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A polêmica envolvendo a volta de Robinho ao Santos, por conta de uma condenação por violência sexual dada pela justiça italiana, tem sido de grande repercussão. Nas redes sociais, torcedores de diversos clubes do futebol brasileiro decidiram levantar uma hashtag, contrariados com a decisão.

Nesta sexta-feira (16), o tema '#levantaRobinho' foi um dos assuntos mais comentados na rede. A tag é voltada para que outros atletas cometam faltas no atacante, caso o Santos mantenha a contratação do jogador. Alguns torcedores chegaram até a falar de agressão.

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"Bruno Gomes não é zagueiro, mas é quase um lutador de UFC, então tá liberado deixar o cotovelo na cara do Robinho", afirmou um torcedor vascaíno. "O Palmeiras disponibiliza o jogador Felipe Melo para fazer parte dessa nobre e bela campanha #LevantaoRobinho", disse um palmeirense.

O fato é que a pressão no Santos é cada vez maior e já começa a afetar os rendimentos financeiros da equipe. Patrocinadores ameaçam quebrar o contrato com o clube, como alguns até já fizeram. Até o momento, Robinho segue como reforço da equipe santista.

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O youtuber e empresário da indústria da beleza Jeffree Star foi acusado de violência física e sexual, de acordo com um novo relatório divulgado pela Insider.

Vários ex-associados da rede Star alegaram ter testemunhado comportamento violento e abusivo do influenciador digital em várias ocasiões durante o final dos anos 2000. Nestes atos impróprios e criminosos estão várias alegações de agressão sexual. Os envolvidos afirmam que o empresário apalpava os homens sem consentimento e usava armas de choque de curto alcance para ferir e intimidar as pessoas ao seu redor.

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Em um incidente de 2009, cinco testemunhas afirmam que Star teria usado um taser em um adolescente em situação de rua, que não quis se aproximar do empresário em um cinema. O rapaz contou à Insider que passou a noite no apartamento do youtuber e que foi obrigado a tomar um medicamento usado contra insônia até que ele estivesse intoxicado e fizesse sexo oral à força.

 

O papel das instituições será o tema do II Congresso Brasileiro de Prevenção à Violência Sexual Infantujuvenil. O evento, que reunirá profissionais de diversas áreas para palestrarem sobre a temática, ocorrerá nos dias 14 e 15 de outubro, e será transmitido no canal Futuro Brilhante, no Youtube.

Nessa segunda edição, os palestrantes falarão sobre o papel das instituições no enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, sejam essas instituições: escolas, universidades, empresas privadas, organizações dos sistemas de segurança pública e outras. Assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, pessoas do Direito, educação física e Terapia Ocupacional serão os palestrantes. “O trabalho com violência é um trabalho em rede e circular em outros espaços, com diferentes vertentes, é muito significativo”, disse Cátula Pelisoli, idealizadora do Canal Proteja, no Youtube, e palestrante do Congresso.

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Segundo Diego Martins, idealizador do projeto Futuro Brilhante e organizador do Congresso, a pandemia provocou uma nova forma das pessoas se reunirem sem estarem fisicamente próximas, e isso possibilitou que participantes de outros estados pudessem prestigiar o congresso. “Nós ficamos muito empolgados com o resultado do primeiro congresso. Alcançamos pessoas de 20 estados e de 54 cidades diferentes, algo que antes da pandemia era inimaginável, então decidimos levar essa missão para sensibilizar mais pessoas, levar conteúdos de qualidade para cada vez mais cidades e disseminar estratégias de prevenção da violência sexual infanto-juvenil”, afirmou.

Samara Siqueira, autora da obra “Abusada – relatos de abusos sexuais e superação”, é uma das palestrantes. No livro, ela descreveu os caminhos que seguiu para superar as violências sexuais sofrida na infância. “É raro encontrar alguém que se disponha a depor sobre o assunto de maneira leve e descontraída sem retirar a devida responsabilidade e importância. O objetivo do meu trabalho é tentar trazer conforto, transparência e clareza mediante o diálogo sem tabus”, disse a autora.

Fernanda Lima, voluntária do projeto, disse que está ansiosa pelo dia do Congresso. “Me interessei especificamente pelo voluntariado do Futuro Brilhante, primeiramente pela proposta de educar como forma de prevenir a violência sexual contra a criança e adolescente e porque senti muita seriedade no trabalho apresentado. Todos lá dentro trabalham, e muito,  porque acreditam na causa do Futuro Brilhante”, afirmou a acadêmica de psicologia, que conheceu o projeto pelo instagram.

A empreendedora Laura Rolim ama as causas sociais e é voluntária do projeto.

Para ela, o congresso traz à tona um tema delicado. “Eu acredito que só a educação pode prevenir os casos de violência sexual. Empoderar crianças com conhecimento sobre seu corpo e família para que possamos reduzir os casos”, concluiu.

Para se inscrever no Congresso basta entrar em contato com @futuro.brilhante nas redes sociais.

Da assessoria

A Polícia Civil está investigando um caso de uma adolescente de 13 anos que engravidou após ser estuprada no Recife. A corporação informou que houve a instauração de inquérito policial e depoimentos estão sendo colhidos.

Segundo a polícia, a família denunciou o ocorrido na segunda-feira (21) de manhã. A jovem foi encaminhada ao Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-PE), na capital. A unidade de saúde informou que não vai comentar o caso por questões jurídicas e de sigilo médico.

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O crime está sendo investigado pela Delegacia do Vasco da Gama, na Zona Norte do Recife. Não houve prisões até a manhã desta terça-feira (22).

O Cisam-PE foi a unidade responsável por fazer o aborto legal de uma menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo tio em São Mateus-ES. O procedimento ocorreu nos dias 16 e 17 de agosto. O suspeito do crime foi preso na casa de parentes em Betim-MG.

 

Reunindo quatro anos de pesquisas, viagens e conversas com mais de 100 vítimas de violência sexual e suas famílias, a jornalista Ana Paula Araújo, conhecida principalmente pelo seu trabalho na bancada do Bom Dia Brasil, lança o livro “Abuso  – A cultura do estupro no Brasil", que sai em outubro, pela Globo Livros.

Esse é o primeiro livro escrito pela nova autora, que comentou através das suas redes sociais ter sido um trabalho muito difícil, e que ela espera “que ajude muita gente”, mas que também “nos (sociedade) ajude a refletir”. 

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A obra reúne opiniões de psiquiatras e outros especialistas. Criminosos também foram ouvidos, já que o livro busca uma compreensão de como opera a lógica do estupro. O caso da menina de 12 anos que era abusada pelo pai, na Ilha de Marajó, no Pará, é uma das tristes histórias contadas pela jornalista.

Sobre o trabalho, ela também comentou: “O assunto é muito dolorido, desconfortável e foi difícil ouvir os depoimentos das vítimas. Muitas desenvolvem depressão, dificuldades de relacionamento. Quando crianças, podem ainda se tornar agressivas. Prestar atenção no comportamento das crianças é uma boa forma de perceber se há algo errado acontecendo”. 

Foto: Reprodução/Instagram/Ana Paula Araújo

Nesta segunda-feira (17), o médico e gestor executivo do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM-UPE), Olímpio Barbosa, concedeu entrevista à rádio BandNewsFM, para comentar o procedimento de aborto legal realizado ontem, no Recife, na criança de 10 anos estuprada pelo tio. O caso chamou a atenção de todo o país durante a última semana.

O procedimento foi realizado pelos plantonistas do CISAM, que é referência no atendimento de saúde da mulher, e coordenado pelo médico. O profissional comentou que sentiu tristeza ao notar a presença de manifestantes antiaborto no local, e afirma que a experiência o fez concluir que o discurso pró-vida é “uma falácia”.

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"A classe alta procura o aborto com maior frequência do que a classe desfavorecida. O Brasil é o país da hipocrisia. A defesa da vida é uma falácia. Se consideram que o embrião tem vida, deveriam estar nas portas das clínicas de reprodução humana, que descartam milhares de embriões", pontuou à BandNewsFM. “Nunca passei por nada parecido”, continuou, referindo-se à hostilidade dos manifestantes.

Apesar do procedimento ser comum às equipes da clínica — são realizados cerca de 50 por ano no CISAM-UPE, sobretudo em menores vítimas de violência sexual — Olímpio comentou que o caso da menina apresenta maior raridade, pois não é comum uma criança de 10 anos ovular ou possibilitar uma gravidez. Se a gestação não tivesse sido interrompida, ela provavelmente sofreria complicações de saúde, por ter o corpo pouco desenvolvido.

Em adição, disse que se o aborto não tivesse sido autorizado, “o Estado brasileiro estaria conivente com a dor e a violência”.

O procedimento foi validado judicialmente pelo estado do Espírito Santo. Após a transferência da vítima para a cidade do Recife, o aborto foi realizado. A criança passa bem e pode receber alta ainda nesta semana.

O ex-BBB Felipe Prior, eliminado da 20ª edição do programa na última terça (31), está sendo acusado de estupro e tentativa de estupro por três mulheres. Elas teriam apresentado denúncia após a aparição do arquiteto no Big Brother. Os crimes teriam acontecido entre os anos de 2014 e 2018 durante os jogos universitários das faculdades de arquitetura e urbanismo de São Paulo, chamados de InterFAU.

De acordo com a revista Marie Claire, três mulheres apresentaram denúncias contra Prior. A primeira alega ter sido violentada pelo ex-BBB no dia 9 de agosto de 2014, após uma festa da InterFAU. Segundo a jovem, ela teria pego uma carona com Felipe e, no meio do caminho até sua casa, foi forçada a praticar o ato sexual no banco traseiro do carro. Ela conta ter precisado de assistência médica após o ato, por conta de uma laceração em seu lábio vaginal esquerdo, mas não apresentou queixa à época. “Simplesmente coloquei a violência que sofri debaixo do tapete por seis anos. Achei que não lidando com ela, sumiria em mim”, disse em entrevista à publicação.    

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Outras duas denunciantes dão conta de violências semelhantes. Uma delas relata ter sido assediada pelo arquiteto em 2016, durante os jogos InterFAU no município de Biritiba Mirim, Felipe teria praticado o crime de tentativa de estupro contra a estudante que teria conseguido escapar ao empurrá-lo com os braços e as pernas. Já a outra, conta ter sido abusada por Prior em 2018, durante os jogos realizados em Itapetininga. 

De acordo com a Marie Claire, as três mulheres estão sendo representadas pelas advogadas Maíra Pinheiro e Juliana Almeida. AInda haveria uma quarta vítima que preferiu não registrar queixa. Segundo a revista, Felipe Prior foi procurado para comentar as acusações, por meio de sua assessoria de imprensa, porém não houve resposta.

Uma mulher que garante ter sido agredida sexualmente por Harvey Weinstein quando tinha 16 anos, em 2002, entrou na Justiça contra o famoso ex-produtor de cinema nesta quinta-feira (19), após rejeitar um acordo fruto de uma ação civil coletiva.

A ação foi apresentada no tribunal estadual de Nova York por Kaja Sokola. À época dos fatos relatados, ela acabava de chegar a Nova York, procedente da Polônia, e sonhava com ser atriz, ou modelo, disse seu advogado, Douglas Wigdor, em um comunicado.

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Em 2018, Sokola se associou a uma demanda coletiva contra o magnata de Hollywood, sem revelar sua identidade.

Quando, em 11 de dezembro, os advogados de Weinstein anunciaram que chegaram a um acordo de princípio com as supostas vítimas para resolver a demanda coletiva, ela rejeitou os termos e decidiu apresentar uma nova ação judicial em seu nome.

Embora a agressão tenha acontecido há 17 anos, uma lei que entrou em vigor em agosto em Nova York estendeu consideravelmente os prazos de prescrição para crimes de agressão sexual contra menores.

Segundo a ação de 23 páginas, a jovem Kaja Sokola foi apresentada em setembro de 2002 a Weinstein, que a convidou para almoçar alguns dias depois. Ele teria dado a entender que queria ajudá-la na carreira.

Em vez de levá-la para um restaurante, ele a levou para sua casa, onde a demandante garante que Weinstein a "aterrorizou e abusou sexualmente".

Hoje, Sokola, de 33 anos, trabalha como psicóloga e terapeuta na Polônia. O valor da indenização exigida por ela não foi divulgado.

Duas mulheres que participavam de um esquema criminoso que produzia e distribuía arquivos contendo imagens de abuso sexual infantil foram presas nesta quinta-feira (19). As vítimas violentadas eram os próprios filhos das acusadas.

Essa operação faz parte da Operação "Pedomom", que descobriu a participação de um casal ucraniano e um homem brasileiro no esquema - todos estes também já foram presos. A Polícia Federal informou ao G1 que o casal da Ucrânia produzia e distribuía arquivos contendo imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes no seu país. 

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Já o homem brasileiro, com a ajuda de suas duas ex-mulheres - essas presas agora na continuidade da operação -,  abusava sexualmente de seus dois filhos, uma menina de 11 anos e um garoto de 5 anos de idade. De acordo com a PF, as crianças foram por diversas vezes violentadas sexualmente - tudo filmado para ser revendido depois no esquema criminoso.

A Polícia Federal aponta que há registro de ocorrência de mais de 30 estupros, além de imagens de tortura praticada contra uma das crianças. Os estupros eram trocados em fóruns da Deep Web que são dedicados a abusos sexuais praticados por pais e mães.

A Polícia Militar do Ceará prendeu nesta segunda-feira (29) pai, tio e avô de uma criança de 11 anos. Os homens são suspeitos de estuprar a garota há pelo menos 3 anos. Foi o Conselho Tutelar da cidade de Cascavel, Região Metropolitana de Fortaleza, que fez a denúncia na Delegacia do município. 

À TV Verdes Mares, a polícia disse que a violência sexual acontecia quando a menina, que morava com o pai, mãe e um irmão, ficava sozinha. Os suspeitos podem pegar até 22 anos de prisão, cada um, podendo a pena ser aumentada em 50% por se tratar de uma criança. A menor foi encaminhada para o Conselho Tutelar de Cascavel.  

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Na tarde dessa quinta-feira (13), a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Viamão, no Rio Grande do Sul, deflagrou a Operação Canjerê, em cumprimento a mandado de busca e apreensão e prisão preventiva no combate a crimes contra a dignidade sexual. Na ação, um homem de 62 anos foi preso. Ele é suspeito da prática dos crimes de estupro, estupro de vulnerável e violência sexual mediante fraude.

De acordo com a delegada Jeiselaure de Souza, o indivíduo, que é pai de santo, é suspeito de diversos abusos realizados nas sessões em seu centro religioso, no bairro Itapuã.

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"Diversas vítimas procuraram a Especializada para denunciar a violência sexual praticada pelo homem. Elas relataram, entre outros fatos, que após consumirem bebida alcoólica durante os rituais, acabavam perdendo a consciência e acordando em condições que indicavam as práticas sexuais, que eram então atribuídas aos cultos realizados pelo suspeito. As investigações prosseguem para saber se há outras vítimas, bem como para apurar a participação de outros envolvidos", relatou a delegada.

Um homem foi preso em flagrante por estuprar sua sogra, uma idosa de 101 anos de idade, em Pombos, Zona da Mata de Pernambuco. A prisão ocorreu após a esposa do suspeito instalar câmeras escondidas e filmar a violência sexual.

O suspeito foi identificado como José Bezerra da Silva, vulgo Dé, de 44 anos. Ele estava casado com a mulher que o denunciou há mais de 21 anos.

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A filha da idosa decidiu instalar as câmeras no quarto por estar desconfiada do companheiro. José Bezerra não ofereceu resistência a prisão e confessou a autoria do crime.

O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Vitória de Santo Antão. O preso será apresentado em audiência de custódia da Comarca de Vitória de Santo Antão, quando poderá ser decretada sua prisão preventiva.

Um jogo eletrônico no qual o usuário pode "assediar, matar e estuprar mulheres" foi proibido no Steam, a maior plataforma digital de venda de jogos no mundo, após uma série de protestos e uma petição online que reuniu mais de oito mil assinaturas.

Depois de fazer a promoção do produto durante várias semanas, antes de seu lançamento em abril, a Steam decidiu não vender o "Rape Day" ("Dia do Estupro") explicando que o jogo envolve "custos e riscos desconhecidos".

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"Respeitamos o desejo de expressão de nossos desenvolvedores, e o propósito da Steam é ajudá-los a encontrar um público, mas este desenvolvedor escolheu um conteúdo e uma forma de representação que torna muito difícil a nossa ajuda para ele", informa um comunicado da Valve, desenvolvedora de plataformas digitais com sede no estado de Washington e proprietário da Steam.

No ano passado, a empresa também retirou de sua plataforma o jogo "Active Shooter", que simulava um tiroteio numa escola.

"Rape Day" é descrito pelo seu desenvolvedor, a Desk Plant, como "uma novela visual onde controlamos as escolhas de um sociopata durante um apocalipse zumbi. Podemos agredir verbalmente, matar pessoas e violar mulheres à medida que avançamos na história".

A notícia do lançamento do jogo gerou várias manifestações contrárias em diferentes países e redes sociais, além de uma petição apresentada pela Change.org com cerca de oito mil assinaturas. Por conta da pressão, a Steam inclusive retirou do ar qualquer tipo de menção ao game.

A força-tarefa do Ministério Público (MP) de Goiás, que investiga as denúncias de crimes sexuais envolvendo o médium João Teixeira de Farias, o João de Deus, de 76 anos, não vai parar neste feriado de Natal nem de Ano Novo. O grupo recebeu 596 relatos de mulheres que se dizem vítimas, das quais 75 já foram ouvidas em Goiás e em outros estados.

Das 255 pessoas identificadas, 23 tinham entre 9 e 14 anos na ocasião dos fatos,  28 entre 15 e 18 anos, e 70 com idade de 19 a 67 anos, segundo os promotores que atuam na força tarefa. Eles citam pelo menos três casos, cujos crimes envolvem estupro, violência sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.

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Para os promotores, o médium se valia da fé dos freqüentadores, do respeito que tinham por ele e da fragilidade das pessoas, muitas vezes, com graves doenças, para tirar proveito da situação.

João de Deus está preso preventivamente desde o dia 16, no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, a 18 quilômetros da capital. A defesa já recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de reverter a detenção para prisão domiciliar com tornozeleira.

Interdição

A Superintendência de Saúde em Vigilância de Goiás (Suvisa) fechou o laboratório que funcionava na farmácia da Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. Segundo os técnicos, no local eram fabricados medicamentos em escala industrial, sem autorização.

De acordo com informações da força-tarefa, a interdição também menciona questões de manipulação contrárias às normas sanitárias e más condições de acondicionamento de instrumento cirúrgico. Houve autuação administrativa, cujo teor será analisado pelos promotores para as devidas responsabilizações.

A imprensa de Goiás informa sobre a existência de nove inquéritos já instaurados contra João de Deus, dos 16 casos denunciados à Polícia Civil até momento. Em um deles, já concluído, o médium foi indiciado por violação sexual mediante fraude.

O delegado-geral que acompanha o caso, André Fernandes, destacou que um grupo trabalha especificamente para analisar as armas localizadas em uma das residências do médium. Também há avaliação das pedras preciosas e do dinheiro encontrado, inclusive em moeda estrangeira.

Busca e apreensão

Há três dias, houve nova busca na casa de atendimento do médium, em Abadiânia, para complementação do levantamento estrutural do empreendimento, em operação que envolveu a Polícia Civil e a Superintendência de Vigilância Sanitária.

A promotora de Justiça Gabriella de Queiroz disse que  foram apreendidos novos materiais, cuja especificação será detalhada pela Polícia Civil ao término dos trabalhos.

A força-tarefa do MP foi instituída pelo procurador-geral de Justiça no dia 10 de dezembro e ampliada, tendo agora como integrantes os coordenadores dos centros de Apoio Operacional Criminal e de Direitos Humanos, Luciano Meireles e Patrícia Otoni; o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Thiago Galindo; e os promotores de Justiça Cristiane Marques, Gabriella de Queiroz (membro do Gaeco), Paulo Penna Prado (subcoordenador do Centro de Apoio Operacional - CAO Criminal) e Augusto César Borges.

O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, está preso por suspeita de crimes sexuais, há uma semana. No último domingo (16), ele se entregou às autoridades policiais de Goiás, em área rural nas proximidades de Abadiânia, região central do estado. A prisão é preventiva, ou seja, sem prazo para terminar.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, ainda vai decidir sobre pedido de liberdade impetrado pela defesa do médium.

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João de Deus, de 76 anos, foi preso depois de denúncias de crimes de estupro e violência sexual mediante fraude. Na última sexta-feira (21), foi decretada nova prisão do médium, por posse ilegal de armas de fogo. Em operações realizadas em endereços ligados ao médium, foram apreendidas seis armas, além de mais de R$ 400 mil, pedras preciosas e medicamentos.

Segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO), foram feitos 596 contatos pelo e-mail criado pela instituição especificamente para essa investigação. Desses, foram identificadas 255 possíveis vítimas do médium, tendo sido ouvidas formalmente 75 em Goiás e em outros estados até o momento.

Entre as vítimas identificadas, cujas mensagens foram encaminhadas exclusivamente para o canal de comunicação do MP goiano, estão as originadas de Brasília (39), de Goiás (21), do Rio Grande do Sul (20), Espírito Santos (11), Minas Gerais (15), Rio de Janeiro (7), Paraná (6), Santa Catarina (4), Mato Grosso (3), Mato Grosso do Sul (1), Maranhão (1), Pernambuco (1), Piauí (1) e Tocantins (1). As mensagens encaminhadas ao MP também vieram do exterior, como listaram os promotores, sendo elas dos Estados Unidos (4), da Austrália (3), da Alemanha (1), da Bélgica (1), da Bolívia (1) e da Itália (1).

Das 255 pessoas identificadas, 23 tinham entre 9 e 14 anos na ocasião dos fatos; 28 entre 15 e 18 anos, e 70 com idade de 19 a 67 anos. Segundo o Ministério Público de Goiás, os próximos passos da investigação incluem, além da continuação das oitivas das vítimas, o depoimento do próprio investigado e a apresentação de denúncia criminal de, pelo menos, três casos, cujos crimes são estupro, violência sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. O médium ainda pode ser denunciado por outros crimes a partir do prosseguimento das investigações.

De acordo com o promotor Luciano Meireles, 112 crimes estariam prescritos devido ao fato de João de Deus ter mais de 70 anos de idade. No entanto, o MP pede que as vítimas não deixem de denunciar os abusos do médium.

“O fato de o denunciado contar hoje com mais de 70 anos de idade, o prazo prescricional corre pela metade. Entretanto, é imprescindível que essas vítimas – mesmo as dos relatos prescritos – sejam ouvidas, pois esses relatos servirão como prova para aqueles crimes que não estão prescritos e a gente tem que frisar a semelhança entre os relatos. Por isso, é muito importante que vítimas, mesmo ultrapassado o prazo de 10 anos, procurem o Ministério Público para dar mais consistência aos depoimentos que estão sendo prestados”, afirmou o promotor no último dia 21.

Pedido de liberdade

O habeas corpus impetrado pela defesa de João de Deus foi sorteado para relatoria do ministro Gilmar Mendes, mas devido ao recesso do Judiciário, o processo foi encaminhado ao gabinete do presidente do STF, Dias Toffoli, responsável pelo plantão.

Na quinta-feira (20), Toffoli pediu informações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) antes de decidir sobre o pedido de liberdade feito pela defesa. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça de Goiás com base em 15 denúncias já formalizadas em Goiânia.

Há dois dias, o ministro Nefi Cordeiro, do STJ, negou seguimento a um habeas corpus impetrado pelo advogado Alberto Toron, que representa o médium. Ele argumentou supressão de instâncias, uma vez que um pedido de liberdade ainda está pendente de julgamento na primeira instância.

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou liminar para soltar o médium, mas ainda não julgou o mérito do habeas corpus impetrado na primeira instância.

O ginecologista congolês Denis Mukwege e a ativista yazidi Nadia Murad, dois símbolos da luta contra a violência sexual, receberão na segunda-feira (10) o Prêmio Nobel da Paz, que este ano chamou a atenção para o uso do estupro como arma de guerra.

Murad, 25 anos, e Mukwege, 63, receberão o prêmio em Oslo. Os dois foram reconhecidos pelo Comitê Nobel "por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra".

Mukwege trabalha há 20 anos no tratamento das feridas e traumas das mulheres que são vítimas de abusos no leste da República Democrática do Congo, região afetada pela guerra.

"Nós fomos capazes de traçar uma linha vermelha contra as armas químicas, as armas biológicas e as armas nucleares", declarou à AFP em 2016. "Agora devemos traçar também uma linha vermelha contra o estupro como arma de guerra".

Murad se tornou uma incansável defensora dos direitos dos yazidis desde que sobreviveu aos horrores do cativeiro nas mãos do grupo Estado Islâmico (EI), que conquistou amplas faixas de território no Iraque e Síria e transformou a comunidade de língua curda em um de seus alvos.

Capturada em 2014, foi submetida a um casamento forçado, agredida e vítima de um estupro coletivo antes de escapar.

Os dois vencedores dedicaram o prêmio às mulheres que sofrem violência sexual em todo o mundo.

"Denis Mukwege é o ajudante que dedicou sua vida a defender estas mulheres. Nadia Murad é a testemunha que fala dos abusos dos quais ela e outras foram vítimas", disse a presidente do Comitê Nobel, Berit Reiss-Andersen, ao anunciar o prêmio, em 5 de outubro.

"Cada um, a sua maneira, ajudou a dar maior visibilidade à violência sexual em tempos de guerra, para que os autores prestem contas por suas ações".

- Busca por justiça -

Murad e Mukwege representam o combate contra um flagelo global que vai além de uma única guerra, como demonstrou o movimento #MeToo.

Mukwege já tratou dezenas de milhares de vítimas, mulheres, crianças e até bebês de apenas alguns meses, em seu hospital de Panzi, que fundou em 1999 na região congolesa de Kivu do Sul.

Murad foi uma das milhares de yazidis sequestradas, agredidas e estupradas pelos extremistas do EI em 2014.

As mulheres mais velhas e os homens foram executados de modo sumário durante o avanço do EI, o que a ONU considera um possível genocídio. A mãe e seis irmãos de Murad morreram nas mãos do grupo.

Agora, Murad é embaixadora da ONU para a Dignidade dos Sobreviventes de Tráfico de Pessoas e lidera os esforços para proteger a comunidade yazidi. Também luta por justiça para as vítimas dos jihadistas, uma lua na qual tem o apoio da advogada dos direitos humanos Amal Clooney.

Mais de 6.800 yazidis foram sequestrados: 4.300 escaparam ou foram comprados como escravos, enquanto 2.500 seguem desaparecidos, de acordo com um relatório recente da Federação Internacional dos Direitos Humanos.

"Para mim, justiça não quer dizer matar todos os membros do Daesh que cometeram os crimes contras nós", disse Murad em outubro em Washington, ao utilizar o acrônimo em árabe para o EI.

"Justiça é levar os membros do Daesh a um tribunal e vê-los admitir à justiça os crimes que cometeram contra os yazidis e que sejam punidos por estes crimes", completou.

O Prêmio Nobel da Paz - uma medalha de ouro, um diploma e 9 milhões de coroas suecas (um milhão de dólares) - será entregue em uma cerimônia na Prefeitura de Oslo na segunda-feira às 12H00 GMT (10H00 de Brasília).

Uma estudante de jornalismo denunciou ter sofrido assédio de um suposto pastor em via pública no Recife na última terça-feira (6). O acusado Arthur Felipe Silva, de 22 anos, assinou um Termo de Compromisso na delegacia e foi liberado.

Aline de Souza, de 22 anos, conta que saía da faculdade para encontrar amigos no Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro, área central da cidade. Na altura da Ponte Duarte Coelho, ela percebeu que um homem estava logo atrás. Quando ela dobrou na Rua do Hospício, notou que Arthur estava tão próximo que era possível sentir a respiração dele.

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Por duas vezes, o suspeito aproximou da jovem a ponto dela empurrá-lo. "Perguntei se ele era louco ou estava 'viajando'", diz a jovem. Mais à frente, o homem teria aproximado o rosto dos seios dela e dito que iria se masturbar para ela. "Eu o empurrei e gritei, chamei ele de louco, tarado, mas ninguém fez nada, só olhou", lembra Aline.

Quando a estudante encontrou os amigos, relatou o caso e o grupo foi tirar satisfação com o acusado. A Guarda Municipal, então, deteve Arthur.

Aline e o suspeito foram levados para a Central de Plantões da Capital, na Zona Norte do Recife, onde foi assinado o Termo de Compromisso. Lá, Aline diz ter ouvido Arthur alegar que era pastor auxiliar da Igreja Universal e que mora dentro de uma igreja. Ele contou que está estudando para deixar de ser auxiliar e assumir como pastor principal.

Universal nega que suspeito seja pastor

Em nota, a Igreja Universal do Reino de Deus informou que o Arthur não é pastor da instituição. "Trata-se de alguém que estava em fase de avaliação de conduta e comportamento para sua elegibilidade ao ministério pastoral. A partir desse comportamento inaceitável que veio a público, ele foi definitivamente afastado do programa de preparação de pastores", assegura o documento.

Acusado é liberado

Para frustração da vítima, o suspeito foi liberado após o registro de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). "Eu pedi para representar contra ele em um processo criminal e o delegado não quis. E se este cara tivesse me levado para uma rua e me estuprado? A culpa seria de quem?", questiona ela. Desde setembro, importunação sexual é crime com pena de até cinco anos de prisão.

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Aline de Souza, de 22 anos, conta que saía da faculdade para encontrar amigos no Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro, área central da cidade. Na altura da Ponte Duarte Coelho, ela percebeu que um homem estava logo atrás. Quando ela dobrou na Rua do Hospício, notou que Arthur estava tão próximo que era possível sentir a respiração dele.

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Quando a estudante encontrou os amigos, relatou o caso e o grupo foi tirar satisfação com o acusado. A Guarda Municipal, então, deteve Arthur.

Aline e o suspeito foram levados para a Central de Plantões da Capital, na Zona Norte do Recife, onde foi assinado o Termo de Compromisso. Lá, Aline diz ter ouvido Arthur alegar que era pastor auxiliar da Igreja Universal e que mora dentro de uma igreja. Ele contou que está estudando para deixar de ser auxiliar e assumir como pastor principal.

Universal nega que suspeito seja pastor

Em nota, a Igreja Universal do Reino de Deus informou que o Arthur não é pastor da instituição. "Trata-se de alguém que estava em fase de avaliação de conduta e comportamento para sua elegibilidade ao ministério pastoral. A partir desse comportamento inaceitável que veio a público, ele foi definitivamente afastado do programa de preparação de pastores", assegura o documento.

Acusado é liberado

Para frustração da vítima, o suspeito foi liberado após o registro de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). "Eu pedi para representar contra ele em um processo criminal e o delegado não quis. E se este cara tivesse me levado para uma rua e me estuprado? A culpa seria de quem?", questiona ela. Desde setembro, importunação sexual é crime com pena de até cinco anos de prisão.

A Polícia Civil divulgou, nesta terça-feira (9), a prisão de um homem de 19 anos acusado de estuprar o sobrinho de cinco anos. O caso aconteceu em uma comunidade de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife, no dia 27 de junho.

Segundo o delegado Ademir Oliveira, do Departamento de Proteção da Criança e do Adolescente (DPCA), a gravidade do abuso foi tanta que o menino foi hospitalizado e precisou passar por recomposição do esfíncter anal. “A criança recebeu atendimento em uma UPA [Unidade de Pronto Atendimento], mas, devido à gravidade dos ferimentos, foi transferida para o Imip e lá passou pela cirurgia de recomposição. Ela recebeu acompanhamento psicológico”, resume o delegado.

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Ainda conforme o delegado, o tio admitiu o crime. “Até por que era impossível não fazê-lo. Ele era a única pessoa que estava dentro de casa com a criança no momento. O sangramento e as dores na criança também foram imediatos”, complementa.

O menino também deu detalhes do ocorrido. Segundo Ademir, cerca de 80% dos crimes de natureza sexual têm como vítima crianças e adolescentes. “E a maior parte deles ocorre dentro da relação familiar, por pais, tios, avós, irmãos, ou por relação de proximidade, professores, pessoas da igreja, porteiro, motorista de transporte escolar”, explica. O delegado recomenda que a família fique atenta ao comportamento da criança, que tende a ficar mais isolada e inibida após ser vítima de abuso sexual.

O congolês Denis Mukwege e a iraquiana Nadia Murad foram laureados nesta sexta-feira (5) com o Nobel da Paz de 2018 "por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como uma arma de guerra e conflito armado".

O ginecologista Mukwege, conhecido como "doutor milagre", passou grande parte da sua carreira tratando as vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo. Além disso, foi um crítico do governo congolês e de outros países por não fazerem o suficiente para acabar com os abusos contra mulheres, principalmente em locais que estão enfrentando conflitos armados.

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Segundo a Academia do Nobel, o médico de 63 anos e sua equipe trataram cerca de 30 mil vítimas. Murad, por sua vez, é uma mulher da minoria religiosa yazidi. Ela se tornou uma ativista dos direitos humanos após ter sido escrava sexual do Estado Islâmico (EI) no Iraque por três meses.

Descrita como uma pessoa que mostra uma "coragem incomum", ela fugiu dos terroristas em 2014 e liderou uma campanha para impedir o tráfico de seres humanos e libertar os yazidis da perseguição.

Segundo a Academia, Murad é mais uma das milhares de mulheres que sofreram abusos sexuais no Iraque. A violência sexual é utilizada pelo grupo terrorista como uma arma de guerra.

Da Ansa

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