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A Casa Branca confirmou nesta terça-feira, 31, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve visitar os Estados Unidos no dia 10 de fevereiro, de forma a "fortalecer ainda mais a estreita relação" entre os países. Segundo o comunicado, os dois líderes discutirão o apoio americano "inabalável" à democracia brasileira.

"Durante o encontro na Casa Branca, os presidentes discutirão como os dois países podem continuar trabalhando juntos para promover a inclusão e os valores democráticos na região e no mundo", diz o texto.

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O texto acrescenta que os dois também discutirão como os Estados Unidos e o Brasil podem continuar a enfrentar juntos desafios comuns, como o combate à mudança climática.

A viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos dois dias antes do fim do seu mandato custou ao menos R$ 110 mil aos cofres públicos. Sem compromisso oficial ou qualquer agenda prevista, Bolsonaro saiu do Brasil no dia 30 de dezembro para não passar a faixa presidencial ao sucessor e agora presidente Lula (PT). 

No entanto, a despesa total é maior que os R$ 110 mil, pois o governo federal não divulga os gastos com deslocamentos de aviões a serviço da Presidência. Um dos motivos de o ex-presidente ter deixado o Brasil antes do fim do mandato foi porque, desta forma, poderia aproveitar as aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).

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Apenas na viagem, foram gastos R$ 94,1 mil com “apoio de solo e comissaria aérea”, e R$ 12,3 mil com diárias e seguro-viagem de servidores. Também houve um gasto com passagem aérea de US$ 655, cerca de R$ 3,4 mil à época. As informações foram repassadas pela Secretaria-Geral da Presidência através da Lei de Acesso à Informação (LAI). 

Por sua vez, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) informou que os custos de deslocamento em aeronaves da Aeronáutica não podem ser revelados, pois estão sob sigilo em grau reservado (que dura cinco anos). A explicação é que se trata de um “tema de acesso restrito para os planos e operações estratégicos das Forças Armadas”. 

 

O papa Francisco viajou nesta terça-feira (31) para a a República Democrática do Congo (RDC) para uma visita de quatro dias, a primeira etapa de sua quinta viagem ao continente africano, que também o levará ao Sudão do Sul.

O avião com o pontífice decolou de Roma às 8h28 (4h28 de Brasília) e deve pousar às 15h00 (11h00 de Brasília) no aeroporto de Kinshasa, a capital do maior país católico do continente.

Inicialmente prevista para julho de 2022, a visita foi adiada devido às dores no joelho que afetam Francisco, 86 anos, que utiliza uma cadeira de rodas em seus deslocamentos, assim como pelos problemas de segurança em Goma, nordeste do país, etapa da viagem que foi cancelada.

Em sua 40º viagem internacional, o pontífice argentino pretende levar uma mensagem de paz e reconciliação ao país abalado pela violência e miséria.

- Contra a violência e a exploração -

Na RDC, que tem quase 100 milhões de habitantes, o papa deve abordar os confrontos armados e a exploração que este país rico em recursos naturais enfrenta, mas com uma população empobrecida - dois terços vivem com menos de 2,15 dólares por dia -, como o próprio Francisco antecipou no domingo.

O país africano enfrenta há vários meses o ressurgimento do grupo armado M23, que conquistou amplas faixas do território de Kivu do Norte, província na fronteira com Ruanda, que o governo da RDC acusa de interferência.

A visita papal acontece duas semanas depois de um ataque mortal reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) em uma igreja pentecostal em Kivu do Norte.

Anteriormente conhecido como Zaire, com riquezas como cobre, cobalto, ouro, diamantes, urânio, coltan e estanho, a RDC tem uma história marcada pelo colonialismo, escravidão e abusos.

Também é a terra de Patrice Lumumba, líder anticolonialista africano, que foi o primeiro-ministro do Congo independente em 1960, derrubado e assassinado.

- Vigília e grande missa -

O líder da Igreja Católica será recebido com uma cerimônia oficial no aeroporto e depois percorrerá, no papamóvel, as ruas que seguem até o Palácio da Nação, onde participará em uma recepção com o presidente Félix Tshisekedi.

Ele pronunciará o primeiro discurso diante das autoridades, do corpo diplomático e de representantes da sociedade civil.

"Será a oportunidade para enviar uma mensagem forte aos políticos e abordar o tema da corrupção", afirmou Samuel Pommeret, da ONG CCFD Terre Solidaire, em referência a um dos grandes males do país.

Durante a noite, dezenas de milhares de pessoas devem participar em uma vigília de oração no aeroporto N'dolo de Kinshasa, onde passarão a noite, antes de uma grande missa na quarta-feira, com a previsão de mais de um milhão de fiéis.

Francisco também se reunirá com vítimas da violência, deslocados, membros do clero e representantes de instituições de caridade.

Com 52 milhões de católicos, a ex-colônia belga representa o futuro para o catolicismo, que está perdendo fiéis na Europa e na América Latina.

O papa viajará na sexta-feira para Juba, capital do Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo e um dos mais pobres do planeta, onde permanecerá até 5 de fevereiro.

A Advocacia Geral da União (AGU), que irá abrigar uma procuradoria especial destinada a combater notícias falsas nas redes sociais, silenciou sobre a recente manifestação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de chamar de "golpe" o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O Estadão pede uma manifestação desde quarta-feira (25), sobre se esse seria um caso classificado como fake news pelo governo petista, mas não houve resposta.

A página oficial do Palácio do Planalto tratou como "golpe" o impeachment de Dilma Rousseff (PT), que seguiu os trâmites constitucionais, em publicação no dia 18. O PSDB foi à Justiça para questionar o governo. "Afirmar que o impeachment de Dilma se constituiu em 'golpe' é ato desprovido de verdade. Golpe, no sentido político, é aquele em que os representantes eleitos são destituídos de seu cargo fora das regras previstas na Constituição", destacou o partido.

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Dias depois, o próprio Lula chamou o ex-presidente Michel Temer de "golpista" em discurso durante visita oficial ao Uruguai. Temer, que assumiu o mandato após o impeachment de Dilma, ironizou e disse que sua chegada ao poder foi um "golpe de sorte".

A nova gestão da AGU, agora sob a alçada do ministro-chefe Jorge Messias, foi procurada pelo Estadão na última quarta-feira pedindo uma manifestação da Pasta. Não houve resposta e o pedido foi reiterado. Ontem, o ministro Messias pediu que fosse procurada sua assessoria.

Em nota, limitou-se a afirmar que a Procuradoria de Defesa da Democracia ainda não está ativa. "(A procuradoria) encontra-se, nesse momento, em fase de montagem do grupo de trabalho que discutirá sua regulamentação", disse. O órgão será responsável por futuras ações contra quem divulgar informações falsas nas redes sociais que estimulem o rompimento da ordem democrática.

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) enviou, nesta quinta, 26, uma representação ao ministro Jorge Messias pedindo abertura de um procedimento judicial contra o presidente Lula por causa das declarações de que houve um golpe de Estado em 2016. "O presidente da República está deliberadamente propagando desinformações a respeito de um fato histórico", alegou o deputado.

Na última quinta-feira, o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou edição de Medida Provisória para determinar às redes sociais que retirem do ar postagens que atentem contra a democracia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) protocolou, nessa quinta-feira (26), uma representação na Advocacia-Geral da União (AGU) sob a alegação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dissemina "desinformação" ao afirmar repetidamente que Dilma Rousseff sofreu "golpe de Estado". A petista foi alvo, em 2016, de impeachment.

No documento, Kim pede que a declaração de Lula seja analisada pela recém-criada Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, que, de acordo com o governo, elaborará ações contra desinformação. Como mostrou o Estadão, especialistas veem riscos na atuação do órgão e alertam que não há no ordenamento jurídico o conceito de desinformação.

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"Quando o presidente da República passa a dizer, publicamente, que o impeachment - procedimento constitucionalmente previsto e parte indissociável do sistema de freios e contrapesos - é um 'golpe', a população fica desorientada a respeito do funcionamento das instituições democráticas e do arcabouço constitucional", diz texto. Procurada, a AGU não comentou a postagem.

Praticamente seis em cada 10 norte-americanos e brasileiros desejam fazer uma viagem para a Itália em 2023, mostra uma pesquisa com quatro mil pessoas feitas pelo portal Vamonos Vacanze. Os entrevistados têm entre 18 e 65 anos e são de nações fora da Europa.

O levantamento mostrou que 60% dos norte-americanos disseram querer ir para o país europeu e 58% dos brasileiros também. A terceira colocação fica com os chineses (49%), seguido por indianos (45%), sul-coreanos (42%), japoneses (41%) e argentinos (35%).

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Quando incluídos os países europeus, os franceses são os que mais querem ir para a Itália (78%), seguidos por alemães (73%) e ingleses (66%).

"Apesar do aumento dos preços relacionados à crise energética e o conflito com a Ucrânia, há muitos turistas que escolhem ou seguirão escolhendo a Itália para suas férias", explicou a fundadora do portal, Emma Lenoci.

Para a especialista, "com suas cidades de arte, mas também com o mar e a natureza virgem, assim como suas impressionantes paisagens, as calorosas boas-vindas de seus habitantes e a excelência enogastronômica, a Itália se confirma como o destino mais querido para uma viagem prazerosa".

O pódio das cidades mais desejadas são Roma, Florença e Veneza, mas as regiões mais consideradas para o verão são Sicília, Puglia e Sardenha.

Da Ansa

Após se reunir em Montevidéu com o presidente do Uruguai, Lacalle Pou, de centro-direita, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta, 25, que suas relações com chefes de Estado não têm viés ideológico. "Não precisam pensar como eu sob o ponto de vista ideológico, não precisam gostar de mim do ponto de vista pessoal", declarou.

Lula fez novos acenos ao multilateralismo e reforçou sua vontade de uma nova governança mundial. "Voltei à Presidência porque acredito no multilateralismo e quero fortalecer o Mercosul, Unasul, Celac e brigar por uma nova liderança mundial", afirmou o presidente em Montevidéu. "Quem sabe, não estaria havendo a guerra da Rússia e Ucrânia se a ONU tivesse mais representatividade", acrescentou. "Até hoje os Estados Unidos não assinaram o Protocolo de Kyoto", cobrou ainda o presidente.

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O petista ainda prometeu discutir com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, a possibilidade de transformar o aeroporto de Rivera em aeroporto internacional. A construção de uma ponte entre os países também foi citada.

"Única mágoa que tenho do Uruguai foi a Copa do mundo de 1950. Mas já faz muito tempo", brincou Lula, após dizer que espera mais reuniões com Lacalle Pou.

Para encerrar a primeira viagem internacional do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca nesta quarta-feira (25) em Montevidéu após dois dias de agendas em Buenos Aires (Argentina). Na capital do Uruguai, Lula vai se encontrar com o presidente Lacalle Pou de olho nas negociações por um acordo entre a nação vizinha e a China, algo visto com maus olhos por defensores do Mercosul, como o presidente.

Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores diz que o fortalecimento do Mercosul é uma das prioridades do governo brasileiro. "A visita evidenciará a centralidade atribuída pelo Brasil ao relacionamento com o Uruguai e a importância que confere ao sócio dentro do projeto de fortalecimento do Mercosul", afirma o Itamaraty. Na terça-feira, ainda em Buenos Aires, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que não conhece os termos do acordo em negociação entre Uruguai e China.

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O dia de Lula em Montevidéu começa com o encontro com o presidente Lacalle Pou, às 12h, na sede do Executivo local, seguido de pronunciamento à imprensa. Às 15h, recebe a medalha oficial "Más Verde". "Um reconhecimento aos esforços feitos pelo presidente Lula em defesa do Meio Ambiente, tanto em seus mandatos anteriores, quanto em suas declarações e ações recentes", justifica o Palácio do Planalto.

No final da tarde, o petista se encontra com o ex-presidente uruguaio José Mujica, seu amigo pessoal, e volta para Brasília em seguida.

Acompanham Lula na viagem presidencial a primeira-dama Janja da Silva e os ministros Haddad, Mauro Vieira (Relações Exteriores), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência). O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, também integra a comitiva.

Ao mesmo tempo que em que reiterou sua disposição em aprofundar a integração com países da América Latina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa de um diálogo extrarregional com China, União Europeia, ASIAN e União Africana. As declarações foram nesta terça-feira (24), feitas em discurso na VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que acontece em Buenos Aires. O encontro marca o retorno do Brasil ao fórum de 33 países, o que, para o presidente, traz uma sensação de "reencontro consigo mesmo".

Em uma decisão de ajuste de rota na política externa, Lula determinou em 5 de janeiro o retorno do Brasil à Celac, três anos após o País deixar o órgão por determinação do ex-presidente Jair Bolsonaro. No discurso feito aos líderes presentes, o petista chamou a decisão de inexplicável.

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"É com muita alegria e satisfação muito especiais que o Brasil está de volta à região e pronto para trabalhar lado a lado com todos vocês, com um sentido muito forte de solidariedade e proximidade", disse Lula na Celac. "Esse espírito - de solidariedade, diálogo e cooperação - em uma região do tamanho e da importância da América Latina e do Caribe não poderia ser mais atual e necessário", acrescentou.

O aprofundamento da integração regional, destacou Lula, não impede diálogos com outros blocos econômicos. "Julgamos essenciais o desenvolvimento e o aprofundamento dos diálogos com sócios extra regionais, como a União Europeia, a China, a Índia, a ASIAN e, muito especialmente, a União Africana", afirmou o presidente, no momento em que tenta barrar um acordo comercial unilateral entre Uruguai e China. "Estaremos associados aos nossos vizinhos bilateralmente, no Mercosul Unasul e Celac", seguiu.

Em defesa de um desenvolvimento sustentável que combata as desigualdades sociais, Lula afirmou que o mundo de hoje demonstra o valor da integração. "Nada deve nos separar, já que tudo nos aproxima", salientou Lula. "Contamos com capacidades para participar, de forma vantajosa, da transição energética global", disse, sobre o Brasil. "É crítico que valorizemos a nossa Organização do Tratado de Cooperação Amazônica".

Fernández

Mais cedo, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que "há poucos dias, a loucura invadiu as ruas de Brasília, pouco após a posse de Lula". Ele mencionou os distúrbios do dia 8 de janeiro na capital brasileira ao comentar sobre riscos à democracia na região e a necessidade de defendê-la, durante discurso na abertura da Celac, em Buenos Aires.

Fernández mencionou também, por exemplo, distúrbios políticos dos últimos anos na Bolívia. O presidente argentino começou seus discurso com pedido de "um enorme aplauso para celebrar o retorno do Brasil à Celac" e comentou a "alegria de ter o presidente" brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, entre os presentes.

Presidente de turno da Celac, Fernández defendeu seu papel à frente da instituição. Ele destacou que assumiu um compromisso de incorporar também as necessidades do Caribe na Celac, e disse que em várias ocasiões em cúpulas globais destacou os impactos das mudanças climáticas sobre essa região. Fernández ainda lembrou que Argentina e México criaram juntos um fundo de assistência ao Caribe, para mitigar os problemas gerados pelas mudanças climáticas.

Em outro momento, Fernández qualificou como "imperdoável" o "bloqueio de mais de seis décadas" vivido por Cuba. E também mencionou o bloqueio contra a Venezuela, acrescentando que "é preciso se posicionar contra isso".

Fernández ainda disse que foi possível "avançar na relação bilateral" com o Brasil, durante a visita de Lula, e defendeu a importância de se avançar do mesmo modo em todo o continente. Ao final de sua fala, o presidente argentino declarou aberta "a Cúpula das Américas", uma gafe logo corrigida. A Cúpula das Américas foi criada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e inclui a presença dos EUA.

Em discurso na VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu aos líderes internacionais do fórum que "perfilaram ao lado do Brasil e das instituições brasileiras" após os atos golpistas de 8 de janeiro. Para o presidente, a região dos 33 países integrantes da Celac é contra o terrorismo.

"Quero aqui aproveitar para agradecer a todos e a cada um de vocês que se perfilaram ao lado do Brasil e das instituições brasileiras, ao longo destes últimos dias, em repúdio aos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília. É importante ressaltar que somos uma região pacífica, que repudia o extremismo, o terrorismo e a violência política", declarou Lula nesta terça-feira (24).

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Em defesa de uma postura globalista, o presidente brasileiro afirmou que não quer importar para a região "rivalidades e problemas particulares" dos países e reconheceu um quadro mundial de ameaças à democracia.

"O mundo vive um momento de múltiplas crises: pandemia, mudança do clima, desastres naturais, tensões geopolíticas, pressões sobre a segurança alimentar e energética, ameaças à democracia representativa como forma de organização política e social. Tudo isso em um quadro inaceitável de aumento das desigualdades, da pobreza e da fome", afirmou Lula na Celac.

Ao longo do discurso, o presidente ressaltou que o apoio dos países do fórum à vontade do Brasil de sediar a COP-30, em 2025, é "indispensável".

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cancelou sua ida à Argentina para participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), sob alegação de que haveria um plano de agressão contra sua delegação. Segundo analistas, o temor de ser preso pode ter influenciado sua decisão.

Os rumores sobre o cancelamento começaram nesta segunda (23) quando a reunião bilateral que teria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi cancelada e retirada da agenda do petista. A mudança de planos havia sido pedida por Caracas, já argumentando problemas de segurança.

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"Nas últimas horas fomos informados de um plano elaborado no cerne da direita neofascista cujo objetivo é realizar uma série de agressões contra nossa delegação liderada pelo presidente da República", afirmou o governo venezuelano, justificando a ausência de Maduro na reunião, que contará com a presença de Lula (Brasil), Luis Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Xiomara Castro (Honduras), Mario Abdo Benítez (Paraguai) e Gustavo Petro (Colômbia).

Ordem de captura

Analistas acreditam que o real motivo para Maduro deixar de viajar seja o medo do cerco legal. Existe uma ordem de prisão internacional contra o chefe de Estado chavista expedida pelos Estados Unidos e, justamente por isso, o presidente só viaja para outro país quando tem a certeza de que não será capturado pelas autoridades locais. Além disso, o Congresso argentino tem maioria opositora e isso pode aumentar o coro pelo pedido de prisão de Maduro.

"Se Maduro não viajar à Argentina é porque não teve garantias de que não seria capturado e enviado aos EUA. É preciso avaliar, também, a rota que o avião fará para chegar em território argentino e se vai atravessar outros países, para se ter a garantia desses países de que o avião pode passar e não será obrigado a aterrissar. É preciso ter tudo isso em conta para viajar", explicou ao Estadão o tenente venezuelano José Antonio Colina, que fugiu da Venezuela em 2004 e vive nos EUA.

Oposição

Na semana passada, quando foi anunciado que Maduro havia sido convidado a participar da cúpula da Celac, representantes da oposição argentina começaram a se manifestar contra a viagem e pediram a detenção do chavista por crimes de lesa-humanidade.

O comunicado do governo venezuelano aponta uma tentativa de prejudicar a imagem da Venezuela. "Pretendem montar um show deplorável, a fim de perturbar os efeitos positivos de um encontro regional tão importante e, assim, contribuir para a campanha de descrédito - e fracassada - que tem sido feita contra nosso país a partir do império americano."

A Argentina tem a presidência temporária da Celac e, por isso, a cúpula ocorrerá nesta terça, 24, em Buenos Aires. Em entrevista coletiva, Lula e o presidente argentino, Alberto Fernández, comentaram a situação da Venezuela e o convite a Maduro. "A cúpula da Celac reúne líderes de América Latina e do Caribe e, portanto, todos os países-membros estão convidados… Não temos nenhum poder de veto, nem queremos ter. A presença de presidentes de Cuba e Venezuela é mais uma inquietação dos meios de comunicação do que dos membros da Celac", afirmou Fernández.

Questionado sobre a situação de Maduro, Lula pediu o respeito à autodeterminação dos povos e disse que os problemas internos venezuelanos devem ser resolvidos com "diálogos, não com ameaças de invasão".

O chanceler venezuelano, Iván Gil, e mais três diplomatas, chegaram ontem a Buenos Aires para representar a Venezuela na cúpula. Para o analista político Erik Del Bufalo, professor da Universidade Simón Bolívar, o cancelamento acaba sendo "positivo para a Celac". "Ninguém quer ser retratado ao lado de Maduro, nem mesmo aqueles que supostamente são seus aliados. Para Venezuela é um desastre e agora precisamos ver os desdobramentos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta terça-feira (24), às 10h, em Buenos Aires, da sessão de abertura da VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O bloco, fundado no México em 2010, reúne 33 países.

Às 13h30, Lula será recebido pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, num almoço oferecido pelo argentino, no Hotel Sheraton, de acordo com a agenda do petista divulgada nesta noite.

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Às 15h, Lula tem uma audiência com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, e às 15h30, participa de um encontro com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Em seguida, às 16h, o presidente brasileiro se reúne com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, e às 16h30, com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

A cúpula da Celac é encerrada às 17h15, cerimônia da qual Lula participa, mas antes, às 17h, será firmada a adoção da Declaração de Buenos Aires, o documento final do encontro.

Nesta segunda-feira (23), Lula e Fernández discutiram, em reunião bilateral, em Buenos Aires, o nome do novo embaixador do Brasil no país vizinho. O diplomata Antônio José Ferreira Simões, que já foi embaixador no Uruguai, é cotado, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

Após se candidatar por duas vezes à Presidência da República - sem sucesso -, o atual vice-presidente Geraldo Alckmin assumiu o posto neste domingo, 22, de forma interina. O ex-governador paulista permanecerá no cargo enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza a primeira agenda internacional do novo mandato.

O petista começa a sua viagem na Argentina, onde participa de encontros com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e acompanha a reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Lula também deve participar de reuniões bilaterais, como a prevista, nesta terça, com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

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Em uma rede social, Alckmin se pronunciou sobre a posse interina: "Com orgulho e lealdade, assumo o governo, procurando honrar os compromissos de Lula com todos os brasileiros", disse.

A posse interina de Alckmin já era planejada pela dupla desde o período eleitoral, quando diziam planejar uma reaproximação do Brasil com a comunidade internacional. Na Argentina, um assunto em foco dos encontros bilaterais será a possibilidade de criar, com o país, uma moeda comum para transações financeiras e comerciais.

Enquanto isso, no Brasil, Alckmin não tem, até o momento, compromissos como presidente agendados para esta segunda-feira, 23, de acordo com a agenda divulgada pelo Palácio do Planalto.

Lula tem outra viagem internacional marcada para abril em Portugal. A informação foi confirmada pelo presidente português Marcelo Rebelo de Sousa. O presidente ainda deve ter um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ainda sem data confirmada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Argentina, Alberto Fernández, vão fechar na reunião bilateral desta segunda-feira, 23, em Buenos Aires quem será novo embaixador do Brasil no país vizinho, apurou o Broadcast Político. O nome do diplomata Antonio José Ferreira Simões, que já foi embaixador no Uruguai, é cotado para o posto, embora o preferido de Lula ainda seja guardado a sete chaves.

Para definir o embaixador, o presidente ouviu o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Celso Amorim. Os dois acompanham Lula na viagem à Argentina.

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Hoje, Antônio Simões é delegado do Brasil junto ao Mercosul e à Associação Latino-Americana de Integração (Aladi).

A expectativa é que haja o anúncio tão logo o embaixador seja definido, o que pode acontecer nesta tarde. Isso porque o processo de aceite por parte da Argentina é dado como certo, diante da boa relação de Lula com Fernández.

Maduro

Lula tem nesta segunda-feira as suas primeiras agendas públicas no exterior desde que tomou posse. Em Buenos Aires na companhia de ministros como Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda), Lula pretende reaproximar o Brasil das nações vizinhas em meio à motivação de recuperar a imagem do País no exterior ao longo do mandato. Além da prioridade à Argentina, país-sede da reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o petista pretendia se reunir nesta tarde com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro; amanhã, Lula deve se encontrar com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel. O governo Bolsonaro havia cortado relações com Caracas e Havana.

Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, a reunião bilateral Brasil-Venezuela foi cancelada a pedido de Maduro, que não vai mais a Buenos Aires. O governo venezuelano, porém, ainda tenta viabilizar um encontro virtual entre os dois chefes de Estado.

Ao longo dos encontros bilaterais, um assunto em foco: a possibilidade de criar, com a Argentina, uma moeda comum para transações financeiras e comerciais. O primeiro compromisso de Lula em Buenos Aires, perto das 10h30, tem caráter simbólico. Foi a entrega de flores aos pés do monumento de José de San Martín, símbolo da independência da Argentina em relação à Espanha. Em seguida, o petista segue para reunião bilateral com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, na Casa Rosada. Como antecipou a reportagem, para além da moeda comum, estará em pauta a discussão sobre como levar gás de xisto da região de Vaca Muerta para o Brasil.

O único acordo formal já anunciado para a viagem será assinado logo em seguida, e envolve cooperação científica na Antártida. A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, está na comitiva de Lula. No mais, serão firmados apenas compromissos de pretensão de ajuda mútua em outras áreas, seguidos de uma declaração conjunta à imprensa. Na última sexta-feira, o Itamaraty reconheceu que a visita à Argentina tem dimensão "claramente política".

Após almoço com Fernández, a tarde de Lula será reservada a encontros com lideranças de direitos humanos, como o movimento Mães da Plaza de Mayo. Depois, segue para encontro com empresários locais no Museu do Bicentenário. Também à tarde, Lula deve se reunir com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e com a vice-presidente Cristina Kirchner.

À noite, o petista participa de evento cultural no Centro Cultural Kirchner (CCK) batizado de "Concerto da Irmandade Argentino-brasileira", com direito a uma exposição fotográfica sobre povos originários assinada por Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial de Lula e secretário de audiovisual do governo brasileiro.

Para terça-feira, 24, estão previstas a participação na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a realização de bilaterais com outros líderes mundiais, como o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu desculpas ao povo da Argentina do que chamou de "grosserias" do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que ao longo do mandato trocou farpas púbicas com o presidente da nação vizinha, Alberto Fernández. As declarações de Lula foram feitas na Casa Rosada nesta segunda-feira, 23, após a reunião bilateral entre os governos brasileiro e argentino, na primeira viagem presidencial do chefe do Executivo.

"Estou pedindo desculpas ao povo argentino por todas grosserias que o último presidente do Brasil, que eu trato como genocida pela falta de cuidado no trato da pandemia, todas as ofensas que ele fez ao companheiro Alberto Fernández. O país que tem a grandeza do Brasil, um país que tem a extensão territorial que tem o Brasil, o país que é mais economicamente, industrialmente, não tem o direito de ficar procurando inimigo", afirmou Lula, que se disse "de braços abertos" para a "manutenção da relação de amizade que nós temos há tantos anos".

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Reconstrução de relação produtiva

Para Lula, o Brasil vivia de costas para América do Sul e de frente para Europa, o que precisa ser mudado. "Vamos reconstruir a relação produtiva de dois países que nasceram para crescer", disse o presidente brasileiro.

Segundo Lula, a boa relação entre os dois países nunca deveria ter sido truncada. "Hoje não é dia de falar do acordo do protocolo que meus ministros assinaram aqui e do acordo que presidente [Alberto] Fernández e eu assinamos. Certamente vocês terão acesso a todos os documentos que foram assinados", afirmou Lula. "Hoje estou aqui para dizer ao presidente da Argentina, para dizer aos ministros argentinos e à imprensa argentina e à imprensa brasileira que hoje é a retomada de uma relação que nunca deveria ter sido truncada", acrescentou.

Lula agradeceu Fernández por sua "solidariedade" ao visitá-lo quando estava preso em Curitiba e lembrou as boas relações entre os dois países nos primeiros mandatos petistas, citando nominalmente a ex-presidente do país e atual vice-presidente Cristina Kirchner. "Minha relação com [Néstor] Kirchner e a companheira Cristina foi privilegiada", destacou.

De acordo com Lula, os empresários brasileiros já compreenderam a importância da Argentina. "As nossas universidades precisam estar mais próximas, porque uma boa relação não é apenas uma relação comercial, é também relação científica, tecnológica, cultural e sobretudo política", disse o presidente brasileiro.

E seguiu: "Quero dizer para vocês, com muito orgulho, que estou de volta para fazer bons acordos com a Argentina. Para compartilhar da construção daquilo que falta ser construído, para ajudar que Argentina e Brasil possam crescer economicamente. Quero garantir que nosso povo possa comer pelo menos três vezes ao dia. Quero garantir que nosso povo possa estudar, trabalhar e ter acesso à cultura."

Ignorando a forte crise econômica que atravessa a Argentina, o presidente afirmou que o país vizinho terminou 2022 em uma situação privilegiada. "Não apenas na economia, na política, mas no futebol", disse.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou, na manhã desta segunda-feira (23), da entrega de uma oferenda floral aos pés do monumento de José de San Martín, símbolo da independência da Argentina em relação à Espanha, na Plaza San Martín, em Buenos Aires. O chefe do Executivo estava acompanhado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.

Durante o evento, Lula foi acompanhado pela cavalaria presidencial argentina e não fez pronunciamento.

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A próxima agenda de Lula nesta segunda-feira será uma reunião bilateral com o presidente argentino Alberto Fernández, na Casa Rosada.

A ida do presidente à Argentina é a primeira viagem internacional desde que assumiu o governo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem, nesta segunda-feira (23), as suas primeiras agendas públicas no exterior desde que tomou posse. Em Buenos Aires na companhia de ministros como Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda), Lula pretende reaproximar o Brasil da nação vizinha em meio à motivação de recuperar a imagem do País lá fora ao longo do mandato. Ao longo das bilaterais, um assunto em foco: a possibilidade de criar, com a Argentina, uma moeda comum para transações financeiras e comerciais.

O primeiro compromisso de Lula em Buenos Aires, que deve acontecer perto das 10h30, tem caráter simbólico. Será a entrega de flores aos pés do monumento de José de San Martín, símbolo da independência da Argentina em relação à Espanha. Em seguida, o petista segue para reunião bilateral com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, na Casa Rosada. Como antecipou a reportagem, para além da moeda comum, estará em pauta a discussão sobre como levar gás de xisto da região de Vaca Muerta para o Brasil.

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O único acordo formal já anunciado para a viagem será assinado logo em seguida, e envolve cooperação científica na Antártida. A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, está na comitiva de Lula. No mais, serão firmados apenas compromissos de pretensão de ajuda mútua em outras áreas, seguidos de uma declaração conjunta à imprensa. Na sexta-feira, o Itamaraty reconheceu que a visita à Argentina tem dimensão "claramente política".

Após almoço com Fernández, a tarde de Lula será reservada a encontros com lideranças de direitos humanos, como o movimento Mães da Plaza de Mayo. Depois, segue para encontro com empresários locais no Museu do Bicentenário.

À noite, o presidente brasileiro participa de evento cultural no Centro Cultural Kirchner (CCK) batizado de "Concerto da Irmandade Argentino-brasileira", com direito a uma exposição fotográfica sobre povos originários assinada por Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial de Lula e secretário de audiovisual do governo brasileiro.

Para terça-feira (24), estão previstas a participação na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a realização de bilaterais com outros líderes mundiais, como os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou neste domingo, 22, para Buenos Aires, capital da Argentina, e dá início, assim, à primeira viagem internacional do novo mandato. Antes de entrar no avião, o petista transmitiu o cargo para o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que estará na presidência interina do País até a próxima quarta-feira.

Diante do anseio do novo governo de fortalecer a política externa brasileira com foco na América Latina, a viagem mira uma espécie de "relançamento" da relação bilateral com o país vizinho. Lula e o presidente da Argentina, Alberto Fernández, vão discutir a possibilidade de adotar uma moeda comum para transações financeiras e comerciais, bem como formas de trazer o gás de xisto da região de Vaca Muerta para o Brasil.

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A comitiva presidencial conta com seis ministros: Mauro Vieira (Relações Internacionais), Fernando Haddad (Fazenda), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Nísia Trindade (Saúde), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

Nesta segunda-feira, 23, Lula terá reuniões bilaterais com Fernández e empresários. Na terça-feira, 24, estão previstas a participação na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a realização de bilaterais com outros líderes mundiais, como os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

Lula devolveu o País à Celac em 5 de janeiro, três anos após o ex-presidente Jair Bolsonaro, aconselhado pelo ex-chanceler Ernesto Araújo, decidir pela saída do órgão.

Já na quarta-feira, 25, antes do retorno a Brasília, Lula e sua comitiva passam por Montevidéu, capital do Uruguai, para um almoço com o presidente Lacalle Pou.

Com o objetivo de imprimir uma "marca latina" no início de seu mandato na primeira viagem internacional após a posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai na próxima semana a Argentina e ao Uruguai. Durante a agenda, o petista também deve se reunir com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Na segunda-feira, 23, Lula terá uma reunião bilateral com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e na terça o petista participa, em Buenos Aires, da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos. O Brasil retornou à Celac no dia 5 de janeiro, três anos após o ex-presidente Jair Bolsonaro deixar o grupo. O encontro entre Lula e Díaz-Canel e Maduro deve ocorrer durante a Celac.

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Para o secretário de Américas do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Michel Arslanian Neto, o encontro de Lula com Maduro é "natural" após o governo brasileiro determinar a reabertura da embaixada em Caracas. "Mas temos que ver, essas reuniões são sempre movimentadas, não dá para cravar se terá reunião", disse.

Neto disse que a visita a Argentina terá uma dimensão "claramente política" para o "relançamento da relação bilateral" entre os dois países.

Na quarta-feira, Lula faz uma visita de Estado ao presidente uruguaio, Lacalle Pou, em Montevidéu.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou o primo do torturador da ditadura militar Carlos Alberto Brilhante Ustra, em comitiva a Orlando, nos Estados Unidos, no final do ano passado. Ele é um dos 24 servidores do Poder Executivo Federal que embarcaram na viagem do ex-mandatário, que está em período sabático no exterior desde 30 de dezembro. 

A informação foi divulgada pelo site Brasil de Fato, com dados do Portal da Transparência do governo. Segundo o portal, Marcelo é bisneto de Celanira Martins Ustra, avó de Brilhante Ustra. Ele foi nomeado para cargo no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República em 9 de julho de 2020. 

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As datas das viagens da comitiva não são um dado completamente transparente, mas se sabe que o grande grupo viajou, de forma gradativa, entre os dias 28 e 30 de dezembro. Marcelo, que está lotado no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) viajou como "integrante da equipe de segurança em apoio à viagem familiar do sr. Presidente da República no dia 28 de dezembro, com retorno previso para o dia 1º de janeiro. 

Soares foi escolhido para embarcar com o objetivo de trabalhar nos preparativos para a chegada da família presidencial. Ele recebeu R$ 5.570,67 em dinheiro público para bancar suas diárias no exterior. De acordo com os registros oficiais, o retorno ao Brasil ocorreu em 1º de janeiro de 2023. 

Marcelo Ustra da Silva Soares é bisneto de Celanira Martins Ustra, avó de Brilhante Ustra, e foi levado ao GSI pelo general Augusto Heleno. “A nomeação não tem absolutamente nada a ver com indicação, com família. É uma nomeação de um plano normal de seleção dentro do Exército”, disse o militar à coluna de Guilherme Amado em julho de 2021, quando foi divulgada a informação. 

Marcelo Ustra da Silva Soares, coronel da ativa do Exército. Foto: Reprodução/Redes

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