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Em tempos de pressões sociais por mais gastos públicos, seja com salários de servidores ou com educação, uma despesa que certamente crescerá ao longo deste ano e do próximo é com o pagamento dos juros que incidem sobre a dívida pública. Segundo estimativas do governo e do mercado financeiro, os gastos com juros devem ultrapassar a marca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) ainda em 2014. No ano, até abril, essa despesa representou 4,9% do PIB.

Depois de promover um esforço geral pela redução das taxas de juros, a presidente Dilma Rousseff conseguiu fazer com que o Banco Central (BC) reduzisse a Selic, a taxa básica de juros, à mínima histórica, de 7,25% ao ano. Essa taxa foi mantida por seis meses, até abril de 2013, quando as pressões inflacionárias forçaram o BC a iniciar um ciclo de aperto monetário, que terminou apenas no mês passado, já com a Selic em 11% ao ano - patamar superior, inclusive, aquele que Dilma herdou (10,75% ao ano) quando assumiu a Presidência, em janeiro de 2011.

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Foi justamente no início do ciclo de aperto, em junho do ano passado, que a conta de juros paga pelo setor público brasileiro atingiu o menor patamar da série histórica, iniciada em 1999, segundo dados da Tendências Consultoria. Nos 12 meses acumulados em junho de 2013, os juros consumiram 4,8% do PIB. Desde então, essa conta passou a subir.

Em janeiro deste ano, os gastos com juros somaram R$ 30,4 bilhões - o maior valor mensal em toda a história. No entanto, por contar ainda com resquícios dos juros baixos, a série acumulada em 12 meses ainda permanece abaixo da marca de 5% do PIB.

"A tendência é piorar ao longo do ano, com a estabilidade cambial que se espera, e continuar aumentando no ano que vem", afirmou Felipe Salto, mestre em economia pela FGV-SP e especialista em contas públicas da Tendências. "Esse é o perigo nas contas de gastos. Temos uma despesa com juros que representa cinco vezes mais os gastos com investimentos, sendo inferior apenas às despesas com INSS", disse Salto. Os gastos com aposentadorias e pensões abocanham 7% do PIB.

BNDES

Parte do aumento das despesas com juros se dá pela opção do governo de engordar o caixa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Desde 2008, o governo transferiu mais de R$ 410 bilhões ao BNDES. Esse dinheiro foi obtido com a venda de títulos no mercado, e esses papéis pagam, em geral, a Selic. Uma vez no BNDES, o dinheiro é repassado à empresários a um custo muito menor, atrelado à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 5% ao ano.

Como informou o Estado na semana passada, o governo começou a estudar o aumento da TJLP, para reduzir os gastos do Tesouro Nacional para manter esse subsídio.

Baixo crescimento. De acordo com o governo, o aumento da conta de juros é um problema "administrável", uma vez que a grande dificuldade está na fraqueza do PIB. Isto porque os gastos com juros tendem a aumentar, devido à elevação da taxa básica, que baliza a maior parte dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar os gastos da União.

Esses títulos aumentam a dívida pública. No entanto, se o PIB aumentasse a taxas mais elevadas, esses gastos poderiam ser acomodados. Mas este não é o caso.

A média de crescimento do PIB caiu dos 4% ao ano, durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), para menos de 2% ao ano, na gestão Dilma Rousseff. A Tendências estima um aumento de apenas 1,3% do PIB neste ano. Se confirmada a projeção, a média de crescimento do PIB sob Dilma terá sido de 1,8% ao ano, superior apenas à alcançada pelos presidentes Floriano Peixoto (1891-1894) e Fernando Collor (1990-1992).

"Há um efeito PIB cruel nos gastos com juros, claro", afirma Salto, "porque é relativamente fácil gerar superávits primários com a economia em crescimento, e isso reduz o endividamento e a conta de juros". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os economistas consultados pelo Banco Central na pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 26, mantiveram a previsão para a taxa Selic no fim de 2014 em 11,25% ao ano, o mesmo valor há nove semanas. Para 2015, a mediana recuou de 12,25% para 12%. Há quatro semanas ela estava em 12%.

A taxa básica de juros está em 11,00% ao ano desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorreu em abril. O próximo encontro da diretoria colegiada do BC ocorre nesta semana, na próxima terça e quarta-feira.

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A previsão para a Selic média em 2014 recuou de 10,97% para 10,94%. Para 2015, segue em 12,00%. Há quatro semanas, estavam em 11,06% e 12,00% ao ano, respectivamente.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para a Selic no fim de 2014, no médio prazo, passou de 11,50% ao ano para 11,25% e, para 2015, recuou de 13% para 12,75%. Há quatro semanas a projeção era, respectivamente, 11,88% ao ano e 13,00%. No curto prazo, a previsão para a Selic em 2014 segue em 11%, para 2015, segue em 12,50%.

A taxa de desemprego de abril foi a mais baixa para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), em março de 2002, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém a renda real teve queda, afetada pela inflação elevada, e só agrava a leitura sobre o desempenho da atividade. No mercado de juros, a reação inicial do mercado é de queda nas taxas futuras, com os investidores continuando o caminho para o consenso na manutenção da Selic em 11%.

Também na agenda doméstica, a FGV informou que o índice de confiança da indústria recuou 4,6% em maio ante abril para 91,2 pontos, na leitura preliminar deste mês que, se confirmada, representará o menor nível desde junho de 2009. Já o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) da indústria atingiu 84,3% em maio, resultado superior ao apurado no resultado final da sondagem de abril, em 84,1%.

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Na Bovespa, as atenções devem se focar na divulgação de mais uma pesquisa Ibope sobre as eleições presidenciais, que sai nesta quinta-feira, 22, e nos desdobramentos da decisão tomada na quarta-feira, 21, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os ministros deram ganho de causa aos poupadores, em detrimento dos bancos, no julgamento sobre quando começaria a incidir o juro de mora referente às ações contra os planos econômicos. Ontem, os papéis de bancos reagiram fortemente à notícias.

O Banco Central pode pausar seu ciclo de aumento da taxa básica de juros nos próximos meses, apesar da recente alta nos preços dos alimentos, afirmou nesta quinta-feira (10), o presidente do BC, Alexandre Tombini, em entrevista ao Wall Street Journal durante a reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"É uma possibilidade", respondeu Tombini, quando questionado se existe a chance de uma pausa no ciclo de aperto monetário. "Vamos ver. Temos quase dois meses entre agora e a próxima reunião, que será no fim de maio." Ele acrescentou que o fator decisivo para ele nessa decisão será a evolução da perspectiva para a inflação.

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Segundo Tombini, a recente alta da Selic ainda está chegando à economia brasileira. O dirigente afirmou também que o esforço para conter a inflação vem sendo ajudado pela garantia do governo de que alcançará a meta de superávit primário e pela recente apreciação do real. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Banco Central usou uma cotação para o dólar de R$ 2,35 no Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira, 27. A taxa Selic utilizada foi de 10,75% ao ano. O valor é menor do que a da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), no qual o cenário de referência levou em consideração uma taxa de câmbio de R$ 2,40 e taxa Selic 10,50%.

Na última reunião do Copom, no entanto, a cotação do dólar era R$ 2,35. No relatório de inflação anterior, de dezembro, a cotação utilizada foi de R$ 2,35 e taxa de juros de 10%. A nova cotação de R$ 2,35, incluída hoje no relatório trimestral de inflação, tem como data de corte 14 de março. O valor é o mesmo do fechamento do dia de corte. Em 14 de março, o dólar fechou em R$ 2,3516. x

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As vendas de dólares no mercado futuro, para segurar a cotação da moeda, fizeram a dívida interna vinculada ao câmbio continuar no maior nível em 11 anos. A dívida mobiliária (em títulos) interna corrigida por moedas estrangeiras encerrou fevereiro em R$ 205,76 bilhões, o valor mais alto desde março de 2003, quando havia atingido R$ 225,44 bilhões. Em termos percentuais, no entanto, a fatia do câmbio na dívida interna caiu, de 10,47% em janeiro para 10,42% em fevereiro.

Apesar de não envolverem emissões de títulos, as operações de swap cambial tradicional, que equivalem às vendas de dólares no mercado futuro, interferem na composição da Dívida Pública Federal conforme os critérios usados pelo Banco Central. Pelos critérios do Tesouro Nacional, que desconsidera as operações de swap, a participação do câmbio na dívida mobiliária interna passou de 0,61% em janeiro para 0,58% em fevereiro.

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A proporção do câmbio na dívida mobiliária interna tende a aumentar nos próximos meses por causa da decisão do Banco Central (BC) de estender, até junho de 2014, o programa de venda de dólares no mercado futuro. Desde agosto, o BC injeta US$ 500 milhões diariamente nos leilões de swap (que funcionam como venda de dólares no mercado futuro). Em janeiro, o volume foi reduzido para US$ 200 milhões diários.

Apesar do aumento da participação do câmbio, a composição da dívida pública interna melhorou em fevereiro. A fatia de papéis prefixados – com taxa de juros definida no momento da emissão – subiu de 39,91% em janeiro para 40,22% no mês passado. A fatia dos títulos vinculados a taxas flutuantes, como a Selic (taxa de juros básicos da economia), subiu levemente, de 11,47% para 11,77%. A participação dos títulos corrigidos pela inflação caiu de 38,16% para 37,59%. Todos os números levam em conta as operações de swap pelo Banco Central.

Com taxas definidas no momento da emissão, os títulos prefixados são preferíveis para o Tesouro Nacional porque dão maior previsibilidade à administração da dívida pública. O governo sabe exatamente quanto vai pagar no futuro, quando ocorrer o vencimento dos papéis. Em contrapartida, os papéis vinculados à Selic representam mais risco porque pressionam a dívida para cima, caso o Banco Central tenha de reajustar os juros básicos por causa da inflação.

Depois de bater recorde em janeiro, quando atingiu 4,39 anos, o prazo médio da DPF caiu em fevereiro e encerrou o mês em 4,36 anos. O Tesouro Nacional não divulga o resultado em meses, apenas em anos. A participação dos vencimentos nos próximos 12 meses também caiu, passando de 24,81% para 24,74%. Prazos mais longos são favoráveis ao Tesouro porque dão ao governo mais tempo para planejar e executar as operações de rolagem (renegociação) da dívida pública.

Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.

A pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 10, pelo Banco Central mostra que a projeção do mercado para a taxa Selic segue em 11,00% ao ano para o mês de abril. Ou seja, os economistas acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC vai aumentar a Selic em mais 0,25 ponto porcentual na reunião do mês que vem. Para o mercado, a taxa básica de juros vai fechar este ano neste patamar.

Na semana passada, o colegiado de diretores que decide o rumo da Selic divulgou a ata da reunião de fevereiro, quando resolveram reduzir o ritmo de altas de 0,50 ponto porcentual para 0,25 ponto porcentual. O mercado viu no documento a possibilidade de o Copom aumentar mais uma vez a taxa antes do fim do atual ciclo de alta.

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Para os economistas consultados pelo BC, 2015 deve iniciar com novo ciclo de alta nos juros básicos. O mercado prevê alta da Selic para 11,50% logo na primeira reunião do ano, em janeiro. Em seguida, a taxa passaria para 11,75% em fevereiro e alcançaria 12,00% em abril, patamar no qual permaneceria até setembro de 2015.

A pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra que a projeção do mercado para a taxa Selic segue em 11,00% ao ano para o mês de abril. Para dezembro, a mediana está 11,13% ao ano. Em janeiro de 2015, o mercado prevê alta da taxa básica de juros para 11,50% ao ano. Em abril do próximo ano, a previsão de alta continua em 12,00% ao ano.

O atual ciclo de alta da taxa básica de juros, iniciado em abril do ano passado, será um dos responsáveis pelo provável esfriamento da atividade econômica em 2014 na comparação com 2013, segundo analistas. Os efeitos defasados do aumento de 3,5 pontos porcentuais que levaram a Selic do piso histórico de 7,25% ao ano para 10,75% ao ano devem contribuir para uma desaceleração gradual do consumo nos próximos meses. Isso, no entanto, não deve reduzir tão fortemente a inflação, como aposta o governo.

O próprio Banco Central reconhece que o menor ritmo de expansão do crédito no ano passado é influência do aumento do juro, que encareceu as operações com recursos livres. Para este ano, a estimativa da autoridade monetária é de um incremento ainda menor no crédito - crescimento nominal em torno de 13%, ante 14,6% em 2013.

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A consultoria Tendências calcula uma desaceleração ainda maior para o crédito neste ano - de 12,3%. Segundo a economista Mariana Oliveira, o crescimento real do crédito em 2014 deverá ser de 5,9%, redução significativa em relação aos 8,2% apurados no ano passado.

O diretor de Pesquisas para a América Latina da Nomura Securities em Nova York, Tony Volpon, acredita que o BC deve encerrar o ciclo de alta da taxa básica de juros com o aumento de 0,25 ponto porcentual decidido na semana passada, justamente para não correr o risco de ser carimbado como um dos culpados por um crescimento baixo da economia neste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Comitê de Política Monetária decidiu, nesta quarta-feira (26), elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto porcentual, que passará para 10,75% ao ano. Foi o oitavo aumento seguido.

A maior parte do mercado financeiro esperava um aumento de 0,25 pp, segundo pesquisa do AE Projeções, depois de seis altas consecutivas de 0,5 ponto.

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A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 01 e 02 de abril.

Depois de duas semanas de pressão, os contratos de juros futuros iniciaram a semana com prêmios reduzidos. A chance de uma elevação mais branda da Selic, de 0,25 ponto porcentual, na reunião do Copom de fevereiro voltou a ser cogitada, em função de um IPCA mais comportado em janeiro (+0,55%) e do fraco resultado da produção industrial de dezembro (-3,5%).

O dólar, no entanto, com valorização na manhã desta segunda-feira, 10, ante o real, trouxe de volta o viés de alta para as taxas. O câmbio tem mais força do que a melhora das expectativas inflacionárias detectadas pela pesquisa Focus, do Banco Central, até o momento.

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A projeção de inflação medida pelo IPCA para 2014 caiu de 6,00% para 5,89%, na primeira coleta depois de conhecido o dado de janeiro. Para 2015, a projeção segue em 5,70%. As estimativas no Top 5 - grupo dos analistas que mais acertam projeções - médio prazo caíram de 6,20% para 5,86% e de 6,00% para 5,80% para 2014 e 2015, respectivamente.

Às 9h31, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,39%, de 11,38% no ajuste de sexta-feira. O contrato chegou a alcançar a máxima de 11,41%, na sequência da abertura do dólar. A moeda norte-americana começou o dia negociada a R$ 2,3920 (+0,55%). Às 9h32, entretanto, já marcava a mínima, a R$ 2,3870 (+0,34%).

Em nota, o corpo técnico do Banco Central, citou que o menor ritmo de expansão do crédito em 2013 refletiu a desaceleração nas operações com recursos livres, influenciadas pelo aumento da taxa básica de juros, Selic, a partir de abril e pelo menor dinamismo do consumo das famílias. O resultado do volume de crédito liberado pelos bancos no ano passado, de R$ 2,715 trilhões, foi divulgado nesta quarta-feira, 29, pelo BC.

A nota do corpo técnico do BC ressalta ainda que as operações com recursos direcionados registraram expansão nos principais segmentos. Os destaques em relação a 2012 ficam com o crédito rural, os financiamentos imobiliários e recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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O BC enfatizou também que ao longo de 2013 o mercado de crédito apresentou aumento das taxas de juros, mas que houve redução dos spreads, elevação dos prazos e "recuo consistente" da inadimplência, cujos índices alcançaram patamares mínimos da série histórica, iniciada em março de 2011.

Mais tarde, em entrevista, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, no entanto, afirmou que o crescimento de 14,6% do crédito em 2013 ante 2012 é um porcentual 'significativo', acima do PIB nominal, e que confirma a trajetória de moderação verificada nos últimos anos. Esse porcentual foi de 16,4% em 2012, 18,8% em 2011, 20,6% em 2010, 15,1% em 2009 e 31% em 2008.

"O crédito segue sendo instrumento relevante para sustentar esse processo de crescimento econômico", afirmou Maciel. "Há uma nítida desaceleração. Isso é benigno para a sustentabilidade desse movimento, e é natural que ocorra por causa da base de comparação", acrescentou.

Segundo Maciel, essa expansão se deu sem afetar a solidez do sistema financeiro, com indicadores de Basileia e de capitalização favoráveis. Ele destacou ainda que o crédito cresce em cenário de aumento da renda e do emprego, o que significa preservar a capacidade de pagamento. O quadro também é favorável para a queda da inadimplência, após a forte elevação de 2011, segundo o BC.

O mercado financeiro revisou a expectativa para a atuação do Banco Central na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em fevereiro (nos dias 25 e 26). De acordo com o relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (27), pelo BC, o colegiado deverá promover um novo aumento da taxa básica de juros, a Selic, desta vez de 0,25 ponto porcentual, já no mês que vem. Com isso, a mediana das previsões para o curto prazo passou de 10,50% ao ano para 10,75% ao ano. Um mês atrás, a perspectiva era de uma taxa de 10,50% no segundo mês do ano.

Com a mudança, a projeção é a de que a Selic terminará este ano em 11,00%, conforme o levantamento. Até a semana anterior, a previsão era de uma taxa de 10,75% no encerramento do ano. Um mês antes, a expectativa era de um porcentual ainda mais baixo dos juros no período, em 10,50%.

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O horizonte do mercado mudou depois da surpresa para a maioria dos analistas com o aumento de 0,50 ponto porcentual da Selic, para 10,50% ao ano, em janeiro. A decisão foi promovida há aproximadamente 15 dias pelo BC. Para o fim de 2015, a mediana das estimativas na Focus para a Selic seguiu inalterada em 10,50% ao ano.

No caso da Selic média de 2014, essas alterações resultaram num aumento da taxa de 10,69% para 10,75% ante taxa de 10,47% de um mês atrás. Já em relação a 2015, a Selic média subiu de 11,42% para 11,50% de uma semana para outra - estava em 10,96% quatro semanas atrás.

Após um início de sessão tumultuado, no qual os juros futuros chegaram a precificar uma chance de 100% de nova alta na 0,5 ponto porcentual na Selic, a falta de mais notícias negativas e a fala da presidente Dilma Rousseff em Davos acabaram amenizando o clima de aversão ao risco que imperava nos mercados. Assim, com a queda do dólar e pressionadas por um fator técnico, as taxas acabaram a sessão com retração discreta.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 (249.480 contratos) marcava 10,476%, de 10,506% no ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2015 (467.165 contratos) estava em 11,13%, de 11,16% no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (410.485 contratos) apontava 12,61%, de 12,65% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 (32.380 contratos) mostrava 13,13%, de 13,25% no ajuste anterior. Esse movimento das taxas também teve influência de ordens de stop loss, após os DIs atingirem níveis elevados que resultaram na ausência de compradores no mercado.

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A crise cambial na Argentina e na Turquia, juntamente com os protestos na Ucrânia, criaram um ambiente de fuga de capital dos mercados emergentes nos últimos dois dias, que pressionou a abertura dos mercados brasileiros hoje. Entretanto, a falta de novos desdobramentos e comentários menos acirrados de autoridades e gestores de ativos acalmaram um pouco os ânimos ao longo do dia.

Dilma afirmou na manhã desta sexta-feira, 24, no Fórum Econômico Mundial, que a confiança é indispensável para que o mundo se recupere completamente da crise financeira global de 2008, "a mais profunda e complexa desde 1929", disse. Segundo ela, a inflação no Brasil permanece sob controle e a dívida pública tem caído. A presidente aproveitou a oportunidade para afirmar que deseja aprimorar o controle sobre as contas dos entes federados.

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em uma entrevista exclusiva para o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se a economia global ajudar, o Brasil pode crescer 3% este ano, acelerando para uma média de 4% ao ano na próxima década. Segundo ele, o País é receptivo e amigável ao capital estrangeiro e o novo ciclo de crescimento será baseado nos investimentos. "Fizemos um fiscal melhor em 2013 do que o mercado esperava. O mercado estava equivocado, não fez as contas direito. Em 2014, continuaremos nos pautando por esses princípios", comentou.

Mais cedo, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, havia afirmado, também em Davos, que a redução dos estímulos monetários nos EUA terá um impacto positivos para o Brasil no longo prazo e que o País está respondendo de maneira "muito clássica" a esse movimentação de normalização. "Estamos combatendo a inflação no cenário doméstico e o real tem uma taxa de câmbio flexível. Acumulamos um amortecedor importante para reagir ao processo. E isso está funcionando", garantiu.

Entre os dados divulgados nesta sexta, o Banco Central divulgou que o déficit em conta corrente em 2013 ficou em US$ 81,374 bilhões (3,66% do PIB), pior do que a mediana das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de rombo de US$ 79,9 bilhões, e o maior saldo negativo na série histórica, iniciada em 1947. Além disso, pela primeira vez desde 2001 os investimentos estrangeiros diretos (IED), que somaram US$ 64,045 bilhões no ano passado, não cobriram inteiramente o déficit na conta corrente.

O dólar fechou em alta em relação ao real, nesta quinta-feira (16), após a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom), anunciada na quarta-feira (15) de elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 10,50% ao ano.

O dólar à vista no balcão subiu 0,30%, cotado a R$ 2,3630. Por volta das 16h30, o giro era próximo de US$ 1,222 bilhão, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para fevereiro avançava 0,06%, a R$ 2,3720. O volume de negociação era próximo de US$ 14,21 bilhões.

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A elevação da taxa de juros em 0,50 ponto porcentual provocou, inicialmente, queda do dólar ante o real. No entanto, o dólar inverteu a direção e passou a subir já na primeira parte da sessão, seguindo o avanço da moeda dos EUA no exterior e uma releitura da decisão do Copom. Alguns analistas apontaram que o aumento da Selic pode pressionar ainda mais a atividade econômica, prejudicando as contas públicas, elevando assim a possibilidade de o Brasil ter seu rating rebaixado.

O anúncio do comitê surpreendeu parte do mercado e provocou ajustes de posições e nas projeções dos investidores, que passaram a contar com elevações nas reuniões de fevereiro e abril. A decisão também fez com que os investidores ficassem divididos para o próximo encontro, entre uma alta de 0,50 pp e de 0,25 pp no mês que vem.

Um levantamento-relâmpago do serviço especializado do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, realizado nesta quinta-feira, mostrou que ainda há divisões nas projeções também entre os economistas. A pesquisa indicou, no entanto, que a maioria de 29 instituições consultadas acredita que o último aumento de juro do atual ciclo de alta ocorrerá em fevereiro, na intensidade de 0,25 pp.

Os ganhos do dólar em relação ao real no mercado de balcão foram mantidos mesmo após a moeda dos EUA ter perdido força lá fora, depois de dados mostrarem que os preços ao consumidor estão contidos nos EUA. Segundo o Departamento do Trabalho norte-americano, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% em dezembro ante novembro, em termos sazonalmente ajustados. O resultado confirmou a previsão dos economistas.

Nem mesmo os leilões do BC mudaram a pressão de alta. Na primeira operação, realizada entre 9h30 e 9h40, o BC vendeu o lote integral de 4 mil swap cambial (198,3 milhões) para 2 vencimentos, Na segunda operação, a autoridade monetária rolou todos os 25 mil contratos de swap cambial ofertados.

A Força Sindical criticou na noite de desta quarta-feira (15), a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevar a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, para 10,5% ao ano. "Mais uma vez, o governo curva-se aos interesses dos especuladores. As consequências da elevação da taxa são mais do que notórias: redução do consumo, da produção e do emprego. A medida evidencia a falta de prioridade do governo com relação ao crescimento econômico e, sobretudo, com relação ao desenvolvimento econômico", afirma a Força em comunicado assinado pelo presidente Miguel Torres.

De acordo com a Força Sindical, ao elevar os juros básico da economia, "o Copom ratifica o aperto monetário elevando, pela sétima vez consecutiva, a taxa básica de juros" e "com isso, o Brasil ostenta a maior taxa de juros do mundo". "A política monetária precisa ser subordinada ao projeto de desenvolvimento do País, e não o contrário. Os resultados da indústria em 2013 foram decepcionantes, a produção industrial andou de lado, e nem ao menos recuperou a queda de 2012 (-2,7%). Essa mesma indústria, que tem um papel de dinamismo na economia, apresentou em 2013 o maior déficit comercial da história. Por outro lado, os trabalhadores já sentem os impactos dessa estagnação com a perda de empregos. A elevação da Taxa Selic agrava ainda mais o cenário, já pessimista, para 2014", afirma a nota da Força.

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Contraf-CUT - A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) também criticou a decisão Copom. "Este sétimo aumento consecutivo da Selic é totalmente injustificável. A inflação média anual obtida nos três últimos anos é a mais baixa desde o Plano Real. O Copom perdeu uma boa oportunidade para estancar a alta dos juros que só atende ao apetite insaciável do mercado financeiro e do capital especulativo e prejudica os trabalhadores e a sociedade brasileira", afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

"Se a inflação está controlada, não há motivos que justifiquem o pessimismo sobre os rumos da economia em 2014, como alardeiam as vozes enlouquecidas do mercado para pressionar o governo e levar vantagens", destaca. Para ele, "juros ainda mais altos encarecerão o crédito, freando a produção, o consumo e a geração de empregos e renda".

"Quem ganha com o aumento da Selic são os rentistas que aplicam em títulos da dívida pública indexados à Selic. Atualmente, segundo levantamento do Dieese, 20% estão nas mãos dos bancos e 24% são de fundos de investimentos controlados por instituições financeiras. Ou seja, é o sistema financeiro quem mais aufere ganhos com a elevação da Selic, mas nunca está satisfeito e sempre quer mais lucro", aponta o dirigente sindical.

O presidente da Contraf-CUT salienta ainda que, "com esse novo aumento da Selic, bilhões de reais serão transferidos para os donos dos títulos públicos, tirando recursos que deveriam ser canalizados para políticas sociais e de estímulo para o crescimento do país".

O Comitê de Política Monetária decidiu, nesta quarta-feira (15), elevar a taxa básica de juros, a Selic em 0,50 ponto porcentual, que passará para 10,50% ao ano. Foi o sétimo aumento seguido e o sexto de 0,5 pp.

Analistas do mercado financeiro e economistas divergiam quanto ao aumento. As apostas iam de 0,25 ponto porcentual a 0,5 ponto porcentual. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 25 e 26 de fevereiro.

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Mesmo considerando uma piora no cenário prospectivo para a inflação, que deverá encerrar o ano de 2014 na marca de 6%, o Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzirá o ritmo de elevação da taxa básica de juros (Selic). E isso já se verá na reunião do Copom de janeiro, que começou ontem e termina nesta quarta-feira, 15. Para a associação, o Copom elevará a taxa de juro em 0,25 ponto porcentual ante 0,50 ponto na reunião anterior.

Ainda de acordo com a Anbima, a meta de elevação de juro para 2014 é de 0,50 ponto porcentual, para 10,50% ao ano, o que implicará mais uma elevação de igual 0,25 ponto porcentual no Copom de fevereiro. "O argumento que justifica essa estratégia é o de que a autoridade monetária deverá esperar os efeitos cumulativos do aumento de 325 pontos da taxa Selic (7,25% para 10,5%) e assim não comprometer ainda mais o nível de atividade, que cresce em ritmo moderado", avaliam os membros do comitê da Anbima.

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A despeito das justificativas em defesa da redução do ritmo de aumento da Selic, o comitê não descarta a possibilidade de um aumento adicional de 0,25 ponto porcentual na Selic. E isso seria motivado pela surpresa inflacionária de dezembro do ano passado (0,92%), que elevou a inflação fechada do ano passado para 5,91% ante 5,84% em 2012.

Neste caso, a meta de juros de 10,50% esperada pela Anbima sofreria um pequeno acréscimo, passando a 10,75%, e elevando para três aumentos de 0,25 ponto porcentual a curva do ano.

"Vale ressaltar que houve consenso no Comitê da Anbima quanto à trajetória de juros ao longo de 2014. Coexistiram previsões de manutenção da Selic em 10,25% para o decorrer do ano com estimativas que apostam em elevação dos juros no último trimestre para patamares da ordem de 11,75%. Essas divergências refletem, em alguma medida, percepções diferentes quanto à forma de atuação das variáveis sobre os preços e as expectativas dos investidores", observa o presidente do Comitê, o economista Marcelo Carvalho.

Saldo comercial

O Comitê da Anbima elevou em US$ 1,9 bilhão a sua projeção de saldo comercial de US$ 7,1 bilhões para US$ 9 bilhões em 2014. De acordo com Carvalho, essa melhora nas estimativas de comércio reflete os efeitos defasados da desvalorização cambial, que devem gerar mais competitividade à exportações brasileiras.

Há também, de acordo com ele, expectativa de que a evolução prevista para a economia mundial para esse ano estimule as vendas externas do País e torne o segmento exportador um importante indutor do crescimento em 2014.

"Existem (dentro do comitê da Anbima) dúvidas sobre se um evolução mais favorável da balança comercial brasileira não seria limitada pela pouca abertura da economia no setor externo, o que traria desvantagem comparativa em relação a outros países emergentes", disse Carvalho.

De acordo com ele, caso se confirme essa hipótese, ganhará maior peso no debate o financiamento das contas externas. Para 2014, o Comitê elevou a previsão de déficit em conta corrente, de 3,25% para 3,30%.

"Com esse resultado, a necessidade de recursos de investimentos estrangeiros em carteira para esse ano seria de US$ 23,5 bilhões, que, conjugados com a entrada de US$ 50 bilhões de investimento estrangeiro direto no País, permitiria o financiamento do déficit esperado de US$ 73,5 bilhões", disse o economista.

A GO associados estima que a taxa básica de juros (Selic) deve recuar para 9,5% no primeiro semestre de 2014, ante os atuais 10%, medida a ser adotada para estimular o crescimento do crédito, do Produto Interno Bruto (PIB) e da produção industrial no segundo semestre do ano. A projeção diverge das feitas pela maioria dos analistas de mercado, que apontam uma alta de até 0,50 ponto porcentual na Selic no começo de 2014, para até 10,50% ao ano, e uma estabilidade no indicador até o início de 2015.

Segundo a consultoria, 2014 será um ano com ambiente externo ruim para exportações e manutenção do nível de importados, o que levará o País a um déficit de US$ 3 bilhões nas transações comerciais. Com o fim do afrouxamento monetário nos Estados Unidos, o dólar deve seguir volátil no Brasil, ficando entre US$ 2,20 e US$ 2,45, valor que deve ser o teto suportado pelo Banco Central brasileiro para intervenções na tentativa de impedir altas maiores.

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O cenário de inflação e de PIB brasileiro em 2014 deve seguir praticamente estável ante o deste ano. A GO Associados avalia que a inflação (IPCA) deve encerrar 2013 em 5,6% e ficar em 5,8% em 2014. Já o PIB, sustentado pelo consumo das famílias, algum avanço nos investimentos e ainda um melhor desempenho da indústria, deve crescer 2,5% em 2014, ante 2,2% este ano.

A taxa básica de juros, a Selic, pode nesta quarta (27) voltar à casa dos dois dígitos e assim registrar o maior patamar desde janeiro de 2012, quando foi definida em 10,5% ao ano. A previsão de analistas de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) é que hoje a Selic passe dos atuais 9,5% para 10% ao ano. O resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, marcada para hoje à tarde, deve ser divulgado no início da noite.

Com a alta da inflação, neste ano, o Copom iniciou em abril o ciclo de alta da Selic. Naquele mês, a taxa básica passou de 7,25% ao ano para 7,50% ao ano. A partir da reunião de maio, o ajuste passou a ser maior, de 0,5 ponto percentual. Até agora, foram quatro ajustes de 0,5 ponto percentual.

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No ano passado, a atuação do comitê era diferente. O Copom deu continuidade ao processo de cortes na Selic, iniciado em agosto de 2011, quando a taxa caiu 0,5 ponto percentual em 12% ao ano. O Copom fez vários cortes na Selic e a Selic fechou 2012 em 7,25% ao ano, o nível mais baixo da história do Copom, criado em junho de 1996.

Em outubro do ano passado, quando fez o último corte desse ciclo, a maioria dos membros do Copom entendia que ainda era preciso reduzir a Selic, e assim, estimular a economia, que sofria efeitos da crise econômica internacional. Na época, o Copom avaliou que “restavam incertezas quanto à velocidade de recuperação da atividade, em grande parte, em decorrência das perspectivas de que o período de fragilidade da economia global seja mais prolongado do que se antecipava, com repercussões desinflacionárias sobre a economia doméstica”,

Já em 2013, o Copom avaliou que precisava conter a inflação e assegurar a tendência de declínio dos preços para o próximo ano. E assim, iniciou-se o ciclo de alta.

A Selic é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar essas decisões e assim fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A meta tem como centro 4,5% e esse é o objetivo principal do BC, mas há uma margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, para que o limite não seja ultrapassado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), escolhido para a meta, tem que fechar o ano em, no máximo, 6,5%.

No ano passado, o IPCA ficou em 5,84%. Para 2013, a expectativa de instituições financeiras consultadas pelo BC é que o índice fique um pouco abaixo desse patamar: 5,82%.  

Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a inflação está controlada e “bem-comportada”. O ministro também acredita que inflação fechará 2013 em patamar semelhante ao do ano passado, com perspectiva de resultado melhor em 2014, se não houver aumento de preços dos alimentos provocado por problemas climáticos.

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