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Nos esforços por uma cura ou método preventivo para o coronavírus, um laboratório de Londres, na Inglaterra, propôs uma campanha no mínimo inusitada. Para testar a vacina produzida por cientistas, o Queen Mary BioEnterprises Innovation Centre promete uma recompensa em dinheiro para voluntários que topem se infectar com o Covid-19.

O plano é realizar o teste em 24 pessoas e, em troca, cada candidato vai receber a quantia de R$ 21.405. Antes de ser selecionado, o paciente deve passar por exames. Só depois do resultado, vai receber duas doses mais fracas do vírus, que devem causar sintomas leves, e depois as vacinas produzidas.

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Encerrada a etapa, o paciente ficará em quarentena por 14 dias antes de passar por novos testes. “As empresas de medicamentos podem ter uma ideia muito boa dentro de alguns meses após o início de um estudo de vacina, trabalhando ou não, usando uma amostra tão pequena de pessoas”, afirmou o principal cientista da pesquisa, Andrew Catchpole.

Na corrida contra o tempo, a campanha só terá início após a aprovação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido. Ainda assim, especialistas acreditam que é impossível que a vacina fique pronta a tempo para combater a epidemia, conforme informações do El Mundo e New York Post.

Tontura, náuseas, dor de cabeça e reações alérgicas estão entre os sintomas relatados por parte dos voluntários de mutirões para remover óleo de praias pernambucanas. A situação é apontada até por quem usou máscaras, galochas e luvas. E, apesar da recomendação das autoridades de usar equipamento de proteção, é comum ver muitos com os corpos expostos. Unidades médicas já têm criado postos de atendimento nas praias e orientado os profissionais de saúde sobre como lidar com esses casos.

"Estava puxando o óleo para a areia e me senti mal. Quando puxei, o cheiro estava atípico, como de óleo muito concentrado", conta a dona de casa Marília Clementino, de 31 anos. A moradora de Jaboatão dos Guararapes viajou cerca de uma hora ontem até Paulista (PE), para ajudar na limpeza da Praia do Janga. No grupo, duas pessoas se sentiram mal no mesmo dia. Marília relata tontura e dor de cabeça, e atribui a reação ao uso inadequado da máscara.

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Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, são investigadas 19 intoxicações com suspeita de relação com o óleo. Segundo a pasta, houve casos ligados ao contato com o poluente e também pelo uso indevido de solventes para remoção.

"A gente tem visto pessoas procurarem unidades de saúde, mas eles informam que retiraram o óleo com benzina, gasolina, querosene", disse ontem o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Segundo ele, não há ainda preocupação à saúde e o governo faz estudos sobre o impacto na cadeia alimentar. "Até o momento, a gente não tem nenhum alerta."

O jornal O Estado de S. Paulo acompanhou mutirões em praias pernambucanas nos últimos três dias. Entre voluntários e agentes públicos, todos ficavam com alguma parte do corpo exposta, nem que fosse pelo comprimento da roupa. Vários entravam na água ou no meio de pedras sujas de óleo.

Pescador há mais de 25 anos, Adalberto Barbosa, o Formigão, mora e trabalha em São José da Coroa Grande (PE). Desde os primeiros sinais de óleo, se juntou ao trabalho de limpeza. "Começamos cedinho e vamos até a noite. É nosso ganha-pão. Se não puder pescar, minha família passa necessidade." Na segunda, vieram os sintomas. "Tive muita dor de cabeça e vomitei. Senti o corpo mole, como se estivesse com uma gripe daquelas. Mas só parei um dia. Fui medicado, me sinto melhor e continuo trabalhando."

Dos 19 pacientes reportados, 17 foram em São José - os outros dois foram em Ipojuca. Marcello Neves, diretor clínico do Hospital Municipal Osmário Omena de Oliveira, diz que foram registrados dois tipos de reação ao óleo. Dos atendimentos, 70% foram de problemas de pele. "As pessoas tiveram dermatite de contato, apresentando coceiras e feridas na pele, além de dor de cabeça. Houve ainda pacientes que tiveram reações por inalar os gases que saem do óleo. Nesses casos, a maioria apresentou dor de cabeça, enjoos, vômito e tontura."

Para especialistas, só deve haver problemas mais graves após exposição muito prolongada. Outra preocupação dos médicos é de que as substâncias tóxicas se espalhem pelo ambiente, como nos lençóis freáticos, o que também traria riscos.

Bahia

Voluntários e representantes de colônias de pescadores baianos também relatam problemas. A bióloga e professora de surfe Carla Circenis, de 49 anos, ficou com os olhos inflamados e caroços na pele. "Mesmo tendo conhecimento de bióloga e até prevendo consequências, entrei na água. No outro dia, amanheci muito mal", conta ela, de Salvador. A Secretaria de Saúde da Bahia informou não ter registros de contaminação. O governo também vai avaliar se frutos do mar estão próprios para consumo.

Cuidados

Sintomas: Voluntários que atuaram na retirada do óleo no Nordeste relatam vômito, náusea e ardência nos olhos. Os problemas são causados tanto pelo contato com a substância quanto pelo uso de solventes para limpeza da pele.

Na hora da limpeza: Pessoas que atuam na retirada do óleo devem evitar o contato com a substância por meio de máscara descartável, luvas de borracha e botas. As roupas, de preferência impermeáveis, devem cobrir pernas e braços.

Produtos nocivos: Em caso de contato, não devem ser usados solventes, como querosene, gasolina, álcool, acetona, para retirar o óleo da pele. Esses produtos podem ser absorvidos e causar lesões. Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, o indicado é que sejam usados óleo de cozinha ou produtos contendo glicerina ou lanolina.

Quem não deve ir: Crianças, gestantes e doentes crônicos não devem atuar nos mutirões de limpeza.

(Colaboraram Renata Okumura, Mateus Vargas e Vinícius Brito, Felipe Goldenberg, Milena Teixeira, especial para o Estado)

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Setor de limpeza tenta evitar danos à saúde causados pelo contato com o óleo. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

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Uma lona preta improvisada de frente para o mar, alguns recipientes de óleo de cozinha e muita boa vontade. É apenas disso que estudantes e trabalhadores do bairro do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, dispõem para limpar os corpos dos voluntários que tiveram contato direto com o óleo que se alastra por toda a região Nordeste, há pelo menos 55 dias. Sob o sol forte, os responsáveis pelo setor de limpeza das áreas atingidas tentam evitar as graves consequências que a substância tóxica pode causar à saúde de outras pessoas.

A estudante Isabel Alexandrino resolveu ajudar na limpeza dos voluntários porque percebeu que a atividade é de grande dificuldade para quem está sujo. “O material é muito grudento, temos que esfregar bastante, às vezes em regiões do corpo que a pessoa não alcança. Não sabemos direito quais os riscos do contato dele com a pele”, coloca. Sob a lona vizinha, uma pequena fila de homens e mulheres têm seus corpos higienizados pela desempregada Talita Cardoso. “Eu vim porque queria ajudar, mas não sabia como. A gente não conhece ninguém: chegamos e pegamos nas pessoas, mas acho que é um trabalho de humanidade. Não tem isso de nojo do outro, o mundo precisa disso”, opina.

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Um dos responsáveis pela montagem do ponto de apoio aos voluntários no Janga, o empresário Joel Petri pinga algumas gotas de óleo de cozinha sob uma bucha e tenta remover uma mancha de óleo do braço de um rapaz. “Eu costumo dizer que o nordestino é ‘madeira de lei que o cupim não rói’. Somos um povo acolhedor, unido e estamos aqui para mostrar pro mundo todo a atitude que a gente tem que tomar, tanto pela natureza quanto pelo próximo, que é nosso irmão”, comenta.

Riscos

Segundo a presidente do Conselho Federal de Química (CFQ), Sheylane Luz, hidrocarbonetos poliaromáticos (HPA) presentes no petróleo bruto e seus derivados pertencem a um grupo de compostos orgânicos semi-voláteis que estão entre os compostos mais tóxicos do óleo nesse estado e podem causar sérios problemas de saúde, como câncer. Sheylane ressalta ainda que, a intoxicação por HPAs pode ocorrer por diferentes vias, como a pele ou a ingestão das substâncias. Assim, a entrada no mar para limpeza é desconselhada mesmo com uso de luvas e botas. “Por possuírem baixo peso molecular, alguns HPAs podem ser solubilizados em água, aumentando os riscos de contaminação, ou seja, apenas indivíduos devidamente treinados e com equipamentos e vestimentas seguras podem manusear esses compostos”, informa.

Óleo de cozinha é aliado na hora de remover as substâncias tóxicas. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Impedidos de por a mão na massa, voluntários para retirada de óleo na praia de Barra de Jangada, no município de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, denunciaram despreparo do poder público. A Defesa Civil calcula que cerca de 1,5 quilômetros foram atingidos pelo resíduo tóxico, nesta quarta-feira (23).

"Quando chegamos aqui as coisas estavam armazenadas de forma errada, em sacos de plástico e no chão, contaminando outros ambientes", relatou a voluntária e bióloga Gabriela Barros, antes de concluir: "há certo despreparo, improviso e falta articulação entre o Governo e a Prefeitura".

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Mesmo com a decisão da gestão municipal em impedir o acesso a área, ela destaca a importância dos auxiliares no que denomina 'processamento fino'. "Por mais que o pessoal diga que o voluntário não é para trabalhar, o trabalho deles é essencial na peneiragem".

"A gente quer ajudar, chega aqui e não ter tanto reconhecimento é um pouco triste", frisou Maristela Ferreira. Cerca de 60 graduandos de uma faculdade particular também precisaram sair do local. 

No geral, os voluntários cobram agilidade na limpeza. Pois, de acordo a bióloga, o óleo derrete e penetra na areia com o calor.

O superintendente da Defesa Civil do município, coronel Artur Paiva, enfatizou que apenas o voluntarismo qualificado seria necessário. Sobre tal colocação, Gabriela rebate: "eu sou bióloga e os meninos aqui são biólogos marinhos e engenheiros de pesca. A gente não é um voluntário inocente, a gente estudou e sabe o que tá falando".

 

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Peneira de macarrão, espátula de obra, itens de jardinagem e outros instrumentos domésticos foram algumas das ferramentas utilizadas pelas centenas de voluntários que foram nesta terça-feira (22), à Praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho, a 40 minutos do Recife. Aos voluntários, que atuam no local desde a chegada da mancha de óleo no domingo, somam-se integrantes da Marinha e, ainda, dezenas de militares que chegaram ontem.

O cenário pode até parecer um tanto confuso inicialmente, com a quantidade de trabalho feita simultaneamente. Como a parte mais "grossa" do óleo foi retirada, o foco estava nos "detalhes", isto é, em retirar pequenas quantidades de óleo ao peneirar a areia ou utilizar uma escova nas pedras.

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As atividades podem parecer simples, mas exigiam esforço pela consistência de chiclete ou bala derretida da substância, como exemplificavam alguns voluntários. "Fica grudado demais nos buraquinhos. A gente só tira o excesso, não consegue tirar na integralidade", desabafa a advogada Gilmara Ribeiro, de 35 anos, que utilizava um instrumento de jardinagem já um tanto torto pelo esforço.

Como estava sem instrumentos, o empresário Danilo Araújo, de 27 anos, catou o excesso de óleo com as mãos, retirando-o de buracos entre as pedras. Sócio de uma academia de crossfit, estava de folga para participar do mutirão. "Fui criado no Cabo. Minha infância foi aqui, nesta praia", comentou. "Isto aqui é a casa da gente."

Já outros voluntários foram até dentro do mar, como a aluna de Engenharia Thamires Cavalcante, de 20 anos. Com a água até o pescoço, ela usava uma peneira atrás de pequenas quantidades de óleo, do tamanho de bolas de gude. Thamires já estava no segundo dia seguido na praia. "Não é fácil, a luva escorrega. O que me preocupa é deixar a praia assim."

A aposentada Ladjane Lima, de 58 anos, também lembra da situação antes dos mutirões. "Domingo eram placas imensas", diz ela, que usava uma grande peneira. "Mas agora também é preocupante, por causa dos peixinhos. Amo a natureza, feriu a alma ver um negócio desses."

Mergulho

"Eu ia tirando de dentro do mar, não tem muita gente para fazer isso, nem todo mundo está disposto", comenta o professor de surfe Henrique Almeida, de 25 anos, que vestia só a bermuda e estava com a pele cheia de fragmentos de óleo. "A gente puxa e vem trazendo."

Daniel Galvão, do Salve Macaraípe, admite a necessidade de mais itens de segurança para voluntários. "Mas é um momento de guerra. A gente usa o que dá." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Animais atingidos pelo óleo e resgatados por voluntários e especialistas podem levar seis meses para ser descontaminados do poluente. E há o risco de não conseguirem voltar ao hábitat natural. O último levantamento do Ibama, de domingo (20), indicava que 39 animais foram afetados pela contaminação da costa brasileira - 19 tartarugas morreram e 11 foram resgatadas.

O professor Flávio José de Lima Silva, que coordena o Projeto Cetáceos da Costa Branca da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), responsável pelo resgate dos animais atingidos pelo óleo cru no Estado, descreve o caso como uma "catástrofe ambiental". "É uma perda significativa, pois são animais em processo de extinção."

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Segundo ele, os animais são atingidos de forma intensa. "As tartarugas, quando sobem saindo da água para respirar, se deparam com uma mancha de óleo e acabam contaminadas em poucos instantes, o que pode levar à morte até imediata."

O processo de recuperação dos animais é complexo e envolve até medicamentos. Por causa da complexidade, o especialista alerta que voluntários não devem devolver imediatamente ao mar os animais atingidos pelo óleo. "A gente oferece barreiras, que são protetores gástricos, renais e hepáticos, porque o animal pode estar se contaminando pela mucosa, pela corrente sanguínea."

Após 24 horas desse procedimento, é iniciada a descontaminação. O excesso de óleo é retirado das mucosas e partes moles do corpo. Os animais são lavados com água, detergente neutro e outros produtos. Em seguida, são colocados em um tanque com água salgada para que sejam assistidos por veterinários e biólogos. "Serão analisados processos de natação, alimentação e excreção. Se ele está eliminando óleo pelas fezes ou não. Quando o animal para de eliminar óleo pelas fezes, é um sinal de que a substância já não está mais no trato gastrointestinal."

Ao longo de 30 anos de docência e pesquisa, Silva diz que jamais presenciou um problema tão preocupante. "Nunca vi nada igual. As cenas são as mais chocantes que já vi na vida." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enquanto as manchas de óleo avançam pelas praias do Nordeste, grupos de voluntários se organizam para ajudar na remoção do poluente, que fica impregnado na areia e nos corais. Nos mutirões, os grupos conseguem recolher grandes porções do material, mas pedaços menores podem ficar vários anos depositados no ecossistema.

Para a bióloga Yana Costa, foi "uma das experiências mais tristes da vida" ir até a Praia de Muro Alto, em Ipojuca, um dos cartões-postais de Pernambuco, para ajudar na força-tarefa. "Havia diversos fragmentos de óleo na praia e na areia. Nos corais, não dava para tirar porque estava impregnado", conta. No Estado, o poluente também chegou nesta segunda-feira (21) ao Cabo de Santo Agostinho e a outros destinos turísticos bastante procurados, como Carneiros.

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Os grupos de voluntários trabalham em turnos, geralmente com início pela manhã. A maior parte sai do Recife até o litoral sul pernambucano. A comunicação é feita, principalmente, pela internet, em grupos de mensagens instantâneas. "Durante a experiência, você sente dois sentimentos opostos. Fica triste por ver aquilo acontecendo com as praias que frequenta. Mas também é bom ver que as pessoas estão se engajando por um bem comum, que é limpar e tentar deixar o mínimo de estrago possível", diz o estudante Yan Lopes, outro voluntário.

Os grupos têm recebido orientação da organização Xô Plástico de se protegerem totalmente com luvas e botas e evitar ao máximo entrar em contato com o óleo. Além da Xô Plástico, organizações como PE Lixo, Recife sem Lixo e Salve Maracaípe recrutam voluntários.

A recomendação dos órgãos públicos é para uso de luva e bota de borracha, além de máscara e calça comprida. Apesar disso, muitos trabalham sem a segurança necessária. "Tem gente que se melou toda de óleo", conta a estudante de Educação Física Louise Foster, que faz limpeza voluntária na Praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho. Já o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Bertotti, afirma que o tamanho do desastre dificulta a distribuição de kits de proteção a todos. "A gente conseguiu material de doação de empresas e a Defesa Civil fez distribuição."

Riscos

Especialistas afirmam que o óleo pode desencadear doenças respiratórias e da pele, mas seria necessária exposição prolongada para levar a problemas mais graves. "Petróleos que possuem mais benzeno em sua composição podem, em casos mais graves, provocar alterações neurológicas e até leucemia", diz o médico toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica da Universidade de São Paulo (USP).

A inalação dos gases liberados com a vaporização do petróleo pode levar a doenças respiratórias, como bronquite e asma. É recomendável que banhistas se mantenham longe do mar e, em caso de contato, lavem imediatamente com água e sabão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Questionado em entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (21), no munício do Paulista, sobre quando o governo federal pretende mandar membros do Exército e Força Aérea para ajudar a conter o avanço das manchas de óleo nas praias do Nordeste, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, declarou, em poucas palavras, que o governo tem feito sua parte e recolhido quantidades expressivas de toneladas do produto.

Já sobre a investigação do que pode ter ocorrido para haver o vazamento, Moro continuou sucinto. “É uma investigação complexa que está em curso e conta com o apoio do Ibama e das Forças Armadas. Assim que houver um diagnóstico preciso do que aconteceu e da origem, certamente será divulgado”, contou.

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Sobre a crise enfrentada atualmente pelo seu partido, PSL, e sobre as candidaturas-laranja, Moro se negou a responder e apenas acrescentou “a Polícia Federal tem feito seu trabalho com autonomia", disse.

Romeiros do Círio de Nazaré recebem suporte em frente à UNAMA - Universidade da Amazônia de Ananindeua, na rodovia BR-316. A iniciativa envolve alunos da instituição e teve origem em conversas de sala de aula.

De acordo com Tamires Soares, coordenadora do projeto e professora do curso de Enfermagem, a ação voluntária oferecia, num primeiro momento, apenas bandagens, curativos e distribuição de água. “Com o passar dos anos, outros cursos foram aderindo ao nosso projeto. Hoje temos distribuição de frutas, massagem com o pessoal do curso de Fisioterapia e distribuição de sopas”, explica a coordenadora.

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Segundo Letícia Barbosa, voluntária do projeto, o suporte de emergência tem como foco aqueles que estão vindo com os pés machucados. “São várias pessoas trabalhando. Vim para ajudar o povo com a fé deles, proporcionar um conforto. Porque eles vêm de tão longe caminhando com uma fé tão grande, para mim é gratificante”.

Michele Ferreira, romeira que saiu de Castanhal, a 70 quilômetros de Belém, pagando promessa, relata que, apesar de ser cansativo, é uma honra ser devota da padroeira. “Sempre vamos ter Maria como nossa mãe, é uma sensação inexplicável”, disse.

A coordenadora da ação solidária realiza um curso em setembro e como inscrição pede água, biscoito e suco para repassar aos alunos como ajuda para os recursos do projeto. “A sensação nesse projeto é única. Vou de um lado para o outro atrás das distribuições. É muita emoção, uma vez que eu sou devota de nossa Senhora de Nazaré. Eu sinto minha fé renovada”, ressalta a professora.

Raimundo Nonato, que está em seu segundo ano pagando promessa, diz que sua expectativa para o Círio desse ano é conseguir chegar inteiro na Casa de Plácido, para que no próximo ano possa trazer mais alguém. Segundo Nonato, a cada ano é uma emoção diferente, desta vez pagando promessa com um amigo. “Pagar promessa foi a forma que achei de ajudar meu amigo. É isso que a Santa ensina, a sermos solidários”.

Por Quezia Dias

Aos 85 anos, Edna quer, finalmente, aprender a ler e a escrever. Paula, de 19, tenta melhorar as notas de matemática e física. Luzia, de 67, pretende passar no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e tentar a universidade. Não há limite nem idade no Adote Um Aluno, projeto que, em pouco mais de um ano e meio, tomou praças do Rio com aulas gratuitas ao ar livre. Iniciativa de cidadãos presente nas redes sociais, sem apoio oficial, o Adote já reúne 50 voluntários e cerca de 300 estudantes. Esses tentam obter na rua o que não conseguem na escola tradicional: atenção individualizada.

O movimento surgiu em março do ano passado a partir da iniciativa do engenheiro eletricista Silverio Morón, de 65 anos. Ele dava aulas particulares a estudantes de escolas privadas e um dia decidiu ir a uma praça perto de casa, em Botafogo, na zona sul, em busca de outro tipo de aluno. Em uma folha de papel, escreveu que tirava dúvidas de matemática e física.

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Hoje, o Adote um Aluno dá aulas públicas de diferentes disciplinas nas zonas sul, norte e oeste da capital fluminense.

O grupo de alunos é bastante heterogêneo. Atualmente, a faixa etária vai dos sete aos 85 anos - já houve uma senhora de 93. A "sala de aula" também é peculiar. Em geral, é composta por mesas e bancos de cimento usados para jogos. Sem paredes e sujeitos ao clima, os locais de estudo chamam a atenção de quem passa pelas praças de segunda a sábado. Os horários das disciplinas são pré-definidos e publicados em páginas no Facebook. Às vezes, porém, o mural virtual avisa: "Aula de hoje cancelada devido à ventania".

Apesar da diversidade de perfis, os estudantes apresentam motivos semelhantes para procurar as aulas. Alegam dificuldades para aprender em turmas grandes nas escolas, em contraste com a atenção individualizada dos voluntários.

"Passei três anos numa escola e saí sem saber nada", conta Edna Veiga, que, aos 85, tenta se alfabetizar.

Dezoito anos mais nova, Luzia dos Santos está de olho no Enem. Ela mora em Niterói, e atravessa a Baía de Guanabara três vezes por semana para ter reforço na Praça Mauro Duarte.

Aos 19, Paula Sabino é aluna do terceiro ano do ensino médio no tradicional Colégio Pedro II. Desde o ano passado, também é aluna de Silvério. "Eu estava com dificuldade em matemática e física." A evolução das notas na escola foi enorme. "Saí do zero, um, para seis, sete", vibra.

O retorno para quem dá as aulas é o sentimento de estar ajudando ao próximo. "Eu trabalho em escolas particulares, mas vim de escola pública e sempre quis retribuir o muito que recebi", diz a professora de biologia Alessandra Oliveira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Populares e vizinhos das cinco vítimas do deslizamento ocorrido nessa quarta-feira (24), em Abreu e Lima, Grande Recife, se comoveram e voluntariaram-se para iniciar à busca aos corpos. Mesmo antes da chegada dos bombeiros, o grupo conseguiu salvar a vida da matriarca Hariana Tereza Xavier da Silva, de 39 anos. Ela perdeu o marido e três filhos no acidente; um deles era a filha, que estava grávida de oito meses.

"A casa de Silvano caiu todinha. Tá toda aterrada e parece que morreu todo mundo", foi a notícia recebida às pressas por José Luiz, de 34, durante a madrugada. Ainda estava escuro e a chuva persistia quando ele reuniu-se à dezenas de populares para o resgate. Era cerca de 5h, quando eles carregaram pás, baldes e inchadas na tentativa de amenizar o sentimento de perda. "Aqui todo mundo se une. Muita gente ajudou, muito doação chegou pra gente que tava cansado”, enfatizou.

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"Agonia" é a palavra descrita pelos populares quando descrevem o período de chuvas na localidade. Mesmo com um muro de arrimo construído em 2012, segundo os moradores, a área é reconhecida por alagar e acumular barro. “Nunca aconteceu um desastre dessa dimensão, mas a gente fica muito preocupado quando chove. Muitas casas daqui não são construídas de acordo como deve ser”, revelou Josafá de Lima, de 31. Em meio aos destroços, eles arriscaram a vida na tentativa de socorrer os amigos, pois, além de pequenos deslizamentos, há relatos que os fios de um poste destruído eletrocutaram e mataram um cachorro.

“Nossa questão é humanitária. Somos ser humano e é nossa obrigação dar apoio em um momento tão trágico como esse”, explicou Cristiano Santos, de 37 anos. Os voluntários garantem que os residentes dos quatro imóveis desabados eram queridos e considerados familiares. Jadson Pereira, de 22, é sobrinho de Hariana e conta que todos tinham uma boa relação com os parentes, "era sempre a gente, no bom e no ruim. Nós éramos muito entrosados". Sobre ver seus tios e primos soterrados na lama, ele se ateve a poucas palavras, "foi chocante”.

Jadson lamentou as mortes, mas comemorou o salvamento da tia. Ele contou que ela foi resgatada com uma lesão no couro cabeludo, mas já passou por cirurgia e "está bem", no Hospital Miguel Arraes, em Paulista.

Sem a união e a empatia dos moradores do Córrego da Areia, talvez os corpos de Mariana Santos, de 18; Luiz Eduardo, de 15; o patriarca Silvano dos Santos, de 49 e o vizinho Adalmir Ferreira, de 53, ainda estivessem embaixo dos escombros. A coragem deles prova que em momentos de caos, um deve conter as dores do outros para que as adversidades sejam superadas em conjunto.

A época mais fria do ano chegou. Neste período, as regiões sul e sudeste registram as mais baixas temperaturas. É a temporada de curtir os dias frios em casa, com uma sopa quentinha, envolvido em um cobertor macio. Mas, infelizmente, nem todas as pessoas têm um lugar para se abrigar e um prato de comida para satisfazer a fome. Pensando nessas pessoas, grupos de voluntários da Grande São Paulo, realizam ações solidárias durante o ano inteiro e intensificam a ação entre os meses de junho e agosto.

O Templo de Umbanda Ogum Megê e Caboclo Meia Lua, desde março, leva alimentação aos moradores da zona norte da capital paulista uma vez por semana. "As marmitas confeccionadas variam entre 70 e 100 unidades. O projeto é novo, mas já alcançamos o número total de 1.044 marmitas entregues. Sabemos que é pouco, mas como contamos somente com doações e sem subsídios, orgulhosamente chegamos a este número", afirma um dos dirigentes da casa, Pai Paulo d’Oxum.

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Todo o material necessário para confeccionar as marmitas e roupas são doações dos filhos da casa e das pessoas que participam das reuniões religiosas. Na ação, participam dez voluntários fixos.

Foto: Arquivo Pessoal

 

Os irmãos Fabio Rovere de Melo, 41 anos, e Keyla Rovere de Melo, 36 anos, também praticam de uma ação de solidariedade desde novembro. Junto com o grupo da casa de umbanda que frequentam, levam marmitas e brinquedos para quem vive na rua. "Fazemos essa ação uma vez por mês, começamos com 50 marmitas e, hoje, doamos 100 marmitas por mês. Já doamos brinquedos no final do ano e agora em julho estamos preparando uma doação de cobertores", conta Keyla.

Foto: Arquivo Pessoal

Já Ronel Alvares Barbosa, 56 anos, realiza as doações há sete anos. Ele é coordenador e fundador do projeto Caravana Francisco de Assis. O grupo começou com 12 pessoas e já chegou a contar com mais de 25 pessoas voluntárias por mês. A equipe começou doando marmitas aos moradores de rua duas vezes por mês e, hoje, eles doam lanches, roupas, kits de higiene, roupas e cobertores, todos os meses.

Segundo Barbosa, 150 pessoas estão sendo beneficiadas pelo ação solidária do grupo. "Essa é a oportunidade de poder fazer o bem, de colocar o amor em ação. Muitas vezes acabamos reclamando da vida e quando assumimos um papel junto à sociedade seja em qualquer lugar, na caravana, nas ONGs, com crianças ou asilos, a gente se sente útil, realmente cumprindo um papel, amando a Deus, o próximo e a si mesmo", reflete.

Foto: Arquivo Pessoal

 

A Junior Achievement Pernambuco, instituição sem fins lucrativos que atua com educação financeira, trabalho e empreendedorismo, está com inscrições abertas para voluntários do programa Miniempresa, voltado para estudantes do ensino médio. É preciso se cadastrar até do dia 10 de abril, através um formulário online.

Para participar é preciso ser estudante universitário ou já ter concluído o ensino superior, em qualquer área de atuação. Os candidatos precisam ter três horas disponíveis por semana, para participar de 18 encontros ao longo de cinco meses. Os selecionados atuarão diretamente na formação dos jovens empreendedores. Eles receberão treinamento e levarão para sala de aula conhecimentos, por meio da metodologia 'Aprender Fazendo'.

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 “A experiência, além de proporcionar autodesenvolvimento, aperfeiçoamento profissional e bem-estar aos que se comprometem em fazê-la, é também uma porta a ser aberta já que muitas empresas veem o trabalho voluntário com bons olhos e reconhecem a importância do voluntariado na carreira de um profissional”, explica a diretora executiva da Junior Achievement Pernambuco, Rosane Schereschewsky.

Serão beneficiados cerca de 45 grupos de alunos de escolas das cidades do Recife, Olinda, Jaboatão, Camaragibe, Paulista, São Lourenço, Belo Jardim, Caruaru, Vitória de Santo Antão, Limoeiro, Bezerros, Gravatá e Santa Cruz do Capibaribe. As aulas estão previstas para o dia para começar entre 27 de abril e 18 de maio.

Durante o curso, os estudantes aprendem conteúdos voltados para o mercado de trabalho, como produção, fluxo de caixa e informações sobre encargos e impostos; os alunos ainda participam de atividades práticas que estimulam o trabalho em equipe e a liderança, como uma feira, onde têm a oportunidade de comercializarem seus produtos.

Instituições públicas e privadas também podem ajudar financeiramente os projetos. Mais informações: miniempresa@jape.org.br ou (81) 3421.2277. A Junior Achievement de Pernambuco fica na Rua do Riachuelo, 105, sala 901, bairro da Boa Vista, área central do Recife.

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A tarde de sábado (9) foi de alegria para as crianças e adolescentes com câncer. O projeto Visite Cantando, da Comunidade Adventista Encontro Vida, que fica no 5º piso do estacionamento do Hospital Adventista de Belém, na Almirante Barroso, levou riso, músicas e doações para as crianças que fazem tratamento na Casa Ronald McDonald.

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A ação, que contou com apresentação de palhaços, histórias, músicas, apresentações de fantoches e lanches, alegrou não só as crianças, mas os pais que estavam presentes. “Achei uma maravilha. Trouxe calmaria para o nosso coração, trouxe alegria, trouxe mais força. Deus está o tempo todo conosco, é uma maravilha”, disse Daiane da Silva, mãe que viajou de Altamira para acompanhar a filha no tratamento do câncer.

Para Ellen Belo, que está há dez meses na Casa Ronald McDonald, acompanhando a filha no tratamento, o evento ajudou a fortalecer as energias. “Uma bênção a programação. Trouxe alegria, e o despertar de buscar a Deus. É bom saber que Deus está presente nos momentos difíceis, de choro, e isso é muito importante. Saber que Deus é Deus. Deus abençoe a igreja e voltem sempre”, detalhou, emocionada.

Joelma Sousa, moradora de Canaã dos Carajás, que há nove meses acompanha a filha no tratamento, disse que o evento ajudou a descontrair. “O evento foi muito bom. Minha filha se divertiu bastante”, afirmou.

Segundo Rachid Dahas, ancião da Comunidade Encontro Vida, na ação foi possível ver o quanto as pessoas necessitam umas das outras, especialmente quando se trata de crianças com doenças graves, como as que estão em tratamento na Casa Ronald McDonald. “Enquanto Jesus não retorna, a gente vai abraçar essa causa. Nossa obrigação como comunidade, como irmão, como igreja, é estar próximo das pessoas necessitadas. Eu acredito que a nossa vinda aqui não foi em vão. Foi uma vinda muito proveitosa”, explicou o ancião. Ele afirmou que a Comunidade Adventista abraçará a causa.

Rachid Dahas disse que é triste ver as crianças sofrendo e que a melhor forma de ajudar é levando um sorriso. “Jesus está acompanhando isso tudo, ele está vendo cada necessidade. Nós podemos resolver essas necessidades com muita irmandade, amor, amizade, presença, é isso que nós precisamos fazer. Hoje foi muito proveitoso para todos os que aqui estiveram, e que Deus abençoe essa Casa, esse projeto Ronald McDonald, como também essas crianças necessitadas de uma cura, de uma bênção maior”, afirmou.

A casa Ronald McDonald oferece moradia com oito espaços de convivência social, oito refeições diárias acompanhadas por nutricionistas, 35 suítes equipadas para as famílias, espaço de lazer para as famílias e voluntários e transporte disponível para procedimentos médicos. Tudo isso de forma gratuita. Só no ano passado foram atendidas 663 crianças e adolescentes com seus familiares.

As pessoas que tiverem interesse em fazer suas doações para ajudar a Casa Ronald McDonald podem entrar em contato pelo telefone (91) 3229-3342 / 3243-2881 ou pelo site http://www.casaronaldbelem.org.br/.

 

"Agora acabou tudo", afirmou Antonio Francisco de Assis Nunes, de 63 anos, produtor rural da região do Parque das Cachoeiras, na periferia de Brumadinho, uma área que foi devastada pela lama da barragem que se rompeu anteontem no município. Chorando e lamentando o estrago nas lavouras, ele contou que naquela área viviam cerca de 20 famílias: "Não sobrou ninguém".

Conhecido como Tonico da Horta, ele acompanhou o drama mais pesado bem de perto. A menos de cinco metros, remexendo a lama que invadiu o barracão sem paredes, um grupo de bombeiros se preparava para resgatar um corpo feminino da borda. "Olha isso, deve ser gente que veio arrastada."

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A lama mole devastou a baixada usada para plantio de frutas e legumes e avançou sobre o galpão de selecionar a produção agrícola, destruindo tudo e entrando pelo prédio. Tonico da Horta nem viu quando o corpo foi colocado dentro de uma caixa de plástico, envolto num saco preto, e retirado de helicóptero pelos Bombeiros. Era o resgate de mais uma das dezenas de vítimas ainda desconhecidas.

"Uns 300 metros daqui, já localizamos outros quatro corpos", afirmou o socorrista que vasculhava, numa equipe de quatro bombeiros, as bordas da lama e ia marcando os pontos de cadáveres. Logo adiante, um outro helicóptero acabara de içar outra vítima.

"Estamos neste local há umas duas horas e já localizamos quatro pessoas", afirmou o bombeiro. Eram 16 horas. Pouco antes de uma forte chuva que despertou temor na região, pelo menos mais dois cadáveres tinham as coordenadas definidas para recolhimento.

A devastação provocada pelo rompimento da barragem foi acompanhada de perto também pelo morador João Moreira do Carmo, de 63 anos. "Eu vi a lama descendo", contou. "Ela desceu arrastando tudo."

Auxiliar técnico de manutenção da Vale, Wilson Pereira de Souza estava com a família em um clube, a cerca de 800 metros do local do rompimento, na hora do acidente. "Subiu um poeirão lá", disse. "Isso não é normal", imaginou, ao correr com a filha procurando um local mais alto. "Eu sabia que aquilo estava errado."

Medo

O clima em Brumadinho, durante todo o dia, foi de medo e confusão. No fim da manhã, bombeiros pediram que quem estivesse na área do acidente deixasse o local porque a outra barragem seria drenada.

A notícia se espalhou na região e moradores começaram a temer um eventual novo rompimento. "Isso não é verdade, é fake news", afirmou o tenente-coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil, por volta de 13 horas. Em seguida, o coronel Almeida, do comando dos Bombeiros, explicou que o trabalho era feito por funcionários da Vale: "É para evitar pressão no terreno".

"A gente não tem informação nenhuma, mas tenho fé que vamos encontrá-lo", disse Camila de Amorim, de 20 anos, namorada de Everton Guilherme Ferreira Gomes, um dos desaparecidos. Segundo ela, a tragédia aconteceu no primeiro dia de trabalho de Gomes em Brumadinho. "Ele estava muito empolgado, ansioso", disse. "Quando soube do que aconteceu, liguei para ele, mandei mensagem... No começo, pensei que era um problema de sinal."

Funcionários da Vale passaram a tarde procurando colegas nos pontos de informações e resgate da operação montada pelos órgãos de segurança e Defesa Civil. A empresa oferece acomodação em hotéis e apoio psicológico em um centro improvisado, ao lado de uma UPA.

Ainda assim, o dia foi de perplexidade e dúvidas. "Tem vários conhecidos e amigos nossos entre os desaparecidos", contou Wilson Pereira de Souza, conversando na porta do hospital. "Você viu, está lá o Weberth, o Alano, a Angelita..." Nas redes sociais, amigos publicaram telefones dos desaparecidos na tentativa de localização. Muitos, em vão.

Jipes e drones

Jipeiros e operadores de drones voluntários se mobilizaram em torno da localidade de Córrego do Feijão para tentar ajudar nas buscas aos desaparecidos, mas foram orientados a não entrar nas áreas mais atingidas pela lama. Policiais e bombeiros bloquearam os principais pontos de acesso, para prevenir acidentes. Moradores que não tiveram as casas atingidas permaneceram no local, mas em condições precárias. Não tinham água nem eletricidade.

Dono do Bar do Aritana, Genival Costa de Sá tinha ontem os olhos vermelhos de tanto chorar. Ele contava ao menos cinco conhecidos, frequentadores do local, como desaparecidos. Provavelmente eles ficaram embaixo das toneladas de rejeitos que desceram da barragem.

Para ele a esperança de voltar a ver os vizinhos com vida é pequena. "Só um milagre de Deus", disse. "Tem uns 30 metros de barro por cima." Em um esforço para encontrar desaparecidos, a Advocacia-Geral da União conseguiu liminar na Justiça para que as empresas de telefonia forneçam a relação de assinantes dos celulares que estavam conectados às estações que atendem a região da mina.

Sem serviços básicos - e sem fregueses -, Costa não abriu o bar, ponto de encontro do lugarejo. O ambiente era de tristeza e medo. "Hoje (ontem) era dia de estar todo mundo aqui, tomando uma", lamentou André José dos Santos, manobrista em outra mineradora, mostrando-se, agora, preocupado com sua segurança. "Trabalho há dez anos e acho que não tem perigo", disse. "Mas aqui também a empresa (Vale) fazia reunião e dizia que não tinha problema."

Moradores informaram que, antes de ruir, a barragem estava seca em sua superfície. Tanto que, em alguns pontos, era possível até andar sobre ela. Um funcionário da Vale que não quis se identificar contou que, no momento do rompimento, estava em um ponto acima da barragem. Com o barulho das máquinas não percebeu o que acontecia. Quando olhou para trás, estava tudo destruído. "Meu irmão e vários amigos estavam na parte de baixo. Foi muito rápido."

Aldeia indígena

A lama de rejeitos da barragem chegou ontem, pelo Rio Paraopeba, às margens da aldeia Naô Xohã, do povo Pataxó Hã-hã-hãe, em São Joaquim de Bicas (MG), segundo o Conselho Indigenista Missionário. Por causa do risco de transbordamento do rio, os índios tiveram de deixar a aldeia. Também foram evacuados alguns bairros do município.

Segundo o cacique Háyó Pataxó Hã-hã-hãe, a água do rio começou a sofrer alterações de coloração na madrugada de ontem, e durante o dia já foi possível ver peixes mortos. Após deixarem a aldeia, os índios decidiram não ir à cidade, mas ficar na parte alta da área de 33 hectares, ocupada há um ano e meio.

As 25 famílias indígenas foram orientadas a não usar água do rio. A aldeia se estabeleceu após a migração de pataxós do sul da Bahia para Minas. Além de São Joaquim de Bicas, cinco prefeituras da Bacia do Paraopeba emitiram alertas para que a população fique longe do leito do rio.

Endurecimento

Após reunião de duas horas no Palácio do Planalto com representantes dos ministérios envolvidos em ações governamentais referentes à tragédia em Brumadinho, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse a jornalistas que o governo tem a intenção de mudar o protocolo de licenciamento das barragens brasileiras.

O ministro informou que, no encontro, chegou-se à conclusão de que "é importante e urgente" que as barragens que ofereçam mais riscos sejam submetidas a uma nova vistoria para que eventuais desastres possam ser evitados.

Heleno disse ainda que o objetivo da reunião foi de que não haja a superposição de esforços e que cada ministério defina suas responsabilidades no desenvolvimento das ações de governo. De acordo com o general, as pastas especializadas no assunto atuarão para que o protocolo seja revisto. "Porque parece que há alguma coisa que está falhando nesse licenciamento", disse.

Mais cedo, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, após fazer sobrevoo com o presidente Jair Bolsonaro na região afetada, afirmou que o governo não pretende afrouxar a fiscalização ambiental. "Nunca houve nenhum projeto de afrouxamento de fiscalização. Ao contrário, o que demonstramos hoje é que a fiscalização do Ibama é rigorosa e rápida. O que nós precisamos é de foco e dedicação", disse.

Ele afirmou que a legislação deve mudar para evitar que novas tragédias, como as de Brumadinho e Mariana, voltem a acontecer. "Não só é possível como é necessário. O que é preciso na legislação ambiental é tirar questões simples e aprofundar nas questões técnicas de maior risco", completou.

Pressão

Desde que aconteceu o acidente houve uma elevação do tom de cobrança ao governo sobre a possibilidade de flexibilizar o licenciamento ambiental. Uma de suas bandeiras durante a campanha eleitoral, Bolsonaro afirmou várias que pretendia simplificar o licenciamento e "tirar o Estado do cangote do produtor". Salles também defende ferramentas como o chamado autolicenciamento.

Para o especialista em Direito Ambiental Paulo Affonso de Leme Machado, o que é necessário neste momento é "um licenciamento ambiental mais forte, não mais fraco". Segundo ele, os dois desastres em Minas são exemplo disso. "Esses casos mostram que o licenciamento tem sido muito frouxo e inclusive com domínio inegável dos mineradores", diz.

"A lei de barragens é defeituosa. Ela facilitou demais os mineradores. São eles que dão a última palavra e no monitoramento. Eles se automonitoram", complementa o jurista.

ONGs devem intensificar a cobrança sobre o que chamam de risco de ocorrência de uma "fábrica de marianas". Nilo D'Ávila, do Greenpeace, afirma que o desastre joga o holofote sobre o governo, que terá de trazer uma resposta para o problema. "O licenciamento não é só uma etapa do empreendimento, mas é parte dele. É o que vai garantir a saúde do ambiente, mas também das pessoas e do próprio negócio."

Redes sociais

Personalidades brasileiras usaram as redes sociais para comentar o desastre provocado pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. A tragédia - que figurou ontem pelo segundo dia entre os assuntos mais comentados do Twitter - mobilizou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a modelo Gisele Bündchen e o jogador da seleção de futebol Neymar.

Pelo Twitter, FHC prestou solidariedade às vítimas e fez alerta ao governo: "Meio ambiente não é zoeira de esquerda: é respeito à vida das pessoas e do planeta", disse. "Que a tragédia de Brumadinho abra os olhos do governo", diz a mensagem do ex-presidente. "Solidariedade às vítimas, mais ação para o futuro."

No Instagram, Gisele Bündchen postou, acompanhada de uma foto própria, duas imagens com o antes e depois do avanço da lama. Ela também divulgou quais itens poderiam ser doados e os pontos de recolhimento em Minas Gerais.

Já Neymar publicou uma obra dos artistas plásticos Os Gêmeos. Na ilustração, uma família, afundada até a cintura na lama, aparece chorando em meio a casas soterradas. Acima, um engravatado despeja um balde de rejeitos sobre todos. A mesma imagem foi usada no perfil da jornalista e apresentadora da TV Globo Fátima Bernardes nas redes sociais.

"Não é desastre ambiental. É negligência, é ganância, descaso, é a certeza da impunidade. É cruel. É crime", escreveu a atriz Bruna Marquezine, no Instagram. Ela também divulgou informações sobre doações.

O ator Bruno Gagliasso publicou um vídeo que retrata uma correnteza de lama - as imagens, na verdade, não eram de Brumadinho. Horas depois, o ator compartilhou a foto de uma camiseta do Brasil suja de lama, com um poema na descrição. A atriz Fernanda Paes Leme e e a cantora Maria Gadú também se pronunciaram nas redes em solidariedade.

Para lembrar

Estima-se que pelo menos 500 mil pessoas tenham sido afetadas direta ou indiretamente pela tragédia de Mariana, em 5 de novembro de 2015, quando 19 pessoas morreram. A destruição foi notada ao longo do caminho percorrido pela lama, entre Minas Gerais e Espírito Santo. Foram 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério. Os resíduos desceram os rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce até desembocar no Oceano Atlântico. A lama atingiu muitas comunidades ribeirinhas, contaminando a água e matando animais e plantas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Além dos 27 nomes anunciados oficialmente para a equipe de transição do governo federal, o time do presidente eleito Jair Bolsonaro também vai contar com voluntários que atuarão em diferentes frentes na elaboração do plano econômico a ser aplicado a partir de 2019. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, esses profissionais vão ajudar a elaborar estratégias em áreas como desestatização, impostos e Previdência.

A economista Solange Vieira, funcionária de carreira do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ex-presidente da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), e Pedro Guimarães, executivo do mercado financeiro, estão entre esses voluntários, disseram fontes próximas à equipe de Bolsonaro.

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A participação desses executivos durante a transição não garante, contudo, cargo no futuro governo. O Estado de S. Paulo apurou, porém, que é natural que convites a esses profissionais possam ser feitos, até para que eles ajudem a colocar em prática os planos que serão traçados agora. Outro fator que contribuiu para essa possibilidade é o fato de o PSL - que era um partido "nanico" até a eleição - não ter quadros técnicos formados para exercer essas funções.

Nos últimos meses, após a arrancada de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de votos, vários executivos de mercado se colocaram à disposição de Paulo Guedes e do próprio Bolsonaro para colaborarem com ideias liberais do futuro governo.

Embora a equipe de transição ainda tenha cargos remunerados vagos - a previsão inicial era abrir 50 postos de trabalho -, os voluntários não receberão salário. O executivo do Brasil Plural é o primeiro profissional do setor privado convidado por Guedes a entrar para o time que vai ajudar a definir os rumos da economia. Conforme o Estado já noticiou, entre os nomes sondados figuraram Alexandre Bettamio, presidente do Bank of America Merrill Lynch; Roberto Campos Neto, do Santander; e João Cox, presidente do conselho de administração da TIM.

Experiência

A economista Solange Vieira já tinha se aproximado da equipe de Guedes. Solange, que hoje atua na Fapes - fundo de pensão do banco - deve atuar no grupo de trabalho sobre Previdência, pois já foi secretária de Previdência complementar no governo FHC e é conhecida como "mãe" do fator previdenciário.

Guimarães, sócio do banco Brasil Plural, já está em Brasília. Nome próximo do futuro ministro da Economia, aproximou-se também de Bolsonaro em 2016. Ele deve ajudar a definir modelos para o programa de desestatização do próximo governo - que pode angariar até R$ 800 bilhões aos cofres federais, segundo estudo do próprio Brasil Plural. A venda de estatais é uma das apostas de Guedes para equilibrar as contas públicas.

Procurado, Guimarães não respondeu os contatos da reportagem. O Estado procurou o BNDES e a Fapes para falar sobre a participação de Solange na equipe de transição, mas não obteve retorno. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de 41 voluntários médicos, enfermeiros e técnicos de laboratório ligados aos hospitais universitários federais vinculados à Rede Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) participa desta segunda-feira (27) até o próximo dia 1º de uma ação médico-humanitária na capital Boa Vista e na cidade de Pacairama, na fronteira com a Venezuela.

Eles embarcaram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que decolou da Base Aérea de Brasília na manhã desse domingo (26). Entre os voluntários está a médica ginecologista Gizeli de Fátima Ribeiro dos Anjos, de Uberlândia, em Minas Gerias.

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Ela disse que sempre quis participar de uma ação desse tipo. “A ajuda humanitária faz parte da nossa profissão e acredito que eles estão precisando muito. Espero levar um pouco de medicina e, também, muitas palavras de carinho nesse momento difícil”. Os profissionais vão oferecer atendimento nas especialidades de ginecologia, obstetrícia, pediatria, infectologia, oftalmologia para os venezuelanos que estão na região.

É a Operação Acolhida, que é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República e envolve os ministérios da Defesa, Saúde, Desenvolvimento Social, Educação, Trabalho e Emprego, Forças Armadas, Organização das Nações Unidas (ONU), além da Polícia Federal.

O vice-presidente da Ebserh, Arnaldo Medeiros, informou que a Ebserh realiza anualmente uma ação desse tipo. Segundo ele, este ano Roraima foi o destino escolhido devido ao elevado número de imigrantes venezuelanos que têm cruzado a fronteira com o Brasil. “Sem o apoio da Casa Civil e da Força Aérea, essa ação não seria possível. Estamos recebendo todo o apoio aqui”, disse.

Em Boa Vista, as ações serão voltadas aos venezuelanos que ocupam os abrigos na cidade, e em Pacaraima, haverá vacinação para os imigrantes. São previstas ações educacionais preventivas em saúde, exames, testes para Hepatites B, C, HIV e VDRL, glicemia, verificação de pressão arterial, citologia de colo de útero, orientação sobre escovação dentária, prevenção e orientação sobre parasitoses intestinais, orientações sobre nutrição, consultas e orientações da oftalmologia, orientações para gestantes e amamentação, dentre outros procedimentos.

Os insumos e materiais a serem utilizados para a ação foram disponibilizados pelos hospitais universitários federais da Rede Ebserh e Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS-MS).

Ebserh

Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

*Com informações da Força Aérea Brasileira (FAB)

O programa "Escreve Cartas", do Poupatempo Santo Amaro (São Paulo), seleciona candidatos que desejam se dedicar ao trabalho voluntário ajudando pessoas com dificuldades em ler e escrever. No total, são 15 vagas disponíveis para os interessados. O processo seletivo ocorre no sábado, dia 12 de maio.

Os voluntários dedicam duas horas por semana para atender cidadãos que procuram o serviço para redigir cartas, preencher formulários e elaborar currículos. Para participar é necessário ter boa caligrafia. “Os voluntários precisam de disposição, paciência, saber guardar sigilo do que escrevem e manter postura neutra durante a redação”, diz o comunicado oficial do Poupatempo.

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As inscrições podem ser feitas até o dia 11 de maio, pessoalmente, na área de atendimento do programa no Poupatempo Santo Amaro, ou pelo telefone (11) 2859-3124.

A unidade fica na Rua Amador Bueno, nº 258, Santo Amaro (próximo ao Largo 13 de maio), e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 13h. 

Uma equipe de voluntários das áreas de comunicação e direito lançou uma página na internet para combater as notícias falsas de difamação da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), assassinada na última quarta-feira (14). A página (www.mariellefranco.com.br/averdade) foi construída com o apoio da família e inserida no site do mandato de Marielle.

"No dia 14 de março, Marielle Franco foi assassinada a tiros junto com Anderson Gomes, seu motorista, quando voltava de um evento com jovens negras. A dor da sua morte e de tudo o que ela simbolizava desencadeou homenagens emocionadas em redes sociais e grandes manifestações nas ruas pelo Brasil e no mundo. Mas também gerou uma série de acusações falsas sobre a sua história e a sua atuação", traz a página.

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No site, são enumeradas e negadas cinco informações falsas divulgadas em redes sociais: Marielle nunca se relacionou com o traficante Marcinho VP, não foi eleita pelo Comando Vermelho, não consumia maconha, não defendia bandidos e também não engravidou aos 16 anos, mas aos 18 anos.

"Uma coisa é debater sobre posicionamentos políticos. Outra bem diferente é caluniar, repetir mentiras e desrespeitar a sua memória e o luto de seus familiares e amigos", afirma a equipe organizadora do site. Na página do mandato de Marielle também são informadas as datas e locais dos protestos pela morte da vereadora.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) do Recife vai realizar um curso para os interessados em trabalhar como voluntários no apoio emocional e na prevenção ao suicídio. A capacitação é gratuita e não gera nenhum compromisso ao interessado. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail recife@cvv.org.br, através do site www.cvv.org.br ou ainda na página facebook.com/cvvrecife.

Na primeira fase do curso, o candidato aprenderá informações básicas sobre o método utilizado pelo CVV. É preciso ter 18 anos ou mais, ter disponibilidade e interesse em ajudar aqueles que procuram o serviço. O primeiro módulo será realizado no auditório do Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, entre os dias 24 e 25 de março.

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O CVV é uma entidade sem fins lucrativos que atua gratuitamente no apoio emocional e na prevenção do suicídio desde 1962. A unidade do Recife começou suas atividades há 39 anos e fica localizada na Manoel Borba, bairro da Boa Vista. O trabalho do CVV, em todo país, é sigiloso, gratuito e funciona durante 24 horas, nos sete dias da semana.

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