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Um casal foi preso em Campinas, no interior de São Paulo, com mais de 60 explosivos. Segundo a Polícia Civil, o material encontrado em uma picape seria utilizado para roubo de caixas eletrônicos e carros-fortes.

A investigação apontou que os dois detidos seriam responsáveis por abastecer outras quadrilhas especializadas nesse tipo de crime. A mulher já era procurada por envolvimento em outros roubos.

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O caso ainda está sendo investigado para identificar mais pessoas envolvidos com a prática criminosa.

 

 

A região metropolitana de São Paulo registrou queda no número de homicídios e roubos em janeiro deste ano, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP).

Em janeiro de 2019, na comparação com o mesmo mês do ano passado, os casos de homicídios caíram 12,7%, passando de 71 para 62. O menor número registrado desde 2014 (veja o infográfico abaixo). Com a redução, a taxa anual de homicídios chegou a 7,19 casos e 7,68 vítimas a cada 100 mil habitantes da Grande São Paulo.

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Já os roubos em geral tiveram queda de 17,7%, caindo de 5.841 em 2018 para 4;805 neste ano, ou seja, 1.036 mortes a menos no primeiro mês de 2019. Além de também ser o menor número registrado desde janeiro de 2014.

Os roubos de veículos, por exemplo, registraram queda de 10,3% em janeiro, de 1.315 para 1.180 ocorrências. Ao passo que os roubos de carga caíram 22,1%, passando de 204 para 159, o mesmo que 45 casos a menos que em janeiro de 2018.

 

A taxa extra de R$ 3 por encomenda destinada à Região Metropolitana do Rio deixará de ser cobrada pelos Correios, a partir do dia 16 de novembro. O valor era praticado desde abril deste ano, para cobrir os gastos com segurança privada. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (22) pelo presidente da estatal, Carlos Roberto Fortner, após encontro com o secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes.

“Nós iniciamos a cobrança dos R$ 3 como forma de cobrir os custos adicionais decorrentes de vigilância e escolta armada, dado que aqui no Rio os índices de violência estavam muito grandes, com assaltos a carteiros e roubos de cargas. Mas os índices caíram, a ponto de termos hoje números equivalentes a 2012. De forma que, a partir de 16 de novembro, a taxa deixa de ser cobrada”, disse Fortner.

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Segundo ele, de janeiro a setembro de 2018, comparado ao mesmo período de 2017, houve uma redução média nos roubos de 60%. Nas unidades dos Correios a queda foi de 50%, nos roubos a caminhões, 60%, e de 92% contra o carteiro a pé. Em números totais, foram 2.339 ocorrências contra os Correios nesse período no Rio em 2017 e 1.239 em 2018. “Os números mostram que o trabalho do Gabinete de Intervenção tem trazido resultados”, elogiou Fortner.

Ele explicou que a taxa não poderia ser retirada de imediato, porque os Correios têm contratos com as empresas de segurança, que precisam ser rescindidos e pagas todas as garantias trabalhistas, incluindo aviso prévio. Por dia, segundo o presidente da estatal, eram pagos pelos usuários cerca de R$ 120 mil em taxas extras, referentes a 40 mil objetos, o que daria cerca de R$ 2 milhões por mês, bancados pelos clientes que usavam o sistema de entrega de pacotes.

O secretário Richard Nunes ressaltou que os índices de violência, incluindo o roubo de cargas, baixou no estado por causa da integração entre as forças de segurança. Segundo ele, em outubro do ano passado, foram mais de 900 roubos de cargas no estado, número que deverá cair para menos de 600 em outubro deste ano, uma redução de 33%.

O 'gato ladrão' da Ilha de Fernando de Noronha, que ficou famoso por conta da sua "cleptomania" (compulsão que leva a roubar objetos, independentemente de seu valor), foi assassinado na ilha enquanto a sua cuidadora, Andressa Medeiros, estava no Recife para dar à luz ao primeiro filho.

A suspeita é que o animal tenha sido envenenado. Ao G1, Andressa falou que alimentava Back, como era chamado o felino, três vezes ao dia para evitar que ele fosse envenenado. "No último sábado (6) recebemos a notícia que ele (Back) estava morto a uns 500 metros da minha casa. Meu marido reconheceu o corpo, mas não teve coragem de recolher de imediato", falou a cuidadora.

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Andressa Medeiros afirmou ainda que quando o seu esposo voltou para recolher o corpo do gato já não estava mais lá. Ela espera descobrir quem recolheu o corpo de Back e quem matou o seu animal.

Sobre o felino

O 'gato ladrão' ficou famoso após as filmagens de seus furtos terem sido divulgadas pela sua cuidadora Andressa na conta do Instagram @backgatolouconoronha, usada para encontrar os donos das peças levadas pelo gato. Atualmente a conta foi renomeada para @lutobackgatolouconoronha, em despedida ao felino que alcançou mais de 22 mil seguidores na rede.   

A polícia desmantelou uma quadrilha de 17 pessoas responsável ​​por uma série de assaltos a lojas da Apple em 19 condados da Califórnia, nos EUA. Os roubos, segundo as autoridades americanas, causaram mais de US$ 1 milhão em perdas para a Apple. Os suspeitos usavam capuz e agiam em equipe para pegar os produtos expostos nas prateleiras em questão de segundos.

Os ataques da quadrilha - muitas vezes capturados por câmeras de vigilância - seguiam um padrão familiar. Um grupo de suspeitos entrava na loja durante o horário de funcionamento se passando por clientes e, de surpresa, pegava rapidamente os produtos exibidos nas prateleiras antes de fugir do local em um carro.

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As autoridades não especificaram o número de roubos realizados pela quadrilha, mas no início do mês a emissora local KGO-TV contabilizou pelo menos 21 investidas desde maio em todo o estado da Califórnia.

Alguns estabelecimentos foram atacados mais de uma vez, com ladrões diferentes em cada ocasião. As prisões são o resultado de uma investigação envolvendo várias agências de toda a Califórnia.

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O governador Paulo Câmara (PSB) irá tentar ser reeleito na eleição deste ano. Para isso, ele enfrenta um grande desafio: convencer os pernambucanos de que a sua gestão foi eficiente no que diz respeito a área da segurança pública. Nesta terça-feira (14), o pessebista falou que a violência diminui no mês passado. “É motivador saber que todas as regiões de Pernambuco apresentaram redução nos casos de roubos e furtos em julho”, ressaltou por meio do Facebook. 

O governador falou que a gestão irá avançar nesse sentido. “Essa é a menor incidência desde dezembro de 2015, resultado de um planejamento sério, focado na prevenção, no aumento das polícias e em inteligência. Vamos avançar ainda mais no combate à criminalidade para garantir paz aos pernambucanos". 

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Paulo Câmara vem reiterando por diversas vezes que a sua gestão realizou o maior investimento na área. Nessa segunda-feira (13), por meio do Facebook, ele reafirmou: “a gente combate violência com investimento”. A declaração foi feita ao anunciar que já está em funcionamento o novo Complexo da Polícia Civil em Caruaru. “É mais um reforço que fazemos para quem mora no Agreste do Estado. Lá, concentramos seis departamentos da Civil e o plantão 24 horas. A estrutura fica ao lado do 4° Batalhão da PM, o que garante integração entre as nossas forças de segurança”, explicou. 

Segundo o governo, o valor destinado para a área da segurança é de R$ 290,8 milhões. O valor visa, por exemplo, renovação e ampliação do número de viaturas das policias militar e civil, além de Corpo de Bombeiro, promoção de oficiais, bem como reservado para o recém-criado Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).




A Guarda Civil Metropolitana (GCM) terá uma base comunitária móvel em funcionamento na Praça Marechal Deodoro, com policiamento reforçado nas imediações do Elevado João Goulart, o Minhocão, das 20h às 5h da manhã. A mudança na região central de São Paulo ocorre após a população notar um aumento na quantidade de crimes registrados na região, como mostrou o Estado na semana passada.

O vereador Pólice Neto (PSD) informou ter se encontrado com o secretário municipal de Segurança Urbana, o coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, nesta segunda-feira, 6, para tratar do assunto. Disse ele que o encontro foi motivado em resposta às ocorrências de roubos e furtos na localidade e ao caso recente de agressão à modelo Paola Di Mônica. "Frequentadores do parque (Parque Minhocão) e da praça e os moradores da região poderão usar o espaço público com mais segurança", disse em nota.

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Segundo o vereador, o secretário teria indicado ainda o estudo para implementação de um sistema de segurança com monitoramento por câmeras ligadas ao programa City Câmeras. A reportagem do O Estado de S. Paulo contatou a Secretaria da Segurança Urbana, que confirmou o novo funcionamento da base no local, mas não apresentou respostas sobre o uso de câmeras na região.

"A secretaria ainda vai fazer uma análise técnica sobre a viabilidade de instalar as câmeras em todos os acessos ao parque e na praça, mas as associações já se colocaram à disposição para discutir o rateio dos custos de instalação e conexão com a internet", explica Athos Comolatti, fundador da Associação Parque Minhocão, de acordo com nota divulgada pela assessoria do vereador.

Crimes estão em alta no Minhocão

Dados obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação mostram que o número de crimes registrados no elevado cresce ano a ano. Enquanto em 2015 haviam sido registrados 18 crimes no local, em 2016 passou para 76, subindo para 90 ao longo do ano passado. Furto foi o crime mais frequente em 2017, com 45 registros, seguido de roubos, com 36 casos.

Sobre as ocorrências recentes, a Secretaria da Segurança Pública havia informado que não há registros e destacou ações. "Ao longo da via, policiais a pé e de bicicleta realizam o policiamento ostensivo e preventivo, principalmente nos dias em que a via é aberta aos pedestres e ciclistas."

O índice de roubos e furtos a condomínios no estado de São Paulo aumentou 56% em 2018. Foram registrados 1.300 crimes do tipo entre janeiro e abril deste ano, contra 832 no mesmo período de 2017. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

De acordo com o especialista em segurança pública, José Elias de Godoy, 90% dos casos se dá “pela porta da frente do prédio”. Para ele, o crescimento dos furtos é preocupante, já que vem ocorrendo com frequência nos últimos meses e a atuação de policiais civis de uma delegacia especializada em combater esse tipo de crime diminuiu muito nos casos de invasões, principalmente na capital paulista.

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A SSP informou em nota que as Polícias Civil e Militar acompanham as variações específicas de registros dos crimes em São Paulo e realizam ações com o objetivo de evitar novos casos.

A pasta afirmou que no primeiro trimestre deste ano a 4ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Condomínios e Residências solucionou 26 casos de roubos e furtos de residência e desmontou seis quadrilhas, com 19 pessoas presas.

Nos primeiros três meses de 2018, Pernambuco registrou 13.777 roubos a celular. O número, de acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), é 26,52% menor em relação ao ano passado. 496 aparelhos foram apreendidos pelas polícias através do programa Alerta Celular. Os dados foram divulgados na segunda-feira (14) pela pasta.

Segundo a SDS, o número de roubos registrados em Pernambuco em abril foi o menor dos últimos 28 meses. O índice, aponta a secretaria, só perdeu, na série histórica, para dezembro de 2015, quando houve 7.469 Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs). Os dados apontam, ainda, que nos primeiros quatro meses de 2018 houve uma redução de 21,98% nesse tipo de crime, quando comparado com o mesmo período de 2017. 

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Em abril deste ano, computaram-se 7646 CVPs em Pernambuco, 24,06% a menos do que no mesmo mês de 2017. De acordo com a SDS, o quantitativo de abril também é 11,23% mais baixo do que o registrado em março de 2018, quando ocorreram 8613 casos. 

Os assaltos a transportes coletivos apresentaram redução em abril deste ano, comparando-se com 2017. De 102 queixas, reduziu-se para 67, uma diminuição de 34,31%. Neste ano, 46 pessoas foram presas por assaltos a ônibus. Já em relação ao roubo de cargas, houve, em abril deste ano, 52 ocorrências. No ano passado, foram contabilizadas 65 ocorrências, o que representa uma queda de 20% no índice desse tipo de investida criminosa. 

Quanto aos roubos contra agência bancária, houve aumento de dois para três casos. Em abril de 2018, os roubos e furtos de veículos caíram 22,15% e 27,02%, respectivamente, se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Foram registrados 1.392 roubos no mês passado, contra 1.788 em abril de 2017; e 443 furtos contra 607, no mesmo comparativo.

A intervenção federal na segurança pública do Rio não conteve a ousadia dos ladrões de carros: durante o mês de março foram roubados 5.328 veículos no Estado - um a cada oito minutos, em média. Esse é o maior número da série iniciada em 1991, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão subordinado à Secretaria Estadual de Segurança. Isso sem contar os 1.249 carros furtados - quando o criminoso age sem usar violência ou ameaça.

Diante do sentimento de impotência, alguns proprietários estão recorrendo à internet. No Facebook existem pelo menos 28 grupos e 23 perfis criados com o objetivo de divulgar informações sobre carros que foram roubados ou furtados no Estado do Rio. A maioria se refere à capital, mas também existem muitos grupos da Baixada Fluminense e de municípios como Niterói, Duque de Caxias e Magé.

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A maioria dos relatos é postada por vítimas de assaltos e furtos, que informam as características do veículo e o local em que foi levado, além de eventualmente exibir fotos. Mas também há relatos de automóveis abandonados, postados por moradores das ruas onde esses carros estão, e depoimentos de motoristas de caminhão que foram vítimas de roubo de cargas. Um dos grupos mais movimentados é o "Carros roubados e abandonados Baixada Fluminense e Grande RJ", que às 16h45 desta quarta-feira reunia 6.833 participantes. Criado há cerca de um ano, tem em média dez publicações por dia.

Não há estatísticas sobre o número de veículos recuperados, mas é fácil encontrar postagens de agradecimento após o carro ser encontrado. Um Gran Siena roubado na manhã de domingo em Vila Isabel (zona norte do Rio) foi localizado na terça-feira pela Polícia Militar. Embora a veiculação pelo Facebook não tenha surtido efeito, o proprietário agradeceu no grupo. "Muito obrigado a todos. Veículo encontrado hoje. Conte conosco quando precisarem. Juntos somos capazes."

No mesmo dia, uma Brasília marrom fabricada em 1977 foi roubada em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense). Também anunciada no grupo ("é de grande valor sentimental para minha família", destacou o proprietário), não havia sido localizada até quarta-feira, 18. Na segunda, um Monza cinza 1996 foi roubado em São João de Meriti (Baixada), e até quarta não havia sido encontrado.

Já uma Parati 1997 roubada na Pavuna (zona norte do Rio) em 13 de abril foi recuperada três dias depois. Nesse intervalo, segundo a proprietária, o veículo foi usado em pelo menos 15 tentativas de roubo. Algumas unidades da PM usam esses grupos para prestar contas dos veículos furtados ou roubados e recuperados. Postagem de terça-feira feita no grupo "Carros roubados..." em nome da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Vila Kennedy, na zona norte do Rio, anuncia uma lista de nove carros recuperados nos primeiros dias deste mês de abril.

Abandono

Os grupos também são usados para anunciar carros abandonados - possivelmente depois de serem roubados e usados em crimes. Um internauta postou foto de um Corsa vermelho abandonado em Nova Iguaçu em 13 de março, destacando que "tem duas Bíblias" dentro do veículo e, por isso, concluiu que o dono é "pessoa muito religiosa".

A Polícia Civil realiza na manhã desta quinta-feira (19) uma operação contra ladrões de carteiras, dinheiro e celulares que atuam no centro de São Paulo. Foram expedidos 36 mandados de prisão, sendo 20 deles para mulheres, e 38 de busca e apreensão.

Entre 6h e 8h30 desta quinta-feira, 18 pessoas foram levadas para o 3º Distrito Policial de São Paulo, no centro da capital. Todas serão indiciados por associação criminosa, receptação, furto e corrupção de menores.

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Pistolas, revólveres e fuzis fabricados para a prática esportiva e idênticos a armas de fogo vêm sendo usados em larga escala por assaltantes, traficantes de drogas e milicianos no Rio. Cálculos feitos pelo Ministério Público, com base em flagrantes registrados na capital e na Baixada Fluminense, indicam que quatro em cada dez assaltos já são cometidos com esses simulacros. Essas armas falsas são vendidas livremente em lojas físicas e online. É impossível diferenciá-las de armamento real, mesmo se observadas a uma distância curta, de acordo com policiais ouvidos pela reportagem.

A opção dos criminosos pelas réplicas é fácil de explicar. Pistolas de calibres 9 mm, ponto 45 e ponto 40 custam em torno de R$ 5 mil no mercado negro, a depender do fabricante. Uma "arma" do tipo Airsoft tem preço médio entre R$ 250 e R$ 500. Um fuzil sai entre R$ 50 mil e R$ 70 mil na ilegalidade. Já uma réplica, muito parecida com arma verdadeira, custa R$ 2 mil ou menos.

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Venda permitida

Além do preço mais baixo, há também a ausência do risco, uma vez que a venda dos simulacros é regular. Um assalto com Airsoft é qualificado como roubo simples. A sentença pode ser cumprida em regime aberto. Em um caso de condenação por roubo à mão armada, a pena é agravada, e o regime de prisão começa no semiaberto (quando o detento deixa a prisão para trabalhar e volta à noite para dormir na cadeia).

O que os criminosos vêm fazendo, segundo o promotor Jorge Luis Furquim, da Promotoria Criminal de Itaguaí e com 15 anos de atuação, é misturar armas de fogo ao armamento do tipo Airsoft para impor medo. Nos assaltos, as vítimas, que não desconfiam que estão diante de armas falsas, não reagem, com medo de serem baleadas e até mortas. São situações em que os bandidos preferem não arriscar perder armas caras, já que o ganho será limitado. Já os traficantes ostentam as réplicas para dissuadir investidas policiais em favelas. O mesmo fazem milicianos. Com os Airsofts, eles transmitem uma falsa impressão de poderio bélico.

Ponta colorida

Fabricadas em países como China e Taiwan, as armas desse tipo disparam esferas plásticas de seis milímetros por meio de molas, gás comprimido ou estímulo elétrico (com bateria). Na aparência, as únicas diferenças para o armamento real são a coronha e a ponteira colorida (nas cores laranja ou vermelho). A marcação, estabelecida em lei em 2010, serve para que seja possível distinguir uma Airsoft das armas de fogo. Mas a ponta é facilmente retirada, ou chega a ser pintada de preto pelas quadrilhas.

Lojas especializadas

A presença desses simulacros no Brasil é "uma aberração", considera o promotor Furquim. "Essa inundação de Airsoft tem cinco anos. O negócio floresceu, e já existe loja só disso. Mas a lei não permite importação de simulacros só para brincadeira, então o Exército tinha de vetar a entrada no País. A dúvida se é arma real ou não é extremamente perniciosa" diz.

O promotor conta que, junto com a arma, vem um folder explicando que é proibido tirar a ponta. O material também diz que é crime entregar armamento desse tipo a menores de 18 anos. "Mas isso é uma falácia. Já tem 20 anos que o governo proibiu a indústria de brinquedos de fabricar armas para crianças, e na época, nem se pensou no uso por criminosos, até por que as armas não eram idênticas", explica Furquim. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Civil divulgou na manhã desta segunda-feira (11) a prisão de uma quadrilha que praticava assalto a ônibus no município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. Conforme a delegada Euricélia Nogueira, a finalidade dos crimes fugia ao convencional. Esses jovens atuavam para conseguir dinheiro e bancar festas e roupas de marca. Eles serão indiciados por roubo qualificado e associação criminosa. 

Foram apreendidos Bruno Lira Silva, Maxy Emiliano Roberto da Silva e Paulo Cesar da Silva, liderados por Ícaro Heik Melo Constãncio. De acordo com a delegada, os familiares foram pegos de surpresa, pois não sabiam que os filhos praticavam crimes – que, segundo investigações, já durava dois meses. Todos estudavam na mesma escola e se reuniam na quadra para organizarem as próximas ações. A polícia constatou que Ítalo agia armado e os demais portavam facas. Em depoimento, todos confessaram a prática dos crimes.

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Outro caso

Também foi preso Josemir Miguel de Lima, por tentativa de latrocínio a uma jovem. Ele havia esfaqueado a vítima que, após sua prisão, reconheceu o criminoso. A polícia explicou que ele foi preso quando tentava assaltar um carro e, como tinha as características repassadas pela jovem, ela foi à central de plantões onde foi feito o reconhecimento.

“A irmã de Josemir informou que ele não voltou para casa na noite do crime e quando chegou, estava sem camisa, provavelmente porque havia algum vestígio”, explicou o delegado Joel Venâncio, gestor da Diretoria Integrada Metropolitana. Ele detalhou que o criminoso entrou no ônibus e foi diretamente em direção à jovem, pediu seu celular e como ela se negou, ele deu duas facadas no pescoço da vítima. Ela passa bem. 

Ele foi autuado por roubos e tentativa de latrocínio. A polícia explicou que Josemir é usuário de drogas e utilizava os produtos de roubo para trocar por entorpecentes. 

Diego Silva Lima, de 22 anos, considera sorte ter sido atropelado apenas uma vez nos oito meses em que trabalha na Avenida Rio Branco, em Campos Elísios, centro de São Paulo. Entregador de um restaurante árabe, ele foi atingido por um carro há cerca de uma semana, quando andava de bicicleta nas imediações da Rua Vitória. Um dos motivos, segundo ele, é a desorganização de sinalização na área, com sete semáforos fora de funcionamento nas Avenidas Rudge e Rio Branco.

Como resultado, o entregador ficou com escoriações no calcanhar e a parte traseira de sua bicicleta foi danificada. Moradores e frequentadores apontam, contudo, que esse tipo de incidente não é novidade na região, especialmente nos últimos cinco meses. "Dirijo por aqui com o máximo de atenção possível. Só não aconteceu nada muito grave por sorte", diz o comerciante Genival José dos Santos, de 43 anos, que tem uma lanchonete na Rio Branco.

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Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as falhas no funcionamento dos semáforos são consequência do vandalismo e do furto de cabos de energia. Um agente de trânsito afirmou ao Estado que um semáforo da Avenida Rudge, próximo da Rua James Holland, foi consertado na Sexta-Feira Santa e, no dia seguinte, já estava novamente sem os fios.

A gerente de loja Ilda Torres, de 39 anos, não considera o furto de cabos, que costuma acontecer nas madrugadas, o único motivo para a situação. "O poder público tem responsabilidade de gerir essa região adequadamente, mas ela está abandonada. Não é só porque a Cracolândia é perto daqui que pode ficar assim", diz a moradora, que vive na região há 15 anos.

Com o não funcionamento dos semáforos, os motoristas que trafegam nas Ruas Coronel Osório, Vitória e dos Gusmões não podem mais atravessar a Rio Branco perpendicularmente. Mesmo assim, alguns ignoraram os cones e atravessam, especialmente os motociclistas, que chegam a dirigir pela travessia de pedestres para ir de um sentido a outro da avenida.

"Já vi até gente descer do carro, tirar o cone, entrar de novo e passar pelo cruzamento", relata a gerente. "É um absurdo. É triste ver um lugar que a gente gosta abandonado desse jeito, desvalorizado", afirma ela, que quase se machucou ao andar de skate pela avenida com a filha, de 14 anos, no fim de semana. "Quase bati em um poste. É muita coisa para cuidar. Você fica olhando para todos os lados ao mesmo tempo", relata.

No centro há 60 anos, a aposentada Júlia da Silva, de 80 anos, diz que sequer anda pela região no período noturno, por medo de ser assaltada. Moradora de um apartamento a cerca de duas quadras da Rio Branco, ela diz que, para conseguir atravessar a avenida, é necessário "observar o trânsito e ir se enfiando quando abrir a primeira brecha". "O que a gente vai fazer? O semáforo aqui mais fica desligado do que funciona. Mas a gente tem de ir no mercado, na feira, não dá para ficar trancada dentro de casa."

Histórico

Dos sete semáforos desligados, quatro tinham a presença de agentes de trânsito orientando pedestres na manhã de ontem. De acordo com a CET, nos três primeiros meses de 2017 foram registrados mais de 268 casos de furtos de cabos semafóricos na cidade, somando 12 quilômetros de fios, o que representa uma alta de 54% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em 2016, o número total foi de 40 quilômetros, o que causou prejuízo de R$ 500 mil. A companhia aponta que o furto dos fios de um único cruzamento pode afetar até seis semáforos.

Além disso, a CET diz que o contrato de manutenção dos equipamentos estava vencido desde dezembro. "O edital de licitação foi publicado em 23 de março. Trata-se de um avanço perto do contrato passado, que previa implementação e manutenção de apenas 1.500 aparelhos (há 6.387 na capital)", informou a CET em nota.

A situação de insegurança nas agências bancárias já virou rotina nas manchetes dos jornais de Pernambuco. Dados de um balanço realizado pelo Sindicato dos Bancários revelam que, desde janeiro até outubro de 2016, 247 ações violentas foram praticadas em bancos, terminais de autoatendimento, casas lotéricas e agências dos Correios na Região Metropolitana do Recife (RMR) e no interior do Estado. 

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira (1º), na sede do Sindicato dos Bancários, no centro do Recife, bancários pediram mais investimento no setor de inteligência das forças policiais. Segundo as estatísticas divulgadas pela associação da categoria, até outubro já são 13 assaltos, cinco sequestros de trabalhadores, 29 explosões, 13 arrombamentos, 128 ataques aos terminais de autoatendimento instalados fora das agências, 18 ataques a agências dos Correios, 36 ações em casas lotéricas e cinco explosões de carros-fortes.

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Para o presidente interino do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura, não há uma resposta da Secretaria de Defesa Social (SDS) contra a falta de segurança pública no Estado. "Uma agência explodida causa um prejuízo enorme, tanto do ponto de vista econômico, como do social para pessoas que trabalham internas ou moram nas redondezas. A gente vive sob uma condição de medo constante por causa da ineficiência dos órgãos competentes", lamentou Moura. 

Com o alto número de registros violentos contra bancos, o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino, pediu o envolvimento do Exército Nacional e da Polícia Federal na investigação dos casos. "Muitas vezes, apenas os militares têm acesso a modelos de armas e de explosivos utilizadas pelos assaltantes", afirmou. Para ele, além do papel efetivo da força militar, é preciso um maior efetivo de policiais no interior do Estado. 

"A situação agora é emergencial e precisa ser resolvida de forma coletiva com a sociedade civil", explicou Rufino. Ele também alfinetou o Governo de Pernambuco e afirmou que não adianta trocar secretário de Defesa Social. "O caminho não é substituir as pessoas, mas criar uma força efetiva para investigar esses casos. Os homens que agem nessas situações têm mais inteligência que nossa polícia", criticou.

Por causa das ações criminosas, atualmente 48 agências do Banco do Brasil seguem interditadas e sem funcionar completamente. "Em alguns municípios, onde só ha uma agência, a população sofre muito quando os bancos são explodidos e há a necessidade de se descolar até outra cidade para realizar transações financeiras", argumentou o secretário de Assuntos Jurídicos dos Bancários.

Apesar da SDS informar que o número de ocorrências de roubo a agências bancárias diminuiu em relação ao ano passado, a associação rebate e diz que os roubos diminuíram porque os assaltantes preferem explodir as agências a noite. De janeiro a setembro de 2016, conforme a SDS, foram registrados 19 roubos e, na mesma época em 2015, foram 38 ocorrências. "As quadrilhas não agem mais durante o dia, com algumas exceções. Eles se especializaram em furtar as agências e explodir os caixas eletrônicos durante a noite, e esse número cresceu absurdamente", falou Rufino. 

Recorrência

Nas últimas 24 horas, três agências bancárias foram alvo de bandidos. Na madrugada desta terça-feira, pontos de atendimento do Banco do Brasil (BB) e do Bradesco no município da Pedra, Sertão Central, foram totalmente destruídos por explosivos. Os criminosos também incendiaram carros para assustar a população e impedir a perseguição policial.

Na segunda-feira (31), por volta das 19h, a agência do BNB de Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), também foi assaltada. Dois suspeitos vestidos com farda dos Correios e de segurança privada chegaram ao local e, armados, renderam uma gerente e um vigilante.

As vítimas também foram ameaçadas pela dupla, que mostrou fotos de parentes dos bancários para comprovar que estariam monitorando suas famílias e suas rotinas. Os assaltantes fugiram levando um malote de dinheiro. A quantia levada não foi informada. Ninguém ficou ferido.

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Os estupros tiveram alta de 30% em São Paulo capital em setembro e de 5,1% no Estado, em relação ao mesmo período de 2015. Questionado, o secretário da Segurança de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, que havia relacionado aumento do crime à crise econômica em junho, disse agora "não saber" as razões do avanço. As estatísticas divulgadas nesta terça-feira (25) ainda apontam aumento de roubos pelo oitavo mês seguido no Estado (10%) e queda nos homicídios na capital.

Os registros de estupro cresceram tanto no Estado quanto na capital paulista pelo segundo mês consecutivo. Na cidade de São Paulo, foram 221 notificações do crime em setembro, ante 170 no mesmo mês de 2015. Considerando o período desde janeiro, o aumento foi de 6,3%, com 1.668 casos registrados em 2016, ante 1.569 notificações no ano anterior.

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Já no Estado o crescimento foi de 5%, passando de 824 ocorrências em setembro de 2015 para 866 neste ano. O índice acumulado também subiu 6,5%. Ao todo, foram 7.306 notificações até o momento, ante 6.861 no mesmo período de 2015. "Já me conformei em não emitir minha opinião sobre o que pode ter aumentado ou não sobre violência doméstica", afirmou Mágino Alves.

No domingo, o Estado publicou reportagem mostrando vários casos de mulheres vítimas de violência doméstica que tiveram pedidos de medidas protetivas negadas pela Justiça e acabaram assassinadas pelos agressores. Sobre o assunto, o secretário afirmou que "se eu fosse magistrado, não teria dúvida em deferir (medidas protetivas)". "É uma obrigação do Estado e a SSP (Secretaria da Segurança Pública) faz questão de acolher a vítima, questão de deferir toda proteção possível, com a maior rapidez possível."

Roubos

Em setembro, foram registrados 27.631 roubos, ante 25.119 no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano (janeiro a setembro), a alta foi de 6,61% em relação aos nove meses de 2015, totalizando 242.748 roubos no Estado. Na capital, a alta foi de 12,3% em setembro, passando de 12.489 para 14.025. Em nove meses, o aumento foi de 4,07%, com um total de 119.063.

Para Barbosa Filho, o aumento dos roubos está relacionada com a crise econômica. "É um fenômeno que acontece também em outros Estados. Nós estamos intensificando o policiamento com mais policiais nas ruas", afirmou.

Os latrocínios (roubos seguidos de morte) tiveram um aumento de 52,38% no Estado, em setembro, passando de 21 para 32 casos, em comparação à 2015. Na capital, foram 16 latrocínios, em setembro, ante 9 no mesmo mês de 2015.

Homicídios

A capital manteve a tendência de queda dos homicídios e fechou setembro com 12,82% de casos a menos do que no mesmo período de 2015. Foram 68 casos, ante 78. O número é o menor da série histórica, desde 2001. Com isso, a taxa de homicídios ficou em 7,59 casos para cada 100 mil habitantes, considerando 12 meses.

Para Barbosa Filho, a queda dos homicídios é uma "lição de casa que o governo está fazendo e vem trazendo resultados significativos". No Estado, porém, houve pequeno aumento no número de casos, em setembro. Foram 283 ante 278 no ano passado. Uma alta de 1,8%. A taxa ficou em 8,14 casos por cem mil habitantes. Comparando o terceiro trimestre de 2016 com o de 2015, houve queda dos assassinatos na capital (-5,6%) e no interior (-2,5%).

Letalidade policial

O Estado registrou aumento de 9,1% no número de pessoas mortas em confrontos com policiais militares de folga, segundo estatística trimestral. O índice não inclui ocorrências de homicídios comuns que eventualmente envolvam policiais. Também houve alta no número de PMs feridos em tiroteios (45,2%). Segundo a secretaria, no último trimestre 60 pessoas morreram em confrontos com PMs que não estavam de serviço, ante 55 vítimas no mesmo período de 2015.

Já as ocorrências envolvendo policiais de serviço caíram 2,4%: foram de 127 casos, no ano passado, para 124, em 2016. Por sua vez, o índice de pessoas feridas por PMs de folga subiu de 46 para 60 (30,4%). Quatro policiais foram mortos em confrontos no trimestre passado - mesmo índice de 2015. Já os feridos subiram de 42 para 61 na comparação entre os períodos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os roubos de rua tiveram aumento de 68% no Rio em agosto, quando se realizaram os Jogos Olímpicos, em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram registrados 11.032 roubos a pedestres, em coletivos e roubos de telefones celulares, ante 6.562 casos em agosto de 2015. Mesmo com todo o esquema de segurança, com 85 mil agentes nas ruas, os roubos foram maiores do que em julho, quando houve 10.701 roubos de rua. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Segurança Pública.

O aumento da criminalidade vem sendo sentido ao longo de todo o ano. O número de assaltos nas ruas entre janeiro e agosto (80.731) se aproxima de todos os registros feitos no ano passado(85.280).

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A auxiliar de publicidade Camila Rodrigues, de 26 anos, vai engrossar essa estatística. Ela foi assaltada por dois homens armados quando chegava à estação de trem de Anchieta, na zona norte, às 6h30, desta sexta-feira, 23. "Quando eu vi a moto, tentei correr. Porque se você mora em um bairro perigoso, você tem medo quando vê uma moto. Mas eles aceleraram e me cercaram", contou.

Ela entregou a bolsa e ainda assim foi revistada, porque os assaltantes queriam se certificar de que ela havia entregado também o celular. "Perdi carteira, documentos, tudo. Com a greve dos bancos, não consigo nem sacar o salário. A polícia sabe que ali tem muito assalto, mas não tem nenhum carro fazendo patrulha pela manhã."

Os homicídios também tiveram aumento de 15% em relação a agosto do ano passado. Foram registrados 386 casos, ante 336 no mesmo mês de 2015. No acumulado de janeiro a agosto, o aumento foi de 17,4% (2.747 em 2015; 3.224 em 2016). As mortes em decorrência de ação policial tiveram aumento de 19,2% (de 459 em 2015 para 547 em 2016). A Anistia Internacional já havia divulgado relatório que apontava para o crescimento das mortes nas operações policiais ocorridas às vésperas da Olimpíada.

Também houve mais policiais civis e militares mortos em serviço - foram 19 em 2015, e 25 este ano.

Os dados de violência em Pernambuco têm aumentado nos últimos anos, uma das estatísticas que mostram esse fato é o levantamento realizado pela Secretaria de Defesa Social (SDS) quanto ao roubo de veículos. A SDS divulgou que foram 8.311 veículos roubados até agosto, dos quais 4.609 teriam sido recuperados pela polícia e 3.702 nunca foram encontrados

Os números são muito semelhantes aos passados pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) ao LeiaJá, que apesar de terem revelado um índice um pouco maior do anunciado pelo governo, contabiliza o mês corrente, que só é incluído nas planilhas do Estado quando se encerra. 

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Segundo o Sinpol, entre 2014 e 2016, a quantidade de roubos a veículos praticamente dobrou, pulando de 4.671 para 8.642, somente até setembro. Isso significa uma média de pelo menos um carro roubado por hora no estado.

Ainda de acordo com a SDS, em 2015 foram 5.475 veículos roubados - número 51% inferior a 2016 - dos quais 3.110 foram reavidos. Outros 2.365 veículos nunca voltaram para os seus donos.

Com informações de Naiane Nascimento

O aumento de 8,7% nos casos de roubo na cidade de São Paulo, divulgado na semana passada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), tem divisão territorial. Todos os 15 distritos policiais responsáveis pelas maiores altas do crime são de bairros da periferia, enquanto as delegacias que tiveram recuo ficam em áreas mais nobres ou no centro expandido. Para especialistas, o comportamento está associado à má distribuição do efetivo policial. O governo do Estado alega não existir variação significativa por regiões.

Para o levantamento, a reportagem comparou o índice de roubo em junho de 2016 com o do mesmo mês do ano passado. Dos 12.873 roubos notificados na capital, 103 foram no 65º DP (Artur Alvim), na zona leste. A delegacia é campeã de aumento, com 194,2% casos a mais. Em 2015, o mesmo distrito havia registrado 35 ocorrências - quase três vezes menos. A lista segue com Jardim Mirna (180,3%), Parque São Jorge (124,1%), Vila Carrão (117,2%) e São Mateus (86,2%).

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Apesar do aumento no número total da cidade, individualmente 39 delegacias registraram queda nas notificações. A maior redução foi de 42,5%, no 27.º DP (Campo Belo), localizado em região nobre da zona sul. Entre as dez melhores colocadas aparecem ainda Alto da Mooca (42,4% de queda), Consolação (40,1%), Campo Grande (38%), Brás (36%), Itaim-Bibi (29,8%) e Vila Mariana (27,2%). Todos ficam em áreas de classe média e alta ou no centro expandido.

Especialista em segurança, o coronel José Vicente da Silva afirma que o resultado é reflexo da má distribuição de efetivo policial. Em junho, a reportagem revelou que bairros com mais violência têm menos policiais militares para cuidar de cada crime. "Os recursos devem ser correspondentes à demanda, mas não é o que acontece", diz. Segundo o especialista, também há falhas de planejamento, que deveria levar em conta ruas e horários em que os crimes acontecem. "Quando se percebe um aumento de 20%, já deve acender a luz amarela. Não pode deixar que os casos tripliquem."

Para Vicente, a crise econômica não justifica o aumento dos roubos. "A polícia foi criada para cuidar dos efeitos, e não das causas. Culpar a crise é inaceitável para a sociedade." Outro problema, segundo o especialista, é que a rotatividade de policiais em delegacias e batalhões de áreas distantes, em geral, é alta, dificultando um trabalho preventivo continuado.

A cientista social Camila Caldeira Nunes Dias, da Universidade Federal do ABC (UFABC), afirma que o aumento de roubos na periferia é resultado de uma "oferta diferencial de segurança". "Claramente, o Estado tem uma preocupação muito maior em manter a segurança em bairros de classe média e alta", diz. "A atuação em bairros periféricos é muito marcada pela repressão. Essa população não é vista como pessoas que devem ser protegidas."

Delegacias

Às 15 horas de anteontem, a vendedora Lia Fernandes, de 49 anos, saía do 65º DP (Artur Alvim), recordista de alta, com um boletim de ocorrência nas mãos. Ela foi mais uma vítima de roubo na região. "Tenho medo de sair na rua, mas preciso ir para o emprego."

Lia estava a caminho do trabalho quando teve o celular roubado por dois motoqueiros. Policiais da delegacia informaram que o objeto é o principal alvo dos criminosos, juntamente com documentos. Segundo eles, as ocorrências subiram na saída das Estações Artur Alvim e Itaquera, do Metrô, mas não há policiamento suficiente para inibir o crime nos locais. Os policiais, que não querem ser identificados, também dizem que aumentaram os registros de BO para retirar segunda via de documento sem precisar pagar.

Já no 27º DP (Campo Belo), a delegacia com o melhor resultado em junho, os policiais passaram a fazer ronda em ruas com maior número de registros de roubo, além de pontos de venda de drogas. Eles também abordam suspeitos com celular à mostra, o principal alvo do crime, para consultar se o objeto é roubado. "O segredo aqui é muito trabalho com ênfase nos crimes patrimoniais, que estão intimamente ligados às drogas", diz o delegado assistente Augusto César Bicego.

Estado

Procurada, a SSP afirmou em nota que a análise é "incorreta". "O levantamento feito pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) mostra que houve aumento e redução de ocorrências destes indicadores criminais em distritos de todas as regiões da capital."

A secretaria também negou problemas na distribuição do patrulhamento. "O setor de inteligência da PM acompanha semanalmente os dados estatísticos para elaborar os planos de policiamento, que levam em consideração o tipo de crime, quantidade de ocorrências e modus operandi criminoso."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Policiais do Departamento de Investigações Criminais (Deic) prenderam nove pessoas suspeitas de fazer parte de uma quadrilha especializada em roubar carros de luxo na capital. Um adolescente também foi apreendido. Com a operação, batizada de Nave, a polícia esclareceu 17 casos registrados principalmente em bairros nobres da zona sul.

O delegado Carlos Alberto da Cunha informou que 10 carros roubados foram recuperados. Segundo as investigações, os bandidos agiam sempre em trio: um bandido rendia a vítima levando o veículos e os pertences, enquanto os outros ficavam na contenção dando cobertura. Os carros eram encaminhados para desmanches no ABC paulista.

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Além dos veículos, foram apreendidos bolsas, relógios, computadores e joias roubados das vítimas. Os suspeitos foram autuados por roubo, receptação e associação criminosa.

A próxima fase da operação vai investigar os donos de desmanches que receberam os carros roubados.

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