Tópicos | cadáveres

A apresentação de duas "múmias" descritas como corpos de seres não humanos no Congresso do México, na terça-feira (12), causou espanto e fez com os memes se multiplicassem em todo o mundo. Os dois "espécimes", que o ufólogo e jornalista mexicano Jaime Maussan disse terem sido encontrados no Peru, eram de estatura pequena e cor calcária; cada um tinha mãos com três dedos e o que pareciam ser cabeças encolhidas ou ressecadas.

"É a rainha de todas as evidências", disse Maussan. "É isso: se o DNA está nos mostrando que eles são seres não humanos e que não há nada parecido com isso no mundo, nós deveríamos considerar isso como tal." Mas ele alertou que ele ainda não queria se referir aos corpos como "extraterrestres".

##RECOMENDA##

Os corpos aparentemente dessecados teriam sido encontrados no subsolo do arenoso deserto costeiro peruano de Nazca. A área é conhecida por figuras gigantescas e enigmáticas escavadas na terra e vistas apenas de uma perspectiva aérea. A maioria atribui as Linhas de Nazca a antigas comunidades indígenas, mas as formações capturaram a imaginação de muitos.

Em 2017, Maussan fez alegações semelhantes no Peru, e um relatório do Ministério Público do país concluiu que os corpos eram, na verdade, "bonecos fabricados recentemente, que foram cobertos com uma mistura de papel e cola sintética para simular a presença de pele".

O relatório acrescenta que as figuras são quase certamente feitas pelo homem e que "não são restos mortais de alienígenas ancestrais que tentaram apresentar". Os órgãos não foram divulgados publicamente na época, por isso não está claro se são os mesmos apresentados ao congresso do México.

Universidade nega

Durante sua apresentação, o ufólogo e comunicador do México afirmou que os dois corpos encontrados no Peru tinham mais de mil anos segundo pesquisa realizada pelo Laboratório Nacional de Espectrometria de Massa com a Universidade Nacional Autônoma do México. No entanto, o laboratório afirmou posteriormente em comunicado que o trabalho de datação por carbono-14 naquele laboratório "visa apenas determinar a idade da amostra que cada utilizador traz e em nenhum caso tiramos conclusões sobre a origem das referidas amostras".

O laboratório universitário que realizou os testes "desassocia-se de qualquer uso, interpretação ou subsequente deturpação dos resultados que fornece", disse o instituto. "Em nenhum caso tiramos conclusões sobre a origem dessas amostras."

Na quarta-feira (13), Julieta Fierro, uma pesquisadora do Instituto de Astronomia da Universidade Nacional Autônoma do México, estava entre aqueles que expressaram ceticismo, dizendo que muitos detalhes sobre as figuras "não fazem sentido".

Da mesma forma, como o laboratório da universidade, ela acrescentou que as alegações dos investigadores de que a sua universidade endossou a sua suposta descoberta eram falsas, e observou que os cientistas precisariam de tecnologia mais avançada do que os raios X que alegavam usar para determinar se os corpos alegadamente calcificados eram "não humanos".

"Maussan fez muitas coisas. Ele diz que conversou com a Virgem de Guadalupe", disse ela. "Ele me disse que os extraterrestres não falam comigo como falam com ele, porque eu não acredito neles." A cientista acrescentou que pareceu estranho que eles extraíram o que certamente seria um "tesouro de uma nação" do Peru sem convidar o embaixador peruano.

No mesmo sentido, Antígona Segura, uma das principais astrobiólogas do México, questionou as afirmações de Maussan. "Estas conclusões simplesmente não são apoiadas por evidências", disse o Dr. Segura, que colabora com o Nexus for Exoplanet System Science, uma iniciativa da Nasa para procurar vida em mundos distantes. "A coisa toda é muito vergonhosa."

(Com agências internacionais)

Os bombeiros encontraram em um apartamento dois cadáveres em estado de decomposição. O alerta foi dado pelos vizinhos dos dois idosos, na cidade de Oeiras, em Portugal, que relataram sentir um mau cheiro intenso vindo do apartamento. Os corpos são de uma mulher de 70 anos, identificada como Anabela, e do seu pai, que teria 80 anos quando faleceu. Segundo as autoridades portuguesas, Anabela manteve por 15 anos o cadáver do seu pai em sua residência.

O corpo do homem, identificado como Custódio, foi encontrado vestindo um pijama. A descoberta do caso aconteceu após a morte de Anabela na semana passada, quando as autoridades policiais foram acionadas no último domingo (16) por populares que sentiram um forte odor proveniente da residência.

##RECOMENDA##

Ao chegar ao local, os agentes encontraram o cadáver da idosa em estado de decomposição recente, o que indica que estaria morta há algumas semanas, e o corpo de Custódio em um estado de putrefação avançado, o que faz a perícia criminal avaliar que estaria morto há mais de uma década.

Segundo o site JN, do país europeu, uma vizinha, identificada como Idalina, disse que pagou o funeral de Custódio há 15 anos atrás, mas não compreendeu porque Anabela mentiu para todos. "Não sei o que pensar, é inexplicável, um grande mistério. O prédio se juntou para comprar uma coroa para o enterro do idoso e afinal não houve", disse Idalina em entrevista.

Os agentes encontraram a casa com bastante lixo espalhado nos cômodos. Ainda segundo as autoridades, Anabela teria utilizado água sanitária para tentar disfarçar o odor causado pela decomposição do cadáver do pai. 

A descoberta deixou a comunidade local em estado de choque, levantando muitas questões e especulações sobre o que pode ter levado Anabela a manter o cadáver do pai em casa por mais de uma década. Os corpos foram transportados para o Instituto de Medicina Legal e a Polícia Judiciária de Portugal continuará com as investigações.

Em uma ilha da Indonésia, uma família posa para uma foto com seus idosos pouco sorridentes. Não é que eles vivam trancados ou estejam zangados com seus descendentes. Os mais velhos estão mortos.

A fotografia faz parte da tradicional cerimônia Manene realizada em duas pequenas aldeias na ilha indonésia de Sulawesi.

Centenas de cadáveres são exumados e vestidos na cidade de Torea como parte de um ritual para honrar seus espíritos e oferecer-lhes oferendas.

"Quando fazemos o Manene, começamos abrindo a câmara funerária e limpando seu interior e arredores", diz Sulle Tosae à AFP.

"Depois secamos os corpos ao sol antes de trocar de roupa", acrescenta o homem.

Os caixões com os corpos de seus parentes são retirados de suas sepulturas cavadas nas montanhas.

"As oferendas são um sinal de gratidão dos filhos e netos para os antepassados", diz o chefe da aldeia de Torea, Rahman Badus.

Eles honram seus espíritos "para que possam sempre abençoar os vivos com segurança, paz e felicidade", acrescenta.

Uma família oferece um cigarro ao seu parente recém-exumado, outra coloca óculos de sol estilosos nele.

Alguns corpos permanecem quase intactos graças a um processo de mumificação, enquanto de outros resta apenas o esqueleto.

- Espírito dos mortos -

O grupo étnico toraja tem um milhão de membros na ilha de Sulawesi.

Eles têm poucos escrúpulos em falar com corpos embalsamados, vesti-los, escovar seus cabelos ou até mesmo tirar fotos com eles.

O calendário da cerimônia depende de cada cidade, mas normalmente o Manene acontece a cada vários anos nos meses de julho e agosto.

Os toraja acreditam que os espíritos dos mortos vagam pelo mundo antes da cerimônia fúnebre e só começarão sua jornada para a terra dos espíritos depois que suas almas forem imortalizadas.

As famílias preservam os corpos até que tenham economizado dinheiro suficiente para um funeral elaborado.

Antes, os mortos eram mumificados por meio de um processo de embalsamamento com remédios naturais, como vinagre azedo e folhas de chá.

Mas agora muitas famílias tomam o atalho de injetar no cadáver uma solução de metanal.

O processo de exumação é uma cena de arrepiar os cabelos para os turistas estrangeiros. No entanto, os moradores estão mais do que felizes em limpar os corpos, tirar fotos e orar por suas almas.

Mas o chefe da aldeia diz que alguns moradores podem ir longe demais.

"Os familiares prestam respeito a seus pais ou ancestrais e o desrespeito tem consequências", explica Badus sem especificar quais comportamentos ele denuncia.

"Os corpos devem ser tratados com o maior respeito no ritual Manene", alerta.

O Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Zona Oeste do Recife, virou alvo de investigação do Ministério Público de Pernambuco (MMPE) nessa quarta-feira (23) por deixar cadáveres ao lado de pacientes. Imagens entregues por denunciantes mostram corpos dentro de sacos plásticos próximos a macas com internados.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

Sem prazo para a conclusão das investigações contra um dos maiores hospitais públicos da região, o MPPE informou que a Promotoria de Saúde da Capital vai apurar as evidências da possível infração.

Até o momento, a principal prova é um vídeo feito na última segunda (21), durante uma inspeção do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (SatenPE) que foi acionado por profissionais da unidade para verificar a superlotação em determinadas áreas - uma delas seria o setor de traumas - e a falta de condições de atendimento.

Sobre a remoção dos corpos, o representante da categoria Francis Herbert disse que os demais pacientes estão ‘apavorados’ e indicou que a justificativa seria a sobrecarga de doentes atendidos por enfermeiros e técnicos. Ao G1, ele apontou que ficou por mais de meia hora na Unidade de Trauma e os cadáveres permaneceram na ala.  

Em resposta as acusações, o governo informou que “a remoção do corpo é realizada de forma adequada, utilizando material específico (saco de transporte), respeitando todos os critérios de manejo de corpos para que o procedimento seja feito com segurança pelos profissionais de saúde".

Um jardineiro canadense recebeu pena de prisão perpétua nesta sexta-feira (8) pelo assassinato e a mutilação sexual de oito homens da comunidade gay de Toronto, cujos cadáveres foram desmembrados e escondidos em vasos.

Bruce McArthur admitiu os assassinatos no mês passado e recebeu oito condenações simultâneas de 25 anos. Ele precisará cumprir 90 anos até ser elegível para liberdade condicional, mas o juiz do Tribunal Superior de Ontario, John McMahon, disse que provavelmente nunca seria posto em liberdade.

"Bruce McArthur se declarou culpado", disse o delegado de homicídios, David Dickinson, em 29 de janeiro, aos jornalistas no lado de fora do tribunal. "É o desfecho adequado".

Na sexta, o assassino de 67 anos ficou sentado em silêncio, com as mãos cruzadas no colo, enquanto uma fila de detetives da polícia, que descreveram esta como a maior investigação de Toronto, observaram diretamente atrás dele.

O juiz disse ter notado que McArthur não tinha mostrado nenhum remorso por ter se aproveitado de suas vítimas, homens vulneráveis, alguns deles lutando contra vícios em drogas.

Quando a polícia encontrou o assassino, em janeiro de 2018, encontrou um jovem amarrado a uma cama, mas ileso. Ele poderia se tornar a nona vítima, segundo o juiz.

A investigação, que escavou dezenas de propriedades onde McArthur trabalhava, comoveu todo o Canadá.

Partes dos corpos de sete das vítimas foram encontradas em grandes vasos que McArthur mantinha armazenados na casa de um cliente no centro de Toronto.

Os restos da oitava vítima foram encontrados mais tarde em um barranco atrás da propriedade.

As vítimas de McArthur foram um ex-amante, dois imigrantes afegãos, dois refugiados do Sri Lanka e outro do Irã, um cidadão turco e um trabalhador sexual sem-teto.

Eles desapareceram entre 2010 e 2017.

De acordo com o tribunal, McArthur estrangulou-os, e os assassinatos tiveram "natureza sexual".

A Power Segurança e Vigilância deverá indenizar um funcionário em R$ 30 mil por obrigá-lo a remover cadáveres e vítimas de acidentes nos trilhos da Companhia Paulista de Trens Urbanos (CPTM). A determinação foi proferida por unanimidade pela 7ª turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O caso chegou à alta corte trabalhista após o Tribunal Regional do Trabalho cassar a condenação em primeira instância, que havia fixado indenização em R$ 200 mil. Segundo os desembargadores paulistas, o segurança não demonstrou dano moral indenizável.

##RECOMENDA##

Nos autos, o funcionário relata que trabalhava em um posto da CPTM como integrante do Grupo de Apoio Móvel que presta atendimento às vítimas de mal súbito. No entanto, o segurança diz que também era obrigado a recolher e mover cadáveres mutilados de vítimas de acidentes nos trilhos, assim como auxiliar vítimas ainda vivas.

Segundo a defesa do segurança, ele era obrigado a 'manusear pedações de carne humana, destroços, sem qualquer treinamento específico, desvirtuando assim a função para a qual foi contratado'.

Os advogados do segurança alegaram ainda que ele não recebeu orientação psicológica para lidar com traumas vivenciados diariamente, em especial nos casos em que não há óbito imediatamente, 'fazendo com o que o vigilante presenciasse a dor e a agonia' das vítimas.

A Power Segurança afirma que a remoção dos corpos não era de responsabilidade do vigilante e que sua competência era apenas relatar o ocorrido e esperar pela chegada das autoridades competentes.

O ministro Vieira de Mello Filho, relator do caso no TST, argumentou que apesar da desobstrução da via seja lícita, a empresa comete abuso ao exigir que o funcionário recolha os corpos sem o devido treinamento físico e psicológico. Além disso, por algumas mortes serem resultado de suicídios ou homicídios, a ação do segurança poderia comprometer as investigações.

"É nesse último aspecto que se insere uma grave potencial implicação ao reclamante ao manusear pedaços de corpos dilacerados nas linhas férreas, porquanto pode lhe ser imputado o crime de fraude processual, tipificado no art. 347 do Código Penal, com pena de detenção, de três meses a dois anos, e multa", afirma. "Inegável, pois, que o trabalhador submetido às circunstâncias postas pode ser acusado de ter modificado a cena de um crime, causando-lhe transtornos para além dos psíquicos."

Segundo o ministro, nesta situação, o 'abuso do empregador adquire contornos mais nítidos'

"É certo que a empresa age com culpa quando não adota procedimentos de trabalho adequados e deixa de observar as normas de medicina e segurança laborais ou quando não proporciona as condições para o labor em um ambiente saudável", afirmou Vieira Filho.

O ministro condenou a Power Segurança ao pagamento de R$ 30 mil em indenização por danos morais ao funcionário, decisão que foi aceita unanimemente pela 7ª turma da Corte.

COM A PALAVRA, A POWER SEGURANÇA E VIGILÂNCIA

A reportagem tentou contato com a assessoria da Power Segurança e Vigilância, mas não obteve resposta. O espaço está aberto para manifestações.

"Vários cadáveres de bebês" foram encontrados na tarde desta quinta-feira em uma casa na Baviera, Alemanha, no marco de uma visita médica de urgência, informou a polícia sem informar o número de corpos.

Os investigadores não detalharam as circunstâncias desta descoberta, nem as causas possíveis das mortes destes bebês. A imprensa local informa sobre "dois cadáveres", algo que a porta-voz da polícia de Bayreuth (sul) recusou confirmar.

Em maio passado, uma mulher foi condenada a três anos e oito meses de prisão em Siegen (oeste) por ter matado dois de seus filhos e conservá-los em um congelador.

Em outubro de 2013, na Baviera, dois corpos de bebês foram encontrados durante trabalhos de construção. A investigação revelou que haviam nascido nos anos 1980, mas as mães foram absolvidas porque os crimes já haviam prescrito.

[@#galeria#@]

Deputados da bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) fizeram uma visita ao Instituto de Medicina Legal (IML) na manhã desta sexta-feira (11). Os deputados encontraram ambientes sujos, máquinas quebradas e ouviram reclamações dos funcionários. A crítica situação do IML  já havia sido mostrada em uma matéria do LeiaJá, que chegou a flagrar restos mortais em sacolas ao ar livre. 

##RECOMENDA##

A ideia agora é realizar uma audiência pública até o final de setembro. “Estamos cobrando uma solução emergencial do governo”, disse o deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB). “Encontramos aqui uma situação de desrespeito. O IML está totalmente desestruturado. Os médicos e funcionários estão trabalhando com muita dificuldade, num grau de estresse permanente”, completa.

Para o diretor do IML, Antônio Barreto, não há descaso no instituto. “A gente tem uma sala aprovada pelo Ministério Público. A família é recebida sentadinha, com ar condicionado. A questão é que a demanda é grande, porque nós cobrimos toda a região metropolitana. Existe projeto 80% pronto em Palmares, uns 60% pronto em Caruaru. Tem projeto em Salgueiro e reforma para já em Petrolina”, ele comenta. 

O diretor revela também que recebe apenas R$ 1300 por mês para pagar todo custeio e manutenção do prédio. Equipamentos e máquinas estão sem funcionar desde o início do ano, pois precisam de refrigeração. Os aparelhos de ar condicionado já chegaram, mas a direção diz que não tem condições de pagar a instalação dos mesmos.

“O problema principal aqui é que a Polícia Científica como um todo é subordinada à Polícia Civil. A gente deveria ser um órgão subordinado à SDS e ser uma unidade gestora, como é a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. Deveríamos ter um orçamento próprio, para decidir as questões mais importantes do ponto de vista da Polícia Científica”, Antônio conclui. 

Ainda segundo o diretor, a falta de equipamentos básicos é responsabilidade da empresa terceirizada, que cuida do serviço de limpeza e dos maqueiros. Na sala de necrópsia, o odor era angustiante, fazendo com que alguns jornalistas que acompanhavam a vistoria passassem mal. Corpos em estado avançado de putrefação se misturam com corpos recém chegados e o equipamento de ventilação não funciona. Barreto diz que a segunda sala já está com a estrutura pronta, com 20 leitos, faltando a ajuda financeira do Governo de Pernambuco para deixá-lo operante. 

[@#video#@]

[@#galeria#@]

Comparar cenários cinematográficos de filmes de terror a atual estrutura de necropsia do Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife não é nenhum exagero. Restos mortais em sacolas ao ar livre, couro cabeludo de cadáveres pelo chão, corpos guardados sem os devidos cuidados e falta de estrutura são apenas alguns dos problemas do local. As denúncias partiram de policiais civis, como forma de protesto, nesta quarta-feira (8). Os servidores estaduais pedem melhores condições de trabalho e reajustes salariais.

##RECOMENDA##

Antes da reportagem do Portal LeiaJá entrar no setor de necropsia, o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Rafael Cavalcanti, já alertou: “Vocês precisam ter estômago pra entrar lá! Não há condição digna de trabalho para nossos trabalhadores”. De acordo com Cavalcanti, a situação dos servidores do IML é uma das mais precárias da categoria. “O IML não passa por uma reforma há bastante tempo. Só nesta semana aconteceram várias quedas de energia elétrica. Os servidores trabalham em meio a corpos em estado de putrefação”, denunciou o vice-presidente do Sinpol.

Na sala de necropsia, nossa reportagem encontrou um piso molhado, focos de lama, sangue nas mesas, couro cabeludo espalhado pelo chão, além de problemas no teto e nos aparelhos usados pelos legistas. Na mesa da sala de raio-x, por exemplo, a falta de higiene também é notável. Existe lama e o equipamento apresenta fiação exposta. Na câmara fria, onde os corpos ficam guardados a baixa temperatura, existem sujeira e sangue por toda a parte.

Segundo um servidor que atua no IML que não quis se identificar, os objetos utilizados para os exames nos corpos são arcaicos. Facas do tipo peixeira, cabos de madeira, serras, linha usada em pipas e até haste de guarda chuva viram ferramentas de trabalho durante os exames. “Essa é a condição de trabalho que estamos submetidos. É desumano trabalhar no IML”, disse o servidor. Confira o vídeo:

[@#video#@]

Em entrevista à TV Globo, a gerente geral da Polícia Científica de Pernambuco, Sandra Santos, afirmou que o Governo de Pernambuco já possui recursos para iniciar reforma nas unidades (Recife, Caruaru e Petrolina) do IML ainda neste ano. “Nós estamos trabalhando para operacionalizar essas reformas. Ontem, eu tinha uma equipe de engenheiros visitando o IML e já monitorando quais as áreas a gente vai começar essas reformas”, declarou a gerente. Sandra Santos também informou que existe a previsão da realização de um concurso público para a Polícia Científica, cujo edital ainda não foi divulgado. “Nós teremos 316 vagas distribuídas para todos os cargos”, garantiu Sandra Santos.        

De acordo com os policiais civis em protesto, até o final desta quarta-feira, os serviços de necropsia e consequentemente liberação dos corpos estão suspensos, por causa da paralisação de 24 horas da categoria. A previsão, até o momento, é que tudo se normalize nesta quinta-feira (9). Até o início desta tarde, os policiais realizam um ato em frente ao IML, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. 

Um total de 11 bolsas com restos humanos foram encontradas na madrugada desta segunda-feira (11) na Cidade do México, informaram fontes oficiais que investigam o crime. As autoridades não determinaram quantos cadáveres haviam dentro das bolsas, enquanto vários meios de comunicação indicaram se tratar de duas pessoas.

A descoberta macabra, incomum na capital mexicana, ocorreu na área aduaneira de uma zona ferroviária de Azcapotzalco (norte da capital).

##RECOMENDA##

Na madrugada, a polícia relatou "a descoberta de 11 sacos (...) que apresentavam manchas de sangue e alguns estavam amarrados", informou o ministério da Segurança Pública da Cidade do México à AFP por e-mail.

Já uma fonte da procuradoria confirmou à AFP que restos humanos foram encontrados nos sacos. "Iniciamos uma investigação preliminar juntamente com a Procuradoria-Geral", indicou a fonte, que pediu anonimato.

Segundo o jornal El Universal, os sacos continham os corpos de dois homens tatuados. Um agente de segurança teria visto "alguém em um táxi jogar os sacos" entre os vãos dos vagões de dois trens, segundo o jornal.

Os pistoleiros de cartéis de drogas no México muitas vezes assassinam e esquartejam suas vítimas, deixando seus restos em valas comuns. Tais eventos são comuns no campo, mas raramente ocorrem na capital.

Dez cadáveres em avançado estado de decomposição foram encontrados em um crematório particular abandonado e localizado perto de uma exclusiva zona do turístico porto de Acapulco, no estado de Guerrero (sul), informou à AFP na madrugada desta sexta-feira uma autoridade policial.

O Exército, a Polícia Federal e a Gendarmaria mobilizaram um grande contingente depois de receber uma denúncia anônima alertada pelo cheiro que saía do crematório "Del Pacífico", localizado no bairro Llano Largo, próximo à área turística de alto luxo denominada "Diamante" de Acapulco, no estado de Guerrero.

Nas primeiras horas desta sexta-feira os cadáveres já haviam sido levados a instalações oficiais, disse uma autoridade de alto escalão da polícia estatal.

Guerrero, um dos estados mais pobres do México, é foco de atenção desde o desaparecimento no município de Iguala, no dia 26 de setembro, de 43 estudantes.

Os pais dos jovens, dos quais apenas um foi identificado em exames de DNA em um laboratório da Áustria, afirmam que seus filhos seguem vivos e que estão em algum lugar em poder das Forças Armadas, já que sobreviventes do ataque declararam que militares e policiais federais estavam presentes na fatídica noite de 26 de setembro.

Naquele dia 6 pessoas faleceram, entre elas três estudantes. Um deles foi encontrado nas imediações do ataque em Iguala, localizado a 184 km da capital mexicana.

O governo mexicano nega a participação do Exército nesse episódio atroz, que chocou a comunidade internacional. Por sua vez, o ministério público mexicano declarou nesta semana que tem "certeza legal" de que os jovens foram entregues pelos policiais municipais ao cartel Guerreros Unidos que os matou, incinerou e lançou seus restos em um rio, uma versão que os pais se negam a aceitar diante da falta de provas científicas.

Cerca de 20.000 pessoas desapareceram desde a militarização da guerra contra as drogas em 2006, que também deixou um saldo e mais de 80.000 mortos, segundo números oficiais.

As equipes de resgate continuavam trabalhando neste domingo (3) em busca de sobreviventes em uma localidade do oeste da Índia devastada por um deslizamento de terra na quarta-feira (30), onde 92 corpos foram recuperados, mas o balanço final pode chegar a 160 mortos. Nas últimas 24 horas, as equipes encontraram 19 cadáveres, mas nenhum sobrevivente.

As esperanças de encontrar sobreviventes são consideradas escassas. "Já encontramos 92 corpos e oito sobreviventes. Mas tememos que encontraremos outros 68 corpos", declarou Alok Awasthi, diretor da Agência de Gestão de Catástrofes Naturais.

As equipes de resgate já percorreram 60% da área afetada. De acordo com o governo, 160 pessoas estavam nas dezenas de casas destruídas pelo deslizamento de terra que arrasou a aldeia de Malin, no estado de Maharashtra (oeste).

Chuvas torrenciais atingem Maharashtra há vários dias como consequência da monção anual. Segundo especialistas, o deslizamento de terra é provocado em grande parte pelo desmatamento e a construção de edifícios nas colinas.

O odor da morte é quase insuportável na zona de impacto do avião da Malaysia Airlines, onde as equipes de resgate tentam recuperar os restos dos 298 passageiros da Malaysia Airlines que morreram na tragédia. Os uniformes azuis dos socorristas contrastam com o milho amarelo dos campos de Grabove. Seus gestos são lentos para colocar suas luvas ou carregar corpos.

Trabalhando durante todo o sábado (19), na zona de impacato do avião malaio, 50 km a leste de Donetsk, os equipes de socorro economizam suas palavras, enquanto detonações próximas são ouvidas. A linha de frente entre os separatistas pró-russos e as forças ucranianas fica a poucos quilômetros e apesar, da tragédia aérea, não há sinais de trégua.

##RECOMENDA##

Os olhos se concentram em pequenos panos brancos amarrados a varas de madeira, plantadas um dia antes e único indicador da presença de corpos dispersos em meio ao trigo. Os corpos, alguns já enegrecidos e inchados após mais de 36 horas ao ar livre, são, então, colocados em grandes sacos mortuários pretos e transportados em macas antes de serem reunidos na beira da estrada.

O destino previsto pelos rebeldes: o necrotério de Donetsk. De acordo com os rebeldes pró-russos, 27 corpos encontrados a alguns quilômetros de distância, perto de outra aldeia, já foram transportados para o necrotério da principal cidade da região, nas mãos de rebeldes separatistas.

Dois dias após a queda do voo da Malaysia Airlines, provavelmente causada pelo disparo de um míssil terra-ar, a área é fortemente vigiada e totalmente interditada à imprensa, que só tem acesso aos primeiros metros do local que se estende por quilômetros.

Tensão com a imprensa

Dezenas de rebeldes pró-russos armados bloqueiam a pequena estrada que atravessa a área onde os destroços do avião caíram e a tensão é alta, com dezenas de jornalistas. "Nós protegemos a zona porque os especialistas estão trabalhando. Isso é normal não ter acesso a esses locais", diz o homem que se apresenta como o comandante rebelde do batalhão responsável pela segurança do local, sem dar o seu sobrenome.

Poucos minutos depois, exasperado com as câmeras que querem filmar as buscas no campo, ele puxa a manga da camisa e dispara para o ar no meio de um grupo de jornalistas. Por volta das 13h, quando a coluna de veículos da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) chegou ao local, a tensão aumenta: os rebeldes posicionam um veículo no meio da estrada e trinta homens armados vão para o campo.

Após negociações, os observadores são autorizados a entrar na área. "Vocês têm tendas refrigeradas?" pergunta um observador a uma das equipes de resgate em meio a homens armados, cada vez mais numerosos. O homem balança a cabeça em negação.

A poucos metros de distância, malas espalhadas, livros, jogos para crianças, passaportes e um odor quase insuportável. Uma hora e meia depois, os observadores retornam sem ter tido acesso a toda a área, e principalmente o local da queda. "Tivemos a oportunidade de conversar com líderes, habitantes da área e pessoas que recuperam os corpos", comenta Alexander Hug, supervisor da missão na Ucrânia.

Pouco depois de sua partida, dois ônibus descarregam cinquenta passageiros: enfermeiras do hospital de Chakhtarsk e mineiros, com suas roupas de trabalho, capacete vermelho na cabeça e rosto ainda coberto de carvão.

Genia, de 21 anos, arrasta os pés em meio a seus companheiros: "Esta é a segunda vez que venho aqui, mas eu odeio isso. Ontem vieram nos buscar na mina, mas que horror todas essas partes do corpos em decomposição".

Um hospital no nordeste da Nigéria não tem mais capacidade para receber cadáveres porque seu necrotério está cheio com os corpos de 30 civis mortos por soldados, afirmou um trabalhador do local nesta terça-feira.

Os soldados aparentemente atacaram uma vizinhança na cidade de Maiduguri após uma bomba ter matado um tenente na segunda-feira. Procurado, o Exército não quis se pronunciar.

##RECOMENDA##

O funcionário do hospital afirmou que 32 corpos foram entregues por um caminhão e tiveram que ser deixados no chão por falta de espaço. Ele falou em condição de anonimato por medo de represália dos militares. O restante dos cadáveres foi levado para outro hospital na cidade. As informações são da Associated Press.

Nove cadáveres usados para fins educativos e científicos compõem a exposição Human Bodies - Maravilhas do corpo humano, em cartaz, a partir desta sexta-feira (28), no estacionamento do Shopping Recife, no novo edifício-garagem, piso B3.

Todos os corpos são doados por pessoas que morreram por causas naturais. Revestidos por um processo de plastinação, os cadáveres aparecem em poses atléticas, como o tenista e o acrobata. A exposição é uma verdadeira aula de anatomia, que esclarece problemas de saúde como tabagismo, câncer e obesidade a partir de uma nova ótica. A exposição fica em cartaz por curta temporada de segunda a domingo.

Serviço

Human bodies – maravilhas do corpo humano

Visitação: segundas a sábados, das 10h às 21h | domingos, das 12h às 19h.

Novo edifício-garagem do Shopping Recife (piso B3)

Ingressos:de segunda a sexta: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia); sábado, domingo e feriado: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)

Crianças de até 4 anos: grátis

Pacote Família:

Ingresso especial para grupos de 3 a 5 pessoas, desde que ingressem na exposição juntos.

*De segunda a sexta:

3 pessoas = R$ 60

4 pessoas = R$ 80

5 pessoas = R$ 100

*Sábado, domingo e feriados:

3 pessoas = R$ 75

4 pessoas = R$ 100

5 pessoas = R$ 125

Projeto Escola:

Venda de ingressos especiais a R$ 15 para grupos de no mínimo 30 pessoas. Visitas em horários diferenciados. Reservas pelo e-mail gruposcorpohumano@artbhz.com.br.

À venda na bilheteria do evento e no quiosque montado no 2º piso do shopping.

Horário da bilheteria: segundas a sábados, das 10h às 20h30 | domingos, das 12h às 18h30.

Forma de pagamento: dinheiro ou nos cartões Visa, Visa Electron, Aura, Diners, Hipercard, Mastercard e Redeshop.

Informações: (81) 3033-6969

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando