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Uma viagem internacional do presidente Jair Bolsonaro, em 6 de maio, vai marcar a nova configuração do poder. A partir desta data, a Presidência da República deve ser comandada interinamente pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A passagem do bastão para Pacheco ocorrerá porque os dois primeiros nomes da linha sucessória do Palácio do Planalto também estarão fora do País.

O roteiro do vice-presidente Hamilton Mourão e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi acertado na última hora porque eles precisam viajar no mesmo período que Bolsonaro, se quiserem evitar a impugnação de suas pré-candidaturas. Mourão vai concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul e Lira disputará novo mandato na Câmara.

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A Lei da Inelegibilidade determina que pré-candidatos não podem assumir a Presidência, nem temporariamente, nos seis meses anteriores ao primeiro turno das eleições, marcado para 2 de outubro.

AGENDAS

Bolsonaro estará em Georgetown, capital da Guiana, no dia 6 de maio. Mourão informou que nesta data participará de reuniões em Montevidéu, no Uruguai. "Temos contato lá com o presidente, vice-presidente e empresários. Tem as agendas da questão da navegação na Lagoa Mirim, o aeroporto de Rivera. Tem boas agendas para conversar lá. Tudo em Montevidéu", disse o general. A legislação não exige que vices deixem o cargo para disputar eleições.

Lira, por sua vez, viajará para Nova York, onde vai participar de premiação da Câmara de Comércio Brasileira Americana, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A homenageada será a empresária Luiza Trajano. O evento será no dia 9, mas Lira deve embarcar no dia 6, como Bolsonaro. A assessoria do presidente da Câmara não confirmou a viagem.

Assim, seguindo a linha sucessória, a Presidência da República deverá ficar com Pacheco, que não deve sair candidato neste ano. Procurada, a assessoria de imprensa do presidente do Senado disse que nada está confirmado. Pacheco chegou a ensaiar uma candidatura ao Planalto pelo PSD de Gilberto Kassab, mas desistiu.

O comando do País muda de mãos, seguindo a linha sucessória, em casos de viagens internacionais ou afastamentos do presidente, por motivo de saúde, como já aconteceu nas internações de Bolsonaro. Se, por algum motivo, Pacheco não puder assumir a Presidência, quem assume é o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

Na avaliação do advogado Douglas Oliveira, especialista em Direito Eleitoral, a lei "faz sentido" para evitar interferências e desproporcionalidades na campanha. "A lógica é não autorizar que alguém do Executivo, que tem os poderes financeiros da administração, possa se beneficiar do cargo para se eleger. Por isso, apenas na hipótese de reeleição os políticos podem se candidatar a outro cargo do Executivo sem deixar o mandato", disse ele.

Pacheco foi alçado à chefia do Congresso com apoio do Planalto, mas se distanciou de Bolsonaro. O governo tem enfrentado dificuldades de emplacar pautas no Senado, o que levou o presidente a escalar ministros para disputar cadeiras na Casa nas próximas eleições.

A Secretaria de Comunicação da Presidência foi procurada para comentar a possibilidade de Pacheco assumir o governo, mas não se manifestou.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou ao governo federal a revisão nas regras para entrada de viajantes no Brasil, seja por via aérea, terrestre ou hidroviária. Em nota técnica, são atualizadas as recomendações da agência impostas aos viajantes para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia de Covid-19.

A agência reguladora propôs a suspensão da apresentação da Declaração de Saúde do Viajante (DSV) para os viajantes que chegam por via aérea. Outra orientação atualizada é a que indica o fim da exigência de teste de detecção da Covid-19 para pessoas já vacinadas que ingressem no país por via aérea. Divulgada nesta segunda-feira (28), a nota técnica foi emitida na quarta-feira (23) pela Anvisa.

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Também foi recomendada a suspensão da medida de quarentena para viajantes não vacinados ao ingressarem no país. Outra mudança proposta pela nota é a reabertura da fronteira internacional aquaviária para passageiros, desde que vacinados ou com teste negativo para Covid-19.

De acordo com a nota, deve ser mantida a comprovação de vacinação completa para todos que pretendam ingressar no território nacional - a norma considera a obrigação aos viajantes que estejam aptos a tomar a vacina. 

Viajantes não vacinados ou que não estejam completamente vacinados podem apresentar, em substituição ao comprovante de vacinação, resultado negativo para covid-19 em teste realizado em até um dia antes do embarque ou desembarque no Brasil.

A Anvisa sugeriu que as alterações sejam implementadas preferencialmente a partir de 1º de maio de 2022. Segundo a agência reguladora, caberá avaliação do grupo Interministerial quanto ao cenário epidemiológico para definição da data mais adequada para flexibilização das medidas sanitárias.

“As recomendações podem ser revistas pela Anvisa, em razão de mudanças no cenário epidemiológico ou diante da necessidade de adoção de medidas sanitárias nos portos, aeroportos e fronteiras para garantir a saúde da população”, ressalta a agência.

Singapura suspenderá na próxima semana as restrições de entrada para todos os viajantes vacinados, anunciou nesta quinta-feira o primeiro-ministro Lee Hsien Loong, que considerou a medida um "marco importante" nos esforços para conviver com a Covid-19.

Este é o exemplo mais recente de país da Ásia a flexibilizar as restrições de viagens em uma região que tem sido mais relutante em retirar as barreiras que a Europa e a América do Norte.

Ponto de entrada para viajantes que chegam à região Ásia-Pacífico, Singapura iniciou nos últimos meses a adotar esquemas de entrada livre de quarentena para alguns países.

A partir de 1º de abril, os adultos com vacinação completa e crianças não vacinadas poderão entrar no país sem a necessidade de obedecer uma quarentena, desde que apresentem um teste negativo de Covid-19 antes do embarque.

Apenas viajantes de países de uma "lista restrita" terão limitações para entrar em Singapura, mas atualmente não há nenhum país na lista.

Outras medidas sanitárias foram suspensas, como a obrigatoriedade do uso de máscara ao ar livre. O limite para reuniões foi aumentado de cinco para dez pessoas.

No início da pandemia, o país de 5,5 milhões de pessoas manteve os casos de covid-19 sob controle com o fechamento de fronteiras e um rígido confinamento.

Mas as autoridades mudaram para uma política de convivência com o vírus, graças a uma das taxas de vacinação mais elevadas do mundo.

Em 2020, a pandemia provocou a pior recessão da história de Singapura.

A chegada de visitantes internacionais naquele ano caiu a a 2,7 milhões, contra 19 milhões em 2019.

A abordagem de Singapura contrasta com a de Hong Kong, sua principal concorrente como cidade de negócios internacionais na Ásia, onde as pessoas que chegam do exterior ainda precisam ficar em quarentena em hotéis.

O primeiro dia de fiscalizações do Carnaval 2022 aconteceu nesta quinta-feira (25) no Grande Recife. Apesar do cancelamento das festas públicas e privadas na capital pernambucana, assim como em todo o estado, bares e restaurantes têm funcionamento permitido dentro do horário já estabelecido pelo decreto anterior, podendo abrir das 5h à uma da manhã. De acordo com o Procon Pernambuco, apenas neste início das fiscalizações, três estabelecimentos da Região Metropolitana foram autuados. 

Entre os notificados pelo órgão estão o Passira Restaurante, em Olinda; e Gourmet Refeições e Pizzaria do Vando, em Camaragibe. Todos apresentaram irregularidades relacionadas ao passaporte vacinal, necessário para o funcionamento do comércio.  

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No restaurante em Olinda, dos oito trabalhadores no bar do estabelecimento, apenas três portavam o cartão vacinal. Além disso, o local não fazia o controle vacinal do público na entrada, antes da obtenção do serviço. Nos bares de Camaragibe, havia funcionários com vacinas desatualizadas. Outros dois estabelecimentos se adequaram quanto ao distanciamento, na presença dos fiscais.  

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Além desses, mais 29 bares, em Recife, Olinda e Camaragibe, foram visitados, assim como polos carnavalescos, como o Mercado Eufrásio Barbosa e o Alto da Sé. Nesses pontos não foram encontradas festas e nem irregularidades. É possível ver (vídeo acima) um trecho do Sítio Histórico vazio, com a exceção de um pequeno grupo de jovens reunido em uma praça.

A fiscalização é uma iniciativa do Procon Pernambuco, em parceria com a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Para denúncias de festas ou outros desrespeitos aos decretos estaduais, o Procon disponibiliza o 0800.282.1512 e o 3181.7000 (WhatsApp). 

- - > LeiaJá também:  Carnaval: o que é permitido em bares e restaurantes em PE 

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou ontem o fim do isolamento obrigatório na Inglaterra para pessoas contaminadas por Covid-19, medida-chave e controversa em sua nova estratégia de combate à pandemia, que propõe a convivência com a doença, como se faz com a gripe.

"Já temos níveis de imunidade suficientes para passar da proteção das pessoas por meio de intervenções governamentais a vacinas e tratamentos como primeira linha de defesa", declarou o chefe do governo no Parlamento. "As restrições têm custo importante para nossa economia, nossa sociedade, nosso bem-estar mental e as oportunidades dos nossos filhos e não temos de continuar pagando esse preço por mais tempo", disse.

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O fim do isolamento para as pessoas infectadas com a Covid-19 entra em vigor na quinta-feira. No entanto, até 1.º de abril, recomenda-se permanecer em casa em caso de teste positivo. Nesse dia, os testes para detectar o coronavírus deixarão de ser gratuitos, exceto para as pessoas idosas ou vulneráveis.

Johnson destacou que a pandemia não acabou, mas que 71% dos adultos receberam três doses de alguma das vacinas anticovid no Reino Unido, 93% da população de mais de 70 anos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o aumento dos casos de Covid-19 causados pela variante Ômicron, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, afirmou que o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 pode aumentar as restrições que já estão em vigor em reunião que vai acontecer na próxima segunda-feira (7). De acordo com o gestor, há uma grande expectativa para o Carnaval, mas é preciso reavaliar as medidas restritivas.

Segundo Longo, Pernambuco é o 5º Estado com o Plano de Convivência mais restrito, mas ainda assim existe a possibilidade do aumento nas restrições, tendo em vista dois episódios de descumprimento que aconteceram neste final de semana.

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"Temos visto alguns descumprimentos dos protocolos que têm acontecido, como os dois últimos casos mais emblemáticos das duas maiores intervenções feitas no final de semana; uma festa no Clube Português e outra no Sítio Histórico de Olinda que a gente precisou dispersar. Precisamos do apoio dos municípios para que os protocolos em vigor possam ser seguidos e da consciência da população. Os eventos controlados têm um risco menor de contaminação do que os que não têm nenhum controle". 

"Estamos avaliando esses cenários [de novas restrições], houve recomendação por parte do Ministério Público e do Consórcio Nordeste. Já dissemos que vamos nos posicionar sobre o Carnaval neste mês de fevereiro e, na próxima segunda-feira (7), o Comitê deverá fazer uma avaliação desse cenário já contando com a semana epidemiológica 5 para avaliar se antecipa alguma medida em relação ao decreto em vigor e já vai anunciar como devem se comportar as atividades sociais no período carnavalesco, que há uma grande expectativa, embora a gente já saiba que os principais locais onde haveria Carnaval já anunciaram que não vai ter Carnaval de rua, mas é preciso preparar as medidas para não termos aglomerações".

O Comitê Científico do Consórcio do Nordeste emitiu um documento com recomendações de ampliação das medidas restritivas nos estados e municípios da região, incluindo o Carnaval e festas privadas como forma de combater aglomerações e, assim, diminuir o número de casos de Covid-19 registrados.

A orientação tem como base a taxa de transmissibilidade da variante Ômicron e o número de internações. “Com uma transmissibilidade quatro vezes maior que da variante Delta, em pouco tempo a Ômicron tornou-se a variante dominante, provocando uma nova onda da pandemia iniciada ainda em dezembro, e que rapidamente se disseminou em todo o mundo”, diz o texto.

Além do cancelamento da festa, o Comitê pediu o fim do feriado de Carnaval, que vai de 28 de fevereiro até 1º de março.

A Dinamarca pretende encerrar as restrições contra a Covid-19 e reclassificar o vírus como uma doença que não é mais uma ameaça à população. Outros países europeus, como Áustria e Holanda, também anunciaram medidas semelhantes, apesar de a variante Ômicron causar recordes de novos casos no continente e no mundo, destacam agências internacionais.

Na Dinamarca, a medida deve ser adotada enquanto o país registra recordes de novos casos diários, mas internações em queda, uma tendência também em outros nações, sugerindo que a variante é menos mortal do que outras.

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A média móvel de infecções na Dinamarca foi de 41.613 na quarta-feira (26) um recorde em toda a pandemia e muito maior do que o pico de surtos anteriores, segundo dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford. Em dezembro de 2020, por exemplo, a média mais alta foi de 3.536. Com 5,8 milhões de pessoas, o país registrou mais de 1,5 milhão de infecções durante a pandemia em dois anos, sendo um milhão delas apenas nos últimos dois meses.

Em relação à média móvel de mortes, o país chegou a registrar 35 em um dia em janeiro de 2021. Durante o atual surto, no entanto, a maior média de óbitos diários foi 17. Atualmente, a nação tem 44 pacientes com covid internados em UTIs, abaixo dos 73 há duas semanas.

Com isso, o ministro da Saúde, Magnus Heunicke, vai seguir uma recomendação da comissão epidemiológica de não estender nenhuma restrição depois de 31 de janeiro, segundo os documentos. Heunicke quer reduzir a classificação da doença a partir de 1º de fevereiro, quatro dias antes do proposto pela comissão. As restrições atuais incluem horários de funcionamento limitados para restaurantes e bares, uso de passaportes sanitários e a exigência de máscaras em lojas e em alguns eventos fechados.

Na Áustria, o governo anunciou nesta quinta-feira (27) que a quarentena para pessoas não vacinadas vai terminar na próxima segunda-feira (31), já que a pressão sobre os hospitais diminuiu.

Desde 15 de novembro, pessoas não vacinadas na Áustria - cujo governo na semana passada tornou-se o primeiro no continente a aprovar a obrigatoriedade do imunizante - só podem sair de casa por um número limitado de motivos, como comprar itens essenciais ou trabalhar. Mesmo com o fim dessa restrição, os não vacinados ainda serão impedidos de algumas atividades, como comer em restaurantes.

Apesar de os casos diários terem aumentado, atingindo um novo recorde de mais de 30 mil nesta quarta-feira - número que o governo estima que vá aumentar -, a taxa de ocupação de leitos hospitalares e de UTIs, por outro lado, vem caindo.

"Chegamos à conclusão de que a quarentena para pessoas não vacinadas na Áustria só é justificável em caso de ameaça de sobrecarga iminente da capacidade nas UTIs", disse o ministro da Saúde local, Wolfgang Mueckstein, em entrevista coletiva.

Aumento de casos

No continente europeu, Alemanha, Polônia, Hungria, República Checa, Bulgária e Romênia registraram recordes de novos casos na quarta-feira, e o Parlamento alemão se prepara para debater propostas para exigir ou encorajar fortemente a população a se vacinar.

Com mais de 10 milhões de novos casos, as infecções na Europa aumentaram 13% na semana passada em comparação com a anterior, segundo dados da OMS, com França, Itália e Alemanha registrando os números mais altos. As mortes semanais na região, no entanto, diminuíram 5%.

Na terça-feira, o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, anunciou que bares, restaurantes e teatros poderiam reabrir nesta quarta. Segundo o ministro da Saúde, Ernst Kuipers, os especialistas acham que a reabertura é possível também porque as hospitalizações causadas pela onda da Ômicron no país foram menores do que se temia inicialmente.

Os estabelecimentos, que estavam fechados desde meados de dezembro, agora poderão abrir das 5h às 22h, com capacidade reduzida e com regras de distanciamento social. O público também poderá assistir a eventos esportivos, ir a zoológicos e museus. Além disso, os clientes terão de mostrar um comprovante de vacinação ou de recuperação da infecção.

Durante a última semana, o Instituto Nacional de Saúde registrou um recorde de 366.120 casos, um aumento de 51% em comparação à semana anterior. Por outro lado, desde meados de dezembro, o número de pessoas com covid em UTIs vem caindo, chegando a 252 na segunda-feira (24), segundo o Our World in Data.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson está suspendendo as últimas as medidas de isolamento. Na semana passada, o ministro britânico de Empresas e Energia, Kwasi Kwarteng, afirmou que as pessoas devem voltar ao trabalho presencial porque o mundo "precisa aprender a viver" com a covid.

Também na semana passada, a França relaxou as restrições contra a Ômicron impostas em dezembro. As medidas serão escalonadas, começando em 2 de fevereiro. Casas noturnas poderão reabrir, não haverá limites de público em eventos abertos de esportes e entretenimento, as pessoas poderão voltar a consumir pipoca dentro dos cinemas e o uso de máscaras não será mais compulsório ao ar livre. Depois, protocolos em escolas, que entre outras coisas exigem que crianças usem máscaras durante as aulas, poderão ser relaxados.

Suécia

Em uma estratégia diferente, porém, a Suécia anunciou nesta quarta-feira que estenderá suas atuais medidas restritivas por mais duas semanas, enquanto a Ômicron se espalha rapidamente, segundo o ministro da Saúde. Com isso, bares e restaurantes têm que fechar às 23h e há um limite de 500 pessoas dentro de locais fechados com capacidade maior.

"Temos um nível extremamente alto de disseminação", disse a ministra da Saúde, Lena Hallengren, em entrevista coletiva. "As restrições devem permanecer em vigor por duas semanas. Se tudo correr como planejado e se a situação permitir, as restrições serão retiradas depois disso."

Nos últimos sete dias, a Suécia registrou cerca de 270 mil casos, mas a testagem limitada fez com que o governo acreditasse que o número real pode ser superior a 500 mil. A disseminação da Ômicron colocou pressão sobre o sistema de saúde, mas muito menos do que durante as surtos anteriores. (Com agências internacionais).

Para entrar em Fernando de Noronha, pessoas com 55 anos ou mais deverão apresentar comprovante da dose de reforço contra a Covid-19, a partir desta terça-feira (18). A nova regra acompanha o novo período de restrições mais severas no arquipélago, diante da alta nos casos de covid e influenza em Pernambuco e no país.

Além disso, a Administração, que já havia determinado o retorno do uso obrigatório de máscaras e do exame RT-PCR, passará a aceitar também o exame de busca de antígeno, para ser apresentado junto com a carteira digital de vacinação.

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“Nós entramos em consonância com o protocolo que foi publicado pelo Estado de Pernambuco. E, pelo acompanhamento dos casos que tivemos aqui em Noronha, nós temos segurança para fazer essa alteração no protocolo, sem trazer maior risco para nossa população”, explicou o Superintendente de Saúde da ilha, Fernando Magalhães. 

Com as novas regras, para entrar em Fernando de Noronha, pessoas de até 54 anos precisam apresentar, no embarque, a carteira digital de vacinação com duas doses da vacina, inclusive da Janssen, sendo que a segunda dose precisa ter, no mínimo, 14 dias da aplicação.

Pessoas de 55 anos ou mais devem comprovar também a dose de reforço, sem prazo mínimo. Além disso, todos precisam apresentar um exame negativo RT-PCR, realizado no máximo 48h (dois dias) antes da viagem, ou um exame de busca de antígeno, feito 24h (um dia) antes do embarque. Para crianças de sete a 11 anos, basta apresentar um dos exames exigidos. Não é necessário a carteira vacinal. Menores de seis anos não precisam apresentar exames.  

Ainda dentro do protocolo, 30% dos passageiros de cada voo ou embarcação serão sorteados para realizar um novo exame na saída da ilha, custeado pelo governo do estado. A medida ajuda no acompanhamento das pessoas que tiveram contato com o paciente, em caso de testagem positiva. Além disso, o uso de máscara permanece obrigatório em Fernando de Noronha. 

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a afirmar que o governo não vê a necessidade de estabelecer novas medidas restritivas ao setores de comércio e de serviços no Estado. Mesmo com o aumento no número de casos de Covid-19, alavancados pela variante Ômicron, Doria disse que "até o presente momento estamos numa situação sob controle".

Durante entrevista no Hospital das Clínicas, Doria pontuou que todas as decisões relativas ao combate à pandemia no Estado são amparadas no comitê científico.

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Ele reforçou que o governo recomenda apenas que comércios aumentem a fiscalização dos protocolos de segurança, além de reforçar a obrigatoriedade do uso de máscaras.

Contudo, o tucano ressaltou que qualquer nova decisão sobre o tema será informada na próxima quarta-feira, "ou extraordinariamente se houver necessidade".

Na quarta-feira (12), o governo de São Paulo recomendou que municípios do Estado reduzam em 30% a capacidade de público para grandes eventos, como shows, festas e atividades esportivas.

A sugestão ocorre após a alta de 58% no número de pessoas internadas em UTI por síndromes respiratórias nas duas últimas semanas.

São Paulo se junta a outros oito Estados que já anunciaram nos últimos dias medidas mais restritivas para conter a alta de casos de Covid-19. Ceará, Amapá, Amazonas, Maranhão, Piauí, Paraíba, Pernambuco e Bahia baixaram decretos que diminuíram a permissão máxima de público em eventos e expandiram a obrigatoriedade do passaporte de vacina.

Muitas cidades paulistas, porém, ainda não se posicionaram sobre a recomendação do governo. Osasco disse que a Comissão da Covid, da prefeitura, está avaliando a situação epidemiológica do município para definir as estratégias.

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Segundo o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que reúne Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, uma decisão deve sair nesta quinta, 13.

Já a prefeitura de Sorocaba aguarda a recomendação ser emitida em documento para analisar a situação epidemiológica e tomar uma decisão, assim como Campinas, que espera a publicação do decreto. "Em relação às orientações divulgadas hoje (quarta, 12), a Prefeitura analisará e, se for necessário, publicará novas adequações", afirmou, em nota, o município de Ribeirão Preto. Campinas também vai analisar as instruções do Estado. A cidade de Guarulhos, por sua vez, vai seguir a recomendação do governo estadual, de acordo com a prefeitura.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Vaticano determinou o uso obrigatório de máscaras PFF2 em todos os ambientes fechados e vai impor restrições para funcionários e visitantes que não estejam vacinados contra a Covid-19 ou recém-curados.

As novas regras estão em uma normativa assinada em 5 de janeiro pelo presidente do Governo da Cidade-Estado, arcebispo Fernando Vérgez Alzaga, e por sua secretária-geral, irmã Raffaella Petrini.

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Uma das mudanças é a obrigatoriedade de uso de máscaras PFF2, as mais seguras contra o novo coronavírus, em "todos os lugares fechados".

Além disso, o país suspendeu viagens de trabalho e estendeu a exigência do "passe verde reforçado" para todos os visitantes dos Museus e dos Jardins Vaticanos e participantes de congressos.

Esse certificado sanitário é obtido apenas por pessoas que tenham se curado da Covid há menos de seis meses ou que já estejam vacinadas. A partir de 31 de janeiro, todos os funcionários do Vaticano também terão de apresentar o "passe verde reforçado".

Segundo a normativa, colaboradores sem esse certificado "não poderão acessar o local de trabalho e serão considerados faltosos sem justificativa", com a consequente suspensão do salário durante o período de ausência. Caso essa situação se prolongue, o funcionário ficará sujeito a sanções disciplinares.

Com isso, o Vaticano não permitirá mais a entrada de colaboradores não vacinados que apresentem teste negativo para Covid. Até 31 de janeiro, pessoas ainda não imunizadas que tiverem contato com caso positivo só poderão voltar ao trabalho após 10 dias de isolamento, mediante exame negativo.

Caso esteja vacinado com duas doses há mais de quatro meses, o indivíduo terá de cumprir quarentena de cinco dias, da qual também só sairá com teste negativo. Já os imunizados com duas doses há menos de 120 dias ou com o reforço poderão voltar ao trabalho mediante uso de máscara PFF2 em ambientes fechados e abertos.

O próprio papa Francisco já tomou três doses da vacina da Biontech/Pfizer. 

Da Ansa

A Argentina, onde desde dezembro a variante Ômicron da Covid-19 tem se propagado, registrou novo recorde de casos nesta terça-feira (11), com 134.439 contágios, mas flexibilizou as normas de isolamento para quem recebeu dose de reforço da vacina.

"Esta é uma etapa completamente diferente da onda anterior, não só na Argentina, mas no mundo. Temos 85% da população com uma dose e 74% com duas, e 60% das equipes de saúde e 40% dos maiores de 60 anos com doses de reforço", disse a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, ao fazer o anúncio.

Quem tiver tomado três doses da vacina e não apresentar sintomas será isento de fazer isolamento, caso tiver tido contato próximo com um caso positivo. Até agora, estas pessoas deviam se isolar por cinco dias.

Os não vacinados, os que receberam uma dose ou os que foram vacinados antes de agosto deverão se isolar por dez dias se tiverem tido contato próximo com infectados. Os vacinados com duas doses só terão que se isolar e fazer testes entre três e cinco dias.

A União Industrial Argentina pediu esta semana ao governo para tomar medidas para frear 7,5% de absenteísmo provocado pela condição de contato estreito de pelo menos 80 mil trabalhadores de todo o país.

O pessoal de saúde também registra maior absenteísmo, devido aos isolamentos por causa da covid-19.

"Ao invés da preocupação por leitos de terapia intensiva, nos preocupa o absenteísmo no trabalho", declarou Vizzotti em entrevista por rádio.

Com 45 milhões de habitantes, a Argentina acumula 6,5 milhões de casos de covid-19, e quase 117.600 mortes. Nesta terça, registrou 52 mortes.

O governo sustenta que apesar de o país atravessar uma disparada de casos, que passou de 5.000 contágios diários no fim de dezembro a mais de 134.000 nesta terça-feira, isso não se traduziu em maior número de mortes.

A ocupação nos leitos de terapia intensiva tem aumentado lentamente ao longo das últimas semanas e situa-se em 40%.

Em plena temporada de férias de verão, com milhões de argentinos deslocando-se pelos principais centros turísticos, os postos de testagem continuam abarrotados pela rápida propagação da variante ômicron.

O governo de São Paulo pretende restringir novamente eventos com aglomerações em todo o Estado, por causa da alta taxa de transmissibilidade da variante Ômicron do coronavírus. O Comitê Científico de Combate à Covid-19 se reuniu ontem para discutir a medida. A ideia é anunciar medidas nesta quarta-feira (12), no Palácio dos Bandeirantes. Segundo o Estadão apurou, a orientação será para instaurar um novo limite na ocupação máxima dos espaços. A recomendação valerá para festas, shows, casamentos, eventos corporativos e esportivos.

"Vamos ter, evidentemente, restrições que já foram apresentadas para eventos de aglomerações, o que é diferente. Grandes aglomerações não são recomendáveis e o Comitê Científico já expressou essa deliberação", disse o governador João Doria (PSDB) na manhã desta terça-feira, durante agenda em Monte Aprazível, no interior do Estado.

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Comércio e indústria

Apesar de indicar que os eventos terão novas regras e restrições, Doria também adiantou que essa nova fase da pandemia no Estado não deve afetar setores da indústria e do comércio. "Não há, no momento, nenhuma indicação e necessidade de fechamento ou restrições ao comércio e ao setor de serviços, assim como ao setor produtivo do agronegócio e da indústria. Há, sim, cautela e recomendação expressa para que as pessoas usem máscaras o tempo todo", afirmou.

Segundo ele, as restrições a serem propostas e detalhadas já foram apresentadas pelo comitê como medidas cautelares para impedirem ainda mais o avanço da variante Ômicron. A avaliação de integrantes do Comitê Científico é de que houve um grande relaxamento da população com o avanço da terceira dose da vacina e a liberação indiscriminada dos eventos. Até a última segunda-feira, quase 25% dos habitantes de São Paulo já haviam recebido a aplicação de reforço.

Com essa nova restrição na ocupação máxima dos espaços, similar àquelas implementadas anteriormente no Plano São Paulo, o governo espera que a população entenda a gravidade da variante Ômicron e a necessidade de cautela e proteção (principalmente o uso de máscaras) nas aglomerações. Especialistas em saúde e vigilância sanitária já apontavam, desde o início da pandemia, que há maior risco de transmissão do coronavírus em locais fechados e sem ventilação.

Eventos recentes, como shows e festas, têm sofrido críticas da comunidade científica e da população desde que os casos de covid voltaram a aumentar pelo País. Na capital paulista, algumas casas noturnas já se adiantaram à recomendação oficial e começaram a cancelar as agendas das próximas semanas.

Durante a manhã, Doria ainda voltou a recomendar que a população use máscara "o tempo todo", o que classificou como a única forma de "estar protegido para esta onda da Ômicron". "Este momento vai exigir cuidado, atenção e acompanhamento diário. Esta nova cepa é a mais poderosa de transmissão da história."

Há ainda preocupação com o avanço dos casos de gripe. Na capital, as 469 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da rede municipal passaram a abrir das 8 às 17 horas para atendimento de pacientes com sintomas gripais, sem a necessidade de agendamento prévio. Além da vacinação, a capital passou a ofertar no dia 30 a testagem contra influenza em UBSs.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã desta terça-feira (11), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, e o secretário de Turismo, Rodrigo Novaes, reuniram a imprensa no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do Estado, para detalhar as novas restrições que visam conter o avanço da Covid-19 e da Influenza em Pernambuco. Devido ao aumento de casos e solicitações de leitos para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o Gabinete de Enfrentamento à Covid definiu novas medidas de segurança para a população pernambucana. 

O novo decreto, que entra em vigência na próxima sexta (14), determina que para ter acesso a bares, restaurantes, cinemas, museus e teatros - lugares onde recorrentemente é feita a retirada da máscara -, será necessário apresentar comprovação de vacinação. Os eventos terão público máximo reduzido para três mil pessoas e, além do passaporte vacinal, será preciso apresentar teste negativo de Covid-19. As medidas são válidas até 31 de janeiro. 

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A comprovação de vacinação será de duas doses ou dose única para pessoas até 54 anos e de dose de reforço para pessoas acima de 55 anos. Nos eventos, além do passaporte vacinal será exigida a apresentação de teste negativo de Covid, sendo com 24 horas de antecedência para exames de antígeno e de 72 horas para exames de RT-PCR. O número máximo de frequentadores será de 50% da capacidade do espaço ou três mil pessoas em locais abertos e de mil pessoas, em locais fechados. 

O secretário André Longo falou sobre a aceleração de ocorrência das doenças respiratórias no Estado nessas duas primeiras semanas de 2022, o que alavancou os indicadores epidemiológicos. Segundo ele, o aumento é atribuído ao surto de Influenza H3N2. "Só com os esforços do governo do estado não seremos capazes de proteger a população, precisamos da cooperação de todos. É por isso que o comitê de enfrentamento decidiu adotar a partir da próxima sexta pelos próximos 14 dias novas medidas no sentido de rever nosso plano de convivência", frisou. 

Longo afirmou, ainda, que as novas medidas visam atingir as mais de 500 mil pessoas no estado que ainda não se vacinaram e que corroboram para a circulação do vírus, sobretudo da nova variante Ômicron que, segundo o secretário, pode causar quadros graves em não-vacinados. "Essas medidas também têm o objetivo de estimular a vacinação dessas pessoas vulneráveis. Essas pessoas não podem estar circulando nesses ambientes onde há um maior potencial de contaminação". 

Reforçando a fala de André Longo, o secretário de Turismo de Pernambuco, Rodrigo Novaes, disse que as regras valem também para eventos abertos e jogos de futebol, bem como eventos sociais como casamentos e festas de formatura. "Em todos os eventos acima de 300 pessoas é necessário a apresentação do teste negativo".  Sobre lugares como praias, parques e feiras públicas, a regra é que o uso da máscara e o distanciamento social sejam cumpridos. 

Por fim, André Longo reforçou que, caso as novas medidas não sejam suficientes, novas restrições ainda mais rígidas serão adotadas. Ele ainda frisou o apelo pela vacinação dos vulneráveis. "A pandemia chega a 2022 sem ter acabado e os próximos dias podem ser muito graves se nós não mudarmos de atitude. O governo não é onipresente e não podemos ser fiscais de cada cidadão, cada cidadão tem que fazer minimamente sua parte", disse

A Itália introduziu novas restrições para as pessoas que não estão vacinadas contra a Covid-19, as quais não poderão acessar os restaurantes ou viajar de avião dentro do país, segundo as medidas que entraram em vigor nesta segunda-feira (10).

As pessoas que se recuperaram recentemente da Covid-19 estão isentas dessa obrigação.

As restrições para os não vacinados foram adotadas devido ao aumento dos contágios, inclusive entre crianças.

A Itália também introduziu a vacinação obrigatória para as pessoas maiores de 50 anos na semana passada.

A abertura das escolas nesta segunda-feira gera debate dentro do governo, devido ao pedido dos diretores das escolas e do sindicato de médicos para que a volta às aulas seja adiada em pelo menos 15 dias.

O virologista Massimo Galli, do Hospital Sacco de Milão, classificou a abertura das escolas como uma decisão "imprudente e injustificada", enquanto o especialista em saúde pública Walter Ricciardi classificou a situação como "explosiva".

Mais de 1.000 municípios decidiram manter as escolas fechadas, segundo informações dos jornais locais.

A Itália, primeiro país europeu afetado pelo coronavírus no início de 2020, registrou cerca de 140.000 mortes.

Mais de 86% dos maiores de 12 anos foram vacinados e cerca de 15% das crianças de cinco a onze anos receberam a primeira dose.

As máscaras PFF2 são obrigatórias em teatros, cinemas, estádios esportivos e em todos os meios de transporte público.

A China registrou mais casos da variante Ômicron da Covid-19 nesta segunda-feira (10), enquanto as autoridades permanecem em alerta para surtos nas principais cidades do país, a poucas semanas dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.

As autoridades já lutaram contra vários surtos, incluindo na cidade de Xi'an, onde 13 milhões de moradores estão em sua terceira semana de confinamento.

Também é preocupante a situação em Tianjin (norte), onde as infecções estão relacionadas com dois casos de ômicron notificados nesta segunda-feira na cidade de Anyang, a cerca de 400 quilômetros de distância.

"O público não deve sair de Tianjin, a menos que seja essencial fazer isso", disseram autoridades municipais em um comunicado divulgado no domingo (9), acrescentando que, quem tiver de se deslocar, precisará de uma autorização oficial.

Escolas e campi universitários foram fechados, e os trens entre Tianjin e Pequim, cancelados. Bloqueios de estradas também foram instalados para veículos que entram na capital.

Tianjin já ordenou que seus 14 milhões de habitantes sejam testados para Covid-19. Outros 21 casos foram registrados na cidade nesta segunda-feira, embora a variante do vírus não tenha sido confirmada.

A China está tentando conter qualquer surto antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, que acontecem em Pequim de 4 a 20 de fevereiro.

Os casos de Covid-19 na cidade chinesa de Xi'an caíram, nesta quarta-feira (5), ate seu nível mais baixo nas últimas semanas, e as autoridades anunciaram que o surto está "sob controle" depois de duas semanas de confinamento obrigatório.

Outros centros urbanos onde foram detectadas fontes de contágio ainda enfrentam restrições, incluindo um fechamento parcial na cidade de Zhengzhou.

Os contágios na China são ínfimos, se comparados com outras partes do mundo. Nas últimas semanas, porém, atingiram níveis que não eram vistos no país desde março de 2020, no início da pandemia.

A China manteve uma política de erradicação de casos de coronavírus por meio de estritos controles fronteiriços e de fechamentos seletivos.

Esta estratégia foi posta à prova com uma série de surtos locais em diferentes partes do país, a menos de um mês do início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, que terão início em 4 de fevereiro.

O número de infecções pareceu diminuir, nesta quarta-feira, com 91 casos em toda China, incluindo 35 novos casos na cidade histórica de Xi'an. Trata-se de seu nível mais baixo desde meados de dezembro.

As autoridades provinciais disseram que finalmente conseguiram controlar a propagação do vírus e conter sua disseminação com um confinamento rígido e testes em massa entre os 13 milhões de moradores de Xi'an.

"Embora o número de casos tenha sido elevado no decorrer de vários dias, a rápida disseminação da covid-19 em nível comunitário foi controlada, em comparação com a fase inicial do surto", disse o vice-diretor da comissão provincial de saúde, Ma Guanghui, em entrevista coletiva em Shaanxi.

"A tendência geral da epidemia é de queda", acrescentou.

Enquanto isso, quatro casos foram registrados na província vizinha de Henan, onde as autoridades impuseram o fechamento parcial na cidade de Zhengzhou. A localidade registrou dois casos e nove infecções assintomáticas nos últimos dias.

A imprensa estatal indicou que localizaram cerca de 500 contatos próximos desses dois casos.

Na noite de segunda-feira, um milhão de pessoas da cidade de Yuzhou, também em Henan, foram postas em quarentena, após a detecção de três casos assintomáticos.

A partir desta quarta-feira (5), as Filipinas vão estender as restrições anticovid-19 já aplicadas em Manila para incluir 11 milhões de pessoas que vivem perto da capital, devido a uma explosão no número de casos - anunciou o governo.

As províncias de Bulacán, Cavite e Rizal, na periferia de Manila, foram postas em alerta, "devido ao forte aumento nos casos de Covid-19", disse o porta-voz do governo, Karlo Nograles, em um comunicado divulgado nesta terça-feira (4).

As infecções diárias alcançaram o nível mais alto em dois meses, e o governo advertiu sobre um aumento nos próximos dias, após a detecção de vários casos da variante Ômicron.

Sob as novas restrições, que ficarão em vigor até meados de janeiro, pessoas não vacinadas terão de ficar em casa, exceto para comprar bens essenciais, ou praticar exercícios.

Restaurantes, parques, igrejas e salões de beleza vão funcionar com capacidade reduzida, enquanto aulas presenciais e esportes de contato foram suspensos.

Manila se encontra em situação de alerta desde segunda-feira.

Cerca de 70% dos moradores da região metropolitana da capital têm o esquema completo de vacinação, mas este número cai para menos da metade entre a população total, segundo dados oficiais.

O Departamento de Saúde considera que o país inteiro, de 109 milhões de habitantes, encontra-se em situação de "alto risco", devido ao surto da ômicron, disse a subsecretária de Saúde, Rosario Vergeire, à rede CNN Filipinas.

O país acumula mais de 2,8 milhões de casos e mais de 51.000 mortes por Covid-19.

As pessoas que não se vacinaram contra o coronavírus na Itália não poderão ir ao cinema, teatro, shows ou grandes eventos esportivos, segundo as novas medidas restritivas que entraram em vigor a partir desta segunda-feira (6) para frear os contágios no Natal.

A península, assim como seus vizinhos europeus, enfrenta um surto de casos de coronavírus e adotou um novo pacote de medidas.

A única exceção à regra é para as pessoas que se recuperaram recentemente da Covid-19, as quais também têm acesso ao chamado "super passaporte sanitário" que é concedido aos vacinados.

No entanto, existe um "passaporte sanitário básico", que é obtido com um teste negativo, suficiente para acessar o local de trabalho.

O passaporte sanitário básico era exigido apenas para viajar de avião e nos trens de longa distância, mas agora também será exigido para o transporte local (ônibus, metrô e trens regionais).

Os controles começaram nesta segunda-feira de manhã nas estações de todo o país e no domingo foram entregues uma quantidade recorde de 1,3 milhão de passaportes sanitários.

Em Roma, perto da central Praça do Povo, um senhor de aproximadamente cinquenta anos, sem o documento, foi multado com 400 euros (450 dólares) ao descer do ônibus, segundo o jornal Il Corriere della Sera.

"Não tenho o certificado porque ainda não me vacinei, mas quero fazer isso nos próximos dias", relatou.

Neste fim de semana entrou em vigor em Roma o uso obrigatório da máscara nas avenidas mais comerciais frequentadas pelas compras natalinas.

Itália, o primeiro país europeu gravemente afetado pela pandemia no início de 2020, registrou até agora mais de 134.000 mortes.

Mesmo que os casos tenham aumentado, a situação é melhor do que a dos países vizinhos, com uma média de entre 15.000 e 20.000 novos casos diários nos últimos dias.

Quase 85% dos maiores de 12 anos estão completamente imunizados. A campanha da terceira dose está em andamento e em breve estarão disponíveis as vacinas para crianças de 5 a 11 anos.

A Alemanha se prepara para anunciar nesta quinta-feira (2) um pacote de novas restrições, o governo dos Estados Unidos reforça as exigências para permitir a entrada no país e a UE examina a possibilidade de vacinação obrigatória. As medidas contra o coronavírus se multiplicam em vários países do mundo, enquanto continua a propagação da variante ômicron.

Diante da onda mais grave de coronavírus desde o início da pandemia, a Alemanha deve decretar nesta quinta-feira novas medidas como um possível fechamento de bares e alguns locais públicos, antes de um debate no Parlamento sobre a eventual vacinação obrigatória.

A questão é examinada por vários governos. A Áustria pretende aplicar a medida a partir de fevereiro, a África do Sul reflete sobre o tema e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu aos países europeus que iniciem um debate.

Mas até o momento, a ação dos governos se resume a limitar os deslocamentos internacionais, apesar da opinião contrária da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da ONU, especialmente diante das restrições impostas especificamente a países do sul da África, região que deu o alerta sobre a nova variante.

Nos Estados Unidos, que detectou o primeiro caso da variante ômicron na Califórnia, o presidente Joe Biden anunciará uma nova campanha contra a covid-19, com novas exigências para os viajantes e um aumento nos esforços de vacinação.

A Casa Branca já anunciou que a partir "do início da próxima semana" todos os viajantes que entram no país deverão, além de vacinados, apresentar um teste negativo feito um dia antes do deslocamento.

O Japão recuou nesta quinta-feira na decisão drástica de suspender todas as novas reservas para os voos de entrada no país durante dezembro e permitir o retorno de seus cidadãos que estão no exterior.

- Vírus sem fronteiras -

Apesar das limitações, a nova variante, aparentemente mais contagiosa e com múltiplas mutações, já está presente em todos os continentes.

Depois de anunciar um caso em seus territórios de ultramar, a França detectou outro nesta quinta-feira no continente europeu. Também foram registrados os primeiros casos na Índia, Noruega, Islândia ou Irlanda.

Nas Américas, a variante já foi registrada nos Estados Unidos, Canadá e Brasil. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) advertiu que em breve a ômicron provavelmente estará em circulação em todo o continente.

Na quarta-feira, a OMS advertiu que os reduzidos índices de vacinação anticovid e de testes de diagnóstico provocam um "coquetel tóxico".

"É uma combinação ideal para a reprodução e aumento de variantes do coronavírus", declarou o secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

OMS e ONU desaconselharam a adoção de restrições generalizadas às viagens, especialmente concentradas nos países do sul da África, alvos de vetos em muitas nações.

Os fechamentos de fronteiras são "profundamente injustos, punitivos e ineficazes", criticou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que chamou de "escândalo" a punição imposta ao continente africano por não dispor de vacinas suficientes.

Diante da ameaça para o crescimento econômico representada pela variante ômicron, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) fez um apelo para que "as vacinas sejam produzidas e distribuídas o mais rápido possível em todo o mundo".

- Vacinas e outros métodos -

As dúvidas persistem sobre a eficácia das vacinas existentes contra a covid ante a nova variante.

Laboratórios como Pfizer/BioNTech, Novavax, AstraZeneca e Moderna acreditam que podem desenvolver um novo fármaco para combater a ômicron. A Rússia afirmou que trabalha em uma versão específica da vacina Sputnik V.

Ao mesmo tempo começam a aparecer alternativas como o comprimido anticovid do laboratório MSD, aprovado por um painel de especialistas nos Estados Unidos, ou o tratamento a base de anticorpos monoclonais da GlaxoSmithKline (GSK), que foi autorizado pela agência reguladora britânica.

Além disso, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta quinta-feira o início de um estudo acelerado sobre a vacina anticovid do laboratório franco-austríaco Valneva.

O pânico gerado pela ômicron lembra a inquietação provocada pela emergência da delta, uma variante também muito contagiosa e agora dominante no mundo.

A OMS considera "elevada a probabilidade de propagação da ômicron por todo o mundo", apesar das dúvidas sobre a transmissibilidade, gravidade ou sua resistência às vacinas.

A pandemia de covid-19 provocou mais de 5,2 milhões de mortes desde a detecção da doença no fim de 2019 na China, segundo um balanço da AFP.

O elemento tranquilizador é que, até o momento, nenhuma morte parece vinculada à variante ômicron.

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