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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) retoma nesta quarta-feira (31) o 183.º concurso de ingresso na magistratura do Estado. Por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 138 candidatos, que anteriormente haviam sido reprovados pela banca examinadora do concurso original, serão submetidos a novas provas orais, diante de avaliadores recém-nomeados. O TJ não vai impor aos candidatos entrevistas reservadas.

No mês passado, o CNJ julgou, por 10 votos a 2, ilegalidades na quarta etapa do concurso, que corresponde à avaliação oral. Conselheiros reprovaram o fato de os candidatos, após o exame, que é público, terem passado por entrevistas de caráter pessoal e reservadas, sem registro.

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Candidatos revelaram que foram questionados sobre "solidez da família", sua opção religiosa e se haveria disposição da cônjuge de mudar de cidade para acompanhar o futuro magistrado. Candidatas tiveram que responder se pretendiam engravidar. O procedimento, segundo o CNJ, não está previsto na Resolução 75/2009, que disciplina os concursos para acesso à toga.

Cerca de 11 mil candidatos inscreveram-se para o concurso e 216 foram habilitados. Na prova oral passaram 70. Há 186 vagas. Os problemas no concurso foram levados ao CNJ pelo advogado Luís Roberto Barroso, em nome de candidatos que se consideraram prejudicados. Não haverá mais entrevistas reservadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Os contracheques de magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) - incluindo o do presidente da corte, desembargador Ivan Sartori - deram um salto. A folha de setembro, paga no início deste mês, totalizou R$ 98,6 milhões líquidos, ou seja, sem descontos.

O valor representa um acréscimo de 63% em relação ao desembolso de agosto, realizado no início de setembro, que totalizou R$ 60 milhões, conforme antecipou a coluna Direto da Fonte na edição desta quinta-feira (25).

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O TJ é o maior tribunal do País, com 360 desembargadores e 2.100 juízes, além de 43 mil servidores da ativa. O tribunal destaca que o aumento ocorreu por causa do pagamento de férias, licença-prêmio e auxílio-alimentação em atraso.

De acordo com documento disponível no site do TJ, o holerite mais alto este mês é o do desembargador Caetano Lagrasta Neto, que recebeu R$ 94,3 mil. A corte explica que esse valor foi liberado porque Lagrasta recebeu valor relativo a férias acumuladas para cobrir despesas de saúde em família.

Juntos, os cinco desembargadores e juízes com holerites mais elevados em outubro receberam R$ 398,2 mil líquidos. Os vencimentos de Sartori chegaram a R$ 58,6 mil.

"Esse salto aconteceu em outubro porque o nosso presidente, Ivan Sartori, determinou que fossem pagos os atrasados. É apenas um pingo no oceano em relação ao que se deve aos juízes", declarou o juiz Rodrigo Capez, assessor da presidência do TJ.

O teto constitucional do funcionalismo, equivalente aos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal, é de R$ 26,7 mil. De acordo com Capez, o salário líquido de um desembargador fica em R$ 16 mil.

Segundo ele, com a adoção do regime de subsídios na Justiça, em 2008, quem já recebia acima do teto não poderia ter o salário reduzido por causa de previsão constitucional. "Eles (juízes) ficaram com uma parcela congelada", explica Capez.

O tribunal informa que deve R$ 150 milhões em férias e licenças-prêmio em atraso a magistrados e R$ 520 milhões a servidores - que também estão recebendo em parcelas.

Segundo Capez, há casos de juízes que não tiram férias há 15 anos e magistrados com mais de R$ 1 milhão de crédito a receber.

Os pagamentos vêm desde março. "O STF autorizou que fossem indenizados esses dias de férias acumuladas, mas o TJ nunca teve verba para pagar. Agora, esses valores estão sendo pagos de acordo com a disponibilidade orçamentária", afirma Capez. "O tribunal não tem como quitar esse passivo, mas paga de forma fracionada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Os pagamentos de férias, licenças-prêmio e benefícios como auxílio-alimentação em atraso não representam um privilégio dos magistrados, afirma o juiz assessor da presidência do TJ-SP, Rodrigo Capez. Segundo ele, só este ano, a corte desembolsou R$ 360 milhões para pagar direitos devidos também a servidores, a título de indenizações.

Capez pondera que foi do presidente Ivan Sartori a iniciativa de apurar antecipações excepcionais de crédito que culminaram em processo disciplinar contra um ex-presidente do TJ e três desembargadores que integraram a comissão de orçamento, um deles hoje presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Alceu Penteado Navarro.

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O juiz destacou que o Conselho Nacional de Justiça, em recente inspeção, elogiou a transparência da atual presidência do TJ-SP e a determinação de Sartori de apurar irregularidades. "A ministra Eliana Calmon (ex-corregedora nacional da Justiça) disse que o TJ-SP é um exemplo para o País."

Capez informou que o desembargador Caetano Lagrasta recebeu, além dos vencimentos, indenização equivalente a 28 dias de férias atrasadas, também deferida a todos os magistrados que tinham esse direito. "Por causa de intervenções cirúrgicas a que se submeteu, uma delas que lhe incapacitava parcialmente os movimentos e o repouso lhe foi deferido, ainda, nos termos da Resolução 568/2012 do Órgão Especial do TJ, indenização de mais 30 dias de férias atrasadas", informa Capez.

O juiz Herivelto Godoy, além dos vencimentos, recebeu 28 dias de férias atrasadas. "Por causa de delicada cirurgia cardíaca a que se submeteu, lhe foi deferida indenização de mais 30 dias de férias atrasadas."

O desembargador Sérgio Rezende, afora o holerite, recebeu 28 dias de férias atrasadas e antecipação do 13.º salário, "por ser o mês de seu aniversário, direito reconhecido a todos os funcionários públicos do Estado".

Valter Mena e Paulo Rezek, além dos vencimentos, receberam indenização de 28 dias de férias atrasadas e antecipação do 13.º salário, pelo mesmo motivo de Rezende. Ivan Sartori recebeu vencimentos e indenização equivalente a 28 dias de férias atrasadas.

O TJ deve R$ 4 bilhões a magistrados e a servidores, englobando férias, licenças-prêmio em atraso e diferenças salariais reconhecidas pela Justiça, sobre as quais incidem juros e correção monetária. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O período de  inscrições para a Semana Nacional de Conciliação será encerrado nesta sexta-feira (28). A iniciativa  tem como objetivo auxiliar pessoas com processos tramitando na Justiça e que queiram recorrer  aos mecanismos de conciliação.

Os interessados em cadastrar ações devem acessar o site do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) -  e clicar na opção "Quero Conciliar". No formulário de cadastro é preciso preencher o número do processo, comarca, nome e contato do demandante (geralmente o autor da ação) e do demandado (geralmente o réu). Não é obrigatório fornecer todos os dados pedidos. Mas quanto maior o número de informações, maior é a possibilidade de o processo ser selecionado.

Aqueles que não puderem ou não quiserem cadastrar a solicitação pela internet também podem fazê-lo presencialmente. Para isso, basta comparecer à unidade judicial em que tramita a causa
e preencher um formulário de requisição. Os dados solicitados são os mesmos do cadastramento online.

Em 2011, o TJ-BA pautou 63 mil processos, realizou 48.964 audiências e formalizou 27.381 acordos. Entre os tribunais estaduais, foi o que mais promoveu audiências e acordos. Em todo o Brasil, a edição passada  da iniciativa contou com  51 tribunais e contabilizou 350 mil audiências, 168 mil acordos e cerca de R$ 1 bilhão em valores envolvidos.

A partir desta segunda-feira, mais de 2,4 mil atendimentos serão feitos no novo posto de Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) em Feira de Santana, na Bahia. O SAC foi inaugurado nesta manhã e inclui serviços de atendimento para o Departamento Estadual de Transporte (Detran), do Tribunal de Justiça (TJ) e outros cinco órgãos estaduais.

O segundo SAC, na Rua Vasco Filho, no Centro de Feira de Santana, teve a presença do governador Jacques Wagner na inauguração. O diferencial desta unidade serão os serviços específicos para professores estaduais da educação, que poderão cumprir com os procedimentos de aposentadorias, gratificações, folha de pagamento, benefícios licença e alteração do regime de pagamento.

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No novo posto também serão oferecidos serviços estaduais da Secretaria da Fazenda (Sefaz), da Previdência, do SineBahia e do Banco do Brasil. O posto manterá a emissão da carteira de identidade (RG) com distribuição de 300 senhas, CPF’s e negativa de registros criminais. 

*Por Diogo de Oliveira

O prédio do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) localizado na Avenida Ipiranga, 165, no centro da capital paulista, foi assaltado por volta das 4h15 da madrugada deste sábado. Ao menos cinco homens armados tentaram arrombar um caixa do Banco do Brasil no quinto andar do prédio com uma maçarico. Sem sucesso, acabaram fugindo com cinco computadores da central de monitoramento de segurança, de acordo com a Polícia Militar (PM).

A bordo de um Vectra GT preto, os bandidos entraram no prédio pelo estacionamento e renderam seis vigias - desarmados - que faziam a guarda do prédio. A quadrilha subiu até o banco e tentou arrombar um dos três caixas eletrônicos com maçarico.

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Ao ver que não conseguiriam, resolveram abortar a ação. Antes, furtaram cinco computadores da central de segurança e pegaram o celular de um dos vigias. Nada mais foi levado e os vigilantes não foram agredidos.

De acordo com a PM, os próprios vigias disseram ter aberto o portão da garagem quando os bandidos pararam o carro em frente à entrada. Eles afirmaram aos policias que os bandidos pareciam funcionários da empresa de lixo que presta serviço no prédio, motivo pelo qual abriram o portão. Até as 14 horas deste sábado, ninguém havia sido preso, segundo a PM. O caso foi registrado no 77 º Distrito Policial (Santa Cecília).

O Banco do Brasil foi condenado a pagar o valor de R$ 5 mil a um cliente impedido de entrar em uma agência de Itaquaquecetuba, região metropolitana de São Paulo. O processo tramitou durante três anos até que a decisão fosse concluída em segunda instância na 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça paulista.

Segundo o cliente, a porta giratória da agência do banco o barrou e impediu sua entrada no local e, mesmo depois que ele provou aos seguranças que não portava nenhuma arma, os agentes do banco continuaram impedindo sua entrada. Com depoimento de uma testemunha, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que a agência estava lotada no momento e que o artefato de segurança travou várias vezes, causando constrangimento ao cliente, que só conseguiu entrar na agência com a presença de policiais militares.

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Em uma primeira sentença, o banco foi condenado a pagar o valor de R$ 1 mil ao cliente. Ambas as partes recorreram da decisão e o correntista pediu o aumento do valor. O Banco do Brasil afirmou que os seguranças não abusaram de sua autoridade e que a vítima teria sofrido apenas aborrecimento, não dano moral. A Justiça compreendeu a acusação e determinou o pagamento da indenização cliente, em decisão unânime, no valor de R$ 5 mil.

Uma força-tarefa formada por mais de 30 funcionários da Corregedoria Nacional de Justiça deu início nesta segunda a uma inspeção no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), considerada a maior corte estadual do País, com 353 desembargadores e 2.021 juízes. A primeira etapa dos trabalhos da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai durar uma semana e terá como foco a folha de pagamento, os precatórios e questões administrativas do TJ. Entre as denúncias contra o tribunal paulista, estão atraso no julgamento dos processos e a corrupção de juízes de primeira instância, alguns deles denunciados por conluio com advogados.

O presidente do TJ-SP, desembargador Ivan Sartori, ressaltou que as denúncias de corrupção de primeira instância correspondem a apenas 2% dos magistrados e que em um ano e meio de sua gestão somente dez juízes foram afastados, sendo dois por corrupção. "Se não tomar as providências, a corrupção tende a crescer", destacou a ministra Eliana Calmon, ressaltando que todos os casos que chegam à corregedoria são apurados. "Existe hoje uma união entre a corregedoria do CNJ, a corregedoria local e o Tribunal de Justiça de São Paulo", afirmou.

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Para a ministra, o atraso nos julgamentos ocorre devido à falta de estrutura das varas de primeira instância. "Somos mais tolerantes (com a primeira instância) porque temos consciência que a primeira instância está sucateada. Lá nós temos verdadeiros heróis", ponderou. Ainda segundo a ministra, também existem juízes que trabalham pouco, mas eles "são minoria".

A corregedora, que termina o seu mandato no CNJ no próximo dia 06 de setembro, lembrou que a corte paulista é a 25ª e última dos tribunais a serem inspecionados pelo CNJ. Diferentemente de meses atrás, quando o TJ-SP era considerado o mais fechado e mais refratário do País, a ministra disse que encontrou nesta segunda um espírito de colaboração e um tribunal aberto para os trabalhos do CNJ. "O TJ mudou. Foi o último tribunal a ter uma abertura e a aceitar o CNJ", avaliou a ministra. Segundo Eliana, o TJ-SP tem feito prestação de contas constantemente ao CNJ e os problemas de gestão da corte "estão entrando nos trilhos". "A corregedoria tem total liberdade de chegar e fazer o seu trabalho hoje", completou a ministra, que elogiou "o choque de gestão" no TJ-SP.

Sartori destacou que existe um compromisso de sua administração com a transparência e afirmou que a preocupação atual é minimizar os problemas do maior tribunal do País. "Estamos trabalhando acima das nossas possibilidades", disse o desembargador. Segundo o magistrado, entre os esforços estão a regularização do pagamento de precatórios. Com mutirão realizado este ano já foram quitadas 9.163 dívidas, no entanto, ele afirmou que ainda não há uma previsão para que os demais pagamentos sejam colocados em dia.

O presidente do tribunal revelou em coletiva de imprensa que não encontra mais resistência entre os magistrados para implementar o modelo de transparência na corte. "Não tenho mais nenhuma resistência no tribunal", garantiu. Sartori citou como exemplo o episódio envolvendo uma funcionária do departamento pessoal que foi trocada há poucos meses por dificultar os trabalhos do CNJ e do próprio tribunal.

A inspeção no TJ-SP deve se estender por mais três etapas, que serão conduzidas pelo sucessor da ministra na corregedoria. Além da folha de pagamento, dos precatórios e das questões administrativas, a corregedoria vai inspecionar processos de licitações e contratos administrativos, execução do orçamento, declarações de bens e renda, fundo especial do Poder Judiciário e os procedimentos disciplinares da presidência e da corregedoria geral do TJ-SP. O relatório da primeira etapa da inspeção deve ficar pronto em 15 dias.

O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Jovaldo Nunes, encaminhou um ofício ao governador Eduardo Campos, nesta quinta-feira (2) comunicando da gravidade da situação da segurança pública nos ambientes interno e externo dos 135 fóruns no interior do Estado.

No expediente remetido ao governador, o presidente do TJPE demonstra ser incontinente a necessidade de retorno da Polícia Militar (PM) aos fóruns, até que sejam substituídos por policiais da reserva que integram a Guarda Patrimonial. 

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Ainda segundo o desembargador-presidente do TJPE, a retirada dos policiais militares onera substancialmente os cofres públicos, por conta da contratação de segurança privada para as Unidades Judiciárias. “ A melhor e mais racional alternativa é suportar as despesas com os valores pagos à Guarda Patrimonial composta por militares da reserva reconvocados. Contanto que seja disponibilizado pela SDS o efetivo solicitado para substituir, paulatinamente, os policiais militares da ativa que estejam em serviço nos fóruns”, frisou ele.

Cumprindo a Lei de Acesso à Informação, o Tribunal de Justiça do DF divulgou sua tabela de remuneração mensal, mas sem citar nomes. No mês de maio, a lista revela 76 supersalários com valores acima de R$ 100 mil. Os campeões são dois desembargadores, que receberam R$ 230 e R$ 220 mil respectivamente. Mas a lista inclui cerca de 50 analistas e técnicos judiciários que embolsaram entre R$ 105 a R$ 182 mil no mês. No total, o tribunal gastou R$ 105,4 milhões com a folha do mês. Só com vantagens eventuais que turbinaram a renda, foram R$ 30,2 milhões.

Diante da onda de críticas e pedidos de explicações, o tribunal divulgou nota nesta quinta informando que "não existem supersalários" na casa e que glosa os valores que excedem o teto constitucional do serviço público, de R$ 26,7 mil. Explicou que os altos valores referem-se a "vantagens eventuais" que muitos servidores recebem, por exemplo, por conta de causas trabalhistas, como as que determinaram reposição dos planos Collor, Verão e Bresser. O tribunal não informou se os magistrados endinheirados estão entre os que moveram ações desse tipo.

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No caso da folha de pagamento de maio, acrescenta a nota, "as vantagens eventuais correspondem basicamente a passivos reconhecidos judicialmente aos servidores. Nenhum magistrado ou servidor recebe subsídio ou remuneração acima do teto constitucional", assegura. O CNJ confirmou que as vantagens eventuais em princípio são lícitas. Mas alertou que tem detectado abusos em alguns tribunais, como o de São Paulo, instado a para corrigir critérios indevidos na destinação de altas somas a magistrados, conforme série de reportagens publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

No caso do DF, como a reposição contempla apenas quem entrou na justiça, isso explica porque, em maio, alguns analistas receberam até vinte vezes mais do que colegas da mesma faixa que não entraram na justiça. Com a divulgação individualizada dos salários em todos os tribunais, como determina nova Resolução a ser publicada nesta sexta, o CNJ espera que a sociedade o ajude na fiscalização e provoque novas inspeções para corrigir problemas em outros tribunais.

Até agora, apenas o governo federal cumpriu a lei e divulgou a relação individualizada da remuneração aos seus mais de 500 mil servidores, inclusive os do alto escalão. No Judiciário, apenas o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) também colocaram os dados na Internet. Nesta quinta a exigência sofreu um retrocesso, com a liminar da Justiça Federal que manda a União retirar os dados imediatamente, valendo para os três poderes. A Advocacia Geral da União (AGU) informou que vai recorrer.

Independente disso, a medida não alcança os tribunais de justiça estaduais, que têm até o dia 20 de julho para colocar os dados individualizados dos servidores na Internet. O CNJ está seguro de que a liminar será revogada e a transparência valerá para todos. "É natural que, diante de uma lei tão culturalmente novidadeira, haja reações. No entanto, o princípio da transparência dará a palavra final", afirmou o presidente do conselho e do STF, ministro Carlos Ayres Britto.

Responsável pela censura ao jornal O Estado de S. Paulo, o corregedor do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), Dácio Vieira, mantém sua filha Marcella Vieira de Cabral Fagundes como assessora da Secretaria-Geral da Corregedoria. O desembargador afirmou ser normal a contratação da filha. Perguntado pela reportagem, disse que ela deve deixar o tribunal até o final do ano.

Dácio Vieira assumiu a Corregedoria do TJDFT no dia 23 de abril deste ano. Um dos primeiros atos foi trocar a filha de lugar na tentativa de evitar que fosse acusado de nepotismo. No dia 24 de abril, o Diário Oficial Da União trouxe a exoneração de Marcella Vieira do cargo de Assessor Jurídico da Corregedoria e em sua nomeação imediata como Assessora da Secretaria-Geral da Corregedoria. O salário foi mantido - R$ 10.352,52.

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Marcella é servidora concursada do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) e foi requisitada pelo Tribunal de Justiça do DF. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Dácio Vieira afirmou que sua filha já estava na Corregedoria do TJ antes de sua posse. Por isso não precisaria sair.

Conforme Dácio Vieira, há precedentes nos tribunais segundo os quais é perfeitamente possível que sua filha permaneça no órgão comandado pelo pai.

"Ela já estava lá na Corregedoria antes de eu assumir", disse. "Eu deixei o caso como está quando assumi. Ela apenas foi remanejada para que não ficasse diretamente submetida a mim", afirmou o desembargador. "Ela está lá de forma regular", acrescentou.

Dácio Vieira afirmou que sua filha tem currículo extenso e já passou por outros tribunais, como Tribunal Regional do Trabalho e Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apesar de dizer que a situação da filha é regular, afirmou que ela permanecerá no Tribunal de Justiça até terminar um trabalho que havia iniciado e sobre o qual não deu detalhes. Após isso, afirmou o desembargador, sua filha deixará o TJ.

CNJ

A situação de Marcella foi alvo do Conselho Nacional de Justiça em 2010. Na época, o CNJ recomendou sua exoneração. De acordo com o TJDFT, ela permaneceu no tribunal em razão de liminar concedida pelo ministro do STF Celso de Mello.

A súmula do nepotismo, aprovada pelo plenário do Supremo, estabeleceu que é vedado pela Constituição a nomeação de "parente em linha reta (...)" de servidor "para o exercício de cargo em comissão ou de confiança". O texto não abre brecha para que situações anteriores sejam mantidas. Tanto é assim que o CNJ recomendou a exoneração de Marcella Vieira.

Em 2008, o advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, também argumentou que os parentes contratados antes da posse dos senadores seriam mantidos no cargo. A Procuradoria-Geral da República questionou esse entendimento, e Cascais foi exonerado pelo então presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O desembargador Vianna Santos, que presidiu o Tribunal de Justiça de São Paulo em 2010, adquiriu bens "em valores desproporcionais à evolução de seu patrimônio e de sua renda", afirma a Procuradoria-Geral de Justiça.

Em documento de 27 páginas, por meio do qual requereu judicialmente a quebra do sigilo bancário e fiscal de Vianna e de sua mulher, a advogada Maria Luiza Pereira, a Procuradoria revela que "sem a realização de qualquer empréstimo para tal fim" o casal adquiriu bens no montante global de R$ 2,273 milhões.

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A Procuradoria ressalta que o casal, embora no ano anterior tenha apresentado "involução patrimonial, bem como aumento das dívidas e ônus reais", em 2010 adquiriu apartamento nos Jardins por R$ 1,4 milhão à vista, investiu R$ 500 mil na reforma do imóvel e comprou um Porsche Cayenne por R$ 373 mil.

Sigilo

Vianna Santos morreu em 26 de janeiro de 2011, de enfarte, segundo a polícia. O juiz Adriano Laroca, da 8.ª Vara da Fazenda, autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal do magistrado e de sua mulher, de 1.º de dezembro de 2009 (um mês antes da posse do desembargador na Presidência) até 28 de fevereiro de 2011 (32 dias após sua morte). Vianna casou-se com Maria Luiza em 3 de outubro de 2009, sob regime de separação obrigatória de bens. "Maria Luiza, embora inscrita na OAB, na época não exercia a advocacia e, em 2009, não auferiu rendas, figurando como dependente de Vianna Santos", assinala a Procuradoria.

A investigação mostra que em 31 de dezembro de 2008 Vianna e a mulher possuíam R$ 1,099 milhão em bens e direitos, valor reduzido para R$ 1,079 milhão em 31 de dezembro de 2009. As dívidas, que somavam R$ 368 mil em 31 de dezembro de 2008, saltaram para R$ 470 mil – mais R$ 102 mil – um ano depois.

A Procuradoria suspeita que Vianna cobrava "honorários de 20% a 25% sobre o faturamento bruto dos serviços realizados ou materiais fornecidos para o TJ".

"Há notícia, acompanhada de início de prova, de que para poder prestar serviços ou fornecer materiais e produtos ao TJ, ou até mesmo para simplesmente participar de licitações, algumas empresas eram obrigadas a assinar contrato com outras empresas ligadas a Vianna e sua esposa", anota a Procuradoria. "A assinatura de Maria Luiza foi reconhecida em documento."

"Há nos autos a notícia de que Vianna e sua esposa exigiram de um ex-prefeito, condenado em primeira instância pela Justiça, R$ 200 mil para elaboração de recurso ao TJ, auxílio na tramitação e garantia de final provimento", diz a Procuradoria. O advogado Edson Sampaio é categórico: "Não há nada a esconder. Maria Luiza está absolutamente tranquila. Com a chegada de todas as informações, tudo vai ficar devidamente esclarecido, em especial quanto à sua pessoa".

A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) aprovou o projeto de lei que cria mais 1.019 cargos efetivos no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). 

O presidente da comissão, deputado Raimundo Pimentel, destacou que a iniciativa irá contribuir com uma melhor prestação dos serviços jurisdicionais, sobretudo no Interior do Estado. O objetivo é melhorar a estrutura do Judiciário estadual e alcançar uma maior celeridade jurisdicional.

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Do total, serão mais 564 cargos de analista judiciário, 387 cargos de técnico judiciário e 68 cargos de Oficial de Justiça. 

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou, por unanimidade, o recurso do governo do Estado contra a liminar que suspendeu os efeitos da lei que permite ao governo destinar até 25% dos leitos de hospitais públicos administrados por Organizações Sociais (OSs) para o atendimento de pacientes de planos de saúde.

Assim, a aplicação da lei continua inválida até que seja julgado o mérito da ação - que ainda corre em primeira instância. O voto do desembargador José Luiz Germano, relator do recurso, foi seguido pelos outros dois desembargadores: Cláudio Augusto Pedrassi e Vera Angrisani.

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Para os contrários à legislação, a norma favorece a chamada "dupla porta", já que permitirá que usuários de planos de saúde usem leitos dentro de hospitais públicos. Já o governo diz que não haverá reserva de vagas e que a norma possibilitará o ressarcimento do SUS, já que muitos pacientes de planos de saúde já são atendidos na rede pública.

Na semana passada, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) encaminhou ao TJ-SP uma recomendação para que seja mantida a liminar que proibiu a destinação dos leitos para planos. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que a regulamentação da lei proíbe reserva de leitos ou preferência a pacientes de planos de saúde, garantindo idêntica qualidade a todos os pacientes. Diz ainda que ela corrige a distorção no atendimento e cria uma fonte complementar de financiamento para hospitais do governo.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, instaurou nesta sexta-feira Procedimento Preparatório de Inquérito Civil para investigar pagamentos supostamente irregulares concedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado a magistrados e servidores. Na prática, a iniciativa tem o mesmo peso de um inquérito, que poderá provocar uma ação com base na Lei da Improbidade.

O procedimento foi aberto "em razão de matérias jornalísticas dando conta de que o tribunal abriu sindicância para investigar pagamentos irregulares de créditos trabalhistas a um grupo de juízes, desembargadores e funcionários, entre 2006 e 2010". A investigação será conduzida pelo próprio procurador-geral, que detém as atribuições previstas no artigo 129, incisos II e III, da Constituição Federal - quando a autoridade sob suspeita é ex-presidente de tribunal, inclusive para apuração de eventual prática de atos de improbidade.

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Se Elias Rosa concluir, ao fim do inquérito, que há provas contra magistrados contemplados com altos valores, poderá propor ação com base na Lei da Improbidade para requerer devolução do dinheiro, imposição de multa e outras sanções de natureza civil, até mesmo perda da função pública e cassação de aposentadoria.

O procurador-geral avalia que "equívocos eventualmente cometidos pelas pessoas não contaminam e nem se confundem com a importância política e social do Tribunal de Justiça de São Paulo, que é exemplar em tudo". Elias Rosa faz um alerta: "Precisamos saber separar as mazelas dos homens da importância do Judiciário, sobretudo o de São Paulo, que é paradigma".

O TJ-SP atravessa a mais grave crise de sua história. A improbidade no TJ paulista teria ocorrido a partir da sucessão de pagamentos antecipados em favor de um grupo de magistrados, rotina que afrontou os princípios da isonomia e da impessoalidade. Contracheques milionários foram expedidos entre 2008 e 2010, período em que os desembargadores Roberto Antonio Vallim Bellocchi e Antonio Carlos Vianna Santos presidiram o TJ. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal sobre desvios cometidos pela cúpula do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) revelaram uma série de irregularidades na distribuição, liberação e pagamento de precatórios. O esquema, segundo a apuração, quebrou ilegalmente a ordem de quitação das dívidas judiciais e cobrou de beneficiários um pedágio que alcançava quase 50% do valor do precatório para ser rateado entre servidores, advogados e dois desembargadores. Até o companheiro de uma magistrada teria recebido parte desses recursos.

A denúncia de 152 páginas do Ministério Público, encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), narra nove casos de desvios com precatórios. Diante das fortes suspeitas, a Corregedoria Nacional de Justiça realizou uma espécie de "intervenção branca" no setor de precatórios do tribunal. Enviou uma juíza da corregedoria para o TJ tocantinense e ainda pôs à disposição dos servidores o Tribunal de Justiça do Distrito Federal para auxiliar nos trabalhos.

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"Aos clientes, pressionados pelos advogados e pela demora no recebimento dos valores, restavam duas opções: entravam em acordo com o grupo e recebiam uma parte a que teriam direito, ou não concordavam e viam seus precatórios serem preteridos, enquanto aguardavam, impotentes", afirmou a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, na denúncia.

A servidora pública Marciley Leal de Araújo Barreto, da Divisão de Precatórios do TJ-TO, disse em depoimento que no tribunal não havia uma ordem média de duração para o pagamento das dívidas judiciais. Mas ela disse saber que havia precatórios com até 13 anos de existência sem ainda terem sido quitados. O esquema, segundo as investigações, conseguiu a liberação dos precatórios em menos de um ano.

Segundo o MP, a desembargadora Willamara Leila de Almeida é acusada de liderar um esquema de liberação indevida de precatórios após assumir a presidência do tribunal. A magistrada estaria envolvida em irregularidades em sete dívidas judiciais. Ela atuava, segundo a denúncia, com a ajuda do seu companheiro, João Batista de Moura Macedo, oferecendo a advogados o rápido pagamento das dívidas judiciais mediante divisão da verba.

Patrimônio

Logo após o rateio do dinheiro do esquema, os investigadores descobriram que Willamara e João Batista compraram imóveis, terrenos, gados e um automóvel de luxo.

O advogado de Willamara, Alberto Toron, negou que ela faça parte de uma quadrilha. A defesa disse que, dos sete precatórios em que ela é acusada de irregularidades, em apenas um, de 2009, a ordem de sequestro partiu da magistrada. E nele, frisou, não houve quebra ilegal de ordem dos pagamentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) divulgou nota nesta sexta-feira, negando que o pagamento de verbas salariais atrasadas a desembargadores tenha sido feita com juros maiores que os estabelecidos em lei. Na nota, o TJ-SP esclarece ter utilizado a tabela prática da instituição e os índices aplicáveis aos débitos judiciais em geral. O caso, no entanto, ainda será decidido pelo Órgão Especial do tribunal.

Uma reportagem da edição desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo afirma que desembargadores receberam, nos últimos dez anos, verbas salariais atrasadas corrigidas por juros mensais de 1%, embora a taxa devesse ser de 0,5%, de acordo com a Comissão de Orçamento do tribunal. O pagamento de atrasados, segundo a reportagem, se refere principalmente ao auxílio-moradia do período entre 1994 e 1997.

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O questionamento que está sendo analisado é de "mera interpretação jurídica", afirma a nota. "A questão receberá parecer da Comissão Salarial e será encaminha ao Órgão Especial, responsável pela deliberação da correção adequada, decisão essa, seja qual for, que não trará prejuízo ao Erário. Na hipótese de serem reduzidos os juros, bastará o recálculo do saldo de cada magistrado e servidor", afirma a nota.

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), José Bernardo Ortiz, ao pagamento de R$ 1,54 milhão a título de indenização aos cofres públicos de Taubaté, município do interior paulista do qual foi prefeito três vezes. Em votação unânime, a 7.ª Câmara de Direito Público do TJ considerou irregular contratação autorizada por Ortiz, em março de 2002, para aquisição sem licitação de tubos de aço para canalização de córregos.

Em seu voto, o desembargador Magalhães Coelho, relator, reconheceu a nulidade do contrato pautado em inexigibilidade de licitação e condenou Ortiz e a empresa Armco Staco S.A. Indústria Metalúrgica a ressarcirem, solidariamente, o Tesouro municipal, pelo valor total da contratação, corrigido desde o efetivo pagamento e aplicação de juros de mora desde a citação.

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O ex-prefeito, que é engenheiro, foi nomeado em janeiro de 2011 para a presidência da FDE, pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), seu amigo. A Fundação, com orçamento de R$ 3 bilhões, é vinculada à Secretaria da Educação. Ortiz vai recorrer da sentença.

A decisão do TJ, cujo acórdão foi publicado no último dia 6, acolhe argumentos do Ministério Público Estadual que, em ação civil pública proposta em maio de 2008, atribuiu a Ortiz "conduta dolosa" e violação à Lei de Improbidade Administrativa, "impondo-se a indenização do dano". Em primeira instância, a Justiça rejeitou o pedido da promotoria, que apelou ao TJ.

A contratação de Ortiz custou R$ 817,5 mil. Na ocasião ele cumpria seu terceiro mandato na administração municipal, já filiado ao PSDB - antes, foi do PMDB. Seguindo a metodologia adotada pela TJ - tabela prática para cálculo de atualização monetária dos débitos judiciais - , o valor devido por Ortiz e a empresa Armco atinge a soma de R$ 1.541.459,60.

Moralidade

Afora o dever de indenizar o dano, outras sanções da Lei de Improbidade não foram impostas ao presidente da FDE - à data da propositura da ação já havia decorrido mais de cinco anos do término de seu mandato na prefeitura.

Ortiz alegou que a Armco é produtora exclusiva do material adquirido. O acórdão do TJ assinala que o fato de a empresa ser a única fabricante "não implica que possa oferecer melhor preço que outro revendedor, tendo em vista que tal relação jurídica comercial está sujeita a uma série de circunstâncias, exigindo assim uma concorrência pública para obtenção da melhor proposta para o poder público".

Votaram com o relator os desembargadores Eduardo Gouvêa e Moacir Peres. Para o TJ, Ortiz deixou de considerar a existência de outras fornecedoras, em violação ao artigo 37 da Constituição, que firma como regra aos gestores públicos obediência aos princípios da moralidade, impessoalidade, economicidade e honestidade. "Podem subsistir atos ímprobos que atentam contra a principiologia constitucional, ainda que inexistente concreto prejuízo ao erário ou enriquecimento ilícito de agentes públicos", assevera o relator.

Defesa

O advogado José Bernardo Ortiz Júnior, filho e defensor do presidente da FDE, rechaçou com veemência que tenha havido favorecimento à Armco Staco. "O problema é que a gente vive querela interminável com o Ministério Público, a quem meu pai jamais curvou a espinha."

Ortiz Júnior esclareceu que o Tribunal de Contas do Estado havia firmado entendimento de que a compra dos tubos de aço não exigia licitação por ser a Armco Staco único fabricante. "A prefeitura continua usando esse material muito resistente. Não tinha sentido abrir licitação para que fornecedores que compram da Armco participassem. Em 2003, o TCE mudou o entendimento, mas os tubos já haviam sido comprados." Anota que o Superior Tribunal de Justiça, em outra demanda, reformou condenação de seu pai pela admissão de servidores. "O STJ firmou posição majoritária de que quando não há dolo não há improbidade. Meu pai pauta sua vida pela correção. Na FDE ele já conseguiu reduzir R$ 300 milhões em compras." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O advogado Felipe Cortez, que defende o casal Carla Ubarana e George Leal nas denúncias de desvios de recursos do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, analisou que a decretação da prisão temporária do casal foi "desnecessária". "Eu já havia acertado com o promotor que ela prestaria depoimento no dia 3 de fevereiro. Eu informei isso ao juiz, disse inclusive onde ela se encontrava. Agi de boa fé e pegaram essas informações para decretarem a prisão temporária da minha cliente", disse Felipe Cortez, detalhando que Carla Ubarana estava em Recife se submetendo a um tratamento médico.

"Eu coloquei à disposição da Justiça as informações, não havia necessidade dos mandados de busca e apreensão. Me entristece porque o que havia combinado com o promotor era o depoimento no dia 3 de fevereiro", ressaltou o advogado.

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O Ministério Público do Rio Grande do Norte investiga o desvio de recursos no Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça potiguar. Hoje, durante a Operação Judas, foram presos a ex-chefe do Setor de Precatórios, Carla Ubarana de Araújo Leal, o marido dela, George Luis de Araújo Leal, e ainda Carlos Eduardo Palhares, Cláudia Nelli Silva e Pedro Luis Neto, que era escriturário da agência de contas públicas do Banco do Brasil. As primeiras investigações apontam que Neto era o responsável por facilitar as transações bancárias.

A primeira medida concreta do TJ após as suspeitas de desvios de recursos foi exonerar a servidora de carreira Carla Ubarana de Araújo Leal, que exercia a função de chefe do Setor de Precatórios. A medida foi publicada no Diário Oficial do dia 10 de janeiro. Nessa mesma data, a presidente do Tribunal nomeou uma comissão para realizar a inspeção. A Justiça bloqueou hoje os bens de Carla Ubarana e do marido dela.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte investiga o desvio de recursos no Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça potiguar. Os valores desviados ainda não foram divulgados, mas as primeiras informações apontam que são milhões de reais. Hoje, durante a Operação Judas, foram presos a ex-chefe do Setor de Precatórios, Carla Ubarana de Araújo Leal, o marido dela, George Luis de Araújo Leal, e ainda Carlos Eduardo Palhares, Cláudia Nelli Silva e Pedro Luis Neto, que era escriturário da agência de contas públicas do Banco do Brasil. As primeiras investigações apontam que Neto era o responsável por facilitar as transações bancárias.

O delegado responsável pela investigação, Marcus Dayan, disse que Carlos Eduardo, amigo de Carla Ubarana, e Cláudia Suely, empregada da servidora, eram responsáveis por receber o dinheiro dos Precatórios e sacar de suas contas. A servidora do TJ e o marido dela foram presos em Recife. No primeiro depoimento à polícia, Cláudia Suely disse que os desvios através de depósitos financeiros e resgates eram feitos seguindo orientação de Carla Ubarana, para quem ela trabalhava como "secretária executiva".

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A primeira medida concreta do TJ após as suspeitas de desvios de recursos foi exonerar a servidora de carreira Carla Ubarana de Araújo Leal, que exercia a função de chefe do Setor de Precatórios. A medida foi publicada no Diário Oficial do dia 10 de janeiro. Nessa mesma data, a presidente do Tribunal nomeou uma comissão para realizar a inspeção.

A Justiça bloqueou hoje os bens de Carla Ubarana e do marido dela. O montante dos bens do casal não foi divulgado, mas sabe-se que eles possuem veículos importados no valor de R$ 600 mil, uma mansão na praia de Baía Formosa, litoral Sul potiguar, e dois imóveis no bairro de Petrópolis, uma das áreas mais valorizadas da capital. Até às 17h30 (horário de Brasília) o advogado Felipe Cortez, que defende a servidora Carla Ubarana e o marido dela George Leal, não havia respondido as diversas chamadas telefônicas. Por mensagem de celular, ele disse que estava em uma audiência no interior do Estado.

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