalhadores regidos pelo Regime Geral da Previdência. No entanto, os novos servidores que quiserem aumentar suas aposentadorias terão que aderir ao plano de previdência complementar e contribuir com um percentual a ser negociado. A contribuição do servidor será paritária com a da União até o limite de 8,5%.

Se o servidor optar por contribuir com um percentual menor que os 8,5%, ele poderá fazê-lo e, nesse caso, a contrapartida da União será igual ao percentual de contribuição do servidor. Caso o servidor queira contribuir com percentual acima de 8,5 %, ele poderá contribuir, mas a contrapartida da União não poderá ser superior ao teto de 8,5%.

De acordo com o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), as novas regras de previdência para os servidores públicos estabelecidas com a criação da Funpresp não irão prejudicar os atuais servidores. “Elas só valerão para aqueles que ingressarem no serviço público após a sanção da nova lei”.

Concluída a votação da Funpresp na Câmara, o projeto será encaminhado à apreciação e votação do Senado. Se for modificado pelos senadores, a matéria terá que ser novamente apreciada pelos deputados.

Segundo o secretário de Previdência Complementar do Ministério da Previdência, Jairo Mariz, a partir da sanção da nova lei serão 180 dias para a criação dos três fundos de previdência complementar e 240 dias para a entrada em funcionamento das novas regras. De acordo com ele, a medida visa equacionar o déficit da previdência no futuro.

Brasília - O Diário Oficial  da União de hoje (9) publica portaria conjunta dos ministérios da Fazenda e da Previdência Social fixando o piso e o teto dos benefícios dos aposentados e pensionistas. O reajuste do salário mínimo no dia 1º de janeiro, de R$ 545 para R$ 622, estabeleceu o valor mínimo que será pago aos beneficiários do Regime Geral de Previdência Social. O teto dos benefícios subiu de R$ 3.691,74 para R$ 3.912,20, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 6,08%, relativo a 2011, anunciado sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os valores intermediários entre o teto e o piso pagos pelo INSS estão automaticamente corrigidos pelo INPC do ano passado. O aumento no valor do benefício de quem ganha acima do piso previdenciário representará um impacto líquido de R$ 7,6 bilhões, de acordo com os cálculos do ministério.

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A portaria fixa também as novas alíquotas de contribuição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para empregadas domésticas e para quem trabalha por conta própria. Os que ganham até R$ 1.174,86 vão arcar com a contribuição mensal de 8% sobre esse valor. Entre R$ 1.174,87 e R$ 1.958,10, a alíquota será de 9%,  e para quem ganha entre R$ 1.958,11 e R$ 3.916,20, a contribuição será de 11%.

A cota do salário-família passa a ser R$ R$ 31,22 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 608,80 e R$ 22,00 para quem tem remuneração mensal superior a R$ 608,80 e igual ou inferior a R$ 915,05.

Os recolhimentos feitos este mês relativos a dezembro ainda se enquadram na tabela anterior, de  2011.  As alíquotas são 8% para quem ganha até R$ 1.107,52; 9% para quem ganha entre R$ 1.107,53 e R$ 1.845,87 e 11% para os que ganham entre R$ 1.845,88 e R$ 3.691,74. A cota do salário-família passou a ser de R$ 31,22 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 608,80 e R$ 22,00 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 608,80 e igual ou inferior a R$ 915,05.

As contribuições à Previdência Social têm critério diferenciado para os empreendedores individuais, que a partir deste mês vão recolher R$ 31 e têm todos os direitos assegurados aos demais contribuintes. Eles envolvem 500 atividades autônomas que faturam até R$ 60 mil por ano e são enquadradas no Simples Nacional, com direito à emissão de nota fiscal de serviços. Até o fim de dezembro estavam inscritos nessa categoria mais de 1,902 milhão de trabalhadores. De acordo com informações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), nos primeiros dias deste mês aderiram ao sistema como novos empreendedores mais de 15,8 mil trabalhadores. 

Ao menos uma pessoa já foi detida hoje durante duas operações deflagradas pela Polícia Federal de Volta Redonda, no Rio, para coibir fraudes contra a Previdência Social na Região Sul Fluminense.

Segundo a chefe da delegacia da PF de Volta Redonda, Carla Dolinski, quadrilhas especializadas inseriam vínculos empregatícios fictícios nos sistemas da Previdência para obtenção de benefícios indevidos, como seguro-desemprego.

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Estão sendo cumpridos 14 Mandados de Prisão Temporária e 40 Mandados de Busca e Apreensão nas cidades de Volta Redonda, Barra Mansa, Barra do Piraí, Resende, Piraí, Pinheiral, Angra dos Reis, Paraíba do Sul, Nova Iguaçu, Queimados, Duque de Caxias, São João de Meriti, Niterói e Juiz de Fora, em Minas.

Além da prisão, vários documentos já foram apreendidos. As operações Inserção e Cigarra contam com apoio do Ministério Público Federal e da Previdência Social.

O Ministério da Previdência promove uma campanha para que donas de casa de baixa renda se inscrevam na Previdência Social. Veiculada em rádio e televisão, a peça publicitária incentiva as donas de casa a contribuir com 5% do salário mínimo, o que equivale hoje a R$ 27,25.

De acordo com o diretor do Regime Geral de Previdência, Rogério Nagamine, para se inscreverem as donas de casa precisam se dedicar exclusivamente ao trabalho doméstico, ter renda familiar de no máximo dois salários mínimos (R$ 1.090) e estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

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"A preocupação é garantir a proteção social da Previdência para essas pessoas. Se inscrevendo, ela passa a ter direito a benefícios como o salário maternidade e o auxílio doença. Com isso ela pode também se aposentar por idade. Nesse caso, são exigidos 15 anos de contribuição e 60 anos de idade", explicou.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 6 milhões de donas de casa preenchem as condições para se inscrever no benefício.

A orientação de Nagamine para as donas de casa que se interessarem em fazer a inscrição é ligar para o número da Previdência, o 135, para receber as orientações e fazer seu cadastro no Regime Geral de Previdência Social. As informações são da Agência Brasil.

O governo cedeu às pressões do Judiciário, dos servidores e de parte dos partidos da base - PT, PDT e PCdoB - e aceitou criar fundos de Previdência Complementar para o funcionalismo de cada um dos três Poderes separadamente. O fundo único com a possibilidade de planos distintos para o Executivo, Legislativo e Judiciário era um dos pilares do projeto que acaba com a aposentadoria integral para os futuros servidores públicos, estabelecendo um teto de benefício e instituindo a aposentadoria complementar.

Depois de mais uma rodada de negociação entre o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, e do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, com líderes de partidos da base e relatores do projeto na Câmara, o governo aceitou outras mudanças no texto. A administração dos fundos poderá ser dos próprios participantes, ou seja, deixará de ser obrigatoriamente terceirizada, como estabelecia a proposta.

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O PT resistia a permitir a gestão privada dos fundos. Há uma avaliação de que a medida poderia retirar a liberdade de investimento dos recursos em projetos considerados prioritários do governo. Na defesa do projeto original, Nelson Barbosa argumentou que o modelo de previdência complementar encaminhado ao Congresso diminuiria os custos da administração.

"Um único fundo teria vantagem de economia em escala, juntando os recursos", disse o secretário-executivo. Ele ponderou, no entanto, que, como os Poderes têm sua autonomia de cargos e salários, a economia poderia ser anulada pela gestão. Agora, serão três fundos, cada um com seu plano e gestão paritária entre representantes dos servidores e da União.

O PT pressiona ainda pelo aumento da alíquota de contribuição para o fundo. Nelson Barbosa reafirmou que os cálculos do governo demonstram que os 15% - 7,5% do governo e 7,5% do servidor - são suficientes para tornar o sistema sustentável. Ele afirmou que a contribuição dará para cobrir por 25 anos o benefício do servidor que se aposentar com 65 anos de idade, depois de contribuir por 35 anos, além de permitir que parte dos 15%, que ficarão à parte, pague o benefício além dos 90 anos de idade.

Nelson Barbosa argumentou ainda que o cálculo da rentabilidade do fundo foi feita de forma conservadora, considerando um retorno de apenas 5% ao ano, quando a rentabilidade real média é acima desse porcentual. O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), contestou. "Os 7,5% não dão. Nossos estudos indicam que será necessário a alíquota entre 8,5% a 9,5%. Temos de voltar a esses estudos atuariais", disse.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que as negociações caminham para o entendimento e votação do projeto até a primeira semana de dezembro na Câmara. O governo pretende aprovar o projeto neste ano como forma de barrar o crescimento no rombo da Previdência do servidor público e tornar o sistema sustentável. Enquanto a Previdência Social, que atende 23 milhões de aposentados da iniciativa privada, registra um déficit de R$ 44 bilhões, o rombo na Previdência do funcionalismo público está em R$ 57 bilhões, embora com um número muito menor de beneficiados. São 958 mil aposentados, do total de 2,11 milhões de servidores públicos da União.

O novo sistema de previdência atingirá os servidores que entrarem no serviço público após a aprovação do projeto e a entrada em vigor da lei. A proposta estabelece um teto de aposentadoria equivalente ao do INSS, de R$ 3.691,74. O trabalhador da administração pública irá contribuir com 11% sobre esse teto. Para se aposentar com um benefício maior, terá de contribuir para a previdência complementar.

O déficit das contas do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) somou R$ 1,328 bilhão em outubro, o que representou uma queda de 42,7% ante o mesmo período do ano passado, quando o saldo negativo foi de R$ 2,317 bilhões. As informações foram divulgadas hoje pelo Ministério da Previdência Social.

O resultado de outubro reflete o desempenho da arrecadação que atingiu R$ 20,521 bilhões enquanto as despesas com benefícios previdenciários somaram R$ 21,849 bilhões.

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No acumulado de janeiro a outubro deste ano, o rombo da Previdência é de R$ 36,790 bilhões, o que representa uma redução de 19,2% ante igual período de 2010. De janeiro a outubro do ano passado, o déficit da previdência foi de R$ 45,521 bilhões.

No ano, a arrecadação líquida da Previdência atingiu, até outubro, R$ 193,742 bilhões. Já as despesas com benefícios totalizaram R$ 230,532 bilhões.

O Ministério do Planejamento irá liberar para gastos dos três poderes R$ 12,153 bilhões, segundo o Relatório de Receitas e Despesas relativo ao quinto bimestre do ano, divulgado hoje. O Executivo terá o maior descontingenciamento: R$ 11,963 bilhões. O restante será distribuído entre Legislativo (R$ 26,7 milhões), Judiciário (R$ 123,3 milhões) e Ministério Público da União (R$ 40,8 milhões).

Segundo o relatório, o aumento do limite para gastos foi possível graças, principalmente, a uma elevação em R$ 11,987 bilhões na previsão de receitas líquidas em 2011 e a uma redução na estimativa de déficit da Previdência Social em R$ 2,173 bilhões.

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O novo relatório ainda prevê alta nas despesas obrigatórias de R$ 1,789 bilhão em relação à última estimativa divulgada.

Previdência

A previsão de déficit da Previdência foi reduzida para R$ 34,646 bilhões. A previsão de arrecadação previdenciária subiu R$ 3,2 bilhões, atingindo R$ 248,783 bilhões. Esse acréscimo deve-se, segundo o Planejamento, à previsão de crescimento nominal da massa salarial, revisto de 13,36% para 15,37%.

A estimativa das despesas com benefícios previdenciários aumentou em R$ 1,025 bilhão, sendo R$ 760,4 milhões para benefícios e R$ 264,9 milhões para sentenças judiciais de pequeno valor. Os gastos com pagamento de benefícios este ano devem somar R$ 283,429 bilhões.

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