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Após um caso confirmado de febre amarela no município de Vargem Grande do Sul, no interior de São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) deu início a ações de intensificação em vigilância e vacinação contra a doença na capital. 

A SMS recebeu alerta epidemiológico do governo de São Paulo em 27 de janeiro, que informou sobre o diagnóstico da doença em um adulto de 73 anos, não vacinado, que evoluiu com internação hospitalar sendo curado em sua evolução clínica. 

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Segundo a pasta, na primeira etapa, a vacinação contra a febre amarela será reforçada na zona norte, local considerado importante área de risco, caso o vírus faça migração pelos “corredores ecológicos”. Esses corredores, estudados durante o surto de 2017 e 2018, são áreas urbanas fronteiriças a matas. Na região, agentes comunitários das unidades básicas de saúde (UBSs) farão busca ativa do público que ainda não recebeu as doses previstas.

Esquema vacinal

O esquema vacinal inclui crianças menores de 5 anos de idade, com uma dose aos 9 meses e outra aos 4 anos, além de todos os indivíduos com mais de 5 anos, que recebem uma dose única, válida por toda a vida. No caso de crianças que não receberam a segunda dose até os quatro anos, a vacina pode ser aplicada em qualquer idade. 

A imunização é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença, que é transmitida por vetores e tem ocasionado casos em distintas regiões do país em seu ciclo silvestre. É importante que pessoas que se deslocam para regiões de mata, considerando também o feriado de carnaval, estejam vacinadas.

A vacina da febre amarela tem um período de 10 dias para criar anticorpos, desta forma, quem irá viajar no carnaval para zona de mata, e ainda não tomou o imunizante, deve tomar o mais breve possível. 

Sintomas 

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de rápida evolução e elevada letalidade nas suas formas mais graves. Apresenta sintomas como febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza. Tem padrão sazonal, com a maior parte dos casos incidindo entre os meses de dezembro e maio.

A prevenção é a vacina. Os imunizantes estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados, também das 7h às 19h.

Histórico da doença

Após aproximadamente meio século de silêncio epidemiológico, o vírus da febre amarela voltou a ser detectado no ano 2000, no Estado de São Paulo. Desde a sua reintrodução, foram reportados quatro surtos, com mais de 600 casos confirmados. Eventos epidêmicos da doença também foram registrados, a partir de 2014, em Goiás e Tocantins, e seguiram no sentido dos estados do Sudeste e Sul. 

No município de São Paulo, em 2018, foram confirmados 121 casos da doença, sendo que, destes, 107 foram casos importados e 14 autóctones. Já em 2019 e 2020, a cidade teve, respectivamente, três e um caso confirmados. Em 2021 e 2022, a cidade não registrou nenhum caso da doença.

Medo de efeitos colaterais e de agulha, crença em informações duvidosas de redes sociais e até conselhos de líderes religiosos são algumas das principais razões que fazem os brasileiros resistirem à vacinação, mostra estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com o apoio do Conselho Nacional de Secretários Municipais da Saúde (Conasems).

A pesquisa, divulgada na terça-feira (24), para gestores municipais e obtida com exclusividade pelo Estadão, entrevistou 2.235 pessoas entre setembro e outubro de 2021 em todas as regiões do País. O objetivo era entender o nível de confiança nas vacinas e quais são os fatores que vêm causando a crescente hesitação vacinal no País. Nos três últimos anos, o País não atingiu as metas de imunização das principais vacinas do calendário infantil.

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De acordo com o estudo, 72,8% dos entrevistados afirmaram se preocupar com os possíveis efeitos colaterais das vacinas. Esse foi o principal fator de hesitação vacinal encontrado pelos pesquisadores. Cerca de 37,6% dos participantes disseram que também consideram a forma de aplicação do imunizante (via oral, injeção etc.) para decidir se tomam ou não um imunizante - de forma geral, o medo de agulhas faz com que algumas pessoas resistam aos imunizantes aplicados por meio de injeções. Um em cada quatro entrevistados (24%) disse levar em consideração informações de redes sociais na decisão de se vacinar e um em cada quatro entrevistados (18,2%) afirmou que é influenciado também pela orientação de líderes religiosos. Por outro lado, a pesquisa mostra que mais de 98% dos entrevistados reconhecem a importância das vacinas para a própria saúde e 92% consideram todas as vacinas recomendadas pelo SUS benéficas.

Segundo pesquisadores e gestores municipais, os dados mostram que não há um grande movimento de recusa vacinal no País, mas, sim, de hesitação. São poucos os que integram ativamente movimentos antivacina. Mas há um grupo em crescimento que, influenciado por informações enganosas ou por desconhecimento, têm dúvidas ou inseguranças sobre as vacinas, embora saiba de sua importância.

Para Hisham Hamida, diretor do Conasems e secretário municipal da Saúde de Pirenópolis (GO), o alto índice de pessoas com medo de efeitos colaterais deve-se principalmente à disseminação de informações falsas pelas redes sociais. "O índice de 72% surpreende porque é uma hesitação causada pela desinformação, pela desconstrução de uma confiança que tínhamos no programa de vacinação."

Visão positiva

Segundo Daisy Maria Xavier de Abreu, pesquisadora do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da UFMG e integrante da equipe responsável pelo estudo, apesar da crescente hesitação vacinal e desinformação, a percepção geral sobre vacinas ainda é positiva no Brasil, condição que, segundo ela, precisa ser aproveitada para que movimentos antivacina não prosperem no País. "A pesquisa mostra que a gente não está num momento tão assustador porque os pontos de vista favoráveis às vacinas ainda estão muito presentes e o grau de confiança ainda é alto", afirma.

Dados preliminares da pesquisa mostram que a hesitação relacionada ao medo de efeitos colaterais é maior entre pessoas de menor renda e menor nível de instrução. "É a população que tem menos acesso a meios de comunicação confiáveis, que se informa por informações que chegam pelo WhatsApp e tem menos condições de diferenciar se aquela informação é correta", afirma Hamida.

Sobre a influência de líderes religiosos, Daisy afirma que a pesquisa não permite afirmar se essa influência é majoritariamente contrária ou favorável à vacinação, mas destaca a importância de capacitar e conscientizar essas lideranças sobre o tema. "Não sabemos de que forma se dá essa influência, mas sabemos que ela existe porque eles são formadores de opinião em suas comunidades. Então é preciso que haja diálogo e capacitação dessas pessoas também", defende a pesquisadora.

A percepção de baixo risco de doenças controladas ou eliminadas também foi um dos fatores encontrados pelos pesquisadores para a hesitação vacinal. Quase 20% dos participantes disseram acreditar que não precisam de vacinas para doenças que não são mais comuns. Isso é particularmente preocupante no caso das vacinas infantis que protegem contra doenças como poliomielite e sarampo, controladas justamente graças às campanhas de vacinação, mas que têm alto risco de ressurgimento se as coberturas vacinais seguirem baixas. "As gerações mais jovens não viram as sequelas de uma poliomielite ou quadros graves de sarampo. Então elas focam mais no medo de possíveis efeitos colaterais das vacinas. As campanhas de educação têm de mostrar essas sequelas para mudar essa percepção de risco", afirma Daisy.

Falta de vacinas e dificuldade de acesso a posto influenciam

A pesquisa mostra ainda que dificuldade no acesso ao serviço de vacinação e falta de doses também atrasam a aplicação das doses. Pouco mais de 22% dos entrevistados relataram ter deixado de se vacinar ou atrasado a vacinação devido a dificuldades de deslocamento para chegar até os locais de imunização. Gestores municipais culpam desabastecimento e embalagens multidose.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em um cenário de variantes e crescimento de casos de Covid-19, apesar de menos severos, o Ministério da Saúde estagnou a segunda dose de reforço em pessoas com mais de 40 anos. Com um público majoritariamente jovem e ainda fora da cobertura da 4ª dose, as prévias de Carnaval já atraem multidões e são ambientes de fácil transmissão do vírus.  

Uma das grandes discussões sobre a Covid-19 foi a situação em que o Brasil estaria se tivesse suspendido o Carnaval em 2020. Naquela ocasião, nenhum diagnóstico havia sido confirmado no país, mas, agora, depois da experiência vivida nesses três anos de pandemia, a imunização mostrou ter sido determinante para que os blocos e agremiações pudessem voltar com a festa popular.

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Nessa segunda (23), o país registrou 12.860 novos casos e 67 óbitos causados pela doença. No geral, mais de 696 mil vidas foram perdidas pelas complicações pela Covid-19.

Sem expectativa para ampliar o plano da segunda dose de reforço para pessoas com menos de 40 anos - faixa etária dominante nas festas de Carnaval - o Ministério da Saúde informou que seu corpo técnico acompanha diariamente o cenário epidemiológico e entende que ainda não há necessidade de alterar o esquema atual.

Em nota enviada à reportagem, a pasta ressaltou que atende às evidências científicas e que distribuiu mais de 595 milhões de vacinas de forma proporcional e igualitária para todo o Brasil. 

"Atualmente, a segunda dose de reforço da vacina Covid-19 é indicada para pessoas a partir de 40 anos. A Câmara Técnica Assessora em Imunizações mantém as discussões referentes às alterações e ampliações do esquema vacinal para novos grupos, de acordo com as evidências científicas e o cenário epidemiológico, que são acompanhados diariamente”, comunicou.

Crianças com idades de três e quatro anos poderão voltar a se vacinar contra a Covid-19 no Recife, a partir desta sexta-feira (20), para a aplicação da quarta dose. A forma de confirmação é o agendamento pelo site do Conecta Recife (conecta.recife.pe.gov.br), que estará aberto a partir das 18h desta quinta-feira (19). A vacinação para este grupo estava suspensa desde novembro, após os envios do Governo Federal serem interrompidos. 

De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau), a cidade recebeu 5,5 mil doses de Coronavac. Atualmente, a fila de espera de crianças com idades de três e quatro anos é superior ao número dos envios: 6.441. A gestão municipal afirma que chegou a enviar ofícios para o Ministério da Saúde cobrando o envio de novas remessas de Coronavac para a capital pernambucana.  

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O esquema vacinal das crianças deste grupo é feito em duas doses, com intervalo de 28 dias, e segue a mesma dose utilizada nos adultos. Crianças imunossuprimidas também devem tomar o imunizante. Não há necessidade de intervalo entre as doses das vacinas do calendário de rotina e o imunizante da Covid-19. 

Vacinação 30+ 

Em contato com a Sesau, o LeiaJá procurou saber quando haverá retomada da vacinação do grupo com 30 anos ou mais, para a aplicação da quarta dose, considerando a proximidade do Carnaval e das aglomerações nas festas de rua. A secretaria respondeu que o município aguarda ordem do Ministério da Saúde e que não há previsão para a vacinação desse grupo. 

Novos pontos de vacinação 

A vacinação de três e quatro anos será concentrada nos seguintes centros: shoppings Recife, em Boa Viagem; RioMar, no Pina; Boa Vista, na área central da cidade; e Tacaruna, em Santo Amaro. Além do Centro Médico Senador José Ermírio de Moraes, em Casa Forte; Policlínica Clementino Fraga, no Vasco da Gama; Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena; e Centro de Saúde Sebastião Ivo Rabelo, no Ibura. Os horários de funcionamento de cada um podem ser conferidos neste link: https://bit.ly/3tVdGkk.

O Ministério da Saúde anunciou neste sábado, 7, a compra de 2,6 milhões de doses da vacina Coronavac, imunizante contra a covid-19 produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

De acordo com a pasta, foi assinado um aditivo, na sexta-feira (6), para a compra de 750 mil doses. Outro contrato deverá ser assinado "nos próximos dias" para garantir o volume total de 2,6 milhões de doses.

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Segundo nota divulgada pelo ministério, "as primeiras doses devem ser entregues na próxima semana e distribuídas a todos os estados e Distrito Federal para dar continuidade à vacinação de crianças de 3 a 11 anos".

Desde 2020, o governo de Jair Bolsonaro (PL) demonstrou resistência na compra de vacinas do Instituto Butantan, espalhando desinformação sobre o produto por tratar-se de vacina desenvolvida na China.

Também pesava na postura do ex-presidente o fato de o padrinho da Coronavac ser o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro e que divergia do então presidente nas medidas de combate à pandemia - Bolsonaro desrespeitou medidas como o uso de máscara e o distanciamento social e desacreditou as vacinas, comprovadamente eficazes e seguras.

Na sexta-feira, a nova secretária de Vigilância em Saúde do ministério, Ethel Maciel, afirmou não haver doses da vacina contra a covid para atender a faixa etária de 6 meses a 11 anos. De acordo com a secretária, o governo de Jair Bolsonaro (PL) deixou o grupo desabastecido.

Na nota divulgada neste sábado, o ministério reafirmou que "segue em tratativas com os laboratórios para garantir mais imunizantes para o público infantil o mais breve possível". Na entrevista de sexta-feira, a secretária Ethel Maciel afirmou que faria reuniões com a Pfizer para tentar antecipar a entrega de doses das vacinas infantis.

De acordo com a secretária, o ministério tem 3,5 milhões de doses para receber da empresa americana para o público de 6 meses a 4 anos e outras 4,5 milhões de doses para o grupo de 5 a 11 anos. A ideia do ministério é negociar para que o volume seja entregue ainda em janeiro.

A prefeitura do Rio de Janeiro vai suspender, a partir desta sexta-feira (6), a aplicação de doses da vacina contra a Covid-19. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, acabaram os estoques do imunizante e apenas crianças de 5 a 11 anos seguem sendo vacinadas.

O secretário de Saúde, Daniel Soranz, disse que as doses para as crianças também devem acabar em breve. “Há poucas doses de vacina para covid ainda no dia de hoje. Muito provavelmente amanhã seremos obrigados a suspender a vacina para covid de adultos. Também há poucas doses de vacina para crianças. Então, procure se vacinar no dia de hoje, enquanto a gente ainda tem doses disponíveis”, afirmou.

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Ele disse que está em Brasília hoje e vai conversar sobre a questão com a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

“A gente deve encerrar os estoques [de vacinas] no dia de hoje, as últimas doses. A previsão é de retomar na próxima semana. Eu estou em contato direto aqui com o Ministério da Saúde, hoje eu tenho uma reunião com a ministra Nísia, para que a gente possa organizar esse fluxo de entrega de vacinas para o Rio nesse próximo período”, explicou.

Doses de reforço

O secretário ressaltou, ainda, a importância do reforço na imunização e disse que muitas pessoas procuraram os postos nas últimas semanas.

“Hoje, há um milhão de cariocas que não voltaram para tomar as doses de reforço. Felizmente, com as festas de fim de ano, muitos cariocas procuraram se vacinar. Hoje, a gente tem um cenário epidemiológico muito favorável por conta da nossa alta cobertura vacinal. Só que essa proteção não dura para sempre e é importante que os cariocas saibam disso. Então, a nossa recomendação é que procurem se vacinar o quanto antes, procurem se proteger”, enfatizou.

De acordo com secretário Soranz, os detalhes sobre a entrega dos próximos lotes devem ser definidos ainda hoje com o Ministério da Saúde. O ministério foi procurado pela reportagem, mas ainda não retornou o contato.

Cobertura vacional

Até o momento, a cobertura vacinal contra a Covid-19 no Rio de Janeiro atingiu 90,2% da população total com as duas doses do esquema básico, subindo para 99,8% dos adultos, a partir dos 18 anos.

Entre as crianças de 5 a 11 anos, apenas 64% completaram o esquema e ainda há 88,8 mil pessoas nessa faixa etária que não receberam nenhuma dose.

Pelo menos uma dose de reforço da vacina foi aplicada em 59,9% da população total, mas apenas 38,3% dos adultos voltaram para receber a quarta dose.

Na cidade de São Paulo, quase 90% das aplicações da vacina pediátrica Pfizer Baby, que protege crianças entre 6 meses e menores de 3 anos contra Covid-19, são de doses remanescentes - a da "xepa". Isso ocorre porque, uma vez aberto um frasco, todas as doses precisam ser aplicadas. Para não haver perdas, convoca-se quem está no cadastro de reserva.

Essa situação mostra que o público-alvo da campanha, que são as crianças com comorbidade, imunossuprimidas e indígenas, não está buscando o imunizante no porcentual esperado. Até o momento, 16.355 doses foram administradas para a faixa etária, e 2.017 (12,3%) se destinaram às crianças que integram o público elegível, enquanto as demais 14.338 doses (87,7%) foram aplicadas em menores sem comorbidades.

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O baixo índice de cobertura vacinal entre o público-alvo da campanha (25,8% do total de 7,8 mil crianças que se enquadram nos grupos prioritários) fez a Prefeitura iniciar uma ação de busca ativa na terça-feira. O objetivo da Secretaria de Saúde é imunizar todas as crianças elegíveis. Essa procura ocorrerá por meio de visitas domiciliares e por ligação telefônica, que pode variar "de acordo com as estratégias adotadas pelas unidades (de saúde)". A campanha de vacinação pediátrica começou a ser feita há pouco mais de um mês.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia liberado a distribuição do imunizante em setembro, mas o Ministério da Saúde limitou o uso do medicamento apenas para crianças com comorbidades. Conforme a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), 364.439 pessoas entre 6 meses e menores de 3 anos vivem na cidade de São Paulo. Os pouco mais de 16 mil imunizados que se encontram nessa faixa etária representam apenas 4,1% do público infantil da capital paulista com direito à imunização.

Não há previsão ainda, por parte da Prefeitura, de quando os imunizantes serão liberados para todas as crianças de forma irrestrita. Outras cidades paulistas, como Campinas, Cotia e Cubatão, já estenderam a vacinação para todo o público nessa faixa etária. Na segunda, o governo de Minas também liberou todos os municípios do Estado a distribuir o imunizante sem restrição.

SEM DOSES

Para Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a baixa adesão do público elegível já era esperada pela dificuldade de ter, nessa faixa etária, diagnósticos que comprovem alguma comorbidade nas crianças. Mas, a especialista lembra também que a estratégia de vacinar grupos prioritários é consequência da baixa quantidade de doses compradas pelo governo federal. "A regra é porque o Ministério da Saúde não comprou doses suficientes", diz.

Além da falta do imunizante específico, Raquel explica que há ainda famílias que desconfiam da importância da vacina para os pequenos de saúde mais fragilizada. "Mesmo aquelas que se encaixam (no público elegível), que tenham algum grau de imunossupressão, como as crianças oncológicas, os país têm dúvidas sobre o benefício da vacinação", diz a infectologista, que reafirma a eficácia e segurança dos imunizantes e defende que o poder público incentiva e conscientize a população sobre a importância da aplicação. "Falta um esclarecimento por parte dos gestores públicos, e dos médicos que cuidam dessas crianças, sobre a importância da vacinação e qual o impacto da covid-19 nesse público."

De acordo com diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, a medida de vacinar apenas os bebês e crianças com comorbidades é "equivocada e ineficaz", porque leva ao envio dos imunizantes apenas para os grandes centros, onde há maior concentração do público elegível. "A vacinação tem de ser para todos", afirma.

O esquema de vacinação com a Pfizer Baby contempla três aplicações, cujos intervalos entre as doses são de quatro semanas entre a primeira e a segunda, e de oito semanas entre a segunda e a terceira. Em nota, o Ministério da Saúde informou à reportagem que a pasta está em processo de aquisição de mais doses da vacina Pfizer Baby com previsão de entrega para o mês de janeiro, sem detalhar quantidade e data de envio. Desde a aprovação do produto pela Anvisa, em setembro, o governo federal comprou 1 milhão de doses e destinou 206 mil para o Estado de São Paulo.

A Secretaria do Governo de São Paulo informou que o Estado tem 195 mil crianças no grupo prioritário e 1,5 milhão de pessoas dentro da faixa etária da campanha somando o público infantil com e sem comorbidades. Conforme os dados da pasta, 39,2 mil crianças foram imunizadas até agora com Pfizer Baby, sem dar mais especificações. "A pasta estadual havia solicitado ao Ministério da Saúde 615 mil doses."

ONDE SE VACINAR

A Prefeitura informa que população pode inscrever crianças sem comorbidades para receber as doses remanescentes da Pfizer Baby. O cadastro deve ser realizado nas unidades de saúde de referência da residência de cada família e mediante uma apresentação do comprovante de endereço da capital paulista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A menos de 15 dias do fim do governo de Jair Bolsonaro (PL), a Controladoria-Geral da União (CGU) produziu dois pareceres sobre um pedido de acesso ao cartão de vacinação do presidente da República. As minutas apontam para direções contrárias: uma nega o pedido; a outra, concede. O procedimento nunca foi adotado na CGU e ocorre em meio a disputas internas pelo preenchimento de cargos de comando no novo governo.

A decisão sobre atender ou não o pedido apresentado por uma cidadã é da Ouvidoria-Geral da CGU. O setor é o ponto nevrálgico no processamento dos pedidos de informação apresentados ao governo federal. Tem o poder de determinar a entrega de documentos quando o ministério a quem o pedido foi direcionado não quer liberar. O pedido de acesso ao cartão de vacinação de Bolsonaro foi apresentado à Secretaria-Geral da Presidência da República, que negou a demanda, alegando que se tratava de uma informação pessoal.

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Em 2021, caso semelhante chegou à CGU e foi negado com imposição de sigilo de 100 anos sob o argumento de que a Lei de Acesso à Informação (LAI) garante a proteção a dados relativos à vida privada. Jair Bolsonaro passou a pandemia de covid-19 colocando em dúvida a eficácia das vacinas.

Após o pedido de acesso ao cartão de vacina do presidente ser negado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, a autora do requerimento recorreu à CGU. Segundo a LAI, a Controladoria é a instância de apelação. Desde o dia 15 de setembro, a cidadã vinha insistindo que a informação deveria ser liberada porque o próprio Bolsonaro tinha feito uma "live" dizendo que não tinha problema: "já falei pra minha assessoria quem quiser meu cartão de vacina pode mostrar", afirmou na transmissão por rede social.

Antes de decidir, a CGU pediu esclarecimentos ao Planalto. O Gabinete Pessoal do presidente alegou que não havia consentimento expresso de Bolsonaro para liberar a informação, nem tinha condição de consultá-lo, insistindo que o pedido envolvia um dado pessoal, protegido por lei.

Seguindo as decisões mais recentes da CGU, a analista responsável pelo caso elaborou, então, um parecer negando o acesso. Na reta final da gestão Bolsonaro, a chefia da Ouvidoria sugeriu que o pedido poderia ter outra conclusão: ser atendido se o presidente concordasse em liberar seu cartão de vacinação. Um segundo parecer foi, então, produzido. Os dois textos estão sob a forma de minutas, esperando decisão.

Se negar o pedido, a CGU apenas estaria aplicando a regra da gestão Bolsonaro de dar preferência ao sigilo sobre a transparência em casos relacionados a informação pessoal. Já se optar pela liberação, quem assinar o ato na Controladoria mandaria um recado para a futura administração petista de que está mais alinhado com a liberação de informações, ainda que isso tenha ocorrido apenas nas duas últimas semanas do fim do governo.

O cargo de ouvidor-geral na CGU está vago. O antigo ocupante foi indicado para ser superintendente no Espírito Santo no mês passado, contando com a possibilidade de permanecer na função por até quatro anos, segundo uma praxe adotada no órgão. O ouvidor-adjunto foi deslocado para uma função de diretoria. Um terceiro auditor, que ocupava a chefia de gabinete, assumiu interinamente a função de ouvidor com pretensões de permanecer no posto no futuro governo Lula.

Autonomia dos servidores

A produção de duplo parecer é inédita na CGU. O manual do órgão prevê que o parecerista recebe o processo, analisa o caso e chega a uma conclusão, redigindo uma proposta de decisão. Ou seja, no papel, tem autonomia para firmar seu convencimento. Se os chefes considerarem que a resposta final deve ser outra, incluem, após o parecer técnico, um posicionamento, justificando seus motivos para divergir.

O Estadão ouviu auditores e ex-ouvidores da CGU. Todos confirmaram que a produção de dois pareceres com conclusões diferentes é fora do padrão. "A situação é, no mínimo, inadequada e parece pôr em risco o que a experiência brasileira produziu de melhor: a autonomia do servidor-parecerista como garantia institucional 'pró-acesso'", diz José Eduardo Romão, o primeiro a ocupar o cargo de ouvidor na CGU, quando a LAI entrou em vigor em maio de 2012.

Para ele, é "natural e salutar" que o ouvidor possa conversar com pareceristas, desde que haja um ambiente "de segurança psicológica e controle". "Mas, como há assimetria de poder, esse processo só pode ocorrer com as alçadas e prerrogativas claramente definidas, ou seja, com a garantia de que o parecerista exercerá sua função com autonomia", afirma Romão.

'Rascunhos'

Procurada, a CGU sustentou, por meio de nota, que dá liberdade aos pareceristas para produzirem seus despachos e confirmou a existência dos dois pareceres. Mas alegou que os textos são apenas "rascunhos" ainda não assinados nem submetidos às chefias do setor. Informou ainda que os documentos foram produzidos antecipadamente porque a analista do caso entraria de férias. A Ouvidoria reconheceu que houve conversa entre a servidora e seu superior e que este falou que o caso poderia ter decisão pela liberação da informação se houvesse o consentimento do presidente da República.

Ainda segundo a Ouvidoria, foi encaminhado ao gabinete do ministro Wagner Rosário, chefe da CGU, um novo pedido para que Bolsonaro seja diretamente consultado e diga se aceita ou não liberar seu cartão de vacinação. Ainda não houve resposta.

O Brasil tem 106.722.615 pessoas (49,7% da população) imunizadas com reforço ou a dose adicional da vacina contra a Covid-19.

As informações são do Consórcio de Imprensa do qual o Estadão faz parte. Confira os dados sobre a pandemia do coronavírus e sobre o ritmo de imunização no menu Indicadores, no topo do terminal Broadcast, em Covid-19. Os números estão sujeitos a revisões.

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Quanto à primeira dose, 182.311.688 pessoas (84,9%) tomaram a vacina. Já a segunda foi aplicada em 172.254.308 pessoas (80,2%).

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou, inicialmente, a incorporação no SUS da vacina Pfizer contra Covid-19 para crianças de 6 meses a 5 anos (Pfizer Baby), e o parecer passa, agora, por consulta pública aberta nesta terça-feira (6). O imunizante já é aplicado em bebês de seis meses e com menos de três anos com comorbidades no País; os pequenos com 3 e 4 anos são elegíveis para imunizante Coronavac.

A comissão é responsável por assessorar o Ministério da Saúde sobre incorporação de tecnologias em saúde no SUS, com base em custo e eficácia. A consulta pública após parecer inicial é procedimento padrão dos processos da Conitec e fica aberta por dez dias.

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Após colher colaborações, a comissão se debruça sobre a recomendação novamente e a envia para a chefia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE). O responsável pela SCTIE decide se publica o relatório no Diário Oficial da União ou se convoca audiência pública para debater tema - o que faz a minuta voltar para o plenário da Conitec.

Essa é a primeira vez que uma vacina contra covid precisa passar por aval da comissão. Isso ocorre, segundo informou o Ministério da Saúde, por causa do fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) - medida, inclusive, que havia sido alvo de críticas de cientistas. "A ampliação das doses para as crianças nessa faixa etária sem comorbidades passou a ser avaliada de forma prioritária pela Conitec", explicou, em nota.

Médicos reclamam da demora na incorporação da vacina em um cenário em que circulam subvariantes do coronavírus mais transmissíveis e com maior escape imune, e também considerando a carga da doença na faixa até cinco anos, que causa morte e hospitalizações que poderiam ser evitadas com a vacina. Eles afirmam que dados apresentados pela farmacêutica à Anvisa - que deu aval ao imunizante há quase três meses -, atestam segurança e eficácia da injeção.

A vacina para essa faixa etária é aplicada em três doses de 0,2 mL. A tampa dos frascos é da cor vinho para evitar confusão com as outras formulações da Pfizer para adultos e crianças com cinco anos ou mais.

Em nota técnica publicada ao final de outubro, quase dois meses após deliberação da Anvisa, o Ministério da Saúde recomendou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 6 meses a 2 anos de idade (2 anos, 11 meses e 29 dias) com comorbidades, "tendo em vista que a vacina Coronavac já está disponível para as crianças a partir de 3 anos de idade".

Recente levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), no entanto, mostrou que ao menos uma em cada cinco cidades brasileiras relata falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos contra a covid-19. A maioria (85,1%) diz não ter estoque suficiente da Coronavac.

A chegada do imunizante ao braço dos bebês também foi marcada por atrasos. No dia 3 de dezembro, o Ministério da Saúde informou que havia recebido na última semana, 1 milhão de doses da vacina para bebês. No entanto, as doses só começaram a ser distribuídas na semana seguinte (a pasta informou que Estados receberiam doses até dia 11). Na capital paulista, a imunização só começou no dia 17.

Trâmite burocratiza incorporação da vacina para crianças sem comorbidades, apontam especialistas

Desde a publicação da nota técnica, especialistas e sociedades médicas criticam a não inclusão dos pequenos sem comorbidades e, considerando a gravidade do cenário, não compreendem a necessidade de envolver o Conitec na decisão. Mesmo que o órgão tenha sido favorável, eles apontam que o trâmite buracratiza o processo e atrasa a vacinação em um cenário de alto de casos puxada por novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e BE.9, que parecem ter maior capacidade de transmissão e escape imune.

"É um absurdo você submeter a um órgão que avalia custo e efetividade uma vacina contra covid em plena pandemia, que você precisa urgentemente vacinar", destaca o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri.

"É uma burocratização irresponsável, inconsequente e negligente", avalia Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). "Atualmente, nessa faixa etária (de zero a cinco anos), a maior causa de óbito em termos de doenças infecciosas é a covid-19."

Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, completa que, entre as crianças, "o grupo de bebês mais jovens" tem sido no qual se constata as maiores taxas de hospitalização e morte pela doença. E, ao contrário do que se pensa, muitas dessas crianças não tinham comorbidades. "Essa história de que somente quem tem comorbidade tem risco de desfechos graves não é correto, não é verdadeiro e não é embasado pelos dados oficiais do próprio Ministério da Saúde", aponta.

Para a aprovação da Pfizer Baby, a Anvisa considerou estudos da farmacêutica, que confirmam segurança e eficácia, além de ter consulta e o acompanhamento de um grupo de especialistas de sociedades médicas, como a SBIm, SBI e SBP.

Os especialistas também reafirmam o perfil de segurança e eficácia das demais vacinas contra covid que já estão disponíveis nos postos, e alertam que a taxa de vacinação infantil está baixa. Segundo o consórcio de veículos de imprensa, só 36,93% dos pequenos de 3 a 11 anos estão totalmente imunizados.

"As variantes quando surgem procuram versões do vírus que confiram a ela maior poder de transmissão e de escape da imunidade. Então, talvez a vacina não impeça o indivíduo se infectar, mas diminui o risco de se infectar, e diminui muito o risco dos desfechos graves", alerta Sáfadi.

Pelo menos uma em cada cinco cidades brasileiras relata falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos contra a Covid-19, de acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) entre o dia 22 e a segunda-feira (28). O levantamento também aponta que a maioria teve aumento de casos da doença e de procura por testes e volta da recomendação de máscaras.

"É fato que até o momento temos a vacinação como a maior arma contra a Covid-19, seguida das medidas de distanciamento social e proteção individual, como a máscara, por exemplo. E notamos pela pesquisa que essas medidas já começaram a ser adotadas por grande parte dos municípios que enfrentam alta na disseminação da doença", explica Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.

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A pesquisa ouviu 1.970 municípios na última semana de novembro. Dentre os 416 que apontaram falta de vacinas para o público infantil dos 3 aos 11 anos, a maioria está no Nordeste (31,5%), seguida por Centro-Oeste (26,9%), Sudeste (19,4%), Sul (17,5%) e Norte (10,8%). A maioria (85,1%) diz não ter estoque suficiente da Coronavac, o único produto autorizado para crianças de 3 e 4 anos. Uma parcela de 152 cidades (36,5%) também relata falta da Pfizer infantil, destinada ao público de 5 a 11 anos. Na última quarta-feira, o Ministério da Saúde enviou um lote de doses da Coronavac para serem distribuídas aos Estados e municípios, mas as secretarias alegam que a quantidade foi baixa para a demanda.

No Recife, a vacinação em crianças de 3 e 4 anos foi suspensa na própria quarta e, segundo a prefeitura da capital pernambucana, dois ofícios foram enviados ao governo federal, cobrando remessas prometidas, mas nenhum deles foi respondido. Esta foi a segunda vez em um mês que a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) precisou suspender a imunização. Após a primeira interrupção, no início de novembro, o governo federal enviou 1,3 mil doses, que já se esgotaram. Apenas 27,27% das crianças de 3 e 4 anos moradoras da cidade conseguiram a imunização até o momento.

SEM DOSE

O Rio de Janeiro também suspendeu a primeira aplicação da vacina em crianças de 3 e 4 anos, por causa "da pequena quantidade de doses recebidas na última remessa enviada pelo Ministério da Saúde", segundo nota da Secretaria de Saúde. Na capital fluminense, o estoque enviado foi redirecionado para completar o esquema vacinal com a segunda aplicação, em unidades específicas

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a vacinação segue normalmente, mas que tem aplicado a Coronavac apenas em crianças de 3 e 4 anos, enquanto as demais até os 11 anos têm recebido a dose pediátrica da Pfizer. A pasta afirma aguardar o envio de novos lotes pelo governo federal, mas ainda não há data prevista de quando isso deve acontecer.

AUTORIZAÇÃO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina Comirnaty, produzida pela Pfizer, para crianças dos 6 meses aos 4 anos de idade. No entanto, a Coronavac continua a ser o único imunizante incorporado pelo Ministério da Saúde para crianças de 3 e 4 anos. A Pfizer afirmou que foram entregues 24 milhões de doses da sua vacina pediátrica contra a covid para serem aplicadas em crianças de 5 a 11 anos. O último lote, enviado em agosto com 2,06 milhões de doses, tem validade até janeiro. A empresa reforça ainda que "tem capacidade de produção para fornecer mais vacinas" e "atender às necessidades do país".

O Instituto Butantan informou ter repassado um total de 12 milhões de unidades da Coronavac ao Ministério da Saúde neste ano. Desde o dia 10, quando fez a entrega do último lote adicional de 1 milhão de doses solicitadas pelo Ministério da Saúde, o instituto não foi mais procurado pelo governo federal. Pelo menos 2,6 milhões de doses já foram produzidas neste trimestre e estão prontas para a entrega, com validade de um ano, diz o Butantan.

O infectologista Júlio Croda, da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, destaca que essa falta de vacinas pode apresentar um risco aumentado de hospitalização e óbito para as crianças, visto que elas compõem o segundo grupo de maior risco de internações em UTI. "O covid é a doença imunoprevenível que mais matou crianças nessa faixa etária, mais do que qualquer doença que é prevenível por vacina" diz o médico, que ressalta que as mortes estão associadas à falta de esquema vacinal completo. Para mitigar o problema, destaca a importância de se adquirir e distribuir mais imunizantes.

Procurado pela reportagem, o ministério negou que haja desabastecimento de vacinas e afirmou que elas "são enviadas de maneira proporcional e igualitária". Não foi enviada uma previsão de quando novas remessas devem ser enviadas via Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo o presidente da CNM, a entidade vai remeter um ofício ao governo federal "para apresentar os dados da pesquisa e buscar soluções".

TRANSIÇÃO

Como o Estadão mostrou, a equipe responsável pela transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontou na última semana que a administração de Jair Bolsonaro ainda não havia comprado as doses necessárias para manter a imunização contra a covid no País em 2023.

Anteriormente, a precariedade dos dados disponíveis fez com que o Tribunal de Contas da União (TCU) informasse ao grupo de transição que não era possível nem avaliar o cumprimento de metas de imunização no País. Um documento aponta que faltam dados de morbidade (doenças adquiridas) e mortalidade relacionados à síndrome pós-covid 19. A falta de informações "pode afetar o planejamento das políticas de saúde, em razão do número elevado de possíveis casos", diz. (Colaborou Stéphanie Araújo, Especial Para o Estadão)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A China anunciou nesta terça-feira (29) que vai acelerar a vacinação entre os idosos contra a Covid-19, dois dias após as manifestações históricas contra as restrições no país e em um momento de grande presença policial nas ruas, o que impediu novos protestos.

A Comissão Nacional da Saúde prometeu em um comunicado "acelerar o aumento da taxa de vacinação das pessoas com mais de 80 anos e continuar aumentando a taxa de vacinação de pessoas de 60 a 79 anos".

Apenas 65,8% das pessoas com mais de 80 anos estão com o esquema de vacinação completo no país, informaram diretores da Comissão.

A limitada cobertura de vacinação entre os idosos é um dos argumentos do governo comunista para justificar sua política de saúde rígida, que inclui confinamentos prolongados, quarentenas no momento da chegada do exterior e testes praticamente diários para a população.

O avanço nas taxas de vacinação poderia oferecer à China uma saída para sua política de "covid zero".

Em vigor há quase três anos, esta política foi alvo da revolta popular em manifestações durante o fim de semana, as maiores no país desde o movimento pró-democracia de 1989.

A frustração de muitos com o sistema político chinês também influencia os protestos.

Alguns manifestantes chegaram a pedir a renúncia do presidente Xi Jinping, que conquistou recentemente o terceiro mandato.

O elemento que desencadeou os protestos foi o incêndio da semana passada em um prédio de Urumqi, capital da região de Xinjiang (noroeste), que deixou pelo menos 10 mortos. Muitos chineses afirmam que os trabalhos dos bombeiros foram prejudicados pelas restrições provocadas pela estratégia "covid zero", o que o governo de Pequim negou na segunda-feira.

- Grande presença policial -

Após os protestos do fim de semana em várias cidades do país, outras manifestações estavam previstas para segunda-feira à noite, mas a forte presença policial nas ruas impediu qualquer evento, segundo os correspondentes da AFP em Pequim e Xangai.

Na cidade de Xangai, perto do local onde aconteceram protestos no fim de semana, os proprietários dos bares afirmaram à AFP que receberam ordens para fechar as portas às 22h sob a alegação de "controle da epidemia".

Policiais também estavam posicionados nas saídas das estações de metrô.

Jornalistas da AFP observaram o momento em que agentes prenderam quatro pessoas e depois liberaram uma. Um repórter viu 12 viaturas policiais em 100 metros ao longo da rua que concentrou os protestos de domingo.

"Hoje a atmosfera é nervosa. Há muitos policiais", disse um homem de 30 anos à AFP no final da tarde em Xangai.

As autoridades de Pequim impediram novos protestos na segunda-feira com a grande presença de policiais nas ruas.

Porém, manifestações foram organizadas em outras localidades. Em Hong Kong, dezenas de estudantes se reuniram para para prestar homenagem às vítimas do incêndio em Urumqi.

"Não desviem o olhar, não esqueçam", gritaram os manifestantes.

Em Hangzhou, quase 170 quilômetros ao sudoeste de Xangai, pequenos protestos foram registrados em meio ao intenso esquema de segurança no centro da cidade.

"As autoridades aproveitam o pretexto da covid, mas utilizam os confinamentos excessivamente rígidos para controlar a população chinesa", declarou à AFP um manifestante de 21 anos que revelou apenas o sobrenome, Chen.

- A sombra da covid -

O governo chinês insiste na política de 'covid zero', mas há sinais de que as autoridades locais pretendem flexibilizar algumas regras para conter os protestos.

Em Urumqi, um funcionário do governo local disse que a cidade pagaria 300 yuanes (42 dólares) a cada pessoa "de baixa renda ou sem renda garantida" e anunciou uma moratória de cinco meses no aluguel para algumas famílias.

Em Pequim foi proibido fechar com cadeado os portões das áreas residenciais, informou no domingo a agência estatal Xinhua. A prática desencadeou uma revolta por deixar as pessoas trancadas diante de pequenos surtos de contágio.

Um influente analista político da imprensa estatal indicou que os controles contra a covid serão ainda mais reduzidos e que a população "ficará tranquila em breve".

A 2.ª Etapa da Campanha de Vacinação Antirrábica de Paulista será realizada, neste sábado (19), das 9h às 16h. Mais 15 localidades estão no mapeamento da Vigilância Ambiental. De acordo com a Secretaria de Saúde, a população animal na cidade é de 48.585, sendo 40.430 cães e 8.155 gatos. 

  Confira abaixo a lista dos pontos de vacinação e endereços:   

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01 - USF Aurora. Rua da Aurora, 995, Aurora; 

02  - USF Miguel Rufino (Alto Do Bigode). Rua Dom Pedro I, 250, Vila Torres Galvão;  03 - USF Mirueira. Travessa do Campo, 366, Mirueira; 

04 - Centro Francisco Medeiros. Avenida João Paulo II, s/n, Mirueira; 

05 - USF Sitio Fragoso II. Rua Agnaldo Esteves, 150, Sítio Fragoso; 

06 - Centro de Saúde João Abimael. Rua André Vidal de Negreiros, s/n, Vila Torres Galvão;

  07 - USF Nobre. Travessa do Nobre, 2887, Nobre, nas proximidades do Clube Municipal; 

08 - USF Chã da Mangabeira. Rua Bela Vista, s/n, Chã Mangabeira; 

09 - USF Edgar Alves I. Rua Castelo Branco, s/n, Engenho Maranguape; 

10 - USF Nossa Senhora Aparecida Rua Getúlio Vargas, 823, Janga; 

11 - Policlínica William Nascimento. Rua Cavaleiro, s/n, Janga; 

12 – Casarão. Rua Tchecoslováquia, 155, Janga; 

13 - USF Ana Nery. Rua Professor Pedro Augusto Carneiro Leão, 270, Maria Farinha;  14 - Espaço Kasa Aurora. Rua Fazendinha, 520, Jaguaribe;

15 - Associação de Moradores de Fragoso. Rua Manoel Dionizio, 20, Fragoso. 

 De acordo com a Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Paulista, os bairros que não foram contemplados nas duas primeiras etapas, deverão receber a campanha no sábado (26).

*Da assessoria 

A campanha de vacinação contra Covid-19 de crianças de 6 meses a 3 anos começou devagar. O imunizante Pfizer Baby começou a ser aplicado na cidade de São Paulo nesta quinta-feira (17) em crianças com comorbidade - imunossuprimidos e com deficiência permanente - ou indígenas, como foi recomendado pelo Ministério da Saúde, porém, nas quatro UBSs em que a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo esteve presente - nos bairros Vila Mariana, Cambuci, Santa Cecília e Vila Madalena - poucas ou nenhuma criança foi vacinada.

Segundo balanço da Prefeitura de São Paulo, das 34.840 doses recebidas pelo município, só 699 foram aplicadas nesta quinta-feira nas 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital.

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Para funcionários das unidades de saúde e pediatras, o motivo da baixa vacinação é o público-alvo da campanha, já que, nesta faixa etária, muitas crianças ainda não receberam diagnóstico de doenças crônicas ou deficiência.

A decisão pela priorização de grupos específicos de crianças, tomada pelo Ministério da Saúde, vai contra a recomendação da Câmara Técnica de Pediatria, que defendia que fossem compradas doses suficientes para imunizar todas as crianças dessa faixa etária.

"A lógica de priorização da imunização de pessoas com comorbidade fazia sentido no início da pandemia e para adultos, já que as doses de vacina estavam começando a ser produzidas, vinham por lotes, e era preciso conter o número de mortes, mas não hoje e nem para as crianças", explica a pediatra e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Mônica Levi.

Segundo a especialista, o Ministério da Saúde não considerou as especificidades dessa faixa etária. "Eles pegaram uma tabela de comorbidades comuns em adultos e adolescentes e quiseram adotá-la para uma campanha infantil. Isso não funciona."

Falta de comunicação

Nas unidades básicas de saúde, muitas pessoas não sabiam quais doenças e condições são consideradas comorbidade. Pais e mães entravam e saíam com seus bebês para aplicar as vacinas do Plano Nacional de Imunizações (PNI), mas lamentavam que ainda não podiam vacinar seus filhos contra a covid-19.

Apesar de as unidades de saúde estarem trabalhando com uma "fila da xepa" para vacinar crianças entre 6 meses e 2 anos, 11 meses e 29 dias que não têm comorbidade, nem são indígenas, muitos pais não sabem disso.

"Estou aguardando começar a vacinação para ele. Assim que liberarem, com certeza vou trazê-lo para vacinar, pois sei a importância da vacina", disse Rosângela Silva, mãe de Bernardo, de 11 meses, que não sabia sobre a "fila da xepa" até então.

Para Mônica Levi, a desinformação dos pais é resultado da falta de uma campanha de comunicação vacinal eficiente. "É preciso chamar os pais para vacinar suas crianças. Se fizessem uma campanha como era feita antigamente, com Zé Gotinha, não ia faltar gente querendo vacinar", diz.

Neste mês, o Ministério da Saúde informou que a aplicação para as crianças que não têm comorbidades será avaliada após a aprovação para incorporação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), ainda sem data para ocorrer.

Perda de doses

Além do atraso na cobertura vacinal, com a baixa procura por vacinas infantis nos postos de saúde, há risco de perda de doses. Cada ampola da Pfizer Baby contém dez doses e, depois de aberta, tem validade de 12 horas. Por isso, se até o final do dia não forem aplicadas todas as doses da ampola, a vacina é perdida.

A expectativa é de que, neste cenário, a "fila da xepa" corra rapidamente, porém, Mônica reforça que este não é o cenário ideal. "É um absurdo que a gente tenha perda de doses de vacina por uma questão logística. Faria sentido que a vacinação fosse faseada por faixa etária, mas não nesse esquema de comorbidade", diz.

Além disso, mesmo com a medida de aplicação de doses remanescentes, o risco de desperdício continua alto, afinal, nem todos os postos de saúde conseguem formar uma "fila da xepa" robusta e nem sempre os pais conseguem comparecer ao local no tempo exigido.

Os pais de crianças da "fila da xepa" são contatados minutos antes do fechamento dos postos de saúde e devem comparecer ao local rapidamente para que a vacina seja aplicada no bebê. Por isso, só são permitidas inscrições de pessoas que residem próximo à unidade de saúde, mediante apresentação do comprovante de residência.

Impacto da covid-19 nas crianças

Entre as poucas crianças que se vacinaram nesta quinta-feira, está o filho de Maria Aparecida Souza, Pedro, de 2 anos. Ele tem encefalopatia e transtornos do desenvolvimento. "Eu fiquei sabendo que começaria a campanha de vacinação para os bebês hoje e fui incentivada na AACD a vacinar. Decidi ir hoje mesmo à UBS porque sei o quão importante é prevenir essa doença", diz a mãe.

Segundo a Fiocruz, hoje, duas crianças menores de cinco anos morrem todos os dias por Covid-19 no Brasil. Além disso, elas tendem a sofrer mais com doenças respiratórias em geral.

"Temos casos de covid longa nessas crianças e quadros de síndrome inflamatória pediátrica sistêmica, que tem uma taxa mortalidade alta, proporcional à de outras doenças que para as quais existem vacinas", diz Mônica. "Não é uma doença negligenciável para criança", reforça.

A cidade de São Paulo começa nesta quinta-feira (17) a vacinação contra a covid-19 de crianças na faixa etária entre 6 meses e menos de três anos (2 anos, 11 meses e 29 dias). Inicialmente, serão aplicadas doses para as crianças indígenas e com comorbidades. Nas últimas semanas, o Brasil tem enfrentado uma nova onda de casos de coronavírus e médicos têm alertado sobre a necessidade de ampliar a cobertura vacinal.

A capital paulista administrará cerca de 34 mil doses da vacina Pfizer pediátrica, ou Pfizer Baby, distribuídas para todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) na quarta-feira (16). O esquema vacinal será de três doses, com a segunda aplicada após um intervalo de quatro semanas (28 dias) da primeira e, subsequentemente, a terceira depois de oito semanas (56 dias).

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Os responsáveis pelas crianças deverão apresentar comprovantes, dentro da validade, da condição de risco, com identificação da criança e carimbo do médico com número do Conselho Regional de Medicina (CRM).

Os horários de vacinação serão de segunda a sexta-feira, das 7 horas às 19 horas, nas UBSs e aos sábados nas UBSs integradas. Caso haja doses remanescentes, as crianças dessa idade sem comorbidades poderão receber o imunizante, mas devem ser moradoras da região, com apresentação de comprovante de endereço requerido em inscrição prévia.

O jornal O Estado de S. Paulo mostrou, porém, que a quantidade de doses repassadas para a Secretaria da Saúde paulista é suficiente para imunizar apenas 1/3 das crianças com comorbidade no Estado de São Paulo.

O número de doses pediátricas da Pfizer enviadas pelo Ministério da Saúde ao Estado foi de 206 mil dose.

Em São Paulo, 195 mil crianças se enquadram no público-alvo. Como a imunização se completa com a aplicação de três doses, só 68 mil pequenos poderão receber o imunizante.

Em setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou a aplicação do imunizante pediátrico da Pfizer para todas as crianças na faixa etária de seis meses a dois anos, 11 meses e 29 dias. O Ministério da Saúde, porém, só entregou os lotes de vacina nesta semana e optou por restringir a administração do produto para o público com comorbidades.

Desde o início da pandemia, a gestão Jair Bolsonaro tem sido alvo de queixas pela demora na compra e na liberação das vacinas, cuja segurança e eficácia foram colocadas em xeque várias vezes pelo próprio presidente. Entidades científicas e a Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, já confirmaram a segurança e a eficácia dos imunizantes, com base em acompanhamento e pesquisas.

A capital paulista também segue aplicando os imunizantes anticovid para os demais grupos pediátricos e também em adolescentes e adultos.

Os Estados devem receber até esta sexta-feira (11) um milhão de doses pediátricas da Pfizer para crianças com comorbidades entre 6 meses e menores de 3 anos de idade para a proteção contra a Covid-19. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quinta (10). O anúncio da distribuição acontece quase dois meses após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso do imunizante. Nas últimas semanas, o Brasil e o mundo têm registrado uma nova onda de casos.

As doses pediátricas, conforme o comunicado da pasta, serão distribuídas "de forma proporcional e igualitária". Para São Paulo, está prevista a chegada de 206,3 mil doses do imunizante. O total, no entanto, é menor do que as 615 mil solicitadas pela Secretaria de Saúde do Estado.

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Atualmente, a campanha de vacinação contra covid-19 em São Paulo contempla todas as crianças de 3 e 4 anos de idade, que estão aptas a tomar a Coronavac. Em setembro, o Instituto Butantan doou 2 milhões de doses para o Estado.

Até o momento, há duas vacinas pediátricas disponíveis para todas as crianças: a da Pfizer, que pode ser aplicada para quem tem mais de 5 anos, e a da Coronavac, disponível para faixa etária de 3 a 4 anos.

A ampliação do uso da vacina para crianças que não são imunocomprometidas será avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), segundo o Ministério da Saúde. De acordo com os dados da pasta, 938,4 mil crianças entre 3 e 4 anos tomaram a primeira dose da vacina e 323,9 mil receberam a segunda aplicação do imunizante em todo o País.

O Ministério da Saúde recomenda que as vacinas contra o coronavírus sejam administradas nas crianças simultaneamente aos demais imunizantes do calendário vacinal ou em qualquer intervalo na faixa etária de 6 meses de idade ou mais.

Aumento de casos

A chegada da vacina pediátrica aos braços dos mais novos acontece em um período de recrudescimento da doença e aumento de casos da covid-19 no Brasil e em demais países do mundo, como Estados Unidos e China. O país asiático, que pratica a política de zero contaminação, contabilizou na semana passada o maior número de infectados dos últimos seis meses.

De acordo com os especialistas, o crescimento pode estar associado ao surgimento de duas novas subvariantes da variante Ômicron, a BQ.1 e XBB. No Brasil, as equipes de vigilância dos Estados já rastrearam a presença dessa linhagem do vírus em novos pacientes. Em São Paulo, a Secretaria de Saúde confirmou, na última terça-feira, 9, a primeira morte de uma paciente de 72 anos contaminada pela BQ.1.

Na maioria dos casos, as pessoas que estão contraindo a covid-19 não têm apresentado quadros graves da doença. Mesmo assim, especialistas reforçam a necessidade de usar máscaras em locais fechados e atualizar e completar o esquema vacinal para todos os que estão aptos a receber algum imunizante contra a covid-19.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em rede nacional no domingo (6) para incentivar a vacinação contra a poliomielite. Ele admitiu que se trata de "assunto que preocupa a todos nós" e que a cobertura vacinal está com uma adesão abaixo da meta deste ano, inferior a 70% do público-alvo, formado por crianças de até 5 anos. A situação tem gerado o temor de um retorno de casos da doença ao País em meio ao enfraquecimento da adesão à vacina.

Em outubro, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne, declarou que o Brasil, a República Dominicana, o Haiti e o Peru correm "risco muito alto" de transmissão da pólio, além dos Estados Unidos, que registrou ao menos um caso neste ano.

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Queiroga admitiu que o Brasil corre o risco de "perder essa importante conquista", que é a irradicação da doença. Ele ainda destacou que a pasta lançou na última semana um Plano Nacional de Combate à Poliomielite, porém não explicou porque a ação foi lançada apenas em novembro. "A meta é imunizar 95% das crianças abaixo de 5 anos", destacou.

"Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis: vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil. Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais já existe vacina há tanto tempo", disse. Embora a campanha nacional tenha sido encerrada, a vacina continua disponível nos postos de vacinação.

O vírus pode atacar o sistema nervoso e causar paralisia irreversível - tanto que o nome popular é de paralisia infantil - em membros como as pernas, e também dos músculos respiratórios, levando o paciente à morte. A poliomielite não tem cura, só prevenção, que é feita com a vacina.

A poliomielite, altamente contagiosa, atinge principalmente crianças com menos de 5 anos e que vivem em alta vulnerabilidade social, em locais onde não há tratamento de água e esgoto adequado.

Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, prefeituras de vários Estados do Brasil têm adotado estratégias variadas para ampliar a cobertura vacinal, de busca de não vacinados pelo aplicativo WhatsApp, distribuição de ingressos para circo a até sorteios de bicicletas.

 A Secretaria de Saúde do Paulista realizou no sábado (5), das 9h às 16h, a campanha de vacinação antirrábica.

De acordo com a Vigilância Ambiental do município, 6.667 animais foram vacinados em oito unidades de saúde, sendo 4.788 cães e 1.879 gatos.  Nos próximos dias 19 e 26 também haverá vacinação antirrábica e será divulgada em breve a lista de unidades que estarão abertas. 

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“Estaremos também realizando a cobertura vacinal em outros bairros. Divulgaremos todos os locais no site e nas redes oficiais do município. Queremos lembrar que a raiva é uma doença 100% letal, ou seja, ela não mata só os nossos pets, como também os seres humanos. É muito importante a vacinação”, pontuou a diretora de Vigilância Ambiental, Andréa Melo.   Raiva Animal  O processo de transmissão ocorre quando há contato com a saliva de um animal doente, principalmente pela mordida

A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, através da Secretaria de Saúde, realiza, neste sábado (5), a Campanha de Vacinação contra a raiva animal em cães e gatos. No município funcionarão 114 postos de vacinação em todas as regionais, no horário de 8h às 17h. 

Pets a partir de três meses já podem participar da imunização. Não é necessária a apresentação de documentos, mas os tutores que possuem o cartão de vacinação do animal devem levá-lo.  

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A relação dos pontos de vacinação com endereço está disponível no aplicativo “De Olho na Consulta” e no portal jaboatao.pe.gov.br

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