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Conhecido pelas produções colaborativas, o cinema pernambucano traz na história um legado de produções de ‘guerrilha’. Pela escassez de incentivos público e principalmente privado, a maioria dos cineastas, ou praticamente todos, já viveu ou vivenciou a luta de fazer cinema, na qual, muitas vezes, a criatividade tem que ir além dos recursos existentes. 

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Para apresentar o cenário cinematográfico de terror em Pernambuco, o Portal LeiaJá conversou com o cineasta pernambucano Lula Magalhães. O diretor, que assume um viés mais ácido nas suas produções, trava um caminho tortuoso do ‘cinema de guerrilha’, como falta de incentivos e preconceito.

Segundo Magalhães, que trabalha com a temática, efetivamente, há dois anos, não é fácil. “Fazer cinema como eu faço é muito difícil, considero que é e um sacrifício enorme! O terror é um gênero que tem um preconceito grande e ainda vai permear muitas barreiras nos próximos anos”, fala, descontente descontente.

Para Lula, entre os vários desafios, dois assumem mais destaque: “A dificuldade financeira e a colaboração são as principais. Afinal, não é fácil você encontrar pessoas que pensam da mesma forma que você, que estão dispostas a abraçar um cinema de guerrilha, na maioria das vezes sem investimento nenhum”, desabafa o diretor, que mesmo com pouco tempo de estrada soma uma experiência extensa de sonhos e batalhas.


Durante entrevista ao Portal LeiaJá, o diretor relata quando começou o desejo de fazer cinema. “Na realidade, sempre quis fazer filme, desde os 18 anos, porém, migrei para o ramo da administração, lecionei e durante esse período, por quase dez anos, me capitalizei e iniciei a produção. Muitas pessoas economizam dinheiro para comprar uma casa, um carro, mas eu preferi arrecadar R$ 25 mil para fazer os meus dois filmes”, conta, satisfeito.

Com essa realidade, o diretor Magalhães desabafa e revela que, muitas vezes, a desmotivação é inevitável com a situação. “Algumas vezes você quer produzir algo, mas infelizmente está tolhido e sobrecarregado, pelas dificuldades. E é nesse momento que você tem que ser um ‘canivete suíço’, ter conhecimento, fazer e controlar tudo e acaba desanimando. É difícil fazer isso, mas para o cinema que eu faço é indispensável”, fala descontente.

Além dos desafios elencados, ele exalta o preconceito quanto ao gênero e defende seus trabalhos como produções que retratam a violência banalizada. Assista à entrevista no vídeo:

Mesmo com os percalços, Lula diz que a principal recompensa é poder ver as suas produções sendo exibidas em festivais locais e nacionais. O cineasta tem três filmes finalizados: Mandala Night Club, Invasor e Indutor. 

Mandala Night Club:  No submundo da prostituição na cidade de Recife, um estranho sujeito contrata uma cafetã para recrutar garotas de programa e um michê para realizar uma grotesca tarefa. O trabalho foi selecionado para os Grotesc O Vision (Curitiba - PR), Cine de Bordas do Itaú Cultural (São Paulo - SP), Festival Boca do Inferno (São Paulo - SP), Festival Cultural Mondo Estronho (Curitiba - PR) e Cine Jardim (Belo Jardim - PE).

Invasor:  Uma mulher é vítima de um estupro seguido de morte. Um médico se apodera do corpo dela para realizar uma experiência tecnológica de ressurreição, ao passo que mantém o agressor e assassino sendo torturado na mão de três sádicas. O trabalho foi selecionado para a Mostra Monstro (São Paulo - SP), Festival de Cinema de Caruaru (Caruaru - PE), Festival Cultural Mondo Estronho (Curitiba - PR), Zine Zombie Internacional Festival (Bogotá - COL), Fantaspoa (Porto Alegre - RS) e Cine Fantasy (São Paulo - SP).

Indutor: Uma misteriosa mulher (Heloysa Nunes) carrega um passado de sofrimento e mantém um homem em um cativeiro para realizar uma estranha vingança que mistura sensualidade, fotografias e muita violência. Seleção no Festival Mondo Estronho (Curitiba - PR).

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Um sonho criado a partir da paixão pelo cinema de terror. Foi assim que o grupo intitulado Toca o Terror ganhou forma abriu espaço para as produções gênero através de mostras de curtas e longas. Formado em 2012, o Toca, como é chamado carinhosamente pelos integrantes, está crescendo e destacando nos últimos anos. O grupo abre a minissérie do LeiaJá sobre o terror pernambucano.

Os amantes do terror, que começaram o grupo com a produção de um podcast e um blog, tiveram uma grata surpresa com o crescimento da ideia. Nos últimos três anos, eles trilharam e conquistaram outros feitos: o primeiro, a realização do Festival Medonho, dedicado a filmes de terror; outro, o Cineclube Toca o Terror, que esteve recentemente na programação do Festival de Inverno de Garanhuns; e o mais recente, o lançamento primeira produção, passando de críticos e exibidores a realizadores.

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Segundo o jornalista e produtor cultural Jamerson de Lima, a ideia de criar o Toca o Terror surgiu de forma despretensiosa. “Na realidade reunimos amigos que tinham o interesse pela temática e começamos a produzir conteúdos que falavam sobre zumbis, monstros e inúmeros temas ligados ao terror. A partir daí, tivemos a iniciativa de gravar podcasts, criar o blog e traçar novas oportunidades no cenário que escolhemos”, lembra, em conversa com o LeiaJá.


De acordo com Osvaldo Neto, uma das conquistas mais relevantes do projeto foi a exibição de filmes do gênero na capital pernambucana. “Muitos momentos foram indispensáveis para o Toca, mas a exibição de filmes, através de mostras, indiscutivelmente, foi uma das mais importantes porque ganhou notoriedade e espaço em grandes festivais como o Janela Internacional de Cinema e o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), nos quais fomos convidados a participar”, conta.

Atualmente, o Toca o Terror mantém dois projetos: o Cine Clube, com exibições mensais no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) e o Medonho, festival que acontece anualmente no Cine Majestick, na Boa Vista. Para Jota Bosco, outro integrante do Toca, “Graças aos projetos, as pessoas já conseguem enxergar a possibilidade fazer filme de terror, mesmo tendo que ser um pouco ‘MacGyver’, devido à pouca grana e, além disso, ter que assumir o cinema de guerrilha, com uma câmera na mão, muitas ideias e amigos”, fala, satisfeito.

Foi a partir dessa percepção que o Toca o Terror lançou o seu primeiro trabalho roteirizado e produzido pela própria equipe, Domingos. O curta metragem, de 12 minutos, lançado em 2015, conta a história de um rapaz que tem uma vida rotineira, mas que durante uma noite é surpreendido com a visita da colega de trabalho Rosinha, que acaba descobrindo que Domingos possui um segredo terrível.

Para fazer o filme, o Toca contou com a colaboração financeira de amigos, que foi capitalizada através de uma plataforma de Crowdfunding, no qual o grupo conseguiu arrecadar pouco mais de R$ 6 mil para produção e finalização do curta. “Preferimos recorrer à colaboração dos amigos e conhecidos. Até porque, se fossemos atrás de incentivos, com toda a certeza, iria demorar bastante e correria o risco de nem começar”, enfatiza Bosco, que não descarta a possibilidade de fazer um longa nos próximos anos.

Ainda em entrevista ao Portal LeiaJá, Jota destacou o crescimento da produção cinematográfica do gênero, porém apontou também que ainda há muito preconceito dos trabalhos nacionais e locais. Assista à entrevista em vídeo:

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Cumade Fulôzinha, Papa-Figo e Perna Cabeluda são algumas das lendas e histórias aterrorizantes que rondam o imaginário da cidade do Recife desde meados do século 18. Estas e outras lendas serão mote para o II Festival Recife Assombrado, que acontece no Sesc Santo Amaro, entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro. No dia 30, o Sesc Piedade também recebe o festival.

A proposta é reviver as histórias e mostrá-las para aqueles que ainda não as conhecem. A programação contará com leitura dramatizada, exibição de vídeos e palestras. A curadoria do festival é de Roberto Beltrão e a produção de Paulo André Viana. 

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Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá. 

Serviço

II Festival Recife Assombrado

31 de agosto a 4 de setembro 

Quarta a sexta | 14h as 17h

Sábado e domingo | 17h30 as 21h

Sesc Santo Amaro (Rua Treze de Maio, 455 - Santo Amaro)

Gratuito

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Os 44 anos do assassinato de 11 atletas da Delegação Israelense na Olimpíada de Munique foram relembrados na noite de hoje (14) em solenidade no Palácio da Cidade, na zona sul do Rio de Janeiro.

A ministra de Cultura e Esporte de Israel, Miri Regev, lamentou que ainda haja discriminação a atletas israelenses nos Jogos Olímpicos e pediu ao Comitê Olímpico Internacional que a acabe com esse tipo de postura nos Jogos. "Misturar esporte com política desrespeita as regras do Comitê Olímpico e o espírito dos Jogos", disse. "Espero que nosso amigo Thomas Bach ponha um fim a esse novo antissemitismo contra Israel e seus atletas".

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Nesta semana o judoca egípcio Islam El Shehaby recusou-se a cumprimentar o adversário israelense Or Sasson e foi vaiado pela torcida.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, homenageou os mortos em Munique e declarou apenas os Jogos Olímpicos são uma reafirmação da vida e que “o terror não venceria."

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, participou da solenidade e disse que essa foi a primeira vez que foi feita uma solenidade desta natureza em uma Olimpíada. "A homenagem dessas pessoas que foram assassinadas é um dever nosso. Elas foram assassinadas pelo fanatismo, pelo terrorismo e essa homenagem significa chegar ao ponto mais essencial das Olimpíadas que é a integração de todos os povos pacificamente".

À imprensa, Serra garantiu que o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, não vai presidir o Mercosul, "essa certeza todos podem ter", disse o ministro que ressaltou que o bloco está analisando o rebaixamento da Venezuela. "A Venezuela não cumpriu pré-requisitos da integração do Mercosul".

"Oh, meu Deus! Oh, meu Deus", grita com uma voz desesperada uma jovem de cabelos pretos em meio a uma multidão silenciosa. Muitos moradores de Munique se recolheram neste sábado (23) em uma atmosfera de dor no local que comoveu toda a Alemanha.

Na entrada do shopping próximo ao estádio dos Jogos Olímpicos de 1972 e nos locais onde, na sexta-feira (22), pairou o terror causado pelo jovem germano-iraniano de 18 anos, David Ali Sonboly, as flores e as velas se acumulam em homenagem às nove pessoas mortas por ele.

No meio do silêncio, uma jovem desolada, amparada por parentes, deixa escapar um sinal de dor e cai nas escadas que levam ao shopping. Pedestres e moradores permanecem petrificados. Um homem de quarenta anos, nesse mesmo momento, começa a chorar nos braços de sua amiga. Nos rostos, muitas lágrimas.

"Estamos todos muito abalados. Vivemos nesse bairro, as crianças costumam vir fazer suas compras aqui. Para nós é um lugar muito familiar", confessa Alexa Gattinger, de 43 anos, com seus três filhos a seu lado.

Georg Schäfer, de 39 anos, também é assíduo no local. "Queria estar aqui, mostrar meu apoio. Muitos jovens morreram por causa de um louco. Temos que nos reunir, ficar juntos", assegura.

O ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, com o rosto cansado, também foi a Munique para mostrar o "apoio do governo, dos alemães (...) aos pais que choram por seus filhos, ao jovens que choram por seus amigos de escola".

Será preciso transformar o estilo de vida? "É muito cedo para tirar conclusões", afirma. Mas há que desconfiar dos "enfurecidos discursos de ódio", há que se questionar esses "estes vídeo-games violentos" que os jovens adoram, indicou em referência a uma das paixões do jovem assassino.

"Warum?"

Um pouco mais longe, na entrada do metrô, as flores são vistas aos montes. "So sorry" ("Tão triste"), pode ser visto em umas das velas. "Warum?" ("Por que?"), pergunta uma mensagem anônima.

Logo ao lado, Amir Najjarzadeh, um vigia de origem afegã, se encontra ainda comovido pelo o que viveu no dia anterior. Ele trabalha a alguns metros do local do ataque, em outro shopping.

"Pensei: 'Já era, está como em Paris'", recorda, fazendo alusão aos atentados de novembro de 2015, reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) e que custaram a vida de 130 pessoas em restaurantes e em uma casa de shows na capital francesa.

"Vi muita gente correndo até nós, abrigando-se em nosso shopping. Fechei a porta, ajudei um determinado número de pessoas a sair por outra porta e uns 100 ou 150 a se refugiarem no subsolo", explica.

Uma vez de novo no térreo, a polícia coloca-o no chão antes de deixá-lo livre, enquanto buscavam sua identidade. "Desde então não dormi, tudo isso me perturba", confessa o vigia, ainda estremecido.

Depois do primeiro filme em 2014, Annabelle vai voltar às telonas. As novas gravações do longa já estão sendo feitas e a história vai abordar a trágica morte da filha de um criador de bonecas e sua esposa. Após anos da morte, o casal vai receber em sua casa uma freira e várias meninas de um orfanato que foi fechado, e elas rapidamente se tornam alvo de Annabelle, a boneca possuída e uma das criações do anfitrião.

O filme é estrelado por Stephanie Sigman (“007 Contra Spectre”), Talitha Bateman (“A 5ª Onda”), Lulu Wilson (o inédito “Ouija 2”, “Livrai-nos do Mal”), Philippa Anne Coulthard (“Jogos do Apocalipse”), Grace Fulton (“Terra de Ninguém”), Lou Lou Safran (“A Escolha”), Samara Lee (“Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo”, “O  Último Caçador de Bruxas”), Tayler Buck, com Anthony LaPaglia (série de TV “Without a Trace”) e Miranda Otto (Série de TV “Homeland”, trilogia “O Senhor dos Anéis”). O lançamento da obra  no Brasil está previsto para de maio de 2017. Annabelle 2 é uma apresentação New Line Cinema e uma produção Atomic Monster/Safran Company. 

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A trilha sonora acompanha os primeiros minutos de “Rua Cloverfield, 10” como se ela própria, e não Mary Elizabeth Winstead em tela, protagonizasse a obra. O martelo, pesado e sinfônico, de Bear McCreary continua pregando as demais emoções do filme que, apesar do nome, não se trata de uma sequência ou “prequel” de “Cloverfield - Monstro”.

Inclusive, pouca coisa resta do filme lançado em 2008, neste, além dos nomes envolvidos na produção - dentre eles, o de J.J. Abrams, hegemônico em Hollywood quando o assunto Sci-fi . O found footage se vai e com ele a experiência divertida de acompanhar a trama sendo construída sob os pontos de vistas diversos dos personagens. O ambiente de catástrofe em série é substituído pelo bunker - abrigo subterrâneo - construído por Howard (John Goodman), um aposentado da marinha que jura “de pés juntos” que o mundo está sob ataques em massa. Segundo o personagem, os indivíduos que permaneceram na superfície foram contaminados (Pelo quê? Por quem? Começam as perguntas).

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“Melhor” para Michelle (Winstead) e Emmett (John Gallagher Jr). A primeira inicia o filme fugindo de seu relacionamento, aparentemente em crise, quando envolve-se em um acidente de carro - a cena, aliás, é uma das mais interessantes da fita devido à criativa montagem de Stefan Grube. Após o acontecimento, a jovem acorda no abrigo de Howard, supostamente responsável por ter-lhe socorrido. Já Emmett é apresentado como um dos envolvidos na construção do abrigo que - na iminência do ataque anunciado pelo anfitrião - resolveu rogar por guarida. Os primeiros dois terços do filme desenvolvem a relação dos personagens no limitado espaço, apontando incongruências na história narrada por Howard que ameaçam sua credibilidade.

O roteiro de Josh Campbell, Matthew Stuecken e Damien Chazelle prestigia a tensão criada pela postura e fala dominadora do personagem de Goodman à hecatombe externa. Os moldes da narrativa se assemelham a episódios de séries como “Além da Imaginação” e “Lost”, nos quais indivíduos confinados sob a premissa de uma catástrofe global encontram “monstros” (ou monstros) escondidos sob o terreno outrora seguro. A fita apresenta problemas de ritmo, com longos diálogos que objetivam dramatizar os fatos narrados - sempre sob a batuta da trilha incessante - com closes, da mesma forma insistentes, dos atores em tela. O elenco é eficiente em manter o público atento a boa parte da projeção, entretanto, os degraus da trama fincam-se em areia movediça e a ação dos personagens esbarra na carência de fundamento. Micro plot twists salteiam-se desordenadamente numa tentativa clara de surpreender o público, não pela unidade do que é apresentado, mas pela força de momentos isolados como o que envolve um barril de ácido - já no início do terceiro ato da obra - por exemplo.

Quando aproxima-se de seu desfecho, “Rua Cloverfield, 10” desiste de aparentar debater temas como a Síndrome de Estocolmo para tornar-se mais um aperitivo comercial, com direito a heroína para torcer, naves e alienígenas para apreciar. As aparições, ansiadas por parte do público que assistiu ao intrigante trailer da obra, soam gratuitas, sendo propositadamente pouco desenvolvidas pelo roteiro. Por fim, o último ato também não apresenta nada visualmente inovador e só funciona como comprovação do talento de M.E Winstead, que na sequência final remete à força de Sigourney Weaver em “Alien”. Infelizmente, ao contrário da obra-prima de Ridley Scott, o filme em questão apenas intenciona ser tenso, dramático e surpreendente, mas falha por ser explícito demais em tentar fazê-lo, sacrificando um bom argumento transformado em um roteiro banhado em perguntas não respondidas e que, em tela, não se sustenta. 

Nota: 2,5 / 5

Testemunhas de um atentado sacam de imediato seus celulares para enviar imagens em tempo real para as redes sociais, um reflexo da necessidade de relatar o que foi visto, de fazer parte do acontecimento e compartilhar emoções. 

As fotos tiradas por testemunhas dos atentados de Bruxelas circularam imediatamente na terça-feira (22) nas redes sociais, depois em emissoras de televisão e outras mídias. O jornal francês Libération publicou na capa a foto tirada por um amador.

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"As pessoas compreendem imediatamente o que acontece e sabem que são testemunhas privilegiadas de algo que todos verão. Sabem que é preciso de gente para filmar, pois eles também procuraram tais imagens nas redes. Têm a impressão de ser úteis, agir e fazer parte do acontecimento, dizer que esteve lá", resume Nicolas Vanderbiest, doutorando e especialista em redes sociais na Universidade Católica de Lovaine.

"Esta necessidade de contar um acontecimento excepcional, fazer parte do mesmo, chamar atenção dos outros com seu relato, é uma necessidade humana fundamental", destaca Stéphane Rusinek, professor de psicologia da Universidade de Lille 3. "E muita gente tem o desejo de ficar mais tempo no local para poder contar mais", completa.

Alguns reflexos se tornaram habituais quando ocorre um atentado. "Nos três atentados traumáticos na Europa apareceu uma mesma pauta. Enviar desenhos, um hashtag ou um grafismo, cobrir a foto com as cores de uma bandeira, declarar-se em segurança no Facebook. Mais que uma dimensão narcisista, é uma necessidade de calor humano, de se comunicar, de se reunir", explica Benoît Raphaël, especialista em redes sociais.

"Após o perigo imediato que leva a fugir, quando as pessoas se sentem seguras e a salvo, tiram uma foto", conta Rusinek. "Há um desejo de comunicar o que acontece para proteger os outros. Isto permite controlar a angústia", complementa.

"O sucesso da hashtag #Jesuischarlie continuará sendo excepcional porque foi espontâneo. Depois, foram mais organizadas", destaca Nicolas Vanderbiest, que acompanha de perto as hashtags que viram Trending Topics (TT's). #Bruxelles foi usada em 6 milhões de tuítes contra 40.000 no dia anterior. #Tousensemble teve 40.000 tuítes.

Em seguida, surgiram #jesuisbruxelles (280.000), #PrayforBrussels (250.000), #Prayforbelgium (370.000) em, em especial, #stopislam (530.000), um número muito elevado, mas também citado com muita frequência para denunciar o lema lançado pela extrema direita, afirma Vanderbiest.

Aumentar o medo?

"O ato de filmar um evento maciço tem se intensificado porque as redes sociais se tornaram maciças, como os celulares e o 4G, que possibilitam a transmissão de imagens em tempo real, tanto para os atentados ou os fenômenos naturais. Isto não ocorre porque as pessoas queiram se beneficiar, mas por necessidade de compartilhar, se expressar, consolar", afirma Benoît Raphaël.

"São enviados desenhos, smiles, mensagens, corações. A rede é usada como lugar de ajuda mútua, instrumento colaborativo, como na operação Portas Abertas de Bruxelas, como aconteceu em Paris", prossegue. Mas a circulação destas imagens pode amplificar os medos, adverte John Brewer, professor especializado em conflitos na Queen's University de Belfast.

As redes sociais derrubaram o mecanismo de distanciamento que praticamos para nos proteger de acontecimentos ultra-violentos, explica o especialista. "Estamos expostos a traumatismos mais importantes do que antes, pois a violência é registrada nos telefones de gente presente no local, o que pode traumatizar todo mundo", diz.

"No entanto, as redes facilitam que todos troquem a angústia, o que a torna mais difícil de suportar", alega Brewer. Para este sociólogo, especializado em conflitos no Sri Lanka e na Irlanda do Norte, as sociedades podem aprender a viver com o terror.

"As pessoas continuam a vida normal, tentando tomar distância dos que sofrem mais. Mas as redes sociais apagam este processo de distanciamento", afirma.

Neste sábado (19), os apreciadores de filmes do gênero horror terão uma noite inteira para assistir a novidades e grandes clássicos deste segmento. A segunda edição do Medonho - Mostra Especial de Cinema de Horror em pernambuco, realizado pela equipe do Toca o Terror, promove 10 horas de exibições de curtas e longas na sala do Cine Majestick, na Boa Vista.

A proposta é resgatar o espírito das sessões grindhouse, com a exibição de vários filmes na mesma noite, algo que era bem comum nos anos 1970. Esta edição conta com os curtas Domingos, de Jota Bosco; Tirarei as Medidas do seu Caixão, de Diego Camelo; O presente de Camila, de Ivo Costa e Bom dia Carlos, de Gurcius Gewdner. Entre os clássicos, estarão os títulos A noite dos arrepios, de Fred Dekker; A casa dos maus espíritos, de William Castle e Banho de Sangue, de Mario Brava. As exibições começam às 22h.

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Programação

22h00 - Condado Macabro (Dir: Marcos DeBrito e André de Campos Mello - Brasil, 2015 - 120 min)

00h00 - Domingos (Dir: Jota Bosco - Brasil, 2015 - 15 min)

Intervalo 

00h30 - A Noite dos Arrepios  (Dir: Fred Dekker - EUA, 1986 - 90 min)

02h00 - Tirarei as Medidas do Teu Caixão (Dir: Diego Camelo - Brasil, 2015 - 15 min)

02h15 - A Casa dos Maus Espíritos (Dir: William Castle - EUA, 1959 - 75 min)

Intervalo

03h40 - O Presente de Camila (Dir: Ivo Costa - Brasil, 2016 - 15 min)

04h00 - Banho de Sangue (Dir: Mario Bava - Italia, 1971 - 90 min)

05h30 - Bom Dia, Carlos (Dir: Guicius Gewdner - Brasil, 2015 - 20 min)

05h50 - Aranhas Infernais (Dir: Federico Curiel - México, 1968 - 80 min)

 

Serviço

Medonho - Mostra Especial de Cinema de Horror em Pernambuco

Sábado (19) | 22h

Cine Majestick (Rua Princesa Isabel, 121 - Boa Vista)

R$ 10

Naturalmente, grandes obras de horror apresentam cenas que podem causar torrentes de tensão ou até mesmo embrulhar o estômago de tão “estranhas” ou, no bom popular, nojentas mesmo - o que é um dos principais canos condutores da repulsa, emoção simpática ao medo. Mas alguns títulos ficaram marcados na história do cinema por terem, de algum modo, “ido longe demais” na intenção de chocar o público.

O vídeo apresenta quatro filmes de terror que precisaram ser investigados pela justiça, ou geraram processos para suas respectivas equipes de produção. Dentre os longas mencionados estão uma obra do renomado diretor italiano Lucio Fulci e uma das películas mais controversas da história, em cujas gravações atores, supostamente, foram “sacrificados” - fazendo surgir uma espécie de snuff movie.

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Em épocas de “ressurgimento do horror nos cinemas”, conheça essas “pedradas” assistindo à matéria completa abaixo:

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Estreia nos cinemas, nesta quinta (18), o suspense de horror Boneco do Mal. O filme é dos mesmos produtores da saga Anjos da Noite, do suspense O Exorcismo de Emily Rose e do vencedor do Oscar, Menina de Ouro.  

O longa conta a história de Greta (Lauren Cohan) que, ao se refugiar numa isolada cidade inglesa, aceita o trabalho de babá na mansão do casal Heelshire. A criança que Greta deve cuidar, na verdade, é o boneco Brahms, tratado como um filho pelo casal. Os cuidados com ele envolvem obedecer às regras de uma longa lista que jamais devem deixar de ser cumpridas. Mas, ao longo do desempenho de sua função, a babá vai experimentando eventos perturbadores e inexplicáveis que a convencem da existência de forças sobrenaturais na casa.

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No elenco, além de Lauren Cohan (The Walking Dead), também estão Rupert Evans (Hellboy e o Canal), Ben Robson (Drácula - O Príncipe das Trevas), Jim Norton (Água para Elefantes) e Diana Hardcastle (O Exótico Hotel Marigold). A direção é de William Brent (Filha do Mal).

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O Estado Islâmico (EI) confiou durante muito tempo em ferramentas como o Facebook, WhatsApp, Telegram e Twitter para se comunicar, distribuir propagandas e recrutar novos membros. Agora, o grupo terrorista conta com o seu próprio aplicativo de mensagens para plataformas Android para disseminar informações, de acordo com o Ghost Security Group – grupo formado por ex-ativistas do Anonymous. As informações são da revista Fortune.

O novo aplicativo permitiria o envio e recebimento de mensagens de forma criptografada, dificultando o monitoramento das conversas pelas autoridades internacionais e outros grupos que combatem o terrorismo, como o FBI. Conforme relata o Ghost Security Group, o EI usou o Telegram e as mensagens diretas do Twitter solicitando que seus membros realizassem o download da nova ferramenta.

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Apesar de não oferecer ferramentas tão sofisticadas quanto o WhatsApp ou Telegram, o novo aplicativo possui a vantagem de ser independente de qualquer empresa ou organização – despistando órgãos do governo que procuram por terroristas. Para tentar barrar este tipo de atividade, o diretor do FBI, James Comey, tem defendido que os governos devem exigir de serviços como o WhatsApp a construção de alternativas em sua criptografia para facilitar a interceptação de comunicações terroristas.

O chargista Riss, que sobreviveu ao atentado jihadista há um ano contra a redação da revista satírica francesa Charlie Hebdo, afirmou que a publicação "deve estar onde os outros não ousam ir". Protegido por cinco guarda-costas, Riss conta com orgulho como os sobreviventes conseguiram fazer a revista renascer, quando os jihadistas já cantavam vitória.

"Um periódico de combate, mas um combate divertido, disparatado, especialmente em prol do laicismo", acrescentou. A prova disso é a publicação nesta quarta-feira de um número de aniversário, mais ateu e satírico do que nunca, com uma capa que mostra um deus armado e um editorial em defesa do laicismo, escrito por Riss.

"Charlie deve estar onde os outros não ousam ir. Para esta capa, queríamos ressaltar isso e tocar em coisas mais fundamentais. É a ideia em si de um deus que nós, na Charlie, contestamos. Afirmar as coisas claramente faz refletir. É preciso agitar um pouco as pessoas, caso contrário elas permanecem em seus trilhos", explicou.

Desde o atentado de 7 de janeiro, a revista conseguiu sobreviver a "um ano de combates semanais".

"Combates por nossas ideias, e também para demostrarmos que continuamos capazes de fazer isso. É a prova final, na qual vemos se vivemos ou se morremos, se acreditamos em nossas ideias ao ponto de superar este ano e sair vencedores. Se a revista tivesse desaparecido, nossas ideias teriam desparecido um pouco", avalia ainda.

Apesar da chegada de 10 novos colaboradores, o vazio deixado pelos mortos, entre eles os célebres chargistas Cabu, Wolinski, Tignous, Honoré e Charb, continua sendo grande. "Pensamos neles sem parar. Para mim, não estão aqui, mas não desapareceram', declara.

Riss, que ficou gravemente ferido no atentado, quer que sua revista continue defendendo o laicismo na França e no mundo.

Quase ano depois dos atentados que dizimaram sua redação em Paris, no dia 7 de janeiro, o semanário satírico francês Charlie Hebdo publicará no dia 6 um número especial, com uma tiragem de quase um milhão de exemplares, informou nesta quarta-feira sua direção.

Este número duplo -32 páginas em vez de 16- vendido ao preço habitual de 3 euros, contará com um caderno de caricaturas de Charb, Honoré, Cabu, Wolinski, Tignous, os cartunistas assassinados em 7 de janeiro por dois extremistas, e com desenhos atuais e mensagens apoio de personalidades.

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A CNN noticiou nesta quinta (31) que duas estações de trem em Munique, na Alemanha, foram evacuados e o serviço de trem parou na véspera de Ano Novo. Um porta-voz da polícia de Munique citou preocupações de um possível plano terrorista .

Segundo a reportagem, a polícia recebeu "informações concretas que indicam que existem planos para possíveis ataques terroristas em Munique, especificamente contra a principal estação ferroviária e da estação ferroviária em (o distrito ocidental de) Pasing."

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Autoridades disseram os policais estavam sendo chamados para encontrar possíveis suspeitos. A polícia também está pedindo ao público para ficar longe de grandes encontros.

Os integrantes da banda Eagles of Deathmetal (EODM) se proncunicaram pela primeira vez sobre o ataque terrorista ocorrido em paris, no último dia 13 de novembro, em entrevista ao site Vice. A EODM se apresentava na casa de shows Bataclan, na capital francesa, quando terroristas invadiram o local atirando e causando diversas vítimas fatais. 

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Na entrevista, o vocalista Jesse Hughes contou, emocionado, o que viu dentro do Bataclan na noite do ataque. "Várias pessoas se esconderam no camarim e os assassinos conseguiram entrar e matar todos eles, exceto um garoto que estava escondido embaixo da minha jaqueta de couro", disse. Ao lado do cofundador da banda, Josh Homme, o líder da EODM detalhou os momentos vividos no Bataclan: "As pessoas se fingiram de mortas e estavam muito assustadas. Uma grande razão para tantos terem sido mortos foi porque muitas pessoas não quiseram abandonar seus amigos. Tantas pessoas se colocaram na frente das pessoas". O depoimento completo irá ao ar na próxima semana.

Os ataques terroristas à Paris deixaram 130 pessoas mortas, 89 somente na casa de shows onde a banda californiana se apresentava. Todos os integrantes da Eagles of Deathmetal sobreviveram ao massacre mas o grupo perdeu alguns amigos como Nick Alexander, responsável pelo marketing da banda, Thomas Ayad, Marie Mosser e Manu Perez. A EODM cancelou todos os seus shows por enquanto. 


Autoridades turcas prenderam três supostos membros do Estado Islâmico, incluindo um europeu, suspeitos de ligações com os responsáveis pelos ataques de Paris, disse neste sábado (21) um funcionário com conhecimento do assunto, em meio à repressão contra a expansão do grupo extremista. Ahmad Dahmani, cidadão belga de origem marroquina de 26 anos, foi detido em uma operação na última segunda-feira (16) em um hotel de luxo em Antália, afirmou o oficial turco. A cidade recebia líderes das 20 maiores economias do mundo para a cúpula do G-20, mas não há indicação de que o evento fosse um alvo. "Acreditamos que Dahmani estava em contato com os terroristas que perpetraram os ataques de Paris", acrescentou o funcionário. "A investigação continua", completou.

As autoridades turcas começaram a acompanhar Dahmani quando ele chegou ao país, no sábado passado (14), em rota para a Síria. Além dele, prenderam seus cúmplices sírios, Ahmet Tahir, de 29 anos, e Muhammed Verd, de 23, que haviam viajado à Turquia para ajudar com a passagem de Dahmani a áreas controladas pelo Estado Islâmico através da fronteira sul da Turquia. Os homens estão detidos por participação no grupo militante.

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Os três homens foram presos como resultado de operações de inteligência da Turquia, de acordo com o funcionário. Ele disse ainda que as autoridades belgas não tinham sinalizado Dahmani como uma ameaça terrorista e que ele não havia sido incluído em uma lista de não entrada de mais de 26.600 suspeitos apresentados à Turquia por seus aliados ocidentais.

Nos últimos dias, Ancara deflagrou uma série de ataques bem-sucedidos que resultaram na prisão de um agente do alto escalão Estado Islâmico ligado a Mohammed Emwazi, o militante notório conhecido como jihadista John. A Turquia também enalteceu os trabalhos de rastreamento em aeroportos que levaram à deportação de cerca de 50 marroquinos suspeitos de terrorismo este mês, enquanto repreendeu aliados ocidentais em relação a lacunas na partilha de informações que minam os esforços conjuntos contra o terrorismo.

"Se as autoridades belgas nos alertassem em devido tempo, Dahmani poderia ter sido detido no aeroporto", disse o oficial turco. "Instamos nossos aliados para continuar a compartilhar informações conosco", completou. Dahmani e seus cúmplices tiveram uma audiência com a Justiça e estão atualmente presos na Turquia. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Bélgica elevou neste sábado (21) seu alerta de terror ao mais alto nível em Bruxelas. Estações de metrô da cidade e algumas de trem foram fechadas por precaução. O Centro de Crise do governo belga, conhecido como OCAM, informou que havia uma séria ameaça à região de Bruxelas. Isso ocorre uma semana após os ataques de Paris, na França, cujas autoridades disseram terem sido planejados em Bruxelas.

"Temos elementos suficientes para estimar que a ameaça de ataque é precisa e iminente", disse o ministro de Relações Internacionais belga, Didier Reynders, ao chegar a uma reunião de autoridades de segurança do país, de acordo com uma agência de notícias da Bélgica. Nenhum detalhe sobre a potencial ameaça foi dado, mas as autoridades disseram que iriam divulgar mais informações ainda neste sábado.

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O Centro de Crise recomendou o fechamento do sistema de metrô neste sábado e domingo. O operador do metrô de Bruxelas, o STIB, disse que iria avaliar a situação com a polícia e outras autoridades para tomar uma decisão sobre a reabertura. Os serviços de ônibus estão autorizados a continuar a funcionais, segundo o Centro de Crise. O órgão recomendou ainda que as pessoas evitem áreas de grande concentração, incluindo salas de concerto e terminais de transportes em Bruxelas.

Desde os atentados de Paris, a polícia belga realizou operações em toda a cidade, e os comboios de oficiais e soldados se tornaram algo comum. A cidade abriga a Comissão Europeia e muitas instituições da União Europeia, além da sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). As informações são da Dow Jones.

De todas as formas de expressão artísticas (sim, ARTÍSTICAS), o cinema é uma das mais próximas do público nos dias atuais. Além das salas de exibição espalhadas por todo o país, temos várias redes de televisão que exibem uma grande quantidade de filmes diariamente, possibilitando que o público tenha contato com uma grande quantidade de produções com muita facilidade. E isso sem falar na possibilidade de assistir filmes on-line (de forma lícita ou ilícita).

Mas, de todas as categorias e gêneros praticados pela sétima arte, uma que é especialmente fascinante é o cinema "trash". O termo vem do inglês, onde "trash" significa lixo, caracterizando uma produção de baixo custo, baixa aceitabilidade crítica, baixo padrão estético... Mas de tamanha a produção nesse segmento que o cinema trash se tornou uma subcultura própria, fazendo da falta de padrão estético a sua própria linguagem. Sangue espirrando, corpos mutilados, entranhas que se espalham pela tela se tornaram marcas desse nicho tão peculiar da arte.

Vamos dar uma olhada em alguns exemplos desse segmento tão especial de filmes...

1) O Ataque dos Tomates Assassinos

Nesse filme de 1978, tomates resultantes de experiências genéticas começam a atacar as pessoas, matando vários cidadãos. O filme foi estrelado por George Clooney e não bastando o seu sucesso inesperado, ele teve continuações: "Os Tomates Assassinos Atacam Novamente" e "O Retorno dos Tomates Assassinos na França". E se isso não bastasse, eles inspiraram o desenho animado de mesmo nome nos anos 80.

2) Christine, o carro Assassino

Nesse filme de 1983, Christine (um carro de modelo clássico americano) começa a agir por conta própria... aparentemente possuído por uma força desconhecida, ele ataca e mata para manter sua relação com seu dono. Baseado numa obra de Stephen King, um dos autores mais venerados do gênero do suspense e terror envolvendo elementos e entidades sobrenaturais.

3) O Elevador Assassino

Nesse filme de 1983 (também), a trama é bastante simples... num edifício o elevador começa a apresentar problemas e incidentes estranhos acontecem... pessoas ficam presas... pessoas são decapitadas e apenas o técnico de manutenção e uma jornalista parecem interessados em descobrir a verdade por trás desses aparentes acidentes.

Uma coisa que une essas obras é a simplicidade dos "vilões". Um elevador, um carro, um vegetal... mas o que aconteceria se esses elementos tão comuns do nosso cotidiano se rebelassem contra nós? Parte do fascínio desses filmes vem desse medo irracional do desconhecido. Daquilo que poderia simplesmente estar errado e nós nunca soubemos. Essa já seria uma premissa suficiente para assustar qualquer pessoa, ou fazer com que olhasse por cima dos ombros pro resto da vida.

E caso você esteja se perguntando, aquela imagem lá em cima é um dos meus filmes favoritos do gênero: "Piranha II: Assassinas Voadoras". Simplesmente, essas piranhas com asas se revoltam contra os seres humanos e começam a matar pessoas. Pra quê mais do que isso? E o filme foi dirigido por James Cameron, o mesmo de Titanic e Exterminador do Futuro!

Lojas de departamentos, grifes tradicionais, museus, torre Eiffel, avenida Champs Elysées: estes emblemáticos símbolos parisienses, disputados por turistas do mundo inteiro, estavam praticamente desertos neste sábado (14), acertados em cheio pelos atentados da noite de sexta-feira (13). Os ataques simultâneos castigaram o centro de Paris, capital que está no primeiro lugar dos destinos turísticos do mundo, em um momento em que o governo fixou a meta ambiciosa de receber 100 milhões de turistas estrangeiros em 2020.

No sábado, os principais museus, entre eles o Louvre e o Palácio de Versalhes, várias salas de espetáculo, como a Ópera, assim como a Eurodisney permaneceram fechados. A Torre Eiffel, símbolo de Paris, não abrirá até nova ordem. Às 9H30, em frente ao Louvre, apenas 15 pessoas aguardavam a abertura do museu. Entre eles, Lionel, um arquiteto de 45 anos, que veio de Genebra passar o fim de semana em Paris. "Não tenho vontade de voltar a Genebra ou de me esconder em um hotel", explicou. "Espero que abram. Não se deve ser derrotista, senão não vamos ganhar deles", acrescentou, antes de o museu abrir para em seguida fechar as portas nas últimas horas da manhã.

As grandes lojas abriram as portas. Mas algumas delas decidiram por fim fechar horas depois. Depois de ter manifestado sua "vontade de resistir", as Galeries Lafayette anunciaram em um comunicado que cederiam diante das "dificuldades de garantir uma qualidade de serviço ótima". Diante das vitrines, já enfeitadas para o Natal, ninguém parava. Os bonecos animados se mexiam para pedestres apressados. Os soldados da sequência de Guerra nas Estrelas pareciam solitários, firmes, com suas armaduras brancas.

No bulevar Haussmann, grande rua comercial, agora patrulhada por policiais, uma mulher passa falando ao celular: "Não vá para as grandes lojas, de nada serve correr o risco de ir a um possível alvo", recomenda a mulher ao seu interlocutor. Em frente à Printemps, outra célebre grande loja de departamentos, só os acessos adjacentes davam a leve impressão de movimento, graças a um grupo de chineses que aguardava para entrar, encabeçado por uma guia. Na sexta-feira, "estavam em Berlim e no domingo estarão em Roma, não estão sabendo de nada", diz a mulher.

"Durante três horas, depois de (os atentados de janeiro) Charlie Hebdo, não havia ninguém na loja, os clientes voltaram depois para as promoções, mas agora o que chega é para as festas de fim de ano", disse uma vendedora, preocupada. O café Starbucks do bulevar está vazio. Desde a abertura, uma hora e meia antes, Brian, um dos garçons, só contou três clientes, que não demoraram em sair. No mesmo momento, vendedoras da loja H&M põem precipitadamente cartazes que advertem: "para a segurança das nossas equipes e dos nossos clientes, estaremos fechados excepcionalmente hoje". "São uns covardes, isto é tudo", protestou um cliente enquanto se distanciava.

Na praça da Concórdia, alguns turistas tiram fotos enquanto falam dos atentados da véspera. Apesar de tudo, os parisienses levam o cachorro para passear, compram jornal e saem para correr, enquanto militares com roupas de combate patrulham as estações ferroviárias. "Tenho medo de olhar as pessoas no rosto, do que podem pensar ou fazer. Eu sou árabe. Dá para notar?", disse Fátima, em um bar.

Luc, de 46 anos, entra no mesmo bar: "Não consigo entender. Dizem que frustraram atentados, que prenderam gente e agora tem caras que atiram contra todo mundo em uma casa de shows em plena Paris. Não é normal que não sejamos capazes de proteger esta cidade".

Paranoia

Franck e Astrid, que chegaram da cidade francesa de Vichy (centro) para celebrar seus 16 anos de casados, encontraram o museu de cera Grévin fechado em "solidariedade às vítimas", segundo sua diretora-geral, Béatrice Cristofari. "Hesitamos, mas por fim decidimos sair", disse Franck. Atacaram "um bar, um restaurante, uma casa de shows e o Stade de França (...) Vamos ficar com psicose, não há alternativa", continuou Astrid.

Dois casais de amigos belgas, que vieram a Paris passar o fim de semana, são fatalistas, lembrando que ao menos dois de seus compatriotas morreram nos atentados. "Vivemos com medo, mas não vamos deixar de viajar, é o que os terroristas querem, que a gente não saia de casa", disse Jeanine, uma das mulheres.

O premiê belga, Charles Michel, pediu neste sábado que seus compatriotas evitem viajar a Paris "se não for estritamente necessário". Na sofisticada avenida Montaigne, assim como a maioria das grifes, a 'maison' Gucci anuncia em um cartaz que permanecerá fechada. E na Champs Elysées, os terraços dos cafés da chamada "mais bela avenida do mundo" estão vazios. Na mesma avenida, as principais lojas de moda, como a Zara, estão fechadas.

Na praça da República, onde uma grande manifestação se seguiu aos atentados de janeiro em Paris, pedestres acendem velas e colocam papéis com poemas em homenagens aos mortos e feridos de sexta-feira. Policiais permitem que fiquem ali por alguns segundos para depois pedir que evitem permanecer agrupados. Por razões de segurança, o governo proibiu as aglomerações.

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