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O FI-FGTS conseguiu no ano passado rentabilidade recorde de 8,22%, um ponto porcentual acima da verificada em 2012, segundo demonstrações financeiras publicadas nesta quarta-feira (21). Esse retorno expressivo - acima dos 6% mais Taxa Referencial (TR) que a Caixa Econômica Federal, administradora do fundo de investimento é obrigada a perseguir - só foi possível graças a cláusulas contratuais que garantiram ao banco condições privilegiadas na recuperação judicial da Rede Energia, na qual o FI-FGTS detinha 25%.

O dinheiro do fundo de investimento não sai das contas individuais dos trabalhadores, mas sim do superávit financeiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A participação da Caixa e, consequentemente, do trabalhador quase virou pó quando, no ano passado, a Rede Energia, com uma dívida de cerca de R$ 10 bilhões, incluindo impostos e contribuições em atraso, quebrou no primeiro trimestre.

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No início de julho, a Rede Energia foi vendida para a Energisa, holding que controla cinco distribuidoras de energia, responsável pela distribuição de eletricidade para cerca de 2,6 milhões de consumidores em 352 cidades. Em janeiro deste ano, a Aneel deu o último aval para a transferência do controle acionário do Grupo Rede para a Energisa.

A receber - Com a operação, o FI-FGTS transformou por uma regra contratual a participação que detinha na empresa em uma dívida de R$ 720,6 milhões a receber. No balanço de 2012, pela situação complicada da empresa, a Caixa estimou em R$ 275,4 milhões o crédito com a Energisa, uma conta conservadora que refletia o valor do ativo antes do exercício da opção da venda. A diferença de R$ 445,2 milhões foi incorporada ao balanço deste ano, o que impactou a rentabilidade.

"Conseguiríamos atingir o 'benchmark' (índice de referência) - 6% ao ano mais TR - mas essa operação foi essencial", disse ao Estado uma fonte envolvida na contabilidade do fundo. A aprovação da recuperação judicial e o sinal verde dos órgãos de controle para a transferência do controle do Grupo Rede pela Energisa ratifica a visão do fundo de que vai receber, em parcelas, o crédito.

O FI-FGTS foi criado em 2008 para ajudar o governo a ampliar os investimentos em rodovias, ferrovias, energia elétrica e saneamento básica. Depois foi incluída a opção de aportes em aeroportos, o que ainda não foi feito. O fundo tinha o objetivo também de melhorar a rentabilidade dos recursos dos trabalhadores - 3% ao ano mais TR.

De acordo com a lei aprovada em 2004, pelo Congresso Nacional, a matemática ganhou data comemorativa, que é o dia 6 de maio. Porém, pela desenvoltura dos estudantes, a situação da educação no País e por causa de uma pesquisa publicada recentemente, não há muito o que comemorar. O Brasil ficou em 38º lugar no ranking mundial de 40 nações em avaliação realizada pela Pearson e pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU). A doutora em educação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Rosinalda Teles, afirma que essa realidade náo é novidade.

“O estudo do 1º ao 9º ano do ensino fundamenal é primordial para a formação básica das disciplinas. Durante esses anos, o estudante aprende a organizar o raciocínio e interpretar o conteúdo”, diz Rosinalda. Ela ainda destaca alguns assuntos a maioria dos alunos apresenta mais dificuldades. “Equação do 1º grau e a passagem do domínio dos números naturais para o domínio dos números inteiros e para os racionais são alguns deles. Na solução dos problemas, por exemplo, eles tentam utilizar todos os números do enunciado, sem necessidade. Vale lembrar que eles não conseguem compreender e interpretar as questões”, explica.

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A reportagem do Portal LeiaJá foi às ruas do Centro do Recife para pedir que alguns alunos, de escolas públicas e particulares, ressolvessem questões referentes aos 6º e 7º anos. Apenas uma aluna conseguiu resolver o problema. Confira o vídeo.

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Para a doutora, “isso ocorre devido uma transição da disciplina". "No início, eles têm o conhecimento dos números e de algumas operações básicas, mas quando esse conteúdo é contextualizado em problemas, por exemplo, surgem as dificuldade de interpretação”, explica a doutora. “Essa dificuldade começou a ocorrer na época da industrialização, quando a Matemática Moderna exigiu conhecimentos além das contas básicas”, complementa.

Essa dificuldade começou a ocorrer na época da industrialização, quando a Matemática Moderna exigiu conhecimentos além das contas básicas - operações fundamentais com números naturais”, complementa. Ela ainda ressalta vários problemas que dificultam as mudanças desse cenário. “Não há estrutura nas escolas, os professores são mal remunerados e há muitos alunos em sala de aula. Com isso, a carreira não se torna atrativa e os problemas, literalmente, permanecem”, lamenta.

 

 

 

O número de diaristas cresceu em 2013, ano em que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Domésticas foi aprovada no Congresso. Uma pesquisa elaborada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) aponta que 38,1% das mulheres trabalhadoras domésticas atuavam como diaristas na Região Metropolitana de São Paulo. Em 2012, 35,1% estavam nessa condição.

O levantamento também mostrou que diminuiu o número de mensalistas com carteira de trabalho assinada de 2012 para 2013 (queda de 38,8% para 38,6%) e a fatia das trabalhadoras sem carteira assinada recuou no período (de 26,1% para 23,3%). "Não é possível dizer que a aprovação da emenda provocou o crescimento do número de diaristas. O movimento de crescimento dessa categoria não foi exclusividade do ano passado", afirma Alexandre Loloian, economista do Seade e coordenador da pesquisa.

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Nos últimos anos, vários fatores contribuíram para o aumento da contratação de diaristas. Primeiro, houve uma maior participação feminina no mercado de trabalho e consequentemente a necessidade de ter de contratar uma pessoa para ajudar nas tarefas domésticas. Segundo, a população brasileira está ficando mais velha, o que leva a uma demanda maior por trabalhadores domésticos.

Formalização

"Mas o que a pesquisa mostra é que a emenda - esperamos que a regulamentação na demore muito - vai legislar para um conjunto pequeno de trabalhadores", disse Loloian.

Um dos efeitos dessa pouca formalização é que 51,2% dos trabalhadores não contribuem com a Previdência Social. Esse valor chega a 88,5% no caso dos trabalhadores sem carteira assinada e é de 80,1% no recorte feito apenas com as diaristas.

Apesar do elevado e persistente número de trabalhadoras informais, o setor de serviços domésticos vive uma formalização se os dados forem analisados num recorte de tempo mais longo. Em 1994, o total de trabalhadoras mensalistas com carteira de trabalho assinada era de 25,4%, enquanto o total de profissionais mensalistas sem carteira assinada respondiam por 44,2% do total.

O aquecimento do mercado de trabalho nos últimos anos também provou uma "fuga" de brasileiros dispostos a fazer serviços domésticos. Segundo a pesquisa da Fundação Seade, em 2013 a participação dessa categoria de profissionais no total de ocupados na Região Metropolitana de São Paulo era de 6,7%. As mulheres representam 96,1% do total - cerca de 625 mil trabalhadoras.

Salário e jornada

A pesquisa também mostrou que o rendimento das diaristas e dos trabalhadores domésticos com carteira assinada cresceu em 2013. Na comparação com 2012, as altas foram de 10,5% e 9,7%, respectivamente, elevando o valor pago por hora trabalhada para R$ 7,55 e R$ 6,15. No caso dos profissionais mensalistas sem carteira assinada, o salário por hora cresceu 3,8%, para R$4,6. "O trabalho da diarista costuma ser mais intenso, tem um ritmo diferente por isso a remuneração por hora é maior", diz Loloian.

Com relação à carga horária de trabalho, houve redução na jornada semanal média para as mensalistas com carteira de trabalho assinada entre 2012 e 2013, segundo a pesquisa. As horas trabalhadas recuaram de 41 horas para 40 horas. No caso das trabalhadores mensalistas sem carteira, houve um crescimento de 37 horas para 38 horas. As diaristas mantiveram a carga horária de 25 horas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Bovespa encerrou março com o melhor desempenho mensal desde janeiro de 2012, quando ganhou 11,13%. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) - principal termômetro do mercado acionário do País - avançou 7,05% no mês passado. Na segunda-feira (31), a Bolsa subiu 1,3%, e encerrou o pregão aos 50.414,92 pontos, nível mais alto desde 8 de janeiro (50.576,64 pontos).

No mês em que a nota de crédito do Brasil foi rebaixada pela agência de risco Standard & Poor’s (S&P) de BBB para BBB-, vários fatores contribuíram para o resultado positivo da Bolsa em março - de questões políticas locais até crises internacionais. Apesar do avanço, o desempenho de março ainda é insuficiente para reverter o resultado ruim dos dois primeiros meses do ano. Em 2014, o Ibovespa acumula perda de 2,12%.

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Em março, as ações da Bolsa brasileira foram impulsionadas pela menor popularidade do governo Dilma Rousseff, segundo operadores de mercado. A pesquisa CNI/Ibope, divulgada na quinta-feira (27), indicou que caiu de 43% para 36% o porcentual dos brasileiros que consideram o governo ótimo ou bom. A taxa dos que classificam a gestão como ruim ou péssimo cresceu de 20% para 27%.

Na leitura dos analistas, a queda na popularidade da presidente indica uma chance maior da oposição nas eleições de outubro e a possibilidade de uma gestão considerada menos intervencionista pelo mercado assumir o País a partir de 2015.

"A perda de popularidade do governo acabou sendo bem-vista pelos investidores, com um uma possibilidade maior de haver um segundo turno nas eleições", afirma Michael Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper. "O mercado tem uma percepção negativa com relação à intervenção."

Nesse cenário, as ações das estatais acabaram se beneficiando em março - as ações ordinárias da Eletrobrás, por exemplo, tiveram alta de 32%, e as PNB de 19,69%. Os papéis da Petrobras também subiram fortemente em março. A alta foi de 15,17% para as ações ordinárias e de 16,1% para as preferenciais.

Estrangeiros

O mercado de ações brasileiro ainda foi ajudado pelo aumento de recursos estrangeiros na Bolsa. Até 27 de março - último dado disponível -, o ingresso somou R$ 2,19 bilhões no mês, acima do R$ 1,28 bilhão de fevereiro. No ano, esse valor está positivo em R$ 2,63 bilhões. Parte da entrada desse recurso está relacionado com a fuga de capital da Rússia por causa da crise política envolvendo a Ucrânia.

Há também uma sensação no mercado de que os preços das ações estavam muito baixos por causa do momento ruim do mercado acionário. "A Bolsa vinha de vários meses de queda e o preço das ações estava muito baixo", diz Fabio Colombo, administrador de investimentos. "O simples fato de olhar para o Brasil e ver que os nossos preços estão descontados em relação aos de fora acabou ajudando a Bolsa", afirma Rafael Espinoso, gerente de mesa de pessoa física de alta renda da Votorantim Corretora.

A tendência é que o mercado acionário permaneça bastante volátil até as eleições, segundo Espinoso. Para ele, o dinheiro que entrou no País é de curto prazo, e a tendência é que abril seja um mês decisivo para o mercado de ações ter uma direção até o fim do ano. "A hora é de garimpar o que está descontado e o que realmente vai fazer a diferença daqui para os próximos noves meses do ano. É um mês decisivo para saber se continua essa alta ou não." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dinheiro guardado seguramente para eventualidades, mas sem grandes perspectivas de lucro. Esta é a poupança. Modificada pelo governo federal em 2012, ela perdeu alguns investidores que ficaram desconfiados, mas segue sendo a alternativa para grande parte dos brasileiros.

Guiada agora pela taxa selic – taxa de juros discutida e implementada mensalmente pelo governo – a poupança passou a ter seu rendimento questionado, mas atualmente a “nova” poupança rende tanto quanto as anteriores à maio de 2012. “Com a taxa de 7,5%, ela volta a ter o rendimento de TR mais 6% ao ano, sendo 0,5% ao mês”, afirma João Carlos Sá Leitão, gerente regional da Caixa Econômica Federal, em Pernambuco.

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Segundo Leitão, somente na Caixa são quase 51 milhões de contas poupança em atividade – 2,3 mi em Pernambuco - que juntas somam cerca de R$ 200 bilhões. “Não há valor mínimo para o depósito e hoje a Caixa oferece a poupança simplificada, onde bastam o CPF e o documento de identidade para a abertura da conta em uma casa lotérica”, conta.

Porém, não se pode depositar as economias esperando um retorno magnífico. Para o economista do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), esta modalidade de investimento é válida até certo ponto. “A poupança é uma modalidade de investimento simples, que tem segurança e liquidez, ou seja, pode-se retirar o dinheiro quando precisar. Mas há outros tipos de investimento que podem ser mais interessantes para quem tem um valor maior”, explica.

O gestor da Caixa, João Carlos Sá Leitão, tem a mesma opinião e indica o teto para a aplicação. “A poupança é uma forma de guardar dinheiro, não de lucrar. É um investimento que tem segurança, liquidez e rentabilidade. Eu diria que até 30 mil reais, a poupança é o investimento que mais vale a pena”, afirma.

A segurança é, sem dúvida, a grande vantagem das cadernetas. Até mesmo se o banco falir e fechar as portas, o dinheiro estará garantido. “Os bancos criaram o Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Se uma instituição quebrar, este fundo é acessado para garantir o ressarcimento de todos que tem até R$ 250 mil investidos”, diz Leitão, que falou sobre a diferença da Caixa neste aspecto. “No nosso banco essa garantia é ainda maior, porque desde o decreto de 1969, quando as caixas foram federalizadas, o recurso da Caixa é do tesouro nacional. Só não se recebe o dinheiro investido se o país quebrar, independente do valor”, garante.

Mas esta possibilidade é quase nula. Esta “caixa forte” que é a poupança só foi abalada em 1990, quando um dia após tomar posse, o então presidente Fernando Collor – atual senador por Alagoas – anunciou o confisco das poupanças dos brasileiros. “Não acredito que isso volte a acontecer. Temos instituições maduras e políticas econômicas responsáveis”, diz Djalma Guimarães.

Dúvidas 

Há diferenças entre uma poupança de um banco e de outro?

Não. Os rendimentos são tabelados.

Existe um jeito certo de se depositar, quanto à periodicidade? Há uma história de que se mexer na poupança ela não rende.

O valor depositado só rende após um mês, então se houver movimentação antes disso, não vai render. O ideal é não utilizá-la como conta corrente. Mexer o mínimo possível e se for mexer que seja após o mínimo de 30 dias.

O dólar comercial foi a única aplicação que superou a inflação no primeiro semestre. A alta da moeda americana foi de 9,10%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) - uma prévia da inflação oficial do País - acumula alta de 3,45% no período. O IPCA fechado de junho será divulgado na sexta-feira, 05/07, pelo IBGE.

A moeda americana também teve o maior avanço para o primeiro semestre desde 2002, quando subiu 21,76%. Neste ano, a alta tem sido impactada principalmente pela sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de retirar os estímulos da economia já neste ano.

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O segundo melhor investimento do semestre foi a poupança antiga, cujo rendimento ao mês é garantido em 0,5% mais a variação da Taxa Referencial (TR). A aplicação rendeu 3,04%, abaixo, portanto, do IPCA-15. Em seguida ficaram os fundos DI e o CDB. "As aplicações a juros em geral continuam ruins mesmo com o Banco Central subindo a Selic. Quando o investidor tira taxa de administração e Imposto de Renda, o rendimento fica próximo de zero ou negativo", disse Fabio Colombo, administrador de investimentos. "A vida do investidor nas aplicações a juros continuará difícil."

A última posição do ranking de investimento foi ocupada pela Bovespa. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) recuou 22,14% nos primeiros seis meses do ano - somente em junho, a queda foi de 11,31%. Segundo analistas, a forte queda da Bolsa pode trazer uma boa oportunidade para o investidor que deseja diversificar a carteira. "Estamos vivendo um evento raro. E, se nada de pior acontecer, pode ser uma oportunidade para comprar ativos baratos", disse Michael Viriato, professor do Insper.

O ouro também acumula forte queda. No semestre, o recuo é de 19,27%. Em junho, o tombo foi de 6,55%. Esse ativo não paga rendimentos, e o investidor aposta no ouro quando os juros estão baixos. "Agora, como os juros tendem a subir, o investidor vende o ouro e ‘compra’ juros", disse Viriato.

Diversificação

Para os analistas, a turbulência do mercado nesse primeiro semestre mostrou a importância de o investidor fazer a diversificação dos seus investimentos. "Quem tinha uma diversificação por classe de ativos sofreu menos", disse Richard Ziliotto, sócio-fundador da Taler, empresa de gestão de patrimônio. "É preciso olhar os ativos financeiros e o mercado real, como imóveis."

A diversificação da carteira depende do apetite pelo risco e do objetivo do investidor. Diante do cenário atual, Beto Domenici, diretor de Multi-Assets & Portfólios da Rio Bravo, sugere ações, papéis de renda de fixa - como prefixados e títulos indexados à inflação - e uma parcela nos fundos multimercados. "Os multimercados têm a oportunidade de operar juros, dólar e commodities." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta quarta-feira, mostra que queda no rendimento médio dos ocupados na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), iniciada em outubro do ano passado, permaneceu em janeiro, último mês considerado no levantamento. A baixa no primeiro mês do ano foi de 4,5%, ante igual período de 2012 e atingiu 12,2%, sobre a base de janeiro de 2000.

"Isso preocupa, porque o aumento no rendimento é a galinha dos ovos de ouro da (presidente) Dilma (Rousseff)", resumiu o coordenador da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Seade, Alexandre Loloian. Desde outubro, houve ainda uma queda de 4,9% no volume da massa de rendimentos dos ocupados na RMSP. Já nas sete regiões avaliadas pelo Seade/Dieese o rendimento médio em janeiro ficou 2,6% acima de janeiro de 2012 e a massa dos rendimentos era 6,2% superior na mesma base de comparação.

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Na soma dessas regiões, a preocupação é outra: a desaceleração mensal no ritmo de crescimento do nível de ocupação. Em novembro, o nível de ocupação teve alta de 2% ante outubro, mas o crescimento recuou para 1,6% em dezembro, para 1,2% em janeiro e até 0,9% em fevereiro.

Segundo o Seade/Dieese, a alta no nível de ocupação em fevereiro é a menor para o mês desde igual mês de 2009, quando houve um recuo por conta dos impactos da crise econômica mundial. "Podemos pensar que o nível de ocupação cresça menos no próximo mês", avaliou a economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ana Maria Belavenuto.

Um levantamento divulgado nessa quarta-feira (6) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) de São Paulo e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela que o rendimento médio por hora no mercado de trabalho da Região Metropolitana de São Paulo subiu mais para as mulheres do que para os homens entre os anos de 2011 e 2012. Enquanto para o público feminino, o valor por hora, ficou em R$ 8,24 em 2012, alta de 5,8% ao verificado em 2011, para os homens passou a equivaler a R$ 10,70, avanço de 5,2% na mesma base de comparação.

No entanto, segundo a pesquisa, essa pequena diferença no ritmo de crescimento dos rendimentos do trabalho pouco impactou na aproximação entre os rendimentos feminino e masculino: em 2011, o rendimento médio por hora das mulheres correspondia a 76,6% do recebido pelos homens, proporção que passou para 77% no ano de 2012.

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Já a taxa de desemprego total das mulheres em 2011 e 2012 permaneceu estável em 12,5%, a menor da última década, enquanto a dos homens subiu de 8,6% para 9,4% no mesmo período, o segundo aumento nos últimos dez anos - também houve avanço na passagem de 2008 para 2009, de 10,7% para 11,6%.

Ainda de acordo com o levantamento, para ambos os sexos houve queda no nível de ocupação na indústria de transformação e no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas. Em relação às mulheres, o decréscimo na indústria de transformação (-2,6%) e no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-3,1%) foi mais intenso do que para os homens (-1,1% e -2,4%, respectivamente).

*Com informações da Agência Estado



A taxa de desemprego em sete regiões metropolitanas ficou relativamente estável em agosto, no patamar de 10,9%, conforme dados divulgadas hoje pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em julho, a taxa de desemprego estava em 11% e, em agosto de 2010, em 11,9%.

O contingente de desempregados no conjunto das regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal foi estimado em 2,414 milhões de pessoas em agosto - 27 mil a menos que em julho.

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Já o rendimento médio real dos ocupados não variou entre julho e junho, marcando R$ 1.360. Em relação a julho de 2010, o rendimento caiu 1,3%. A massa de rendimento dos ocupados também ficou estável em julho ante junho, mas subiu 1,4% em relação a julho de 2010.

São Paulo

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou relativamente estável em 11,2% em agosto. Em julho, a taxa de desemprego estava em 11,1% nessa área e, em agosto, era de 12,3%. No mês passado, o contingente de desempregados foi estimado em 1,204 milhão de pessoas, com 5 mil desempregados a mais.

O rendimento médio real dos ocupados caiu 0,8% em julho ante junho, e passou a equivaler a R$ 1.454,00. Em relação a julho de 2010, o rendimento variou 0,3%. Já a massa de rendimento dos ocupados caiu 0,7% em relação a junho, mas subiu 3,2% em relação a julho de 2010.

O rendimento médio real dos trabalhadores chegou em agosto ao mais alto patamar da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2002. Os trabalhadores receberam, em média, R$ 1.629,20 em agosto, contra R$ 1.620,82 em julho.

A formalização contribuiu para o aumento da renda, segundo Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. O número de empregados com carteira assinada no setor privado subiu 0,7% em agosto ante julho, com 82 mil vagas formais. Na comparação com agosto de 2010, o aumento foi de 7,5%, 764 mil vagas com carteira.

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"A formalidade pode ser uma das razões desse aumento no rendimento. Há mais pessoas com carteira assinada, ganhando melhor. Embora esse grupamento tenha apresentado queda no rendimento, no montante geral, eles estão mais numerosos e puxam o rendimento para cima", disse Azeredo. "A economia forte formaliza, e a economia formalizada possibilita um rendimento maior", completou.

Desemprego

Embora venha caindo a passos menores que o esperado, a taxa de desemprego no País alcançou uma média de 6,3% de janeiro a agosto, bem abaixo da taxa de 7,2% registrada no mesmo período de 2010, segundo dados divulgados hoje pelo (IBGE). "A taxa de desemprego é menor que a do ano passado em 0,9 ponto porcentual", ressaltou Cimar Azeredo.

"Não podemos dizer que o mercado está completamente parado, porque ainda que não seja significativa, você vê uma tendência desde maio, que é quando a gente espera uma inflexão na taxa, um movimento de ligeira inflexão, de 6,4% até 6,0%. De março a agosto, (o desemprego) caiu 0,5 ponto porcentual. Então é uma queda significativa".

Segundo Azeredo, o mercado está contratando, mas a passos curtos. Em agosto, a indústria contratou 40 mil pessoas, um aumento de 1,1% ante julho. Na construção, a alta foi de 1,3% no período, com mais 22 mil vagas. Já o comércio teve expansão de 0,3%, com 23 mil novos trabalhadores.

"A contratação está mais distribuída, mais gradativa. Mas isso está longe de ser um resultado negativo. Só que a gente não teve ainda uma abertura no mercado, um estímulo forte para contratar expressivamente. O estímulo seria ter a confiança dos investidores não só no cenário econômico externo, mas também interno, para expandir seus negócios e consequentemente expandir vagas", afirmou Azeredo.

O cenário internacional foi decisivo para o desempenho dos investimentos no Brasil em julho. As turbulências dos EUA e da União Europeia impactaram diretamente a cotação da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que amargou a pior rentabilidade do mês com queda de 5,74%. Por outro lado, o ouro - que historicamente tem bons resultados em momentos de crise - disparou e se consolidou como a modalidade mais rentável de julho, com alta de 9,32%. O dólar também não vai bem. Só em julho, a moeda perdeu 0,51%.

"Não há explicação doméstica para a configuração do ranking dos investimentos nesse mês. Foi o mercado internacional que colocou a bolsa em posição tão ruim e o ouro com a melhor rentabilidade", diz Rogério Bastos, diretor da consultoria FinPlan.

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As modalidades que integram a renda fixa, durante o mês de julho, demonstraram boa performance. O Certificado de Depósito Bancário (CDB), por exemplo, deu 0,77% de retorno aos investidores. Os fundos DI também registraram rentabilidade de 0,77%. Na sequência aparecem os fundos de renda fixa (com alta de 0,67%) e, depois a caderneta de poupança, com aumento de 0,62% no mês.

Nesta semana, a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que sinalizou que a taxa básica de juros (Selic) pode chegar a 13% ao ano até o fim de 2011, deu ainda mais força para as modalidades de renda fixa. "O juro no Brasil é alto o que torna a renda fixa atrativa. Com perspectiva de alta, essa modalidade passa a remunerar ainda melhor", diz Bastos, da FinPlan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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