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A partir da próxima quinta-feira (19), o Museu de Arte Afro Brasil Rolando Toro vai reabrir suas portas. Para o retorno de suas atividades, o Muafro Recife apresentará exposições inéditas como Um homem com calos nas mãos não precisa de identidade, do escultor Otávio Bahia, e Eu sou um Brasil que o Brasil não conhece, sobre o músico pernambucano Naná Vasconcelos.

Além da exibição das mostras, o espaço cultural terá em sua reabertura o som do Mestre Leandro e os Batuqueiros. Outro destaque que promete movimentar a programação é o Flash Day Tattoo, com Maria Magdala. A ação comandada por Maria será voltada para tatuagens em pele negra. A organização do Muafro Recife também vai inaugurar a loja Café Galeria, com lançamento de uma coleção do estilista Eduardo Ferreira com a colaboração de Biam Dhifa e do designer Jailson Marcos.

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"O Muafro Recife abre as portas para a formação e informação da memória cultural afro brasileira e afro pernambucana e pretende ampliar discussões sobre as relações de dominação entre culturas e comunidades, fomentar saberes, tornar este, um espaço que evidencie as influências culturais africanas, seu poder originário, de recriação e inovação", explicou Lucia Helena Ramos, diretora do museu.

Serviço

Reabertura do Museu de Arte Afro Brasil Rolando Toro (Muafro Recife)

19 de maio | 19h

Muafro Recife - Rua Mariz e Barros, 328, Bairro do Recife

Entrada gratuita

Se tem algo que popularizou intensamente durante a pandemia da Covid-19 foi o podcast. No YouTube ou em serviços de streaming, diversos conteúdos estão prendendo a atenção do ouvinte/espectador com assuntos que ultrapassaram as barreiras das discussões. Pensando nisso, o LeiaJá selecionou quatro podcasts que fazem sucesso entre os internautas.

Isso Não é Noronha

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Estrelado pelas atrizes Isabel Guéron e Maria Ribeiro, o Isso Não é Noronha é um convite para quem precisa ficar antenado nos acontecimentos que movimentam a esfera social brasileira. O podcast transita por diversos temas como política e arte, com pontuações para lá de reflexivas. O programa de Isabel e Maria, com participação ilustre do músico Rodrigo Maranhão, está disponível no YouTube e nas plataformas digitais.

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PodPah

Colecionando mais de 5 milhões de inscritos no YouTube, o PodPah é um verdadeiro fenômeno na era digital dos últimos tempos. Apresentado por Igor Cavalari e Thiago Marques, o projeto reúne personalidades e formadores de opiniões que fazem acontecer nas redes sociais. No currículo, a dupla já entrevistou Mano Brown, Whindersson Nunes, Lázaro Ramos, Alfred Enoch e Lula. O vídeo do bate-papo com o ex-presidente da República, por exemplo, acumula 9 milhões de visualizações.

PodDelas

Tata Estaniecki e Bruna Unzueta, a Boo, encantam os internautas semanalmente com entrevistados do universo do entretenimento. Sempre com pautas despojadas, as anfitriãs do programa movimentam as redes sociais quando ficam de frente com grandes nomes da música, televisão e também do digital. A lista de quem passou pelo projeto já conta com Bruna Marquezine, Juliana Paes, Claudia Raia, Juliette, entre outros nomes. Disponível em todos os serviços de streaming, a atração possui no YouTube mais de 1,5 milhão de inscritos no canal. 

Venus

Um podcast que sempre é bastante comentado nas redes sociais é o Venus. Comandado por Criss Paiva e Yasmin Ali Yassine, o projeto digital discute assuntos impregnados em nossa sociedade. Recebendo toda semana convidados que fazem acontecer na mídia, as apresentadoras também entrevistam profissionais que não fazem parte dos holofotes do entretenimento. Os conteúdos do Venus são transmitidos pelo YouTube e distribuídos nos serviços de streaming.

O LeiaJá lançou recentemete o seu podcast, TrianON, que já recebeu convidados como o jornalista Hugo Esteves, o palhaço Chocolate e o humorista Ítalo Lima, entre outros. Confira aqui.

Foi inaugurada na última sexta-feira (29), no Atelier Pangeia, no Bairro do Recife, a Exposição Veneza Teimosa, promovida em parceria com a Ong Paratodos. A exibição coletiva reúne obras de oito artistas periféricos da capital pernambucana, que ganharam o prêmio em residência e mentoria artística -  Veneza Teimosa, realizado em 2021.

O prêmio culminou com a exposição de obras que fazem parte do projeto social e cultural que busca, incentiva e promove talentos periféricos a desenvolverem suas expressões culturais. O çançamento da exposição contará com apresentação da poetisa Priscila Ferraz.

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"A Ong Paratodos firmou termo de parceria com a equipe da Veneza Teimosa, na linha de ação Arte Paratodos, com intuito de apoiar artistas de periferia nesse processo  de criação e de ascensão de seus talentos e trajetórias profissionais. Com isso, vamos lançar a exposição conjunta desses jovens periféricos", explicou a presidente da Ong Paratodos, Marina Maciel.

Com foco em artistas periféricos, o Prêmio de Residência e Mentoria Artística Veneza Teimosa lança artistas como Amori, Brenda Bazante, Bubu, Jean Carvalho, Kadu Xukuru, Rayana Rayo, Tereza Pernam e Thais Barreto. Idealizada pelo curador de arte, Aslan Cabral, e pela historiadora da arte, Monica Bouqvar, as preparações para a Exposição Veneza Teimosa iniciaram ainda em 2021, com a seleção de artistas locais para treinamento e incentivo para criação de obras.

"Nós fomos os curadores de artistas que estão mais à margem da sociedade. O Prêmio de Arte Contemporânea foi em busca de minorias. Tivemos mais de 100 inscritos, escolhemos oito e destinamos valor para apoiar criações artísticas. Nosso intuito é impulsionar a arte e apoiar pessoas que precisam de incentivo", declarou Monica Bouqvar.

O título do projeto Veneza Teimosa tem como referência a comparação histórica e controversa entre as cidades de Recife e Veneza, e a Teimosia, elemento fundamental para resistência de levantes culturais e para o enfrentamento de abusos de poder, como no caso da comunidade Brasília Teimosa.

"Diversidade, além de um elemento político, também é um conceito artístico. Com efeito, o recorte do programa Veneza Teimosa serve como vetor cultural", conta Aslan. "Quem visitar a exposição poderá expandir, junto com todo mundo que fez parte da residência, seus parâmetros de arte, bem como entrar em contato com artistas os quais o Brasil ainda vai conhecer, nos próximos anos", complementou Monica. A mostra, que vai até 9 de maio, tem entrada gratuita.

Da assessoria

Socioeducandos dos Centros de Atendimento Socioeducativos (Cases) de Pernambuco estão aprendendo a transformar sucatas, restos de madeiras, PVC e outros produtos em artesanatos.

Adriano Emídio, do Parque Profissionalizante Professor Paulo Freire, é o responsável pelo curso dado aos socioeducandos. “A receptividade está sendo maravilhosa. Todo o Parque trabalha de forma integrada para ajudar. Todo esse esforço é notado no resultado final e na alegria dos adolescentes”, diz o artesão.

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Essa primeira turma está servindo como projeto piloto, onde funcionários e socioeducandos irão aprender técnicas. “Com a experiência desse projeto iremos montar um plano para o curso e novas turmas serão iniciadas”, detalhou o coordenador do Parque Profissionalizante e do Eixo de Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer, Normando de Albuquerque.

Um dos adolescentes, de 17 anos, que está participando do curso, diz que já tinha trabalhado ajudando o tio em uma marcenaria, mas que aprender a fazer artesanato está sendo uma experiência incrível. “Quando cumprir minha medida vou querer fazer vários artesanatos e vender minha arte”.

Toda aula os socioeducandos aprendem uma coisa diferente e obras de arte vão surgindo. Eles já fizeram painéis, esculturas, relógios de parede e abajures. Em breve, tudo estará exposto no box da Funase, na Casa da Cultura.

Hoje (13) tem início a mostra "A Tensão” no Centro Cultural do Banco do Brasil, no centro de  São Paulo. A exibição gratuita traz o trabalho do artista argentino Leandro Erlich, que reinventa “lugares-comuns”, deslocando-os de seu estado normal, com ilusões de ótica.

Com um conjunto de 16 obras, a exposição conta com um barco e elevador flutuantes, um jardim imaginário e a atração mais popular: uma piscina na qual o espectador pode entrar sem se molhar. Isto porque de em um lado ela possui uma camada de água, e do outro cria a ilusão de que as pessoas do fundo estão mergulhando na piscina.

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A entrada é gratuita. Os ingressos são liberados toda sexta-feira às 12h para a semana seguinte, e podem ser retirados na bilheteria local, ou no site http://www.eventim.com.br

Leandro Erlich tem 48 anos e começou a produzir suas obras em um ateliê em Buenos Aires e Montevideo (Uruguai). Ele já viveu e trabalhou em Paris e representou seu país em diversas bienais ao redor do mundo, incluindo o Brasil.

SERVIÇO

EXPOSIÇÃO "A TENSÃO"

Data: 13 de abril até 20 de junho

Horário: Todos os dias, exceto terças. Das 9h às 19h.

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Subsolo, Térreo, 1°, 2°, 3° e 4° andar - Centro Cultural Banco do Brasil SP, Centro Histórico -  São Paulo – SP.  Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô.

Classificação indicativa: Livre

Entrada: Grátis

Outras informações pelo telefone (11) 4297-0600.

Por Maria Eduarda Veloso

Na noite dessa sexta-feita (8), os holofotes voltaram a iluminar os palcos da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Realizado há 53 anos em Fazenda Nova, no município de Brejo da Madre de Deus, Agreste de Pernambuco, o espetáculo retomou o seu encanto. Em um percurso no espaço de 100 mil metros quadrados, o público teve a oportunidade de conferir em cena participações de grandes nomes da dramaturgia.

Participando pela segunda vez da peça, Gabriel Braga Nunes recebeu a incumbência de interpretar Jesus Cristo. De acordo com o ator, a emoção de protagonizar o projeto teatral é latente. "É um barato. O pessoal fala assim: 'Ah, todo ator devia fazer Hamlet'. Eu acho que Jesus é um desses personagens. É um personagem que ensina muito para o intérprete", disse.

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Ainda segundo o ator, uma hipótese de estar futuramente no palco da peça com outros personagens, como Herodes e Judas, não está descartada. Em 2019, ele viveu Pôncio Pilatos. Quem também marcou presença no espetáculo foi Christine Fernandes. Interpretando Maria, a atriz ressaltou a importância de Plínio Pacheco para a história da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém.

"É maravilhoso vivenciar esse projeto. Eu conheci Plínio Pacheco, dona Diva. Lembro de Plínio andando pelos lugares sozinho, com aquele chapéu e suas camisas de seda. É uma figura inesquecível", contou, ao relembrar contato com o diretor no projeto Noite Feliz, em 2000, dois anos antes da morte de Plínio. Para ela, a Paixão de Cristo é essencial para a arte brasileira: "A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém é uma pancada de alegria, de estar presente. A emoção bate".

De acordo com Sergio Marone, debutando na peça ao lado de Thaynara OG (Herodíades) e Marina Pacheco (Maria Madalena), foi honroso ter recebido o convite para interpretar Pilatos. "Fiquei orgulhoso de ter participado desse projeto tão histórico, tradicional. É fantástico estar aqui. Sensacional. Vida longa à Paixão", contou o ator.

Em meio à turma de novatos e veteranos, o que inclui também a participação do pernambucano José Barbosa (Judas), Luciano Szafir brilhou no palco pela quinta vez. Depois de ter dado vida a Pilatos e Jesus, chegou o momento de encarar nesta temporada da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém o Rei Herodes.

Szafir, que no ano passado enfrentou momentos delicados por causa da Covid-19, fez questão de agradecer a oportunidade de estar exercendo sua arte. Entrevistado pelo LeiaJá, ele disparou: "Só tenho gratidão dentro de mim. Literalmente, eu não imaginei que estaria aqui [no espetáculo]. Fazer a peça, retomar minha saúde, é só alegria. Os artistas de Nova Jerusalém são uma família".

O pai de Sasha Meneghel assegurou que todos que assistem à obra deixam o local com leveza: "A gente sente o público com a gente. É maravilhoso. Isso para a arte, a cultura, é sensacional". A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém segue até 16 de abril, em uma maratona de fé e nostalgia. Durante três horas, totalizando nove atos, os espectadores irão ser testemunhas do agir da cultura em aquecer mais uma vez a arte pernambucana. 

A vida profissional e pessoal do artista nova-iorquino Jean-Michel Basquiat (1960-1988) virou exposição e está sendo compartilhada em sua cidade natal. "Jean-Michel Basquiat: King Pleasure in New York City" foi idealizada por Jeanine Hariveaux e Lisane Basquiat, irmãs do artista, que morreu de overdose aos 27 anos, em 1988.

“Uma das coisas que queríamos fazer era garantir que as pessoas que apreciam a arte de Jean-Michel tivessem uma experiência totalmente imersiva”, compartilhou Lisane Basquiat. As irmãs levaram aproximadamente 19 meses para preencher completamente o espaço de exposição e reunir todos os artigos que seriam mostrados.

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A experiência começa com o ato “1960 - Introdução”, ano em que Basquiat nasceu. Logo após, a exposição transita para “Kings County”, local onde a família de Jean cresceu no Brooklyn. Os outros ambientes da mostra incluem “World Famous” e “Ideal”, que mostram mais o seu estúdio, o processo criativo e os diferentes períodos na vida do artista.

Ao serem questionadas, as irmãs afirmaram que todos os objetos expostos são de propriedade do espólio e que a família nunca venderá as peças que possuem.

Por Matheus de Maio

 

Nesta quarta-feira (06), abrem-se as portas da 18ª edição da SP Arte (Festival Internacional de Artes de São Paulo), evento que reúne museus, editoras, revistas, galerias de arte, design e outras instituições no Pavilhão da Bienal. O evento é considerado uma das principais datas no mercado de arte no hemisfério sul.

Até o fim da exposição (10), milhares de obras de arte poderão ser visitadas na exposição de forma totalmente presencial. As últimas edições do SP Arte foram realizadas de maneira híbrida, com atrações virtuais e outras presenciais, expostas na Arca (Galpão industrial localizado na Vila Leopoldina).

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Neste ano, a SP Arte apresenta o Radar SP-Arte, um programa que visa aproximar as relações entre artistas autônomos (que não possuem representação comercial) e o mercado de arte. Cinco espaços serão destinados a artistas autônomos e coletivos de arte. Dentre os coletivos e artistas selecionados estão a Casa Chama, coletivo antirracista e antitransfóbico; MT Projetos de Arte, plataforma que visa ampliar o acesso a arte fora do eixo Rio-São Paulo, entre outros.

Outra exposição que estará disponível na SP-Arte 2022 é a “Arte natureza: ressignificar para viver”. Com a curadoria de Ana Carolina Ralston, esta exposição visa refletir relações estruturais entre arte e sustentabilidade, contando com nomes como Ernesto Neto, Joseph Buys e Daiara Tukano.

Por Matheus de Maio 

Nesta edição do Plurarte, Sandra Duailibe entrevista a paraense Marcia Yamada. Administradora, publicitária, psicóloga, intérprete, compositora, cronista, mãe e, sem dúvida, uma grande mulher, Marcia começa o bate-papo compartilhando sobre hobbies como cozinhar e escrever. Outra atividade que a ajudou foi a música, arte que sempre esteve presente na sua vida.

O Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas, e publicação no portal LeiaJá. Acesse o Plurarte no Youtube aqui.

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O mês de março é marcado por um data especial para a literatura. Dia 21 foi comemorado o Dia Mundial da Poesia, em referência e homenagem a homens e mulheres que usam as letras e palavras para contar histórias, expressar pensamentos ou críticas, provocar reflexões e paixões, expor sentimentos, sejam eles verdadeiros ou fictícios.

A data foi criada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 1999, com o propósito de estimular a produção de poesia em todo o mundo e notabilizá-la como forma de arte.

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Não há como negar a relevância da poesia. Afinal, quem nunca ouviu falar de Shakespeare? Ou mesmo, na cena brasiera, recebeu indicações de leitura dos clássicos Castro Alves, Carlos Drummond de Andrade, Cecilia Meireles, Vinicius de Moraes, entre outros.

O Pará tem seus representantes, que bebem na fonte de Ruy Barata, assim como na “Academia do Peixe Frito”, criada no início do século XX, passando também por João de Jesus Paes Loureiro e Antônio Juraci Siqueira, até chegar em Raimunda Heliana Magalhães Pereira Barriga.

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Mais conhecida como Heliana Barriga, nascida em Castanhal-PA, a poeta formou-se em engenheira agrônoma e é mestre em Genética e Melhoramento de Plantas. Como escritora, seu trabalho é dedicado à produção infantil.

Heliana é poeta, compositora e musicista, autora de livros infantis como “Abelha abelhuda” e “A perereca sapeca”– FTD/SP (1980); “trava trova língua” e “Livre”, Editora Tempo (2012); “Pirulítero” e “mala sem fundo” pela Editora Alternativa (2017). Ela conversou com o Portal LeiaJá Pará. Acompanhe a entrevista.

De onde veio o interesse pela poesia ?

Desde criança. Em adulta escolhi estudar Agronomia porque queria trabalhar ao ar livre. Considero as agricultoras de sementes as maiores poetas. 

De que maneira a poesia interfere na vida das pessoas ?

As pessoas ficam diferentes depois que se permitem à poesia. Inquietam-se para se buscar mais. Como se virassem ao contrário.  Elas ficam melhores. Percebem mais a vida.

Quando você se viu poeta ? Quanto tempo já está nesse segmento e quantas poemas escritos?

Quando percebi as diferenças sociais. Quando a minha criança interior começou a gritar alto dentro de mim. Estou nessa teimosia boa há mais de 40 anos. Considerando que escrevo pelo menos um poema por dia. Faça as contas. 

O que te move ou inspira para escrever poesia ?

Tudo e nada. Não vou atrás. Vem pra mim. Não perco nada para a poesia.

No mundo distante do afeto, das relações efêmeras, dos smartphones e redes sociais, qual é o espaço hoje da poesia no mundo ?

A poesia cava o seu espaço onde não tem. Quanto mais controvérsias, melhor. Ela é nonsense, inesperada, castigada, e desejada, mas teimosa acima de tudo. Se posiciona entre a verdade e a mentira, o certo e o errado. O amor e o ódio. O dia e a noite. O homem e a mulher etc.

Por Dinei Souza (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

 

O Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) está prestes a retornar. Nesta terça-feira (29), o Governo de Pernambuco abriu um edital de convocação de propostas para a grade do evento, que será realizado em julho deste ano. De acordo com Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), as inscrições deverão ser feitas entre os dias 7 e dia 30 de abril, através da plataforma Prosas.

“A Fundarpe precisou se antecipar para que tudo estivesse pronto para a realização do FIG. Já em fevereiro deste ano, abrimos licitações para contratação de empresa especializada em locação, montagem, manutenção e desmontagem dos palcos, sonorização e iluminação do festival. Esse edital de convocação de propostas é outro passo importante, fundamental para a construção da grade artística do FIG, um evento que completa 30 edições e sempre foi marcado pela alta qualidade das atrações”, explicou Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe.

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Segundo André Brasileiro, coordenador-geral do FIG, a expectativa para a 30ª edição do festival é grande: “O Festival de Inverno de Garanhuns tem uma história grandiosa e inspiradora para os que produzem arte e para os que a desfrutam. Desse edital de convocação artística sai mais de 80% do que o público vai poder conferir. Temos certeza que vamos fazer mais um evento de muito sucesso de crítica e de público”. 

Para Gilberto Freyre Neto, secretário de Cultura de Pernambuco, o evento potencializa a conexão de artistas e grupos com o público, “promovendo uma circulação que é vital para a cadeia produtiva da cultura no Estado”. As propostas artísticas para o Festival de Inverno de Garanhuns serão analisadas em duas etapas, com destaques para os seguintes segmentos: Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Cultura Popular, Dança, Design e Moda, Fotografia, Gastronomia, Literatura, Música, Patrimônio Cultural e Teatro. O resultado da seleção está previsto para ser divulgado no dia 3 de junho. A última edição do FIG foi realizada em 2019, ficando suspensa em 2020 e 2021 por conta da pandemia da Covid-19.

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“Minha vocação artística sempre esteve voltada à música: gosto de expor o sentido, de identificar o som”, afirma Erick Dias, universitário do curso de Publicidade e Propaganda e aspirante a músico profissional. Cada vez mais jovens estudantes buscam a realização nas artes. 

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Baterista da banda Cabanos, Erick Dias conta que descobriu cedo o envolvimento com o meio artístico. Aos 12 anos, passou a entender mais o gosto que tinha pela música e, aos 16, decidiu que queria seguir a vida com a profissão.

“Encontro muita inspiração nas ruas de Belém. Essa cidade me encanta e me ajuda a ter muita criatividade. Quero incorporar à minha música uma mistura de Terno Rei (banda de rock alternativo de São Paulo) com o brega regional”, diz Erick.

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O baterista diz que costuma arriscar um ritmo e misturá-lo com algo novo. “Normalmente é algo que dá certo. Demora, mas dá certo. E funciona porque envolve Belém no meio do trabalho, o que faz não perder o ponto referencial.”

Matheus Duarte, estudante de Artes Visuais e guitarrista da banda Cabanos, tem orgulho de estar desde sempre ligado à arte. “Existem pessoas que gostam e têm talento para a coisa da arte, mas nem sempre têm um ponto de partida, não sabem por onde caminhar. Acho que o mais importante de tudo é começar”, declara.

Duarte gosta de entrevistas, porque acredita que com elas o serviço ganha maior visibilidade. “A entrevista é um ponto importante porque ajuda a quem não tem público geral, nos ajuda a chegar a mais pessoas.”

O guitarrista de 19 anos afirma que “o mundo artístico precisa de gente que quer trabalhar com arte, porque precisa-se desse incentivo”. Ele aponta que viver de arte é “aterrorizante”, mas satisfatório quando se está rodeado de estímulos.

Selecionado para o elenco de um reality da HBO Max Brasil, Luka Cortez sempre esteve em torno da arte. Ele aproveitou o talento de infância e resolveu se profissionalizar ao longo do tempo.

“Quando criança eu cantava na escola, fazia parte de peças de teatro, gostava de artes gerais. A caminhada não é fácil, mas sempre me senti realizado com o que produzia”, afirma.

A drag queen de 29 anos está muito contente com o desafio. “Ser participante de um reality desse porte é uma responsabilidade enorme e estou muito feliz por ser essa pessoa. Isso contribui para a minha carreira, mas faz lembrar também de muitas personalidades amazônidas.”

Luka tem diversas inspirações, tendo encontrado na banda Calypso e na cantora norte-americana Lady Gaga referências de que precisava. “Amigos meus que também fazem drag queen me inspiram muito. Não é fácil achar que um dia você vai poder referenciar o trabalho de alguém, mas em seis anos performando posso ver quem já começou depois de mim e é gratificante saber que tenho sido inspiração pra essas pessoas”, conclui.

O programa Queen Stars, exibido pela HBO Max Brasil, estreará quinta-feira, dia 24 de março. A apresentação será das cantoras Pabllo Vittar e Luiza Sonza.

Por Amanda Martins (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

 

Na próxima quinta-feira (24), o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) estreia uma programação para celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna, considerada o marco inaugural do movimento que baliza e batiza o museu, gerido pela prefeitura do Recife.

A partir das 19h, serão abertas, simultaneamente, quatro exposições, que repercutem e refletem sobre a estética e as temáticas modernas. Uma delas é a mostra que reúne obras escolhidas no acervo do próprio museu, a partir da negativa que lhe serve de título: “Nunca fomos modernos”.

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Abordando o movimento em Pernambuco e reivindicando outras percepções do discurso de modernidade, a partir de um olhar mais crítico, o acervo conta com obras de artistas como Ladjane Bandeira, Francisco Brennand, Guita Charifker, Vicente do Rêgo Monteiro, Maria Carmem, Lula Cardoso Ayres e Abelardo da Hora, expostas no térreo do MAMAM. A curadoria é de Ana Luisa Lima, Joana D’Arc de Souza Lima e Wagner Nardy.

Madeira

Também no térreo do museu, a exposição “Ofício” apresentará o trabalho da Marcenaria Olinda, projeto do artista e restaurador mineiro Fernando Ancil. Residente na Zona da Mata pernambucana, o artista aponta desde usos ancestrais da madeira até as interferências e inovações viabilizadas pela tecnologia, refletindo sobre o material como um dos mais antigos veículos de expressão artística, com trânsito livre entre o contemporâneo, o design e o popular.

Vídeo

No primeiro andar, a exposição “Semana de Vídeo-Arte Contemporânea de 22 de Pernambuco”, do cineasta e curador Jura Capela, revisita a história do modernismo no Brasil através da linguagem videográfica.

A mostra faz uma linha do tempo, desde os primeiros videoartistas que realizaram trabalhos experimentais no início do século XX, seguindo pelas primeiras manifestações brasileiras nos anos 1980, até criações atuais.

Estão contemplados na exposição desde Marcel Duchamp e Man Ray a Letícia Parente, Daniel Santiago, Paulo Bruscky, Formiga Sabe que Roça Come, Grupo Camelo, Telephone Colorido, Juliana Notari e Lourival Cuquinha, Fernando Peres, Gentil Porto Filho e Marcio Almeida.

“Todo Trânsito é uma Escuta”

Assinada por Abiniel João Nascimento e Letícia Barbosa, ocupará o segundo andar do MAMAM com um conjunto de obras que evocam o trânsito como lugar inacabado, constante, em movimento. Recorrendo ainda ao fazer-agir artístico da performance, a mostra é construída a partir de um olhar retrospectivo e em movimento, partindo de trânsitos pessoais distintos e, por vezes, confluentes.

Quinta mostra

Também está em cartaz no museu, desde o último dia 19, a mostra “Filtro”, que celebra as tradições artesanais, reunindo obras do artista Carlos Carvalho, que manifesta sua crença, em forma de contemplação, nas tradições artesanais, nos fazeres e na materialidade do gesto que conecta o corpo a uma experiência de produção física.

Serviço

Salão térreo, 1º e 2º andar e Salão Aquário Oiticica

Visitação: Terça a sábado, 12h às 17h

Período: Até 30 de abril

Entrada grátis

Endereço: O MAMAM fica na Rua da União, 88, Boa Vista.

O músico recifense Nego Henrique, que integra o grupo Cordel do Fogo Encantado, promove, a partir desta segunda-feira (21), a Oficina de Percussão BATUQUEJÊ-Batuque de Sangue. A ação gratuita terá duração de cinco dias, seguindo até a próxima sexta-feira (30), com horário das 19h às 21h30, e os participantes receberão camiseta e certificado ao final do curso. As inscrições já estão disponíveis.

A Oficina de percussão BATUKEJÊ-Batuque de Sangue teve seu início em 2020, numa parceria entre o músico Nego Henrique e a sambista Karynna Spinelli, que assina a produção do projeto. A ação também conta com a participação das produtoras Mulucum e Nosso Ilê, além do apoio do Edital RECIFE VIRADO, iniciativa da Prefeitura da cidade do Recife.

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De acordo com Nego Henrique, o principal objetivo do projeto é movimentar a cadeia produtiva da música, através da troca de saberes ancestrais, gerando emprego e renda para a equipe envolvida na produção. "Essa ação é muito importante para o Morro e para a cidade do Recife", explica Nego.

"Eu fico muito emocionado por poder apresentar essa cultura através do canto, da criação e execução de ritmos, de como eles podem ser usados no mercado fonográfico, em cima de um palco e em várias outras situações. A oficina será também um momento de 'trocadas', onde o professor assume o papel de aluno e o aluno o papel do professor", completa. As aulas ocorrem no GRES - Galeria do Ritmo, que fica localizado na Rua Belarmino Henrique, 147, no Morro da Conceição, Zona Norte do Recife.

Nego Henrique iniciou sua experiência ministrando aulas de percussão no Centro Maria da Conceição e participou de diversos grupos musicais como Raízes do Quilombo/Alafin Oyó. No ano de 2000, foi lançado no cenário da música nacional ingressando no grupo Cordel do Fogo Encantado. Durante as turnês internacionais que fez com o grupo, chegou a ministrar oficinas de percussão na Alemanha, durante um período de seis meses.

*Da assessoria de imprensa

As casas de leilões Christie’s, Sotheby’s e Bonhams cancelaram as vendas de arte russa em Londres em junho, como parte da resposta do mercado de arte às sanções ocidentais contra Rússia por causa da invasão russa à Ucrânia. As casas de leilões realizam vendas em junho e novembro em um período conhecido como “Semana de Arte Russa”, atraindo compradores ricos do país. 

“Embora o mercado atual de vendas da Christie’s na Rússia como um todo seja relativamente pequeno, temos a responsabilidade de responder às necessidades de nossos clientes e a eventos geopolíticos que estão fora de nosso controle” disse a Christie’s em comunicado. Também citou fatores como a incerteza da guerra e requisitos logísticos relacionados a sanções.

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 A casa de leilões acrescentou que está fazendo uma “diligência aprimorada” sobre pessoas politicamente expostas e aquelas com conexão com jurisdições que foram alvos de sanções. A Bonhams não forneceu uma razão para sua decisão. 

As vendas de obras de arte russas totalizaram cerca de R$ 256 milhões, nos salões da Sotheby’s e a da Christie’s em Londres em 2021, menos de 1% de faturamento, segundo Sebastian Duthy, CEO da Art Market Research. A Sothesby’s e a Christie’s não confirmaram imediatamente o número. 

Por Camily Maciel

 

 

 

Um trecho que fica entre a Rua do Apolo e a Avenida Cais do Apolo, localizado no Recife Antigo, acaba de ganhar um ar de galeria a céu aberto. A via batizada Rua dos Amores foi revitalizada sob os olhares de pintores locais como Manoel Quitério, Joana Lira, Bozó Bacamarte, Jeff Alan, Paula de Aguiar e Jade Matos, além do coletivo Aurora das Estrelas. O projeto foi idealizado pelo Boticário em parceria com a Prefeitura do Recife.

As pessoas que passarem pela rua, a partir desta sexta-feira (11), irão conferir painéis retratando elementos que movimentam a vida dos recifenses, sendo eles: carnaval, música, águas, diversidade, história, sustentabilidade e cordel.

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"Buscamos valorizar através dos artistas locais, aquilo que o Recife transborda, como sua cultura, suas cores, seu povo e com isso devolver o que é deles, o espaço público, com identidade e pertencimento", explicou Jacqueline Tobaru, diretora de Marketing Regional do Boticário. "Além disso, queremos que a Rua dos Amores se torne um ponto de encontro, um hub de experiências para quem vive o Recife Antigo", completou.

A previsão é que ao longo de 2022, a Rua dos Amores receba a população da capital pernambucana com a realização de atividades culturais. "O lugar tem muito potencial, era o que buscávamos para comunicar o amor da marca com a cidade do Recife e seus moradores. Demos o pontapé inicial e agora vamos deixar o recifense ser protagonista desta história, fazendo da Rua dos Amores, a sua Rua", contou Jacqueline.

O pernambucano Aduni Guedes liberou nas plataformas digitais o resultado do single Obakosso. A canção do artista faz parte de seu primeiro projeto solo, recebendo selo da gravadora Oshu Records, do húngaro e multi-instrumentista Szabolcs Bognár. Para este trabalho, Aduni mostra em um formato intimista o retrato da música de terreiro.

De acordo com Szabolcs Bognár, a sonoridade brasileira o inspira desde os tempos da juventude. "Há uma sensibilidade verdadeiramente única no ritmo do Brasil. Com Aduni, percebi nele uma visão muito forte para a música e eu pessoalmente só queria ter certeza de que nos manteríamos fiéis a isso e ajudá-lo a trazê-la à vida", disse.

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"Queríamos manter tudo macio, puro e sincero, deixar a bateria ilu conduzir o ritmo e dar o pulso, a guitarra para montar as harmonias de onda of, tudo para fazer  os vocais de Aduni brilharem", completou. A música Obakosso tem Aduni Guedes na percussão, vocal e arranjo, além de Beto Xambá na guitarra e Eduardo Camargo na guitarra elétrica. A mixagem recebeu a assinatura de András Koroknay e Kálmán, no Studio Einz; a masterização ficou por conta de Zino Mikorey Oshu, do Csilleberc Mastered.

O Museu do Homem do Nordeste acolheu em seu acervo, nesta quinta-feira (24), a escultura de São Brás, santo padroeiro da Igreja do Engenho São Brás, no município do Cabo de Santo Agostinho. A doação foi feita pela família Carneiro Lins e Mello, conduzida por Flávio Lins e Mello e outros representantes da família.

"Esta é uma obra que deve ser de domínio público. Escolhemos a Fundaj pela estrutura, pela capacidade de restauração e por ser uma instituição pública, que recebe escolas. A história do homem do Nordeste está aqui no Museu. A imagem será, então, devidamente apresentada à população", explica Flávio. A obra tem aproximadamente 1,2m de altura e remonta ao século XVII, esculpida em madeira por meio de técnica barroca secular.

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Inicialmente, seguirá para o Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte (Laborarte) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), onde passará por uma análise das condições de conservação e pelos devidos procedimentos de restauração. A intenção, após todo o processo, é mantê-la em exposição permanentemente no Muhne.

O diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mario Helio, reforça a importância do gesto dos Carneiro Lins e Mello, que em conjunto, decidiram depositar a peça onde ela pode ser devidamente restaurada, armazenada e difundida: "A graça não tem preço. Este é um gesto com diversas camadas, em especial a inversão de poder mostrar o que era privado de forma pública".

Betty Lacerda, Coordenadora Geral de Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Fundaj, celebra pela importância que a escultura tem como patrimônio cultural e artístico e que deve ser usufruído pela comunidade. 

"É uma obra importante que vai enriquecer o acervo do Museu do Homem do Nordeste e da Fundação Joaquim Nabuco, que já tem muitas peças dessa temática do açúcar, que foi uma economia tão importante em todo o Nordeste, especialmente em Pernambuco. É uma representação da arte sacra e dessas famílias que viveram da economia açucareira", pontua Betty.

Não há registros da época em que foi esculpido, mas o item representa a arte barroca secular. A doação foi feita "com a certeza de estarem atendendo ao interesse de manutenção e efetiva apresentação da riqueza da arte barroca desenvolvida no Brasil entre os séculos XVI e XVIII", afirmam os representantes da família Carneiro Lins e Mello.

*Da assessoria

Este ano, a Independência completa 200 anos no dia 7 de setembro. O quadro "Independência Ou Morte", de Pedro Américo (1843-1905) é considerado a maior representação pictórica do fato histórico ocorrido às margens do Ipiranga e passa por restauração.

O projeto da reconstrução aconteceu no próprio salão onde atualmente se encontra exposto, pois o tamanho do quadro é maior do que a porta. Uma equipe trabalhou na tela (que tem 7x 4 mestros) que " ganhou as cores originais, voltaram as cores. Então, ela está realmente muito próxima do original mesmo” ,apontou Yara Petrella, a chefe de restauro do Museu.  

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Pedro Américo era paraibano mas vivia na Itália, como muitos artistas na época. 66 anos depois da Independência, recebeu uma encomenda da Família Real para pintar o célebre momento de D. Pedro I às margens do Ipiranga. “Ele [Pedro, o pintor] deu à tela uma contemporaneidade para final do século XIX que fez com que ela se tornasse uma figura emblemática” explicou Cecília Helena Oliveira, ex-diretora do Museu Paulista.  

O artias plástico fez vários desenhos até chegar à tela final. Visitou São Paulo e se inspirou em outro quadro, “A Batalha de Friedland” do francês Meissonier, de 1875. A tela mostra um momento idealizado, não exatamente um retrato fiel daquele momento. Para aquele tipo de viagem, eram comuns as mulas e não cavalos, por exemplo.

Desde 2013 o Museu do Ipiranga está fechado ao público para obras e restauros, após um estudo apontar que a estrutura do prédio estava insegura. A previsão de reabertura é para setembro de 2022, como parte das comemorações da Independência.

Por Camily Maciel

 

 

Estão abertas até terça-feira (15), via formulário online, as inscrições para proponentes brasileiros e franceses participarem do programa Cruzamentos, iniciativa do Chaillot - Théâtre National de la Danse (Paris), da MC2: Grenoble - Maison de la Culture (Grenoble), em parceria com a Fundação Nacional de Artes (Funarte), no âmbito da “La Fabrique des Résidences”, do Institut Français. As inscrições são gratuitas e fazem parte do Edital Bolsa Funarte e Aliança Francesa de Residências Artísticas em Artes Cênicas - Brasil / França 2021.

Esse é o primeiro programa de residências artísticas no Brasil e na França, lançado pela “VillaTijuca”, da Aliança Francesa para o ano de 2022. O objetivo é estimular residências artísticas no Brasil e na França para promover o intercâmbio e a co-criação entre artistas dos dois países e que tenham desejo de realizar uma residência de pesquisa conjunta.

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Teatro, dança

Os projetos interessados em participar da seleção devem reunir artistas ou coletivos franceses e brasileiros para uma residência artística na área das artes cênicas, que envolvem teatro, dança, circo, entre outras áreas, explicitando os parceiros no momento de inscrição. Os demais critérios para participação estão disponíveis nos sites da Villa Tijuca e no Edital Bolsa Funarte - Aliança Francesa.

Serão selecionados quatro projetos para receber recursos financeiros para realização de um mês de residência na França e um mês no Brasil, até o final deste ano. A divulgação dos vencedores está prevista para o início do segundo trimestre. Os participantes poderão acompanhar as informações pelos sites.

O diretor cultural da Aliança Francesa do Rio de Janeiro, Quentin Richard, esclareceu que a Villa Tijuca é aberta ao diálogo de culturas e busca incitar e apoiar as co-criações entre artistas dos dois países, tanto no Brasil como na França. Por meio das convocatórias formuladas em parceria com instituições culturais bilaterais, Quentin Richard destacou que “este ecossistema de iniciativas e ideias é pensado para desenvolver e valorizar a implementação de residências de pesquisa, experimentações e de criação, estando sempre acessível a todos os públicos”.

Benefícios

Os projetos selecionados receberão recursos e benefícios da Funarte e das instituições francesas. Para os artistas ou coletivos brasileiros selecionados, a contribuição da Funarte será uma bolsa, por projeto, no valor de R$ 26.250 para cobrir os gastos da residência. Para os artistas ou coletivos franceses, a contribuição da Aliança Francesa do Brasil em conjunto com o Institut Français, através do dispositivo A Fábrica de Residências, será destinada quantia fixa de mil euros por artista, limitada a dois artistas franceses por projeto, além do financiamento de duas passagens de avião por projeto, com valor máximo de mil euros por passagem de ida e volta.

Para o projeto em geral, independente da nacionalidade, a contribuição do Chaillot - Théâtre National de la Danse e da MC2: Grenoble - Maison de la Culture envolverá suporte financeiro entre 10 mil euros e 30 mil euros por projeto, visando cobrir os gastos de residência na França e no Brasil.

Villa Tijuca

A Villa Tijuca tem seu nome inspirado pelo tradicional bairro da zona norte carioca. Trata-se de um projeto de espaço de recursos para as residências entre a França e o Brasil. Iniciativa da Aliança Francesa do Rio de Janeiro, a vila de território constitui o primeiro passo de um dispositivo de residências ainda mais vasto que, partindo da Aliança Francesa da Tijuca, poderá ser aplicado não somente no Rio de Janeiro como em outras cidades brasileiras, adiantou o diretor cultural.

Embora esse primeiro programa da Villa Tijuca de incentivo à cultura abranja as artes cênicas, o projeto da Villa Tijuca já definiu os próximos segmentos culturais que serão contemplados: fotografia e música.

 

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