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Um concurso de beleza para camelos na Arábia Saudita foi afetado nesta semana por um escândalo: dezenas desses animais foram desclassificados, após descobrirem que injetaram botox.

Com prêmios de até 66 milhões de dólares, o festival do rei Abdelaziz, um evento anual enraizado na tradição beduína, recebe donos de gado de todo o Golfo.

A forma e o tamanho dos lábios, do pescoço e da corcunda são os principais critérios de beleza para determinar os melhores camelos, em um concurso que vai durar até meados de janeiro em um deserto ao nordeste de Riade.

"Quarenta e três camelos foram desclassificados por fazer trapaça", informou a agência de notícias saudita SPA na quinta-feira. Acrescentou que foram detectados casos de trapaça após o exame físico e médico dos camelos, particularmente durante sua passagem pelas máquinas de raio X.

Não é a primeira vez que os organizadores do concurso desclassificam camelos que receberam botox ou foram submetidos a cirurgias estéticas, mas essa edição apresenta o maior número de desclassificações registradas desde o lançamento do concurso, há seis anos.

Em 2018, 14 camelos foram eliminados da competição.

"As autoridades insistem que os camelos se apresentem em sua forma natural", disse à AFP um responsável do festival, que pediu anonimato. Na sua opinião, as operações de estética sofridas pelos animais deveriam ser consideradas maus-tratos.

"Os infratores enfrentam fortes sanções e não terão direito de participar de futuros concursos", acrescentou.

As imagens de uma embalagem da versão falsa da vacina CoronaVac, publicadas nas redes sociais, viraram caso de polícia no Rio de Janeiro. Após abertura de inquérito, as equipes da Delegacia do Consumidor (Decon) da Polícia Civil fluminense estiveram no Mercado de Madureira, nesta quarta-feira (23), para checar se o antiviral falsificado estava sendo comercializado pelos ambulantes que atuam no local.

O caso ganhou repercussão após perfis de supostos frequentadores do Mercado de Madureira alegarem que camelôs do local negociavam o produto. O autor da publicação, Jones MFJay, afirma que "no meu país, Madureira, os camelôs já estão vendendo a vacina para combater o Covid-19. Um galo e se quiser sair com ela aplicada, paga 60 merréis", citou no Facebook. Já outro membro da rede social, Fábio Tarta, comenta. "Lá na Passarela do Império, né meu padrinho?", e MFJay responde com o afirmativo "isso aí!".

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A ação da Decon constatou que não há venda do suposto antiviral no centro comercial carioca. De acordo com os agentes, é possível que a informação disseminada pela internet seja falsa. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em nota à imprensa, os casos serão analisados pelo órgão e pelas forças de segurança da União. "Todas as denúncias são investigadas pela Anvisa e pela Polícia Federal. Qualquer comercialização ou aplicação de vacina, fora de pesquisa, de Covid-19 hoje no Brasil é atividade irregular e oriunda de falsificação, pois não há vacinas autorizadas no Brasil até o momento", conclui o comunicado oficial.

Will, de 40 anos, protegia-se da chuva embaixo da Ponte da Casa Verde, na Marginal do Tietê, enquanto vendia água, refrigerante e pipoca para motoristas. Molhado, ele dividia espaço com ratos, lixo e moradores de rua abrigados nos canteiros que beiram o rio, mas não se incomodava com a situação: o mais importante era lucrar no dia R$ 30.

Assim como metade dos brasileiros, a renda do vendedor está abaixo de um salário mínimo: ele ganha cerca de R$ 600 por mês, trabalhando de segunda a sexta-feira na Marginal, e complementa a renda com R$ 90 que recebe do Bolsa Família. "Às vezes falta para comer, aí peço ajuda de instituições de caridade. Eu não vivo, apenas sobrevivo", lamenta.

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A situação de Cláudio, de 32 anos, é parecida. Vende água, pururuca e balas na via desde o início do ano, quando foi demitido do emprego. Em dias de jogo de futebol, leva a mercadoria para a porta dos estádios.

Ele consegue cerca de R$ 950 por mês, dinheiro que, somado ao salário mínimo e à cesta básica da esposa, sustenta a família. "Comida na mesa não falta. Minha tristeza é não poder comprar roupa nova para as meninas usarem no Natal", conta.

Will e Cláudio fazem parte de um contingente de homens e mulheres que, desempregados, trabalham entre os veículos em trechos das Marginais do Tietê e do Pinheiros onde há maior trânsito.

Nos últimos anos, a taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo subiu de 13,2%, em 2015, para 16,6% em 2018 - mesma taxa de junho deste ano -, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). "De 2017 para cá, aumentou bastante o número de vendedores aqui, principalmente do fim da tarde para a noite", conta Will.

Para o motorista Alexandre Nascimento, que trabalha há 20 anos com entregas e passa diariamente na Marginal do Tietê, o aumento também é perceptível. "Cada vez tem mais gente. É homem, mulher, muitos jovens e também crianças."

Nascimento acredita que o maior perigo é a disputa de espaço entre ambulantes e motoqueiros. "Não há respeito entre os dois."

Caminhoneiro desde 1994, Carlos Eduardo Greco conta que antes era difícil ver vendedores nas pistas. "A situação mudou bastante, principalmente nos últimos três anos."

Tô Legal

Na tentativa de regularizar a situação de trabalhadores informais, a Prefeitura criou em julho deste ano o programa Tô Legal, que desburocratiza o processo de inscrição junto ao Município para quem trabalha na rua. Mas, para os ambulantes que vendem comida e bebida entre os carros nas Marginais, o valor da diária cobrado é alto e inviabiliza a regularização.

Os valores variam de R$ 5,36, para trabalhar um período por dia, a R$ 10,72, dois períodos por dia, e aumentam conforme o lugar escolhido - áreas nobres e com alto movimento são mais caras, por exemplo.

Will, por exemplo, pagaria à Prefeitura pouco mais de R$ 200 dos R$ 600 que ganha no mês. "Se eu ficasse legal, teria só como pagar o aluguel. Ficaria sem água e luz, não vale a pena", afirma. Cláudio, por sua vez, calcula que viveria no vermelho e teria de fazer dívidas. "Para quem vive com o mínimo, qualquer centavo faz falta."

Desde que foi criado, o Tô Legal recebeu 12,8 mil solicitações e emitiu 8,8 mil autorizações temporárias de trabalho.

Curto prazo

Segundo a urbanista e coordenadora da Rede Nossa São Paulo, Carolina Guimarães, a presença dos ambulantes em vias perigosas e a falta de interesse deles em formalizar o trabalho são reflexos do comportamento imediatista que a pobreza e o desemprego exigem das pessoas. "Os mais pobres não conseguem pensar em planos a longo prazo, porque precisam garantir o agora", afirma. "Fora isso, eles não podem guardar dinheiro, porque falta no fim do mês." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Seis pessoas foram baleadas em uma briga entre camelôs na manhã deste domingo, 6, na Praça São Vito, nas imediações do Parque Dom Pedro II, na região central de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, o homem efetuou vários disparos no local. O estado de saúde das vítimas não foi divulgado.

O caso ocorreu às 10h10 e as vítimas foram cinco mulheres e um homem. De acordo com informações preliminares da PM, os disparos foram efetuados nos braços e nas pernas das vítimas. Uma mulher teria sido atingida nas costas. A praça está isolada.

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Ainda segundo a PM, as vítimas tentaram escapar correndo para uma unidade do Sesc que há no local.

Os feridos foram encaminhados para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e para o PS Vergueiro.

Um helicóptero da corporação faz buscas na região para encontrar o suspeito, que seria um homem gordo, careca, usando corrente de ouro e com tatuagem no braço. O caso foi registrado no 1º DP (Liberdade).

Com objetivo de legalizar cerca de 45 mil comerciantes de rua em São Paulo, a gestão Bruno Covas (PSDB) anunciou, nesta segunda-feira (1º), programa para acelerar a regularização de ambulantes na cidade, mas também pretende aumentar o número de equipes que fiscalizam os espaços públicos. A medida divide os ambulantes. Enquanto parte acredita que dará mais segurança no trabalho, outra diz não ver benefício suficiente para sair da informalidade.

Batizado de "Tô Legal", o programa da Prefeitura prevê emitir autorizações temporárias de trabalho, para no máximo 90 dias, com o processo feito pela internet. Antes, só poderia exercer atividade nas ruas quem tivesse Termo de Permissão de Uso (TPU), renovado todos os anos em cada subprefeitura. Hoje, há menos de 7 mil TPUs regulares, diz a Prefeitura.

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"Ou seja: grande parte deles (comerciantes de rua) está vivendo na ilegalidade e, claro, alimentando, muitas vezes, a indústria da corrupção", disse Covas. Para o prefeito, o aumento do número de ambulantes na capital é fruto da crise econômica no Brasil e do desemprego.

O programa inclui de espaços menores, como tabuleiros para vender café e bolo, a tendas equipadas com cadeiras. Também pode emitir licenças para bancas de flor, food-trucks, valets e até equipamentos de compartilhamento de bicicleta.

Conforme a Prefeitura, cerca de 70% da área da cidade está autorizada a receber o comércio, incluindo proximidades de escolas, terminais de ônibus e estações do Metrô. Outros locais foram excluídos por já estarem saturados (Brás, 25 de Março e Mercado Municipal) ou por proibições legais (entorno de hospital ou entrada de parque, por exemplo).

Segundo o secretário municipal das Subprefeituras, Alexandre Modonezi, o sistema só permitirá um ambulante por quadra. "Caso haja problemas, aí vamos fechando a cidade", disse.

Para se regularizar, o interessado deverá preencher cadastro no site, informar atividade específica, procurar no mapa os pontos disponíveis e depois pagar pela autorização. Com isso, a Prefeitura estima reduzir o prazo para emitir licença de 130 dias, na média atual, para 4 dias.

O valor é calculado com base na quantidade de dias (até 90), no espaço ocupado (em m²) e na área da cidade (o valor do m² do bairro de acordo com os cálculos da Prefeitura). Por isso, regiões nobres tendem a ser mais caras. Uma simulação feita com o prazo máximo em Sapopemba, na zona leste, aponta custo de R$ 345,80. Já na Avenida Paulista, chega a R$ 1 mil.

Ao fim do prazo, o pagamento deverá ser feito de novo. Se o espaço já tiver sido ocupado por outro vendedor, o ambulante terá de trocar de área. "Isso faz com que não privatize", afirmou o secretário.

Fiscalização

A autorização pela internet usará um QR Code (código digital) para o ambulante, que pode ser lido por fiscais da subprefeitura. "Estamos contratando 100 equipes novas de 'rapa' na cidade, que vão ampliar bastante a fiscalização", disse Covas. "Queremos trazer essas pessoas para o trabalho legal, mas ao mesmo tempo não perder o controle da cidade."

Na tarde desta segunda-feira, mais de 30 bancas de artesãos e vendedores se espalhavam pela Paulista. "A ideia de organizar seria legal, mas eu não vou nem tentar (regularizar)", disse o ambulante Josenilton Santos, de 33 anos. "Hoje mesmo não vendi nada. Às vezes, não dá R$ 1 mil por mês, como vou pagar taxa?"

Em uma espécie de carrocinha, o ambulante Marcleudo Lopes, de 42, vende salgadinho e refrigerante na saída da Estação Barra Funda, zona oeste, há 15 anos. "Se for até uns R$ 400, dá para pagar. Melhor do que perder mercadoria para o 'rapa', como já aconteceu", disse. "É uma boa ideia, porque dá mais segurança para a gente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio ao deserto, sob um sol abrasador, Hussein Al Jalifa, chefe do departamento de patrimônio da Arábia Saudita, aponta para as silhuetas de camelos esculpidos na rocha, uma descoberta cercada de mistérios.

São uma dezena de esculturas, algumas danificadas pela erosão ou por atos de vandalismo, e datariam de cerca de 2.000 anos atrás. Foram descobertas há alguns anos em uma propriedade privada do deserto de Al Juf, no norte do reino.

Esculpidas sobre três promontórios rochosos, estas esculturas revelam habilidades nunca vistas em outras formas de arte rupestre do deserto saudita.

Jalifa, membro de uma missão arqueológica franco-saudita, conta que descobriu acidentalmente as esculturas, quando um amigo lhe falou de uma "montanha com forma de camelo". "Ao chegar ao local, descobri que os camelos estavam esculpidos nos afloramentos da montanha. É realmente único".

O camelo, chamado de "nave do deserto" e apreciado por sua carne, leite e resistência, é um tema recorrente nos sítios arqueológicos sauditas. Mas os de Al Juf são diferentes.

Algumas destas esculturas se encontram a uma grande altura, o que permite pressupor que houve o uso de cordas ou andaimes. Sobressai a de um camelo em frente ao que parece um asno, uma mula ou um cavalo, animais poucas vezes representados na arte rupestre da região.

Rotas da Mesopotâmia

"As esculturas em três dimensiones demonstram um grande domínio em quanto a realismo e tamanho", explica Maria Guagnin, do Instituto Max Planck de ciências da história humana, com sede na Alemanha. "Isto poderia mudar nossa compreensão da dinâmica das populações pré-históricas e de seus aspectos culturais", disse à AFP. A origem e os utensílios empregados são um mistério.

Jalifa vê a mão dos nabateus, árabes nômades conhecidos por terem fundado a cidade de Petra, na atual Jordânia, esculpida nas falésias de arenito. "Trata-se de uma descoberta científica importante que nos lembra da importante história pré-islâmica da Arábia Saudita", estima o arqueólogo Guillaume Charloux, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas na França.

"Espero que isto atraia as pessoas a descobrirem a variedade e a riqueza do passado saudita", afirma Charloux. As esculturas de Al Juf têm estilos diferentes, o que sugere que foram realizadas por vários artistas.

É possível, estimam os arqueólogos, que fosse um local de adoração, um lugar de descanso em uma rota de caravanas ou uma fronteira que delimitava duas regiões. "Minha hipótese hoje é que os escultores eram habitantes da região e que era um lugar emblemático nas rotas das caravanas para a Mesopotâmia", afirma Charloux.

'Perguntas sem resposta'

O deserto saudita é rico em lugares históricos. Alguns deles foram descobertos recentemente graças às novas tecnologias. Para encontrar respostas para todas as perguntas sobre as figuras de camelos esculpidas, é preciso investigar. Algumas são difíceis de situar no tempo; às vezes os arqueólogos estimam que foram concluídas nos primeiros séculos antes da era cristã.

"Se datam de antes da domesticação do camelo, representam espécimes selvagens que talvez caçassem", e a caça pode ter sido vital para a sobrevivência das populações locais, afirma Guagnin. Por enquanto, as autoridades sauditas monitoram o lugar para impedir o acesso aos caçadores de tesouros e tentam comprá-lo do proprietário.

As figuras de camelos não são o único enigma. Um dos promontórios, visto a partir de um ângulo, parece um rosto humano. "Há tantas perguntas sem resposta", reconhece Jalifa.

Pelo menos 12 camelos foram desclassificados de um concurso anual de beleza na Arábia Saudita nesta terça-feira (23) por uso de botox.

De acordo com a imprensa local, os criadores aplicaram a substância nos animais para deixá-los mais bonitos. No entanto, qualquer forma de modificação dos camelos é proibida pelas regras do manual, o que causou a expulsão dos competidores.

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O concurso faz parte de um festival realizado próximo a Riad, capital do país do Oriente Médio. Os prêmios distribuídos podem chegar a 213 milhões de riyals, o equivalente a cerca de R$182 milhões.

Além das competições, que vão desde os concursos de beleza a corridas com os camelos, o festival conta com um mini-zoológico, um museu com esculturas de camelos, barracas para provar leite do animal e um planetário. 

Da Ansa

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na tarde desta sexta-feira, 14, que existe "total falta de controle" hoje em relação ao comércio ambulante na capital. O tucano afirmou que, em sua gestão, não haverá mais camelôs nas ruas.

"Eles vão atuar em espaços públicos organizados, iluminados, seguros e em locais com movimento para atrair potenciais compradores. Não nas ruas", disse em Buenos Aires, durante entrevista concedida a jornalistas que o acompanham na primeira agenda que cumpre fora do País após as eleições. Doria está na capital argentina para participar do 21º Meeting Internacional, evento promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais, entidade fundada e presidida por ele até maio.

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Apesar de polêmica, a decisão de retirar camelôs das ruas não será feita de forma a gerar confronto, assegura Doria, que ressalta a "questão humana" do problema. "São dois milhões de desempregados. Não vamos hostilizar os ambulantes e gerar confronto, mas dar a eles uma oportunidade. A alternativa é criar os shoppings do povo."

Esses shoppings funcionariam em áreas com forte movimentação de pedestres e em bairros com característica comercial, como o Brás. A ideia, no entanto, não é nova. A gestão Fernando Haddad (PT) já promoveu uma concorrência para requalificar a chamada Feirinha da Madrugada, no Pari, mas a concessão enfrenta resistência e está temporariamente suspensa pela Justiça. Só ali são cerca de 4 mil ambulantes.

Ao mesmo tempo em que promete retirar camelôs das ruas, o tucano também afirma que vai melhorar a parceria com a Polícia Militar por meio da ampliação da Operação Delegada, na qual a Prefeitura paga policiais em folga para combater o comércio irregular nas ruas da cidade. Iniciado em 2009, pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD), o programa foi esvaziado no governo Haddad e o número de soldados contratados caiu de 3,8 mil para 1.063.

A Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembleia Legislativa (Alepe) aprovou, nesta quarta-feira (30), a convocação do secretário de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) da Prefeitura do Recife, João Braga. O secretário havia sido convidado para participar da audiência que aconteceu na manhã de hoje para debater a situação dos trabalhadores do comércio informal da capital pernambucana. Mas, apesar de ter confirmado a presença, o secretário não compareceu, nem enviou representante.

A ausência de João Braga foi criticada pelo presidente da Comissão de Cidadania, Edilson Silva (PSOL). “Há relatos de ambulantes registrados em boletins de ocorrência em delegacias que dão conta de violência policial e por parte de fiscais da prefeitura, durante as operações de controle urbano, inclusive com intimidações com arma de fogo. São denúncias graves e que mereciam ser esclarecidas, mas o secretário não se fez presente e não se preocupou em enviar um representante da pasta”, avaliou Edilson Silva.

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A convocação de João Braga foi aprovada com o voto de dois deputados da comissão, integrantes da base do governo do PSB: Lucas Ramos, vice-líder da bancada, e pastor Cleiton Collins (PP). Ambos também censuraram a ausência do secretário. Caso João Braga não compareça à convocação, pode responder por crime de responsabilidade, de acordo com a Constituição estadual. Agora, a Comissão de Cidadania entrará em contato com a Semoc e oferecerá cinco datas para que o secretário opte pela que avaliar ser mais conveniente.

O plenário e as galerias da Assembleia Legislativa ficaram lotadas de ambulantes, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal (Sintraci). Três deles ocuparam a tribuna para relatar as intimidações sofridas. Além das ameaças, os camelôs relataram também que policiais afastados do serviço público trabalham nas operações de controle urbano. “Se a secretaria tivesse comparecido, denúncias como essas poderiam ter sido esclarecidas”, concluiu o presidente da Comissão de Cidadania da Assembleia. Esta é a segunda vez que o colegiado aprova a convocação de um secretário. O primeiro foi o titular da pasta de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.

Um tumulto entre camelôs e guardas municipais causou o fechamento de um dos acessos à estação Uruguaiana do metrô, no centro do Rio, na tarde desta sexta-feira (28), durante cerca de uma hora, entre 15h e 16h.

O tumulto começou durante uma fiscalização na Avenida Passos, um dos trechos da região de comércio popular conhecida como Saara (Sociedade dos Amigos dos Arredores da Rua da Alfândega). Os ambulantes lançaram pedras contra os guardas, que responderam com bombas de gás e balas de borracha. O tumulto foi controlado e, até as 18 horas, não havia registro de presos nem de feridos.

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Um confronto entre camelôs e guardas municipais causou tumulto nas imediações da rua Uruguaiana, no centro do Rio, no início da noite de sexta-feira, 24. Um carro da Guarda Municipal foi virado e acessos da estação Uruguaiana do metrô chegaram a ser fechados. Até a noite, não havia registro de pessoas feridas nem presas.

O tumulto começou quando camelôs tentaram montar barracas na calçada em frente ao camelódromo, numa área onde ambulantes são proibidos de se instalar, e foram impedidos pelos guardas. Os camelôs tentaram enfrentar os guardas e danificaram o carro que eles utilizavam.

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O tumulto foi controlado com a intervenção do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que chegou ao local por volta das 20 horas.

Cerca de 150 camelôs atearam fogo a um ônibus na noite desta quinta-feira, 19, no Largo da Concórdia, no Brás, região central de São Paulo. Os ambulantes teriam ficado revoltados depois que policiais militares começaram a retirá-los da região e fizeram um protesto. Eles atiraram pedras nos policiais e quebraram os vidros de dois carros da polícia. O fogo foi controlado por volta das 20 horas e até às 21h, ninguém havia sido preso.

Após caminharem pacificamente pelas principais vias do Recife nesta quinta-feira (31), os ambulantes entraram em confronto com a polícia nesta tarde. O clima ficou tenso depois da chegada do Batalhão de Choque ao local. Os manifestantes jogaram pedras em prédios da rua Gervásio Pires e em um shopping na Avenida Conde da Boa Vista. Lojistas foram obrigados a fechar as portas dos comércios. 

A manifestação ocorria ao mesmo tempo em que os lideres da categoria se reuniam com representantes da Prefeitura do Recife. Eles debatiam sobre a retirada dos trabalhadores da Ponte de Ferro, na região central do Recife. No encontro, ficou decidido que os camelôs receberão uma licença provisória para atuar, até o dia 30 de dezembro, no cruzamento com a Rua do Hospício até o final da Avenida Conde da Boa Vista. Depois da conversa, a categoria saiu da rua. 

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“Ficou decido ainda na Prefeitura que o Batalhão de Choque não iria atirar contra os camelôs, porque era uma manifestação pacífica, mas não isso que aconteceu. Os policias já chegaram atirando com balas de borracha e gás lacrimogêneo. Pessoas mascaradas se infiltraram no nosso movimento e começaram a revidar a ação da polícia”, explicou o camelô e representante do Sindicato dos Trabalhadores Informais do Recife (Sintraci), Maurício Goveia, de 40 anos. Segundo ele, três pessoas do movimento foram detidas e uma ficou machucada devido aos disparos da polícia. 

O Tenente do Choque, Rodrigues Xavier, chegou após o confronto e contou que recebeu o chamado da primeira equipe informando que no local estava havendo um tumulto, baderna e desordem entre os manifestantes. “Ainda fui comunicado que estava tendo arrastões”, disse. O presidente do sindicato, Severino Alves, foi até o Ministério Público abrir uma ação contra devido aos excessos cometidos por parte da polícia na tarde de hoje. 

A Prefeitura divulgou no início da noite desta quinta-feira (31), uma nota sobre a reunião com os ambulantes. Confira a íntegra: 

"A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) esclarece que, em reunião com representantes dos dois sindicatos que representam a categoria, ficou acertado que os ambulantes insatisfeitos com a realocação da Ponte da Boa Vista para a Avenida Dantas Barreto, serão remanejados para outro local. A pasta está aguardando a lista com os nomes das pessoas que não estão satisfeitas para escolher as áreas para onde eles serão levados. A Semoc lembra, no entanto, que não há possibilidade de nenhum ambulante retornar à ponte. Também informa que, após a ação na ponte, foi decidido que a retirada dos ambulantes da Avenida Conde da Boa Vista ficará para janeiro, pois muitos camelôs já compraram material para ser vendido no fim do ano, quando o movimento no Centro aumenta, e a prefeitura não quer prejudicar ninguém. Como a ponte, a via não abrigará mais camelôs

Desde o início do ano, a secretaria tem estabelecido um diálogo com os ambulantes. Em fevereiro, a prefeitura iniciou o processo de desapropriação de terrenos no Centro para, em breve, abrigar os comerciantes informais. A escolha dos locais que estão sendo desapropriados foi feita junto com os ambulantes.

É importante lembrar que a Semoc tem realizado diversas operações de controle urbano com o objetivo de liberar o espaço público para os pedestres e veículos, principalmente de transporte público. Entre as ações estão a retirada de 115 fiteiros no entorno de escolas, realocação de cerca de 600 feirantes das ruas e calçadas dos mercados públicos para outras áreas, remoção de mais de 100 carcaças, além da retirada de 80 ambulantes da Ponte da Boa Vista, entre outras."

A Prefeitura de São Paulo suspendeu a prorrogação do Programa de Combate ao Comércio Ambulante Irregular, em convênio com a Polícia Militar (PM). A informação foi publicada na edição desta sexta-feira, 23, do Diário Oficial da Cidade. Os aditamentos anuais, com previsão de aumento no efetivo de soldados que fiscalizam os ambulantes nas regiões na Rua 25 de Março e no Brás, estavam previstos no contrato firmado com a corporação em 2011.

O projeto foi desidratado ao longo de 2013, quando caiu pela metade o número de policiais que ficavam nas ruas da região central fiscalizando o comércio irregular. O efetivo nas ruas passou de 3.439 para 1.853 PMs. A reportagem constatou que o efeito nas ruas é a volta dos camelôs para vários grandes pontos de comércio da capital paulista e também para áreas próximas de estações de metrô e terminais de ônibus.

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De acordo com o prefeito Fernando Haddad (PT), o foco da Operação Delegada deve ser ampliado, com combate à criminalidade na periferia e patrulha preventiva nos parques municipais. Haddad nega, porém, que faça vistas-grossas aos camelôs. "As apreensões vão continuar sendo feitas. Nós estamos apertando a fiscalização. O número de apreensões neste ano bateu o recorde dos últimos anos, mesmo com um efetivo bem menor", disse nesta quarta-feira, 21, logo após visita ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

"O efetivo do programa pode ser deslocado para atender a outras demandas", acrescentou ele, que cita a patrulha preventiva à noite nos bairros da periferia e parques como novas frentes de trabalho da Operação Delegada. Os camelôs cobram maior atuação por parte da administração municipal. Segundo eles, o grupo de trabalho voltado a criar uma política para os ambulantes na capital está parado. Haddad afirma, no entanto, que a criação da política é "complexa".

A Justiça suspendeu a liminar que impedia a Prefeitura de São Paulo de revogar ou caçar os Termos de Permissão de Uso (TPUs) de ambulantes que trabalham no "calçadão" de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo.

A decisão de derrubar a liminar concedida pela 5ª Vara da Fazenda Pública foi do presidente do TJ, desembargador Ivan Sartori.

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Após anular licenças dos camelôs e dar um mês para que eles saiam definitivamente das ruas do centro de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) recuou e abriu uma exceção em relação a vendedores ambulantes deficientes e idosos. Kassab garantiu na manhã de ontem que vai "oferecer a eles segurança para que seu trabalho e seus rendimentos não cessem" enquanto shoppings populares são construídos.

A Prefeitura ainda estuda, porém, se os camelôs que se enquadram nesse perfil continuarão trabalhando normalmente ou se alguma outra solução será adotada. "Teremos nessas quatro semanas a oportunidade de construir uma forma de tê-los abrigados enquanto não tem solução definitiva do shopping", disse. Quando os espaços ficarem prontos, idosos e deficientes terão prioridade.

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Para os outros camelôs, no entanto, Kassab não apresentou nenhuma solução a curto prazo. Os três shoppings populares que vão abrigá-los ainda estão sendo planejados. A previsão do prefeito é de que fiquem prontos "ainda ao longo do ano que vem". "Se puder ainda neste ano, melhor."

Sem acreditar no prefeito, os camelôs deficientes e idosos pretendem ir hoje à tarde ao Ministério Público pedir a garantia do direito de trabalhar. A Defensoria Pública do Estado, que já conseguiu decisão temporária que impede que camelôs da zona leste sejam tirados da rua, pensa em entrar com ação civil pública similar em toda a cidade.

A advogada Juliana Avanci, do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos, que presta auxílio aos ambulantes, afirma que não são só deficientes e idosos que precisam de ajuda na transição. "A Prefeitura não pode tirar a licença de pessoas que trabalham há 30 anos sem dar alternativas de trabalho." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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