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Uma jovem de 18 anos afirma ter sido estuprada na madrugada deste sábado, 13, em festa realizada nas dependências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O crime teria ocorrido no câmpus Pampulha, localizado na zona norte de Belo Horizonte.

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga a denúncia de estupro e ainda busca localizar o suspeito. Já a UFMG irá abrir processo administrativo para apurar o ocorrido. Segundo a universidade, o evento desta madrugada não havia recebido autorização da instituição.

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A jovem registrou boletim de ocorrência na manhã deste sábado. Conforme o jornal O Tempo, ela teria aceitado a aproximação do homem e não teria apresentado resistência em ir para um local mais afastado dentro do câmpus. Lá, o suspeito teria passado a mão nas partes íntimas da menina sem consentimento.

Ainda segundo o jornal, a jovem declarou estar sob forte efeito de álcool e alegou que não consegue se lembrar com detalhes do que teria ocorrido em seguida - ela relatou dores no corpo e disse ter procurado atendimento médico neste sábado.

Ao Estadão, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que está empenhada em localizar o suspeito. "A PCMG esclarece que as circunstâncias do crime serão investigadas e, devido à natureza do crime, o caso segue sob sigilo", disse o órgão.

Procurada, a Universidade Federal de Minas Gerais também se pronunciou sobre o caso. Em nota, a instituição disse que "lamenta o episódio ocorrido neste sábado, dia 13 de maio, e se solidariza com a jovem". A instituição não especificou se os envolvidos são alunos da universidade.

Conforme a UFMG, o evento não foi autorizado, uma vez que festas estão proibidas no câmpus Pampulha, segundo determinou portaria de maio do ano passado. "A instituição informa, ainda, que abrirá processo administrativo para apurar os fatos e está colaborando com as investigações", afirmou a UFMG.

O concurso da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi suspenso após o professor elaborador do certame ficar em primeiro lugar. O certame foi para o cargo de professor adjunto do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).

A Justiça Federal suspendeu liminarmente o resultado atendendo a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que apontou que o aprovado em primeiro lugar no concurso participou da elaboração da seleção, e que ele era o chefe do Departamento de Biologia Geral do ICB.

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De acordo com o MPF, o professor foi designado para a chefia do departamento em fevereiro de 2018 e, a partir do ano seguinte, participou diretamente da definição dos critérios da vaga que seria ofertada em concurso, como a área de conhecimento, o perfil desejado do candidato e os quesitos para avaliação e atribuição de nota, conforme apontam os documentos assinados por ele.

O edital do concurso foi publicado em agosto de 2019, e, logo em novembro seguinte, o então chefe de departamento foi dispensado do cargo. Dias depois, ele se inscreveu naquele mesmo concurso e, em dezembro de 2022, foi homologado o resultado atribuindo ao professor o primeiro lugar.

No texto, o procurador da República, Adailton Ramos do Nascimento, afirmou que a participação do docente no concurso em que ele próprio participou da construção, viola o dever de igualdade que deve haver nas disputas por cargos públicos, além de outros princípios da administração pública, como moralidade, impessoalidade, legalidade e isonomia. Segundo ele, diante do contexto, a participação do professor naquele concurso é nula e não pode produzir efeitos.

“Sendo a moralidade administrativa um conceito amplo que inclui a integridade, a honestidade, a probidade e a imparcialidade, percebe-se com clareza cristalina que o professor agiu, deliberadamente, em flagrante conflito de interesses, prejudicando a imparcialidade e a lisura do processo de seleção”, argumentou o MPF na ação ao citar, de forma analógica, artigo de lei que veda a participação em licitação, direta ou indiretamente, de agente público do órgão licitante.

A Justiça Federal reconheceu a aparente nulidade da seleção pública por violação, em especial, da impessoalidade. "Ao se constatar que o servidor apresenta interesses outros diversos do estritamente coletivo, verifica-se a ofensa ao interesse público. Apenas o desinteresse absoluto do servidor público tem nítido caráter impessoal. O ato administrativo não pode se eivar de subjetivismo, predileções e preferências pessoais”, diz trecho da decisão judicial.

A ação civil pública segue tramitando na Justiça Federal em Minas Gerais. Da decisão liminar, cabe recurso.

Medo de efeitos colaterais e de agulha, crença em informações duvidosas de redes sociais e até conselhos de líderes religiosos são algumas das principais razões que fazem os brasileiros resistirem à vacinação, mostra estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com o apoio do Conselho Nacional de Secretários Municipais da Saúde (Conasems).

A pesquisa, divulgada na terça-feira (24), para gestores municipais e obtida com exclusividade pelo Estadão, entrevistou 2.235 pessoas entre setembro e outubro de 2021 em todas as regiões do País. O objetivo era entender o nível de confiança nas vacinas e quais são os fatores que vêm causando a crescente hesitação vacinal no País. Nos três últimos anos, o País não atingiu as metas de imunização das principais vacinas do calendário infantil.

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De acordo com o estudo, 72,8% dos entrevistados afirmaram se preocupar com os possíveis efeitos colaterais das vacinas. Esse foi o principal fator de hesitação vacinal encontrado pelos pesquisadores. Cerca de 37,6% dos participantes disseram que também consideram a forma de aplicação do imunizante (via oral, injeção etc.) para decidir se tomam ou não um imunizante - de forma geral, o medo de agulhas faz com que algumas pessoas resistam aos imunizantes aplicados por meio de injeções. Um em cada quatro entrevistados (24%) disse levar em consideração informações de redes sociais na decisão de se vacinar e um em cada quatro entrevistados (18,2%) afirmou que é influenciado também pela orientação de líderes religiosos. Por outro lado, a pesquisa mostra que mais de 98% dos entrevistados reconhecem a importância das vacinas para a própria saúde e 92% consideram todas as vacinas recomendadas pelo SUS benéficas.

Segundo pesquisadores e gestores municipais, os dados mostram que não há um grande movimento de recusa vacinal no País, mas, sim, de hesitação. São poucos os que integram ativamente movimentos antivacina. Mas há um grupo em crescimento que, influenciado por informações enganosas ou por desconhecimento, têm dúvidas ou inseguranças sobre as vacinas, embora saiba de sua importância.

Para Hisham Hamida, diretor do Conasems e secretário municipal da Saúde de Pirenópolis (GO), o alto índice de pessoas com medo de efeitos colaterais deve-se principalmente à disseminação de informações falsas pelas redes sociais. "O índice de 72% surpreende porque é uma hesitação causada pela desinformação, pela desconstrução de uma confiança que tínhamos no programa de vacinação."

Visão positiva

Segundo Daisy Maria Xavier de Abreu, pesquisadora do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da UFMG e integrante da equipe responsável pelo estudo, apesar da crescente hesitação vacinal e desinformação, a percepção geral sobre vacinas ainda é positiva no Brasil, condição que, segundo ela, precisa ser aproveitada para que movimentos antivacina não prosperem no País. "A pesquisa mostra que a gente não está num momento tão assustador porque os pontos de vista favoráveis às vacinas ainda estão muito presentes e o grau de confiança ainda é alto", afirma.

Dados preliminares da pesquisa mostram que a hesitação relacionada ao medo de efeitos colaterais é maior entre pessoas de menor renda e menor nível de instrução. "É a população que tem menos acesso a meios de comunicação confiáveis, que se informa por informações que chegam pelo WhatsApp e tem menos condições de diferenciar se aquela informação é correta", afirma Hamida.

Sobre a influência de líderes religiosos, Daisy afirma que a pesquisa não permite afirmar se essa influência é majoritariamente contrária ou favorável à vacinação, mas destaca a importância de capacitar e conscientizar essas lideranças sobre o tema. "Não sabemos de que forma se dá essa influência, mas sabemos que ela existe porque eles são formadores de opinião em suas comunidades. Então é preciso que haja diálogo e capacitação dessas pessoas também", defende a pesquisadora.

A percepção de baixo risco de doenças controladas ou eliminadas também foi um dos fatores encontrados pelos pesquisadores para a hesitação vacinal. Quase 20% dos participantes disseram acreditar que não precisam de vacinas para doenças que não são mais comuns. Isso é particularmente preocupante no caso das vacinas infantis que protegem contra doenças como poliomielite e sarampo, controladas justamente graças às campanhas de vacinação, mas que têm alto risco de ressurgimento se as coberturas vacinais seguirem baixas. "As gerações mais jovens não viram as sequelas de uma poliomielite ou quadros graves de sarampo. Então elas focam mais no medo de possíveis efeitos colaterais das vacinas. As campanhas de educação têm de mostrar essas sequelas para mudar essa percepção de risco", afirma Daisy.

Falta de vacinas e dificuldade de acesso a posto influenciam

A pesquisa mostra ainda que dificuldade no acesso ao serviço de vacinação e falta de doses também atrasam a aplicação das doses. Pouco mais de 22% dos entrevistados relataram ter deixado de se vacinar ou atrasado a vacinação devido a dificuldades de deslocamento para chegar até os locais de imunização. Gestores municipais culpam desabastecimento e embalagens multidose.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os estudos clínicos da primeira vacina totalmente nacional contra a covid-19 foram iniciados nesta sexta-feira (25) na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O imunizante SpiN-Tec MCTI UFMG é o primeiro desenvolvido com tecnologia e insumos nacionais, além de ser financiado com recursos de instituições brasileiras. 

Durante evento realizado em Belo Horizonte, o secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcelo Morales, aplicou a primeira dose da vacina em um dos 1 mil voluntários que se inscreveram para participar dos testes.   

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Os testes serão realizados em três fases que reunirão 72, 360 e 5 mil voluntários, respectivamente. Após a conclusão das duas primeiras, um relatório com os resultados obtidos será enviado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para autorização da fase seguinte.   

Antes da utilização em humanos, testes pré-clínicos realizados em laboratório e em animais confirmaram a eficácia e a segurança preliminar da vacina. Os resultados foram publicados em agosto deste ano na revista científica Nature. 

 Os ensaios clínicos são coordenados pelo professor Helton Santiago, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), e pelo professor Jorge Andrade Pinto, da Unidade de Pesquisa Clínica em Vacinas (UPqVac). 

 A SpiN-Tec teve investimento de R$ 16 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações e participação da Fundação Oswaldo Cruz em Minas Gerais (Fiocruz Minas) e da Rede Vírus - comitê que reúne agências de financiamento, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Por meio da publicação de edital realizada no Diário Oficial da União (DOU), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou a abertura de concurso público para o provimento de três vagas no cargo de professor de magistério superior em enfermagem. Os interessados devem realizar as inscrições até o dia 22 de outubro, por meio do site da instituição.

O salário será de R$ 9.616,18, para um jornada de 40 horas semanais. Entre as responsabilidades os docentes deverão realizar atividades de pesquisa; ensino no nível superior e em cursos de extensão; exercício de direção; assessoramento; chefia; coordenação e assistência na própria instituição; supervisão de estágio na área de enfermagem; além de outras atividades previstas. 

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Para concorrer é preciso ter doutorado em enfermagem - título de doutor emitido por programas de pós-graduação cadastradas na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Além de ser desejado ter experiência em docência, pesquisa e assistência hospitalar. 

O processo seletivo será realizado por meio da aplicação de uma prova escrita, em conjunto com as provas didáticas e de avaliação de títulos. A taxa de inscrição custa R$ 215,99, com isenção para candidatos pertencentes a família de baixa renda; que possuam cadastro no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e que sejam doadores medula óssea.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações informou que vai investir R$ 3 milhões em projetos de pesquisa científica sobre a varíola dos macacos (Monkeypox). O recurso foi liberado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

Os projetos envolverão linhas de pesquisa sobre vacinas, avaliação do status imunológico da população, testes de antígeno viral para sorologia, avaliação de cepas em circulação no Brasil e o monitoramento do comportamento do vírus em animais silvestres e domésticos. As pesquisas devem ser concluídas no prazo de 24 meses. 

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 O trabalho será realizado por pesquisadores de universidades federais que fazem parte da CâmaraPOX, grupo consultivo criado para o enfrentamento do vírus.   

Os cientistas são da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Feevale, instituição privada no Rio Grande do Sul.   

A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. 

 Em geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento ocorre para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

O Brasil está cada vez mais perto de ter a primeira vacina humana contra a Covid-19 100% nacional. Trata-se da SpiN-TEC, imunizante desenvolvido pelo CTVacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz MG), que está pronta para ser testada nos humanos e já deve começar no início do próximo ano.

Algumas pessoas podem se perguntar qual a necessidade de desenvolver uma vacina para a Covid-19, visto que já existem imunizantes para a doença. O professor Ricardo Gazzinelli, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB e pesquisador do CTVacinas, explica que o problema da vacina contra o Sars-CoV-2 não está resolvido. Segundo ele, os produtos atualmente disponíveis precisam ser melhorados em diversos aspectos, como custos, estabilidade e eficácia.

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"Já existem trabalhos mostrando que a resposta das vacinas atuais contra a variante ômicron é pouco efetiva, daí a importância de desenvolvermos novas soluções que ataquem essa e outras variantes. Além disso, a SpiN-TEC tem custo baixo e alta estabilidade. As vacinas que usam RNA precisam ser congeladas a baixas temperaturas, o que dificulta o seu transporte. O imunizante da UFMG pode ser mantido em temperatura ambiente, o que facilita a distribuição para lugares longínquos", explica.

O pesquisador acrescenta que o método de produção diferenciado torna a SpiN-TEC mais efetiva contra mais variantes, como a ômicron. "As vacinas de Covid-19 em uso geram respostas de anticorpos neutralizantes. Já a SpiN-TEC foi desenvolvida para induzir uma resposta dos linfócitos-T, ou seja, ela gera uma resposta contra várias partes da molécula do vírus, e não apenas contra um de seus segmentos, como ocorre com as vacinas atuais", comenta Gazzinelli.

A SpiN-TEC poderá ser a primeira vacina humana 100% desenvolvida e produzida no país, o que põe o Brasil em posição de destaque nas pesquisas sobre imunizantes no cenário internacional, além de deixar legado importante para o desenvolvimento de imunizantes para outras doenças. Isso ocorre porque as tecnologias desenvolvidas durante os trabalhos com a SpiN-TEC podem ser adaptadas para vacinas que combatem outros patógenos.

"O Brasil nunca teve uma vacina humana totalmente desenvolvida aqui, para nenhuma doença. Um imunizante nacional terá um custo mais barato para o país, além de provar a nossa capacitação tecnológica. As vacinas existentes precisam evoluir e melhorar, mas é importante que a tecnologia aprendida também gere frutos para a prevenção de outras doenças. Nosso projeto proporciona a transição do conhecimento produzido na universidade até a sociedade, da prova de conceito até o ensaio clínico", destaca o professor da UFMG.

"Os testes da Covid-19 grave e moderada já foram feitos em camundongos e hamsters. Nos testes com os camundongos, confirmou-se proteção para carga viral e para patologia pulmonar", conta a pesquisadora do CTVacinas Natália Salazar. 

Como os testes em animais já foram realizados, a próxima etapa visa aos testes em humanos. A vacina da UFMG já foi aprovada pelo Conselho de Ética de Experimentação Humana da própria Universidade e pelo sistema CEP/Conep, formado pela Conep (instância máxima de avaliação ética em protocolos de pesquisa com seres humanos) e pelo CEP (Comitê de Ética em Pesquisa). A aprovação por todas essas instâncias possibilitará que esses testes sejam iniciados. 

Além disso, o CTVacinas recebeu a certificação Boas Práticas de Laboratório (BPL) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), condição importante para o início dos testes humanos.

"Acabamos de fazer testes pré-clínicos que mostraram a eficácia e a segurança da SpiN-TEC. Estamos terminando de responder às últimas exigências da Anvisa relacionadas à pureza da vacina, e então poderemos realizar os testes em humanos. A primeira fase será com um número restrito de pessoas e, posteriormente, serão feitos testes com milhares de voluntários. A expectativa é que os testes com humanos ocorram já no início do ano que vem", conclui Natália.

Com informações da assessoria

Em menos de um mês para a celebração do Dia da Independência, a circulação de mensagens golpistas para os atos de 7 de setembro aumentaram em 290% nos grupos de WhatsApp monitorados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Além do apelo no 'chamado' contra uma suposta ameaça comunista, os grupos organizam caravanas para atrair às mobilizações. 

De acordo com o Monitor de WhatsApp da UFMG, as mensagens mais compartilhadas citam as convocações do presidente Jair Bolsonaro (PL). Assim como o mandatário, a maior parte dos conteúdos incitam um novo golpe, repassam mentiras sobre as urnas eletrônicas e cobram a destituição do Supremo Tribunal Federal (STF). 

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No sábado (6), Bolsonaro confirmou a participação do ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, mas não pontuou sobre a presença das Forças Armadas. A mensagem foi compartilhada 175 vezes em 117 grupos. 

"Dia 7 de setembro será o último aviso, a última oportunidade de colocar o país no eixo. Então, presidente, quero te falar, será o último mesmo, se não mudar no dia 7 de setembro e não vier uma resposta do líder que elegemos com quase 70 milhões de votos, EU DESISTO. Eu te elegi para você ficar contra o sistema, te dei autorização para meter o pé na porta do STF, do Congresso e de mais onde for preciso. Estou ratificando esta autorização no dia 7 de setembro", diz um dos textos a que a Folha de S. Paulo obteve acesso. 

Dos mil grupos monitorados pelo projeto, 496 enviaram mensagens relacionadas ao 7 de setembro entre o início de junho até o início de agosto. Ao todo, foram 4.184 mensagens, das quais 69% circularam em grupos de direita, 5,9% em grupos sem temática política definida e 5,1% em grupos de esquerda, aponta. 

Em janeiro de 2022, a professora universitária Michelle Murta defendeu a tese de doutorado usando a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Na ocasião, a docente contou com três intérpretes que traduziram as falas para a plateia virtual, que não dominam a linguagem, e pessoas com deficiência auditiva.

Após a defesa, em que foi aprovada, Michelle se tornou a primeira pessoa surda com o título de doutora na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). À Folha de São Paulo, a professora falou sobre a conquista. "Parece que estou num filme quando lembro a trajetória de vida que tive, escolar e pessoal. Penso como consegui chegar até aqui [...]o significado, para a minha vida, é gratidão", disse.

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Ao veículo, ele relembrou a trajetória escolar marcada por instituições em intérpretes ou acompanhamento especializado e, por isso, as reprovações no ensino fundamental. "Esses dias, eu conversei com uma professora que me deu aula e ela falou que nunca percebeu que eu era surda. Só fui ter atendimento em Libras na faculdade", relatou.

A finalização dos estudos só foi possível através da Educação de Jovens e Adultos (EJA), aos 23 anos. Após isso, Michelle foi aprovada no vestibular de Letras/Libras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e, em 2016, tornou-se professora da UFMG, a primeira da instituição.

"Tomei posse como professora efetiva na UFMG. Sabe aquele sonho de criança? O meu foi realizado. Eu sempre desejei estudar ali e, quem sabe, trabalhar. E veja que realizei os dois. Ai que maravilha tudo isso", contou à Folha de São Paulo.

Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as chances do Sport cair para Série B, no momento, são de 98,5%. O Sport perdeu por 2x1 no domingo para o Ceará e permaneceu com 30 pontos, na 17ª posição, há cinco rodadas do fim do Brasileirão.

Para garantir o 'número mágico' de 45 pontos, que em tese livraria o time da queda, a equipe precisa vencer todos os jogos que restam. Mas além da dificuldade evidente de enfrentar Bahia, Flamengo, São Paulo, Chape (já rebaixada) e Atlhetico-PR, o Sport ainda precisaria alcançar o que só Atlético-MG e Palmeiras fizeram na competição, vencer cinco jogos seguidos (os mineiros venceram 9 e os paulistas 7). 

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Pior que o Sport só a Chape, já rebaixada com 100%. Após o Leão estão Grêmio com 94,8%, Juventude com 39,1%, Bahia com 16,6% e São Paulo com 15,7%. O próximo jogo, contra o Bahia, acontece na quinta-feira (18), na Arena de Pernambuco, às 21h.

Foto: Divulgação/UFMG

Preparar materiais, pesquisar, gravar aulas, corrigir provas e organizar os conteúdos são apenas uma parte da jornada de trabalho dos professores. Trabalhadores essenciais durante a pandemia do novo coronavírus, os docentes não tiveram as atividades interrompidas. No período mais crítico da Covid-19 no Brasil, as aulas presenciais foram suspensas e a sala de casa ou o quarto dos docentes se transformou em espaço de ensino. Os desafios passaram a ser outros.

Os profissionais da ducação conviveram, além dos baixos salários e da falta de reconhecimento, com o excesso de carga horária, dificuldade para o uso de plataformas digitais que os auxiliavam a ministrar aulas remotas e com preocupação, quase que constante, de perder o emprego. Tudo isso somado às incertezas geradas pela crise sanitária causou impactos na saúde mental dos docentes.

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Lecionando há nove anos e dividindo os dias entre duas instituições de ensino da rede pública e privada, do ensino fundamental 2, além das demanadas pessoas, Arline Vasconcelos iniciou nas aulas remostas em maio de 2020. Diferente de boa partes dos educadores, Arline já tinha familiaridade com as plataformas utilizadas pelas escolas. No entanto, a sobrecarga não diminuiu por isso.

"A demanda de atividades e criações de conteúdos atrativos, além do isolamento, tornaram o trabalho exaustivo. Comecei a sentir [a sobrecarga] no segundo semestre, quando acontecem as conclusões do ano letivo", conta.

Ao LeiaJá, a professora fala sobre os fatores que contribuíram para o desgaste mental neste período. "Incertezas sobre o futuro, preocupações com a saúde dos meus pais, preocupação com o desenvolvimento dos conteúdos, levaram que eu desenvolvesse crises de ansiedade fortes", relata. A profissional precisou buscar acompanhamento especializado e contar com o apoio de familiares para seguir.

Home office não é sinônimo de redução de carga horária

O argumento de que trabalhando em home office os professores e professoras desempenhavam as funções com horários flexíveis e com jornada reduzida é falacioso. As demandas, principalmente para as mulheres, aumentaram, como observa a coordenadora geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Cláudia Ribeiro, em entrevista ao LeiaJá

“A educação básica dos anos iniciais é composta majoritariamente por mulheres. Portanto, ao terem que transformar a casa em sala de aula, acumularam no mesmo ambiente o trabalho e as atividades domésticas e cuidado com os próprios filhos e idosos que estivessem sob sua responsabilidade", afirma.

De acordo com dados colhidos pelo Grupo de Estudos sobre Políticas Educacionais e Trabalho Docente (Gestrado), vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), houve aumento das horas de trabalho durante o ensino remoto tanto em instituições do setor privado quanto público. Confira os gráficos:

Valores de acordo com a pesquisa do Gestadro (UFMG). Arte: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Valores de acordo com a pesquisa do Gestadro (UFMG). Arte: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Sobrecarga e falta de apoio

Em frente à tela do notebook ou do celular, os alunos acompanhavam os conteúdos e os esforços dos educadores para que o distanciamento social não afetasse o processo de aprendizagem. As preocupações dos docentes não estavam apenas restritas ao quesito conteudístico, como pontua o professor do Programa de Pós-Graduação em Estado e Sociedade da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e pesquisador do Gestrado (UFMG), Gustavo Gonçalves: “Os professores viam seus alunos em situação de risco: trabalho infantil, violência, gravidez na adolescência, transtornos mentais. Isso também refletia nos docentes.” 

"Os desgastes físico e, sobretudo, mental desses profissionais, são reflexo da angústia diante de uma possível perda de familiares, retorno ao presencial sem a vacinação contra a Covid-19, ausência ou baixa interação do alunos durante as aulas remotas,  gravação de vídeo, envio de atividade, registro das atividades e retorno dos alunos, preenchimento de frequência. Tudo isso de forma remota, com poucos recursos e estrutura”, salienta Cláudia.

Partindo da mesma premissa, Gustavo Gonçalves menciona que o desgaste ocorreu de forma acelerada porque "os professores e professoras foram solicitados a mudar rapidamente sua forma de trabalhar, muitos, sem recursos necessários e também contando com pouco apoio de colegas, que também estavam isolados, e apoio institucional". "Muitos professores se queixaram de passar a utilizar seus próprios aparelhos de comunicação pessoal para fazer o trabalho da escola, quando o correto seria o trabalhador contar com o fornecimento de seu instrumento de trabalho", expõe.

O momento também é de reflexão e mudança

Com a retomada das aulas presenciais em diversos Estados e a vacinação contra a Covid-19 avançando, os questinamentos por parte dos docentes passam a ser outros. "Muito se fala sobre condições de biossegurança nas escolas para que o retorno seja de fato seguro", aponta Gonçalves.

De acordo com o pesquisador do Gestrado (UFMG), "os impactos negativos na saúde mental, que de fato ocorreram de modo pontual, abrem um processo de reflexão sobre as situações escolares no período pandêmico que é muito maior e poderia trazer mudanças na organização do trabalho escolar no médio prazo", explica.

E analisa: "Esse processo poderia ser positivo na medida em que incorporasse o aprendizado recente, fosse apropriado pelos sindicatos e coletivos e compartilhado entre os pares, sendo também reconhecido pela sociedade, criando a base para novas estratégias de planejamento que considerassem a jornada de trabalho real dos professores e também os riscos derivados das situações de vulnerabilidade próprias dos alunos".

O estudo permanente do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre as estatísticas e probabilidades nas séries A e B do Brasileirão não trazem boas notícias aos torcedores pernambucanos. A luta pelo acesso está cada vez mais difícil para o Náutico. Já o Sport tem enormes chances de cair de divisão.

Segundo o levantamento, o Sport tem apenas 21,3% de chance de escapar do rebaixamento para a série B, enquanto o Náutico, só 0,83% de chance de acesso a elite nacional.

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Vitória não mexeu muito na tabela da série A

Mesmo após surpreender o Grêmio nesse domingo (3) e vencer por 2x1, o Sport segue com grandes chances de ser rebaixado à segunda divisão. A probabilidade de cair é de 78,7%, mas o clube segue buscando uma sequência positiva para melhorar os números.

A esperança pode nascer nas próximas rodadas, visto que o rubro-negro terá duas partidas seguidas no Recife, enfrentando já nesta quarta-feira (6) o Juventude e logo depois o Corinthians, no sábado (9).

Gordura acumulada no começo não ajuda mais o Timbu

Tendo disparado no início da competição e batido recordes, o Náutico chegou a ter uma porcentagem de chance de acesso elevada, sendo chamado de “Timbatível” pelos torcedores e admiradores.

Restando apenas 10 partidas, as chances de subir para a primeira divisão são de apenas 0,83%, sendo mais até menos provável que o rebaixamento, com possibilidade estimada em 1,3%.

Com apenas duas vitórias nos últimos 14 jogos, só uma arrancada como a do início do campeonato pode melhorar os números alvirrubros, que precisa tirar uma diferença de dez pontos dos adversários para poder alcançar a elite nacional.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizará, a partir de 26 de junho, o curso de extensão “Formação pré-acadêmica afirmação na pós”, direcionado à preparação para seleção de programas de mestrado. O objetivo é ajudar pessoas em vulnerabilidade social, com dificuldades de acesso ao ensino superior, assim como cidadãos atuantes em movimentos e organizações sociais.

Com inscrições gratuitas de 7 a 9 de junho pelo e-mail afirmacaonapos2021@gmail.com, o curso apresentará disciplinas e seminários acerca de estratégias de formação, além de detalhes sobre os programas de pós-graduação. Durante as aulas, os participantes receberão dicas que vão da elaboração dos projetos de pesquisa até as inscrições nos processos seletivos.

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“Podem concorrer a uma das 40 vagas (além de cinco remanescentes), pessoas com experiência em movimentos sociais e culturais, em ações coletivas ou em atividades relacionadas ao desenvolvimento de sua comunidade ou grupo social. A preparação também é aberta a estudantes oriundos de famílias com poucas oportunidades econômicas e educacionais ou que se identificam como negros e indígenas”, informou a UFMG.

Ciências Humanas e Ciências Sociais são as áreas em que os alunos, ao final do curso, poderão ingressar, a exemplo de programas de linguística, ciências políticas, formações interdisciplinas, economia e educação. No total, as aulas terão duração de 60 horas, tudo de maneira on-line.

A iniciativa é do Programa Ações Afirmativas da UFMG. Mais detalhes sobre o processo de inscrições e dos coumentos exigidos podem ser obtidos no edital do preparatório.

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificou 68 casos de transferência de anticorpos do coronavírus da mãe para o filho durante a gestação. A pesquisa utilizou o teste do pezinho e testagem das mães para identificar os anticorpos e irá acompanhar as repercussões no desenvolvimento infantil dos recém-nascidos. Nenhuma das mães participantes do estudo havia sido vacinada para Covid-19.

Outros estudos também comprovaram a transmissão de anticorpos da mãe para o bebê durante a gestação, como o trabalho conduzido no Hospital Pennsylvania, na cidade de Philadelphia, onde das 83 grávidas que tinham testado positivo para infecções anteriores de Covid-19, sendo que 72 transmitiram o IgG via placenta para os bebês. Outro caso brasileiro de bebê que nasceu com anticorpos, mas proveniente da mãe imunizada pela vacina, ocorreu na cidade de Tubarão, em Santa Catarina.

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Os resultados preliminares da pesquisa mineira mostram que a maioria das mães que se infectaram pelo Sars-Cov-2 durante a gravidez podem passar anticorpos IgG (anticorpos de mais longa duração) para os bebês por meio da transferência placentária. Até agora foram testadas 506 mães e bebês nos cinco municípios mineiros participantes da pesquisa, Uberlândia, Contagem, Itabirito, Ipatinga e Nova Lima. O objetivo do estudo é chegar a 4 mil mães testadas.

Os casos serão acompanhados por dois anos, para avaliar a duração da imunidade adquirida pelo feto e se a infecção trouxe consequências para o desenvolvimento das crianças. Um grupo de controle, com mães e bebês com resultados negativos, também será acompanhado.

O resultado também pode auxiliar em pesquisas para uma futura vacinação de bebês. "A confirmação da passagem de anticorpos da mãe para o bebê durante a gravidez pode ajudar a planejar o momento ideal para vacinação dos bebês contra a covid. Em outras infecções, como no sarampo por exemplo, já se sabe que os anticorpos maternos reduzem a eficácia da vacina contra sarampo, e por isso ela é feita mais tardiamente", diz Cláudia Lindgren, a professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG.

A vacina Spintec, que está sendo desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para combate à covid-19, já tem assegurados recursos para os primeiros experimentos clínicos com seres humanos. A prefeitura de Belo Horizonte repassará, ao todo, R$ 30 milhões para as fases 1 e 2 dos testes. A primeira parcela, estimada em R$ 6 milhões, deve ser liberada já no mês de maio, e as demais, até dezembro.

Segundo nota divulgada nesta quinta-feira (29) pela UFMG, um termo de cooperação deverá ser assinado com o município nos próximos dias. A realização dos testes já tinha R$ 3 milhões garantidos por meio de emendas parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. "O suporte financeiro oferecido pela prefeitura da capital mineira vai assegurar a continuidade das pesquisas", diz o texto. De acordo com a UFMG, o acordo traz alívio, pois o orçamento da instituição não permitiria levar a pesquisa adiante e esta poderia ser interrompida.

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Os cientistas envolvidos estabeleceram um projeto em busca de uma vacina que seja efetiva contra novas variantes. "A plataforma tecnológica usada consiste na combinação de diferentes proteínas para formar uma única, artificial. Esse composto, chamado de 'quimera', é injetado no organismo em duas doses e induz à resposta imune. Por não usar exclusivamente a proteína S, na qual se dá a maioria das mutações, as chances de sucesso desse imunizante no combate às novas variantes são bastante elevadas", destaca a nota da UFMG.

Testes pré-clinicos

Nos testes pré-clínicos, com animais, os resultados têm se mostrado promissores. Quando inoculada em camundongos, foi observada uma resposta adequada: a formulação induziu 100% de proteção. Agora estão sendo realizados ensaios de tolerabilidade e imunogenicidade em primatas não humanos. Esses experimentos buscam detectar possíveis efeitos colaterais e confirmar a geração de anticorpos.

O início das fases 1 e 2, quando são realizados os primeiros testes com grupos reduzidos de adultos saudáveis, depende de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Antes de conceder o aval, a Anvisa avalia os resultados da etapa pré-clínica.

Os recursos disponibilizados pela prefeitura serão usados para concluir os experimentos com os animais, comprar reagentes, produzir lotes de teste para análise da Anvisa, preparar documentação e realizar os primeiros testes com adultos saudáveis. Nas fases 1 e 2, são analisadas, entre outras questões, a segurança da vacina e sua capacidade de gerar resposta imune em seres humanos.

Caso os resultados sejam positivos, pode-se requerer à Anvisa o início da Fase 3, na qual a eficácia será avaliada com milhares de voluntários. Se todas as etapas correrem conforme a expectativa dos cientistas, a vacina pode estar disponível para uso em massa em meados de 2022. A evolução das pesquisas, no entanto, demandará novos aportes financeiros para a Fase 3, a mais complexa. Segundo a UFMG, deputados estaduais já manifestaram compromisso em ajudar a garantir a verba necessária.

Existe a possibilidade de se direcionar para os experimentos uma fatia do montante previsto no acordo firmado entre o governo mineiro e a mineradora Vale para reparação dos danos da tragédia de Brumadinho, ocorrida em janeiro de 2019 com o rompimento de uma barragem de rejeitos no município. A empresa comprometeu-se a destinar R$ 37,6 bilhões para diversas medidas, algumas das quais de caráter compensatório e voltadas para melhoria da saúde, saneamento e mobilidade no estado. Os deputados estaduais mineiros têm que aprovar a aplicação de parte dos recursos do acordo.

Produção brasileira

A Spintec está sendo desenvolvida no CT-Vacinas, um centro de biotecnologia instalado no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec). O espaço é resultado de uma parceria entre a UFMG e o Instituto René Rachou, unidade regional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição científica vinculada ao Ministério da Saúde.

A Fiocruz já produz, em sua sede no Rio de Janeiro, a vacina Covishield, que está em uso no Brasil e foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica inglesa Astrazeneca, instituições com as quais foi firmado um acordo de transferência de tecnologia. Por enquanto, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), um dos componentes do imunizante, ainda está sendo importado, mas a Fiocruz já se prepara para produzi-lo no país, tornando a fabricação da Covishield 100% nacionalizada.

Outra vacina que está sendo aplicada no país, a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, também tem o envolvimento de pesquisadores brasileiros. O centro de pesquisa biomédica vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo firmou um acordo com a Sinovac, laborátório chinês que desenvolveu o imunizante. O IFA dessa vacina também precisa ser importado.

Há outros imunizantes contra covid-19 em desenvolvimento no Brasil com a participação de instituições de ensino superior, tais como as universidades de São Paulo (USP) e a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além de autorizar o avanço de cada fase dos estudos clínicos, cabe à Anvisa dar a palavra final sobre a aplicação em massa do imunizante na população – a agência pode conceder a autorização para uso emergencial ou o registro definitivo.

Até o momento, quatro imunizantes estão liberados para o combate à pandemia no Brasil, e dois são totalmente produzidos no exterior. Uma das vacinas foi desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com a empresa alemã BioNtech, e o primeiro lote destinado ao Brasil deve desembaracar na noite desta quinta-feira (29) no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo. A outra é da Janssen, braço farmacêutico da multinacional Johnson & Johnson, e deve começar a ser entregue ao país apenas em agosto.

A microbiologista Ana Paula Fernandes, uma das envolvidas no desenvolvimento da Spintec, considera importante o investimento em produtos brasileiros, mesmo que já existam no mundo diversas opções de vacinas para o combate à covid-19. “Não sabemos a duração da imunidade, é preciso atestar a segurança de algumas vacinas e talvez precisemos obter produtos específicos para faixas etárias distintas”, disse Ana Paula, que destacou ainda as dificuldades para importar e produzir insumos no Brasil. “Além disso, estamos descobrindo variantes que devem exigir outros tipos de vacinas."

 

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) divulgou que oferecerá 6.309 vagas para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2021, distribuídas igualmente entre ampla concorrência e para candidatos cotistas. O Ministério da Educação (MEC) receberá as inscrições nos dias 6 a 9 de abril. O resultado sai no dia 13 do mesmo mês.

Aos candidatos interessados, a UFMG, exige apenas o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2020 com nota acima de zero. O peso das notas será considerado o mesmo independente da área ou curso que o candidato optar.

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Uma vez aprovados, os candidatos devem procurar a instituição para dar continuidade a matrícula. Na primeiro entrada do ano letivo, 3.355 vagas são destinadas ao campus de Belo Horizonte, enquanto 240 vão para o município de Montes Claros. A segunda entrada conta com 2.714 vagas oferecidas em Belo Horizonte. Confira o edital para mais informações.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está oferecendo, para fins de acolhida humanitária, 77 vagas em cursos de graduação para estrangeiros em situação de vulnerabilidade. Enquadram-se nesse grupo, refugiados, asilados políticos, apátridas, portadores de visto temporário ou de autorização de residência.

A seleção é feita tendo por base as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos últimos cinco anos (de 2016 a 2020), e as inscrições devem ser feitas, na página eletrônica da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve) até a próxima quinta-feira (25).

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Além disso, é necessário que os candidatos comprovem grau de escolaridade equivalente ao ensino médio. Em alguns casos, pode ser exigida a realização de curso de português, como condição para o ingresso ou a permanência no curso.

“Cônjuge, ascendentes e descendentes e demais membros do grupo familiar que dependem economicamente do refugiado também se enquadram nessa situação, desde que estejam no Brasil”, informa a UFMG.

Estudantes indígenas

A UFMG também está oferecendo vagas suplementares para estudantes indígenas. Nesse caso, a seleção é restrita a candidatos indígenas brasileiros aldeados. Concorrem às vagas os candidatos que concluíram o Ensino Médio (ou equivalente).

Quem estiver regularmente matriculado na 3ª série do Ensino Médio também pode participar da seleção. É necessário que o candidato tenha participado pelo menos uma vez do Enem, entre os anos de 2015 a 2020, e que tenha sua inscrição homologada.

As inscrições para essas vagas se encerram em 1º de março, também via internet. O formulário está disponível no menu à esquerda do site.

A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) receberá apoio do Ministério da Educação (MEC) para dar incentivo a projetos de pesquisa de universidades federais selecionados e credenciados por ela. Os grupos de pesquisadores terão um orçamento de R$ 30 milhões para investir em iniciativas que atendam a demandas do setor industrial. 

Projetos voltados para as áreas de Energias Renováveis, Fibras Florestais, Sistemas Embarcados, Geotecnologia e Agronegócio e Inteligência Artificial, entre outros, terão um terço do valor de novas unidades com recursos não-reembolsáveis financiados pela Embrapii.

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O objetivo da parceria com o MEC é utilizar a capacidade de resolução de problemas e conhecimento para atrair empresas. Além disso, o credenciamento das universidades federais também busca capacitar profissionais para trabalhar na indústria e em projetos semelhantes. 

A meta, segundo o ministério, é gerar 175 projetos e R$ 100 milhões em investimentos de inovação juntando o valor aportado pela Embrapii, a contrapartida financeira de empresas e os recursos não financeiros da unidade, como equipamentos e mão de obra. As 11 novas unidades Embrapii foram selecionadas entre propostas apresentadas por grupos de pesquisas das universidades e se unem às unidades já credenciadas na UFRGS, UFSC, UFRJ, UFMG, UFU e UFCG.

“A Embrapii é referência no setor de inovação e tecnologia industrial. Nós queremos trazer essa experiência para dentro das universidades”, afirmou o secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas. Por sua vez, o diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães, declarou que “para cada Unidade credenciada, a Embrapii assegura à indústria que aquele centro de pesquisa possa atuar como seu centro de P&D ou completar as atividades do centro que a empresa já possua”. 

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As pró-reitorias acadêmicas e câmaras do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), divulgaram em comunicado no site oficial da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nesta quarta-feira (20), que iniciaram discussões sobre a retomada das aulas presenciais.

De acordo com a reitora Sandra Goulart Almeida, que também é presidente da Cepe, ainda não há datas previstas para o retorno das aulas, no entanto o planejamento do calendário se dará “de forma organizada e coletiva”, seguindo as recomendações das autoridades de saúde. A docente também reiterou que “o semestre não será cancelado”. A decisão divulgada pela UFMG foi deliberada em reunião do Cepe, no último dia 14 de maio.

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No Twitter, estudantes satirizam a retomada das aulas, argumentando que, em meio a pandemia da Covid-19, a Universidade poderia estar nos assuntos mais comentados da rede social por ter encontrado a cura para o coronavírus. Outros internautas tentam tranquilizar os demais explicando que a volta as aulas ainda está sendo pensada.

Atividades a distância

No comunicado, a UFMG ainda explica que certamente a retomada será em bases diferentes, tendo como possibilidade a ampliação das atividades à distância. 

Para tanto, a reitora, Sandra Goulart, encaminhou pedido de recursos para a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC) para realizar as adequações de acordo com necessidades do campus. 

Ela também informou que a Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) tem atuado em melhorias para aumentar a capacidade de acesso à internet da comunidade acadêmica, assim como os sistemas Siga e Moodle. 

Ofícios encaminhados pelas pró-reitorias aos setores acadêmicos da UFMG, com as primeiras orientações sobre esse planejamento, deverão ser respondidos até 1º de junho, com informações sobre a capacidade de oferta de atividades a distância para graduação, pós-graduação e extensão) e a infraestrutura de pesquisa (unidades).

O Projeto Reabilitação Pulmonar, do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está realizando o atendimento de pessoas com doenças pulmonares crônicas por meio de videoconferências e chamadas telefônicas para cumprir a recomendação de isolamento social dos grupos de risco do novo coronavírus (Covid-19). As doenças não têm cura e causam constante diminuição de fluidez de ar.

Se o tratamento for interrompido, essas doenças podem causar infecções incapacitantes, o que pode gerar graves prejuízos à qualidade de vida dos enfermos. O projeto, que tem origem presencial e em grupo, teve seu formato de atendimento revisto devido à pandemia. “Nós temos ferramentas [tecnológicas] que podem ser utilizadas para continuarmos controlando os sintomas desses pacientes em casa, evitando que eles procurem o sistema de saúde sem necessidade”, informou a coordenadora do projeto e doutora em Ciências da Reabilitação pela UFMG, Liliane Mendes.

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Docentes de graduação e pós-graduação em fisioterapia acompanham, semanalmente, por meio de videoconferência e chamadas telefônicas, os 54 pacientes atendidos atualmente e recomendam exercícios que devem ser feitos. “Os pacientes com doença pulmonar começam a ter limitação na sua atividade diária, e isso compromete a qualidade de vida e a independência. São indivíduos que têm de ser estimulados a fazer atividades e ganhar condicionamento físico para se manterem ativo”, contou o professor do departamento de fisioterapia da UFMG e fundador do projeto, Marcelo Velloso.

A ação frisa aos pacientes todas as precauções do isolamento social e higienização do Ministério da Saúde e faz uma avaliação para detectar possíveis casos de coronavírus, uma vez que os quadros de doenças respiratórias podem se confundir com os sintomas ocasionados pelo coronavírus.

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